ACUCARES - CONDOEIRA

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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANEFACULDADE DE CINCIASDEPARTAMENTO DE QUMICA

Disciplina: PRTICAS LABORATORIAIS(MDULO DE QUMICA ORGNICA)

SEPARAO E DETERMINAO DE COMPONENTES DE Tema: LEO ESSENCIAL DE EUCALPTO COM BASE NA CROMATOGRAFIA EM COLUNA E CROMATOGRAFIA EM CAMADA FINA

Discente:

CONDOEIRA, SILVA BENEDITO

Docente:

Prof. Dr. FELISBERTO PAGULA dr AMELIA FURVELA

MAPUTO, SETEMBRO DE 20111

1. INTRODUO

A cromatografia uma tcnica analtica, qualitativa, que permite separar os componentes de uma mistura atendendo a propriedades como a solubilidade, tamanho e massa. Baseia-se nas diferentes velocidades de deslocamento das molculas atravs de um meio poroso fase estacionria -, quando arrastadas por um eluente (lquido ou gasoso) em movimento fase mvel [1].

A distino entre os principais mtodos cromatogrficos feita em termos das propriedades da fase mvel. Cinco so os principais tipos de cromatografia [2,3]: 1) A cromatografia em coluna, 2) Cromatografia em papel, 3) Cromatografia em camada delgada, 4) Cromatografia gasosa e 5) Cromatografia lquida.

Neste trabalho, foi empregue a cromatografia em coluna e cromatografia em camada fina ou camada delgada.

1.1. Cromatografia em camada fina ou TLC

A fase estacionria um slido (slica ou alumina) depositado em camada fina e uniforme sobre um suporte slido inerte. A fase mvel, um lquido de baixa viscosidade, evolui atravs da fase estacionria, mais vulgarmente de baixo para cima, por capilaridade. A revelao e identificao das substncias podem ser feita por visualizao directa (quando possuem cor) ou pela utilizao de reveladores adequados.[2,3]

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Figura 1: Fases da Cromatografia em Camada Delgada2

O factor de reteno (Rf) definido como sendo o quociente entre a distncia percorrida por um dado composto e a distncia percorrida pelo solvente. Por exemplo, se o composto A percorreu 1,9 cm, e o solvente percorreu 4,7 cm, o Rf de 0,40 [4].

1.2. Cromatografia em Coluna. a tcnica de separao cuja fase estacionria acontece dentro de um tubo. Utiliza-se uma coluna de vidro se aberta na parte superior e munida de uma torneira na extremidade inferior, por onde sai o lquido (eludo). Dentro da coluna encontra-se se constituda slido no a por caso fase um da

estacionria enchimento to

cromatografia de adsoro, ou por uma fase lquida no caso da cromatografia de partio. A fase mvel lquida em ambos os casos. A ordem de eluio das substncias na coluna depender da sua polaridade [5].Figura 2: Ilustrao de uma coluna cromatogrfica

Esta tcnica muito utilizada para isolamento de produtos naturais e purificao de zada produtos de reaces qumicas [6]. 1.3. leo Essencial do Eucalipto As folhas de eucalipto (Folia eucalypti) tm um cheiro aromtico muito agradvel e so Folia eucalypti) um pouco acres ao paladar. Contm em mdia 1,5% de leo essencial, alm de tanino, substncias amargas, resinas e 6 % de cinzas O leo de eucalipto obtm margas, cinzas. obtm-se mediante destilao das folhas de diversas espcies de eucalipto. Forma um lquido transparente ou de cor levemente amarelada, de cheiro penetrante, mas de sabor refrescante. O leo penetrante, de eucalipto contm cineol ou eucaliptol at 70%, alm de pineno, canfeno, sexquiterpenos e aldedo valrico [7].

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2. Objectivo Separar os componentes do leo essencial de eucalipto usando as tcnicas de cromatografia de coluna (CC) e cromatografia em camada fina (TLC).

3. Materiais Materiais Aquecedor elctrico Tina cromatogrfica Cadinho e almofariz Coluna cromatogrfica Placas cromatogrficas Funil e vareta de vidro Micropipetas e provetas Guilhotina Slica gel Tubos capilares Tubos de ensaio Copos de Becker Espectrmetro UV Rgua, lpis e algodo Reagentes n-hexano Vapores de iodo Soluo de vanilina Soluo de acetato de etilo Padro (S)-(-)-Citronellal (96%)

4. Parte Experimental O mtodo usado neste trabalho foi o mtodo cromatogrfico, basicamente a cromatografia em coluna e cromatografia em camada fina. 4.1.Cromatografia em Coluna do leo Essencial 1) Preparou-se, primeiro, a coluna cromatogrfica colocando uma fina camada de algodo no fundo da coluna com o auxlio de uma vareta; 2) Encheu-se de forma compacta a coluna com slica-gel at mais ou menos de 10cm da altura, 3) Pesou-se 4g de slica-gel e mediu-se 2g de leo essencial de eucalipto para um cadinho, e de seguida se homogeneizou a mistura; 4) Adicionou-se a mistura na coluna e posteriormente colocou-se uma fina camada de algodo na parte superior da coluna com o auxlio de uma vareta, 5) Preparou-se, previamente, vrios copos com misturas de n-hexano acetato de etilo em diferentes propores conferindo-os assim diferentes graus de polaridade os quais foram introduzidos, do menos polar ao mais polar, na coluna cromatogrfica um a um, isto , a medida que esgotava um solvente na coluna o outro era adicionado, entretanto, estes solventes eluam, de cima para baixo na coluna, e recolhidos em fraces atravs da torneira da coluna cromatogrfica para tubos de ensaio. As fraces foram recolhidas em 20 tubos de ensaio.4

4.2.Cromatografia em Camada Fina (TLC) das Fraces do leo Essencial Recolhidas na Cromatografia em Coluna (CC) 1) Preparou-se uma placa cromatogrfica com 20 pontos de aplicao das amostras, com meio centmetro de separao para cada ponto; 2) Com auxlio de um tubo capilar aplicou-se no primeiro ponto de aplicao da placa cromatogrfica 3 gotas da amostra contida no tubo de ensaio 1, por conseguinte, procedeu-se do mesmo modo para os restantes 19 tubos de ensaio nos respectivos pontos de aplicao, entretanto, a cada aplicao num ponto diferente o capilar era lavado com uma soluo de n-hexano. 3) Em seguida levou-se a placa e introduziu-se numa Tina cromatogrfica contendo uma mistura de eluentes (9,3ml de n-hexano e 0,7ml de acetato de etilo), e deixou-se o solvente eluir na placa at atingir o nvel superior marcado, depois retirou-se a placa da tina e deixou-se secar a temperatura ambiente; 4.2.1. Revelao da Placa cromatogrfica Para a revelao usou-se a lmpada ultravioleta, vapor de iodo e pulverizao com a soluo de vanilina.

5. Resultados Uma vez que as manchas no eram observveis a luz visvel levou-se a placa e submeteu-se a luz ultravioleta, onde tambm nada foi observado. Por conseguinte, colocou-se a placa num excicador contendo vapores de iodo, no qual passados alguns minutos foi possvel a visualizao de algumas manchas embora sem uma boa resoluo, entretanto, marcou-se com ajuda de um lpis as manchas e deixou-se a placa por alguns minutos at que desaparecessem os vapores de iodo. E assim, levouse a placa a um nicho onde foi pulverizado (borrifado) com soluo de vanilina (1g de vanilina, 1ml de H2SO4 e etanol at perfazer um volume de 100ml), e em seguida levou-se a um aquecedor elctrico para seca-la, depois de seca a placa, fez-se o registo das manchas como mostra a figura 3.

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Figura 3: Ilustrao de uma placa cromatogrfica revalada

(a)

(b)

Figura 4: determinao de Rf da amostra (a) e do padro (b)

Com base na figura 4, possivel ver que a amostra (a) percorreu 2,8cm e o solvente ver-se 3cm, por outro lado, o padro (b) percorreu uma distncia bem prxima da amostra, o equivalente a 2,7cm e o solvente tal como em (a), percorreu 3cm. Entretanto, o factor solvente, de reteno (Rf) da amostra corresponde a 0,93 e o factor de reteno (Rf) do padro corresponde a 0,90. A relao matemtica que foi usada para determinar o dactor de reteno :

Onde:

o percurso percorrido pela amostra o percurso percorrido pelo solvente

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6. Questionrio

1. Quais so as vantagens e desvantagens da cromatografia em camada fina? 2. Enumerar os mtodos de revelao destrutivos e no destrutivos?

Resposta 1:

Vantagens da TLC A cromatografia em camada fina utilizada habitualmente em anlise qualitativa e quantitativa devido sua grande sensibilidade e preciso; Pode ser utilizada, tambm, em escala preparativa para amostras de at 250mg; Pela comodidade, rapidez, baixo custo, perfeio e confiabilidade dos resultados esta tcnica cromatogrfica largamente utilizada em laboratrios clnicos e de controle de qualidade de alimentos e de cosmticos; Podem ser utilizados reveladores mais agressivos pois seu suporte mais resistente que o papel; A anlise de leos ou gordura e outras matrizes de amostra complexas possvel sem preparao da amostra; No necessita de instrumentos sofisticados e possvel processar diversas amostras (at 40) sob condies idnticas; a separao bidimensional simples, utilizando duas fases mveis distintas em diferentes direes, fornece uma qualidade de separao nica.

Desvantagens da TLC A preparao das placas complicada; A quantificao possvel, mas implica elevados custos financeiros;

Resposta 2: Os mtodos de revelao no destrutivos so: radiao UV-Vis e vapores de iodo. O mtodo de revelao destrutivo a pulverizao com a soluo de vanilina.

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Concluso Neste trabalho, foi-nos possvel fazer a separao dos componentes do leo essencial do eucalipto com base na cromatografia em coluna e com base na cromatografia em camada fina fazer a respectiva identificao, entretanto, os valores de Rf da amostra bastante prximo do valor de Rf do padro, que so 0,93 e 0,90 respectivamente. Por conseguinte, foi-nos possvel isolar e identificar o (S)-(-)-Citronellal com base nestas duas tcnicas cromatogrficas.

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Referncias Bibliogrficas [1] ROQUE, Francisco; Cromatografia TLQ 2; disponvel em:

http://froque.no.sapo.pt/CROMATOGRAFIA-TLQ2.pdf; acesso no dia 1 de Setembro de 2011. [2] Postado por GForum; Cromatografia; disponvel em:

http://www.gforum.tv/board/552/213174/cromatografia.html; acesso no dia 1 de Setembro de 2011. [3] Annimo 1, Qumica Orgnica Experimental IA, disponvel em:

http://www.iq.ufrgs.br/dqo/poligrafos/Poligrafo_QUI_02004_2011_1.pdf, acesso no dia 1 de Setembro de 2011. [4] http://www.spq.pt/olimpiadas/docs/2007Pratica.pdf [5] Postado por Wikipedia; Cromatografia; disponvel em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cromatografia; acesso no dia 1 de Setembro de 2011. [6] DEGANI, Ana Luiza G.; CASS, Quezia B.; VIEIRA, Paulo C.; Cromatografia Um Breve Ensaio; disponvel em:

http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/atual.pdf; acesso no dia 1 de Setembro de 2011. [7] Annimo 2; Eucalipto; disponvel em:

http://www.jesusvoltara.com.br/saude2/04_eucalipto.htm; acesso no dia 1 de Setembro de 2011

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