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1 - - - - ACTA N.º 11/2010 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia, realizada no dia catorze de Junho de dois mil e dez. - - - - Aos catorze dias do mês de Junho do ano de dois mil e dez, nesta cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas quinze horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de Gouveia, estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Álvaro dos Santos Amaro, como Presidente, Armando dos Santos Almeida, Joaquim Lourenço de Sousa, José Manuel Correia Santos Mota, Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto da Costa, Glória Cardoso Lourenço, Luís Manuel Tadeu Marques, Vereadores, comigo Alice Oliveira Ferrão, Chefe da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento. - - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente para deliberar, pelo Senhor Presidente foi declarada aberta a reunião. - - - - 1. APROVAÇÃO DE ACTAS: - Tendo-se procedido à leitura da acta n.º 10/2010, foi a mesma aprovada, por maioria, com a abstenção do Senhor Presidente por não ter estado presente na respectiva reunião. 2. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA 3. INFORMAÇÕES 3.1 INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE - - - - 3.1.1) PERCURSO PEDONAL DA RUA SENHORA DO PORTO:- Informou que no próximo dia 20 de Junho, pelas 10 horas, a Autarquia vai proceder à inauguração do Caminho Pedonal da Senhora do Porto, convidando todos a estarem presentes. - - - - 3.1.2) HOMENAGEM DO DR. JOSÉ INÊS LOURO:- Deu também conhecimento de que, no mesmo dia 20 de Junho, pelas 16 horas e 30 minutos, na Freguesia de Arcozelo da Serra, se vai prestar uma homenagem ao Dr. José Inês Louro, com o Lançamento do livro “José Inês Louro – A vida, a obra e a Memória do Médico-Filólogo”, da autoria do Professor Doutor José Manuel Azevedo e Silva, da Faculdade de Letras de Coimbra. - - - - 3.1.3) ATRIBUIÇÃO DE MEDALHA GRAU OURO AO MUNICÍPIO DE GOUVEIA:- Manifestou a sua satisfação pelo facto da Federação Portuguesa de Folclore, ter atribuído a Medalha Grau Ouro, ao Município de Gouveia.

ACTA N.º 11/2010 - cm-gouveia.pt do Municpio... · trata de um bom exemplo, aquele que vão dar, ao tomarem esta iniciativa. ... REORGANIZAÇÃO DA REDE ESCOLAR/ENCERRAMENTO DE ESCOLAS:-

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- - - - ACTA N.º 11/2010 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia,

realizada no dia catorze de Junho de dois mil e dez.

- - - - Aos catorze dias do mês de Junho do ano de dois mil e dez, nesta cidade

de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas quinze

horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de Gouveia,

estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Álvaro dos Santos Amaro, como

Presidente, Armando dos Santos Almeida, Joaquim Lourenço de Sousa, José

Manuel Correia Santos Mota, Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto da Costa,

Glória Cardoso Lourenço, Luís Manuel Tadeu Marques, Vereadores, comigo Alice

Oliveira Ferrão, Chefe da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento.

- - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente

para deliberar, pelo Senhor Presidente foi declarada aberta a reunião.

- - - - 1. APROVAÇÃO DE ACTAS: - Tendo-se procedido à leitura da acta n.º

10/2010, foi a mesma aprovada, por maioria, com a abstenção do Senhor

Presidente por não ter estado presente na respectiva reunião.

2. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA 3. INFORMAÇÕES

3.1 INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE - - - - 3.1.1) PERCURSO PEDONAL DA RUA SENHORA DO PORTO:- Informou

que no próximo dia 20 de Junho, pelas 10 horas, a Autarquia vai proceder à

inauguração do Caminho Pedonal da Senhora do Porto, convidando todos a

estarem presentes.

- - - - 3.1.2) HOMENAGEM DO DR. JOSÉ INÊS LOURO:- Deu também

conhecimento de que, no mesmo dia 20 de Junho, pelas 16 horas e 30 minutos,

na Freguesia de Arcozelo da Serra, se vai prestar uma homenagem ao Dr. José

Inês Louro, com o Lançamento do livro “José Inês Louro – A vida, a obra e a

Memória do Médico-Filólogo”, da autoria do Professor Doutor José Manuel

Azevedo e Silva, da Faculdade de Letras de Coimbra.

- - - - 3.1.3) ATRIBUIÇÃO DE MEDALHA GRAU OURO AO MUNICÍPIO DE GOUVEIA:- Manifestou a sua satisfação pelo facto da Federação Portuguesa de

Folclore, ter atribuído a Medalha Grau Ouro, ao Município de Gouveia.

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- - - - 3.1.4) COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DA SERRA DA ESTRELA:- Deu

conhecimento de que, hoje mesmo, pelas 17 horas, irá decorrer uma acção, na

sede da Comunidade Intermunicipal da Serra da Estrela, relacionada com o que

poderá ser classificado como um trabalho histórico, em que o Conselho Executivo

da CIME, constituído pelas Câmaras Municipais de Gouveia, Seia e Fornos de

Algodres, deliberou sobre um assunto que se prende com a produção e promoção

do Queijo da Serra.

Assim, ficou decidido que se iriam extinguir as Feiras do Queijo nestes três

Municípios em simultâneo, optando-se pela realização de uma por ano, em cada

Município, com regras que estão estabelecidas nas normas de funcionamento,

aprovadas no Conselho Executivo, indo realizar-se o sorteio, na presença dos

jornalistas que quiseram comparecer. Naquele dia iriam sortear qual o Município

em que irá decorrer a Feira Regional ou Intermunicipal de 2011, de 2012 e de

2013, uma vez que é fácil constatar que, até ao final do mandato, só haverá três

feiras. O que vai acontecer, é que, cada concelho irá, naturalmente, incentivar os

produtores a participarem, usando os mesmos procedimentos de apoio aos

produtores, independentemente da Feira se realizar em Seia ou Fornos de

Algodres.

É uma Comunidade composta por aqueles três Municípios e considera que se

trata de um bom exemplo, aquele que vão dar, ao tomarem esta iniciativa.

- - - - 3.1.5) REORGANIZAÇÃO DA REDE ESCOLAR/ENCERRAMENTO DE ESCOLAS:- Relativamente à questão do encerramento de Escolas, deu conta da

posição do Município que acabou de acertar, há cerca de quinze minutos atrás,

com a Senhora Directora Regional e, só por isso, não traz o documento final da

acta que vão assinar, pois só o fará quando o cálculo em relação ao valor dos

transportes escolares estiver ultimado. Como sabem, o Município de Gouveia opôs-se, firmemente a que houvesse o

encerramento de escolas com menos de 21 alunos. A proposta da DREC, com a

qual não concordam e explicaram à Senhora Directora, contemplava o seguinte:

“Na sequência da Resolução do Conselho de Ministros aprovado em 1 de Junho

de 2010 que define os critérios de reordenamento da rede escolar e a

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programação do encerramento de escolas que não cumprem os requisitos

minímos de funcionamento, compete à DREC em articulação com as Câmaras

competentes assegurar as necessárias soluções em matéria de rede e

transportes escolares.

Face ao exposto do Município de Gouveia são referenciadas pelo GEPE como

Escolas que não cumprem com os requisitos as seguintes Escolas Básicas do 1.º

Ciclo: Rio Torto, Tazem, Lagarinhos, Arcozelo da Serra, Figueiró da Serra,

Folgosinho, Nabais, Ribamondego, Vila Cortês da Serra, Vila Franca da Serra,

Vinhó e Nespereira.

Nesta conformidade serão encerradas as seguintes escolas até 31 de Agosto de

2010” “e estas são as nossas concordâncias” – disse o Senhor Presidente -: “Rio

Torto, Tazem, Figueiró da Serra, Nabais, Vila Cortês da Serra, Vila Franca da

Serra e Ribamondego.”

Depois, na proposta de Acta, identificava também as outras escolas - Lagarinhos,

Arcozelo da Serra, Folgosinho, Vinhó e Nespereira - como passíveis de serem

encerradas até 31 de Agosto de 2011. É, com este parágrafo, que o Senhor

Presidente discorda, embora não possa proibir a DREC, de colocar numa Acta de

uma reunião, questões não convergentes.

Todavia, o Senhor Presidente sugeriu à Senhora Directora Regional, que lhe

pareceu aceitar, que poderá ficar na Acta o seguinte: “Após ter conhecimento das

escolas referenciadas pelo GEPE, salientou que a Autarquia vem desenvolvendo

um conjunto de políticas educativas que visam a melhoria das condições físicas e

pedagógicas. Sublinha, também, o Senhor Presidente da Câmara, o facto de,

actualmente, estar em revisão a Carta Educativa do Concelho, prevendo-se a sua

conclusão para fins do mês de Setembro do ano de 2010. Igualmente, por

estarem em curso as obras de construção na nova Escola Básica de Gouveia,

estas constituem duas vertentes fundamentais para a tomada de decisão, no

âmbito do reordenamento da rede escolar no concelho de Gouveia. Em

conclusão, o Senhor Presidente da Câmara, depois de resolvidas as duas

situações, compromete-se a reunir com a DREC para uma reavaliação da rede

escolar.”

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O Senhor Presidente propôs que se ficasse por aqui, desde que não apareça

nenhuma das escolas a encerrar até Agosto de 2011. Se a DREC insistir em as

colocar, obviamente, que o Município não estará de acordo. Assim escreveram na

referida Acta “(…) no que se refere às escolas referenciadas para encerrar até 31

de Agosto de 2011 o Senhor Presidente da Câmara diz não ter condições para

assumir esse compromisso (…), comprometendo-se apenas com o proposto para

encerrar até 31 de Agosto de 2010. No que diz respeito aos transportes escolares

dizer que necessitamos de um reforço de verba.”

Concluíndo, o Senhor Presidente nunca aceitará, ou dará o seu acordo, a que

agora encerram estas e, em Agosto de 2011, encerram as outras. Não é correcto

e não estão em condições de o fazer.

- - - - 3.1.7) PONTOS NÃO AGENDADOS:- Solicitou aos Senhores Vereadores, a

inclusão na presente ordem de trabalhos das seguintes propostas, tendo sido

aceite pelo restante Executivo:

1)- Proposta relativa à Criação de Unidade de Gestão Escolar;

2)- Proposta relativa à criação de uma Secção Autónoma para avaliação do

pessoal não docente vinculado ao Município de Gouveia e em exercício de

funções nos Agrupamentos de Escolas do Concelho.

3.2) INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR ARMANDO ALMEIDA - - - - 3.2.1) VISITA DO SENHOR MINISTRO DA AGRICULTURA :- Pretendia

saber, da parte do Senhor Presidente, o motivo pelo qual os Vereadores eleitos

pelo Partido Socialista não foram convidados para a visita que fez o Senhor

Ministro da Agricultura aos Paços do Concelho.

Usou da palavra o Senhor Presidente, referindo que o Senhor Ministro da

Agricultura veio a Gouveia para encerrar um colóquio, promovido pela ADRUSE.

Porém, durante a viagem telefonou à sua Chefe de Gabinete, manifestando-lhe o

seu agrado em receber o Senhor Ministro neste edifício, encaminhando-se,

depois, para o Hotel de Gouveia. Tem sempre a preocupação de informar os

Senhores Vereadores da sua actividade. Porém, como tinha em mente a questão

da ADRUSE o convite não era municipal, nem tão pouco foi feita qualquer sessão

formal, pois aí, sim, seria um erro não os convidar.

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- - - - 3.2.2) ESTRADA MUNICIPAL 522 GOUVEIA/MOIMENTA DA SERRA/PAÇOS DA SERRA:- Questionou ainda sobre os factos, pelos quais a

Estrada Municipal Gouveia/Moimenta da Serra/Paços da Serra, continua naquele

estado, constatou que a obra está parada e com as dificuldades de trânsito que

devem ser do conhecimento do Senhor Presidente.

A pedido do Senhor Presidente da Câmara, usou da palavra o Senhor Chefe da

Divisão de Infraestruturas e Ambiente, Eng.º António Mendes, que informou que o

atraso se deve, essencialmente, à necessidade de retirar os postes da EDP.

Apesar de o empreiteiro estar disponível para avançar com os trabalhos de

pavimentação da via, estes estão condicionadas à prévia construção dos

passeios, sendo que, a sua execução estava dependente da remoção de diversos

postes da rede eléctrica, da responsabilidade da EDP. Apesar de ter sido

insistentemente requerida a remoção/recuo dos apoios, apenas recentemente

estes trabalhos foram levados a efeito, encontrando-se em fase de conclusão.

Neste sentido, informou o adjudicatário, só agora conseguir iniciar o trabalho de

calcetamento de passeios, acção em execução na presente semana, esperando-

se que seja possível na próxima semana o início da pavimentação da via.

Interveio o Senhor Vereador José Santos Mota, dizendo que quando se executa

uma estrada, como a de Gouveia a Paços, não se deveria ter aberto o piso todo

ao mesmo tempo. Para o Senhor Vereador este procedimento não faz sentido,

considerando que devia ter sido executada faseadamente para que não sejam tão

grandes os transtornos para quem vai ou vem de Moimenta, pois está tudo aberto

e intransitável.

Retomou a palavra o Senhor Eng.º António Mendes que explicou que

operacionalmente é a forma correcta de trabalhar, porquanto o deslocamento dos

meios de pavimentação envolve custos muito elevados, sendo que, se o

faseamento deste trabalho fosse imposto pelo Município, caber-lhe-ía a

responsabilidade de suportar o seu pagamento extra.

Por outro lado – continuou – não foi possível evitar as tarefas de levantamento de

pavimentos, por razões técnicas evidentes de prioridades e dependência dos

trabalhos.

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Interveio novamente o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo considerar um

disparate, numa altura em que se vai colocar piso novo, continuarem a manter-se

curvas, com aquela curvatura, nomeadamente as da Senra, entre outras, pois,

com pouco dinheiro, poder-se-ía melhorar, uma vez que ali não há casas, mas só

mato.

Respondeu o Senhor Eng.º António Mendes dizendo que, inicialmente, aquando

da elaboração do projecto, se apontou para a solução técnica ideal, tendo sido

necessário posterior e evolutivamente ir reduzindo a ambição por razões de

condicionamento financeiro.

Foi preciso, inclusivamente, retirar valetas impermeabilizadas, o que, para o

Senhor Eng.º António Mendes, era muito mais importante do que propriamente

melhorar o traçado e cortar essas curvas. Todavia, nem esses trabalhos,

considerado essenciais, foi possível incluir no orçamento base previamente

definido, pelo que foi necessário encontrar a solução técnica de compromisso

equilibrado que garantisse a qualidade julgada necessária, para um critério já

bastante “largo”.

- - - - 3.2.3) OBRA DA ZONA DOS BELLINOS:- Pretendia também ser informado

acerca da obra da zona dos Bellinos, porquanto continua a condicionar a abertura

da via entre a Rua da Cardia aos Bombeiros Voluntários que continua

intransitável.

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que o consórcio tem atrasado,

aqui, uma solução no sentido do desenvolvimento da parceria, pois estamos na

situação financeira que o País conhece. Informou que tinha marcada uma reunião

para o dia seguinte, com o consórcio, mas quer deixar bem claro que quer da

parte do Município, quer da parte da empresa, estamos ambos empenhados em,

decididamente, dizermos se há restrições, se há dificuldades, se as vamos

vencer, se não as vamos vencer, pois entendemos que temos que decidir

depressa.

- - - - 3.2.4) TRANSFERÊNCIAS RELATIVAS ÀS MESAS DE VOTO:- Questionou sobre a razão da Autarquia ainda não ter procedido à transferência

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para as Juntas de Freguesias, das verbas para pagamento aos membros que

estiveram nas Mesas de Voto, nas últimas eleições autárquicas.

Usou da palavra o Senhor Presidente informando que, essa transferência, já foi

feita.

- - - - 3.2.5) ENCERRAMENTO DAS ESCOLAS DO 1.º CICLO:- Relativamente a

este assunto e na sequência da intervenção do Senhor Presidente da Câmara o

Senhor Vereador Armando Almeida referiu o seguinte:

“Em relação ao encerramento das Escolas do 1.º Ciclo, lamento esta forma de

fazer política e de colocar as situações, pois não nos levam a soluções algumas.

O Senhor Presidente vai acabar por encerrar as escolas na mesma, pois é o

Senhor que as encerra, que permite que as escolas venham a encerrar depois de

fazer todo este espectáculo mediático e o que fica disto tudo é “só por cima do

meu cadáver.”

De seguida, em nome dos Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, procedeu à

leitura de uma Declaração sobre o Encerramento de Escolas do 1.º Ciclo do

Ensino Básico, que a seguir se reproduz:

“DECLARAÇÃO ENCERRAMENTO DE ESCOLAS DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO

Os Vereadores da Câmara Municipal de Gouveia eleitos pelo Partido Socialista

não aceitam ser tratados como meros figurantes nas decisões do executivo

camarário. Porque à revelia de qualquer decisão o Sr. Presidente numa atitude

prepotente e arbitrária decidiu encerrar várias escolas do 1.º Ciclo sem levar este

assunto a reunião de Câmara.

Repudiam esta “ maneira ignóbil” de fazer política, em zig-zag, montando um circo

mediático, acusando outros da sua inoperância e incapacidade para apresentar

soluções para os problemas do ensino no concelho. O encerramento das escolas

depende da decisão do município. Os Vereadores do PS são contra o

encerramento de qualquer escola sem que estejam criadas condições para

melhorar a qualidade de ensino das nossas crianças de acordo, facto que

consideramos de extrema importância, a anuência dos pais e encarregados de

educação.

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No nosso concelho as políticas educativas, e outras, têm sido vítimas de erros

sucessivos por parte do actual Presidente da Câmara; senão vejamos:

- A Carta Educativa sucessivamente adiada pelo menos desde 2003, foi entregue

em 2006 a um técnico especialista que segundo palavras do Sr. Presidente, “

realizará a componente de análise prospectiva, fixando objectivos de ordenamento progressivo, a médio e longo prazos”. Quando todos

pensávamos que finalmente o Concelho de Gouveia iria possuir um instrumento

de planeamento educativo, verificamos que a Carta Educativa, vai direitinha para

o caixote do lixo, foi elaborada em cima do joelho, entrou logo após aprovação em

fase de remodelação, apesar de ter sido paga a peso de ouro.

- Nessa carta educativa, que já é um cadáver, propunha que, em 2010, TODAS

AS ESCOLAS DO 1.º CICLO ENCERRASSEM.

- A Carta Educativa do concelho, previa a construção, entre outros, do Centro

Escolar do Alto Concelho, pese embora várias vezes os vereadores do PS o

tivessem solicitado, nunca o Município efectuou qualquer candidatura a

financiamento ao QREN, mesmo sabendo que o apoio poderia atingir os 75%.

- Entendeu mudar a tipologia e o sítio de construção da Escola Básica Integrada -

para onde ninguém quer ir. Já se questionou, Sr. Presidente, porque é que este

ano as matriculas dos alunos do primeiro de escolaridade em S. Pedro

aumentaram exponencialmente e as de S. Julião diminuiram significativamente?

- Não pagou a sua quota-parte ao empreiteiro na construção dessa nova escola

contribuindo para este entrar na falência, atrasando assim a entrada em

funcionamento deste novo espaço escolar.

- Propôs a construção nessa nova escola, aproveitando a abertura do concurso

para a conclusão da obra, de mais 10 salas de aula para albergar os alunos do 1.º

CEB de todo o concelho. Ainda bem que não lhe permitem esta intenção porque

como todos sabemos aquela escola foi projectada para alunos de um escalão

etário superior e tudo é diferente nos equipamentos de apoio. E a levar a cabo

esta sua iniciativa não serão estas 10 salas para albergar todos os alunos do

concelho e consequentemente encerrar todas as escolas primárias do concelho?

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- O Senhor Presidente da Câmara já se questionou porque será que já existem

alunos de quase todas as freguesias matriculados e a frequentar as escolas da

sede do concelho: S. Pedro e S. Julião? Como é “ignóbil” ver pessoas com

responsabilidades políticas no concelho, do PSD, a gritar frente ao cinema;

“Folgosinho não morrerá”, quando têm os seus filhos matriculados numa das

escolas da sede do concelho. Como é diferente o caso quando nos toca a nós! ...

como são diferentes as oportunidades para os vários alunos do concelho! ... Os

filhos dos que podem vão para uma escola com um só ano de escolaridade, os

dos outros sustentam as escolas das freguesias. SAFAM-SE os filhos dos ricos

porque os dos pobres têm as escolinhas bonitinhas de lugar único com um

professor a deitar as mãos à cabeça durante o dia e a corrigir trabalhos e fichas à

noite. Como é que se safa um professor com as quatro classes? Como prepara e

planifica o seu trabalho em condições? Já imaginaram pela manhã os da primeira

a fazer o i, os da segunda a fazer a conta, os da terceira a ler a lição, e os da

quarta a aprender matemática? Como diz a canção: pra que lado é que eu me

viro pra que lado? Então e quem corrige todos os dias fichas e trabalhos dos

alunos e prepara as aulas do dia seguinte até às tantas da noite?

Quando os que dizem que percebem do sistema de ensino defendem as escolas

de lugar único e dizem que os professores até se SAFAM é porque não dão aulas

há muitos anos, e nunca sentiram as dificuldades destes professores que são

verdadeiros obreiros da formação e educação das nossas crianças e que só os

“conseguem sentar” compensados apenas com o prazer de chegar ao Natal e ver

que já soletram as primeiras linhas do livro de leitura. Por isso no encerramento

de qualquer escola também tem que ser ouvido o professor dessa escola.

- A escola de hoje já não é como a dos nossos tempos. É um espaço dinâmico e

moderno. Um espaço que se vai adaptando às necessidades do processo de

ensino aprendizagem e que neste momento requer salas de informática,

refeitórios, ginásios, bibliotecas, bar, salas de música, anfiteatros ou auditórios

etc. Seia e Guarda já tem o seu Centro Escolar em funcionamento, Trancoso

inaugurou o seu na semana passada, existem vários em construção no Distrito

prevendo-se que no início do próximo ano lectivo sejam já sete dos cerca de

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seiscentos previstos a nível nacional. Porque espera o Presidente de Câmara de

Gouveia? Agora mais do que nunca é preciso agir. Porque não promover uma

“sessão de esclarecimento” sobre a construção de centros escolares?

Em conclusão os Vereadores do Partido Socialista, assumem que votarão contra

o encerramento de qualquer escola sem que esta decisão seja devidamente

ponderada em reunião de Câmara, depois de ouvidos os pais e encarregados de

educação, os professores e os presidentes das juntas de freguesia. Não aceitam,

assim, a certidão de óbito que o Sr. Presidente da Câmara quer passar ou já

passou às Freguesias de Cativelos, Tazem, Rio Torto, Nabais, Melo, Figueiró,

Vila Franca, Vila Cortês e /ou Ribamondego.

Criticam e repudiam este circo mediático e esta maneira de fazer política, uma

moda passadista, como se estívessemos no tempo do PREC, quando a

responsabilidade de encerrar escolas e de criar condições de transportes e

garantir os espaços escolares está na capacidade mas também na inoperância

deste Presidente da Câmara.”

De seguida o Senhor Presidente fez a seguinte observação:

“O chorrilo de disparates que acabámos de ouvir, nem dava para perceber se

provinham de um Vereador ou de um Director de um Agrupamento. O chorilho de

incoerências que acabei de ouvir é tal, mas comecemos por isto: “Em primeiro

lugar, a Carta Educativa custou muito dinheiro, mas não sabemos quanto” – diz o

Senhor Vereador Armando Almeida.

Em segundo lugar, a Câmara Municipal não encerra escolas. O Senhor chega

aqui, é Vereador da oposição, ainda bem para Gouveia, mas se calhar mal para

si, que acha que não tem que aprender, mas eu tenho a humildade de dizer que

aprendo todos os dias.

Como é possível o Senhor descrever, aqui, que nós é que encerramos as escolas,

quando sabe que quem as encerra é o Ministério da Educação. Nós limitamo-nos

a emitir o nosso parecer, favorável ou não e, neste caso, não demos parecer

favorável.

E o que eu disse - era o que mais faltava que eu tivesse que pedir autorização

aos Vereadores da oposição para prestar declarações públicas sobre uma medida

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do Governo – era que seria um verdadeiro disparate nacional e mantenho é que

só por cima do meu cadáver é que encerrariam escolas com menos de 21 alunos.

Mais, até disse publicamente que louvo esta cedência do Ministério da Educação

e louvo a cedência porque não há vencidos, nem vencedores. Os vencedores têm

que ser as nossas crianças. E quero dizer ao Senhor Vereador que o meu parecer

ou o parecer que eu proporei que a Câmara aprove, provavelmente, favorável ao

encerramento destas seis ou sete escolas vem, justamente, na linha de uma parte

do seu discurso. As escolas agora têm que ter outras condições, a pedagogia, a

socialização das crianças tem que ser mais actual e compreendo que escolas

com quatro e cinco crianças, não seja benéfico para elas.

Por isso, quem está a fazer política a dizer “somos contra o encerramento dessas

escolas”, mas ao mesmo tempo fala da pedagogia, dos centros escolares, é o

Senhor Vereador.

Eu cheguei aqui comecei por vos apresentar um documento proposto pela DREC

que eu não assinei, pois eu respeito muito a formalidade. O Município de Gouveia

tem que se pronunciar sobre se dá, ou não, parecer favorável e o que eu

antevejo, pela sua declaração, é que, claramente, o que está aqui em causa, é

querer fazer política pela política, porque eu não acredito que um Director de um

Agrupamento, professor de profissão, seja favorável, porque nem os pais o são, a

que se mantenha aberta uma escola com três, quatro ou cinco crianças.

Não acredito que o professor, pedagogo, profissional do sistema educativo, esteja

de acordo nesta manutenção a não ser que seja apenas pela política baixa,

porque Senhor Vereador, eu quando ouvi a notícia do Conselho de Ministros a

dizer que iam encerrar as escolas com menos de 21 alunos eu levantei a minha

voz, também o fizeram outros comentadores, analistas, autarcas, clamando uns

“só por cima do cadáver” outros a proferir a sua discordância e, porventura por

isso, no dia seguinte, a Senhora Ministra da Educação veio à televisão dizer “…

não, sempre em cooperação com os Municípios…”, o Senhor Primeiro-Ministro,

em Trancoso disse “… não, sempre em cooperação com os Municípios”, mais

tarde, a Senhora Directora Regional referiu a mesma coisa e isso é que eu louvo,

louvo essa cedência, uma cedência política que é importante sublinhar.

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O Ministério da Educação, o Governo, “meteu a viola no saco” e ainda bem

porque encerrar escolas de 21 alunos em Gouveia, não tem o mesmo efeito que

tem na área metropolitana de Lisboa. E foi esta a nossa pedra de toque e o que

eu quis, isso é verdade, e fá-lo-ei sempre que estiverem em causa os interesses

de Gouveia, fi-lo no SAP e os Senhores não estavam lá, fi-lo agora nas escolas e

os Senhores não estavam lá, com o devido respeito pela Senhora Vereadora

Glória Lourenço que tive muito gosto em cumprimentar. Nós não viemos fazer

politica, nós viemos informar as pessoas, por muito que lhe doa, porque o Senhor

devia estar lá para defender os interesses de Gouveia junto de um Ministério de

Educação do Governo que o Senhor apoia. Isso é que era uma atitude de defesa

dos interesses de Gouveia e em nome dos interesses de Gouveia mas, quando

vos tocam, nessas horas, os Senhores não estão lá. Esta é que é a grande

questão.

Agora quanto à Carta Educativa, já tive oportunidade de explicar que está em

revisão e, com base nela, é que nós vamos decidir, porque nós não andamos na

campanha, a prometer Centros Escolares no Alto Concelho e outros Centros

Escolares não sei aonde.

O que eu disse, seriamente, isso é que pensar na política educativa com

seriedade, foi aquilo que fizemos. A Senhora Vereadora Laura Costa, o Senhor

Vice-Presidente e o Senhor Vereador Joaquim Lourenço, andaram em reuniões

e diálogos com as Juntas de Freguesia e com os encarregados de educação,

para que o eventual encerramento destas escolas, fosse um processo natural, a

bem dos alunos.

Eis senão quando nos cai a “bomba” em cima que pára o processo.

“… Somos contra o encerramento de escolas…” - fiquei agora a saber que o

Senhor Vereador é contra o encerramento de uma escola, por exemplo, de Rio

Torto que tem quatro alunos, de Tazem que tem quatro alunos. Eu fui contra o

encerramento quando o seu Governo o quis encerrar com doze, eu fui lá e bati o

pé no Ministério da Educação e ela não encerrou, sabendo, como sabiamos, que

infelizmente, porventura, passados dois anos, ela encerraria. Agora com quatro

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alunos, o Senhor é a favor da Escola se manter? Que pedagogia é esta?” –

referiu o Senhor Presidente.

De seguida usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida tecendo os

seguintes comentários:

“Em relação a ser pedagogo ou a ser professor eu, por acaso, até tirei o Mestrado

em Administração Escolar. O Senhor começa sempre, nas suas declarações, por

puxar dos galões de autarca, de pessoas que têm que aprender, da democracia.

Eu já lhe disse que também, humildemente, quero aprender todos os dias.

Aprendo muito com os meus alunos, com os meus colegas, com os meus

familiares, com os meus conterrâneos, todos os dias aprendo. Algumas coisas é

que nunca quero apender consigo. É esta maneira de fazer política, esta, é que

eu não quero aprender consigo, de maneira nenhuma. Já lho disse, aqui, várias

vezes e se o Senhor andou numa Escola Superior onde tirou o seu curso de

Autarca, diga-me qual é, porque eu não me quero lá matricular.

Aqui não há nenhuma contradição. O que nós dizemos é, simplesmente, isto:

encerrar as escolas desde que o Concelho tenha condições de qualidade

superiores àquelas aonde estão os alunos.

Primeiro ponto, ouvir todos os intervenientes. Segundo ponto, vamos discutir os

encerramentos de escolas.

É este o ponto de partida da nossa declaração.

Depois, quem está em contradição, é o Senhor Presidente que diz que não

encerra as escolas e depois propõem o seu encerramento. Nós aqui não estamos

em contradição nenhuma. A DREC até pode propôr ou o Ministério da Educação

encerrar escolas com turmas com 24, menos de 24 encerra. O Senhor diz que

não tem condições e, como tal, não encerra. Não tem condições de transporte,

não tem condições fisicas e, portanto, não encerra, porque quem tem a última

palavra, acerca do encerramento e funcionamento de escolas do 1.º ciclo, é a

Câmara.

Interrompeu o Senhor Presidente dizendo que não é verdade, o Senhor não

conhece as medidas do seu Governo e, só é assim, porque fizeram recuar o

Governo.

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“É assim, é, eu tenho aqui as medidas e reconheco que as sei interpretar” –

respondeu o Senhor Vereador Armando Almeida. “e quero-lhe explicar outra

coisa. É preciso estar no terreno para entender isto e o Senhor tem que evoluir a

esse nível, trabalhar com uma turma de 10, 12 ou 14 alunos é pior que uma turma

com 4, em termos pedagógicos, muito pior ainda. Queria que entendesse isto. Eu

também já o disse ao Governo, onde a minha opinião é ouvida, embora o Senhor

pense que não. Quero-lhe explicar que um professor do 1.º ciclo que até pode ter

quatro ou cinco alunos, apenas duas classes, é mais fácil lidar com estes alunos

do que com doze. Nós pretendemos, aqui, explicar nesta nossa declaração o que

é o caos dos tais 12, 14, 16. A pessoa não tem tempo, não sabe para onde se há-

de virar, depois se dá o desenho aos da 1.ª, já tem a 2.ª em cima, quando acaba

os da 4.ª já tem novamente os da 1.ª em cima e não sabe que trabalho há-de

fazer. Depois tem outra coisa, é corrgir isto tudo. É que corrigir é importante, pois

é a corrigir os trabalhos que os alunos aprendem com o erro.

Portanto, nós estamos neste campo, escolas com 12, 14, 16, é pior do que

escolas com 4 e 5, mas encerrar uma escola, seja ela qual for, tem que ter a

condordância dos pais e professores. Outra coisa importante é saber se vamos

dar condições melhores a esses alunos. Por isso é que a construção dos Centros

Educativos é importantissima e nós já estamos muito atrasados e vamos

continuar, porque estamos a rever a carta educativa, mas depois para sustentar

uma proposta, basear uma proposta, como é o caso da proposta referente à

criação de Unidade de Gestão Escolar, que é intenção dos Vereadores eleitos

pelo Partido Socialista votar a favor mesmo como está redigida, pois também

somos contra a reorganização das unidades de gestão no nosso concelho e para

comparar com concelhos vizinhos se calhar até não estamos muito mal, há casos

piores, mas basear uma proposta destas na carta educativa, um documento que

já está ultrapassado. A carta educativa pouco tem a ver com as unidades de

gestão, tem mais a ver com todos os espaços escolares. A gestão dos espaços

escolares pode ser apenas uma unidade, duas ou três, como é o caso, no nosso

concelho. Vai, sem dúvida, levantar muitos constrangimentos no início do ano

mas, sinceramente, há aqui uma contradição gravíssima que é apontar a carta

15

educativa como documento de suporte, quando nós sabemos que ela já caiu. Já

ninguém acredita na construção do Centro Escolar do Alto Concelho, porque se

calhar a Carta Educativa foi mal elaborada. Quero dizer ainda que nós temos a

nossa visão pedagógica.” - Interveio o Senhor Presidente perguntando qual era

essa visão pedagógica. “Somos contra o encerramento de qualquer escola –

continuou o Senhor Vereador Armando Almeida – “ enquanto os alunos não

tiverem melhores condições e eu explico porquê. Porque estamos a criar

condições de desigualdade. Digo aqui na declaração que há muitos pais que já

trazem os alunos de Vinhó, de Nespereira para a sede do concelho. Havia uma

pessoa, com responsabilidades políticas, que estava a dizer “não fecham

Folgosinho” e no entanto tem os seus filhos na Escola de S.Pedro.” – Referiu.

Respondeu o Senhor Presidente dizendo o seguinte: “se o vosso parecer é contra

o encerramento das Escolas, convido-o, já amanhã, a irmos ter com a Senhora

Directora para lhe dizer que não fechamos nenhuma. “

Retorquiu o Senhor Vereador dizendo “o Senhor é que tem que dizer que é

contra o encerramento porque não tem condições melhores do que aquelas que

elas têm, naquele sítio.

“Mas nós concordamos que para além desse critério, que é um critério importante,

se não há melhores, piores não são”. – Respondeu o Senhor Presidente.

Retomou a palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo ainda o

seguinte: “penso que querem concentrar os alunos de Nabais e Figueiró da Serra

em Folgosinho”, tendo sido interrompido pela Senhora Vereadora Laura Costa

que informou que os alunos de Nabais vão para Melo, Figueiró da Serra para

Folgosinho, os de Vila Cortês da Serra para Melo e os de Vila Franca da Serra

para S.Paio, tendo o Senhor Vereador respondido que pensa que é um erro, pois

o sítio onde existem piores condições de transporte e onde os alunos chegam

sempre atrasados, é por causa de Folgosinho.

Interrompeu o Senhor Presidente questionando o que é que o Senhor Vereador

quer fazer, pois está totalmente aberto, a que não fechem as escolas, tendo o

Senhor Vereador Armando Almeida respondido que isto é uma pequenissima

16

parte do problema, afirmando que o assunto deveria ter sido debatido em sede de

reunião do Órgão Executivo.

Interveio o Senhor Vereador Joaquim Lourenço, não percebendo essa questão,

uma vez que o assunto foi debatido com as escolas que estão em causa, foi ao

Conselho Municipal de Educação e vem agora à reunião de Câmara.

“Vem ao Executivo depois do Senhor Presidente da Câmara ter tomado a

deliberação.” - Respondeu o Senhor Vereador Armando Almeida.

“Mas que deliberação? Eu já assinei alguma coisa?”- Perguntou o Senhor

Presidente.

“É capaz de repetir o que disse há pouco em relação ao acordo que tem com a

Direcção Regional de Educação?” – Solicitou o Senhor Vereador Armando

Almeida.

“Eu não tenho acordo nenhum. O que eu disse foi à Direcção Regional que eu

presido a um Órgão Colegial que respeito. Por isso é que eu não assinei nada e

trago aqui o assunto. O que eu, seriamente, fui dizer aos gouveenses é que o

estudo que foi feito e que o Conselho Municipal de Educação entendeu propor-

me, é que contempla a existência de dois critérios em relação a esta matéria,

muito importantes. O primeiro, como disse e bem, prende-se com as condições

para onde serão transferidas e o segundo com a questão do enquadramento

social das crianças. Foi sempre isto que aprendi. E aqui tenho toda a humildade

do mundo, porque quando não sei quero aprender. Não tenho nenhuma ciência

feita. E, com base neste dois critérios, porque é possível transportar as crianças,

desde que haja esta ajuda que o próprio Ministério da Educação diz que vai

haver, o acompanhamento das crianças, a escola de acolhimento não sendo a

escola óptima, é melhor do que a escola onde estão, prevalecerá o segundo

critério. E, no segundo critério, no diálogo que os Senhores Vereadores

mantiveram com os Senhores Presidentes de Junta e, julgo saber, com alguns

dos pais, diálogo que estava a ser tendente a que o nosso parecer fosse favorável

ao encerramento destas escolas. O que veio atordoar todo este processo, foi a

“bomba” e não vale a pena falar nos Centros Escolares, porque está a ser

construído um, a Escola Básica.”

17

Interrompeu o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo não poder concordar

com esta afirmação, porque não se pode considerar a Escola Básica como um

Centro Escolar e explicar-lhe-ía porquê.

“Com todo o devido respeito, não me interessa a sua explicação – continuou o

Senhor Presidente - porque, justamente, o Ministério da Educação acabou de me

dizer, na semana passada, que a Escola, sendo Básica, pode ser, se nós

quisermos alterada a tipologia. E eu não sei se quero ou não quero. Quero discutir

isso aquando da carta educativa. Pode confirmar isso mesmo com a Senhora

Directora Regional já que a sua voz é tão ouvida.”

“Para quê? – interrompeu o Senhor Vereador Armando Almeida – “para lhe dizer

que o Senhor cometeu o maior erro, a nível de educação nos últimos anos, ao ter

optado pela construção daquele escola que agora nunca se vai adaptar àquele

escalão etário dos alunos que para lá vão. O Senhor quer transformar aquilo num

Centro Escolar mas, por exemplo, as carteiras não são da mesma altura para os

alunos do 4.º ano e para os alunos que têm 14 anos e os ginásios também não

são, o refeitório igualmente e as casas de banho sofrem da mesma deficiência.

Por isso, não queiram transformar aquele edifício, num Centro Escolar, pois ficará

coxo.”

Retorquiu o Senhor Presidente dizendo “Não estou a transformar nenhum edifício

em Centro Escolar. Aquela escola, é uma escola básica. O que eu lhe disse foi

que a Senhora Directora Regional me referiu que, na discussão que tivermos no

âmbito do projecto educativo no concelho de Gouveia, se entendermos que é

desejável alterar a tipologia, podemos fazê-lo. Bom, mas no entendimento do

Senhor Vereador Armando Almeida, não é possível, não pode ser e para aí eu

não jogo. O Senhor só quer é política e essa parte até é uma parte de que até

gosto, só que na política eu já o derrotei, derrotá-lo-ei sempre, mas nisto eu não

quero que haja derrotados ou vitoriosos.

“Tem algum problema comigo, por me ter derrotado, pois eu não tenho.” –

Respondeu o Senhor Vereador Armando Almeida.

“Tenho um prazer imenso, eu já o derrotei a si e digo-lhe isso com grande gosto.”

– Referiu o Senhor Presidente.

18

“Tenha lá esse gosto quantas vezes quiser, durma descansado com esse seu

gosto e prazer, que eu também durmo.” – Respondeu o Senhor Vereador

Armando Almeida.

“Durmo descansado e feliz e o Senhor há-de dormir descansado, mas pouco feliz”

– Respondeu o Senhor Presidente.

“Se eu estivesse no seu lugar, não estaria muito feliz, conforme está o nosso

concelho e conforme está o Município. Digo-lhe aqui que, como o Senhor vai

deixar Gouveia nem saudades vão ter suas quando se for embora daqui”. –

Retorquiu o Senhor Vereador Armando Almeida.

Respondeu o Senhor Presidente dizendo: “Foram três eleições seguidas, sempre

a subir, o povo não é tolo, como o Senhor dizia. O Senhor é um derrotado. Mas na

política eu gosto e aí já o derrotei agora isto não é política, é uma questão séria e

uma questão séria é o Senhor Vereador que é profissional da educação chegar

aqui e dizer “as escolas novas têm de ser assim e por isso somos contra estas

escolas porque não há escolas melhores” e sabe porquê? Porque o Senhor só

quer fazer política ao dizer que a escola básica não é boa e que já devia haver um

centro escolar.”

“Olhe Senhor Presidente, só por cima do meu cadáver é que o Senhor me cala

enquanto eu tiver razão. A mim não.” – Disse o Senhor Vereador Armando

Almeida.

“O Senhor não fala o que deve, o Senhor não fala onde deve. Era lá, na sexta

feira”. – Respondeu o Senhor Presidente.

“Não é falar no que devo, disto o Senhor percebe muito pouco e, segundo o que

me disseram, o Senhor falou muito, mas em termos concretos, ninguém ficou a

perceber nada.” – Retorquiu o Senhor Vereador.

“Eu digo-lhe o que ficaram a perceber” - referiu o Senhor Presidente - “ficaram a

perceber que as crianças de Nespereira ficam em Nespereira e, se não

batessemos o pé ao Governo que o Senhor apoia, iam-se embora. Ficaram a

saber como seria a vida das crianças de Vinhó, de Folgosinho, de Arcozelo e de

Lagarinhos.”

19

Interrompeu o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo “E nós queriamos que

ficassem a saber, também, como ficam as crianças de Tazem, de Rio Torto, as de

Nabais, as de Melo, as de Figueiró da Serra, as de Vila Franca da Serra, as de

Vila Cortês da Serra e as de Ribamondego.”

“Ora seja bem vindo, se o Senhor acha, como professor, que isso é uma postura

séria, seja bem vindo e venha comigo à DREC defender isso”. – Respondeu o

Senhor Presidente.

“Vou consigo sem problema nenhum, até para lá vou quinta-feira.” - Retorquiu o

Senhor Vereador Armando Almeida.

“Até lhe digo mais, é mandatado pelo Presidente da Câmara e tiro-lhe o meu

chapéu, se o Senhor conseguir demonstrar que, sob o ponto de vista da política

educativa ou em relação aos dois ou três pilares da política educativa, é preferível

manter escolas abertas com quatro alunos. Fica aqui o desafio, se o Senhor

Vereador Armando Almeida, mandatado pelo Presidente da Câmara, demonstrar

que estas escolas, com quatro alunos, são melhores para as crianças.”- Referiu o

Senhor Presidente.

“Estas escolas de 4, 5 alunos sofrem do mesmo problema geral, genérico do que

sofrem as escolas com 12, 14 e 16. Só que é pior leccionar nessas turmas de 12,

14 e 16. Estamos a falar de condições pedagógicas, pois não têm, espaços físicos

com condições, pois as escolas do nosso tempo, não são as escolas de hoje. O

Senhor falou, e muito bem, da socialização, mas nós sabemos que quando os

alunos vêm de Folgosinho aqui para o Agrupamento de Escolas, são diferentes

dos da sede do concelho e sabemos porquê. E o outro fenómeno que nos falta,

aqui, também ver, é se os professores têm mais condições numa escola que tem

lugar único ou numa escola em que só é possível fazer apenas uma turma ou

uma classe e nós sabemos defender isso. Ponto final neste assunto. Já vimos

que estamos em discordância, pois o Senhor consegue transformar isto numa

discussão política, quando o que pretendemos dizer, aqui, é que tudo deve ser

debatido e devemos criar condições para as nossas crianças se poderem

deslocarem para uma outra escola, sair de Ribamondego para vir para S.Paio é a

mesma coisa, são escolas de lugar único. Só temos que lhe arranjar condições de

20

transporte e se o Senhor conseguiu explicar isso aos pais, encarregados de

educação e às Juntas de Freguesia, muito bem. Agora, deveria ter trazido o

assunto aqui à reunião de Câmara. Não o fez, pois entendeu que não era

necessário. Aliás, indo contra o que tem sido, nos últimos anos, o seu

procedimento, nós cá estamos para fazer a nossa declaração e dizer que não

concordamos com isto.” – Concluiu o Senhor Vereador Armando Almeida.

Retomou a palavra o Senhor Presidente para fazer a sua conclusão final:

“Em primeiro lugar, respeitando as formalidades do Órgão a que presido, eu não

tomei nenhuma decisão. Quero deixar isto muito bem claro, no respeito para com

este Órgão. Fiz questão e, de resto, disse à Senhora Directora Regional que tinha

que falar com ela, antes da reunião de Câmara para poder formalizar a minha

proposta. Falei há meia hora atrás. Para mim é um ponto de honra, respeitar o

órgão a que presido e para o qual fui eleito. E, foi com este espírito, que acabei de

vos apresentar este assunto.

Ponto dois, fiquei a saber que o Senhor Vereador Armando Almeida disse ser

contra o encerramento ou contra o parecer favorável que possamos dar, parecer

favorável esse, que eu só aceito dar com o trabalho das Juntas de Freguesia e

dos encarregados de educação. Pelos vistos, nesta matéria, estamos de acordo.

Terceiro ponto, gostava de saber se os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista,

estão contra o encerramento ou se dão parecer negativo ao encerramento destas

seis escolas, porque serão a favor, caso haja esse trabalho de cooperação, com

os pais, encarregados de educação, professores e com as Juntas de Freguesia.” -

Disse o Senhor Presidente.

“Exigimos isso mas, se já foi feito, muito bem. Agora vamos discutir, aqui, porque

é que uns alunos vão para um lado e outros vão para o outro lado. É isso que nós

pretendemos.” – Declarou o Senhor Vereador Armando Almeida.

“Mas é disso que estamos a tratar.”- Respondeu o Senhor Presidente.

“Mas, disse que já estava feito ontem.” - Referiu o Senhor Vereador Armando

Almeida.

“Desculpe, o que eu disse é que os Senhores Vereadores estavam a fazer um

trabalho, que foi interrompido pela “bomba”. Estamos disponíveis, desde que haja

21

a questão dos transportes, a questão da escola de acolhimento, a questão da

socialização das crianças. Com base nestes pressupostos, nós estaremos de

acordo.” “Igualdade de oportunidades” – Interveio o Senhor Vereador Armando

Almeida – “por esse critério” – continuou o Senhor Presidente – “se fosse levado

avante hoje fechavam as escolas todas ou quase todas”.

“Não é essa a previsão da carta educativa?” - Questionou o Senhor Vereador

Armando Almeida.

“A carta educativa está em revisão, mas orientou-nos e, pelos vistos, bem, para

nós não termos permitido que encerrassem escolas. Agora está em revisão, mas

quando ela estiver concluida, a nossa ideia é, naturalmente, discuti-la seriamente

no Conselho Municipal de Educação e em reunião de Câmara, para depois

decidir-mos se vamos fazer isto ou fazer aquilo.

Por último e para terminar, fica claro e fica em Acta, que se os Senhores

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista ou o Senhor Vereador Armando

Almeida poder e conseguir demonstrar tecnicamente, pedagogicamente,

sociologicamente a sua opção junto da DREC, fica mandatado pelo Presidente da

Câmara, para que possamos dar parecer negativo ao encerramento de qualquer

destas seis escolas.” – Concluiu o Senhor Presidente.

Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço lamentando este facto,

porquanto, ao longo destes anos, o procedimento levado a cabo para o

encerramento de escolas tem sido sempre o mesmo. Houve uma reunião para

definição da rede escolar, a nível do concelho, onde o Senhor Vereador Armando

Almeida esteve presente, em que o Senhor Vereador tem conhecimento de que

foi produzida uma Acta, da qual conhece o teor, com a proposta da DREC, com as

escolas a encerrar no concelho de Gouveia.

Interveio o Senhor Vereador Armando Almeida informando que não havia estado

presente nessa reunião, tinha estado numa reunião com as escolas ao nível do

ensino secundário.

“Mas a acta foi conjunta” – continuou o Senhor Vereador Joaquim Lourenço – “o

procedimento a seguir sempre foi este levar o assunto ao parecer do Conselho

22

Municipal de Educação, que é o Órgão de aconselhamento do Município. Obtido o

parecer há que trabalhar com as Juntas de Freguesia e com os pais.

Quando se propõe, aqui, que Figueiró da Serra vá para Folgosinho, não foi

proposta nossa, foi dos pais. Foram estes que optaram ou preferiam, se assim o

entenderem, as crianças ir para Folgosinho, em detrimenro de Melo. Como a

distância é igual, não vimos qualquer objecção, tanto mais que temos melhores

condições em Folgosinho, para receber as crianças, do que em Melo.”

Interrompeu o Senhor Presidente dizendo que nada disto está decidido.

“Nada, agora a decisão final é do Município. As crianças são mudadas para aqui

ou para outro sítio, porque já têm alimentação garantida, porque já tem transporte

assegurado e porque as condições das escolas de acolhimento são boas. É

sempre este trabalho de base que tem de se fazer, porque quando vinha ao

Executivo Municipal, já estava essa parte toda tratada. Agora o Senhor Vereador

sabe tão bem como eu que, na última semana, rebentou “uma bomba” da qual o

Senhor já tem a decisão por escrito como eu a tenho e onde está lá escrito

simplesmente isto “… não serão colocados docentes em escolas com menos de

21 alunos …” é uma deliberação do Conselho de Ministros. Portanto, se isto está

escrito, se o Senhor tem conhecimento, como é que me pode dizer que é contra o

encerramento de escolas e depois, de alguma forma contraditória, dizer que não

têm condições pedagógicas para funcionar.

“Não têm porque não as criaram.”- Respondeu o Senhor Vereador Armando

Almeida.

Retomou a palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo “não dou aulas

há muitos anos, mas dei aulas em escolas com esse número de alunos e com os

quatro anos de escolaridade e, posso dizer, que é muito difícil, não haja dúvida. É

muito melhor trabalhar apenas com um ano de escolaridade. Agora, há-de dizer-

me, quais são as turmas das escolas da sede, que têm um ano de escolaridade?

Nenhuma.

“Senhor Vereador, na altura safou-se, não foi?” – Perguntou o Senhor Vereador

Armando Almeida.

23

“Na altura, safei-me e as crianças safaram-se também” – Respondeu o Senhor

Vereador Joaquim Lourenço.

“Mas, é esta a lógica entre os Senhores como profissionais, da Educação?” –

Interveio o Senhor Presidente – “Na altura safou-se? Na altura safou-se não! Na

altura fez um bom trabalho. O que está em causa são as crianças.”

“Só estou a empregar um termo que o Senhor Vereador Joaquim Lourenço

utilizou perante as câmaras da televisão.” – Referiu o Vereador Armando Almeida.

“Mas o termo em si não me choca nada.” – Referiu o Senhor Presidente.

“Mas o Senhor Vereador sabe que eu não gosto de responder sarcasticamente,

porque levo as coisas demasiado a sério, neste campo.” – Respondeu o Senhor

Vereador Joaquim Lourenço e rematou dizendo como é que se pode dizer que a

carta educativa é um cadáver, então, na sua opinião, também, a Constituição da

República Portuguesa já está ultrapassada, devendo ser a mesma também

revista, pois, neste momento, é um cadáver. Há situações que as pessoas devem

medir e actuar com alguma responsabilidade, retirando sarcasmo para outras

ocasiões, quando, por exemplo, estão informalmente. Agora situações formais

devem ser tratadas de outra maneira e a carta educativa custou para a Autarquia

de Gouveia o mesmo que para os outros Municípios à volta e foi financiada pelo

Ministério da Educação, com o mesmo financiamento que esses Municípios.

Usou ainda da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota referindo o seguinte:

“Como sabem, participei durante quatro anos no Conselho Municipal de

Educação. De facto, o problema do encerramento das escolas, a elaboração e

aprovação da carta educativa, sempre este presente. E é confrangedor perceber

que, de facto, o grande problema que temos hoje, é a ausência de planeamento

municipal e gastamos tanto, não sabemos quanto, mas foi, certamente, muito e

ela - a carta educativa - não serviu para nada.

Pergunto ao Senhor Presidente que me diga, apenas um exemplo, de uma

decisão de política educativa tomada com base na carta educativa.”

Porque a ideia que eu tenho – continuou o Senhor Vereador José Santos Mota -

é que ela não serviu mesmo para nada e estou mesmo convencido que o Senhor

é conivente com a desertificação escolar do Alto Concelho, é conivente com o

24

encerramento a curto prazo de todas as escolas do alto concelho. A curto prazo, o

Senhor vai ser conivente.

Quem estudou a carta educativa, quem participou nela, sabe que haviam medidas

transitórias e medidas definitivas. E o Senhor nunca cumpriu as medidas

transitórias. Eu posso elencar-lhe uma série delas, está tudo na carta educativa

que o Senhor aprovou e que eu votei contra. Esta é a sua carta, não é a minha

carta, mas é um instrumento de planeamento e enquanto instrumento de

planeamento deve servir de base à politica educativa. E ela não serviu de nada.

Quando alguém fala, aqui, em “nado morto” estamos exactamente a dizer isso.

Dê-me um exemplo em que diga que, com ela, conseguiu orientar os

investimentos educativos, em infra-estruturas neste caminho. Nada. E, por isso, é

que lhe estou a dizer que, a curto prazo, o alto concelho, não tem escola

nenhuma, exactamente porque não foram cumpridas as metas estabelecidas na

carta educativa e sabe bem quais eram. Era criar o centro educativo do alto

concelho, em que havia medidas transitórias, em que, inicialmente, os alunos

podiam ficar aqui, transitoriamente, e depois, de facto, é que transitavam para

Melo se fosse a ser construído em Melo, como estava previsto. Esta medida

nunca foi implementada, desde 2007.

No entanto, vimos outros concelhos que, com base na carta educativa, tinham o

argumento, tinham um instrumento capaz de justificar um pedido ao QREN para

investimentos e nós não fizemos. Podiamos ter no alto concelho, em Melo, uma

escola com cerca de 80 a 100 alunos, com o pré-escolar e 1.º ciclo e a curto

prazo não temos ninguém. E, aí, quero dizer-lhe, que o Senhor é conivente com

isso porque, no meu entender, não tomou, a seu tempo, as medidas que devia

tomar.

Aquilo que mais me revolta, é o facto de aprovamos uma carta educativa que

devia ser um instrumento base e, na mesma hora em que é aprovada, entra em

revisão. Isto não é sério, nem sei quais foram os objectivos que levaram a criar a

carta educativa, pois ela não serviu para nada e ela devia servir para orientar os

investimentos.

25

E vai acontecer o mesmo, provavelmente, à Freguesia de Moimenta da Serra,

porque os investimentos naquela área não têm sido acautelados. No entanto,

Moimenta só do 1.º ciclo, tem mais de 50 alunos e no pré-escolar tem mais de 30

alunos. Temos, ali, um núcleo que, de alguma forma, podia criar uma dinâmica

própria e ser um pólo aglutinador escolar, para aquela área.

Defendi, na carta educativa, a criação de um centro escolar na zona de Moimenta

da Serra, pois estava, apenas, prevista a criação de algumas salas, para a

educação pré-escolar. Nem educação pré-escolar, nem 1.º ciclo. Nada.

Na carta educativa, se a gente a ler, diz claramente que aponta para os 20 alunos

e que fica a aguardar indicações da tutela com vista ao encerramento, mas

sempre com a ideia de que do que lá está escrito, só cumpriremos o

encerramento das escolas, e muito bem, depois de terem sido concluídos os

equipamentos previstos. Quais? Centro Escolar do Alto Concelho e a melhoria em

Moimenta da Serra, para além do Centro Escolar de Vila Nova de Tazem. E isso

não foi feito.

E agora, estamos perante uma situação de que o que deveria ter sido feito, não

foi feito. Agora andamos com remendos.

E mais, a solução que hoje estão a apontar para Folgosinho, foi aquela que vocês

rejeitaram na 1.ª versão da Carta, em Setembro de 2007, em que se apontava,

claramente, como uma medida transitória, enquanto o Centro Escolar do Alto

Concelho, não estivesse concluído, os alunos de Nabais e Figueiró da Serra íam

para Folgosinho, transitoriamente, só voltando a Melo depois de um equipamento

construído. Foi tudo abandonado. O grande problema deste Município e, neste

preciso assunto, relativamente à política educativa, é que não há planeamento.

Lamento que o Senhor tenha convocado, publicamente, uma reunião para o

teatro-cine e não tenha informado os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista,

do que se iria passar”.

Interveio o Senhor Vereador Armando Almeida, dizendo que foi informado

telefonicamente.

“Por outro lado” – continuou o Senhor Vereador José Santos Mota – “sendo este

assunto demasiado sério, deveria ter passado, primeiro, por uma reunião como

26

esta, para aferirmos de algumas coisas e depois ser feita, de facto, essa reunião,

independentemente, dos Veredores Socialistas estarem ou não estarem de

acordo. Os Vereadores Socialistas, não são mais do que qualquer cidadão

gouveense, mas têm responsabilidades diferentes e isso não foi tido em conta. E

isso, na minha opinião, é de lamentar.”

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo ser verdade que não avisamos

cada um, em particular, para essa sessão que iria decorrer no Teatro-Cine, tendo

a Senhora vereadora Glória Lourenço, intervido, para dizer que esteve presente,

mas em representação da escola onde lecciona.

“O Senhor Vereador José Mota” – continuou o Senhor Presidente – “fez aqui uma

explanação mas, na minha opinião, onde há um erro muito grande de análise, é

aquele em que o Senhor Vereador José Mota põe as coisas e depois tira as

conclusões, o que me leva a pensar que as coisas estão devidamente

formatadas, e estão erradas mesmo que estejam bem colocadas num

determinado prisma. Eu vou ser conivente por isto, eu vou ser conivente por

aquilo, nós fizemos isto, nós fizemos aquilo, devia ter vindo a uma reunião. Eu

comecei por dizer que nada disto está decidido. Comecei por vos dizer, mas os

Senhores formatam as coisas apenas pela tal veia estritamente política e eu estou

cansado de dizer que uma coisa é a política que tem um caminho e outra coisa é

a política sectorial que acho que é possível, apesar de estarmos em desacordo,

chegarmos aos mesmos caminhos.

E eu estaria errado, é verdade, formalmente errado, se eu tivesse assinado

alguma coisa em nome do Município. Não assinei nada. Limitei-me a dar a minha

opinião, fundamentada no parecer dos dois Vereadores que trabalham comigo no

dia-a-dia, pelos contactos que têm tido, pelo que tem sido no passado, como foi o

caso de Cativelos, que até o Senhor Vereador Armando Almeida criticou, por

termos encerrado Cativelos, quando os pais concordaram.

É isso que me incomoda, porque se o Senhor disser, como também o diz, o

Município de Gouveia já devia ter apostado no Centro Escolar no Alto Concelho

ou no Centro Escolar de Vila Nova de Tazem. Compreendo isso e estou disposto

e disponível para lhe explicar que, sem perdermos de vista essa pretensão, após

27

termos percebido as lógicas que o Ministério da Educação estava a tentar

desenvolver, em termos da escola básica em construção. Senhor Vereador José

Mota, ao longo deste tempo, como aliás disse no cinema, já ouvi especialistas da

matéria educativa, e eu não sou, mas sou responsável, de que a escola básica

no limite até podia, em tese, ter todas as crianças do ensino básico do concelho

de Gouveia, em nome da igualdade de oportunidades, que é um princípio sagrado

para todos nós concerteza, mas que tem que ter alguma regulação e eu só acho

que há igualdade de oportunidades quando, de facto, podermos ter a

possibilidade, séria, de vermos as perspectivas das crianças que vamos ter no

concelho, onde as podemos colocar, segundo o princípio de igualdade de

oportunidades, sem estarmos a perceber se é no Alto Concelho, se é em

Moimenta, se é em Vila Nova de Tazem. Eu já ouvi especialistas, na matéria, a

dizer que tem que haver, em Vila Nova de Tazem, mas tem que haver uma

“escola tampão” em Moimenta, mas como se discute isto com um qualquer

Ministério da Educação. Eu, por mim, que sou muito sensivel a outros critérios,

vou-lhe dar um exemplo, do qual me prevaleci e não estou a dizer que a razão

está na carta educativa, podendo ela estar bem ou não tão bem, que prevaleci ou

usei e às vezes a gente usa argumentos para defender as causas em que

acredita e a causa em que acredito é que a regulação do princípio da igualdade

de oportunidades, que é um princípio sagrado para todos nós, mas só é no

momento em que nós tivermos as infraestruturas físicas que de um modo

planeado possamos entender que são as mais adequadas. E é essa a discussão

vital para termos em Gouveia.”

“Estamos de acordo, Senhor Presidente.” – Interveio o Senhor Vereador José

Santos Mota.

“Claro que estamos de acordo, mas para isso, o Senhor podia-me dizer que essa

discussão já a podiamos ter feito há cinco meses, há um ano, há dois, é sempre

possível de fazer, mas eu vou assistir e colaborar porque sou, em última instância,

o último responsável pela decisão, vamos ver as multiplas opiniões, muito

diferentes não em relação à questão da localização do Centro Escolar aqui ou ali,

qual é o papel de caso pontuais, mas muito importantes, como é o caso de

28

Moimenta, qual é o papel da Escola de Vila Nova. Esse debate vamos ter que o

fazer, por isso eu pedi que se acelerasse isto. Devo dizer já me aborreci,

solenemente, porque eu não quero perder, concerteza, a oportunidade porque o

QREN está aberto aos 80%, com prioridade para os Centros Escolares, mas eu

não posso definir por mim, com base em indicadores que se alteraram

completamente, nestes dois anos, mas que estamos disponíveis para uma

rearrumação onde o critério de igualdade de oportunidades neste ano lectivo diria

que é, praticamente, igual para todas as crianças, mas no ano lectivo 2011/2012,

quando a escola básica estiver aberta, já temos que ter alguma regulação nesse

critério, porque senão estamos a proteger umas e a desproteger outras, e isso eu

não quero. Por isso é que eu estou empenhadissimo em acelerar essa discussão

e essa decisão do que vai ser, em termos de planeamento físico, no caso de

Gouveia, sendo certo, eu estaria com um grande problema de consciência devo

dizê-lo, se não tivessemos uma Escola Básica. Ao Senhor Vereador Armando

Almeida não lhe fica bem, já é a segunda ou terceira vez que o diz que, porque

não pagámos a nossa comparticipação fomos os responsáveis pela falência de

uma empresa que está a construir uma escola. Tenha paciência, nós pagamos,

cumprimos os nossos objectivos em função da Lei que nos rege.”

Interveio o Senhor Vice-Presidente dizendo que, foi pago metade e o resto é para

pagar no final da obra.

Interrompeu o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que está a meter o

Município de Gouveia, juntamente, com outros Municípios, pois foram os

Municípios que levaram aquela empresa, à falência.

Retomou a palavra o Senhor Presidente dizendo que só se pode pagar no final, a

obra ainda não está pronta para se pagar, “o Senhor defende aqui os interesses

da empresa privada ou defende os interesses do Município?”

“O que eu sei é que o Ministério da Educação cumpriu a tempo e horas.” – Referiu

o Senhor Vereador Armando Almeida.

“Mas se o Ministério da Educação é o dono da obra, pois claro que tinha que

cumprir.” – respondeu o Senhor Presidente.

29

“Mas há uma parte de 10% que são do Município.” – Retorquiu o Senhor

Vereador.

“E foram pagos metade desses 10% à DREC, não ao empreiteiro com quem não

temos qualquer vínculo contratual .” – Informou o Senhor Presidente.

Rematou o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que, em relação a este

assunto, todos têm a sua posição, contudo em relação ao apoio para a

construção dos Centro Escolares, chamou a atenção que o apoio não é de 80%, é

inferior.

Respondeu o Senhor Presidente informando que antigamente era de 75%,

actualmente são 80%.

- - - - 4) EXPEDIENTE:- Não se analisou expediente na presente reunião.

5. DELIBERAÇÕES - - - - 5.1) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE NOMEAÇÃO DE JUÍZES SOCIAIS:- Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida

perguntando o porquê destes nomes e quais foram os critérios utilizados. Usou da palavra a Senhora Vereadora Laura Costa informando que foi aberto o

processo que passou pela elaboração de Editais enviados para as Juntas de

Freguesia e outras entidades e estas foram as candidaturas apresentadas,

apenas foram excluídas três candidaturas por não cumprirem um dos requisitos,

que era residirem no concelho de Gouveia. Cumpridos os termos da deliberação da Câmara Municipal, datada de vinte e seis

de Abril de 2010, tendo o Município solicitado a cooperação de todas as Juntas de

Freguesia do Concelho, bem como de entidades previstas no artigo 34.º do

Decreto- Lei n.º 156/78, de 30 de Junho, ligadas à assistência, formação e

educação de menores, foram apresentadas 15 candidaturas, que reúnem os

requisitos previstos no artigo 1.º do referido Decreto- Lei: 1- Ana Cristina Pereira de Figueiredo Gomes de Oliveira – Professora;

2- Ana Maria Mendonça Viegas Figueiredo – Professora;

3- Bruno Alexandre Amaral Monteiro – Professor;

4- Carlos Alberto de Almeida Saúde – Professor;

5- Carlos Jorge Ferreira Cabral – Docente Educação Especial;

30

6- Carlos Miguel Duarte Branco – Eng. Agrónomo;

7- Elizabete Albuquerque Ferreira – Advogada;

8- Emília Maria Fonseca Vicente Canhôto – Docente Educação Especial;

9- Glória Cardoso Lourenço – Professora;

10- Lúcia Cristina Lopes Viana – Psicóloga;

11- Margarida Maria Alves Morgado de Sousa – Educadora de infância;

12- Maria Alice Nogueira Gonçalves Manta Luís – Enfermeira;

13- Rosa Maria Borges Figueiredo Fidalgo – Educadora de infância;

14- Rui Manuel Gomes da Eufrázia – Vogal Administração DLCG;

15- Sílvia Patrícia Martins Lopes – Psicóloga.

Considerando que, nos termos do artigo 36.º do Decreto- Lei n.º 156/78, de

30 de Junho, as listas de candidatos devem ser votadas pela Assembleia

Municipal;

Delibera a Câmara, por unanimidade e em minuta de modo a produzir efeitos

imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de

Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

Janeiro, proceder à aprovação da lista de candidatos acima descrita ao cargo de

Juíz Social, para desempenho de funções junto do Tribunal Judicial da Comarca

de Gouveia, bem como submetê-la à próxima sessão da Assembleia Municipal

para a respectiva votação, no sentido do seu posterior envio ao Conselho

Superior da Magistratura e ao Ministério da Justiça, que promoverá a nomeação

dos Juízes Sociais para a Comarca de Gouveia, tudo nos termos do disposto nos

artigos 36.º e 37.º do aludido Decreto-Lei.

A Senhora Vereadora Glória Lourenço não participou na votação, nos termos do

n.º 6 do art.º 90.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção que lhe

foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro.

- - - - 5.2) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE EMISSÃO DE DECLARAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO PARA CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS DA EMPRESA ÁGUAS DO ZÊZERE E CÔA:- Com base

no contrato de concessão subscrito pelo Município de Gouveia, a empresa

31

Intermunicipal Águas do Zêzere e Côa, está a levar a efeito as obras necessárias

à resolução das infraestruturas da solução em “ALTA”.

No caso presente trata-se da construção de emissário desde a actual fossa do

sistema de Vinhó até à futura ETAR que tratará as águas resíduais das

Povoações de Vinhó, Moimenta da Serra e Mangualde da Serra, a implantar nos

terrenos adjacentes à antiga Fábrica Têxtil Lopes da Costa.

Pontualmente, a sua execução colide com áreas rurais de uso condicionado por

se tratar de RAN.

Para que o concessionário consiga as respectivas autorizações técnico

administrativas, obrigatórias nestas situações, é necessário que seja definido e

assumido por deliberação da Câmara Municipal, o interesse público para as

respectivas intervenções.

Neste contexto, delibera a Câmara, por unanimidade e em minuta de modo a

produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99,

de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002,

de 11 de Janeiro, proceder à emissão de declaração de Interesse Público para a

obra que a seguir se descrimina, face às incompatibilidades respectivas que se

elencam:

- Subsistema de Moimenta da Serra/Vinhó Travessia de área condicionada como RAN com conduta num comprimento

aproximado de 150 mts ( área de 750 m2 a desafectar).

- - - - 5.3) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE EMISSÃO DE PARECER RELATIVO AO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL N.º 2179 – PROJECTO: “IC7-OLIVEIRA DO HOSPITAL (IC6) / FORNOS DE ALGODRES (A25/IP5)” – ESTUDO PRÉVIO:- Deliberou a Câmara,

por unanimidade e em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de acordo

com o n.º 3 do artigo 92º. da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção

que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, proceder à

emissão do seguinte Parecer sobre o Processo de Avaliação de Impacte

Ambiental n.º 2179 – Projecto “IC7-Oliveira do Hospital (IC6)/Fornos de

Algodres(A25/IP5)” – Estudo Prévio:

32

“PARECER PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL N.º 2179

Projecto: IC7-Oliveira do Hospital (IC6)/Fornos de Algodres(A25/IP5)” – Estudo

Prévio Classificação: Anexo I, n.º 7, alínea c)

Entidade Licenciadora: Estradas de Portugal, SA

Proponente: Estradas de Portugal, SA

Foi solicitado ao Município de Gouveia o contributo, ou seja, a emissão de

parecer específico, sobre o processo referido em epígrafe, designadamente sobre

os aspectos ambientais, actualmente em discussão.

O estudo apresenta, com pormenor, os efeitos que o futuro IC7 poderá provocar

no ambiente, no âmbito das especificidades de Geologia e Geomorfologia, Solos

(REN e RAN), Ocupação do Solo, Recursos Hídricos, Qualidade do Ar, Ruído,

Componente Biológica, Componente Social, Planeamento e Ordenamento do

Território, Condicionantes ao Uso de Solo, Património, Paisagem. Para tal,

efectua a comparação destes efeitos (impactes) em dois traçados da via,

redefinidos, quando comparados com o previsto no estudo prévio anteriormente

apresentado. De facto, entre o previsto naquele documento e os traçados agora

adoptados e comparados no domínio ambiental, foram introduzidas alterações

não decorrentes do parecer e opções do Município, à data validadas por votação

em sessão de Assembleia Municipal, sendo os referidos traçados até

confrontantes com a argumentação apresentada pela Câmara Municipal de

Gouveia.

É ainda relevante que os traçados que agora definem os corredores sujeitos ao

Estudo de Avaliação de Impacte Ambiental não nos foram previamente

apresentados nem, tão pouco, qualquer justificação para a total

“desconsideração” dos contributos opcionais do Município, em sede do Estudo

Prévio.

Independentemente desta questão, o estudo Ambiental agora em discussão,

defende, das duas soluções de traçado, a solução que se implanta a nascente da

EN17 (a montante do Cruzamento da “Pulga”), solução já preterida pelo

33

Município, em sede do estudo Prévio, pois retira centralidade concelhia a esta via,

“desterrando” Vila Nova de Tazem, no que respeita a acessibilidade primária.

Assim sendo, somos de parecer que os argumentos ambientais apresentados no

Estudo de Impacte Ambiental não dispõem de importância e sustentabilidade

suficiente que fundamente a solução de traçado preferida, contrariando o

interesse municipal já manifestado.

Neste contexto, face às questões colocadas e aos antecedentes já referenciados,

sustentados na importância da sua validação pela Assembleia Municipal,

julgamos não poder defender solução diferente da opção referida, pelo que nos

parece actual a tomada de posição então assumida, para o que deverá ser

reconsiderado o parecer à data emitido, que se volta a anexar.

Esta posição não invalida que a solução que venha a ser aprovada e

implementada seja eficazmente rigorosa na salvaguarda do património

arqueológico existente, particularmente rico na zona do “Monte do Aljão” e

“Penedos Mouros”.

Assim sendo, conclui-se que resulta claro do estudo serem pouco reduzidos e

relevantes os impactes ambientais provocados pela construção da via,

defendemos que a solução de traçado deve ser norteada por objectivos

municipais e regionais relevantes, onde deve ser efectivamente atendida a

posição do Município de Gouveia.”

- - - - 5.4) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE DISPENSA DO FUNCIONÁRIO CARLOS SOARES:- Na sequência do ofício remetido ao

Município de Gouveia, pelo Senhor Presidente da Direcção da Associação

Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Gouveia, é proposto ao Executivo o

pedido de dispensa do funcionário Carlos Soares, Comandante dos Bombeiros

Voluntários de Gouveia.

Assim, tendo em consideração que os Municípios detêm, por força da Lei,

responsabilidades e competências cada vez mais relevantes na área da

Protecção Civil Municipal, em que se inclui a coordenação de operações de

combate a fogos florestais, e que:

1 - Tem o Município de Gouveia consciência da importância, para o bom sucesso

34

das intervenções em fogos emergentes, da qualidade e rapidez da primeira

intervenção.

2 – Tem o Município igualmente consciência da importância da intervenção dos

nossos valorosos Bombeiros Voluntários, nesta altura reforçados pela existência

de equipas de primeira intervenção prontas a actuar ao primeiro sinal de fogo.

3 - São conhecidas, contudo, algumas dificuldades sentidas em teatro de

operações, quando existe uma menos eficaz coordenação das forças no terreno,

o que só se consegue com a presença de uma cadeia de comando formada por

elementos treinados, reconhecidos e com os conhecimentos técnicos de

intervenção reconhecidos.

4 - Assim e com o fim de agilizar a possibilidade de intervenção das forças

intervenientes aos fogos emergentes num mais correcto enquadramento e numa

óptica de cadeia de comando essencial para o bom desempenho na actuação,

bem como para se cumprirem, ao nível local, os princípios especiais aplicáveis de

protecção civil constantes do Art.º 5º da Lei n.º 27/2006, nomeadamente os

princípios de prioridade, de prevenção, da precaução, da subsidiaridade, da

cooperação e da coordenação, delibera a Câmara, por unanimidade, o seguinte:

Autorizar a dispensa do seu trabalho normal de Cantoneiro de Vias o Senhor

Carlos Manuel Soares, funcionário pertencente ao Quadro de Pessoal da

Autarquia e simultaneamente Comandante do Corpo de Bombeiros da

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Gouveia, no período de 1 a 31 de Julho de 2010, ficando este disponível para cumprir o seu horário de

trabalho no Quartel dos Bombeiros de Gouveia ou nos locais necessários para a

operacionalização das situações que surjam no âmbito da área de actuação do

seu Corpo de Bombeiros.

Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de

acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a

redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro.

- - - - 5.5) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA RELATIVA À CRIAÇÃO DE UNIDADE DE GESTÃO ESCOLAR:- Usou da palavra o Senhor Presidente

que relativamente à observação feita pelo Senhor Vereador Armando Almeida no

35

ponto 3.2.5) do Período de Antes da Ordem do Dia, referiu que até compreende

que, directamente, a carta educativa não tenha que ver com esta proposta,

contudo, indirectamente tem, porque se a carta educativa é um instrumento de

planeamento que determina se há escola aqui ou escola ali, tem a ver com o

modelo de gestão, todavia, não tem nenhuma objecção a que se possa retirar.

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que na sua

opinião o Município se deve basear em vários considerandos para apresentar

esta proposta, a qual votarão a favor, mesmo com esta redacção, que seria

importante melhorar, se possível.

Em termos de eficácia e eficiência, considera que não se ganha nada com este

unir de escolas e criar apenas uma unidade de gestão. O próprio Governo e o

Senhor Primeiro-Ministro que defendem as escolas da Finlândia, convinha

lembrar-lhes, também, que as escolas naquele País com 600 alunos são

consideradas grandes e aqui a escola vai ter 1700.

Embora não esteja prevista a deslocação de alunos, seria importante transmitir ao

Ministério da Educação, que é impossível realizar um trabalho eficaz e sério em

relação ao ano lectivo 2010/2011, ou seja, fazer a requisição de professores, em

condições, até ao final do mês de Julho, princípio de Agosto, bem como elaborar

horários para as três escolas quando, antigamente, esse trabalho era repartido e

completamente diferente.

Com este novo modelo de gestão, em princípio, a Escola Secundária de Gouveia

e o Agrupamento de Escolas de Gouveia, vão funcionar num espaço comum, na

medida em que vai haver partilha de salas, de equipamentos, biblioteca, bar,

refeitório. Tudo irá funcionar ao mesmo tempo. “E ao nível dos transportes

escolares como vai ser? Estará o Município em condições de garantir a entrada

de todos os alunos há mesma hora?” – Questionou o Senhor Vereador. Isto é um

problema que se coloca ao Município e que deve ser a base, também, na

negação desta junção de Agrupamentos.

O Senhor Vereador Armando Almeida é de opinião que este processo tem apenas

como critério único, o critério financeiro, mas o próprio Ministério da Educação

não fala nisso, mas cada vez que se debruça sobre este assunto, vai verificando o

36

que aquele Ministério vai poupar.

Disse ainda que, no estabelecimento de ensino onde trabalha, saíram sete

funcionários e não houve, até à data, nenhuma substituição, pelo que, neste

momento é preciso rentabilizar. Com esta medida em vez de existirem três

tesoureiros, um em cada escola, vai passar a existir apenas um, os outros dois

funcionários vão passar a desempenhar outras tarefas, assim, em vez de três

orçamentos vai passar a haver apenas um. A única situação que não se vai

alterar muito será em termos de horários de professores, apenas nas reduções. É

portanto uma questão de gestão.

Posto isto, deliberou a Câmara aprovar a seguinte proposta:

“Considerando a decisão unilateral do Ministério da Educação de suspender o

funcionamento dos Agrupamentos de Escolas de Gouveia e de Vila Nova de

Tazem, bem como da Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de

Gouveia enquanto entidades autónomas de gestão escolar e educativa do

concelho, transformando-as numa única unidade de gestão;

Considerando que o Município de Gouveia possui uma Carta Educativa,

instrumento orientador e de planeamento educativo concelhio, que não prevê este

desenho estrutural de organização e de administração escolar;

Considerando que a carta educativa foi aprovada pelos órgãos representativos e

eleitos democraticamente pelos gouveenses: Câmara Municipal e Assembleia

Municipal;

Considerando, ainda, que este mesmo documento foi validado e homologado pelo

Ministério da Educação;

Considerando que, muito embora se encontre em processo de revisão, a Carta

Educativa ainda não foi revista, nem pronunciada pelos competentes órgãos

municipais;

Considerando, por último, que a este propósito não foi solicitado, nem emitido

qualquer parecer pelo executivo municipal, delibera a Câmara, por unanimidade e

em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo

92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida

pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, o seguinte:

37

Informar a Direcção Regional de Educação do Centro de que a Câmara Municipal

de Gouveia, não concorda com a decisão de aniquilação da estrutura de gestão e

administração escolar concelhia, quer pelo seu carácter intempestivo, quer pelas

dificuldades organizativas que virá a gerar, face ao âmbito e abrangência desta

nova unidade de gestão.”

- - - - 5.6) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE SECÇÃO AUTÓNOMA PARA AVALIAÇÃO DO PESSOAL NÃO DOCENTE VINCULADO A ESTE MUNICÍPIO E EM EXERCÍCIO DE FUNÇÕES NOS AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS DO CONCELHO:- Considerando que: 1. A Portaria n.º 759/2009, de 16 de Julho, procedeu à adaptação do sistema

integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública,

aprovado pela Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, ao pessoal não docente

dos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e

secundário;

2. Do n.º 1 do art.º 2.º daquela Portaria, resulta que o pessoal não docente que se

encontra vinculado às autarquias locais, e que presta serviços nos agrupamentos

de escolas, é avaliado pelo respectivo director, que (…);

3. O art.º 3.º da mesma Portaria, estabelece que:

2- No respeitante ao pessoal não docente, vinculado às autarquias locais, o

conselho de coordenação da avaliação é o do Município respectivo,

devendo integrar o director ou directores dos agrupamentos de escolas

(…).

3 – Sem prejuízo do disposto no número anterior, a Câmara Municipal deve

deliberar a criação, no âmbito do respectivo conselho de coordenação da

avaliação, de uma secção autónoma para a avaliação do pessoal não

docente, nos termos do previsto no n.º 3 do art.º 58º da Lei n.º 66-B/2007,

de 28 de Dezembro.

4 – A secção autónoma é presidida pelo Presidente da Câmara, que pode

delegar essa competência num Vereador, devendo a mesma integrar os

directores dos agrupamentos de escolas (…).

4. O referido n.º 3 do art.º 58.º da Lei n.º 66-B/2007, estabelece que “(…) sem

38

prejuízo da existência do conselho coordenador da avaliação (…) para efeitos de

operacionalização do seu funcionamento, podem ser criadas secções autónomas

presididas pelo dirigente máximo do serviço, compostas por um número restrito

de dirigentes, exercendo as competências previstas nas alíneas d) e e) do n.º 1

(…), daquele mesmo art.º 58.º.

5. O Decreto Regulamentar n.º 18/2009, de 4 de Setembro, procedeu à adaptação

aos serviços da administração autárquica do sistema integrado de avaliação do

desempenho na Administração Pública (SIADAP), aprovado pela Lei n.º 66-

B/2007, de 28 de Dezembro.

Deste modo, atentos aos n.ºs 3 e 4, ambos do art.º 3.º da Portaria n.º 759/2009,

de 16 de Julho e nos termos previstos no n.º 3 do art.º 58.º da Lei n.º 66-B/2007,

de 28 de Dezembro, delibera a Câmara, por unanimidade e em minuta de modo a

produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99,

de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002,

de 11 de Janeiro, no âmbito do Conselho Coordenador deste Município, aprovar a

criação de uma secção autónoma, presidida pelo Senhor Presidente da Câmara,

que pode delegar essa competência num Vereador e integrando os Directores

dos Agrupamentos de Escolas de Gouveia e de Vila Nova de Tazem, para a

avaliação do pessoal não docente, vinculado a este Município e em exercício de

funções nos Agrupamentos de Escolas deste Concelho.

6. OBRAS - - - - 6.1 DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA RELATIVA AO CONCURSO PÚBLICO “DRENAGEM PÚBLICA E TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS DE RIBAMONDEGO”:- Deliberou a Câmara, por unanimidade e em

minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º

da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela

Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, proceder à aprovação do Relatório Final do

Concurso Público “Drenagem Pública e Tratamento de Águas Residuais de Ribamondego” e das respectivas propostas contidas no mesmo, bem como

aprovar a decisão de adjudicação ao concorrente IRMÃOS ALMEIDA CABRAL, pelo valor de 348.304,12 Euros (Trezentos e quarenta e oito mil e trezentos e

39

quatro euros e doze cêntimos) sem IVA, nos termos do previsto nos n.º 3 e n.º 4

do art.º 148 do Código da Contratação Pública. O Senhor Vereador Luís Manuel Tadeu Marques, nomeado Presidente do Júri, de

acordo com a deliberação de Câmara de 28 de Dezembro de 2009, não participou

na presente votação, nos termos do n.º 6 do art.º 90.º da Lei n.º 169/99, de 18 de

Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

Janeiro. A cópia do referido Relatório Final encontra-se apensa à presente Acta e dela fica

a fazer parte integrante. - - - - 6.2) RECTIFICAÇÃO DAS CONFRONTAÇÕES:- De António Manuel

Andrade Sousa, contribuinte n.º 198996608, residente na Quinta do Carvalho,

Freguesia de Vinhó, Concelho de Gouveia, vem requerer a emissão de certidão

de rectificação das confrontações do prédio com a área de 12.066 m2 , sito no

lugar de “Mortórios”, limite da Freguesia de Vinhó, Concelho de Gouveia. – Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. - - - - 6.3) INFORMAÇÃO SOBRE OS PROJECTOS APRECIADOS NA SEMANA DE 2010/05/21 a 2010/06/08: ARQUITECTURA:- De Carla Susana Damásio dos Santos Mendonça, de Nabais,

para Reconstrução e Alteração de Habitação; De Jorge Filipe Damásio dos

Santos, de Nabais, para Reconstrução e Alteração de Habitação; De José

Fernando Prata Ferreira Dias, de São Pedro, para Reconstrução e Ampliação de

Habitação; De José Luís Ramos Gonçalves, de Arcozelo da Serra, para

Construção de uma Moradia Unifamiliar; De José Maria Lázaro, de Ribamondego,

para Reconstrução e Ampliação de Moradia; De Marco André Cardoso Marques,

de Folgosinho, para Reconstrução e Alteração de Habitação.- Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. ESPECIALIDADES:- De Alberto Antunes Brízido, de São Paio, para Substituição

de Cobertura de Edifício; De André Pereira de Castro Toscano Pessoa, de Vila

Nova de Tazem, para Alteração e Ampliação de Habitação; De José Maria

Patusco Caetano, de Figueiró da Serra, para Construção de Moradia; De Otília

40

Mara Mitra Borrego Dias, de Nabais, para Construção de Garagem; De Pelos

Caminhos da Montanha Lda., de São Pedro, para Reconstrução de edifício

destinado a Turismo Rural. - Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos.

7. RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA - - - - Foi presente o Resumo Diário da Tesouraria número 110, referente ao dia

onze de Junho, pelo qual se verifica a existência dos seguintes saldos: Em Operações Orçamentais – Setecentos e três mil, duzentos e oitenta e sete euros

e oitenta e seis cêntimos (€703.287,86); Em Documentos – Sessenta e seis mil,

trezentos e três euros e sessenta e nove cêntimos (€66.303,69). - - - - Nos termos da legislação em vigor, ratificou a Câmara a realização de

despesas a que se referem as requisições números 532 a 596, bem como os

pagamentos no montante de novecentos e nove mil, oitocentos e oitenta e nove

euros e treze cêntimos (€909.889,13) a que se referem as Ordens de Pagamento

números, 1193, 1277, 1466, 1482, 1505, 1510, 1511, 1513 a 1531, 1533 a 1539,

1541 a 1543, 1545 a 1557, 1560 a 1568, 1570 a 1590,1593 a 1628, 1630 a 1672,

1674 a 1703, 1704/1 a 1704/7, 1705/1 a 1705/5, 1706/1 a 1706/7, 1707/1 a

1707/4, 1708/1 a 1708/6, 1709/1, 1709/2, 1710/1, 1710/2, 1711/1 a 1711/9,

1712/1 a 1712/6, 1713/1 a 1713/4, 1714/1 a 1714/6, 1715/1 a 1715/6, 1716/1 a

1716/3, 1717/1 a 1717/2, 1718/1 a 1718/3, 1719/1, 1719/2, 1720 a 1723, 1725 a

1752, 1754, 1755, 1757, 1758, 1760 a 1779, 1781, 1782, 1790 a 1791, 1794,

1799 a 1814, 1816 a 1820, 1822 a 1841, 1843 a 1857, 1859 a 1879, 1881 a 1881

a 1902, 1910 a 1913 e 1915.

- - - - E não havendo mais assunto a tratar, pelo Senhor Presidente foi declarada

encerrada a reunião, pelas dezassete horas, da qual para constar se lavrou a

presente acta, nos termos do n.º 1 do Art.º 92.º, da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

Janeiro, a qual será submetida à aprovação do Órgão Executivo, nos termos do

n.º 2 do mesmo artigo.

A Chefe de Divisão

41

A Câmara Municipal