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Acordo de Empresa CP Carga SA - 1 de 41 (Reformulação da Proposta de AE da CP Carga de 15/12/2009) ACORDO DE EMPRESA (AE) CP Carga, Logística e Transportes Ferroviários de Mercadorias, S.A. CAPÍTULO I ÂMBITO, VIGÊNCIA, REVISÃO E DENÚNCIA DO AE CLÁUSULA 1ª Âmbito 1. O presente Acordo de Empresa (AE) aplica-se, por um lado, a CP Carga, Logística e Transportes Ferroviários de Mercadorias, S.A., empresa que tem por actividade principal o transporte de mercadorias por caminhos-de-ferro, correspondente à subclasse 49200 da CAE Ver 3, e, por outro lado, aos trabalhadores ao seu serviço, representados pelos Sindicatos outorgantes, e que desenvolvam as actividades profissionais abrangidas pelo presente AE. 2. O AE aplica-se em todo o território nacional e, ainda, quando os trabalhadores se encontrem a prestar trabalho no estrangeiro. CLÁUSULA 2ª Anexos Constituem Anexos ao AE, dele fazendo parte integrante, os seguintes: Anexo I - Enquadramento remuneratório e prestações patrimoniais; Anexo II – Enquadramento categorial e perfis profissionais; Anexo III – Progressão profissional; Anexo IV – Tabela de integração profissional e de Transição de Índices Salariais para Níveis Salariais; Anexo V – Quadros Técnicos. CLÁUSULA 3ª Vigência, Denúncia e Revisão

ACORDO DE EMPRESA (AE) CP Carga, Logística e … · comissão de serviço, nos termos da regulamentação definida pela Empresa. 2. O acordo de comissão de serviço deve observar

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Acordo de Empresa CP Carga SA - 1 de 41

(Reformulação da Proposta de AE da CP Carga de 15/12/2009)

ACORDO DE EMPRESA (AE)

CP Carga, Logística e Transportes Ferroviários de Mercadorias, S.A.

CAPÍTULO I

ÂMBITO, VIGÊNCIA, REVISÃO E DENÚNCIA DO AE

CLÁUSULA 1ª

Âmbito

1. O presente Acordo de Empresa (AE) aplica-se, por um lado, a CP Carga, Logística eTransportes Ferroviários de Mercadorias, S.A., empresa que tem por actividadeprincipal o transporte de mercadorias por caminhos-de-ferro, correspondente àsubclasse 49200 da CAE Ver 3, e, por outro lado, aos trabalhadores ao seu serviço,representados pelos Sindicatos outorgantes, e que desenvolvam as actividadesprofissionais abrangidas pelo presente AE.

2. O AE aplica-se em todo o território nacional e, ainda, quando os trabalhadores seencontrem a prestar trabalho no estrangeiro.

CLÁUSULA 2ª

Anexos

Constituem Anexos ao AE, dele fazendo parte integrante, os seguintes:

Anexo I - Enquadramento remuneratório e prestações patrimoniais;

Anexo II – Enquadramento categorial e perfis profissionais;

Anexo III – Progressão profissional;

Anexo IV – Tabela de integração profissional e de Transição de Índices Salariais paraNíveis Salariais;

Anexo V – Quadros Técnicos.

CLÁUSULA 3ª

Vigência, Denúncia e Revisão

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1. O AE entra em vigor no primeiro dia do segundo mês seguinte ao da suapublicação no Boletim do Trabalho e Emprego.

2. O AE vigora pelo período de 24 meses, renovando-se automaticamente porperíodos de 12 meses se nenhuma das partes, por escrito, o denunciar oupropuser a respectiva revisão.

3. O prazo de vigência das disposições relativas a matéria salarial e pecuniária,previstas no Anexo I, é de 12 meses.

4. A denúncia e a proposta de mera revisão do AE regem-se pelas normas legaisque estiverem em vigor.

CAPÍTULO II

DEFINIÇÕES

CLÁUSULA 4ª

Definições

Para efeitos do presente AE, considera-se:

a) Pessoal Circulante – os trabalhadores cuja actividade principal seja desenvolvida abordo do material motor;

b) Pessoal Fixo – os trabalhadores que não desenvolvam, a título de actividadeprincipal, as actividades referidas na alínea precedente;

c) Sede – Local a que o trabalhador se encontra afecto;

d) Local de Trabalho – A sede ou outro local em que o trabalhador exerça as suasfunções, nomeadamente o material motor.

CAPÍTULO III

DEVERES ESPECIAIS DOS TRABALHADORES E DA EMPRESA

E GARANTIAS DOS TRABALHADORES

CLÁUSULA 5ª

Deveres Especiais dos Trabalhadores

Sem prejuízo do disposto na lei, são deveres especiais dos trabalhadores:

a) Cumprir o presente Acordo e os Regulamentos dele emergentes;

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b) Executar, de harmonia com as suas aptidões e categoria profissional, as funçõesque lhes forem confiadas;

c) Comparecer ao serviço com pontualidade e assiduidade;

d) Cooperar, na medida do possível, em todos os actos tendentes à melhoria deprodutividade da Empresa e da qualidade do serviço desde que lhe sejamassegurados os meios técnicos adequados;

e) Zelar pelo bom estado de conservação dos instrumentos de trabalho, do material edas instalações que lhes forem confiadas;

f) Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança, higiene e saúde no trabalho;

g) Ter para com os outros trabalhadores as atenções e respeito que lhes são devidos,prestando-lhes em matéria de serviço todos os conselhos e ensinamentossolicitados;

h) Respeitar e fazer-se respeitar por todos aqueles com quem profissionalmentetenham de privar, em particular os clientes da Empresa.

CLÁUSULA 6ª

Deveres Especiais da Empresa

Sem prejuízo do disposto na lei, são deveres especiais da Empresa:

a) Cumprir o presente Acordo e os Regulamentos dele emergentes;

b) Proporcionar aos trabalhadores boas condições de segurança, higiene e saúde notrabalho;

c) Fornecer aos trabalhadores os instrumentos necessários ao desempenho dasrespectivas funções;

d) Disponibilizar aos trabalhadores o texto do presente AE;

e) Proporcionar a todos os trabalhadores os meios adequados ao desenvolvimento dasua formação geral e técnico-profissional, e ter em atenção as necessidades deformação dos trabalhadores;

f) Conceder aos trabalhadores que o solicitem as facilidades necessárias, nos termosda lei, para a continuação dos seus estudos ou frequência de cursos de formaçãogeral ou técnico-profissional;

g) Exigir dos trabalhadores investidos em funções de chefia que tratem comcorrecção os profissionais sob a sua orientação e que qualquer observação ouadvertência seja feita em particular e de forma a não ferir a dignidade dostrabalhadores;

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h) Deduzir às retribuições pagas aos trabalhadores as quotizações sindicais e enviá-lasaos respectivos sindicatos até ao dia 10 do mês seguinte àquele a que respeitem,acompanhadas dos respectivos mapas de quotização devidamente preenchidos;

i) Pôr à disposição dos trabalhadores locais adequados para a afixação dedocumentos formativos e informativos directamente relacionados com a suacondição de trabalhador, desde que devidamente identificados e não pôr quaisquerdificuldades a sua divulgação;

j) Pôr à disposição dos promotores, quando solicitado, salas ou recintos para reuniõesde trabalhadores, realizadas nos termos da lei;

k) Garantir aos dirigentes e delegados sindicais e aos membros da comissão detrabalhadores o exercício normal dos respectivos cargos, sem perda dos respectivosdireitos e regalias, nos termos e dentro dos limites legais.

CLÁUSULA 7ª

Garantias dos Trabalhadores

É proibido, sem prejuízo do disposto na lei, à Empresa:

a) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exerça os seus direitos, bemcomo despedi-lo ou aplicar-lhe sanções por causa desse exercício;

b) Diminuir directa ou indirectamente a retribuição ou baixar a categoria dotrabalhador, salvo nos casos expressamente previstos no presente AE ou na Lei;

c) Exercer ou consentir que sejam exercidas pressões sobre os trabalhadores nosentido de influir desfavoravelmente nas suas condições de trabalho ou na doscolegas.

CAPÍTULO IV

ADMISSÃO

CLÁUSULA 8ª

Condições Gerais de Admissão

As condições gerais de admissão são as seguintes:

a) Idade mínima de 18 anos;

b) Habilitações escolares e profissionais compatíveis com a categoria a que osinteressados se candidatem e satisfação do perfil do posto de trabalho;

c) Maior aptidão para o exercício da função.

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CLÁUSULA 9ª

Condições Especiais de Admissão

Constitui condição especial de admissão para as categorias profissionais com funçõesrelevantes para a segurança no sistema ferroviário exigindo certificado emitido porentidade oficial, a posse do certificado, logo que o mesmo seja exigível nos termos dalei.

CLÁUSULA 10ª

Condições de Trabalho

No acto de admissão, a Empresa entregará ao trabalhador, nos termos e prazosprevistos na lei, um documento do qual constem os elementos informativos daprestação laboral, incluindo a categoria profissional, a retribuição, o período normalde trabalho bem como a sede.

CLÁUSULA 11ª

Período Experimental

1. O período experimental, nos contratos de trabalho por tempo indeterminado, tema seguinte duração:

a) 90 dias para os trabalhadores integrados nos níveis salariais acima do nível 27;

b) 180 dias para os trabalhadores não incluídos nas alíneas a) e c) da presentecláusula;

c) 240 dias para os trabalhadores contratados para cargos de direcção, de chefiaou para os colaboradores da carreira de Quadros Técnicos.

2. O período experimental nos contratos a termo tem a duração prevista na lei.

CLÁUSULA 12ª

Contratos a Termo

As disposições deste AE são integralmente aplicáveis aos trabalhadores contratados atermo, com excepção das disposições que se relacionam com a duração ilimitada docontrato.

CLÁUSULA 13ª

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Cedência Ocasional de Trabalhadores

1. A cedência ocasional de trabalhadores pode verificar-se em qualquer outrasituação para além das previstas na lei desde que o trabalhador cedido estejavinculado por contrato de trabalho sem termo e haja acordo escrito entre aempresa, o trabalhador e a empresa cessionária.

2. O acordo de cedência terá a duração que for acertada entre os contraentes e serárenovado nos termos previstos nesse mesmo acordo.

3. O acordo de cedência está sujeito à forma escrita e deve observar o conteúdoprevisto na lei.

CLÁUSULA 14ª

Comissão de Serviço

1. Os cargos de direcção e chefia, como tal definidos pela Empresa e, bem assim, asfunções de assessoria ou secretariado pessoal relativas aos titulares desses cargos,dada a especial relação de confiança que pressupõem, são exercidas em regime decomissão de serviço, nos termos da regulamentação definida pela Empresa.

2. O acordo de comissão de serviço deve observar os requisitos formais previstos nalei.

CAPÍTULO V

ENQUADRAMENTO PROFISSIONAL E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

CLÁUSULA 15ª

Enquadramento Profissional

1. Os trabalhadores serão enquadrados nas categorias profissionais constantes dosAnexos II e V.

2. A Empresa poderá utilizar outras designações profissionais, sem prejuízo da suaequiparação para efeitos de enquadramento profissional e de retribuição, auma das categorias previstas nos Anexo II e V.

3. A progressão profissional far-se-á de acordo com as regras previstas no Anexo IIIe, no que respeita aos Quadros Técnicos, no Anexo V.

CLÁUSULA 16ª

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Formação Profissional

1. A Empresa promoverá a formação profissional dos trabalhadores ao seu serviço,visando o desenvolvimento contínuo das respectivas competências profissionais.

2. A formação deverá ser orientada no sentido de preparar cada trabalhador parauma integração dinâmica na sua situação profissional concreta.

CLÁUSULA 17ª

Formação no Local de Trabalho

1. A formação no local de trabalho será computada no número mínimo de horas deformação exigida pela lei desde que observados os requisitos legais para o efeito econste de registo próprio com indicação, nomeadamente, dos seguintes elementos:

a) Dia em que ocorreu a acção de formação;

b) Duração da acção de formação;

c) Objectivos da acção de formação;

d) Conteúdo da acção de formação;

e) Identificação do(s) formador(es);

f) Lista de presença assinada pelos trabalhadores/formandos.

2. Nos casos previstos no número anterior deverá ser entregue ao trabalhador, pelaentidade formadora, um certificado de formação relativo ao módulo ou acção deformação de que o trabalhador beneficiou, do qual deverão constar,nomeadamente, os elementos informativos constantes das alíneas a) a e) donúmero anterior.

CAPÍTULO VI

SEDE E LOCAL DE TRABALHO

CLÁUSULA 18ª

Apresentação e/ou Retirada com Repouso na Sede

1. Sempre que o repouso ocorra na sede, a apresentação e/ou retirada podeverificar-se na sede ou numa área de um circulo de 5Km de raio cujo centro é asede ou ainda dentro das seguintes áreas geográficas em função da sede a que otrabalhador se encontre afecto:

a) Área Geográfica I – Sede em Contumil - Gaia e Leixões;

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b) Área Geográfica II – Sede em Bobadela - Alcântara, Santa Apolónia, Alhandra eAlverca;

c) Área Geográfica III – Sede em Poceirão - Praias do Sado e Penalva.

2. Sempre que se verifique a apresentação na área geográfica indicada na alíneaanterior, a retirada de serviço ocorrerá no mesmo local da apresentação.

3. Considera-se como início do tempo de trabalho o momento da apresentação e otermo do tempo de trabalho o momento da retirada.

4. Caso a apresentação ou retirada ocorra na sede, o Pessoal Circulante disporá deum período para apresentação ou retirada com a duração de 10 minutos, o qualserá considerado tempo de trabalho efectivo. Deverá ser previsto em escala ummínimo de 2 apresentações ou retiradas por semana na sede.

CLÁUSULA 19ª

Apresentação e/ou Retirada com Repouso Fora da Sede

1. A apresentação e/ou retirada ao serviço com repouso fora da sede, efectuar-se-áno local de trabalho ou no material motor para a qual o trabalhador estejadesignado, considerando-se como início do tempo de trabalho o momento dessaapresentação e o termo do tempo de trabalho o momento dessa retirada.

2. A empresa deve garantir o transporte do trabalhador de e para a sede, quando aapresentação ou a retirada de serviço estejam associadas a um repouso fora dasede.

CLÁUSULA 20ª

Deslocações

1. Para efeitos de deslocação considera-se sede a área geográfica a que o trabalhadorestiver afecto, com o âmbito territorial definido no número seguinte ou,verificando-se a sua inexistência, numa área de um circulo de 5Km de raio cujocentro é a sede em que o trabalhador esteja colocado.

2. Para efeitos do disposto no número anterior consideram-se as seguintes áreasgeográficas:

a) Área Geográfica I – Sede em Contumil - Gaia e Leixões;

b) Área Geográfica II – Sede em Bobadela - Alcântara, Santa Apolónia, Alhandra eAlverca;

c) Área Geográfica III – Sede em Lisboa – Concelhos de: Lisboa, Oeiras, Amadora eLoures;

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d) Área Geográfica IV – Sede em Poceirão - Praias do Sado e Penalva.

CLÁUSULA 21ª

Transferências

1. A Empresa só pode transferir o trabalhador para outra sede se essatransferência não causar prejuízo sério ao trabalhador ou se resultar deimperiosa necessidade de serviço, bem como de mudança total ou parcial doestabelecimento, serviço ou unidade onde aquele presta serviço.

2. No caso previsto na segunda parte do número anterior, o trabalhador poderá,nos termos legais, optar pela rescisão do contrato de trabalho com direito aindemnização se tiver prejuízo sério.

3. No preenchimento de vagas declaradas abertas, a Empresa atenderá, sempreque possível, aos pedidos de transferência formulados pelos trabalhadores.

4. A empresa suportará as despesas decorrentes da transferência nos termos dalei.

CLÁUSULA 22ª

Transferência por Extinção de Posto de Trabalho

1. No caso de extinção de postos de trabalho, os trabalhadores ficam sujeitos atransferência, mas terão direito de optar entre as vagas declaradas abertas nasrespectivas categorias, bem como direito a retomarem os seus extintos postosde trabalho, se estes vierem a ser restabelecidos dentro do prazo de quatroanos.

2. Dentro do prazo de um ano, o trabalhador tem preferência no preenchimentode qualquer vaga que for declarada aberta na respectiva categoria num raio de100 quilómetros do posto de trabalho extinto.

CAPÍTULO VII

PRESTAÇÃO DO TRABALHO

SECÇÃO I

ORGANIZAÇÃO TEMPORAL DO TRABALHO

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CLÁUSULA 23ª

Período Normal de Trabalho

1. Considera-se período normal de trabalho o número de horas de serviço que otrabalhador tem de prestar em cada dia ou em cada semana.

2. Para todos os efeitos decorrentes das diversas situações da prestação detrabalho entende-se por semana de calendário o período compreendido entrecada domingo e o Sábado seguinte.

3. O período normal de trabalho é de oito horas diárias, quer seja diurno,nocturno ou misto, e de quarenta horas semanais, sem prejuízo dos regimesespeciais contidos neste acordo, e dos períodos normais de trabalho de menorduração praticados à data de entrada em vigor do presente AE, que semanterão em relação aos trabalhadores aquela data abrangidos.

4. O período normal de trabalho diário pode ter o seu termo no dia seguinte ao doseu início.

5. As horas de início e termo do período normal de trabalho diário são as queconstam dos horários de trabalho, salvo quando o trabalhador forexpressamente dispensado da prestação de trabalho durante parte do seuperíodo normal de trabalho diário, no início ou no termo deste.

6. Quando se verificar a situação prevista no número anterior, os trabalhadoresterão direito à retribuição diária (RD), sem prejuízo das situações que confiramdireito a tratamento especial, designadamente o repouso mínimo, em que seconsiderarão apenas as horas de efectiva prestação de trabalho.

7. A dispensa a que se refere o número 5 deve ser comunicada ao trabalhador coma antecedência mínima de 24 horas em relação ao período normal de trabalhoem que irá ocorrer, ou antes da saída do serviço caso o trabalhador entre nasituação de descanso semanal ou feriado, sendo computada pelo tempo detrabalho efectivamente prestado, num mínimo de seis horas, para efeito dodisposto no número 4 da Cláusula 28ª.

CLÁUSULA 24ª

Período Normal de Trabalho e Horários de Trabalho

1. A definição do período normal de trabalho, bem como das modalidades dehorários de trabalho deverá ser efectuada de acordo com os preceitos legaisaplicáveis, sem prejuízo do disposto no presente AE.

2. A Empresa pode adoptar, nomeadamente, as seguintes modalidades de horários,em função das suas necessidades organizativas:

a) Horário fixo;

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b) Horário flexível;

c) Horário em regime de escalas de serviço;

d) Horário em regime de turnos.

CLÁUSULA 25ª

Horário Fixo

Horário fixo é aquele em que as horas de início e de termo do período de trabalho,bem como as do intervalo de descanso, são previamente determinadas e fixas.

CLÁUSULA 26ª

Horário Flexível

1. Horário flexível é aquele em que a duração do período normal de trabalho diário,bem como as horas do seu início, termo e dos intervalos de descanso, podem sermóveis, havendo porém períodos de presença obrigatória.

2. A prática do horário flexível obriga ao cumprimento, em média, de um número dehoras correspondente ao período normal de trabalho semanal.

3. O cômputo do tempo de serviço prestado será efectuado num período dereferência pré determinado, o qual não poderá ser superior a um mês de calendário.

4. O saldo que exceda os limites fixados no número anterior é anulado, sem direito aindemnização, se for positivo, e equiparado, para todos os efeitos, a faltasinjustificadas, se for negativo.

5. Só é considerado trabalho suplementar, para os trabalhadores em regime dehorário flexível, o que for prestado, por expressa solicitação escrita da Empresa.

CLÁUSULA 27ª

Horário em Regime de Turnos

1. Serão organizados turnos de pessoal nos serviços de funcionamento permanente enaqueles cujo período de funcionamento seja superior ao período normal de trabalhodefinido pelas disposições do presente Acordo.

2. Quando pretenda organizar turnos, fixos ou rotativos, a Empresa organizará osturnos de acordo com as necessidades de serviço e tendo em atenção os interesses epreferências manifestadas pelos trabalhadores.

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3. Quando haja turnos rotativos, a mudança de turno, denominada transição, seráefectuada periodicamente, após os dias de descanso semanal podendo o repouso quelhe está associado ser reduzido para 8 horas.

4. Os horários de trabalho por turnos deverão ser afixados com a antecedênciamínima de dez dias.

5. Por acordo prévio entre os trabalhadores interessados e a Empresa e sem prejuízodo disposto nos números seguintes poderá efectuar-se mais do que uma mudança deturno por semana.

6. Na situação prevista no número anterior, não poderá em cada semana ocorrer maisdo que uma transição que implique redução do repouso mínimo.

7. Nos casos referidos nos números 3 e 5, poderão ocorrer alterações pontuais aomapa afixado, contanto que os trabalhadores abrangidos sejam avisados até ao termodo período de trabalho imediatamente anterior.

CLÁUSULA 28ª

Horários em Regime de Escalas de Serviço

1. Sempre que o exija a natureza da actividade exercida, o horário de trabalhopoderá constar de escalas de serviço.

2. Entende-se por escalas de serviço os horários de trabalho individualizados,destinados a assegurar a prestação de trabalho por períodos não regulares, no querespeita à duração diária e semanal e às horas de entrada e saída.

3. Das escalas de serviço, além das horas de início e termo de cada período normal detrabalho, deverá ainda constar, em relação a cada trabalhador a indicação do local deapresentação onde se inicia cada período normal de trabalho diário e onde é gozado orepouso.

4. O período normal de trabalho do pessoal que labore em regime de escalas deserviço não pode ser inferior a seis horas, nem superior a dez horas, em cada dia, namédia de oito horas diárias e quarenta horas semanais aferida por períodos dereferência de oito semanas.

5. Em cada período de referência de oito semanas não poderão verificar-se mais dequarenta períodos normais de trabalho diário, não podendo também haver doisperíodos normais de trabalho diário completos no mesmo dia de calendário, nem maisde cinco períodos normais de trabalho diário em cada semana de calendário.

6. O cômputo do tempo de trabalho correspondente a cada período de oito semanastermina no último sábado da oitava semana.

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7. Os períodos normais de trabalho iniciados depois das 22 horas de sábado da oitavasemana são incluídos no cômputo da média do tempo de trabalho das oito semanasseguintes.

8. Apenas para efeito de determinação da média fixada no número 4 da presenteCláusula, as situações de ausência por inteiro ao serviço, nomeadamente por faltas,férias e feriados, serão computadas por oito horas.

9. O plano base de trabalho deverá ser afixado com uma antecedência mínima de dezdias, podendo ser de sete dias, desde que motivado por exigências especiais daprestação do serviço.

10. A afectação dos trabalhadores ao plano referido no número anterior e às eventuaisalterações pontuais às escalas serão dadas a conhecer aos trabalhadores até ao termodo período de trabalho imediatamente anterior, sem prejuízo do disposto na cláusulaseguinte.

11. Não poderão verificar-se apresentações ou retiradas no local de trabalho entre as 2horas e as 5 horas, a menos que situações de atrasos de circulações, acidentes,interrupções de via ou ocorrência semelhante imponham a apresentação ou retiradado serviço dentro do referido período.

12. O disposto no número anterior pode ser derrogado, com o limite de uma vez porsemana, desde que a Empresa assegure ao trabalhador o alojamento e no caso destedistar mais do que um (1) km do local de apresentação ou retirada assegurará ainda otransporte. Em alternativa, por acordo entre o trabalhador e a empresa, esta assegurao transporte entre aquele local e a residência do trabalhador até limite máximo de20Km.

13. Sempre que possível, após ausência justificada, o trabalhador ocupa na escala olugar que lhe competiria se não tivesse havido interrupção.

CLÁUSULA 29ª

Alterações Especiais às Escalas

1. Quando por razões de serviço haja necessidade de alterar o trabalhoeventualmente previsto, a respectiva comunicação pode ser feita no próprio dia,desde que a hora de apresentação, de retirada e o respectivo repouso (na sede ou foradela) se mantenham.

2. As eventuais alterações pontuais às escalas, aos serviços e aos períodos de trabalhodecorrentes da supressão de comboios, incidentes, anomalias de circulação, que nãopossam ser supridas por colaboradores ao serviço, serão dadas a conhecer aostrabalhadores abrangidos durante o período de trabalho imediatamente anterior, nãodevendo ser alterado o repouso na sede, desde que inicialmente previsto.

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CLÁUSULA 30ª

Períodos de Trabalho sem Especificação de Serviço – Supra

1. Por conveniência de serviço poderão ser previstos nas escalas períodos semespecificação de serviço e sem indicação das horas de início e termo do períodonormal de trabalho, não podendo os trabalhadores durante esses períodos recusar-se apermanecer no local de trabalho ou noutra dependência da Empresa que para o efeitolhes for indicada, executando quaisquer tarefas compatíveis com a respectivacategoria profissional.

2. Considera-se para efeitos do cômputo do tempo de trabalho o período em que otrabalhador permanece na situação referida no número anterior.

3. Nos períodos de trabalho referidos no número 1 constantes das escalas a atribuiçãode serviço e as respectivas horas de início e termo serão comunicadas durante operíodo normal de trabalho que os anteceda, ou antes da saída do serviço caso otrabalhador entre numa das situações de suspensão da prestação de trabalho previstasneste Acordo, quando previamente conhecidas da Empresa.

CLÁUSULA 31ª

Isenção de Horário de Trabalho

1. Sempre que as necessidades de serviço o exijam, nomeadamente quando esteja emcausa o exercício de funções de chefia ou em regime de comissão de serviço, ostrabalhadores poderão ser isentos de horário de trabalho, de acordo com asmodalidades e nos termos da lei, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

2. Os colaboradores da carreira de Quadros Técnicos podem laborar em regime deisenção de horário de trabalho, na modalidade de não sujeição aos limites máximos doperíodo normal de trabalho.

CLÁUSULA 32ª

Intervalo de Descanso

1. Sem prejuízo das disposições especiais constantes dos números seguintes, osperíodos normais de trabalho serão interrompidos por um intervalo de descanso, nãocomputado como tempo de trabalho, com a duração mínima de trinta minutos emáxima de duas horas, que será previsto no horário de trabalho de forma a que ostrabalhadores não prestem mais de seis horas de serviço consecutivo.

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2. Nos casos em que, por estrita necessidade de serviço, o Intervalo de descanso nãopossa ser concedido, total ou parcialmente, no período inicialmente previsto, será omesmo gozado até ao final do período de trabalho.

3. Se o intervalo de descanso for concedido depois da sexta hora de trabalhoconsecutivo, o mesmo será gozado até ao final do período de trabalho sem interrupçãoda contagem do tempo de trabalho, e com a duração de trinta minutos.

4. Quando o intervalo de descanso não possa ser concedido nos termos dos números 2e 3, o tempo não concedido será retribuído como trabalho extraordinário.

5. Nos casos em que os horários de trabalho prevejam períodos normais de trabalhodiário de duração não superior a seis horas, poderá não haver lugar à previsão deintervalo de descanso.

6. Para os trabalhadores que laborem no regime de turnos, podem ser estabelecidoshorários de trabalho que não prevejam intervalo de descanso, devendo, neste caso, ointervalo ser gozado na altura mais conveniente para o trabalhador e para o serviço,sem interrupção da contagem do tempo de trabalho.

CLÁUSULA 33ª

Repouso

1. Considera-se repouso o intervalo compreendido entre dois períodos consecutivos detrabalho diário.

2. A cada período normal de trabalho está intimamente ligado o período de repousoque se lhe segue, não podendo haver quaisquer compensações com outros períodos detrabalho ou de repouso.

3. Entre dois períodos consecutivos de trabalho diário haverá um repouso mínimo dedoze horas, salvo o disposto no número seguinte.

4. Para os trabalhadores que laborem em regime de escalas de serviço, o repousomínimo na Sede é de doze horas, não podendo no período de referência das oitosemanas ser inferior à média de catorze horas, e fora da Sede o repouso mínimo é denove horas.

5. Não pode haver repousos consecutivos fora da Sede, salvo nos casos detrabalhadores sujeitos a acções de formação ou em situações excepcionais a acordarpelas partes, sendo que, nestes casos, deverá ser garantido ao trabalhador transportepara esse local no primeiro dia e o seu regresso à Sede no último dia.

SECÇÃO II

REGIMES ESPECIAIS DE PRESTAÇÃO DE TRABALHO

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CLÁUSULA 34ª

Regime de Reserva

1. Regime de Reserva é a situação em que o trabalhador permanece obrigatoriamenteno local de trabalho ou noutra dependência da Empresa, sem serviço previamentedefinido.

2. Considera-se trabalho efectivo o tempo em que os trabalhadores permaneçam nasituação de reserva.

CLÁUSULA 35ª

Trabalho Nocturno

Considera-se nocturno o trabalho prestado no período que decorre entre as 22 horasde um dia e as 7 horas do dia seguinte.

CLÁUSULA 36ª

Trabalho Extraordinário

1. Considera-se trabalho extraordinário o trabalho prestado fora do período normal detrabalho tal como este é definido no presente Acordo.

2. Atenta a especificidade do transporte ferroviário de mercadorias que à Empresaincumbe assegurar, a prestação de trabalho extraordinário é obrigatória, salvoquando, havendo motivos atendíveis e a pedido devidamente justificado dotrabalhador, este seja expressamente dispensado de o prestar.

3. O recurso a horas extraordinárias não pode ser superior a duas horas num períodode trabalho, nem superior a dez horas numa semana, salvo situações de carácterexcepcional ou não previsíveis, designadamente anomalias de circulação.

4. Para efeito do cômputo das horas extraordinárias para o pessoal que labora emregime de escalas de serviço, deverão ser consideradas as situações de prestação detrabalho que, por dia, sejam superiores a dez horas diárias, bem como as que, emmédia, sejam superiores a oito horas diárias e quarenta horas semanais no final decada período de referência de oito semanas.

CLÁUSULA 37ª

Trabalho de Emergência

1. Considera-se emergência a situação resultante de acidente ou ocorrênciasemelhante, em que poderão ser organizadas medidas de excepção sem subordinação

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ao preceituado no presente Acordo e que ficarão sujeitas ao tratamento previsto nosnúmeros seguintes.

2. Se o trabalho de emergência se iniciar durante o período normal de trabalho, todoo tempo que exceder esse período será contado como de emergência, ainda que seprolongue sobre o período normal de trabalho seguinte.

3. Se o trabalho de emergência se iniciar dentro do período de repouso, descansosemanal ou feriado, a situação de trabalho de emergência manter-se-á até ao fim,ainda que se prolongue sobre o período normal de trabalho seguinte.

4. Terminado o trabalho de emergência, os trabalhadores entram obrigatoriamenteem condição de repouso, o qual respeitará os limites mínimos estabelecidos, salvo se otrabalho de emergência se iniciar e terminar dentro do mesmo período de trabalho.

5. As horas de viagem em situação de emergência, tanto no início como no termo,serão consideradas para todos os efeitos como trabalho de emergência.

CAPÍTULO VIII

SUSPENSÃO DA PRESTAÇÃO DE TRABALHO

SECÇÃO I

DESCANSO SEMANAL

CLÁUSULA 38ª

Princípios Gerais

1. O descanso semanal corresponde a dois períodos de não prestação de trabalho emcada semana de calendário, com a duração de vinte e quatro horas cada um, sendo umdeles - o primeiro - denominado descanso complementar e o outro descansoobrigatório.

2. Quando o descanso semanal referido no número anterior não seja gozado emperíodos consecutivos, o dia de descanso semanal deve ser precedido ou seguido deum ou dois períodos de repouso que não pode ser inferior a doze horas na suatotalidade.

3. As escalas e os turnos de serviço serão organizados de modo a que, em cada períodode oito semanas, os descansos complementar e obrigatório, sejam consecutivos, pelomenos cinco vezes.

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4. As escalas e os turnos de serviço serão organizados de modo a que, em cada períodode oito semanas, os descansos complementar e obrigatório coincidam, pelo menosuma vez, com o sábado e o domingo.

5. As variações dos dias de descanso resultantes da entrada em vigor de uma novaescala não dão direito a qualquer abono.

6. Por motivos imprevistos, designadamente de acidente, interrupção de via, atrasosde circulação, resguardo, arrumação, abastecimento ou outras circunstânciasanálogas, o descanso semanal pode iniciar-se depois das 0 horas.

7. O disposto no número precedente é aplicável ao gozo de feriados, licença ou férias.

8. As primeiras duas horas de trabalho prestadas nas condições referidas no número 6,serão retribuídas com o acréscimo de 50% sobre o valor da retribuição/hora (RH),passando o trabalhador a ser considerado na situação de trabalho em dia de descansoa pedido da Empresa, caso aquelas duas horas sejam ultrapassadas.

9. Na situação prevista no número anterior deverão ser observadas as regrasrespeitantes ao repouso associado ao descanso semanal, as quais não são, contudo,aplicáveis aos feriados.

CLÁUSULA 39ª

Alteração dos Dias de Descanso Semanal

1. O trabalhador tem direito a gozar, obrigatória e efectivamente, oito períodos dedescanso semanal de vinte e quatro horas cada na média das oito semanas, os quaissão insusceptíveis de compensação ou de substituição por qualquer abono.

2. Sem prejuízo no disposto do número 1, a não concessão do descanso semanal nosdias fixados, a pedido da Empresa, dá lugar à aplicação do regime previsto na Cláusula40ª.

3. Quando por conveniência do trabalhador e desde que o serviço o permita, houveralteração do descanso semanal, o trabalhador entra na condição de trabalho em dia dedescanso semanal a seu pedido, não tendo direito a qualquer acréscimo deretribuição, sem prejuízo do gozo desse dia de descanso.

CLÁUSULA 40ª

Compensação do Trabalho Prestado em Dia de Descanso e Feriado

1. Quando um trabalhador for chamado a prestar serviço em dia de descanso semanalpor tempo igual ou inferior a um período de trabalho terá direito a gozar esse dia dedescanso, nos termos do disposto nos números seguintes.

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2. Nos casos de prestação de trabalho em dia de descanso semanal obrigatório otrabalhador terá direito a um descanso compensatório remunerado a gozar dentrodessa semana ou da seguinte.

3. A prestação de trabalho em dia de descanso complementar ou feriado confere aotrabalhador o direito a um descanso compensatório remunerado, a gozar na semanaem que ocorre afectação ou nas três semanas seguintes.

4. Quando, por razões ou circunstâncias excepcionais ou ainda em casos de forçamaior, se não verificar o gozo efectivo do dia de descanso compensatório previsto nosnúmeros 2 e 3 desta Cláusula, o trabalhador terá direito, respectivamente, aopagamento previsto no número 3 da Cláusula 63ª.

5. Para efeito de cômputo do trabalho prestado em dias de descanso semanalconsidera-se como período de trabalho o período correspondente à duração do horáriosemanal do trabalhador dividido por cinco.

SECÇÃO II

FÉRIAS E FERIADOS

CLÁUSULA 41ª

Direito a Férias

1. Os trabalhadores têm direito a um período de 22 dias úteis de férias em cada anocivil, sem prejuízo do disposto na lei, nomeadamente, em matéria de férias no ano deadmissão, suspensão ou cessação do contrato de trabalho, ou contratação a termo.

2. O direito a férias reporta-se ao trabalho prestado no ano civil anterior, salvo seoutro for o regime resultante da lei.

3. A duração das férias prevista no número 1 é acrescida de 3 dias úteis de fériassuplementares.

4. O disposto no número anterior afasta a majoração da duração das férias em funçãoda assiduidade, prevista no número 3 do artigo 238.º do Código do Trabalho.

5. O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo efectivo não pode ser substituído,fora dos casos expressamente previstos na lei, por qualquer compensação económicaou outra, ainda que com o acordo do trabalhador.

CLÁUSULA 42ª

Férias Seguidas ou Interpoladas

1. As férias devem ser gozadas seguidamente num mínimo de 12 dias úteis.

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2. Os restantes dias de férias poderão ser gozados intercaladamente de acordo com osinteresses dos trabalhadores e as conveniências de serviço.

CLÁUSULA 43ª

Marcação das Férias

1. A marcação do período mínimo de férias que deve ser gozado consecutivamentedeve ser feita por mútuo acordo entre a Empresa e os trabalhadores, devendoprocurar-se a implementação de um sistema que permita a distribuição por todos ostrabalhadores dos períodos de férias mais pretendidos de forma equitativa e rotativa.

2. Sempre que não esteja implementado o sistema referido no número 1, e não sejapossível conceder férias no período pretendido pelo trabalhador, é-lhe dada afaculdade de apresentar três soluções alternativas para escolha por parte da Empresa,que dará conhecimento ao interessado da sua decisão.

3. A Empresa não poderá em caso algum impor o gozo de férias fora do períodocompreendido entre 1 de Maio e 31 de Outubro.

4. O mapa de férias definitivo deverá ser elaborado pela Empresa e afixado nos locaisde trabalho até 15 de Abril.

5. Aos trabalhadores da Empresa pertencentes ao mesmo agregado familiar deverá serconcedida a faculdade de gozar férias simultaneamente; considera-se que pertencemao mesmo agregado familiar os trabalhadores que vivam em comunhão de vida ehabitação.

6. O disposto nos números anteriores apenas se aplica aos doze dias de férias quedevem ser gozados consecutivamente.

7. Os restantes dias de férias, para além dos doze obrigatórios, serão gozados deacordo com as necessidades do trabalhador e a conveniência do serviço.

8. Sem prejuízo do disposto na Cláusula 44ª a Empresa fixará para Novembro eDezembro, dando conhecimento ao trabalhador com a antecedência mínima de quinzedias e até 31 de Outubro, os dias de férias que em 30 de Setembro não tenham sidogozados nem fixados, não tendo aplicação neste caso o disposto no número 3 destaCláusula.

CLÁUSULA 44ª

Data Limite do Gozo de Férias e Cumulação de Férias

1. As férias devem ser gozadas no ano civil em que se vencem, sem prejuízo dodisposto na lei.

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2. O disposto no número anterior não prejudica a possibilidade de cumulação do gozode férias nos termos em que a lei o admita.

CLÁUSULA 45ª

Efeitos da Interrupção, Antecipação ou Adiamento de Férias por Iniciativa da Empresa

1. A alteração ou interrupção do período de férias por motivo de interesse da Empresaconstitui esta na obrigação de indemnizar o trabalhador pelos prejuízos que,comprovadamente, haja sofrido na pressuposição de que gozaria integralmente asférias na data fixada.

2. A interrupção das férias não poderá prejudicar o gozo seguido de pelo menosmetade do período a que o trabalhador tem direito.

CLÁUSULA 46ª

Feriados

1. São feriados obrigatórios:

· 1 de Janeiro;

· Sexta-Feira Santa;

· Domingo de Páscoa;

· 25 de Abril;

· 1 de Maio;

· Corpo de Deus;

· 10 de Junho;

· 15 de Agosto;

· 5 de Outubro;

· 1 de Novembro;

· 1 de Dezembro;

· 8 de Dezembro;

· 25 de Dezembro.

2. São para todos os efeitos considerados também feriados a Terça-Feira de Carnaval eos feriados municipais.

3. Os feriados municipais a que os trabalhadores têm direito são os que correspondemao Concelho da sua sede.

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CLÁUSULA 47ª

Não Concessão de Feriados Obrigatórios

1. Os trabalhadores que, por motivo de serviço, não possam ser dispensados nosferiados obrigatórios ficarão sujeitos ao regime previsto na Cláusula 40ª.

2. Quando os feriados coincidirem com os dias de descanso semanal não gozados, acompensação faz-se considerando apenas o descanso semanal não gozado.

SECÇÃO III

FALTAS

CLÁUSULA 48ª

Faltas - Definição

1. Falta é a ausência do trabalhador no local de trabalho e durante o período em quedevia desempenhar a actividade a que esteja adstrito.

2. Nos casos de ausência do trabalhador por períodos inferiores ao período normal detrabalho a que está obrigado, os respectivos tempos serão adicionados paradeterminação dos períodos ou meios períodos de trabalho diário em falta.

3. As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.

CLÁUSULA 49ª

Faltas Justificadas

1. São consideradas faltas justificadas:

a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casamento;

b) A motivada por falecimento de cônjuge, parente ou afim;

c) A motivada pela prestação de prova em estabelecimento de ensino;

d) A motivada por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto nãoimputável ao trabalhador, nomeadamente observância de prescrição médica noseguimento de recurso a técnica de procriação medicamente assistida, doença,acidente ou cumprimento de obrigação legal;

e) A motivada pela prestação de assistência inadiável e imprescindível a filho, aneto ou a membro do agregado familiar de trabalhador;

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f) A motivada por deslocação a estabelecimento de ensino de responsável pelaeducação de menor por motivo da situação educativa deste, pelo tempoestritamente necessário, até quatro horas por trimestre, por cada um;

g) A de trabalhador eleito para estrutura de representação colectiva dostrabalhadores;

h) A de candidato a cargo público, nos termos da correspondente lei eleitoral;

i) A autorizada ou aprovada pelo empregador;

j) A que por lei e nos termos da mesma seja como tal considerada,nomeadamente:

I. A motivada pelo exercício de funções na qualidade de bombeirovoluntário;

II. A motivada por doação gratuita de sangue;

III. A motivada pela participação nas campanhas eleitorais, nas mesas de votoe como delegados das listas;

IV. A motivada pelo exercício de funções enquanto eleito local.

2. São consideradas injustificadas todas as faltas não previstas no número anterior.

CLÁUSULA 50ª

Comunicação e Prova das Faltas

1. As faltas justificadas, quando previsíveis, serão obrigatoriamente comunicadas àEmpresa com a antecedência de cinco dias; quando imprevisíveis, serãoobrigatoriamente comunicadas logo que possível.

2. O não cumprimento do disposto no número anterior torna as faltas injustificadas.

3. A Empresa pode, em qualquer caso de falta justificada, solicitar ao trabalhadorprova dos factos invocados para a justificação a apresentar no prazo máximo de dezdias.

CLÁUSULA 51ª

Efeitos das Faltas Justificadas

1. As faltas justificadas não determinam a perda de retribuição ou prejuízo dequaisquer direitos do trabalhador, salvo o disposto no número seguinte.

2. Determinam a perda de retribuição as seguintes faltas, ainda que justificadas:

a) Dadas por motivo de doença, desde que o trabalhador beneficie de umregime de segurança social de protecção na doença;

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b) Dadas na qualidade de representante dos trabalhadores em associaçõessindicais, como dirigente ou delegado sindical, ou na comissão detrabalhadores, para além dos respectivos créditos legais;

c) Dadas por motivo de acidente de trabalho desde que o trabalhador tenhadireito a qualquer subsídio ou seguro;

d) Dadas por motivo de comparência em tribunais ou outros organismos oficiaispor motivos alheios à Empresa ou no interesse do trabalhador;

e) Dadas ao abrigo de disposições legais especiais que prevejam perda deretribuição.

CLÁUSULA 52ª

Efeitos das Faltas Injustificadas

1. As faltas injustificadas determinam sempre perda de retribuição correspondente aoperíodo de ausência, a qual será descontada para todos os efeitos na antiguidade dotrabalhador.

2. No caso em que as faltas determinam perda de retribuição, esta perda poderá sersubstituída, se o trabalhador expressamente assim o preferir, por acordo com aEmpresa, por perda de dias de férias na proporção de um dia de férias por cada dia defalta, desde que seja salvaguardado o gozo efectivo de 20 dias úteis de férias, ou acorrespondente proporção nos casos em que o trabalhador tenha direito a um períodode férias inferior a 22 dias úteis, nomeadamente no ano da admissão.

3. Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio período de trabalho diário, operíodo de ausência a considerar para efeitos do número anterior abrangerá os dias oumeios-dias de descanso ou feriados imediatamente anteriores ou posteriores aos diasde falta.

SECÇÃO IV

LICENÇA SEM RETRIBUIÇÃO

CLÁUSULA 53ª

Licença sem Retribuição

1. A Empresa poderá atribuir ao trabalhador, a pedido deste, licenças sem retribuição.

2. Sem prejuízo dos limites previstos na lei, a Empresa regulamentará internamente oregime da atribuição das licenças previstas no número anterior.

3. O período da licença sem retribuição conta-se para efeitos de antiguidade.

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4. O trabalhador beneficiário da licença sem retribuição mantém o direito ao lugar.

5. Durante o período da licença sem retribuição cessam os direitos e deveres daspartes que pressuponham a efectiva prestação de trabalho.

CAPÍTULO IX

RETRIBUIÇÃO E OUTRAS PRESTAÇÕES PATRIMONIAIS

SECÇÃO I

RETRIBUIÇÃO, DEFINIÇÕES E PRINCÍPIOS GERAIS

CLÁUSULA 54ª

Retribuição por Trabalho Normal

A retribuição mínima mensal devida aos trabalhadores abrangidos pelo presente AE,pelo seu período normal de trabalho, é a que consta dos Anexo I e Anexo V.

CLÁUSULA 55ª

Definições

Para efeito deste AE, considera-se:

a) Retribuição mensal (RM) - O montante correspondente ao somatório da retribuiçãodevida ao trabalhador como contrapartida da prestação do seu período normal detrabalho, e cujo valor mínimo é o fixado no Anexo I deste AE, de acordo com ograu de retribuição em que se enquadra, adicionado do valor das diuturnidades aque o trabalhador tiver direito, do valor do abono por Isenção de Horário deTrabalho e do valor do Subsídio de Turno ou de Escala, enquanto se verificarem asrespectivas condições de atribuição, conforme os casos;

b) Retribuição diária (RD) - O valor determinado segundo a fórmula RM/30;

c) Retribuição/hora (RH) – O valor determinado segundo a fórmula (RM*12):(52*HS).

CLÁUSULA 56ª

Cumulação de Situações que Conferem Direito a Prestações Patrimoniais

Quando se verificarem simultaneamente duas ou mais situações que confiram direito atratamento especial, apenas será considerada a que se traduzir num tratamento mais

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favorável para o trabalhador excepto quando uma das situações for a correspondenteao trabalho nocturno, que será sempre tomado em consideração.

SECÇÃO II

DIUTURNIDADES, ABONOS E RETRIBUIÇÕES ESPECIAIS

CLÁUSULA 57ª

Diuturnidades

1. Reportando-se à data de admissão na Empresa, os trabalhadores vencem umadiuturnidade por cada período de cinco anos de serviço.

2. Cada diuturnidade tem o valor previsto no Anexo I.

3. O direito de vencer novas diuturnidades cessa a partir do momento em que otrabalhador atinja o limite de cinco.

4. É considerado para contagem de diuturnidades o mês da admissão.

CLÁUSULA 58ª

Abono por Isenção de Horário de Trabalho

Os trabalhadores isentos de horário de trabalho, na modalidade prevista no número 2da Cláusula 31ª, têm direito a um abono mensal correspondente a 22 horas de trabalhoextraordinário.

CLÁUSULA 59ª

Abono por Afectação do Repouso

1. Sempre que não seja respeitado o período mínimo de repouso consagrado naCláusula 33ª do presente AE, as horas de repouso não gozadas que afectem essemínimo serão retribuídas com um acréscimo de 100% da retribuição/hora (RH).

2. O pagamento das horas de repouso não gozadas previsto no número anteriorsubstitui todas as outras situações em que o trabalhador se encontre, com excepçãodo trabalho nocturno.

CLÁUSULA 60ª

Abono de Agente Único

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A laboração em regime de agente único, nos termos da regulamentação técnicaaplicável, confere direito a um abono de 4% da respectiva retribuição/hora (RH) aostrabalhadores das categorias profissionais da carreira de Tracção, por cada hora emque o trabalhador prestar efectivamente trabalho naquele regime.

CLÁUSULA 61ª

Retribuição por Trabalho Nocturno

A retribuição do trabalho nocturno será superior em 25% à retribuição a que dá direitoo trabalho equivalente prestado fora do período previsto na Cláusula 35ª, salvo noscasos expressamente previstos neste Acordo.

CLÁUSULA 62ª

Remuneração do Trabalho Extraordinário

1. As horas extraordinárias referidas na Cláusula 36ª serão pagas com um acréscimode 50% sobre a respectiva retribuição horária, (RH) diurna ou nocturna, conforme oscasos.

2. O pagamento das horas extraordinárias mencionado no número anterior já inclui aretribuição específica por trabalho nocturno eventualmente devida pelo trabalhoextraordinário apurado nos termos da parte final do número 4 da Cláusula 36ª.

CLÁUSULA 63ª

Remuneração do Trabalho em Dia de Descanso e Feriado

1. Nos casos de prestação de trabalho em dia de descanso semanal obrigatório,complementar, e em dia feriado o trabalhador terá direito ao pagamento de 100% dovalor da retribuição diária (RD).

2. No caso do tempo de serviço exceder o período fixado no número 5 da Cláusula40ª, este tempo será retribuído com o valor da retribuição/hora (RH) acrescido de100%.

3. No caso de prestação de trabalho em dia de descanso semanal obrigatório,complementar ou feriado, sem que se verifique o gozo do dia de descansocompensatório conforme previsto no número 2 da Cláusula 40ª o trabalhador terádireito ao pagamento de 250% do valor da retribuição diária (RD), sendo aindaaplicável o disposto no número 2 caso o tempo de serviço exceda o período fixado nonúmero 5 da Cláusula 40ª.

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CLÁUSULA 64ª

Remuneração do Trabalho de Emergência

A retribuição do trabalho efectuado nas situações de emergência é independente daretribuição mensal (RM) e será igual à retribuição/hora (RH), acrescida de 100% e daretribuição por trabalho nocturno, sendo caso disso, nos dias de trabalho normal e de200% nos dias de descanso semanal ou feriado, sem prejuízo do gozo efectivo dodescanso semanal ou feriado.

CLÁUSULA 65ª

Retribuição por Acumulação de Funções de Condução de Veículos Rodoviários eMáquinas de Movimentação de Cargas

1. Os trabalhadores que tenham carta de condução, e que, por necessidade de serviçoseja determinada a acumulação da actividade inerente à sua categoria profissional e atítulo de actividade principal, as funções de condução de veículos rodoviários emáquinas de movimentação de cargas terão direito a uma retribuição especial diária,por cada período de trabalho em que se verifique tal acumulação, cujo montantevariará em função das características do veículo que conduzam.

2. Os trabalhadores que operem com auto-gruas e/ou com máquinas demovimentação de cargas terão direito a uma retribuição especial diária no montanteprevisto no Anexo I.

3. No caso de detenção motivada por presumíveis responsabilidades criminais e aindano caso de condenação, desde que por crime não doloso nem gravemente culposo,resultante de acidente de viação ocorrido ao serviço da Empresa, esta obriga-se aopagamento da retribuição do trabalhador impossibilitado de prestar o seu trabalho pormotivo da referida detenção ou condenação.

SECÇÃO III

SUBSÍDIOS

CLÁUSULA 66ª

Subsídio de Refeição

1. Os trabalhadores a tempo inteiro têm direito ao abono de um Subsídio de Refeiçãono valor previsto no Anexo I, desde que a prestação efectiva de trabalho ultrapasse emtrinta minutos a metade do período normal de trabalho diário previsto e por cada diaem que se verifique esse cumprimento.

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2. Caso os trabalhadores prestem, no mínimo, metade do período normal de trabalhodiário previsto, terão direito a um valor correspondente a 50% do subsídio referido nonúmero anterior.

CLÁUSULA 67ª

Subsídio de Turno

1. Os trabalhadores sujeitos a horários de trabalho organizados segundo o regime deturnos rotativos previsto na Cláusula 27ª, têm direito a um subsídio mensal, que é pagonos termos do número seguinte.

2. Para os trabalhadores em regime de turnos rotativos com rotações de três turnos:

a) Se ocorrer rotatividade das horas de início e termo dos turnos esimultaneamente rotatividade dos descansos semanais – 18,5 % da retribuiçãode base prevista na Tabela Salarial;

b) Se apenas ocorrer rotatividade das horas de início e termo – 14,5% daretribuição de base prevista na Tabela Salarial.

3. Para os trabalhadores em regime de turnos rotativos com rotações de dois turnos:

a) Se ocorrer rotatividade das horas de início e termo dos turnos esimultaneamente rotatividade dos descansos semanais - 10% da retribuição debase prevista na Tabela Salarial;

b) Se apenas ocorrer rotatividade das horas de início e termo – 7,5% daretribuição de base prevista na Tabela Salarial.

4. O subsídio mensal referido no número anterior já inclui a retribuição especial portrabalho nocturno.

5. Deixando de se verificar a necessidade de organização do trabalho por turnos,cessa a atribuição do respectivo subsídio, salvo o disposto na Cláusula 93ª.

CLÁUSULA 68ª

Subsídio de Escala

1. Os trabalhadores sujeitos a horários de trabalho organizados segundo o regime deescalas de serviço previsto na Cláusula 28ª, têm direito a um subsídio mensal, quecorresponde a 17,75 % da retribuição de base prevista na Tabela Salarial que não incluia retribuição especial por trabalho nocturno.

2. Deixando de se verificar a necessidade de organização do trabalho por escalas,cessa a atribuição do respectivo subsídio salvo o disposto na Cláusula 93ª.

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CLÁUSULA 69ª

Subsídio de Férias

1. Os trabalhadores têm direito anualmente a um subsídio de férias de valor igual aoda sua retribuição mensal, sem prejuízo do disposto na lei em matéria de férias no anode admissão, suspensão ou cessação do contrato de trabalho, ou contratação a termo.

2. Além do subsídio referido no número anterior, sem prejuízo do disposto na cláusula92ª, os trabalhadores terão direito a um subsídio de férias complementar, nosseguintes termos:

a) Trabalhadores com uma antiguidade compreendida entre 2 anos e 4 anos deantiguidade: acréscimo de 1 dia de subsídio de férias;

b) Trabalhadores com mais de 4 anos de antiguidade e menos de 6 anos deantiguidade: acréscimo de 2 dias de subsídio de férias;

c) Trabalhadores com 6 ou mais anos de antiguidade: acréscimo de 3 dias de subsídiode férias.

3. Para efeitos do disposto no número anterior a antiguidade do trabalhador serácomputada em 31 de Dezembro do ano anterior ao do vencimento das férias.

4. O subsídio de férias previsto no número 1 e, se for o caso, no número 2, será pagode uma só vez no mês anterior ao início do período mínimo de férias.

CLÁUSULA 70ª

Subsídio de Natal

1. Todos os trabalhadores terão direito a receber pelo Natal, até 10 de Dezembro decada ano, um subsídio de montante igual ao da remuneração mensal a que tiveremdireito.

2. No ano da admissão e no ano da cessação do contrato de trabalho, o subsídio serácalculado na proporção do tempo de serviço prestado.

3. Sempre que ocorra qualquer suspensão do contrato por impedimento prolongado, osubsídio será igualmente calculado na proporção do tempo de serviço prestado.

SECÇÃO IV

PRÉMIOS

CLÁUSULA 71ª

Prémio de Assiduidade

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1. Os trabalhadores que cumpram totalmente o respectivo período normal detrabalho diário, têm direito a um prémio diário de assiduidade no montante previstono Anexo I.

2. O prémio indicado no número anterior não é devido aos colaboradores da carreirade Quadros Técnicos bem como aos trabalhadores que prestem serviço em regime decomissão de serviço.

3. Não implicam a perda nem a redução do prémio de assiduidade as faltas motivadaspor incapacidade temporária devida a acidente de trabalho ou doença profissional.

4. Relativamente às situações de trabalho em tempo parcial, o prémio de assiduidadeé devido nos mesmos termos em que é devida a retribuição do trabalho, assimprestado, sofrendo, pois, a redução proporcional à da retribuição em função donúmero de horas de trabalho ajustado.

5. Aos trabalhadores que tenham auferido um mínimo de 200 prémios diários seráatribuído, no ano civil subsequente, um prémio anual de assiduidade que será pagofaseadamente, na proporção de um terço, respectivamente, com a retribuiçãoreferente ao período mínimo obrigatório de férias, com o subsídio de férias e com o13º mês, cujo valor anual será calculado da seguinte forma:

a) Se o número de faltas for igual ou inferior a 10 períodos de trabalho no ano civilanterior àquele em que o prémio anual é pago o trabalhador receberá um prémioanual equivalente ao montante de 66 prémios diários;

b) Se o número de faltas for superior a 10 e inferior ou igual a 15 períodos de trabalhono ano civil o trabalhador receberá um prémio anual equivalente ao montante de 33prémios diários.

CLÁUSULA 72ª

Prémio de Itinerância

1. Ao pessoal circulante será pago, sempre que ultrapassado o número de quilómetrosmínimos, um Prémio mensal de itinerância, calculado de acordo com a seguintefórmula:

PI = (KT-KMn) x Vk

Em que:

PI – Prémio de itinerância;

CK – Comboio Quilometro;

KT – Distância mensal, em quilómetros, realizado pelo trabalhador em conduçãoou apoio à condução;

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KMn - Número total de CK no ano civil anterior / (12 x Efectivo médio do ano civilanterior da categoria a que o trabalhador pertence);

Vk – Valor do km previsto no Anexo I.

SECÇÃO V

DESLOCAÇÕES E HORAS DE VIAGEM

CLÁUSULA 73ª

Ajuda de Custo por Deslocação

1. Os trabalhadores quando hajam de prestar serviço fora da sede, tal como seencontra definido na cláusula 20ª, têm direito a uma ajuda de custo no montantefixado no Anexo I, por cada dia, desde que não repousem fora da sede.

2. Quando a deslocação implicar o gozo do repouso fora da sede, o trabalhador temdireito em cada dia abrangido pela deslocação, a uma ajuda de custo diária, nosmontantes fixados no Anexo I, consoante as seguintes situações:

a) Período de repouso superior a seis horas e inferior a doze horas;

b) Período de repouso igual ou superior a doze horas e inferior a dezoito horas;

c) Período de repouso superior a dezoito horas.

3. Sempre que for abonada a ajuda de custo prevista do número precedente nãohaverá lugar ao pagamento de subsídio de refeição.

CLÁUSULA 74ª

Trabalhadores em Serviço em Redes Ferroviária Estrangeiras

1. Os trabalhadores que se desloquem em rede ferroviária estrangeira em serviço nascirculações ou para acompanhamento de material circulante terão direito ao dobro domontante dos abonos previstos na Cláusula 73ª desde que o intervalo de descanso ou orepouso ocorra fora da rede ferroviária nacional.

2. O disposto no número anterior é também aplicável aos trabalhadores que sedesloquem em serviço até às estações fronteiriças da rede da ADIF, desde que ointervalo de descanso ou o repouso ocorra naquela rede.

3. Os trabalhadores colocados nas estações fronteiriças da ADIF não têm, por estefacto, direito aos abonos previstos na presente Cláusula.

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CLÁUSULA 75ª

Atribuição de Horas de Viagem

1. As horas de viagem não são consideradas para efeito de contagem da duração doperíodo normal de trabalho, sendo remuneradas de acordo com o valor da retribuiçãohora (RH), sem qualquer adicional, salvo se se prolongarem para o dia de descansosemanal.

2. As horas de viagem devem constar de documento escrito, afixado em localadequado, e mencionar os transportes a utilizar pelo trabalhador.

3. As horas de viagem só podem ser consideradas como tal quando efectuadas fora dasede ou da área geográfica a que o trabalhador se encontrar afecto e desde queligadas a um período de repouso, descanso semanal ou feriado, que terminou ou se vaiiniciar, na parte não abrangida pelo período normal de trabalho.

4. O tempo de espera entre a chegada do trabalhador ao local onde deverá prestartrabalho, utilizando o transporte que lhe for determinado, e o início do seu períodonormal de trabalho é considerado horas de viagem. Do mesmo modo é consideradohoras de viagem o tempo de espera para o transporte de regresso para repouso, nasede ou fora desta, ou para descanso semanal, desde o fim do período de trabalho atéao início da viagem.

5. Se o tempo de espera pelo transporte de regresso para descanso semanal ourepouso for superior a nove horas e o trabalhador puder repousar, esse tempo ser-lhe-á contado como de repouso.

6. Se as horas de viagem afectarem o repouso mínimo, o trabalhador passa a serconsiderado, a partir do início de tal afectação, na situação de trabalho em tempo derepouso.

7. Para efeitos de atribuição de horas de viagem, quando a Empresa não proporcionarao trabalhador a utilização de qualquer meio de transporte e este tenha de se deslocara pé, deverá atribuir-se a cada quilómetro o tempo de 15 minutos, arredondando-sesempre para o quilómetro seguinte, quando houver que considerar fracções dequilómetro.

8. O disposto na presente Cláusula não é aplicável aos trabalhadores que laboram emregime de isenção de horário de trabalho.

CLÁUSULA 76ª

Viagem sem Serviço

Podem ser previstas horas de viagem sem serviço (“passagem sem serviço”) incluídasno período normal de trabalho diário.

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CLÁUSULA 77ª

Deslocações de Quadros Técnicos

Aos colaboradores integrados na carreira de Quadros Técnicos é aplicável o regime deajudas de custo em vigor para a função pública.

CAPÍTULO X

DISCIPLINA

CLÁUSULA 78ª

Poder Disciplinar

A Empresa detém o poder disciplinar sobre os trabalhadores ao seu serviço, directa ouindirectamente através da hierarquia.

CLÁUSULA 79ª

Infracção Disciplinar

Constitui infracção disciplinar todo o acto ou omissão do trabalhador em violação

dos deveres consignados no presente AE ou na Lei.

CLÁUSULA 80ª

Procedimento Disciplinar

1. O procedimento disciplinar é exercido nos termos da lei.

2. O sindicato pode consultar o processo disciplinar através de representantedevidamente credenciado e autorizado, por escrito, pelo trabalhador.

CAPÍTULO XI

CONDIÇÕES PARTICULARES DE TRABALHO

SECÇÃO I

TRABALHADORES COM CAPACIDADE DE TRABALHO REDUZIDA

CLÁUSULA 81ª

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Princípio Geral

A Empresa, na medida do possível, procurará colocar os trabalhadores com capacidadereduzida em postos de trabalho compatíveis com as suas aptidões.

SECÇÃO II

TRABALHADORES-ESTUDANTES

CLÁUSULA 82ª

Princípios Gerais

1. Numa perspectiva de formação integral, a Empresa concederá a todos ostrabalhadores iguais oportunidades de se valorizarem, proporcionando-lhes asfacilidades necessárias para a frequência de cursos, nos termos da lei e do presenteAcordo.

2. O estatuto de trabalhador-estudante é concedido aos trabalhadores quepreencham os requisitos estabelecidos na lei.

3. Os trabalhadores-estudantes beneficiam dos direitos e estão sujeitos às obrigaçõesprevistas na lei, com as especificidades previstas na cláusula seguinte.

CLÁUSULA 83ª

Condições Especiais quanto a Faltas

1. Os trabalhadores-estudantes podem faltar, em cada ano civil, o tempoindispensável à prestação de provas de exame do curso que frequentem.

2. Os trabalhadores-estudantes podem ainda faltar ao serviço com prejuízo darespectiva retribuição, para preparação de exames do curso que frequentem, até aomáximo de 10 dias úteis por cada ano civil.

3. Os trabalhadores-estudantes terão direito, semanalmente, de acordo com asexigências da frequência escolar, a um período de dispensa da prestação de trabalhoaté ao limite de seis horas, sem perda de retribuição.

SECÇÃO III

INSTALAÇÕES DE REPOUSO

CLAÚSULA 84ª

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Instalações de Repouso

1. A Empresa colocará à disposição dos trabalhadores instalações onde estes possamrepousar quando se encontrem na situação de repouso fora da sede.

2. Para efeitos do número anterior, a Empresa poderá recorrer a unidades hoteleiras.

CAPÍTULO XII

SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO

CLÁUSULA 85ª

Princípio Geral

1. A Empresa proporcionará as condições necessárias para garantir a segurança,higiene e saúde dos trabalhadores, nos termos da Lei.

2. Os trabalhadores são obrigados a cumprir as prescrições de segurança, higiene esaúde no trabalho estabelecidas nas disposições legais aplicáveis e as instruçõesdeterminadas pela Empresa com essa mesma finalidade.

CLÁUSULA 86ª

Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais

1. O trabalhador e os seus familiares têm direito à reparação de danos emergentes deacidentes de trabalho ou doença profissional nos termos da Lei.

2. A empresa é responsável pela reparação e demais encargos decorrentes deacidentes de trabalho nos termos da lei, relativamente aos trabalhadores ao seuserviço.

3. A empresa é obrigada a transferir a responsabilidade pela reparação dos danos deacidentes de trabalho para entidades legalmente autorizadas a realizar este seguro.

CLÁUSULA 87ª

Incapacidade Permanente por Acidente de Trabalho ou Doença Profissional

Em caso de incapacidade permanente para o trabalho habitual, proveniente deacidente de trabalho ou doença profissional ao serviço da Empresa, esta diligenciaráconseguir a reclassificação ou reconversão dos trabalhadores sinistrados para funçãocompatível com as diminuições verificadas e as aptidões do trabalhador.

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CAPÍTULO XIII

ACTIVIDADE SINDICAL

CLÁUSULA 88ª

Princípio Geral

1. O exercício da actividade sindical é regulado pela Lei, sem prejuízo de outrasfacilidades eventualmente concedidas pelas Empresas.

2. Os dirigentes e delegados sindicais beneficiam dos créditos previstos na lei, bemcomo do regime específico em matéria de faltas para o exercício da actividadesindical.

CLÁUSULA 89ª

Reuniões

1. Os trabalhadores têm o direito de se reunirem durante o horário normal detrabalho, nos termos da lei.

2. Os promotores da reunião referida no número anterior são obrigados a comunicar àEmpresa, com a antecedência mínima de 48 horas, a data, hora, número previsível departicipantes e local em que pretendem que a reunião tenha lugar.

CAPÍTULO XIV

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

CLÁUSULA 90ª

Âmbito Subjectivo de Aplicação

O disposto nas cláusulas constantes do presente Capítulo são unicamente aplicáveisaos trabalhadores que integrem o quadro de pessoal da Empresa à data de entrada emvigor do presente AE.

CLÁUSULA 91ª

Definição de Retribuição Mensal

Para efeitos do AE considera-se, relativamente aos trabalhadores abrangidos pelopresente Capítulo:

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a) Retribuição mensal (RM) - O montante correspondente ao somatório da retribuiçãodevida ao trabalhador como contrapartida da prestação do seu período normal detrabalho, e cujo valor mínimo é o fixado no Anexo I deste AE, de acordo com o grau deretribuição em que se enquadra, adicionado do valor das diuturnidades a que otrabalhador tiver direito, do valor do Subsídio de Agente Único e do valor do Subsídiode Escala ou de Turno e do valor do Abono por Isenção de Horário de Trabalho,enquanto se verificarem as respectivas condições de atribuição, conforme os casos;

b) Retribuição diária (RD) - O valor determinado segundo a fórmula RM/30;

c) Retribuição/hora (RH) - O valor determinado segundo a fórmula (RM*12):(52*HS).

CLÁUSULA 92ª

Subsídio de Férias

Os trabalhadores abrangidos pelo presente Capítulo têm direito, para além do subsídiode férias previsto na cláusula 69ª, a um subsídio de férias suplementar de 3 dias,independentemente da respectiva antiguidade.

CLÁUSULA 93ª

Regime de Absorção

Sempre que os trabalhadores hajam completado cinco anos consecutivos em regime delaboração por escalas de serviço ou por turnos rotativos e que cessem a laboraçãonesse regime, terão direito a auferir a título de complemento de vencimento umabono correspondente à diferença entre a retribuição convencional (RM) que auferiam(retribuição indiciária + diuturnidades + subsídio de escala ou subsídio de turno) e aretribuição mensal que passam a auferir, sendo tal abono absorvível por futurosacréscimos ou aumentos da retribuição mensal do trabalhador.

CLÁUSULA 94ª

Subsídio de Agente Único

A laboração em regime de agente único nos termos do 14º aditamento (Novembro2002) à IG número 7, e em regime de agente único no comboio nas marchas em vazio,confere o direito a um abono de 4% da respectiva retribuição indiciária (ou de base)aos trabalhadores das seguintes categorias profissionais:

a) Maquinista;

b) Inspector de Tracção;

c) Inspector-Chefe de Tracção.

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CLÁUSULA 95ª

Abono para Falhas

Os trabalhadores abrangidos pelo presente Capítulo e que à data de entrada em vigordo presente AE aufiram abono para falhas nos termos da cláusula 54ª do AE 99 da CPE.P.E., continuarão a auferi-lo, enquanto desempenharem as funções que justificavama sua atribuição, no montante previsto no Anexo I.

CLÁUSULA 96ª

Complemento do Subsídio de Doença

1. Aos trabalhadores ao serviço da Empresa serão garantidos pela Empresacomplementos do subsídio de doença concedida pela Segurança Social, de modo a quea soma do subsídio e do complemento seja igual à retribuição mensal líquida que lhesseria devida se estivessem ao serviço, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

2. O complemento em causa será concedido mesmo nos casos em que ostrabalhadores ainda não tenham vencido o prazo de garantia e será pago a partir doprimeiro dia de doença, inclusive.

3. O trabalhador beneficiará sempre de qualquer aumento de retribuição que ocorrerno período de doença, o que determinará a correcção do complemento atribuído pelaEmpresa.

CLÁUSULA 97ª

Reclassificação de Categorias Profissionais

Os trabalhadores abrangidos pelos instrumentos de regulamentação colectiva detrabalho a que alude a cláusula 102ª, serão reclassificados, na data de entrada emvigor do presente AE, nos termos decorrentes do número 1 e número 2 do Anexo IV –Tabela de Integração Profissional e Transição de Índices Salariais para Níveis Salariais.

CLÁUSULA 98ª

Transição de Índices Salariais para Níveis Salariais

A transição entre os índices salariais decorrentes dos instrumentos de regulamentaçãocolectiva de trabalho a que alude a cláusula 102ª, processar-se-á, com efeitos à datade entrada em vigor do presente AE, nos termos da tabela constante do número 1 enúmero 2 do Anexo IV – Tabela de Integração Profissional e Transição de ÍndicesSalariais para Níveis Salariais.

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CAPÍTULO XV

DISPOSIÇÕES FINAIS

CLÁUSULA 99ª

Antiguidade

1 - A antiguidade dos trabalhadores é a seguinte:

a) Antiguidade na Empresa - tempo de serviço efectivo na Empresa;

b) Antiguidade na categoria - tempo de serviço efectivo na categoria.

2 – No caso dos trabalhadores transferidos da CP E.P.E., nos termos do Decreto-Lei137-A/2009 de 13 de Junho, inclui-se na antiguidade referida no número anterioraquela que já detinham no momento da sua transferência para a CP Carga S.A.

CLÁUSULA 100ª

Comissão Paritária

1. Para interpretação e integração das cláusulas do presente AE, as partesoutorgantes constituirão uma comissão paritária.

2. As deliberações tomadas pela Comissão Paritária reger-se-ão pelas disposiçõeslegais em vigor, designadamente quanto ao depósito e publicação.

CLÁUSULA 101ª

Constituição e Funcionamento

1. A Comissão Paritária é constituída por quatro membros, dois em representação decada uma das partes outorgantes, dispondo cada uma do direito a um voto.

2. Cada uma das partes indicará à outra, por escrito, a identificação dos seusrepresentantes na Comissão Paritária.

3. O funcionamento e local das reuniões é estabelecido por acordo das partes, semprejuízo do disposto no número seguinte.

4. A comissão paritária só poderá deliberar desde que estejam presentes todos osseus membros.

CLÁUSULA 102ª

Carácter Globalmente mais Favorável do Presente AE Relativamente à RegulamentaçãoAnterior

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No âmbito da entrada em funcionamento da CP Carga, Logística e TransportesFerroviários de Mercadorias, S.A. e tendo em conta a imperiosidade de assegurar odesenvolvimento económico e social sustentado do Sector Ferroviário e reconhecendoos outorgantes a indispensabilidade de uma regulamentação colectiva de trabalhoadequada à Empresa, consideram estes que o presente AE é globalmente maisfavorável do que os anteriores Acordos e demais regulamentação celebrados entre osSindicatos outorgantes e a Caminhos de Ferro Portugueses, E.P., tendo emconsideração a necessidade de viabilizar a melhoria da produtividade e a manutençãodos postos de trabalho, ficando, consequentemente, revogados todos os acordos,protocolos, práticas, usos e costumes anteriormente aplicáveis.

Lisboa, 28 de Abril de 2010