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1 Primeiro Produto Março de 2015 ADAPTAÇÃO E IMPLANTAÇÃO OPERACIONAL DO ALGORITMO DIGITAL PARA O MAPEAMENTO AUTOMÁTICO DE ÁREAS QUEIMADAS EM IMAGENS DE MÉDIA RESOLUÇÃO DO SATÉLITE LANDSAT-8 SENSOR OLI NA DIVISÃO DE GERAÇÃO DE IMAGENS NO INPE

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Primeiro Produto

Março de 2015

ADAPTAÇÃO E IMPLANTAÇÃO OPERACIONAL DO

ALGORITMO DIGITAL PARA O MAPEAMENTO AUTOMÁTICO DE

ÁREAS QUEIMADAS EM IMAGENS DE MÉDIA RESOLUÇÃO DO

SATÉLITE LANDSAT-8 SENSOR OLI NA

DIVISÃO DE GERAÇÃO DE IMAGENS NO INPE

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Arturo Emiliano Melchiori, Engo. Consultor

ADAPTAÇÃO E IMPLANTAÇÃO OPERACIONAL DO ALGORITMO DIGITAL PARA O

MAPEAMENTO AUTOMÁTICO DE ÁREAS QUEIMADAS EM IMAGENS DE MÉDIA

RESOLUÇÃO DO SATÉLITE LANDSAT-8 SENSOR OLI NA DIVISÃO DE GERAÇÃO DE

IMAGENS NO INPE

Desenho e implementação dos módulos de cadastro,

processamento e integração, contendo as atividades

realizadas, os métodos desenvolvidos e os resultados

obtidos, referentes ao primeiro produto do termo de

referência PN 11.9035.4-001.00, contrato GIZ 83193538,

de 02/Fev/2015, desenvolvido no INPE.

São José dos Campos, Março de 2015.

________________________________ ________________________________

De acordo: Dr. Alberto W. Setzer Consultor: Arturo Emiliano Melchiori

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SUMÁRIO 1 RESUMO EXECUTIVO ........................................................................................................... 5

2 INTRODUÇÃO. ........................................................................................................................ 6

3 INTRODUÇÃO SISTEMA OPERACIONAL DE MAPEAMENTO DE ÁREAS QUEIMADAS ..... 7

4 ÁREA DE COBERTURA DO CERRADO BRASILEIRO. .......................................................... 7

5 CALENDARIO DE RECEPÇÂO LANDSAT 8/OLI .................................................................... 9

6 MÓDULOS DO SISTEMA OPERACIONAL............................................................................ 11

7 MÓDULO DE CADASTRO. ................................................................................................... 12

7.1 Funcionalidades do Módulo de Cadastro de Limiares. ......................................... 14

7.1.1 Arquivo de Limiares ........................................................................................ 14

7.1.2 Incorporação de Limiares. ............................................................................... 14

7.1.3 Módulo de modificação dos limiares. ............................................................... 15

7.1.4 Módulo de Leitura. .......................................................................................... 15

7.1.5 Modulo de Exclusão ........................................................................................ 15

7.2 Ferramenta para obtenção de limiares ótimos de extração .................................. 16

8 MÓDULO DE PROCESSAMENTO ........................................................................................ 18

8.1 Máscara de nuvens .............................................................................................. 20

9 MÓDULO DE INTEGRAÇÃO. ................................................................................................ 23

9.1 Conectividade segura entre os Módulos de Acervo e Processamento ................. 24

9.2 Sob a projeção e implementação definitiva do Módulo de Integração. ................. 25

10 SISTEMA DE CONTROLE DE VERSÕES DO CÓDIGO FONTE .......................................... 25

10.1 Arquivos do código fonte. ................................................................................. 26

10.2 Uso do Sistema de Controle de Versões. ......................................................... 27

10.3 Incorporação dos arquivos com código fonte. ................................................... 27

10.4 Incorporação de mudanças no código fonte. .................................................... 27

10.5 Verificação de mudanças no código fonte. ........................................................ 27

11 ANEXO 1 ............................................................................................................................... 28

12 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 31

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Mapa do Cerrado Brasileiro, com a grade Landsat e os polígonos das áreas de

conservação e terras indígenas. ..................................................................................................... 8

Figura 2. Componentes e fluxo dos dados no Sistema de Captura e Produção de dados Landsat.

[Imagem cortesia da USGS] ......................................................................................................... 11

Figura 3. Diagrama de fluxo do Sistema Operacional de Mapeamento de Área Queimada .......... 12

Figura 4. Diagrama de Fluxo do Módulo de Cadastro de Limiares Diferenciais ............................ 13

Figura 5. Rotina de cálculo de limiares de extração de área queimada. ........................................ 16

Figura 6. Erros de Comissão e Omissão para diferentes limiares ................................................. 17

Figura 7. Detalhe da curva de limiares dos valores obtidos pela metodologia desenvolvida ......... 17

Figura 8. Circulação dos dados após uma solicitação de imagens e limiares ............................... 18

Figura 9. Diagrama de fluxo do processamento dos dados na obtenção de cicatrizes de área

queimada e máscara de nuvens ................................................................................................... 19

Figura 10. Diagrama de fluxo do armazenamento dos dados pelo Módulo de Administração ....... 20

Figura 11. Configuração dos bits da banda BQA do sensor Landsat 8 .......................................... 21

Figura 12. Deslocamento de 12 posições para a direita de uma palavra de 16 bits. ..................... 21

Figura 13. Máscara de nuvens baseada na banda BQA do pacote de dados da USGS. .............. 22

Figura 14. Banda 4 do pacote de dados da USGS........................................................................ 22

Figura 15. Fluxo de dados entre os Módulos de Acervo, Integração e Processamento. ................ 23

ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1. Órbitas/ponto Landsat-8 cobrindo o Cerrado Brasileiro. .................................................. 9

Tabela 2. Datas das primeiras órbitas sob o Cerrado para o ano 2015. .......................................... 9

Tabela 3. Cronograma do satélite Landsat 8 para o ano 2015. ..................................................... 10

Tabela 4. Desenho da tabela de limiares no banco de dados. ...................................................... 13

Tabela 5. Valores da banda BQA para constituir uma máscara de nuvens .................................... 21

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1 RESUMO EXECUTIVO

O presente documento descreve o primeiro produto do Termo de Referência PN 11.9035.4-

001.00, Contrato GIZ 83193538, de 02/Fev/2015, realizado no INPE, São José dos Campos, SP,

referente ao desenvolvimento de ferramentas digitais operacionais para o mapeamento

automático de cicatrizes de área queimada no Bioma Cerrado Contínuo Brasileiro utilizando

imagens de média resolução espacial.

Estão resumidas a execução dos passos 1 a 3, projeto e a implementação dos módulos de

cadastro, processamento diferencial e integração com os sistemas de ingestão e administração de

dados do INPE - Cachoeira Paulista, realizadas pelo consultor até 31/Março/2015.

Foi projetado e implementado o Módulo de Cadastro de limiares diferenciais, com as

funções de incorporação, modificação e exclusão de limiares. Os limiares se referem a índices de

classificação de área queimada, e são específicos de cada cena TM e mês; eles integram um

novo algoritmo de mapeamento automático de áreas queimadas que se adapta a características

da vegetação e uso do solo locais conforme estes limiares. Foi estruturada uma tabela em banco

de dados PostgreSQL para armazenar os 24 limiares NDVI e NBRL correspondentes a cada ano

para cada uma das 112 órbitas/ponto das imagens Landsast-TM8 que cobrem a área do Bioma

Cerrado Contínuo do Brasil. Foi projetada e implementada uma metodologia para gerar os limiares

ótimos de extração que minimizam os erros de comissão e omissão baseados numa referência de

área queimada existente.

Foi adaptado o Módulo de Processamento para utilizar os limiares diferenciais

correspondentes a cada órbita/ponto, ano e mês. Foi adaptada a metodologia de geração de

máscara de nuvens devido a um problema interno do sensor TIRS do satélite Landsat 8.

Foi projetada e implementada uma versão básica do Módulo de Integração devido aos

Sistemas Operacionais de Ingestão e Processamento de Dados Landsat 8 do INPE em Cachoeira

Paulista ainda não terem sido completados, limitando as tarefas de integração do Sistema

Operacional de Mapeamento de Área Queimada.

O Sistema de Controle de Versões de código fonte Subversion é apresentado. As

funcionalidades mais relevantes são comentadas e exemplificadas.

O cronograma do TdR está sendo cumprido, e espera-se concluir os trabalhos do TdR

como previsto, em 08/Sept/2015. O próximo documento a ser entregue será o relatório do produto

2 em 22/Jun/2015.

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2 INTRODUÇÃO.

O presente relatório refere-se ao primeiro produto do Termo de Referência PN 11.9035.4-

001.00, contrato GIZ vigente de 02 de Fevereiro de 2015 a 08 de Setembro de 2015, cujo objetivo

é dar continuidade à produção de dados de área queimada na região do Cerrado Brasileiro com a

análise de imagens de média resolução (30 metros), apoiando os desenvolvimentos que o INPE

esta realizando no Projeto GIZ-MMA “Prevenção, controle e monitoramento de queimadas e

incêndios florestais no Cerrado”.

As fases do contrato em andamento para a “Adaptação e implantação operacional do

algoritmo digital para o mapeamento automático de áreas queimadas em imagens de média

resolução do Satélite Landsat-8 sensor OLI na Divisão de Geração de Imagens no INPE” se

dividem em: 1) Projeto e implementação dos módulos de cadastro, processamento e integração,

2) Projeto e implementação dos módulos de log e gravação dos resultados obtidos em bando de

dados geográfico e 3) Relatório sucinto do trabalho e dos testes desenvolvidos e, publicações.

Foram previstos os seguintes passos:

1) Módulo para cadastro (inclusão, modificação e exclusão) de limiares dinâmicos que

são objeto do TdR de outro consultor para as 112 órbitas/ponto do Cerrado Brasileiro;

2) Módulo de processamento, onde serão feitas adaptações para utilizar os limiares

específicos dos filtros de cada órbita/ponto, ano, mês, etc;

3) Módulo de integração, para executar a comunicação com o sistema de controle da

DGI/INPE, responsável pela gestão dos processos de recepção e ingestão das

imagens Landsat, para determinar quando cada processamento deverá iniciar;

4) Módulo de log, onde serão registradas todas as etapas do processamento, de emissão

de avisos de atenção e alertas de problemas durante a execução do sistema;

5) Módulo de gravação dos resultados, que será desenvolvido para gravar os dados

diretamente em um Banco de Dados Geográficos além de gerar os arquivos shapefile;

6) Elaboração de documentos de manuais do usuário e publicações com descrição

detalhada da metodologia utilizada e consolidação das informações geradas para

evolução futura.

Este relatório corresponde à execução dos passos 1 a 3, projeto e implementação dos

módulos de cadastro, processamento diferencial e integração com os sistemas de ingestão e

administração de dados de Cachoeira Paulista, realizado pelo consultor entre 02/fevereiro/2015 e

31/Março/2015.

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3 INTRODUÇÃO SISTEMA OPERACIONAL DE MAPEAMENTO DE ÁREAS QUEIMADAS

Um Sistema Operacional de Mapeamento de Área Queimada (SOMAQ) é um conjunto de

programas que são executados de maneira autônoma em um computador, ou conjunto de

computadores, sem assistência de um operador, e que realiza todas as tarefas necessárias para

as atividades de classificação e extração das cicatrizes de área queimada utilizando imagens de

sensoriamento remoto orbital como dados de entrada.

Considerando as atividades que podem ser atribuídas a um sistema de processamento

operacional é possível mencionar a obtenção das imagens, a atualização do acervo de imagens

brutas, processamento, atualização do acervo de produtos e publicação de dados.

O INPE-DGI possui, na sede de Cuiabá, MT, as antenas de recepção para a descarga das

imagens diretamente do satélite Landsat 8/OLI, e em Cachoeira Paulista, SP, as estações de

trabalho para produzir dados que possam ser utilizados pelo público geral. O sistema operacional

desenhado, segundo os requerimentos do atual TdR, deve ser configurado para utilizar esses

dados produzidos localmente, sempre que sua qualidade seja adequada para sua utilização em

processos automáticos [Melchiori, 2014 a)].

Na realidade, o sistema operacional de recepção de imagens Landsat-8 e produção de

produtos no INPE-DGI de Cachoeira Paulista encontra-se em fase de implementação e avaliação

por parte da USGS para garantir a qualidade dos dados adquiridos e dos sub-produtos e produtos

gerados pelo sistema. Os projetos e implementações realizados no marco do atual TdR na sede

do INPE-CPTEC em São José dos Campos serão reproduzidas nos sistemas em Cachoeira

Paulista. O desenho, utilizando máquinas virtuais [Virtual Machine 2015] administradas mediante o

gestor OVirt [Ovirt 2015], permite uma rápida implementação em outra infraestrutura

computacional sem mudanças significativas, unicamente modificando os endereços dos sistemas

involucrados.

O SOMAQ será implementado para obter, de maneira automática, as cicatrizes de

queimadas no Cerrado Brasileiro, com um total de 112 cenas do satélite Landsat 8/OLI-TIRS

geradas pelos sistemas operacionais do INPE- ver Figura 1.

4 ÁREA DE COBERTURA DO CERRADO BRASILEIRO.

O Cerrado Brasileiro contínuo, com uma área superior a 2.000.000 Km2 é a maior extensão

savânica do mundo, ocupando quase um quarto do território do Brasil. A área de estudo, é coberta

por 112 cenas do satélite Landsat 8, começando na órbita 217 no leste da região abrangida pelo

bioma, até a órbita 229 no oeste. A Figura 1 a seguir apresenta o Bioma Cerrado, a grade Landsat

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que cobre toda a superfície do bioma e, as áreas protegidas e terras indígenas. As órbitas limites

são indicadas no mapa.

A seguinte Tabela 1 apresenta a listagem total das 112 órbitas/ponto que cobrem a

superfície do Cerrado Brasileiro.

Figura 1. Mapa do Cerrado Brasileiro, com a grade Landsat e os polígonos das

áreas de conservação e terras indígenas.

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Órbita 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229

62 62 62

63 63 63

64 64 64 64 64

65 65 65 65 65

66 66 66 66 66

67 67 67 67 67 67 67

68 68 68 68 68 68 68 68 68 68

69 69 69 69 69 69 69 69 69 69 69 69

70 70 70 70 70 70 70 70 70 70 70 70

71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71

72 72 72 72 72 72 72 72 72 72

73 73 73 73 73 73 73 73 73

74 74 74 74 74 74 74 74 74 74

75 75 75 75 75 75 75 75

76 76 76 76 76 76 76

77 77 77

Tabela 1. Órbitas/ponto Landsat-8 cobrindo o Cerrado Brasileiro.

Um aspecto importante num sistema operacional é o calendário das passagens. Ele

permite avaliar o processamento das imagens segundo a sua data de aquisição e alertar sob

qualquer possível falha na sequencia de processos. O próximo capítulo apresenta o calendário

das passagens correspondentes ao ano 2015 e, uma equação simples que permite conhecer o dia

juliano de uma passagem a partir da data da primeira passagem do ano.

5 CALENDARIO DE RECEPÇÂO LANDSAT 8/OLI

O satélite Landsat 8/OLI tem um período de revisita de 16 dias, ou seja, o satélite pecorre

novamente uma determinada órbita a cada 16 dias. A partir da data da primeira passagem do ano

é possível conhecer as outras sucessivas passagens do satélite. A Tabela 2 a seguir apresenta as

datas da primeira passagem do ano 2015 para as órbitas de interesse.

Órbita Data Dia Juliano Òrbita Data Dia Juliano

217 12/Jan 12 224 13/jan 13

218 03/Jan 03 225 04/jan 04

219 10/jan 10 226 11/jan 11

220 17/Jan 17 227 18/Jan 18

221 08/Jan 08 228 09/Jan 09

222 15/jan 15 229 16/Jan 16

223 06/Jan 06

Tabela 2. Datas das primeiras órbitas sob o Cerrado para o ano 2015.

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Utilizando a data da primeira passagem, as datas das próximas passagens podem ser

calculadas utilizando a seguinte expressão.

Onde IMax= 20 para as datas iniciais que sejam <= 15, para as datas iniciais posteriores

ao dia 15, o valor de IMax= 19.

O calendário de órbitas é importante para realizar um controle sob os dados processados e

publicados. A seguinte Tabela 3 apresenta os dias julianos correspondentes às passagens nas 13

órbitas que cobrem o Cerrado Brasileiro.

Órbita 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229

Pas.1 12 3 10 17 8 15 6 13 4 11 18 9 16

Pas.2 28 19 26 33 24 31 22 29 20 27 34 25 32

Pas.3 44 35 42 49 40 47 38 45 36 43 50 41 48

Pas.4 60 51 58 65 56 63 54 61 52 59 66 57 64

Pas.5 76 67 74 81 72 79 70 77 68 75 82 73 80

Pas.6 92 83 90 97 88 95 86 93 84 91 98 89 96

Pas.7 108 99 106 113 104 111 102 109 100 107 114 105 112

Pas.8 124 115 122 129 120 127 118 125 116 123 130 121 128

Pas.9 140 131 138 145 136 143 134 141 132 139 146 137 144

Pas.10 156 147 154 161 152 159 150 157 148 155 162 153 160

Pas.11 172 163 170 177 168 175 166 173 164 171 178 169 176

Pas.12 188 179 186 193 184 191 182 189 180 187 194 185 192

Pas.13 204 195 202 209 200 207 198 205 196 203 210 201 208

Pas.14 220 211 218 225 216 223 214 221 212 219 226 217 224

Pas.15 236 227 234 241 232 239 230 237 228 235 242 233 240

Pas.16 252 243 250 257 248 255 246 253 244 251 258 249 256

Pas.17 268 259 266 273 264 271 262 269 260 267 274 265 272

Pas.18 284 275 282 289 280 287 278 285 276 283 290 281 288

Pas.19 300 291 298 305 296 303 294 301 292 299 306 297 304

Pas.20 316 307 314 321 312 319 310 317 308 315 322 313 320

Pas.21 332 323 330 328 335 326 333 324 331 329

Tabela 3. Cronograma do satélite Landsat 8 para o ano 2015.

Além do calendário das aquisições, é importante conhecer a sequência de processos que

se seguem à ingestão das imagens. A Figura 2 apresenta um diagrama de fluxo dos dados, desde

a recepção dos dados brutos até a disponibilidade das imagens prontas para o público geral.

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As imagens são recebidas como dados brutos e, nas diferentes etapas do processamento

o produto evolui para o dado em nível zero (L0) com a imagem em sua forma mais báseica, até o

dado em nível L1T, com correção no terreno utilizando um Modelo Digital de Elevação e pontos de

controle [Landsat Processing Details 2015]. O sistema desenvolvido neste trabalho utiliza dados

no nível L1T como entrada para os processos de mapeamento de áreas queimadas.

6 MÓDULOS DO SISTEMA OPERACIONAL

O sistema operacional de mapeamento de áreas queimadas desenvolvido é composto de

diferentes módulos que realizam tarefas específicas. Esses módulos foram projetados de maneira

distribuída em um conjunto de computadores com o objetivo de distribuir a carga de processos.

O computador com o Acervo de Imagens tem características distintas em relação ao

computador de processos, e do computador com o servidor de banco de dados. Essas

características são definidas segundo os requerimentos computacionais dos processos realizados

por cada componente.

Todos os componentes do sistema estão interconectados mediante uma estrutura de rede,

a qual serve como meio de comunicação entre os componentes e, para transferência dos dados.

A Figura 3 a seguir apresenta um diagrama de fluxo dos componentes do sistema e das

Figura 2. Componentes e fluxo dos dados no Sistema de Captura e Produção de dados Landsat.

[Imagem cortesia da USGS]

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interconexões.

No atual TdR o primeiro módulo a ser projetado e implementado é o Módulo de Cadastro,

responsável pela administração dos limiares diferenciais necessários para o processamento das

112 diferentes cenas que cobrem a área do Cerrado Brasileiro apresentadas na Figura 1 e Tabela

1.

7 MÓDULO DE CADASTRO.

O Módulo de Cadastro dos limiares dinâmicos, implementado no programa

imPAAQ_CADASTRO_vOP.py, possui todas as funcionalidades que foram requeridas no TdR:

incorporação, modificação e exclusão de limiares, um para cada mês de cada ano e, para cada

órbita/ponto da grade Landsat correspondente ao Cerrado Brasileiro.

Os limiares dinâmicos para cada órbita/ponto são armazenados num banco de dados

PostgreSQL [PostgreSQL 2015] para facilitar as tarefas de administração e acesso aos dados.

Figura 3. Diagrama de fluxo do Sistema Operacional de Mapeamento de Área Queimada

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Os parâmetros de conexão no banco de dados são os seguintes.

Host: monza.cptec.inpe.br

User: queimadas

Pass: Cpt,Qmd,2014

DB: processamento_imagens

Port: 5432

Tabela: public.limiares

A Figura 4 a seguir apresenta o diagrama de fluxo do Módulo de Cadastro de Limiares.

A tabela de limiares possui uma coluna para indicar a órbita/ponto, outra para o ano, doze

para limiares do índice NDVI e, outras doze para limiares do índice NBRL. Com essa estrutura é

possível considerar a utilização de um limiar para cada mês e cada ano em cada órbita/ponto. A

Tabela 4 apresenta um esquema simplificado da estrutura da tabela de limiares no banco de

dados.

órbita/ponto ano ndvi_01 ndvi_02 ... ndvi_12 nbrl_01 nbrl_02 ... nbrl_12

Tabela 4. Desenho da tabela de limiares no banco de dados.

Figura 4. Diagrama de Fluxo do Módulo de Cadastro de Limiares Diferenciais

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14

A tabela de limiares foi criada utilizando o seguinte script de SQL.

CREATE TABLE limiares (orbita_ponto varchar, ano integer, ndvi_01 real, ndvi_02 real,

ndvi_03 real, ndvi_04 real, ndvi_05 real, ndvi_06 real, ndvi_07 real, ndvi_08 real, ndvi_09 real,

ndvi_10 real, ndvi_11 real, ndvi_12 real, nbrl_01 real, nbrl_02 real, nbrl_03 real, nbrl_04 real,

nbrl_05 real, nbrl_06 real, nbrl_07 real, nbrl_08 real, nbrl_09 real, nbrl_10 real, nbrl_11 real,

nbrl_12 real)

7.1 Funcionalidades do Módulo de Cadastro de Limiares.

Foram projetadas e implementadas as funcionalidades requeridas no TdR para o Módulo

de Cadastro de Limiares: incorporação de limiares, modificação de aqueles limiares armazenados

no banco de dados, e exclusão de limiares existentes. Foi incorporada uma funcionalidade para

obter todos os limiares armazenados, ou aqueles correspondentes a uma órbita/ponto

determinada. A seguir é descrita a estrutura de um arquivo projetado para facilitar as tarefas de

inserção e modificação de limiares e, também cada um dessas funcionalidades.

7.1.1 Arquivo de Limiares

O arquivo de limiares é utilizado para facilitar as tarefas do consultor responsável pela

administração e atualização da Tabela de Limiares no Banco de Dados.

O arquivo de limiares possui uma estrutura similar à da Tabela no Banco de Dados descrita

acima, onde cada linha da tabela (o arquivo) corresponde aos limiares de uma órbita/ponto e ano

determinados.

O arquivo de limiares, com extensão csv tem compatibilidade com editores de texto ou

programas de planilhas de cálculo. O separador de campos é ponto e vírgula (;) e o separador

decimal é o ponto (.). O arquivo tem uma largura fixa de 26 colunas.

A utilização de um arquivo de limiares permite ao responsável da administração e

atualização dos limiares ter uma copia local dos limiares em um arquivo com formato conhecido,

transferível e modificável sem necessidade de ferramentas específicas.

O responsável pelo arquivo de limiares precisa de atenção especial na modificação dos

valores conteúdos no arquivo já que esses valores serão inseridos no banco de dados.

7.1.2 Incorporação de Limiares.

Os limiares dinâmicos são incorporados no banco de dados utilizando a função

“inserir_limiar” do Módulo de Cadastro. A função possui só um parâmetro correspondente à rota

do arquivo de limiares descrito acima.

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15

imPAAQ_CADASTRO_vOP.py inserir_limiar /rota_arquivo/arquivo_limiares.csv

Não é possível inserir duas entradas de limiares para uma mesma combinação de ano e

órbita/ponto. Cada combinação deve ser única, e só é possível determinar uma nova combinação

de limiares para uma órbita/ponto indicando um ano diferente. No caso que o arquivo de limiares

tenha limiares já inseridos no banco, os antigos serão mantidos para referência.

7.1.3 Módulo de modificação dos limiares.

A modificação desses limiares ou índices espectrais é possível utilizando a função

“modificar_limiar” do programa Cadastro. O único parâmetro da função é um arquivo com

limiares a modificar, utilizando a mesma estrutura do arquivo de limiares descrito acima.

imPAAQ_CADASTRO_vOP.py modificar_limiar /rota_arquivo/arquivo_limiares_mod.csv

Todos os limiares incluídos no arquivo indicado serão modificados.

7.1.4 Módulo de Leitura.

Foi implementada uma função de leitura “ler_limiar” para realizar a consulta do banco de

dados e obter os limiares correspondentes a todas as órbitas/ponto, ou a uma órbita/ponto

determinada, segundo seja requerido.

imPAAQ_CADASTRO_vOP.py ler_limiar op:221_067 ano:2014

Casos sejam requeridos todos os limiares armazenados no banco de dados, a função

“ler_limiar” utiliza o parâmetro adicional “tudos”.

Caso sejam requeridos os limiares correspondentes a uma órbita/ponto, a entrada do

módulo de leitura é a órbita-ponto requerida, e a saída é um vetor com os valores dos limiares

para cada índice. O módulo de leitura não possui permissões de gravação no arquivo de limiares.

7.1.5 Modulo de Exclusão

A última funcionalidade descrita é a de exclusão dos limiares armazenados no banco de

dados. A função “eliminar_limiar” foi implementada para apagar os limiares correspondentes a

uma determinada órbita/ponto.

imPAAQ_CADASTRO_vOP.py eliminar_limiar op:221_067 ano:2014

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16

7.2 Ferramenta para obtenção de limiares ótimos de extração

Foi projetada e implementada uma ferramenta digital para obter os valores de limiares de

extração de cicatrizes de área queimada que minimizam os erros de comissão e omissão na

identificação dos píxeis de áreas queimadas. Os dados de entrada são as imagens de NDVI e

NBRL para duas datas consecutivas, e as cicatrizes de área queimada são as obtidas mediante

mapeamento com um classificador automático e imagens compostas [Jesus et al, 2015]. O

procedimento tem como objetivo obter o par de limiares de extração que melhor se ajusta à

referência de área queimada do classificador automático.

A ferramenta implementada explora os erros de comissão e omissão obtidos utilizando

diferentes valores de limiares até encontrar aqueles que apresentam a combinação mais

adequada destes erros. A sequência dos processos é a apresentada na Figura 5 a seguir.

A rotina desenhada explora uma série de valores de limiares de mudança de NDVI e

NBRL, desde o valor da média das mudanças dentro das cicatrizes da referência, até um mínimo

de 0,1 (10% de mudança): calcula os erros de comissão e omissão para cada par de limiares,

Figura 5. Rotina de cálculo de limiares de extração de área queimada.

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calcula a soma desses erros e, finalmente obtém o menor valor da soma para identificar qual é o

par de limiares que geram a menor combinação de erros de comissão e omissão. A seguinte

Figura 6 apresenta a curva da soma de erros para diferentes valores de limiares; cada valor de

soma, por sua vez, é o resultado da razão entre a soma do número de píxeis dos erros de

omissão e de comissão, dividida pelo número de píxeis de área queimada no dado de referência.

A seguinte Figura 7 apresenta um detalhe da curva de erros para as combinações de

limiares que produzem os menores valores de erros. Os valores determinados pela metodologia

desenhada são identificados com uma linha vertical vermelha.

Figura 6. Erros de Comissão e Omissão para diferentes limiares

Figura 7. Detalhe da curva de limiares dos valores obtidos pela metodologia desenvolvida

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18

Os resultados da metodologia implementada indicam que os menores valores de erros de

comissão e omissão são obtidos utilizando os limiares 0,269 e 0,529 para a mudança de NDVI e

NBRL, respetivamente. Os valores de erros de comissão e omissão são 4,4% e 9,0% dando um

valor total de erro de 13,4%.

8 MÓDULO DE PROCESSAMENTO

O Módulo de Processamento (MP) é responsável pelo cálculo da área queimada a partir

das imagens Landsat/8-OLI-TIRS utilizando limiares de extração diferenciais proporcionados pelo

Módulo de Administração de Dados (MAD). O MAD possui as funcionalidades necessárias para

processar os dados comprimidos e armazenados no acervo, converter os dados brutos em valores

de refletância no topo da atmosfera, obter do banco de dados os limiares de extração

correspondentes e, finalmente, armazenar em vários formatos os dados de saída proporcionados

pelo MP.

A Figura 8 a seguir exemplifica a circulação e processamento dos dados no MAD para

responder ao pedido de dados de refletância e limiares de extração solicitados pelo MP.

Figura 8. Circulação dos dados após uma solicitação de imagens e limiares

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19

Os dados proporcionados pelo MAD são processados no MP com o objetivo de obter as

cicatrizes de área queimada. O diagrama do fluxo do processamento de área queimada é

apresentado na Figura 9 a seguir.

O módulo de processamento recebe as imagens de refletância no topo de atmosfera do

módulo de administração de dados, calcula as máscaras de nuvens, calcula os índices espectrais

NDVI [Gitelson et al, 1996] e NBRL [Key & Benson, 1999] para cada uma delas, calcula a

mudança desses índices utilizando a fórmula descrita na Equação 1 e, finalmente calcula a

máscara de área queimada [Melchiori A.E 2014 a)] utilizando a fórmula na Equação 2.

Eq. 1

Eq 2.

Figura 9. Diagrama de fluxo do processamento dos dados na obtenção de cicatrizes

de área queimada e máscara de nuvens

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20

A versão atual do módulo de processamento incorpora a utilização de limiares diferenciais

na fórmula de extração de área queimada. A Equação 3 apresenta a fórmula atual do algoritmo de

área queimada com limiares diferenciais.

Eq. 3.

Os subíndices OP,A e, M indicam que os limiares de extração dos índices NDVI e NBRL,

variam segundo a órbita/ponto (OP), ano (A) e mês (M) da imagem post-fogo.

Os dados processados são enviados ao Módulo de Administração para armazenagem. O

Módulo de Administração tem as funções necessárias para: escrever os diferentes formatos de

imagens que são armazenados, converter as imagens em vetores e, escrever no banco de dados

geográfico. A Figura 10 a seguir apresenta o diagrama de fluxo dos dados para armazenagem.

8.1 Máscara de nuvens

No presente, e segundo as informações do sitio de descarga dos arquivos Landsat [TIRS

2015], as imagens do sensor TIRS possuem valores incorretos. Devido a este problema, a USGS

removeu os dados do sensor TIRS do pacote proveito ao público.

No contrato anterior com a GIZ (TdR N° 11-9035-4-001.00) foi projetada e desenvolvida

uma máscara de nuvens para os sensores TM, ETM e OLI-TIRS. A máscara resultante possui

uma alta dependência da banda térmica para separar as áreas com areia e solos expostos, muito

comuns no Cerrado Brasileiro. O aviso da falha no sensor TIRS motivou utilizar outros dados na

geração da máscara de nuvens. A solução mais aceitável foi recorrer aos dados de qualidade

providos no pacote. A banda BQA - Band Quality Assessment [Landsat BQA 2015] do sensor

Landsat 8 tem a seguinte descrição apresentada na Figura 11.

Figura 10. Diagrama de fluxo do armazenamento dos dados pelo Módulo de Administração

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21

Os 4 bits mais significativos (MSB) da palavra de 16 bits apresentam informação relativa

ao conteúdo de nuvens de cada pixel na imagem, e a confiança deste valor. O bit 15 apresenta

alta confiança de nuvens, o bit 13 alta confiança de nuvens de tipo cirrus. A obtenção de uma

máscara de nuvens resulta do uso desses valores, e mascarando o resto da informação.

Na linguagem Python também é possível realizar operações ao nível de bits. A operação

de interesse é o deslocamento para a direita, sem rotação [Right-shift 2015]. A Figura 12 a seguir

apresenta um esquema que exemplifica o deslocamento de 12 posições para a direita.

Os quatro valores MSB originais são convertidos nos bits menos significativos (LSB) na

palavra resultante deslocada. Segundo as Figuras 11 e 12, os valores da máscara de nuvens

estão determinados pelas combinações apresentadas na seguinte Tabela.

Bit 3 Bit 2 Bit 1 Bit 0 Valor da máscara Valor original do pixel

1 1 1 1 15 >61440

1 1 1 0 14 >57344

1 1 0 1 13 >53248

1 1 0 0 12 >49152

1 0 1 1 11 >45056

1 0 1 0 10 >40960

1 0 0 1 9 >36864

1 0 0 0 8 >32768

0 1 1 1 7 >28672

0 1 1 0 6 >24576

Tabela 5. Valores da banda BQA para constituir uma máscara de nuvens

Figura 11. Configuração dos bits da banda BQA do sensor Landsat 8

Figura 12. Deslocamento de 12 posições para a direita de uma palavra de 16 bits.

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Os valores com relevância baixa, bits 14 e 12, não são indicadores de nuvens, e precisam

dos bits 15 ou 13 para ter relevância na máscara. A Figura 13 apresenta um exemplo de máscara

de nuvens baseada na banda BQA do pacote de dados distribuído pela USGS.

Figura 13. Máscara de nuvens baseada na banda BQA do pacote de dados da USGS.

Figura 14. Banda 4 do pacote de dados da USGS.

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A Figura 14, apresenta a banda 4 da imagem correspondente à máscara de nuvens da

Figura 10. Pode se observar que as sombras de nuvens não são identificadas na atual versão da

banda BQA. Os bits reservados para as sombras de nuvens possuem valor zero e são

confundidos com a máscara de agua.

Esta falha nas imagens termais do Landsat-8 possivelmente será resolvida em futuro breve

pelo USGS, que está trabalhando neste sentido (ver Anexo 1), e desta forma o algoritmo

desenvolvido para a filtragem de nuvens [(Melchiori 2014 b)] será integrado ao sistema de

processamento.

9 MÓDULO DE INTEGRAÇÃO.

O terceiro dos módulos projetados para o presente TdR é o Módulo de Integração. O

Módulo de Integração (MI) tem a função de comunicar ao Sistema de Processamento que novos

dados foram recebidos e armazenados no acervo de imagens brutas e podem ser processados.

Todas essas tarefas são realizadas sem a intervenção do usuário. O MI possui assim, uma

estreita ligação com o Módulo de Atualização do Acervo (MAA) e o Módulo de Processamento

(MP). A Figura 15 apresenta um esquema do fluxo de dados entre os módulos.

Considerando o calendário das passagens Landsat que foi apresentado no Capítulo 4,

todas as cenas correspondentes a uma mesma órbita serão processadas no mesmo dia e os

dados publicados na sequência do processamento. Ainda não é possível estabelecer qual é o

tempo de demora desde a ingestão dos dados até a da disponibilidade das imagens para

Figura 15. Fluxo de dados entre os Módulos de Acervo, Integração e Processamento.

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processar, uma vez que esta avaliação de pende de operações que ainda estão em fase de teste

na DGI-INPE.

Como mencionado no Capítulo 2, o Sistema de Aquisição e Geração de Imagens Landsat

8/OLI-TIRS que está sendo instalado no INPE-Cachoeira Paulista encontra-se em fase de

avaliação por parte da USGS. A avaliação consiste em testar e avaliar cada um dos dados

gerados pelo sistema de ingestão e os diferentes componentes do sistema de geração de

imagens, desde o dado bruto até o dado em nível L1T pronto para o processamento e distribuição

ao público. No presente, a fase em avaliação é a de geração do dado bruto, prévio ao dado nível

zero. A USGS deve aprovar o produto gerado para habilitar as posteriores fases da instalação e

configuração do sistema. As perspectivas do responsável da DGI é que o sistema fique pronto no

mês de abril ou maio de 2015.

9.1 Conectividade segura entre os Módulos de Acervo e Processamento

Na Figura 3 pode-se observar que o Módulo de Atualização do Acervo (MAA)

(imPAAQ_UpdateDB_vOP) e o Módulo de Seleção dos Dados (MSD) (imPAAQ_SelectData_vOP)

do MP são executados em computadores diferentes. A comunicação segura entre ambos os

módulos é estabelecida mediante o MI e utilizando uma biblioteca denominada Paramiko

[Paramiko 2015] para a linguagem Python.

A biblioteca Paramiko implementa o protocolo de comunicação SSHV2 [Ssh 2015]

permitindo uma conexão segura do tipo cliente-servidor entre dois computadores interconectados

em uma estrutura de rede com o objetivo de executar tarefas no servidor. O cliente é representado

pelo MI e o servidor pelo MP. O cliente (MI) solicita ao servidor (MP) o processamento dos dados

que foram recentemente inseridos no Banco de Dados.

O cliente tem a responsabilidade de autenticar a conexão com o servidor utilizando um

usuário e palavra-chave, ou uma chave pública [Chave pública 2015]. O servidor tem a

responsabilidade de decidir quais usuários, palavras chaves ou chaves públicas são permitidas

para estabelecer uma conexão.

A forma mais simples para estabelecer uma conexão cliente-servidor que vai requerer

múltiplas sessões é provavelmente utilizando uma chave. As chaves representam certificados de

autenticidade destinados a evitar a utilização de usuários e palavras chaves nas conexões. A

chave é gerada no cliente e transferida ao servidor uma única vez. O servidor vai utilizar a chave

transferida para verificar o cliente e permitir o acesso em cada conexão.

O comando utilizado no cliente para gerar uma chave é: “ssh-keygen –t rsa”. Após a

criação da chave é necessário transferi-la ao servidor para estabelecer o vínculo entre a chave e o

cliente. Esse vínculo é estabelecido utilizando o comando: “ssh-copy-id user@dir”

O próximo passo requer de testar a conexão cliente-servidor para avaliar a correta

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recepção e registro da chave. A conexão e realizada utilizando o comando “ssh user@dir”.

Uma vez que a chave foi transferida, a biblioteca paramiko pode ser utilizada para executar

o módulo de integração por parte do cliente.

O código fonte no cliente precisa de uma declaração acessando o servidor e executando o

programa correspondente. A seguir, o código de acesso ao servidor é exemplificado.

import paramiko

ssh= paramiko.SSHClient()

ssh.set_missing_host_key_policy(paramiko.AutoAddPolicy())

ssh.connect(“taynha.cptec.inpe.br”)

ssh.exec_command(“python /codedir/code.py”)

ssh.close()

O código apresentado só funciona após a transferência da chave do cliente para o

servidor; ou então, é necessário inserir o nome de usuário e password no código de conexão.

9.2 Sob a projeção e implementação definitiva do Módulo de Integração.

Até o momento não é possível realizar um projeto e implementação definitiva do MI devido

à instalação do Sistema de Ingestão das imagens Landsat 8/OLI-TIRS não estar concluída na

sede do INPE-Cachoeira Paulista. O caráter inovador dos sistemas utilizados na ingestão e

processamento dos dados adquiridos pela antena de recepção satelital só permitem por enquanto

estabelecer suposições sob a estrutura e funcionamento do sistema.

A projeção de término da instalação para o mês de Abril/Maio permite supor que antes da

entrega do segundo produto do atual TdR, novas informações sob a arquitetura do sistema e do

estado do MI serão disponibilizadas e devidamente descritas nos futuros relatórios.

10 SISTEMA DE CONTROLE DE VERSÕES DO CÓDIGO FONTE

O atual TdR determina que o código fonte criado fique resguardado em um Sistema de

Controle de Versões para garantir o proseguimento dos avanços, e o resguardo das informações

geradas. Um Sistema de Controle de Versões (SCV) representa uma ferramenta indispensável em

um ambiente de desenvolvimento de programas. O SCV possui todas as funcionalidades que o

desenvolvedor requer para manter organizado o código fonte criado, e registradas todas as

mudanças e avanços no trabalho de programação.

Um SCV cria um repositório de código fonte para armazenagem, onde os diferentes

usuários enviam as suas respectivas versões dos códigos fontes na medida dos avanços na

programação. Os diferentes usuários possuem nos respectivos computadores uma versão do

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conteúdo do repositório denominada “copia de trabalho”. Essa copia de trabalho representa a

versão mais recente do código no repositório.

No presente relatório é apresentada a utilização do Sistema de Controle de Versões

Subversion [Subversion 2015]. O SCV está instalado e configurado para funcionar na rede do

INPE São José dos Campos e, só pode ser acedido pelos administradores do sistema e autores

do código fonte.

10.1 Arquivos do código fonte.

O primeiro passo no presente TdR foi organizar o código fonte a ser utilizado para

implementar as mudanças que foram requeridas. Foi utilizado o código criado no contexto de um

contrato com MMA/FUNBIO para o desenvolvimento da base de uma ferramenta operacional para

o mapeamento e extração das cicatrizes de área queimada em onze cenas do Cerrado Brasileiro

[Melchiori 2014 c)]. A base da ferramenta operacional é o código criado no contrato anterior com a

GIZ para extrair cicatrizes de áreas queimadas na cena 221/067, correspondente ao Parque

Estadual do Jalapão, no estado de Tocantins.

Para diferenciar o código existente da nova versão foram renomeados os arquivos e

inseridos no SVC para começar as tarefas de desenvolvimento utilizando o controle de versões.

O Módulo de Processamento foi salvo com o nome: imPAAQ_Proc_vOP_OLI_MPC.py. As

diferentes componentes do nome do arquivo tem significado. O imPAAQ indica que o objeto de

processamento são imagens (im) e o objetivo do programa é o Processamento Automático de

Áreas Queimadas (PAAQ), Proc indica o componente de processamento per se, vOP que é a

versão operacional do sistema, OLI indica que a fonte dos dados é o satélite Landsat 8/OLI e,

MPC que são implementadas rotinas de processamento paralelo em múltiplos núcleos quando

foram disponíveis.

O Módulo de Administração de Dados do Sistema de Processamento foi salvo com o nome

imPAAQ_FileManager_OLI_MPC.py.

O Módulo de Atualização do Acervo foi salvo com o nome imPAAQ_UpdateDB_vOP.py.

O Módulo de Integração foi salvo com o nome imPAAQ_Integration_vOP.py.

O ultimo componente do Sistema de Processamento são as definições de registros

utilizados pelos Módulos de Processamento e Administração. O arquivo de definições foi salvo

com o nome imPAAQ_definitios.py.

Os arquivos mencionados estão armazenados no endereço /home/queimadas/scripts da

máquina taynha.cptec.inpe.br na rede do INPE-São José Dos Campos.

No momento de instalar o sistema na rede do INPE-Cachoeira Paulista, os nomes dos

arquivos podem-se manter sem mudança. O Módulo de Atualização do Acervo será apagado, já

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que as funções de administração do banco de dados será responsabilidade do Sistema de

Controle e Processamento da DGI.

10.2 Uso do Sistema de Controle de Versões.

O Sistema de Controle de Versões (SCV) é configurado para atender os endereços das

cópias de trabalho nas máquinas abrangidas. Para realizar qualquer tarefa de controle é

necessário ingressar primeiro no diretório e a partir dele executar as ferramentas do SCV.

10.3 Incorporação dos arquivos com código fonte.

Os arquivos de código fonte são incorporados no SCV utilizando o comando “svn add”.

Para os diferentes arquivos do projeto, os comandos foram:

svn add imPAAQ_Proc_vOP_OLI_MPC.py

svn add imPAAQ_FileManager_OLI_MPC.py

svn add imPAAQ_vOP_Man.py

svn add imPAAQ_Definitions.py

svn add imPAAQ_CADASTRO_vOP.py

svn add imPAAQ_SelectData_vOP.py

svn add imPAAQ_UpdateDB_vOP.py

Posteriormente ao comando “svn add” é necessário executar o comando “svn commit” com

os mesmos nomes dos arquivos que foram recentemente incorporados no repositório.

10.4 Incorporação de mudanças no código fonte.

As mudanças no código fonte devem ser armazenadas no SCV para um controle das

modificações que foram feitas. O comando para incorporar a nova versão do código no SCV é

“svn commit”. A rotina completa se exemplifica a seguir.

svn commit imPAAQ_Proc_vOP_OLI_MPC.py –m “Mudança dos nomes”

Recomenda-se escrever um comentário respeito das mudanças que foram realizadas no

código para ter uma rápida ideia dos conteúdos dos arquivos.

10.5 Verificação de mudanças no código fonte.

O SVC possui o comando “svn status” para conhecer o estado dos arquivos no diretório de

trabalho e no repositório após uma sessão de trabalho. A saída do comando pode indicar

diferentes estados dos arquivos no repositório. A lista a seguir exemplifica alguns dos casos

possíveis.

„‟ – Sem modificações.

A – Novo arquivo no repositório.

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D – Arquivo eliminado

M – Arquivo modificado

R – Arquivo substituído

C – Arquivo em conflito

? – Arquivo sem representação no repositório

! – Arquivo perdido

~- Tipo de objeto modificado

Por exemplo, os arquivos recentemente incorporados no repositório utilizando o comando

“svn add” mostraram uma “A” após consulta quanto ao estado dos arquivos no repositório. Os

arquivos que foram modificados após uma sessão de trabalho mostraram uma “M” ao lado do

nome do arquivo. Essas indicações ajudam a conhecer quais arquivos precisam ser atualizados

no repositório.

11 ANEXO 1

É apresentado um correio electrónico de um membro da equipe de Cooperação Técnica

Internacional do Projeto Landsat, referido ao funcionamento do sensor TIRS do satélite Landsat-8

e a volta em funcionamento projetada para o mês de abril de 2015.

______________________________________________________________________________

Assunto: Landsat 8 TIRS Sensor Resumes Nominal Operations

Data: Sat, 7 Mar 2015 10:54:13 -0600

De: Shaw, Jerad <[email protected]>

Para: undisclosed-recipients:

Greetings ICs,

The Landsat 8 Thermal Infrared Sensor (TIRS) resumed normal imaging operations on

March 4, 2015, and nominal blackbody and deep space calibration data collection will resume on

March 7, 2015.

Since the current anomaly associated with the scene select mirror encoder electronics

forced a suspension of TIRS Level-1 data processing on December 19, 2014, an exhaustive study

has been conducted to determine the root cause of the anomaly and to develop plans for

reconfiguring the instrument for a return to nominal operations. During this time TIRS data

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continued to be collected and archived, although Level-1 processing was suspended.

On March 2, 2015, the TIRS mechanism control electronics (MCE) were swapped to the

redundant side (“side-B”) and TIRS data collection resumed on March 4, 2015. It will still take

several weeks of commissioning the instrument with the side-B MCE and obtaining sufficient

calibration data to resume Level-1 processing. Likewise, TIRS data collected December 19, 2014

through March 1, 2015 will require updated calibration parameters before these data can be

processed to generate Level-1 products.

The table below summaries the dates ranges during which TIRS data have been acquired,

when provisional products will become available, when reprocessing will take place, and when

reprocessed data will become available.

Acquisition

Date Range

Sensor

Imagery

Acquired

Provisional

TIRS

Product

Availability

Reprocessing

Period

Nominal

TIRS Data

Product

Availability

Notes

December 19,

2014 – March

1, 2015

(23:57:34

UTC)

OLI &

TIRS

N/A April 30, 2015 -

May 18, 2015

May 18,2015 Several lost

TIRS scenes in

the period; TIRS

imaging stopped

in preparation for

TIRS side-swap

March 2, 2015

(13:53:23

UTC) - March

3, 2015

(00:40:35

UTC)

None N/A N/A N/A No TIRS or OLI

imagery acquired

due to TIRS

side-swap

activities

March 3, 2015

(00:40:35

UTC) - March

4, 2015

(00:02:18

UTC)

OLI N/A N/A N/A OLI imaging

resumes

March 4, 2015

(00:02:18

UTC) - March

4, 2015 (16:20

OLI &

TIRS

N/A N/A N/A TIRS

engineering

imagery acquired

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30

UTC)

March 4

(16:20:00

UTC) - March

7 (00:00:00

UTC)

OLI &

TIRS

N/A April 13, 2015 -

April 20, 2015

April 20,2015 Mode-4 without

TIRS cals

March 7

(00:00:00

UTC) - April

13, 2015

(23:59:59

UTC)

OLI &

TIRS

March 16,

2015

April 13, 2015 -

April 20, 2015

April 20,2015 Nominal TIRS

that includes

regular BB & DS

A more comprehensive summary of the issues and impacts to TIRS data collection will be

posted on the Landsat 8 Calibration Notices web site:

http://landsat.usgs.gov/calibration_notices.php

If you have any questions, please let me or Steve Labahn know.

Best Regards,

Jerad

===========================

Jerad L. Shaw

Landsat International Cooperator Technical Support

Stinger Ghaffarian Technologies (SGT, Inc.)

Contractor to the U.S. Geological Survey (USGS)

Earth Resources Observation and Science (EROS) Center

47914 252nd Street, Sioux Falls, SD 57198

[email protected]

ph: 605-594-6944

SHIPPING:

USGS/EROS

ATTN: Jerad Shaw

47914 252nd Street

Sioux Falls, SD USA

57198-0001

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em imagens de média resolução da região do Jalapão. Agosto de 2014.

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