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ABNT/CB-02 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014 NÃO TEM VALOR NORMATIVO 1/45 Acústica Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas habitadas Aplicação de uso geral APRESENTAÇÃO 1) Este Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo de Desempenho Acústico de Edificações (CE-02:135.01) do Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), nas reuniões de: .. 2) Este Projeto de Revisão é previsto para cancelar e substituir a edição anterior (ABNT NBR 10151:2000), quando aprovado, sendo que nesse ínterim a referida norma continua em vigor; 3) Não tem valor normativo; 4) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta informação em seus comentários, com documentação comprobatória; 5) Este Projeto de Norma será diagramado conforme as regras de editoração da ABNT quando de sua publicação como Norma Brasileira; 13.06.2012 12.07.2012 13.07.2012 02.08.2012 03.08.2012 13.08.2012 14.08.2012 30.08.2012 31.08.2012 17.09.2012 18.09.2012 19-12-2012 20.12.2012 05.02.2013 06.02.2013 19.03.2013 20.03.2013 09.05.2013 10.05.2013 20.02.2014 01.04.2014 02.04.2014 19.05.2014 20.05.2014 04.08.2014 05.08.2014 25.08.2014 26.08.2014 24.10.2014 --

Acústica Medição e avaliação de níveis de pressão sonora ... · VALLOUREC TUBOS NO BRASIL Paula França . ... 11 RELATÓRIO DE MEDIÇÃO E ... Recomenda-se ao poder público

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ABNT/CB-02

PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 1/45

Acústica – Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas habitadas –

Aplicação de uso geral

APRESENTAÇÃO

1) Este Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo de Desempenho

Acústico de Edificações (CE-02:135.01) do Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02),

nas reuniões de:

..

2) Este Projeto de Revisão é previsto para cancelar e substituir a edição anterior (ABNT NBR

10151:2000), quando aprovado, sendo que nesse ínterim a referida norma continua em vigor;

3) Não tem valor normativo;

4) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta

informação em seus comentários, com documentação comprobatória;

5) Este Projeto de Norma será diagramado conforme as regras de editoração da ABNT quando

de sua publicação como Norma Brasileira;

13.06.2012 12.07.2012 13.07.2012

02.08.2012 03.08.2012 13.08.2012

14.08.2012 30.08.2012 31.08.2012

17.09.2012 18.09.2012 19-12-2012

20.12.2012 05.02.2013 06.02.2013

19.03.2013 20.03.2013 09.05.2013

10.05.2013 20.02.2014 01.04.2014

02.04.2014 19.05.2014 20.05.2014

04.08.2014 05.08.2014 25.08.2014

26.08.2014 24.10.2014 --

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NÃO TEM VALOR NORMATIVO 2/45

6) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:

PARTICIPANTE REPRESENTANTE

ABCR – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONCESSIONÁRIAS

DE RODOVIAS Fabio A. Amaral Filho

ABCR – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONCESSIONÁRIAS

DE RODOVIAS Nilo Horn

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Álvaro Luiz Borges de Almeida

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Paulo Eduardo Fonseca de

Campos

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Rose de Lima

ABRAVIDRO Clelia E. Bassetto

ACITAL ACÚSTICA Victor Zimmermann Junior

ACOEM Kevin Jacques Yves Cormier

ACÚSTICA ENGENHARIA Schaia Akkerman

AFEAÇO – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE

ESQUADRIAS DE AÇO Robson Campos de Souza

ALL – AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA Evandro Abreu de Souza

ANTF – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTE

FERROVIÁRIO Ellen Regina G. Martins

ANTF – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTE

FERROVIÁRIO Mário Machado Barcellos

AUDIUM Débora Miranda Barretto

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NÃO TEM VALOR NORMATIVO 3/45

CEBRACE Carolina Antonucci Pimenta

CEMIG – COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS Witer Augusto de Paula

CETESB João Luiz do Nascimento

CETESB Jozemar Barreto Oliveira

CETESB Maria Cristina Poli

CETESB Regina Celeste Martini

CIA AMBIENTAL Giacomo Gustavo Wosniacki

CLB ENGENHARIA Maria Luiza R. Belderrain

CPTM – COMPANHIA PAULISTA DE TRANSPORTE

METROPOLITANO Raul Merino Vicentini

CSN – COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL João Luiz Rodrigues do

Nascimento

DOCOL PLINIO GRISOLIA

EZTEC Samuel Gosch

FCA – FERROVIA CENTRO ATLÂNTICA Bárbara Moreno

FIEP – FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO

PARANÁ Rosaine Falleiro

FIESP - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO

PAULO

FIRJAN - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

FHAIDAR ENGENHARIA Fernando Henrique Aidar

GINER José Carlos Giner

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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 4/45

GROM Gilberto Fuchs de Jesus

GYPSUM DRYWALL Rosangela Ciarcia

HARMONIA Davi Akkerman

IBAMA – INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE /

SUPERINTENDÊNCIA DO RIO DE JANEIRO Silvania M. Gonsalves

INFRAERO – EMPRESA BRASILEIRA DE INFRAESTRUTURA

AEROPORTUÁRIA Ivone N. Silva

INMETRO – INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA,

QUALIDADE E TECNOLOGIA Marco Nabuco

INMETRO – INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA,

QUALIDADE E TECNOLOGIA Paulo Massarani

INMETRO – INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA,

QUALIDADE E TECNOLOGIA Ricardo Luis D’avila Villela

INMETRO – INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA,

QUALIDADE E TECNOLOGIA Zemar M. D. Soares

IPT – INSTITUTO DE PESQUISA TECNOLÓGICA/SP Peter Joseph Barry

ISOVER Fernando Neves Caffaro

ITEC Michele Gleice da Silva

JUNSEAL ESP. Francisco Stribl

J. S DE ALMEIDA ASSESSORIA CONSULTORIA EM

PROJETOS AMBIENTAIS Jorge Soares de Almeida

KNAUF AMF Paula Epíscopo Onizzolo

MEXICHEM Claudilene Carvalho

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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 5/45

METRÔ – SP Helder José Ribeiro Soares

METRÔ – SP Luiz Augusto Santos Taqueda

dB Laboratório de Engenharia Acústica Saulo de Freitas Gonçalves

MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO Robson Spinelli Gomes

MRS LOGÍSTICA Rosana P. Rezende

PARTICULAR/AUTÔNOMA Maria de Fátima F. Neto

PARTICULAR/AUTÔNOMA Ranny L. X. N. Michalski

PARTICULAR/AUTÔNOMO Leonardo Cardoso

PMSA-SEMASA – SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE DE

SANTO ANDRÉ Luiz Fernando Belettato

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO Miriam Fontana

PREFEITURA DE BETIM Anderson Aguilar

PROACÚSTICA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA A

QUALIDADE ACÚSTICA Juan Frias

SECOVI/SP – SINDICATO DA HABITAÇÃO DE SÃO PAULO Ronaldo Sá

SINDUSCON-PR – SINDICATO DA CONSTRUÇÃO/PR Ivanor Fantin Jr.

SINDUSCON-SP – SINDICATO DA CONSTRUÇÃO/SP Alexandre Scola

SOBRAC – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ACÚSTICA Krisdany Vinícius S. M. Cavalcante

UFSM – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA Dinara Xavier da Paixão

TECNISA Luiz H. LUIZ

TOTAL SAFETY Daniel F. Bondarenco

Zajarkiewicch

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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 6/45

TOTAL SAFETY Enrique Bondarenco

UFMG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAL Marco Antônio M. Vecci

UFPA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ Elcione M. Lobato de Moraes

UFRJ – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Ricardo E. Musafir

UNICAMP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Stelamaris R. Bertoli

USP – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Eliseu de Souza Genari

USP – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO João Gualberto de A. Baring

VALE S.A. Claudio Zillig Godtsfriedt

VALLOUREC TUBOS NO BRASIL Paula França

ABNT/CB-02

PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 7/45

Sumário

1 ESCOPO 11

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS 11

3 TERMOS E DEFINIÇÕES 12

4 SÍMBOLOS 12

5 INSTRUMENTAÇÃO 13

5.1 Sonômetro (medidor integrador de nível sonoro) 13

5.2 Calibrador sonoro 14 5.3 Microfone 14

6 CALIBRAÇÃO 14

7 PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO 15

7.1 Ajuste em campo 15 7.2 Condições ambientais 16

7.3 Posição do ponto de medição 16 7.3.1 Medições em ambientes externos a edificações 17

7.3.2 Medições em ambientes internos a edificações 17

7.4 Tempo de medição e tempo de integração 18

7.5 Descritores de níveis sonoros 19 7.5.1 Nível de pressão sonora equivalente, no espectro amplo ponderado em A (LAeq,T) 19

7.5.2 Nível de pressão sonora com ponderação em frequência A e temporal F (LAF) 19

7.5.3 Nível equivalente de pressão sonora nas frequências centrais das bandas de 1/3 de oitava 19

7.5.4 Níveis de pressão sonora representativos de períodos completos – Ld, Ln e Ldn 19

8 MÉTODOS DE MEDIÇÃO 20

8.1 Método simplificado 20 8.2 Método detalhado 21

8.3 Método de monitoramento de longa duração 21

9 INCERTEZA DE MEDIÇÃO 22

10 AVALIAÇÃO SONORA 22

10.1 Períodos horários 22 10.2 Avaliação de som contínuo ou intermitente 22

10.2.1 Determinação do nível de pressão sonora total 22

10.2.2 Determinação do nível de pressão sonora residual 22

10.2.3 Determinação de um som específico 23

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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 8/45

a. Som específico predominante 23

b. Som específico não predominante 23

c. Nível de pressão sonora específico não determinável 23

10.3 Avaliação de som impulsivo 24 10.4 Avaliação de som tonal 24 10.5 Avaliação sonora em ambientes internos a edificações 24

10.6 Avaliação sonora de impacto ambiental 25 10.6.1 Avaliação pelo método simplificado 25

10.6.2 Avaliação pelo método detalhado 26

10.6.3 Avaliação pelo método de monitoramento de longa duração 27

11 RELATÓRIO DE MEDIÇÃO E AVALIAÇÃO 27

Anexo A 29

Certificados de calibração 29

Anexo B 31

Cálculo da incerteza expandida de medição 31

Anexo C 33

Método objetivo para a avaliação da audibilidade de som tonal 33

Anexo D 42

Exemplos de localização de pontos de medição 42

Anexo E 43

Cálculo do Lden 43

Anexo F 44

Cálculo dos índices k e DL 44

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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 9/45

Acústica – Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas habitadas –

Aplicação de uso geral

Acoustics – Measurement and evaluation of sound pressure levels in outdoor environments –

Application of general use

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas

Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos

de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são

elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas

fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope

This Standard establishes:

─ procedure for measuring outdoor sound pressure levels;

─ procedure for evaluating outdoor sounds according to the land use;

─ limits of sound levels for acoustics studies and projects of urban environments due to land use.

This Standard does not apply to:

─ Assessment of occupational noise.

The measurement and evaluation of indoor sound pressure levels should be conducted according to

ABNT NBR 10152.

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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 10/45

INTRODUÇÃO

Esta Norma estabelece os procedimentos técnicos a serem adotados na execução de medições de

níveis de pressão sonora em ambientes externos e internos a edificações, bem como procedimentos e

limites para avaliação dos resultados em função da finalidade de uso e ocupação do solo.

Os limites de avaliação e planejamento apresentados nessa Norma são estabelecidos de acordo com a

finalidade de uso e ocupação do solo no local onde a medição for executada, visando à saúde humana

e ao sossego público.

Recomenda-se ao poder público a adoção de tais limites de níveis sonoros para a regulamentação do

parcelamento e uso do solo, de modo a caracterizar os ambientes sonoros em áreas habitadas,

compatíveis com as diferentes atividades e a sadia qualidade de vida da população.

Essa revisão foi motivada pela necessidade de harmonizar os procedimentos técnicos a serem

adotados nas seguintes aplicações:

Medições dos níveis de pressão sonora em ambientes externos às edificações, independentemente

das fontes sonoras contribuintes.

Medições de níveis de pressão sonora em ambientes internos às edificações decorrentes de

reclamações de fontes sonoras, independentemente da localização da fonte.

Avaliação sonora de impacto ambiental de empreendimentos, instalações e eventos em áreas

habitadas, independentemente da existência de reclamações.

Apoio ao poder público no processo de gestão e fiscalização de poluição sonora.

Elaboração de estudo e projeto acústico de empreendimento, instalação e evento a ser implantado

em uma delimitada área, compatibilizando sua inserção na paisagem sonora do local.

Orientação ao planejamento urbano de uso e ocupação do solo para efeito de controle da poluição

sonora.

Orientação para classificação sonora de áreas destinadas a empreendimentos residenciais face as

diretrizes da norma de desempenho de edificações ABNT NBR 15575-4.

ABNT/CB-02

PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

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1 ESCOPO

Esta Norma estabelece:

procedimento para execução de medições de níveis de pressão sonora em ambientes externos a

edificações.

procedimento para execução de medições de níveis de pressão sonora em ambientes internos à

edificações decorrentes de reclamações de fontes sonoras com transmissão sonora aérea e

estrutural, em função da localização da fonte.

procedimento para avaliação sonora de ambientes externos a edificações, em função da finalidade

de uso e ocupação do solo.

Procedimento para avaliação de ambientes internos a edificações, decorrente de reclamações de

fontes sonoras.

procedimento para avaliação de som total, específico e residual.

procedimento para avaliação de som tonal, impulsivo, intermitente e contínuo.

limites de níveis de pressão sonora para ambientes externos a edificações, em áreas destinadas a

ocupação humana, em função da finalidade de uso e ocupação do solo.

Esta Norma não se aplica a:

avaliação do nível de exposição ocupacional.

equipamentos prediais e hidrossanitários de uma edificação. Nestes casos devem ser aplicadas

normas técnicas brasileiras específicas.

medição e avaliação de impacto ambiental decorrente do uso de explosivos nas minerações em

áreas urbanas, a qual devem ser executadas conforme a Norma ABNT NBR 9653.

A medição e avaliação acústica decorrente de fontes sonoras de sistemas de transporte (aeroviário,

aquaviário, ferroviário, metroviário e rodoviário) deve ser avaliada conforme norma técnica brasileira

específica, PN XXXX.

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para

referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se

as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

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ABNT NBR 9653, Guia para avaliação dos efeitos provocados pelo uso de explosivos nas minerações

em áreas urbanas

IEC 60942, Sound calibrators

IEC 61094-4, Measurement microphones – Part 4: Specification for working standard microphones

IEC 61094-6, Measurement microphones – Part 6: Electrostatic actuators for determination of

frequency response

IEC 61260, Electroacoustics – Octave-band and fractional octave-band filters

IEC 61672-1, Electroacoustics – Sound level meters – Part 1: Specifications

IEC 61672-2, Electroacoustics – Sound level meters – Part 2: Pattern evaluation tests

IEC 61672-3, Electroacoustics – Sound level meters – Part 3: Periodic tests

3 TERMOS E DEFINIÇÕES

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições do projeto de norma técnica

ABNT PN 196.000.00-001 – Acústica – Terminologia.

NOTA Esta norma foi elaborada em conformidade ao Vocabulário Internacional de Metrologia – VIM [8]

4 SÍMBOLOS

Para os efeitos desta Norma, são considerados os símbolos da Tabela 1.

O nível de pressão sonora é expresso em dB.

O acréscimo de um pós-escrito para indicar a ponderação em frequência, por exemplo, dB(A), é

incorreto. Esta informação deve ser incluída no símbolo de grandeza, por exemplo LAeq.

NOTA 1 Esta orientação é uma a tradução da ISO 80000-8 (8-22a) – “NOTE: The addition of a

postscript to indicate the frequency weighting, e.g. dB(A), is incorrect. This information should be carried

by the quantity symbol”. [8]

NOTA 2 Esta representação está conforme ao Quadro Geral de Unidades de Medida no Brasil, item

3.4.1. [9]

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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

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Tabela 1 – Símbolos para níveis de pressão sonora

Grandeza Símbolo

Nível de pressão sonora de ponderado em A e em F LAF

Nível equivalente de pressão sonora ponderada em A em um tempo T LAeq,T

Nível equivalente de pressão sonora na banda de 1/3 de oitava de

frequência nominal f Hz Leq(f Hz)

EXEMPLOS

LAeq,30s = 45,6 dB, onde T = 30 s

LAF = 45,6 dB

Leq(8 kHz) = 45,6 dB, onde f = 8 kHz

5 INSTRUMENTAÇÃO

Para aplicação desta Norma, o microfone e o sonômetro devem atender aos critérios da IEC 61094,

IEC 61260 e IEC 61672 para faixa de medição dos níveis de pressão sonora de pelo menos 20 dB a

120 dB (Ref. 20 µPa). Os filtros de 1/3 de oitava devem abranger o espectro sonoro de pelo menos 50

Hz a 10 kHz.

5.1 Sonômetro (medidor integrador de nível sonoro)

O sonômetro deve atender à IEC 61672, para a Classe 1 ou Classe 2.

Para medição e caracterização de som tonal, o sonômetro deve possuir filtros de 1/3 de oitava.

Os filtros de 1/3 de oitava devem atender à IEC 61260, para a Classe 0 ou Classe 1.

As medições de níveis de pressão sonora devem ser realizadas com um sonômetro integrador (medidor

integrador de nível sonoro), com o protetor de vento acoplado ao microfone.

Deve ser executada a correção da influência dos efeitos do protetor de vento na resposta em frequência

do microfone, conforme instrução do fabricante para o modelo do protetor de vento utilizado.

NOTA 1 A IEC 61672 denomina o instrumento como Sound Level Meter, na língua inglesa, e

Sonomètre, na língua francesa. A NP ISO 1996 utiliza a denominação Sonómetro (ver Bibliografia [3],

[4], [5] e [6]).

NOTA 2 Recomenda-se a utilização de sonômetro cujo modelo tenha sido comprovadamente

aprovado, conforme a IEC 61672-2.

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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

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NOTA 3 Opcionalmente ao uso de um sonômetro pode-se utilizar um sistema de medição de nível de

pressão sonora constituído por: microfone, cabos e conectores, placa de aquisição de dados, hardware

e software, desde que o sistema de medição de nível de pressão sonora atenda às especificações da

IEC 61672.

NOTA 4 A IEC 60651 e a IEC 60804 foram canceladas e substituídas pela IEC 61672 (partes 1, 2 e 3) e a IEC 60225 foi cancelada e substituída pela IEC 61260.

5.2 Calibrador sonoro

O calibrador sonoro deve atender à IEC 60942, para a Classe 1.

Quando o sonômetro utilizado for de Classe 2, o calibrador sonoro pode ser de Classe 2.

O conjunto de instrumentos, sonômetro, microfone e calibrador sonoro, deve ser aquele indicado pelo

fabricante, de acordo com a aprovação de modelo, em conformidade com a IEC 61672-2.

5.3 Microfone

O microfone de medição deve atender à IEC 61094-4.

O par de instrumentos, sonômetro e microfone, deve ser aquele indicado pelo fabricante, de acordo com

a aprovação de modelo, em conformidade com a IEC 61672-2.

6 CALIBRAÇÃO

O conjunto de instrumentos referidos em 5.1, 5.2 e 5.3 deve ser calibrado por laboratório acreditado,

membro da Rede Brasileira de Calibração – RBC, ou pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e

Tecnologia – INMETRO, ou por laboratório de calibração, em outros países, acreditado em rede

reconhecida por acordo oficial brasileiro de reconhecimento mútuo (ILAC).

O sonômetro e o microfone devem ser calibrados para operação em campo livre.

Pode ser utilizado sonômetro cujo modelo tenha sido aprovado pela IEC 60651 e IEC 60804 para Tipo 0 ou Tipo 1, desde que atenda ao regulamento nº 58 da Organização Internacional de Metrologia Legal.

As informações mínimas que devem constar nos certificados de calibração são aquelas apresentadas no Anexo A.

A periodicidade de calibração deve ser estabelecida com base nas recomendações do fabricante, podendo ser estendida até 24 meses, desde que justificado com base no histórico de dados de calibrações anteriores ou verificações intermediárias.

Calibrações devem ser realizadas após qualquer evento que possa produzir dano aos instrumentos, sempre que o instrumento sofrer manutenção corretiva e sempre que a variação entre ajustes indicar instabilidade.

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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

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Quando o resultado de algum parâmetro, apresentado no certificado de calibração, não atender aos requisitos da respectiva norma IEC, o instrumento não deve ser utilizado. Caso seja realizada manutenção corretiva, o instrumento poderá ser novamente utilizado, desde que comprovada sua eficiência após nova calibração de todos os parâmetros.

NOTA 1 Recomenda-se consultar a ABNT NBR ISO 10012 Requisitos para os processos de medição e equipamento de medição.

NOTA 2 A periodicidade de calibração inferior a 24 meses pode ser necessária em função da frequência de uso ou das condições ambientais de operação dos instrumentos.

7 PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO

7.1 Ajuste em campo

O sonômetro deve ser ajustado, com o calibrador sonoro acoplado ao microfone, imediatamente antes

de cada série de medições.

NOTA O sistema de calibração elétrica interno do sonômetro, disponível em alguns modelos, não

substitui o uso do calibrador sonoro.

O ajuste do sonômetro deve ser realizado com o valor indicado no certificado de calibração mais recente do calibrador sonoro, aplicada a devida correção do tipo de microfone, conforme orientações do fabricante.

O microfone, o sonômetro e o calibrador sonoro devem ser compatíveis, conforme especificação do fabricante.

O ajuste do sonômetro deve ser realizado nas condições ambientais do local da medição desde que isento de interferências sonoras que possam influenciar o ajuste.

Ao final de uma série de medições, no ambiente avaliado, deve ser lido o nível de pressão sonora com o calibrador sonoro ligado e acoplado ao microfone. Se a diferença entre a leitura e o valor ajustado inicialmente for superior a +0,5 dB ou inferior a -0,5 dB, os resultados devem ser descartados e novas medições devem ser realizadas.

NOTA A depender do conjunto de instrumentos a ser utilizado e do tempo de medição, recomenda-se a realização de ajustes intermediários, como por exemplo, a cada uma hora.

Em monitoramento de período completo ou de longa duração, verificações elétricas podem ser utilizadas para extensão do intervalo entre ajustes com o uso do calibrador sonoro, desde que essa tecnologia esteja incorporada no sonômetro ou sistema de medição e as orientações do fabricante sejam atendidas.

As verificações elétricas devem ser realizadas pelo menos duas vezes ao dia em intervalos regulares.

As verificações elétricas e sua contribuição na incerteza do resultado da medição sonora devem ser validadas através do ajuste com calibrador sonoro e do monitoramento da pressão atmosférica e temperatura ambiente.

NOTA Recomenda-se que, no monitoramento de período completo ou de longa duração, a regulagem com o calibrador sonoro acoplado ao microfone seja realizada no máximo a cada 30 dias.

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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10151 MAI 2014

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7.2 Condições ambientais

As medições não devem ser realizadas quando condições ambientais adversas de vento, temperatura, umidade relativa do ar, precipitações pluviométricas ou trovoadas, interferirem nos resultados ou não atenderem às especificações das condições de operação dos instrumentos de medição estabelecidas pelos fabricantes.

Caso seja necessário executar as medições sob condições ambientais adversas, devem constar no relatório os parâmetros ambientais registrados durante a medição.

Medições e monitoramentos sob condições ambientais extremas (ventos, temperatura, umidade relativa do ar e precipitações pluviométricas) devem ser realizadas com instrumentação e acessórios apropriados, especificados pelo fabricante do sonômetro.

Para monitoramento sonoro de período completo ou de longa duração as condições ambientais

(temperatura, umidade relativa do ar, ventos e precipitação pluviométrica) devem ser monitoradas e

consideradas na análise e tratamento dos resultados. Devem ser descartados os resultados medidos

sob precipitação pluviométrica, ventos acima de 5 m/s, temperatura ou umidade relativa do ar fora das

faixas das condições de operação especificadas pelo fabricante.

NOTA 1 A influência do vento sobre o microfone, mesmo com o uso do protetor de vento, é significativa quando a velocidade for superior a 5 m/s.

NOTA 2 Sonômetros de Classe 2, conforme a Norma IEC 61672-1:2003, devem ser operados na faixa de temperatura entre 0 ºC e + 40 ºC.

7.3 Posição do ponto de medição

Nas medições executadas no nível do solo, o microfone deve ser posicionado entre 1,2 m e 1,5 m do

mesmo.

Nas medições executadas em alturas superiores a 1,5 m do solo, a altura ou o pavimento de uma

edificação onde a medição for executada deve ser declarada no relatório.

No monitoramento sonoro de longa duração ou de período completo e nas medições para fins de

planejamento urbano, com o uso de estações de monitoramento sonoro, recomenda-se que o microfone

seja posicionado a pelo menos 4 m do solo.

A avaliação sonora de impacto ambiental de um empreendimento deve ser realizada fora dos limites da

propriedade.

A avaliação sonora decorrente de reclamações deve ser realizada, conforme o item 7.3.2 desta Norma,

junto à localização do reclamante.

Quando não for possível assegurar as distâncias mínimas previstas nesta Norma, deve-se informar no

relatório as condições de execução das medições.

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NOTA O Anexo D apresenta exemplos para a localização de pontos de medição.

7.3.1 Medições em ambientes externos a edificações

O microfone deve ser posicionado distante pelo menos 2 m de paredes, muros, veículos ou outros objetos que possam refletir as ondas sonoras.

A execução de medição na posição em campo livre pode ser realizada com uma haste acessória ou um dispositivo de fixação, assegurando que o microfone permaneça posicionado distante a pelo menos 2 m da fachada da edificação e de qualquer outra superfície refletora. Deve-se assegurar que o microfone não sofra vibrações durante a medição para não haver influência nos resultados.

A medição com uso da haste ou do dispositivo de fixação e do cabo de extensão entre o microfone e o sonômetro somente pode ser realizada quando o sonômetro tiver seu modelo aprovado pela IEC 61672--2 para esta condição de uso e o certificado de calibração contemplar esta condição. O ajuste do sonômetro deve ser realizado com o uso do cabo de extensão entre o sonômetro e o microfone.

Opcionalmente, a medição do nível de pressão sonora externo, rente à fachada de uma edificação, pode ser realizada conforme ISO 1996 (todas as partes).

7.3.2 Medições em ambientes internos a edificações

Na impossibilidade de realizar medições externas à edificação, podem ser realizadas medições em ambientes internos à edificação.

a) Transmissão sonora aérea

Para situações de transmissão sonora apenas por via aérea, as medições devem ser realizadas com as esquadrias, da fachada, abertas, e em pelo menos três pontos de medição distribuídos pelo ambiente interno a ser avaliado, preferencialmente em alturas diferentes.

Os pontos de medição devem ser distribuídos de modo a possibilitar a representação do campo sonoro do ambiente interno em avaliação.

Os pontos de medição devem se situar pelo menos a 1 m distante das paredes, teto, piso, mobiliários e de elementos com significativa transmissão sonora, tais como janelas, portas ou entradas de ar.

A distância entre os pontos deve ser de pelo menos 0,7 m.

NOTA Quando a área do ambiente a ser avaliado for superior a 30 m2

recomenda-se aumentar um ponto de medição a cada 30 m

2 adicionais da área do ambiente.

Quando não for possível assegurar as distâncias mínimas previstas nesta Norma, deve-se informar no relatório as condições de execução das medições.

(O texto em “corte” foi transcrito para o capitulo 10 desta Norma)

O nível de pressão sonora externo (Lext.) é obtido a partir do nível de pressão interno (Lint.) corrigido pelas características do ambiente e do desempenho acústico da edificação, conforme a equação:

DLkLLext .int.

onde Lext. = nível de pressão sonora equivalente ponderado em A (LAex), externo, expresso em dB;

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Lint. = nível de pressão sonora equivalente ponderado em A (LAeq), interno, expresso em dB;

k = índice de reverberação, expresso em (dB);

DL = diferença de nível sonoro externo e interno, com janela aberta.

O índice de reverberação k pode ser calculado conforme o ANEXO ?. Na impossibilidade de se calcular o índice k, pode ser adotado k = 0 quando o ambiente não for reverberante e k = 5 quando o ambiente for reverberante.

NOTA Os valores de k = 0 e k = 5 foram extraídos das tabelas 2 e 3 da Norma ISO 10052:2004.

A diferença de nível sonoro externo e interno (DL) pode ser medida em outro ambiente da mesma edificação, com as mesmas características e elementos de fachada, conforme ANEXO ?, independentemente da fonte sonora objeto de medição e avaliação. Caso não seja possível medir, deve-se adotar DL = 5.

NOTA Pesquisas demonstram que DL = 5 corresponde ao menor valor medido para as características típicas de construção civil.

b) Transmissão sonora estrutural

Para situações de transmissão sonora por via estrutural da própria edificação onde localiza-se o ambiente onde são realizadas as medições, estas devem ser realizadas com as esquadrias, da fachada, fechadas, seguindo o método de medição apresentado na ABNT NBR 10152.

(O texto em “corte” foi transcrito para o capitulo 10 desta Norma)

Deve-se avaliar o nível de pressão sonora em bandas de 1/1 de oitavas e identificar as respectivas curvas NC para as condições do nível de pressão sonora residual e do nível de pressão sonora associado a fonte sonora objeto de avaliação.

Considera-se a ocorrência de influência sonora por via estrutural, quando a curva NC do som específico for superior a curva NC do som residual em 5 dB.

7.4 Tempo de medição e tempo de integração

O tempo de medição em cada ponto deve ser definido de modo a abranger as variações sonoras

significativas ao ambiente objeto de avaliação.

Quando o objetivo for avaliar um conjunto de eventos sonoros, o tempo de medição deve ser

representativo do funcionamento da fonte sonora objeto de avaliação e deve abranger as variações

significativas das condições de emissão e de propagação sonora.

Se as emissões sonoras apresentarem variações cíclicas, o tempo de medição deverá abranger pelo menos um ciclo completo. Caso não seja possível medir o ciclo completo, devem ser efetuadas medições parciais que o representem.

O tempo de integração T pode variar de 1 s até o próprio tempo de medição.

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Nas medições em ambientes internos, quando a fonte sonora gerar um som contínuo ou intermitente, o tempo de medição em cada um dos pontos deve ser de pelo menos 30 s e contemplar um ou mais ciclos inteiros de funcionamento da fonte sonora.

O tempo de medição e o tempo de integração devem ser informados no relatório.

7.5 Descritores de níveis sonoros

7.5.1 Nível de pressão sonora equivalente, no espectro amplo ponderado em A (LAeq,T)

O nível de pressão sonora equivalente, no espectro amplo ponderado em A pode ser obtido diretamente

por integração no tempo T (LAeq,T) ou pela média logarítmica de resultados de LAeq,1s e o resultado

expresso através do descritor LAeq em dB.

7.5.2 Nível de pressão sonora com ponderação em frequência A e temporal F (LAF)

Nível de pressão sonora global com ponderação em frequência A e temporal F expresso através do

descritor LAF em dB.

7.5.3 Nível equivalente de pressão sonora nas frequências centrais das bandas de 1/3 de oitava

As medições nas bandas de 1/3 de oitava devem ser executadas pelo menos nas bandas de frequências centrais nominais de: 50 Hz, 63 Hz, 80 Hz, 100 Hz, 125 Hz, 160 Hz, 200 Hz, 250 Hz, 315 Hz, 400 Hz, 500 Hz, 630 Hz, 800 Hz, 1 kHz, 1,25 kHz, 1,6 kHz, 2 kHz, 2,5 kHz, 3,15 kHz, 4 kHz, 5 kHz, 6,3 kHz, 8 kHz e 10 kHz.

O nível equivalente em cada banda de 1/3 de oitava deve ser medido na ponderação em frequência Z, conforme IEC 61672-1.

7.5.4 Níveis de pressão sonora representativos de períodos completos – Ld, Ln e Ldn

O Ld caracteriza o nível equivalente de pressão sonora, ponderado em A (LAeq) para o período diurno.

O Ln caracteriza o nível equivalente de pressão sonora, ponderado em A (LAeq) para o período noturno.

O Ldn caracteriza o nível equivalente de pressão sonora, ponderado em A, para um período de 24 h.

O Ld e o Ln são determinados pelos resultados de medições do LAeq,T medido ao longo dos períodos

diurno e noturno, respectivamente, ou medido em intervalos de tempo em condições sonoras

representativas desses períodos.

O Ldn é determinado pelo resultado da média logarítmica ponderada dos resultados de Ld e Ln, conforme

equação [1]:

(

)

[1]

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onde

d é o número de horas do período diurno

n é o número de horas do período noturno

d + n = 24h

k é a diferença aritmética entre o RLAeq diurno e o RLAeq noturno.

8 MÉTODOS DE MEDIÇÃO

Para fins de avaliação sonora de impacto ambiental de empreendimentos, instalações e eventos,

independentemente da existência de reclamações, as medições devem ser realizadas obrigatoriamente

em áreas habitadas vizinhas ao empreendimento. Quando não houver áreas habitadas as medições

podem ser realizadas apenas nas áreas mais próximas ao empreendimento, conforme 7.3.

Para fins de planejamento urbano, as medições devem ser realizadas preferencialmente em áreas e

vias públicas, tais como praças, calçadas e margem dos sistemas viários, conforme 7.3.

Para fins de avaliação de incidência sonora na fachada de edificações as medições devem ser

realizadas conforme 7.3.1.

NOTA 1 Não havendo edificação existente no local não é possível executar medição conforme 7.3.1.

NOTA 2 Até o momento da elaboração desta norma não há norma técnica brasileira que oriente a elaboração de

cálculos ou mapa acústico ambiental. Até que sejam publicadas normas brasileiras específicas, recomenda-se

adoção da ISO 9613.

Para fins de avaliação de incidência sonora no interior de edificações as medições devem ser realizadas

conforme 7.3.2.

8.1 Método simplificado

O método simplificado é utilizado na avaliação com base na análise do nível de pressão sonora global,

medidos em ambientes externos ou internos às edificações, para identificação e caracterização de sons

contínuos ou intermitentes.

O ajuste do sonômetro deve ser realizado conforme 7.1.

As condições ambientais devem atender ao prescrito em 7.2.

Observadas as características do local a ser avaliado, os pontos de medição devem ser distribuídos conforme descrito em 7.3.

O tempo de medição deve ser definido conforme prescrito em 7.4.

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As medições de níveis de pressão sonora devem ser realizadas para o descritor LAeq,T, previsto em

7.5.1.

NOTA As medições por integração direta podem ser realizadas com o recurso da tecla de pausa do sonômetro de

modo a assegurar que não ocorram sons intrusivos sobre o resultado da medição.

8.2 Método detalhado

O método detalhado é utilizado para avaliação, com base na análise do nível de pressão sonora global

e espectral nas bandas de 1/3 de oitava, em ambientes externos ou internos às edificações, para

identificação e caracterização de sons contínuos, intermitentes, tonais ou impulsivos.

O método detalhado pode ser aplicado também com o registro da variação dos níveis de pressão

sonora ao longo do tempo de medição. Neste caso, o tempo de integração recomendado pode ser de

pelo menos 1 s para registro ao longo da medição.

O ajuste do sonômetro deve ser realizado conforme 7.1.

As condições ambientais devem atender ao prescrito em 7.2.

Observadas as características do local a ser avaliado, os pontos de medição devem ser distribuídos

conforme descrito em 7.3.

O tempo de medição deve ser definido conforme descrito em 7.4.

As medições de níveis de pressão sonora devem ser realizadas para os descritores especificados em

7.5.1, 7.5.2 e 7.5.3.

8.3 Método de monitoramento de longa duração

Este método é aplicável ao monitoramento sonoro de longa duração ou de período completo,

recomendável para fins de planejamento urbano e monitoramento por 24h.

O ajuste deve ser realizado conforme 7.1.

As condições ambientais devem atender ao prescrito em 7.2.

A instalação do microfone no ponto de monitoramento deve ser realizada conforme prescrito em 7.3.

Os descritores Ld, Ln e Ldn previstos no item 7.5.4 devem ser considerados.

Podem ser registrados, em intervalos regulares de tempo, os resultados dos níveis de pressão sonora

para outros descritores, tais como os previstos em 7.5.1, 7.5.2 e 7.5.3.

Recomenda-se a gravação de áudio para a identificação, durante análise dos dados, de sons

específicos e sons intrusivos que se destacarem do som residual e no som total.

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9 INCERTEZA DE MEDIÇÃO

Para aplicação desta Norma, a incerteza de medição deve ser expressa conforme o Guia para

Expressão da Incerteza de Medição. [x]

A incerteza expandida de medição ( deve ser expressa para cada descritor de resultado.

O Anexo B (informativo) apresenta um método simplificado para a expressão da incerteza expandida de

medição.

10 AVALIAÇÃO SONORA

A avaliação sonora é realizada pela comparação dos níveis de pressão sonora, medidos ou calculados,

com os respectivos limites de avaliação apresentados neste capítulo.

10.1 Períodos horários

Nesta Norma são estabelecidos os períodos horários: diurno e noturno.

Os limites de horário para o período diurno e noturno da Tabela 2 podem ser definidos pelas

autoridades de acordo com os hábitos da população. Porém, o período noturno não deve começar

depois das 22h e não deve terminar antes das 7h do dia seguinte. Se o dia seguinte for domingo ou

feriado o término do período noturno não deve ser antes das 9h.

10.2 Avaliação de som contínuo ou intermitente

Para som contínuo ou intermitente a avaliação é realizada através do resultado do LAeq do som

proveniente da fonte objeto de avaliação, conforme a seguir:

10.2.1 Determinação do nível de pressão sonora total

A medição do nível de pressão sonora de um som total deve ser realizada considerando todas as

fontes sonoras contribuintes. Na ocorrência de som intrusivo durante a medição, os níveis de

pressão sonora decorrentes de sua contribuição devem ser excluídos.

10.2.2 Determinação do nível de pressão sonora residual

A medição do nível de pressão sonora de um som residual deve ser realizada assegurando que não

ocorram contribuições das fontes sonoras específicas do objeto da avaliação. Opcionalmente, desde

que seja possível demonstrar que outro ambiente apresenta características sonoras semelhantes, o

nível sonoro residual poderá ser medido neste outro ambiente.

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10.2.3 Determinação de um som específico

O nível de pressão sonora de um som específico pode ser medido diretamente, quando este for

predominante sobre as fontes sonoras residuais ou calculado indiretamente, subtraindo-se a

influência do som residual do som total.

Para caracterização de um som específico, o tempo de medição deve ser igual ou inferior ao tempo

de duração deste som específico.

a. Som específico predominante

Quando a diferença aritmética entre o nível de pressão sonora do som total e o nível de pressão

sonora do som residual for superior a 15 dB, não é necessário efetuar cálculos. O nível de pressão

sonora do som total é então validado como o nível de pressão sonora do som específico.

b. Som específico não predominante

Quando a diferença aritmética entre o nível de pressão sonora do som total e o nível de pressão

sonora do som residual for entre 3 dB e 15 dB, o nível de pressão sonora do som específico deve ser

calculado de acordo com a Equação (2):

EQUAÇÃO

⁄ (2)

onde

Lesp. é o nível de pressão sonora do som específico;

Ltotal é o nível de pressão sonora do som total;

Lresid. é o nível de pressão sonora do som residual.

c. Nível de pressão sonora específico não determinável

Se a diferença entre o nível de pressão sonora do som total e o nível de pressão sonora do som

residual for inferior a 3 dB, não é possível determinar com exatidão o nível de pressão sonora do som

específico proveniente da fonte objeto de avaliação.

Neste caso, deve ser informado no relatório a faixa de valores do nível de pressão sonora do som

específico no qual se presume que esteja contido. O limite superior e inferior da faixa deve ser

tomado respectivamente pela diferença aritmética de 3 dB e de 1 dB entre o nível total e o nível

residual.

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10.3 Avaliação de som impulsivo

A avaliação de som impulsivo é realizada, conforme 7.5.1 e 7.5.2, pela comparação entre os

resultados de LAFmax e de LAeq associado à ocorrência do som impulsivo.

Considera-se som impulsivo, independentemente do período (diurno ou noturno) e da finalidade de

uso e ocupação do solo da área avaliada, quando o resultado da subtração aritmética entre LAFmax e

LAeq for menor ou igual a 6 dB (LAFmax - LAeq ≤ 6 dB).

Quando a fonte de som impulsivo se tratar de uso de explosivos nas minerações em áreas urbanas,

a medição e a avaliação devem ser realizadas conforme ABNT NBR 9653.

10.4 Avaliação de som tonal

A avaliação de som tonal é realizada, conforme 7.5.3, pela comparação do nível de pressão sonora

equivalente de uma banda de 1/3 de oitava com os níveis de pressão sonora equivalentes nas duas

bandas de 1/3 de oitava adjacentes.

Considera-se a ocorrência de sons tonais, independentemente do período (diurno ou noturno) e da

finalidade de uso e ocupação do solo da área avaliada, quando o nível de pressão sonora

equivalente na banda de 1/3 de oitava de interesse exceder os níveis de pressão sonora

equivalentes em ambas as bandas de 1/3 de oitava adjacentes conforme a tabela 3.

Tabela 3 – Diferenças aritméticas máximas admissíveis entre bandas de 1/3 de oitavas adjacentes

Frequências centrais em bandas de 1/3 de oitavas

Diferença aritmética máxima admissível

25 Hz a 125 Hz 15 dB

160 Hz a 400 Hz 8 dB

500 Hz a 10000 Hz 5 dB

Este método pode não ser suficiente para identificar o som tonal quando este situar-se entre duas

bandas adjacentes ou quando houver som tonal em mais de uma banda adjacente. Nestes casos

recomenda-se utilizar o método previsto no Anexo C.

A avaliação de som tonal não deve ser realizada quando as medições forem executadas em

ambientes internos a edificações decorrentes de transmissão estrutural.

10.5 Avaliação sonora em ambientes internos a edificações

Na impossibilidade de realizar medições externas à edificação, podem ser realizadas medições em ambientes internos à edificação.

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a) Transmissão sonora aérea

O nível de pressão sonora externo (Lext.) é obtido a partir do nível de pressão interno (Lint.) corrigido pelas características do ambiente e do desempenho acústico da edificação, conforme a equação:

DLkLLext .int.

onde

Lext. = nível de pressão sonora equivalente ponderado em A (LAex), externo, expresso em dB;

Lint. = nível de pressão sonora equivalente ponderado em A (LAeq), interno, expresso em dB;

k = índice de reverberação, expresso em (dB);

DL = diferença de nível sonoro externo e interno, com janela aberta.

O índice de reverberação k pode ser calculado conforme o ANEXO F. Na impossibilidade de se calcular o índice k, pode ser adotado k = 0 quando o ambiente não for reverberante e k = 5 quando o ambiente for reverberante.

NOTA Os valores de k = 0 e k = 5 foram extraídos das tabelas 2 e 3 da Norma ISO 10052:2004.

A diferença de nível sonoro externo e interno (DL) pode ser medida em outro ambiente da mesma edificação, com as mesmas características e elementos de fachada, conforme ANEXO F, independentemente da fonte sonora objeto de medição e avaliação. Caso não seja possível medir, deve-se adotar DL = 5.

NOTA Pesquisas demonstram que DL = 5 corresponde ao menor valor medido para as características típicas de construção civil.

b) Transmissão sonora estrutural

Nos casos onde a transmissão sonora se der estruturalmente pela edificação, deve-se avaliar o nível de pressão sonora em bandas de 1/1 de oitavas, conforme ABNT NBR 10152, e identificar as curvas NC respectivamente para as condições do nível de pressão sonora residual e do nível de pressão sonora associado a fonte sonora objeto de avaliação.

Considera-se a ocorrência de impacto sonoro ambiental por via estrutural, quando a curva NC do som específico for superior a curva NC do som residual em 5 dB.

10.6 Avaliação sonora de impacto ambiental

A avaliação sonora de impacto ambiental para fins de estudo ou fiscalização de poluição sonora de empreendimentos, instalações e eventos em áreas habitadas, independentemente da existência de reclamações, deve ser realizada de acordo com a característica sonora do objeto de avaliação.

10.6.1 Avaliação pelo método simplificado

A avaliação pelo método simplificado é aplicada apenas para avaliação sonora decorrente de

fontes de sons contínuos e intermitentes.

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A avaliação é realizada pela comparação do resultado do LAeq do som proveniente da fonte

objeto de avaliação, no respectivo período horário, com os limites de RLAeq em função do uso e

ocupação do solo no local da medição. Considera-se aceitável o resultado quando este for

menor ou igual aos limites estabelecidos na Tabela 2.

Tabela 2 – Limites de níveis sonoros para avaliação de som contínuo ou intermitente, em função da finalidade de uso e ocupação do solo e do período

Tipos de áreas por finalidade de uso e ocupação do solo

RLAeq Limites de níveis

sonoros

Período Diurno

Período Noturno

Área de residências rurais 40 35

Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas

50 45

Área mista predominantemente residencial 55 50

Área mista com predominância de atividades comerciais e/ou administrativa

60 55

Área mista com predominância de atividades culturais, lazer e turismo

65 55

Área predominantemente industrial 70 60

NOTA 1 Para aplicação desta Norma, entende-se por área mista aquelas ocupadas por residências, comércio,

escritório, cultura, lazer, turismo ou indústria.

NOTA 2 A legislação brasileira dá competência aos municípios quanto à ordenação do uso e ocupação do solo.

Convém que seja contemplada a caracterização de áreas de atenuação sonora entre áreas industriais e

residências, de modo que não sejam contíguas.

10.6.2 Avaliação pelo método detalhado

Avaliação pelo método detalhado é aplicada para avaliação sonora decorrente de fontes de sons contínuos, intermitentes, impulsivos ou tonais.

A avaliação é realizada pela comparação do resultado do LR do som proveniente da fonte objeto de

avaliação, no respectivo período horário, com os limites de RLAeq em função do uso e ocupação do

solo no local da medição. Considera-se aceitável o resultado quando o LR for menor ou igual aos

limites estabelecidos na Tabela 2.

O LR é calculado conforme equação:

LR = LAeq + KI + KT

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Onde:

LAeq = Nível de pressão sonora contínuo equivalente associado às fontes de sons contínuos ou

intermitentes.

KI = 5 quando houver ocorrência de som impulsivo

KT = 5 quando houver ocorrência de som tonal

10.6.3 Avaliação pelo método de monitoramento de longa duração

Pelo método de monitoramento de longa duração a avaliação é realizada pela comparação dos

resultados de Ldn com os limites de RLAeq correspondentes ao período diurno apresentado na Tabela

2 desta Norma.

A avaliação pelo método de monitoramento de longa duração é recomenda para fins de

planejamento urbano.

11 RELATÓRIO DE MEDIÇÃO E AVALIAÇÃO

O relatório de medição e avaliação deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) características das fontes sonoras e o seu funcionamento durante as medições;

b) ilustração e descrição detalhada do ambiente de medição e posição dos pontos de medição;

c) incerteza expandida de medição ( . Caso o método de expressão da incerteza utilizado não

seja o apresentado no anexo B desta Norma, o seu detalhamento deve constar no relatório.

d) informações sobre a instrumentação e respectiva calibração:

i - fabricante e modelo;

ii - identificação unívoca com número de série;

iii - IEC atendidas

iv - número e data dos certificados de calibração.

e) limites de avaliação dos resultados;

f) local, data e horário das medições;

g) método de medição utilizado;

h) objetivo da medição;

i) parâmetros ambientais registrados quando em condições ambientais adversas.

j) referência a esta Norma;

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k) resultados das medições e correções (quando aplicáveis);

l) tempo das medições e integrações.

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Anexo A

(Normativo)

Certificados de calibração

As informações mínimas que devem constar nos certificados de calibração são:

a) Sonômetro (ver IEC 61672-3):

- ruído autogerado (elétrico e acústico);

- teste acústico da resposta em frequência do medidor com o microfone;

- calibração das ponderações em frequência utilizando-se sinais elétricos;

- ponderações no tempo e na frequência em 1 kHz;

- linearidade de nível na faixa de níveis de referência (8 kHz);

- linearidade de nível incluindo o controle da faixa de níveis (se aplicável);

- resposta a trens tonais;

- nível de pressão sonora de pico na ponderação C (se aplicável);

- indicação de sobrecarga.

b) Analisadores de 1/1 e de 1/3 de oitava (ver IEC 61260):

- curva de atenuação relativa à frequência central para cada um dos filtros necessários ao

atendimento ao escopo desta Norma;

- atenuação das frequências centrais relativa à frequência central do filtro de referência.

c) Microfone (ver IEC 61094-4, IEC 61094-5 e IEC 61094-6):

- Sensibilidade absoluta em toda a faixa de frequências da aplicação desta Norma.

Pela IEC 61672-3 a calibração do microfone fica implícita no teste acústico. Nestes casos, a calibração

do microfone pode ser considerada válida apenas para o seu uso com o sonômetro para o qual foi

calibrado.

d) Calibrador de nível sonoro (ver IEC 60942):

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- amplitude em dB (Ref. 20 µPa);

- frequência em Hz;

- distorção harmônica.

NOTA Na presente data de elaboração desta Norma não há acreditação de calibração da medida da

distorção harmônica, porém convém que seja incluída esta informação para a avaliação da qualidade do

sinal acústico fornecido pelo calibrador de nível sonoro.

A calibração deve ser realizada de acordo com a revisão da norma declarada pelo fabricante.

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Anexo B

(Informativo)

Cálculo da incerteza expandida de medição

Orientações sobre como estimar a incerteza expandida de medição são apresentadas na Tabela B.1,

onde a incerteza de medição é expressa como uma incerteza expandida com base em uma incerteza

padrão combinada multiplicada por um fator de abrangência de 2 ( = 2), para uma probabilidade de

abrangência de aproximadamente 95%.

NOTA A Tabela B.1 é uma simplificação. Na fase de preparação desta Norma, as informações

disponíveis eram insuficientes. Em muitos casos é apropriado adicionar mais contribuições à incerteza,

por exemplo, a que está associada às interferências ambientais.

Nos relatórios de ensaio o nível de confiança ou probabilidade de abrangência, associado a um

determinado fator de abrangência ( ), deve ser sempre indicado em conjunto com a incerteza

expandida de medição.

A incerteza expandida de medição deve ser calculada individualmente para cada descritor sonoro, a

cada amostragem.

Tabela B.1 – Resumo da incerteza expandida de medição

Incerteza padrão Incerteza padrão

combinada

=

dB

Incerteza

expandida de

medição

dB

Devida à instrumentação a)

dB

Devida à repetibilidade b)

dB

a) Para sonômetros de Classe 1, de acordo com a IEC 61672-1:2002, deve-se assumir = 1.

Para sonômetros de Classe 2 deve-se assumir = 2. Opcionalmente pode-se calcular a

incerteza devida aos instrumentos (sonômetro, microfone e calibrador de nível sonoro) a

partir dos resultados extraídos do último certificado de calibração periódica de cada

instrumento, com base nos parâmetros apresentados no Anexo A desta norma.

b) Valor determinado pela razão do desvio padrão (s), obtido entre os valores medidos dos

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níveis de pressão sonora, pela raiz quadrada do número ( de medições em cada ponto,

onde:

Nas medições pelos métodos simplificado e detalhado o número de medições ( ) deve

abranger pelo menos três e preferencialmente cinco medições em condições de

repetibilidade (os mesmos procedimentos de medição, os mesmos sistemas de medição, o

mesmo operador e o mesmo ponto de medição) onde as variações das condições

ambientais tenham pouca influência nos resultados. Este valor é considerado uma

estimativa da incerteza devida à repetibilidade das medições.

Para o método de monitoramento de longa duração é recomendável realizar um maior

número de medições ( para determinar o desvio padrão (s) de repetibilidade para os

descritores: Ld, Ln e Ldn.

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Anexo C

(informativo)

Método objetivo para a avaliação da audibilidade de som tonal

C.1 Introdução

O presente anexo fornece procedimentos de medição a serem utilizados para verificar a presença de tons audíveis, caso a sua existência esteja em causa. Este procedimento, baseado na noção de proeminência dos tons, também define os ajustes de níveis recomendados. O propósito do método objetivo é avaliar a proeminência de tons de modo idêntico ao percebido, em média, pelos receptores (ouvintes). O método baseia-se no conceito psicoacústico de bandas críticas, que são bandas definidas de modo que o som fora de uma banda crítica não contribua significativamente para a audibilidade de tons dentro dessa banda crítica. O método inclui procedimentos para tons contínuos e variáveis, ruído de banda estreita e tons de baixa frequência, sendo o resultado uma correção graduada de 0 dB a 6 dB.

C.2 Método objetivo

C.2.1 Generalidades

O método possui três etapas: a) análise em frequência, em banda estreita (preferencialmente análise FFT); b) determinação do nível médio de pressão sonora do(s) tom(s) e do ruído de mascaramento dentro da banda crítica em torno do(s) tom(s); c) cálculo da audibilidade tonal, ΔLta, e da correção, Kt.

C.2.2 Análise em frequência

Um espectro de banda estreita, ponderado em A, é medido com ponderação linear durante pelo menos 1 minuto (média de longa duração). A largura de banda de análise efetiva deve ser inferior a 5% da largura de banda das bandas críticas com componentes tonais. As larguras das bandas críticas são indicadas na Tabela C.1. Recomenda-se que o sistema de medição, incluindo o analisador de frequência, seja calibrado em dB re 20 μPa e que seja utilizada a ponderação Hanning na definição da janela temporal. NOTA 1 Com a janela temporal de Hanning recomendada, a largura de banda de análise efetiva (ou a largura de banda efetiva do ruído) é 1,5 vezes a resolução em frequência. A resolução em frequência é a distância entre as linhas no espectro. NOTA 2 Com uma largura de banda de análise efetiva de 5% da banda de crítica, apenas os tons audíveis surgem normalmente como máximos locais com pelo menos 8 dB acima do ruído de mascaramento envolvente, no espectro médio. NOTA 3 Em casos raros de tons complexos constituídos por muitos componentes tonais pouco espaçados, pode ser necessário usar uma resolução mais fina, para determinar corretamente o nível do ruído de mascaramento. NOTA 4 Caso a frequência dos tons audíveis no espectro varie ao logo do tempo de média mais do que 10% da faixa de frequências da banda crítica, pode ser necessário subdividir a média de longa duração em um conjunto de médias de duração inferior.

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C.2.3 Determinação de níveis de pressão sonora

C.2.3.1 Nível de pressão sonora dos tons, Lpt

Os tons podem ser identificados no espectro de banda estreita por inspeção visual. Os níveis de pressão sonora dos tons são determinados a partir do espectro. Todo o máximo local com uma largura de banda de 3 dB inferior a 10% da largura de banda da banda crítica em análise é considerado um tom. Os níveis, Lpti, de todos os tons, i, na mesma banda crítica devem ser adicionados energeticamente de modo a obter o nível tonal total para essa banda, Lpt, de acordo com a Equação (C.1):

t

10t 10lg 10 dB

p iL

pL (C.1)

NOTA Se um "tom" for uma banda estreita de ruído, ou se a frequência de um tom variar, o tom aparece como diversas linhas no espectro

médio. Nestes casos, o nível tonal, Lpti, é a soma energética de todas as linhas, com níveis num intervalo de 6 dB em relação ao nível máximo

local, corrigida para a influência da função janela aplicada. (Para a ponderação Hanning, esta correção é a soma energética das linhas menos 1,8 dB).

Caso os tons apareçam em baixas frequências, é aconselhável investigar se o nível tonal total se encontra acima do limiar de audição (ISO 389-7). Se o nível tonal total numa banda crítica se encontrar abaixo do limiar de audição, esta banda crítica não deve ser considerada na avaliação da audibilidade tonal.

C.2.3.2 Largura de banda e frequência central das bandas críticas

As larguras das bandas críticas são indicadas na Tabela C.1:

Tabela C.1 — Larguras das bandas críticas

Frequência central, fc, Hz 50 a 500 Acima de 500

Largura de banda, Hz 100 20% da fc

A banda crítica deve ser posicionada com a sua frequência central, fc, como a frequência do tom. Caso existam vários tons na faixa de uma banda crítica, esta deve ser posicionada simetricamente em torno dos tons mais significativos, de modo que a diferença entre o nível tonal total, Lpt, e o nível do ruído de mascaramento, Lpn, (ver C.2.3.3) seja maximizada. Para a definição da frequência central de uma banda crítica, apenas devem ser considerados significativos os tons com níveis 10 dB ou menos abaixo do nível do tom com o nível máximo. NOTA A frequência central, fc, das bandas críticas pode variar continuamente ao longo da faixa de frequência de interesse. A banda crítica

mais baixa é de 0 Hz a 100 Hz.

C.2.3.3 Nível de pressão sonora do ruído de mascaramento numa banda crítica, Lpn

O nível sonoro médio numa banda de crítica, Lpn,med, pode ser obtido a partir da média visual dos níveis das "linhas de ruído" do espectro de banda estreita numa faixa que se estende a partir da frequência central, fc, até aproximadamente ± 0,5 a 1 banda crítica em cada lado. As "linhas de ruído" são obtidas desprezando todos os máximos no espectro resultante dos tons e das suas possíveis bandas laterais nessa faixa.

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O nível total de pressão sonora do ruído de mascaramento, Lpn, é calculado a partir do nível sonoro médio dentro da banda crítica, Lpn,med, de acordo com a Equação (C.2):

n n,med10lg dBcritp p

eff

BL L

B (C.2)

onde Bcrit é a largura de banda crítica, expressa em Hertz; Beff é a largura de banda de análise efetiva, expressa em Hertz.

C.2.4 Cálculo da audibilidade tonal, ΔLta, e da correção, Kt

A audibilidade tonal, ΔLta, é expressa em decibels acima do limiar de mascaramento, MT; ver Figura C.1. A correção, Kt, é o valor a ser adicionado ao valor de LAeq para um dado intervalo de tempo, a fim de se obter o nível de avaliação com correção tonal, para esse intervalo. Os valores de ΔLta e de Kt podem ser obtidos a partir da diferença entre o nível tonal e o nível de ruído numa banda crítica, Lpt − Lpn, ver Figura C.1. Para uma dada frequência central, fc, da banda crítica e para uma dada diferença de níveis, Lpt − Lpn, deve-se determinar um ponto na Figura C.1. A audibilidade tonal, ΔLta, é determinada como a diferença entre (Lpt − Lpn) e o limiar de mascaramento indicado na figura. Kt é obtido por interpolação entre as linhas marcadas com diferentes valores de Kt na figura. Alternativamente, o ΔLta pode ser calculada por meio da Equação (C.3) e Kt por meio da Equação (C.4).

Legenda X Lpt − Lpn, expressa em decibels Y frequência central da banda crítica, expressa em Hertz NOTA Lpt é o nível total de pressão sonora dos tons na banda crítica, e Lpn é o nível total de pressão sonora do ruído de mascaramento na

banda crítica.

Figura C.1 — Limiar de mascaramento, MT, e curvas para a determinação da correção, Kt

2,5

ta t n 2dB lg 1 dB502

cp p

fL L L

(C.3)

onde Lpt é o nível total de pressão sonora dos tons na banda crítica; Lpn é o nível total de pressão sonora do ruído de mascaramento na banda crítica;

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fc é a frequência central da banda crítica, expressa em Hertz. A correção, Kt, expressa em decibels, é determinada pelas Equações (C.4) a (C.6): ⎯ Para 10 dB < ΔLta, de acordo com a Equação (C.4):

Kt = 6 dB (C.4)

⎯ Para 4 dB ≤ ΔLta ≤ 10 dB, de acordo com a Equação (C.5):

Kt = ΔLta − 4 dB (C.5) ⎯ Para ΔLta < 4 dB, de acordo com a Equação (C.6):

Kt = 0 dB (C.6)

NOTA K não é limitado a valores inteiros.

Quando vários tons (ou grupos de tons) ocorrem simultaneamente em diferentes bandas críticas, devem ser realizadas avaliações separadas para cada uma dessas bandas. A banda crítica que contenha o(s) tom(s) mais dominante(s) (isto é, originando o maior valor de ΔLta) é decisiva para a obtenção do valor de ΔLta e da correção, Kt.

C.3 Documentação

Como documentação para a análise a ser realizada, devem ser fornecidas as seguintes informações: a) Para a análise: ⎯ número de espectros considerados na média, período do tempo de medição e largura de banda de análise

efetiva,

⎯ janela temporal (por exemplo, de Hanning), ponderação no tempo (Lin) e ponderação na frequência (A),

⎯ um espectro típico (no mínimo) com uma indicação da posição da banda crítica e o nível médio de pressão sonora nessa banda;

b) Para os cálculos na banda crítica decisiva:

⎯ declaração que especifica se os resultados foram obtidos por inspeção visual ou por cálculo automático,

⎯ limites em frequência da banda crítica e a faixa para a média visual ou regressão linear (ver C.4.3), ⎯ frequências e níveis dos tons e o nível tonal total (Lpti e Lpt re 20 μPa em decibels),

⎯ nível do ruído de mascaramento na banda crítica (Lpn re 20 μPa em decibels),

⎯ audibilidade tonal (ΔLta em decibels acima do limite de mascaramento),

⎯ valor da correção (Kt em decibels).

c) Tons em outras bandas críticas e que possam originar uma correção devem ser indicados pelas suas frequências.

C.4 Definições detalhadas de tom e de níveis do ruído de mascaramento

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C.4.1 Generalidades

A seção C.4 fornece definições mais detalhadas de tons e ruído, com vista à implementação computacional do método. NOTA O técnico que realiza a respectiva análise tem a responsabilidade final sobre a correção dos resultados. Assim, é importante que os programas de cálculo possibilitem a inspeção visual dos resultados. É necessário que no espectro sejam pelo menos indicadas as linhas definidas como tons, conjuntamente com as correspondentes bandas críticas e linhas de regressão. Além disso, é útil dispor de cores diferentes para identificar as linhas de espectro caracterizadas como ruído, pausas de ruído e tons.

Legenda 1 tom em que a largura de banda de 3 dB é inferior a 10% da banda crítica 2 energia tonal

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3 linha de regressão linear do nível de ruído 4 início da pausa de ruído 5 final da pausa de ruído 6 nem tom nem ruído 7 tom CB banda crítica Figura C.2 — Definições de tons, ruído e pausa de ruído (nem tom nem ruído). Δ é o critério de pesquisa de

tons e é normalmente escolhido como 1 dB

C.4.2 Pausas de ruído

Pausas de ruído são definidas como máximos locais com probabilidade de existência de um tom. As pausas de ruído são definidas e encontradas de acordo com o seguinte princípio. O início de uma pausa de ruído encontra-se no declive positivo de um máximo local, como a linha s, onde se encontram as condições das Equações (C.7) e (C.8):

1 dBs sL L (C.7)

1 2 < dBs sL L (C.8)

Ls é o nível da linha número s e Ls−1 é o nível da linha número s − 1, etc. Δ é o critério de pesquisa de tons e é

normalmente escolhido como 1 dB.

Para espectros normais e regulares, um critério de pesquisa de tons de Δ = 1 dB funciona sem problemas. Para

espectros irregulares (por exemplo, espectros com um tempo de integração curto como referido em C.2.2), valores até 3 dB ou 4 dB podem fornecer melhores resultados. Recomenda-se que este parâmetro possa ser definido pelo usuário, nos programas de implementação do método.

O fim de uma pausa de ruído é definido no declive negativo de um máximo local, como a linha e onde se

encontram as condições das Equações (C.9) e (C.10):

1 dBe eL L (C.9)

1 2 < dBe eL L (C.10)

Um intervalo de pausa de ruído preliminar é definido como todas as linhas de s a e incluindo ambas.

A pesquisa da próxima pausa de ruído começa na linha número e + 1.

Uma pausa de ruído pode conter apenas um início de pausa de ruído e um fim de pausa de ruído. Um procedimento semelhante ao indicado acima deve ser realizado investigando as linhas do espectro a partir das altas frequências e em direção às baixas frequências. Os intervalos de pausa de ruído finais são linhas definidas como pausa de ruído preliminar na aplicação do procedimento, em ambos os sentidos crescente e decrescente, e são incluídas nos intervalos de pausa de ruído finais.

C.4.3 Tons

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Os tons encontram-se dentro das pausas de ruído. Poderá existir um tom quando o nível de qualquer linha na

pausa de ruído excede em 6 dB ou mais os níveis das linhas número s − 1 e e + 1.

Os tons estão definidos em C.2.3.1. Esta definição inclui tanto os tons, como bandas estreitas de ruído. A largura de banda do pico detectado no espectro é definida como a largura de banda a 3 dB relativa à linha máxima na pausa de ruído. Quando a largura de banda a 3 dB é inferior a 10% da largura da banda crítica, todas as linhas dentro de 6 dB do nível máximo são classificadas como tons. A frequência do tom é definida como a frequência da linha com o nível máximo dentro da pausa de ruído. NOTA Quando esta largura de banda a 3 dB é superior a 10% da largura da banda crítica, as linhas não são consideradas nem tons nem como ruído de banda estreita. Nenhuma correção é dada para este fenômeno, a não ser que o mesmo seja causado por um tom de frequência variável, situação em que ser torna necessário utilizar um tempo de média menor.

Os tons de frequência variável podem aparecer como máximos alargados no espectro médio de longa duração. A largura destes máximos depende da faixa de variação na frequência do tom e do tempo de média. Quando a frequência de um tom varia mais do que 10% da largura da banda crítica durante o período de média, o critério de 10% da largura de banda (ver C.2.3.1) deverá ser desprezado, e todas as linhas do máximo alargado do tom devem ser classificadas como tons ou, alternativamente, deverá ser utilizado um tempo de integração mais curto.

C.4.4 Ruído de mascaramento

Todas as linhas não caracterizadas como pausas de ruído são definidas como ruído de mascaramento, designadas "linhas de ruído" em C.2.3.3. O nível do ruído de mascaramento numa banda crítica é definido a partir de uma regressão linear de primeira ordem de todas as linhas definidas como ruído. A faixa de frequências da regressão geralmente deve ser escolhida como ± 0,75 da largura de banda crítica em torno da frequência central dessa banda crítica. Para espectros irregulares ou espectros com máximos tonais alargados, a faixa da regressão linear poderá ser estendida para mais ou menos uma ou duas bandas críticas. Isto permite que a linha da regressão tenha uma melhor correspondência com o andamento geral do patamar de ruído. Recomenda-se que a faixa para a análise de regressão possa ser definida pelo usuário, nos programas de implementação do método. Para cada linha espectral dentro da banda crítica em consideração deve ser atribuído um nível de ruído, Ln, como previsto pela linha de regressão. O nível total do ruído de mascaramento, Lpn, na banda crítica é determinado como a soma energética dos níveis atribuídos, Ln, para todas as linhas na banda crítica com correção para a função janela aplicada. O nível total do ruído de mascaramento, Lpn, pode ser determinado a partir da Equação (C.11):

n

10n

eff

10lg 10 dB + 10lg dB

L

p

fL

B

(C.11)

onde Δf é a resolução em frequência, expressa em Hertz; Beff é a largura de banda de análise efetiva, expressa em Hertz.

C. 5 Exemplos

Os exemplos desta seção foram analisados com um procedimento automático baseado em 350 espectros e com um tempo de medição de 2 minutos.

Figura C.3

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EXEMPLO 1 Ver Figura C.3.

⎯ Banda crítica: 3,6 kHz a 4,4 kHz;

⎯ Tons, 4 kHz: 46,7 dB; ⎯ Nível tonal, Lpt: 46,7 dB;

⎯ Largura de banda a 3 dB do tom: 0,5% de 800 Hz; ⎯ Lpn na banda crítica: 37,3 dB;

⎯ Audibilidade tonal, ΔLta re MT: 13,7 dB; ⎯ Correção, Kt: 6 dB.

EXEMPLO 2 Ver Figura C.4.

⎯ Banda crítica: 380 Hz a 480 Hz;

⎯ Tons: 395 Hz: 53,1 dB, 468 Hz: 47,0 dB; ⎯ Nível tonal, Lpt: 54,1 dB;

⎯ Largura de banda a 3 dB do tom: 3,1% de 100 Hz; ⎯ Lpn na banda crítica: 45,2 dB; ⎯ Audibilidade tonal, ΔLta re MT: 11,1 dB;

⎯ Correção, Kt: 6 dB;

NOTA Os dois tons com frequências mais elevadas originam o maior valor de ΔLta.

EXEMPLO 3 Ver Figura C.5.

⎯ Banda crítica: 258 Hz a 358 Hz;

⎯ Tons: 278 Hz: 33,3 dB, 299 Hz: 38,4 dB, 319 Hz: 54,3 dB, 334 Hz: 37,1 dB; ⎯ Nível tonal, Lpt: 54,6 dB;

⎯ Largura de banda a 3 dB do tom: 3,4% de 100 Hz; ⎯ Lpn na banda crítica: 45,5 dB;

⎯ Audibilidade tonal, ΔLta re MT: 10,6 dB;

⎯ Correção, Kt: 6,0 dB. EXEMPLO 4 Ver Figura C.6.

⎯ Banda crítica: 680 Hz a 830 Hz; ⎯ Tom: variando entre 680 Hz e 758 Hz; ⎯ Nível tonal, Lpt: 53,6 dB;

⎯ Lpn na banda crítica: 45,5 dB; ⎯ Audibilidade tonal, ΔLta re MT: 10,7 dB;

⎯ Correção, Kt: 6 dB.

Figura C.4

Figura C.5

Figura C.6

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NOTA A Figura C.6 apresenta tanto um espectro médio como um espectro instantâneo. De acordo com C.2.3.1 e C.4.2, o nível tonal pode ser obtido tanto a partir da soma energética das linhas do máximo alargado do espectro médio como a partir da média dos níveis tonais a partir de um número de espectros medidos com curtos tempos de média, correspondendo ao mesmo tempo de média total.

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Anexo D

(INFORMATIVO)

Exemplos de localização de pontos de medição

Caso 1 – Fonte sonora A e reyceptor 1, 2 e 3

Medir no limite do terreno do receptor ou na fachada dos receptores 1, 2 ou 3

Caso 2 – Fonte sonora B e receptor 1 e 2

Medir na fachada do receptor 1 ou 2

Caso 3 – Fonte sonora B e receptor 3

Medir no limite do terreno do receptor ou na fachada do receptor 3

NOTA No caso de avaliação de impacto ambiental da fonte sonora em questão as medições devem

ser realizadas no perímetro da fachada da edificação onde se localiza a fonte sonora ou no limite do

terreno onde está localizada a fonte.

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Anexo E

(INFORMATIVO)

Cálculo do Lden

Quando a legislação local prever um período intermediário, normalmente denominado vespertino ou

entardecer, o descritor de 24 h adotado pode ser o Lden em substituição ao Ldn. Neste caso o Lden deve

ser calculado conforme a equação:

(

)

onde

d é o número de horas do período diurno

e é o número de horas do período vespertino (ou entardecer)

n é o número de horas do período noturno

d + e + n = 24h

Le é o nível médio equivalente de pressão sonora, ponderado em A (LAeq) para o período vespertino

(ou entardecer)

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Anexo F

(INFORMATIVO)

Cálculo dos índices k e DL

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Bibliografia

[1] JCGM 100:2008 GUM 1995, Avaliação de dados de medição — Guia para a expressão de incerteza

de medição

[1] ABNT NBR ISO 10012 – Sistemas de gestão de medição – Requisitos para os processos de

medição e equipamentos de medição.

[2] ABNT NBR ISO/IEC 17025 – Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e

calibração.

[3] ISO 1996-1, Acoustics — Description, measurement and assessment of environmental noise –

Determination of environmental noise levels.

[4] ISO 1996-2, Acoustics — Description, measurement and assessment of environmental noise – Basic

quantities and assessment procedures.

[6] NP ISO 1996-1, Acústica – Descrição, medição e avaliação do ruído ambiente – Grandezas

fundamentais e métodos de avaliação.

[7] NP ISO 1996-2, Acústica – Descrição, medição e avaliação do ruído ambiente – Determinação dos

níveis de pressão sonora do ruído ambiente.

[8] VIM – Vocabulário internacional de metrologia.