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Jornal dos Alunos do 8 o Ano da Escola Estadual Dr. Mauro Medeiros - Parelhas/RN - Dezembro/2012 O QUE ENCONTRAR NO NOSSO JORNAL: Acróstico capa Poesia capa Entrevista - Ademar p2 Fabricaçã o de briquete p2 Entrevista - Zequinha p3 Relato p3 sobre a visita a comunidade Carnaú- ba dos Bezerra História de Vida p4 (Francisco Odilon de Farias) Acróstico As árvores são destruídas, Vamos preservar, O homem é o principal causador, Zelar é um dever, para todos fazer, De chuva estamos precisando, O rio está seco. Se a gente não se conscientizar, E a desertificação aumentar, Rio Grande do Norte, Impossível de se habitar, Desenvolvimento sustentável realizar, Ó que dia bom será. Autora: (Marlete França) Poesia Desertificaçã o Desertificação é processo natural, causado também pelo homem, transformando em deserto, trazendo problema ambiental. Olhamos com tristeza a nossa serra, as pedras tomando conta, vamos cuidar do nosso ambiente, e também do nosso sertão. Desertificação problema social, que vem transformando o mundo, em um grande deserto natural. E que linda beleza, essa nossa natureza, que traz a combinação natureza, beleza, social Autor: ( Roni Ferreira de Oliveira) Fachada da Escola Mauro Medeiros Açude seco em zona rural Serra das Queimadas - Parelhas - RN Turma do 8 o Ano A Foto: Uildima Foto: Marlete EDITORIAL Estamos na 1 a e única edição do Jornal Escolar. Nós, alunos do 8 o Ano A, do turno matutino, da E. E. Dr. Mauro Me- deiros, da cidade de Parelhas RN, ire- mos divulgar o projeto “JORNAL ES- COLAR CONTRA A DERSERTIFICA- ÇÃO”, desenvolvido na escola. O jornal é único, tem 4 páginas e apresenta um trabalho criado pela classe discente e docente.

Acróstico Poesia

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Page 1: Acróstico Poesia

Jornal dos Alunos do 8o Ano da Escola Estadual Dr. Mauro Medeiros - Parelhas/RN - Dezembro/2012

O QUE ENCONTRAR NO

NOSSO JORNAL:

Acróstico capa

Poesia capa

Entrevista - Ademar p2

Fabricação de briquete p2

Entrevista - Zequinha p3

Relato p3

sobre a visita a comunidade Carnaú-ba dos Bezerra

História de Vida p4 (Francisco Odilon de Farias)

Acróstico

As árvores são destruídas,

Vamos preservar,

O homem é o principal causador,

Zelar é um dever, para todos fazer,

De chuva estamos precisando,

O rio está seco.

Se a gente não se conscientizar,

E a desertificação aumentar,

Rio Grande do Norte,

Impossível de se habitar,

Desenvolvimento sustentável realizar,

Ó que dia bom será.

Autora: (Marlete França)

Poesia Desertificaçã o

Desertificação é processo natural, causado também pelo homem,

transformando em deserto,

trazendo problema ambiental.

Olhamos com tristeza a nossa serra,

as pedras tomando conta,

vamos cuidar do nosso ambiente,

e também do nosso sertão.

Desertificação problema social,

que vem transformando o mundo,

em um grande deserto natural.

E que linda beleza,

essa nossa natureza,

que traz a combinação

natureza, beleza, social

Autor: ( Roni Ferreira de Oliveira)

Fachada da Escola Mauro Medeiros

Açude seco em zona rural Serra das Queimadas - Parelhas - RN

Turma do 8o Ano A Foto: Uildima

Foto: Marlete

EDITORIAL Estamos na 1a e única edição do Jornal Escolar. Nós, alunos do 8o Ano A, do

turno matutino, da E. E. Dr. Mauro Me-

deiros, da cidade de Parelhas RN, ire-

mos divulgar o projeto “JORNAL ES-

COLAR CONTRA A DERSERTIFICA-

ÇÃO”, desenvolvido na escola. O jornal

é único, tem 4 páginas e apresenta um

trabalho criado pela classe discente e

docente.

Page 2: Acróstico Poesia

Página 2 A Voz do Seridó

Barragens Submersas: Será

a Soluçã o? O objetivo deste trabalho é reunir

conhecimentos, situando o leitor não

apenas na história contada, mas mergu-lhando-o no universo do conhecimento,

fazendo-o “viajar” por diversos lugares.

Essa viagem de estudo criou ex-

pectativas, e de certa forma, exerceu um

fascínio sobre os alunos do 8º ano A da

Escola Estadual Dr. Mauro Medeiros

que queriam conhecer as barragens sub-

terrâneas e o trabalho ceramista.

Saímos de nossa escola as 7:00

horas com destino primeiramente as

barragens subterrâneas na comunidade

Cachoeira, precisamente na residência

do Sr. Ademar Azevedo Dantas.Depois

ele nos levou até o leito do rio onde se

localizava uma delas e explicou a impor-

tância que faz para aquele solo. Hoje ele

tem um plantio de hortaliças, fruteiras como o caju, a manga, o tamarindo e

também cria capim para o gado. Nove

proprietários se beneficiam dessa barra-

gem. Foi explicado como elas são cons-

truídas e que hoje se encontram abando-

nadas pelo governo, sendo mantida pe-

los proprietários.

Autora: Alessandra Daniely S. dos Santos

Conclusão Após a conclusão deste artigo, que foi de grande importância para nós, alunos

das disciplinas de geografia e português,

cremos que a pesquisa conseguiu alcan-

çar nossos objetivos específicos, pois

tínhamos como objetivo mostrar para as

pessoas a construção das barragens sub-

terrâneas e a cerâmica que contribui

para o avanço do processo de desertifi-

cação, e ao mesmo tempo alertar à popu-

lação do que esta sendo feito para ame-

nizar essa situação ocasionadas por tal

processo.

Devemos ter consciência de que

o processo sempre irá ocorrer no plane-

ta, e que o poder de amenizar o processo

só depende da conscientização da popu-

lação e das autoridades maiores.

Autora: Alessandra Daniely S. dos Santos

Demarcação da barragem submersa

Ao centro o Sr. Ademar: Momento da entre-vista

briquete preparado

Fabricaçã o de Briquetes

Logo após, visitamos a cerâmica Bela

Vista, que se encontra na mesma comu-

nidade, do senhor e empresário

_Francildo F. Silva. lá a secretaria

_Francinilde de Souza Silva nos recebeu

com muita presteza para nos acompa-

nhar no trajeto pela cerâmica. Ela nos

comunicou que hoje, já é usado o pó da

madeira, que prensado forma os brique-

tes e que os mesmos são utilizados na

queima para o fortalecimento das telhas.

Com este processo ameniza mais a ques-

tão das queimadas com as arvores nati-

vas de nossa região.

Processo de fabricação do briquete

etapa 2

etapa 1

Foto: Uildima

Foto: Uildima

Fotos: Uildima

Esquema de uma barragem submersa

Turma do jornal com o Sr. Ademar Foto: Marlete

Page 3: Acróstico Poesia

A Voz do Seridó Página 3

Desertificaçã o é tema de

discussão em sala de aula. No dia 24/10/2012 o

Geógrafo José de Oli-

veira da Silva,o

(Zequinha da CIDA)

(foto ao lado) deu uma

palestra na nossa escola

intitulada Indicadores da desertificação no município de Pare-

lhas RN.

O professor Geógrafo introduziu

o tema falando sobre a desertificação de

um modo geral e como um fenômeno de

grandes proporções futuramente. Ele

mostrou um vídeo que nos retratava as

regiões mais prováveis a desertificação

que são: as regiões semi-áridas, as áridas

e as sub-úmidas secas.

Ele faz um breve relato das ativi-

dades que conduzem à desertificação no

Seridó podendo ser sentida de maneira

mais explicita na cidade de Parelhas,

pois nessa região as constantes retiradas

de lenha para utilização das fábricas de

cerâmica, panificadores e o agro pasto-

reio tem causado impactos ambientais, que se refletem no empobrecimento do

solo e conseqüentemente nos fatores que

contribuem para a desertificação.

No final dos anos 70 a economia

do nosso município era direcionada à

produção do algodão e a extração de

alguns minérios: a tantalita, o berilo, o

feldspato e a mica. Hoje, a maior fonte

de renda são as cerâmicas.

Parelhas é considerado o maior produtor

de cerâmica do estado, usando argila e

lenha como fontes de matéria prima, isso

mostra como essas constantes utilização

de recursos contribuem no processo de

desertificação, tanto no aumento da ero-

são quanto no empobrecimento dos so-

los, percebe-se essa problemática. Segundo o PDS (Plano de Desen-

volvimento do Sustentável ) do Seridó,

o município de parelhas está entre os

maiores produtores de cerâmica da regi-

ão, que é considerada pelos especialistas

como a atividade que mais contribui

para o processo de desertificação.

Atualmente as cerâmicas conso-

mem mensalmente cerca de 174 mil

toneladas de argila, 106 mil metros cúbi-

cos de lenha e 2.500quilowatts de ener-

gia elétrica.

Sem mostrar que essas atividades

causam enormes impactos ambientais e

muitas delas irreversíveis. A retirada da vegetação tem suas

conseqüências, como por exemplo, a

variação da temperatura diurna e notur-

na, que durante o dia a temperatura au-

menta insuportavelmente e a noite há

uma diminuição brusca, ela esfria.

Zequinha também mostra a preo-

cupação do governo municipal quanto a

questão da conservação do solo e mane-

jo adequado da área, onde é preciso um

conhecimento prévio da particularidade

e fragilidade desse ecossistema.

Após a palestra foi selecionado

alguns alunos para fazer algumas per-

guntas como:

*quais são as áreas susceptíveis a deser-

tificação em Parelhas? * há algo a ser feito para reverter esse

quadro da desertificação na nossa comu-

nidade?

* o que o governo local tem realizado

para diminuir o grau de desertificação ?

* sabemos que o Seridó é considerado o

maior produtor de telhas. Que medidas

estão sendo tomadas para combater a

desertificação?

* com relação a Parelhas, qual o período

para detectar o quadro de desertificação?

Com Todas as respostas esclare-

cidas demos por encerrada a palestra, a

qual foi muito válida para o nosso co-

nhecimento como também importante

por se tratar da nossa realidade.

"Texto coletivo do 8º ano/turma A, com

base no texto de Joã o Paulo da Silva..”

Processo de desertificação

na comunidade Carnaúba

dos Bezerras “A seca aos poucos vai vencendo o

homem do campo”

Na comunidade Carnaúba dos Bezerra a imagem era desoladora. O

então proprietário de um pedacinho de

chão Ailton Jose dos Santos nos guiou

até o ponto crucial da terra.

Seguimos a pé devido a grande

dificuldade de se chegar até o local indi-

cado por ele

O Sr. Ailton nos fez algumas

explanações sobre o local, comentando

sobre aquela parte que já tinha sido cria-

ção de algodão e que as pessoas viviam

disso.

Foi perguntado ao proprietário

varias perguntas e que foram muito bem

esclarecidas. A situação mais agravante de

hoje é pela falta de água. Foram perfura-

dos vários poços, mas que não deram

água; devido a baixa quantidade pluvio-

métrica as cisternas não tomaram muita

água. E para piorar a situação alguns

moradores ainda retiram a lenha nativa

de seu chão e vendem para as cerâmicas

para poder sobreviver.

Foto: internet

Entrevistando o Sr. Ailton José

Foto: Uildima

Pé na trilha

Foto: Uildima

Local em processo de desertificação Assoreamento da mata ciliar

Page 4: Acróstico Poesia

Página 4 A Voz do Seridó

E que nos chamou mais a atenção

foi uma carcaça de boi que tinha morri-

do ali pela falta de água e ele ainda falou

se andássemos mais iríamos encontrar

outras, pois das 30 cabeças só se restam

6.

A paisagem é triste; não vemos

muitas coisas que nos alegrasse, o sol

nos castigava a todo momento,o calor

insuportável.

O proprietário daquele pedaço de

chão nos levou até seu pedacinho de

terra, lá ainda morava alguns familiares

que cuidavam da terra. Ele faz uma es-

pécie de gotejamento para aguar o plan-

tio, no qual se apresentava bem cuidado.

Tinha mangueiras, coqueiros, cajueiros,

graviolas que iam servindo de alimentos

para aquelas pessoas que não querem

deixar a zona rural.

Animais mortos: conseqüência da seca na região

Fotos: Uildima

Alguns agricultores ainda retiram

água das velhas cacimbas com tão pouca

água para lavar roupas.

No trajeto de volta à escola vie-

mos olhando a paisagem, é agravante a

situação daqueles moradores que ainda

sonham e tem esperança de que a coisa

vai melhorar .

Autor: Willen Simão da Silva Macedo

Relato da História de Vida Sr. Francisco Odilon de Farias

(Seu Santo)

Nasceu em 1926 na cidade de

Catolé do Rocha/PB, chegando a Par-

elhas/RN em novembro de 1933, sobre-

vivente de várias secas. Sofrendo com a seca de 1930, o desemprego, a discrimi-

nação racial.Comíamos xique-xique

assado e a água era difícil de encontrar,

as perdas eram constantes com os ani-

mas morrendo de fome e sede e não tí-

nhamos de onde tirar. Hoje tudo é mo-

derno, as facilidade são enormes e há

também o incentivo por parte dos gover-

nantes.

Paisagem: rio completamente seco

Foto: Uildima

Francisco Odilon de Farias (Seu Santo)

Foto: Marlete França

O tempo melhor de chuva e o

mais farto foi o de 1940. Ele não acha

que a falta de chuva hoje seja um dos

piores problemas dos nordestinos. Pois

temos água nos açudes e antes não tínha-

mos. Temos o Rio São Francisco que

podemos fazer a transposição. O avanço

da agricultura e da educação contribuí-ram muito para as melhoras nesses cam-

pos. Graças a Deus foi construído aqui

em Parelhas a Barragem Ulisses Bezerra

Potiguar (Barragem Boqueirão) ela ame-

niza muito os nossos problemas em rela-

ção a água e das cidades vizinhas, mes-

mo assim vamos economizar esse bem

precioso. Finalizando com muita espe-

rança de ótimos dias de chuva para 2013

e nos incentivou para valorizarmos mais

os estudos. Pois com o conhecimento

teremos um futuro brilhante. Vocês es-

cutem os conselhos de seus pais e pro-

fessores que só colheram bons frutos e a

nossa cidade, o nosso Estado e o nosso

País só tem a crescer.

Autor: Willen Simão da Silva Macedo

EXPEDIENTE E. E. DR. MAURO MEDEIROS

Direção Geral Marlete França de Azevêdo Coordenadora do Jornal Uildma Santos de Assis Digitação e Diagramação Walter José da Silva Impressão: Comunicação e Cultura em parceria com o Banco do Nordeste.

Código do Jornal: PLCE06/488 Tiragem: 300 exemplares

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