Acordao Janaina Vandoni

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  • TRIBUNAL PLENOTERMO CIRCUNSTANCIADO N 32672/2015 - CLASSE CNJ - 278COMARCA CAPITAL

    REPRESENTANTE:JANAINA GREYCE RIVAMOREIRA LIMA

    REPRESENTADO: ADRIANA LCIA VANDONICURVO

    Nmero do Protocolo: 32672/2015Data de Julgamento: 24-09-2015

    E M E N T A

    QUEIXA-CRIME - DIFAMAO E INJRIA AGRAVADAS

    POR TEREM SIDO PROFERIDAS EM MEIO QUE FACILITOU A

    DIVULGAO - PREJUDICIAL DE DECADNCIA EM RAZO DA

    DEFICINCIA DO INSTRUMENTO DO MANDATO - PROCURAO

    QUE CONTM A QUALIFICAO DA QUERELADA E INDICAO

    EXPRESSA DOS DISPOSITIVOS PENAIS - ORIENTAO

    JURISPRUDENCIAL DO STF E STJ - IRREGULARIDADE NO

    IDENTIFICADA - QUEIXA-CRIME PROTOCOLIZADA ANTES DO

    TRANSCURSO DO PRAZO DECADENCIAL DE 6 (SEIS) MESES -

    PREJUDICIAL REJEITADA - DIFAMAO- CONJECTURA SOBRE O

    FUTURO POLTICO DA QUERELANTE - FALTADE ATRIBUIODE

    FATOOU CONDUTA ESPECFICA - ATIPICIDADE DA CONDUTA -

    AUSNCIA DE JUSTACAUSA INJRIA - EMPREGO DA ASSERTIVA

    NO REEDUCANDA AINDA - OFENSA A HONRA SUBJETIVA -

    INSERO DA QUERELANTE COMPARATIVAMENTE AO

    HISTRICO POLTICO DE SEUS FAMILIARES - EXERCCIO DE

    PRESUNO - CONCEITUAO NEGATIVACAPAZ DE OFENDER

    VALORES MORAIS DA PESSOA HUMANA - APLICAO DE

    JULGADOS DO STF, STJ e TJMT - DECLARAO PROFERIDA EM

    PROGRAMA TELEVISIVO - CAUSA DE AUMENTO PREVISTA NO

    ART. 141, III, DO CP - RECEBIMENTO PARCIAL PARA

    Fl. 1 de 22

  • TRIBUNAL PLENOTERMO CIRCUNSTANCIADO N 32672/2015 - CLASSE CNJ - 278COMARCA CAPITAL

    PROCESSAMENTO DA IMPUTAO DE INJRIA AGRAVADAPOR

    TER SIDO PROFERIDA EMMEIO QUE FACILITOUA DIVULGAO.

    O c. STF firmou entendimento no sentido de que a indicao na

    procurao do nome do querelado e do dispositivo legal correspondente ao

    suposto fato delituoso [...] suficiente para atender a regra do artigo 44 do

    Cdigo de ProcessoPenal. (RHC n 85951)

    A difamao exige imputao de fato desabonador

    determinado, lanado com o propsito deliberado de atingir a reputao da

    vtima. [...] Atipicidade de conduta que leva rejeio da queixa-crime por

    ausncia de justa causa (art. 396, III, do Cdigo de Processo Penal). (STJ,

    APn n 568/AL)

    Inserir a querelante, comparativamente a familiaresque possuem

    anotaes criminais, num exerccio de presuno de que infringir a lei penal

    e estar na condio de reeducanda, envolve conceituao negativa capaz

    de ofender os valores morais da pessoa humana, a qual merece

    respeitabilidadeinclusiveda imprensa.

    H, na pea inicial acusatria, prova mnima da materialidade

    e da autoria [...], acrescido da causa de aumento de ter sido praticada [...]

    por meio que facilitou a sua divulgao, pois as declaraes [...] foram

    proferidas [...] em um programa televisivo. (TJMT, RpCr n 90392/2007)

    A inexistncia de dolo especfico questo que deve situar-se

    no mbito da instruo probatria, por no comportar segura ou precisa

    anlise nesta fase processual, que de formulao de um simples juzo de

    delibao. Queixa recebida. (STF, Inq n 296)

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  • TRIBUNAL PLENOTERMO CIRCUNSTANCIADO N 32672/2015 - CLASSE CNJ - 278COMARCA CAPITAL(CONTINUAO DE JULGAMENTO)

    REPRESENTANTE:JANAINA GREYCE RIVAMOREIRA LIMA

    REPRESENTADO: ADRIANA LCIA VANDONICURVO

    R E L A T R I O

    EXMO. SR. DES. MARCOSMACHADO

    Egrgio Plenrio:

    Queixa-Crime apresentada ao Juizado Especial Criminal

    Unificado da Comarca de Cuiab por JANAINAGREYCE RIVAMOREIRA LIMA em

    face de ADRIANA LCIA VANDONI CURVO pelo cometimento, em tese, de

    difamao e injria agravadas por terem sido proferidas em meio que facilitou a

    divulgao - arts. 139 e 140 c/c art. 141, III, do CP.

    A querelante sustenta que a querelada ao afirmar em meio de

    comunicao [...], que [...]no reeducanda ainda, a [...] difamou publicamente [...]

    perante a comunidade cuiabana e de todo Estado, ao passo que sua ardilosa fala

    inculcou na sociedade em geral a ideia de que ser [...] uma futura criminosa.

    Pede liminarmenteque seja determinada querelada a absteno

    de propagar que [...] no reeducanda ainda. No mrito, a condenao da querelada

    por difamao e injria, bem como a fixao do valor mnimo de indenizao pelos

    danos morais (fls. 3/11), com os documentos de fls. 12/20.

    O Juizado Especial Criminal Unificado da Comarca de Cuiab

    deferiu a antecipao de tutela requerida para o fim de determinar que a querelada

    [...] se abstenha de se referir a querelante [...] como no reeducanda, ainda,

    limitando-se reprodues factuais, sem comentrios ofensivos, sob pena de responder

    por desobedincia ordem judicial e outras medidas legais (fls. 22/24).

    A 20 PROMOTORIA DE JUSTIA CRIMINAL apresentou

    proposta de transao penal (fls. 50/52).

    Em resposta acusao, a querelada suscita a decadncia e pede

    a extino da punibilidade. No mrito, argumenta que em nenhum momento atribuiu

    falsamente o termo de reeducanda para a querelante, o que torna o fato atpico por

    Fl. 3 de 22

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    manifesta falta do elemento subjetivo do tipo e pugna pela rejeio da queixa-crime.

    Requer a realizao de percia psicolgica na querelante, com o objetivo de obter o

    tamanho da sua dor e sofrimento [...], com o objetivo de mensurar o tamanho do dano

    moral sofrido e arrola testemunhas (fls. 64/98).

    Em pea distinta, a querelada expe que no tem interesse

    conciliatrio (fls. 102/103).

    O Juizado Especial Criminal Unificado da Comarca de Cuiab

    declinou competncia a este e. Tribunal diante da nomeao da querelada como

    Secretria Extraordinria do Gabinete de Transparncia e de Combate Corrupo, em

    1.1.2015 (fls. 109/112).

    A i. Procuradoria-Geral de Justia considerou a queixa

    tempestiva e o feito [...] maduro para ser relatado e includo em pauta (fls.

    121/123-TJ).

    A querelada fora exonerada do cargo de Secretria

    Extraordinria do Gabinete de Transparncia e Combate Corrupo da Casa Civil, em

    1.7.2015, e nomeada e Secretria de Estado do Gabinete de Transparncia e Combate

    Corrupo (Dirio oficialn 26566, Ato n 4.499/2015).

    o relatrio.

    P A R E C E R (ORAL)

    O SR. DR. ARNALDO JUSTINO DA SILVA

    Ratifico o parecer escrito.

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    V O T O (PRELIMINAR - PREJUDICIAL - DECADNCIA

    EM RAZODADEFICINCIA DO INSTRUMENTO DOMANDATO)

    EXMO. SR. DES. MARCOSMACHADO (RELATOR)

    Egrgio Plenrio:

    A querelada aduz que a procurao juntada nos autos omissa

    no sentido de expor o fato criminoso, em inobservncia ao art. 44 do CPP, razo pela

    qual o querelante teria decado do direito de ao porque j se operou o prazo

    decadencial de seis meses, vez que o fato descrito como crime ocorreu em 26/05/2014;

    decaindo o direito de queixa em 26/11/2014 (fls. 72).

    Vejamos.

    Prev o dispositivo invocado:

    A queixa poder ser dada por procurador com poderes

    especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do

    querelante e a meno do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos

    dependerem de diligncias que devem ser previamente requeridas no juzo

    criminal.

    Extrai-se da procurao outorgada a qualificao da querelada

    ADRIANA L. VANDONI CURVO e a imputao aos crimes de difamao e injria

    agravadas por terem sido proferidas em meio que facilitou a divulgao, mediante

    expressa indicao dos dispositivos penais (fls. 13).

    O c. STF firmou entendimento no sentido de que a indicao na

    procurao do nome do querelado e do dispositivo legal correspondente ao suposto fato

    delituoso [...] suficiente para atender a regra do artigo 44 do Cdigo de Processo

    Penal. (RHC n 85951 - Relator: Min. GilmarMendes - 7.2.2006)

    No mesmo sentido, o c. STJ decidiu que a interpretao

    conferida ao art. 44 do CPP no sentido de se exigir [...] pelo menos, a indicao do

    respectivo dispositivo penal, no sendo necessria a narrativa minuciosa da conduta

    delitiva (RHC n 44.287/RJ - Relator: Min. Rogerio Schietti Cruz, 1.12.2014).

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    Anoto que o precedente trazido colao pela querelada - Ao

    Penal Originria n 153733/2012 - no se mostra aplicvel porque, naquela hiptese, no

    constava do instrumento de mandato a adequao tpica de qual conduta fora

    atentria honra do querelante [...], mas somente poderes para o foro geral e o

    nome do querelante (Relatora: Des. Clarice Claudino da Silva - Tribunal Pleno -

    24.10.2013).

    Outrossim, registro que a Queixa-Crime fora processada

    inicialmente no Juizado Especial Criminal, o qual deferiu antecipao de tutela sem

    qualquer questionamento acerca do instrumento procuratrio.

    No bastasse, a i. Procuradoria-Geral de Justia reconheceu a

    tempestividadeda Queixa-Crimee a observncia do devido processo legal.

    Nesse quadro, no identifico qualquer irregularidade na

    procurao outorgada, a ensejar o reconhecimento da decadncia.

    Isso porque o ato criminoso imputado teria ocorrido em

    26.5.2014 (fls. 14/16) e a Queixa-Crimeoferecida no dia 5.6.2014 (fls. 3).

    Para o caso, adoto aresto do e. TJMG:

    Sendo a queixa-crime manejada dentro do prazo decadencial

    de 06 (seis) meses, no h que se falar em decadncia do direito de queixa,

    razo pela qual deve a queixa ser recebida. (HC n

    1.0000.12.127226-4/000 - Relator: Des. Jlio Cezar Guttierrez - 27.2.2013)

    Portanto, a decadncia no se operou, pois a Queixa-Crime fora

    protocolizada antes do transcurso do prazo decadencial de 6 (seis) meses (CP, art. 103).

    Com essas consideraes,REJEITO a prejudicial.

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    V O T O (MRITO)

    EXMO. SR. DES. MARCOSMACHADO (RELATOR)

    Egrgio Plenrio:

    Consta da Queixa-Crime que, no dia 26.5.2014, a querelada

    ADRIANA VANDONI, durante a transmisso do programa televisivo Preto no

    Branco, em quadro denominado Prosa e Poltica, proferiu a seguinte assertiva:

    "- Ol, boa tarde.

    - Vamos comear a prosa de hoje vendo algumas imagens

    que circularam na internet nesse final de semana.

    - Aps voltarem um jatinho particular de Braslia, onde

    estava hospedado no Presdio da Papuda, o agora reeducando Jos Geraldo

    Riva foi recepcionado por diversas pessoas no aeroporto de Cuiab.

    Estavam l, todos alegres, sua esposa reeducando, o aprendiz Riva genro,

    tambm um reeducando, e a filha que no reeducanda, ainda!(...)

    Foi uma confraria de reeducandos no aeroporto. (...)".

    A querelante afirma que a expresso no ser reeducanda ainda

    ofensiva sua honra, de modo a caracterizar difamao e injria, visto que:

    2. Como bem se percebe, ao afirmar em meio de comunicao

    de significativa audincia televisiva que a Querelante no reeducanda,

    ainda, a Querelada difamou publicamente a Autora perante a comunidade

    cuiabana e de todo o Estado ao passo que a sua ardilosa fala inculcou na

    sociedade em geral a ideia de que Janaina Riva ser vide a proposital

    utilizao do advrbio ainda uma futura criminosa, a semelhana dos

    seus familiares tidos reeducandos, atitude esta que no todo se subsume as

    figuras tpicas estatudas nos arts. 139 e 140 c/c o art. 141, todos do Cdigo

    Penal brasileiro, seno vejamos:[...]

    3. E assim o pelo fato da palavra "reeducando", para alm de

    ser sinnima de detenta e presa definitiva, se referir a pessoa condenada

    criminalmente [por sentena penal condenatria transitada em julgado] que

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    est cumprindo a respectiva pena, seja em regime fechado, semiaberto ou

    aberto, tendo em vista que, sob a gide da legislao brasileira, a pena atua

    tambm como uma correo, uma forma de reeducar o infrator da norma e

    reinseri-lo no meio social.

    4. No por outra razo que a jurisprudncia e tambm a

    doutrina denominam de reeducando o cidado apenado/preso

    definitivamente, seno vejamos: [...]

    5. E no se venha falar aqui que o adjetivo "reeducanda" no

    fora empregado em seu sentido jurdico-penal, j que esta pejorativa

    palavra tem sido utilizada reiterada vezes pela Querelada em seu perfil no

    Facebook para se referir as pessoas do crculo familiar da Querelante, a

    exemplo da seguinte mensagem postada no dia 21/05/2014, logo aps a

    priso do pai da Autora, o Deputado Riva. Confira-se:

    "To nem ai se Riva vai sair hoje ou amanh. Depois dessa estadia

    na carceragem ele ser pra sempre um 'reeducando.

    6. Ao ponto, de se ressaltar que a Querelante no e nunca foi

    processada/investigada criminalmente, alm de no possuir sentena penal

    em seu desfavor, conforme bem demonstram as certides negativas ora

    anexas [doe. 4],muito menos tem a pretenso de ser tornar uma criminosa

    como quer fazer crer a Querelada circunstncias estas que agravam de

    forma considervel os efeitos da difamao e da injria perpetradas pela

    Querelada.

    7. Com efeito, de fcil inteleco que no estamos tratando in

    casu de mera narrao de fatos ocorridos, mas sim e to somente de uma

    gratuita e intencional divulgao de opinio com ntido carter

    desabonador a honra, a reputao, a dignidade, a imagem e a boa fama da

    Querelante [ammis difamandi e injuriand, atos estes que refogem por

    completo do agasalho das liberdades de expresso e de imprensa, visto no

    ser lcito a ningum propalar em mdia pblica a hiptese de uma pessoa vir

    a ser criminosa apenas porque os seus familiares esto respondendo a aes

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    penais e/ou esto sendo investigados.

    8. Desta feita, resta mais do que evidente que as palavras

    ofensivas proferidas pela Querelada em desfavor da honra, da

    personalidade e da boa reputao da Querelante, para alm de ofenderem o

    mago, a dignidade da Sra. Janaina conquanto pessoa natural, tambm

    macularam a imagem desta perante as pessoas que cincia do teor da

    referida reportagem, situao esta que, caso no receba a devida

    reprimenda, continuar trazendo srios prejuzos a esfera jurdica e ntima

    da Autora.

    9. Com efeito, evidenciado est que as condutas tpicas

    praticadas dolosamente pela Querelada consistentes em i) ofender a boa

    reputao da Querelante perante terceiros (difamao], assim como a de ii)

    macular a dignidade e o decoro desta, isto pelo fato de ter colocado em

    xeque a idoneidade futura da Autora, so aquelas descritas nos tipos legais

    albergados pelos arts. 139 e 140 c/c o art. 141, todos do Cdigo Penal

    brasileiro. (fls. 3/12)

    A expresso, verbalizada em programa de televiso, est

    comprovada em CD-ROM (fls. 14).

    A autoria foi admitida pela querelada.

    Pois bem.

    Do comentrio no qual se empregou a o adjetivo reeducanda,

    no se extrai atribuio de fato ou conduta especfica.

    Na hiptese, a querelada fez uma conjectura negativa sobre o

    futuro poltico da querelante.

    A difamao somente se caracteriza quando o ofensor imputa ao

    ofendido fato determinado.

    Essa a lio de Andr Estefam:

    A difamao tem como conduta nuclear o ato de imputar a

    algum de fato ofensivo sua reputao. Imputar significa atribuir, narrar

    o fato inserindo uma pessoa como sendo seu responsvel. Exige-se que o

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    fato seja determinado e verossmil. [...] Lembre-se, uma vez mais, que a

    atribuio de qualidade negativa a outrem tipifica injria e no

    difamao, que exige a descrio de um fato ofensivo reputao. Chamar

    algum de vagabundo injria, mas dizer que essa pessoa falou

    determinado dia ao trabalho para ficar no bar consumindo bebidas

    alcolicas, visando ofender-lhe a honra, constitui difamao. (Direito

    Penal, volume 2: parte especial. 2 ed., So Paulo: Saraiva, 2012, p. 272)

    Ausente a tipicidade da conduta, falta justa causa para

    processamento da ao penal.

    Aplicveisos seguintes julgados c. STF e do c. STJ:

    HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. QUEIXA-CRIME.

    DIFAMAO. ATIPICIDADE DO FATO. TRANCAMENTO DA AO

    PENAL. [...] Se a atipicidade do fato constatada desde logo, falta justa

    causa para a ao penal. (HC n 80704 - Relator: Min. Nelson Jobim -

    13.3.2001)

    3. A difamao exige imputao de fato desabonador

    determinado, lanado com o propsito deliberado de atingir a reputao da

    vtima.

    [...]5. Atipicidade de conduta que leva rejeio da

    queixa-crime por ausncia de justa causa (art. 396, III, do Cdigo de

    Processo Penal).6. Queixa-crime rejeitada. (APn 568/AL - Relator: Min.

    ElianaCalmon - 12.11.2009)

    Logo, a Queixa-Crime deve ser rejeitada no tocante difamao

    (CPP, art. 395, III), por falta de justa causa para o exerccio da ao penal.

    Por outro lado, a referncia querelante com a expresso no

    reeducanda ainda configura, em tese, ofensa honra subjetiva.

    Isso porque, a querelante no apresentava registro criminalalgum

    e sequer exercia cargo pblico poca, ao contrrio de seus pais e ex-marido que

    ocuparam cargos eletivos (ex-deputado, ex-secretria e ex-vereador) e desempenharam

    funes pblicas, foram presos cautelarmente e respondem a aes penais

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    (www.tjmt.jus.br).

    No bastasse, inserir a querelante, comparativamente a familiares

    que possuem anotaes criminais, num exerccio de presuno de que infringir a lei

    penal e estar na condio de reeducanda, a meu ver, envolve conceituao negativa

    capaz de ofender os valores morais da pessoa humana, a qual merece respeitabilidade

    inclusiveda imprensa.

    O comentrio jornalstico que transcende a apurao de um fato

    concreto, segundo leciona o emrito Ministro Nilson Vital Naves, invade o terreno

    Judicirio, pois no se afigura justo que se inverta, na mente das pessoas, a ordem

    das coisas, e a sentena seja passada antes mesmo da instaurao do procedimento

    preliminar ou preparatrio de ao penal (Imprensa Investigativa: Sensacionalismo e

    Criminalidade.R. CEJ, Braslia, n 20, p. 6/8, jan./mar.2003).

    O advrbio de tempo ainda no fora empregado para se referir

    ao presente da querelante, como sustentado pela Defesa (fls. 64), s.m.j. Ao contrrio,

    constituiu termo reflexivo a uma situao futura, pois a querelante, poca do fato

    (26.5.2014), era pr-candidata a deputada estadual (Reportagem: JanainaRiva minimiza

    desgaste e se lana Assembleia, publicada em 8.2.2014 - Disponvel em:

    www.midianews.com.br).

    Com efeito, na injria [...] se formula juzos de valor,

    exteriorizando-se qualidades negativas ou defeitos que importem menoscabo, ultraje ou

    vilipndio de algum. (APn 634/RJ - Relator: Min. FlixFischer - 21.3.2012)

    Outrossim, a frase foi expressada em um programa de televiso

    (Canal 22 TV Pantanal), razo pela qual a causa de aumento prevista no art. 141, III,

    do CP apresenta-se, em tese, aplicvel.

    Adoto o seguinte julgado deste e. Tribunal:

    H, na pea inicial acusatria, prova mnima da materialidade

    e da autoria [...], acrescido da causa de aumento de ter sido praticada [...]

    por meio que facilitou a sua divulgao, pois as declaraes [...] foram

    proferidas, inicialmente, para um stio eletrnico de jornalismo e

    posteriormente confirmadas em um programa televisivo. (RpCr n

    Fl. 11 de 22

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    90392/2007 - Relator: Des. Jos Ferreira Leite - TribunalPleno - 26.5.2011)

    Enfim, a aferio do dolo de ofender, elemento subjetivo do tipo

    penal, somente ser possvel ao trmino de vlida instruo probatria, sendo inoportuna

    qualquer ilao na fase de prelibao.

    Sigo orientaes do c. STF e TJMT:

    Queixa-crime [...]. Injria. Delito praticado por meio de

    matria divulgada em peridico escrito. Alegada falta de justa causa por

    inexistncia de dolo especfico voltado a atingir a honra da vtima.. [...]

    Subsuno dos fatos conduta tpica descrita na inicial acusatria. [...] A

    inexistncia de dolo especfico questo que deve situar-se no mbito da

    instruo probatria, por no comportar segura ou precisa anlise nesta

    fase processual, que de formulao de um simples juzo de delibao.

    Queixa recebida. (Inq n 2968 - Relator: Min. Dias Toffoli - 19.5.2011 -

    grifado)

    Contendo a pea inicial exposio do fato criminoso, com as

    suas circunstncias, qualificando a querelada, classificando o crime, bem

    como os documentos necessrios, atendendo, por conseguinte, os requisitos

    do artigo 41 e 44, do Cdigo de Processo Penal, de ser recebida a queixa

    [...]. (APN n 34161/2008 - Relator: Des. Jurandir Florncio de Castilho -

    TribunalPleno - 11.2.2010)

    No contexto, a conduta se amolda ao tipo previsto no art. 140 do

    CP, a justificaro recebimento da Queixa-Crime.

    Com essas consideraes, RECEBO EM PARTE a presente

    Queixa-Crime para processamento de ao penal em face da querelada por injria

    agravada por ter sido proferida emmeio que facilitoua divulgao.

    como voto.

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    V O T O

    EXMO. SR. DES. LUIZ CARLOSDA COSTA(2 VOGAL)

    A princpio, em tese, o que suficiente para o recebimento da

    queixa entendo que est presente. Com o decorrer da instruo, ser analisada a

    existncia ou no de conduta dolosa com anlise at mesmo do vdeo, a entonao do

    ainda, tudo ser analisado aps a instruo probatria. De forma que, tambm, neste

    caso, estou de pleno acordo com o voto do Relator.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. JOO FERREIRA FILHO (3 VOGAL)

    De acordo com o voto do Relator.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. PEDRO SAKAMOTO(4 VOGAL)

    De acordo com o voto do Relator.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. RONDON BASSIL DOWER FILHO (6

    VOGAL)

    Peo vista dos autos para melhor anliseda questo.

    Fl. 13 de 22

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    V O T O

    EXMA. SRA. DESA. MARIA APARECIDA RIBEIRO (7

    VOGAL)

    Aguardo o pedido de vista.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. JOS ZUQUIM NOGUEIRA (8 VOGAL)

    Aguardo o pedido de vista.

    V O T O

    EXMA. SRA. DESA. CLEUCI TEREZINHA CHAGAS

    PEREIRA DA SILVA(9 VOGAL)

    De acordo com o voto do Relator.

    V O T O

    EXMA. SRA. DESA. SERLY MARCONDES ALVES (10

    VOGAL)

    De acordo com o voto do Relator.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. SEBASTIO BARBOSA FARIAS (11

    VOGAL)

    Aguardo o pedido de vista.

    Fl. 14 de 22

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    V O T O

    EXMO. SR. DES. GILBERTOGIRALDELLI (12 VOGAL)

    Aguardo o pedido de vista.

    V O T O

    EXMA. SRA. DESA. NILZA MARIA PSSAS DE

    CARVALHO (13 VOGAL)

    Aguardo o pedido de vista.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. ORLANDO DE ALMEIDA PERRI (14

    VOGAL)

    Aguardo o pedido de vista.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. RUBENS DE OLIVEIRA SANTOS FILHO

    (15 VOGAL)

    Aguardo o pedido de vista.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. JUVENAL PEREIRA DA SILVA (16

    VOGAL)

    Aguardo o pedido de vista.

    Fl. 15 de 22

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    V O T O

    EXMO. SR. DES. MRCIO VIDAL (17 VOGAL)

    Aguardo o pedido de vista.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. GUIOMAR TEODORO BORGES (19

    VOGAL)

    Aguardo o pedido de vista.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. LUIZ FERREIRA DA SILVA(22 VOGAL)

    Aguardo o pedido de vista.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. ALBERTO FERREIRA DE SOUZA (23

    VOGAL)

    De acordo com o voto do Relator.

    (EM 10 DE SETEMBRO DE 2015)

    POR UNANIMIDADE, REJEITOU A PRELIMINAR. A

    CONCLUSO DO JULGAMENTO FOI ADIADA EM FACE DO PEDIDO

    DE VISTA FORMULADO PELO 6 VOGAL - DES. RONDON BASSIL

    DOWER FILHO. O RELATOR RECEBEU EM PARTE, A QUEIXA CRIME

    SENDO ACOMPANHADO PELOS 2, 3, 4, 9, 10 E 23 VOGAIS.

    Fl. 16 de 22

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    AGUARDAM O PEDIDO DE VISTA OS 7, 8, 11, 12, 13, 14, 15, 16,

    17, 19 E 22 VOGAIS.

    V O T O (24-9-2015)

    EXMO. SR. DES. RONDON BASSIL DOWER FILHO (6

    VOGAL)

    Egrgio Plenrio:

    Pedi vista dos autos para melhor compreenso quanto

    necessidade de anlise, quando do recebimento da ao, do dolo especfico exigido para a

    configurao dos delitos descritos na Queixa-crime.

    Entretanto, aps pesquisa da jurisprudncia ptria, constatei que,

    assim como, pontuado pelo douto Relator, no atual momento processual de

    recebimento, ou no, da queixa-crimeajuizada se est realizando juzo de prelibao, de

    modo, que a averiguao do dolo especfico inerente conduta tpica de injria,

    deve ser resguardada instruo criminal.

    Nesse sentido:

    EMENTA DENNCIA. CRIME CONTRA A HONRA.

    DECADNCIA DO DIREITO REPRESENTAO. PRAZO. SEIS

    MESES A CONTAR DA DATAEM QUE A VTIMA TOMOU CINCIA

    DOS FATOSOU DE QUEM SEU AUTOR. ALEGAO DE INPCIA

    IMPROCEDENTE. PARLAMENTAR. OFENSAS IRROGADAS QUE

    NO GUARDAM NEXO COM O EXERCCIO DO MANDATO.

    CONSEQUENTE INAPLICABILIDADE DA REGRA DO ART. 53 DA

    CONSTITUIO DA REPBLICA. DOLO. ANLISE QUE, EM

    PRINCPIO, DEMANDA INSTRUO PROBATRIA [...]. 4. No

    impede o recebimento da denncia a alegao de ausncia de dolo, a qual

    demanda instruo probatria para maior esclarecimento 5. Denncia

    recebida." (STF - Inq 3672, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira

    Fl. 17 de 22

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    Turma, julgado em 14/10/2014, ACRDO ELETRNICO DJe-229

    DIVULG 20-11-2014 PUBLIC 21-11-2014) - destaquei.

    RECURSO ORDINRIO EM HABEAS CORPUS.

    IMPUTAO DA PRTICA DE CRIME DE INJRIA POR ADVOGADO

    CONTRA MAGISTRADO. TRANCAMENTO DA AO PENAL.

    AUSNCIA DE JUSTA CAUSA. IMUNIDADE PROFISSIONAL.

    AUSNCIA DE DOLO NA CONDUTA. IMPROPRIEDADE DA VIA

    ELEITA. RECURSO DESPROVIDO. [...]. 3. A caracterizao da vontade

    livre e consciente de injuriar necessria caracterizao do delito contra

    a honra tipificado no art. 140 do Cdigo Penal. No entanto, a aferio do

    dolo especfico na conduta do recorrente no h de ser reconhecida em juzo

    sumrio e sem o devido processo legal (Precedentes). Por ora, h indcios

    suficientes para a deflagrao da ao penal. 4. Recurso desprovido. (STJ

    RHC 45.167/SC, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA,

    QUINTATURMA, julgado em 18/06/2015, DJe 25/06/2015)

    CRIMES CONTRA A HONRA - CALNIA E DIFAMAO-

    PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA- NO CONHECIMENTO -

    SUPRESSO DE INSTNCIA - CERCEAMENTO DE DEFESA NO

    CONFIGURADO - PRELIMINARES REJEITADAS -MRITO: CALNIA -

    AUSNCIA DE IMPUTAO DE CONDUTADEFINIDA COMO CRIME -

    REJEIO - RECEBIMENTO APENAS PELOCRIMEDE DIFAMAO -

    NECESSIDADE DA INSTRUO PARA APURAO - PRESENTES

    INDCIOS DE AUTORIA E MATERIALIDADE - QUEIXA-CRIME

    PARCIALMENTERECEBIDA - RECURSO PROVIDO EM PARTE. [...]. 3.

    Se a conduta imputada aos querelados no evidencia a imputao de

    qualquer ilcito penal, torna-se invivel dar ensejo instaurao de

    processo pela suposta prtica do crime de calnia, tornando-se imperiosa a

    rejeio da queixa-crime por falta de justa causa neste ponto. 4. Contudo,

    havendo indcios da prtica do delito de difamao devidamente narrado na

    Fl. 18 de 22

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    queixa-crime, esta deve ser recebida, sendo imprescindvel a realizao da

    instruo. A configurao do dolo, nos crimes contra a honra, depende da

    comprovao de circunstncias factuais, s passveis de verificao no

    curso do processo, aps a submisso da pea acusatria ao contraditrio.

    Aparente ofensa honra objetiva verificada. Tipicidade configurada. [...].

    (TJ-MS RSE 00533024820118120001, Relator: Des. Dorival Moreira dos

    Santos, Data de Julgamento: 02/12/2013, 1 Cmara Criminal)

    Dessarte, encaminho meu voto nos termos daquele lanado pelo

    douto Relator, Des. Marcos Machado, para receber a queixa-crimeajuizada por Janaina

    Greyce Riva Moreira Lima, apenas na parte relativa ao delito de injria, prevista no art.

    140, c/c art. 141, III, ambos do CP.

    como voto.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. JOS ZUQUIM NOGUEIRA (3 VOGAL)

    De acordo com o relator.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. SEBASTIO BARBOSA FARIAS (11

    VOGAL)

    De acordo com o voto do relator.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. GILBERTOGIRALDELLI (12 VOGAL)

    De acordo com o voto do relator.

    Fl. 19 de 22

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    V O T O

    EXMO. SR. DES. RUBENS DE OLIVEIRA SANTOS FILHO

    (15 VOGAL)

    De acordo com o voto do relator.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. JUVENAL PEREIRA DA SILVA (16

    VOGAL)

    De acordo com o relator.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. MRCIO VIDAL (17 VOGAL)

    De acordo com o relator.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. GUIOMAR TEODORO BORGES (19

    VOGAL)

    De acordo com o relator.

    V O T O

    EXMO. SR. DES. LUIZ FERREIRA DA SILVA( 22 VOGAL)

    De acordo com o relator.

    Fl. 20 de 22

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    V O T O

    EXMO. SR. DES. DIRCEU DOS SANTOS (1 VOGAL)

    Abstenho-me de votar.

    V O T O

    EXMA. SRA. DESA. MARIA HELENA GARGAGLIONE

    PVOAS (20 VOGAL)

    Abstenho-me de votar.

    .

    Fl. 21 de 22

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    A C R D O

    Vistos, relatados e discutidos os autos em epgrafe, o TRIBUNAL

    PLENO do Tribunal de Justia do Estado de Mato Grosso, sob a Presidncia do DES. PAULODA

    CUNHA, por meio da Turma Julgadora, composta pelo DES. MARCOS MACHADO (Relator),

    DES. DIRCEU DOS SANTOS (1 Vogal absteno), DES. LUIZ CARLOS DA COSTA (2

    Vogal),DES. JOO FERREIRA FILHO (3 Vogal),DES. PEDRO SAKAMOTO (4 Vogal),DES.

    RONDON BASSIL DOWER FILHO (6 Vogal),DES. JOS ZUQUIM NOGUEIRA (8 Vogal),

    DESA. CLEUCI TEREZINHA CHAGAS PEREIRA DA SILVA (9 Vogal), DESA. SERLY

    MARCONDES ALVES (10 Vogal),DES. SEBASTIO BARBOSA FARIAS (11 Vogal),DES.

    GILBERTO GIRALDELLI (12 Vogal), DES. RUBENS DE OLIVEIRA SANTOS FILHO (15

    Vogal),DES. JUVENAL PEREIRA DA SILVA(16 Vogal),DES. MRCIO VIDAL (17 Vogal),

    DES. GUIOMAR TEODORO BORGES (19 Vogal), DESA. MARIA HELENA

    GARGAGLIONE PVOAS (20 Vogal - absteno) e DES. LUIZ FERREIRA DA SILVA(22

    Vogal) proferiu a seguinte deciso: POR UNANIMIDADE RECEBEU, EM PARTE, A

    QUEIXA CRIME, NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR. OS 1 E 20 VOGAIS SE

    ABSTIVERAMDE VOTAR.

    Usou da palavra o Sr. Dr. FabianoRabaneda.

    Cuiab, 24 de setembro de 2015.

    ------------------------------------------------------------------------------------------

    DESEMBARGADORMARCOSMACHADO - RELATOR

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    PROCURADORDE JUSTIA

    Fl. 22 de 22