Adicional de Atividades Penosas

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Biblioteca Digital da Cmara dos DeputadosCentro de Documentao e InformaoCoordenao de Biblioteca http://bd.camara.gov.br"Dissemina os documentos digitais de interesse da atividade legislativa e da sociedade.ADICIONAL DE ATIVIDADES PENOSASMaria Auxiliadora da Silva2005E8TUDOCmara dos DeputadosPraa 3 PoderesConsultoria LegislativaAnexo III - TrreoBraslia - DFADCONAL DE ATVDADE8 PENO8A8 ADCONAL DE ATVDADE8 PENO8A8 ADCONAL DE ATVDADE8 PENO8A8 ADCONAL DE ATVDADE8 PENO8A8Maria Auxiliadora da SilvaConsultora Legislativa da rea VDireito do Trabalho e Processual do TrabalhoE8TUDO8ETEMBRO/200528UMAROI - IN1RODU(AO...........................................................................................................................................3II - BRLVL lIS1RICO...............................................................................................................................4III-RAZOLSDAIN1RODU(AODOADICIONALDLA1IVIDADLSPLNOSASNACOMISSAO DL SIS1LMA1IZA(AO L NA ASSLMBLLIA NACIONAL CONS1I1UIN1L.......5IV - CONCLI1UA(AO L CARAC1LRIZA(AO DAS A1IVIDADLS PLNOSAS..........................6V-CONCLI1UA(AOLCARAC1LRIZA(AODOADICIONALDLA1IVIDADLSPLNOSAS VLRIlICADAS NOS PROJL1OS DL LLI LM 1RAMI1A(AO L NOSACORDOSL CONVLN(OLS COLL1IVAS DO 1RABALlO.................................................................................9VI - CONCLUSAO .........................................................................................................................................12VII - BIBLIOGRAlIA...................................................................................................................................13 2005 Camara dos Deputados.1odosos direitos reserados. Lstetrabalhopodera ser reproduzido ou transmitidonantegra,desdequecitadas a autora e a Consultoria Legislatia da Camara dos Deputados. Sao edadas a enda, a reproduaoparcial e a traduao, sem autorizaao pria por escrito da Camara dos Deputados.Lste trabalho de inteira responsabilidade de sua autora, nao representando necessariamente a opiniao daCamara dos Deputados.3ADCONAL DE ATVDADE8 PENO8A8 ADCONAL DE ATVDADE8 PENO8A8 ADCONAL DE ATVDADE8 PENO8A8 ADCONAL DE ATVDADE8 PENO8A8Maria Auxiliadora da SilvaI IN1RODUOAConstituiaode1988trouxeinmerasnoidadesrelatiasalegislaaotrabalhista,inseridasnoart.,quedispoesobreosdireitosdostrabalhadoresurbanoserurais.Uma delas o adicional de remuneraao para as atiidades penosas. 1odaia,apesardeconstarnotextoconstitucional,apreisaodoadicionaldeatiidadespenosasnaonoidadenoordenamentojurdicobrasileiro.ALein.3.80, de 26 de agosto de 1960, ao instituir as aposentadorias especiais para os trabalhos penosos,insalubreseperigosos,dispossobreoadicionaldepenosidade,almdeoutrosdiplomaslegaisposteriores que trataram da matria, todos reogados.Atualmente,oadicionaldeatiidadespenosasestarestritoaLein.8.112, de 11 de dezembro de 1990, que institui o Regime Jurdico dos Seridores Pblicos Ciisda Uniao.LmboraestejapreistonaConstituiaodaRepblica,odireitoaoadicionaldeatiidadespenosasnaoauto-aplicael,poisdependedeleiqueoregulamente.Nessesentido,durante1anos,oramapresentadosariosprojetoscomesseobjetiosem,contudo,alcanaremxitopelaenormediiculdadedesecaracterizareconceituarasatiidadespenosas em ista do carater eidentemente subjetio do instituto.Lntretantoaaltaderegulamentaaonaotemimpedidoqueoadicionaldeatiidadespenosassejaconcedidoaostrabalhadorespormeiodeacordoseconenoescoletias de trabalho.Lsseestudoaraumbreehistricodoadicionaldeatiidadespenosas,resgataraomotiopeloqualolegisladorconstituintepretendeutorna-lodireitosocial,apresentara alguns conceitos doutrinarios, bem como mostrara as diersas caracterizaoes dessasatiidades,eriicadasnosprojetosdeleiemtramitaaonestaCasaenosacordoseconenoescoletias do trabalho.4II BRLVL HIS1RICOO conceito de trabalho penoso tee incio com a Lei n. 3.80, de 26 deagosto de 1960, que dispunha sobre a LeiOrganicadaPreidnciaSocial.Lisoquepreiaaleiquanto as atiidades penosas:.rt 1. . ao.evtaaoria e.eciat .era covceaiaa ao .egvraao qve, covtavao vo vvivo :0;civqvevta ) avo. ae iaaae e 1: ;qvive) avo. ae covtribvioe. tevba trabatbaao avravte 1:;qvive), 20 ;rivte) ov 2: ;rivte e civco) avo. eto vevo., covforve a atiriaaae rofi..iovat,ev.errio.,qve,ara..eefeito,forevcov.iaeraao.evo.o.,iv.atvbre.overigo.o.,orDecreto ao Poaer ecvtiro.A aposentadoria especial, preista na reerida lei, oi regulamentada peloDecreto n. 53.831, de 15 de maro de 1964, nos seguintes termos:.rt. 1 . .o.evtaaoria .eciat, a qve .e refere o art. 1 aa ei .0, ae 2 ae ag.toae10,.eracovceaiaaao.egvraaoqveeeraovtevbaeerciaoatiriaaaerofi..iovatev.errio. cov.iaeraao. iv.atvbre., erigo.o. ov evo.o. vo. trvo. a.te aecreto..rt.2Parao.efeito.aacovce..aoaa.o.evtaaoria.eciat,.eraocov.iaeraao..errio.iv.atvbre., erigo.o. ov evo.o., o. cov.tavte. ao Qvaaro .veo ev qve .e e.tabetece tavbeva corre.ovavcia cov o. rao. referiao vo art. 1 aa citaaa ei.Noreeridoquadro,anexoaodecreto,constamasseguintesatiidadesconsideradas penosas:1rabalhospermanentesnosubsoloemoperaoesdecorte,uraao,desmonteecarregamentonasrentesdetrabalho,essasatiidadeseram classiicadas tambm como insalubres e perigosas,,1rabalhos permanentes em locais de subsolo aastados das rentes detrabalho, galerias, rampas, poos, depsitos etc ,tambm classiicadoscomo insalubres,,Proissoesdemotorneirosecondutoresdebondes,motoristasecobradores de onibus, motoristas e ajudantes de caminhao,Proessores.A Lei n. 3.80, de 1960, oi reogada pelo Decreto n. 62.55, de 22 demaio de 1965.OutrodiplomalegalapreerapenosidadeoiaLein..850,de23deoutubro de 1989, que Considera penosa, para eeito de concessao de aposentadoria especial aos25anosdeserio,aatiidadeproissionaldeteleonista`,sendoposteriormentereogadapela5Lein.9.528,de10dedezembrode199,queAlteradispositiosdasLeisns8.212e8.213,ambas de 24 de julho de 1991, e da outras proidncias`.Atualmente,aLein.8.112,de11dedezembrode1990,queDispoesobreoregimejurdicodosseridorespblicosciisdaUniao,dasautarquiasedasundaoespblicas ederais`, assim pre o adicional de atiidade penosa:.rt. 1. O aaiciovat ae atiriaaae evo.a .era aeriao ao. .erriaore. ev eerccio ev ova.aefrovteiraovevtocatiaaae.cv;a.covaioe.aeriaao;v.tifiqvev,vo.tervo.,covaioe.etivite. fiaao. ev regvtavevto. IIIRAZLSDAIN1RODUODOADICIONALDLA1IVIDADLSPLNOSASNACOMISSODLSIS1LMA1IZAOLNAASSLMBLLIANACIONALCONS1I1UIN1LOadicionaldeatiidadespenosas,talqualestapreistonaConstituiaolederal, tee origem nos trabalhos na Comissao de Sistematizaao ,Projeto de setembro de 198,no inciso XIX do art. 6,. Nessa oportunidade, o Deputado Ubiratan Spinelli apresentou emendaaoprojetoparasuprirotermopenosas`,entendendoqueseriamuitodicilconceituartaisatiidades,dadoseucaratersubjetio.ORelatordaComissao,DeputadoBernardoCabral,rejeitouaemendaaoalegar,mesmoreconhecendoadiiculdadedecaracterizartaisatiidades,que a manutenao dessa palara indispensael, porque, sem ela, deixaremos de contemplar asatiidades desgastantes.`Porm,noProjetodeConstituiao,leadoaaproaaodaAssembliaNacionalConstituinte,oadicionaldeatiidadespenosasnaooicontemplado,razaopeloqual,nasotaoesinais,oDeputadoNelsonAguiar,apresentouoRequerimenton.2.214,dedestaque,paraaaproaaodapalarapenosas`doincisoXXdoart.,doprojetodeConstituiao para aditamento ao inciso XX, do art. 8, da Lmenda Substitutia n. 22.038-1.O autor do destaque requereu que osse includa, conorme constaa doProjeto da Comissao de Sistematizaao, a palara penosas`. No seu entender, se prealecesse oadicionalderemuneraaonotextoconstitucional,seriaapenasparaasatiidadesinsalubreseperigosas.Odestaquetinha,assim,oobjetioderestabelecerotextodaComissao,estendendoesse adicional tambm para as atiidades penosas.LisajustiicaaododestaqueapresentadopeloautornoPlenariodaCamara dos Deputados.6O R. ^O^ .C|.R ;PMD) - r. Pre.iaevte, ra.. e r.. Cov.titvivte.,eeriaevteqveo.trabatbaaore.vao.erv.vbvetiao.aeva.a.atiriaaae.erigo.a.,rivciatvevte qvavao .e trata ao trabatbaaor vevor.^avbcovi..aoaaavtia,Mevoreao.o.,qvere.iaivo.,ovrivo.vvaravaticoaeoivevtoaaecretariaaoMevoraeaoPavto,.taaMarcavtvio,qve,evaocvvevto,vo.fevvaetovo.evtiaoaeqveroriaevcia..evo.vvaforvacov.titvciovataecotocarotrabatbaaorbra.iteiro,rivciatvevteacriava,aoabrigoaevvaroteaotegat,afivaeeritar qve e.tire..ev ete. eo.to. a aao ao. trabatbo. erigo.o. e evo.o.. De voao qve faoe..a .oticitaao, cov vvito carivbo, aeoi. ae vvito e.tvao. .gora e.tov faevao e.te aeto vo.evtiaoaeqveacre.cevteve..etervo,orqveetegaravtiraaotrabatbaaorvvaroteaoe.eciat.Percebe-se,assim,peloresgatedosdebatestraadosnoambitodaAssembliaNacionalConstituinte,quenaohouepropriamenteumajustiicaaojurdicaparaainclusaodotermopenosas`notextoconstitucional,namedidaemqueoLegisladorConstituinte oi motiado pela ocorrncia de um ato, dierentemente do que se deu nos estudosda Comissao de Sistematizaao.IV CONCLI1UAO L CARAC1LRIZAO DAS A1IVIDADLS PLNOSASApsapromulgaaodaConstituiaolederal,tornou-seprementeparaosdoutrinadoreseestudiososnoassuntoabuscapelacaracterizaaoouconceituaaodasatiidadespenosas.Paraisso,emsendoadotadosdoismtodos:odaconceituaaopropriamentedita,talqualpreistanaCL1paraasatiidadesinsalubresouperigosas,eodaenumeraao das atiidades.CretellaJniorcitadoporOlieira,2002a,p.186,,assimconceituaaatiidade penosa:Pevo.o e o trabatbo acerbo, aravo, avargo, aifcit, vote.to, trabatbo.o, ivcvoao, taborio.o,aotoro.o, rvae. ;...) Pevo.a. .ao, evtre ovtra., a. atiriaaae. ae a;v.te e rea;v.te ae aaretbo. aeattareci.ao;vicro.cio.,raaio.,retgio.,teteri.ore.,covvtaaore.,raeo.,forvo.aevicroovaa.,refrigeraaore.),ivtvra.arte.avai.aeteciao.era.o.,evivav.tria.,boraaao.vicro.cio.,re.tavraaoaeqvaaro.,aee.cvttvra.,aavificaaa.etotevo,ore..oa.ovetoveioavbievte,taiaaao,tiografiafiva,graraoe.,reri.aoae;orvai.,reri.ta.,teciao.,ivre..o..1oaoe..etioaeatiriaaaevaoeerigo.a,veviv.atvbre,va.evo.a,eigivaoatevao cov.tavte e rigitvcia aciva ao covvv.Olieira,2002b,p.186e18,tambmcitaLenySato,psiclogaeestudiosa da sade do trabalhador, que assim enumera as atiidades penosas:7.forof.icoivtev.ovoteravtavevto,trav.orte,vorivevtaao,cargaeae.cargaaeob;eto., vateriai., roavto. e ea.;Po.tvra. ivcvoaa., ricio.a. e fatigavte.;.foro. reetitiro.;.ttervvcia ae borario. ae .ovo e rirgtia ov ae ativevtaao;|titiaaoaeeqviavevto.aeroteaoivairiavatqveiveavotevoeerccioaefvvoe. fi.iotgica., covo tato,avaiao,re.iraao,ri.ao,atevao,qveterea.obrecargaf.ica e vevtat;ce..ira atevao ov covcevtraao;Covtato cov o vbtico qve acarrete ae.ga.te .qvico;.tevaivevtoairetoaee..oa.evatiriaaae.aeriveiro..ocorro.,tratavevtoereabititaao qve acarretev ae.ga.te .qvico;1rabatboairetocove..oa.evatiriaaae.aeatevao,ae.evrotrivevtoeeavcaaoqveacarretev ae.ga.te .qvico e f.ico;Covfivavevto ov i.otavevto;Covtavto aireito cov .vb.tvcia., ob;eto. ov .itvaoe. revgvavte. e caaarere. bvvavo. eavivai.,1rabatbo aireto va catvra e .acrifcio ae avivai..Segundo a estudiosa, essas condioes de trabalho tm em comum o atode exigirem esoro sico e,ou mental, proocarem incomodo, sorimento ou desgaste da sade.Llas podem proocar problemas de sade que nao sao necessariamente doenas.Nesse sentido, tem-se, ainda, o trabalho penoso como aquele relacionadoasinadequaoes,ascondioessicasepsicosicasdostrabalhadores,deseuambientedetrabalho, abrangendo este o mobiliario, a organizaao ,Pitta, 1994,1.Magano,1998,2entendequeatiidadespenosassaoasgeradorasdedesconorto sico ou psicolgico, superior ao decorrente do trabalho normal.

1DeiniaoextradadoartigoInsalubridade,PenosidadeeLrgonomia`-www.isegnet.com.br,1colunistas.asp.Acesso em agosto de 2005. Bibliograia citada: Pitta, Ana, lospital, dor e Morte como ocio - Ld. lucitec, 1994.2 MAGANO, Octaio Bueno. ABC do direito do trabalho. Sao Paulo: Reista dos 1ribunais, 1998. p. 54.8Percebe-seque,muitasdessasatiidades,bemcomoosconceitosexpostos,guardambastantesimilitudecomasatiidadeshojeconsideradascomoinsalubres.Outras,porseuturno,estaorelacionadasnaNormaRegulamentadora3,NR,1-Lrgonomia,asaber:^R 1 rgovovia1.1..ta^orvaRegvtavevtaaorari.aae.tabetecerarvetro.qveervitavaaaataaoaa.covaioe.aetrabatboa.caracter.tica..icofi.iotgica.ao.trabatbaaore.,aevoao a roorciovar vv vaivo ae covforto, .egvrava e ae.evevbo eficievte.1.1.1. .. covaioe. ae trabatbo ivctvev a.ecto. retaciovaao. ao teravtavevto, trav.orte eae.carga ae vateriai., ao vobitiario, ao. eqviavevto. e a. covaioe. avbievtai. ao o.to aetrabatbo, e a rria orgaviaao ao trabatbo.1.1.2. Para aratiar a aaataao aa. covaioe. ae trabatbo a. caracter.tica. .icofi.iotgica.ao.trabatbaaore.,cabeaoevregaaorreatiaraavati.eergovvicaaotrabatbo,aerevaoave.vaaboraar,vovvivo,a.covaioe.aetrabatbo,covforvee.tabeteciaove.ta^orvaRegvtavevtaaora.LssaNRnaopreopagamentodeadicionalparaquemexeraatiidades como: leantamento, transporte e descarga indiidual de materiais, trabalho executadona posiao sentada, leitura de documentos para digitaao, datilograia ou mecanograia, solicitaaointelectualeatenaoconstantes,taiscomo:salasdecontrole,laboratrios,escritrios,salasdedesenolimento ou analise de projetos, dentre outros,trabalhos que exijam sobrecarga muscularestaticaoudinamicadopescoo,ombros,dorsoemembrossuperioreseineriores,bemcomoatenaoconstanteparaoprocessamentoeletronicodedados.Pelocontrario,tenta-seadequarolocal ou as condioes de trabalho ao disposto na NR, a im de preserar a sade do trabalhador,pois tem-se que, no pagamento de adicional, a situaao de desconorto do trabalhador permaneceem troca da indenizaao pecuniaria.LssaNRestaemconsonanciacomamaismodernadoutrinadepreenao dos riscos do trabalho que procura tornar o ambiente de trabalho o maisconortaelpossel em detrimento do pagamento de adicionais, que contribuem e muito para o surgimentode doenas ocupacionais, bem como de acidentes do trabalho.Modernamente,deende-sequeopagamentodeadicionaisdeeseroltimo recurso a ser utilizado, quando nao or possel a eliminaao ou a neutralizaao do agenteagressio a sade e a segurana do trabalhador, por meio da adoao de medidas que conserem o

3Oart.155daCL1dispoequeincumbeaorgaodeambitonacionalcompetenteemmatriadeseguranaemedicinadotrabalhoestabelecer,noslimitesdesuacompetncia,normassobreaaplicaaodospreceitosdesegurana e medicina do trabalho.9ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerancia. Para isso, muito importante o estudo daLrgonomia, cujo conhecimento proporciona instrumentos tcnicos necessariosainterenaonomeioambientedetrabalhoisandoapreenaodedoenasocupacionaisedeacidentesdetrabalho.Ademais,percebe-sequesetornanecessario,emdeterminadossetoreseconomicos, cujas atiidades exijam trabalhos repetitios, ritmo intenso e inadequado, ausncia depausas,pressaopsicolgica,posturasincorretas,umaanalisemaisdetalhadadascondioesdetrabalho e nao apenas a adoao de medidas pontuais. Dependendo do resultado dessa analise, hadesertransormadotodooprocessoprodutio,aimdequesejamalcanadososresultadosdesejados, tornando o meio ambiente de trabalho o mais adequado possel para o exerccio dasatiidades laborais.VCONCLI1UAOLCARAC1LRIZAODOADICIONALDLA1IVIDADLSPLNOSASVLRIIICADASNOSPROJL1OSDLLLILM1RAMI1AOLNOSACORDOS L CONVLNLS COLL1IVAS DO 1RABALHOloje tramitam nesta Casa os seguintes projetos de lei dispondo sobre asatiidades penosas:1, PL n. 1.015, de 1988, de autoria do entao Deputado Paulo Paim ,hoje Senador da Repblica,,que Dispoe sobre o adicional de remuneraao para as atiidades penosas.`Oprojetodelei,quetemmaisquatroproposioesanexadas,oiapensado ao PL n. 1.003, de 1988, do prprio entao Deputado Paulo Paim, que, por sua ez, estano Plenario, pronto para a Ordem do Dia desde dezembro de 199.Oart.1doPL1.015,de1988,estabelecequeseraoconsideradasatiidades penosas aquelas que, por sua natureza, condioes ou mtodos de trabalho, exijam dosempregadosesoroecondicionamentosicos,concentraaoexcessia,atenaopermanente,isolamentoeimutabilidadedatareadesempenhadaemneisacimadoslimitesdetoleranciaixados em razao da natureza e da intensidade do trabalho a que estao submetidos.Ja o art. 2 da proposiao assegura ao empregado que exerce trabalho emcondioes penosas a percepao de um adicional de 30 sobre o seu salario.2, PL n. .083, de 2002, de autoria do entao Deputado Paulo Paim ,hoje Senador da Repblica,,que Disciplina a jornada de trabalho e concede adicional de penosidade, aposentadoria especial eseguro obrigatrio aos motoristas e cobradores de transporte coletios urbanos`.OreeridoprojetooiapensadoaoPLn.113,de1988,queesta,noPlenario, pronto para a Ordem do Dia, desde dezembro de 1995.10Oart.3daproposiaodeterminaqueoexercciodasatiidadesdemotoristaecobradoresdetransportecoletiosurbanosasseguraapercepaodeadicionaldepenosidade correspondente a, no mnimo, 30 do salario eetiamente estabelecido. O paragraonico do artigo estabelece que atiidades penosas sao aquelas que, por sua natureza, condioes oumtodosdetrabalho,expoemosempregadosacondioesdeestresseesorimentosicoemental.Quantoaosacordoseconenoescoletiasdetrabalho,assimtemsidotratada a questao da concessao do adicional de penosidade:1, 1rabalho - Lletrosul - 2003,2004 - Acordo coletivo de trabalho que entre si irmam, de umlado, Lmpresa 1ransmissora de Lnergia Lltrica do Sul do Brasil S.A. - LLL1ROSUL, e de outroladooSindicatodos1rabalhadoresnaIndstriadeLnergiaLltricadellorianpolis,Sindicatodos1rabalhadoresnaIndstriadeLnergiaLltricadoSuldeSantaCatarina,Sindicatodos1rabalhadoresLletricitariosdoValedoItaja,SindicatodosLletricitariosdoNortedeSantaCatarina, Sindicato dos 1rabalhadores nas Indstrias de Lnergia Lltrica de Lages, Sindicato dos1rabalhadoresnasLmpresasGeradoras,ouDistribuidoras,ou1ransmissoras,ouAinsdeLnergia Lltrica no Lstado do Rio Grande do Sul, entre outros sindicatos proissionais..............................................................................................Ctav.vta Qvivta - .DCO^. D P^OD.D.1RO|covtivvaraaticavaooercevtvatae2attvtoae.aiciovataePevo.iaaae, ate a regvtavevtaao ao .rtigo , vci.o `` aa Cov.titviao eaerat.2, Acordo Coletio de 1rabalho 2003,2004 - Acordo Coletivo de 1rabalho que entre si azem,deumladoaCompanhiaLnergticadeMinasGerais-CLMIGouempresa,edeoutroalederaaodos1rabalhadoresnasIndstriasUrbanasnoLstadodeMinasGerais,oSindicatoIntermunicipaldos1rabalhadoresnaIndstriaLnergticadeMinasGerais,oSindicatodosLletricitariosdoSuldeMinasGerais,oSindicatodos1rabalhadoresnaIndstriadaLnergiaLltricadeSantosDumont,oSindicatodos1rabalhadoresnaIndstriadaLnergiaLltricadeJuizdelora,oSindicatodeLngenheirosnoLstadodeMinasGerais,oSindicatodosAdministradoresnoLstadodeMinasGerais,oSindicatodos1cnicosIndustriaisdeMinasGerais e o Sindicato das Secretarias do Lstado de Minas Gerais - entidades sindicais ou sindicatos,mediante as seguintes clausulas e condioes:............................................................................................Ctav.vta 1rige.iva etiva - tvrvo ivivterrvto ae rereavevto ;orvaaa ae bora.11Cov.iaeravaoqveaCov.titviaoeaeratrigevterer,vovci.o`1,ao.rtigo,areavao, ae oito ara .ei. bora., aa ;orvaaa vorvat aiaria ae trabatbo ao. evregaao. .v;eito.a 1vrvo. vivterrvto. ae Rereavevto, .atro vegociaao cotetira;Cov.iaeravao qve a ivtavtaao ae.ta ;orvaaa reaviaa ivtica a criaao ae vai. vv tvrvoae trabatbo;Cov.iaeravaoqvearatavtobavece..iaaaeaea;v.tavevto.,atvaa.ecvtiariaaae.qve.ao e.ecfica. a CMC e a vaoaeobra vtitiaaa;Re.otrev a. arte. a;v.tar o .egvivte:.........................................................................................Paragrafoqvartoicavavtiaoo.aiciovataePevo.iaaaeae:,00;civcoivteiro.orcevto) ao .atarioba.e a;v.taao va Ctav.vta 1), ao .corao Cotetiro ae 1rabatbo firvaao evrivte e aoi. ae aeevbro ae 10, ficavao a..egvraaa a aeriaa covev.aao va bite.e ae rira .er eigiaa, tegatvevte, arceta aa ve.va vatvrea.aOevregaaoqveaeiaraetrabatbarvoregiveaetvrvoivivterrvtoaerereavevtoeraera o .aiciovat ae Pevo.iaaae qve recebia or trabatbar vaqveta covaiao..........................................................................................3,Conenaocoletiadetrabalho2002,2003-ConvenocelebradaentreoSindicatodaIndstriadaConstruaoCiildoLstadodo1ocantins-SINDUSCON,1O,proisoriamentesediadoemPalmas,1O,eoSindicatodos1rabalhadoresnaConstruaoCiileMobiliariodoLstado do 1ocantins - SIN1CIM1O, sediado em Gurupi na A. Pernambuco n. 103.........................................................................................Clausula quartaO. trabatbaaore. aa categoria terao aireito ao. .egvivte. aaiciovai.:.aiciovataePevo.iaaaearatoao.o.trabatbaaore.,ivctv.ire.errevte.,qvavaotrabatbarev ev batavcivbo, trabatbarev va construo de torres, trabalharem vacov.trvao ae eteraaore. ae .errio, eqviratevte a 20 ;rivte or cevto) ao re.ectiro .atario..........................................................................................12VI - CONCLUSOApesardetersidoinseridonaConstituiaolederalde1988,comodireitodostrabalhadoresurbanoserurais,oadicionaldepenosidadenaoumanoidadenoordenamentojurdicopatrio.Seuinciodeu-secomaLein.3.80,de26deagostode1960,reogada,queinstituiuasaposentadoriasespeciaisparaostrabalhospenosos,insalubreseperigosos, alm de outras normas posteriores que dispuserem sobre o adicional de penosidade.Atualmente, o adicional deido aos Seridores Pblicos Ciis da Uniaopor ora da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990.1odaia,comodireitotrabalhista,oadicionaldeatiidadespenosascarecederegulamentaaoparasereetiado,aexemplodosadicionaisdeinsalubridadeepericulosidade preistos no arts. 189 e 193 da CL1.Aprincipalrazaodessalacunalegaladiiculdadedeconceituaaoeclassiicaao das atiidades penosas. Os conceitos construdos pela doutrina at hoje pendem paraasatiidadesdescritasnaNR1quedispoesobreLrgonomia.Ouseja,saoatiidadescujacondioesdetrabalhoincluemaspectosrelacionadosaoleantamento,transporteedescargademateriais, ao mobiliario, aos equipamentos e as condioes ambientais do posto de trabalho, bemcomo a prpria organizaao do trabalho.Lssascaractersticasnecessitamseraaliadas,aimdequesejarealizadaumaadaptaaodascondioesdetrabalhoascaractersticaspsicoisiolgicasdostrabalhadores.Assim,cabeaoempregadorprocederaanaliseergonomicadotrabalho,deendoamesmaabordar,nomnimo,ascondioesdetrabalho,conormeestabelecidonaNR1.leitaessaaaliaao, serao tomadas as proidncias necessarias as adequaoes das condioes detrabalho ascaractersticaspsicoisiolgicasdostrabalhadoreseanaturezadotrabalhoaserexecutado.Porexemplo, nos locais de trabalho onde sao executadas atiidades que exijam solicitaao intelectual eatenaoconstantes,taiscomo:salasdecontrole,laboratrios,escritrios,salasdedesenolimento ou analise de projetos, dentre outros, recomendada a adoao de determinadosparametrosdeconortorelatiosaosneisderudos,ndicedetemperatura,elocidadedoar,unidade relatia do ar e iluminaao.LogoapsapromulgaaodaConstituiaolederal,oramapresentadosprojetos de lei isando regulamentar o adicional de penosidade. Alguns oram arquiados e outrosaindatramitam,aexemplodosPLsns1.115,de1988e.083,de2002,ambosdeautoriadoentao Deputado Paulo Paim ,hoje Senador da Repblica,.Contudo,aaltaderegulamentaaonaotemimpedidoqueoadicionalenha sendo includo nas clausulas dos acordos e das conenao coletias, cuja alquota aria de2 a 20 da remuneraao basica do trabalhador.131odaia,asiniciatiasdosparlamentares,dostrabalhadoresedosempregadoresnaocondizemcomamodernapolticadesadeedeseguranaqueemsepautandopelabuscadapreenaodosriscosdotrabalhoemdetrimentodainstituiaodeadicionais que isam, tao-somente, indenizar o desgaste sico e mental acelerado do trabalhador.O pagamento de adicionais traz uma alsa percepao de justia tanto parao trabalhador quanto para o empregador. O primeiro, ao perceb-lo, tem a impressao de que estausuruindodeumdireito,enquantoosegundoaoconced-lodeixadeimplementarasmedidasnecessarias a melhoria do ambiente do trabalho.V-se,portanto,queosadicionaiscontribuemparamascararodesconortosoridopelotrabalhador,istoquenaorepresentamumaeetiasoluaoparaoproblema,numntidoconrontocomodispostonoincisoXXIIdoart.daConstituiaolederal,queestabelececomodireitodotrabalhadorareduaodosriscosinerentesaotrabalho,por meio de normas de sade, de higiene e segurana.Nesse sentido,assim se maniesta Olieira ,2002 c, p. 188:...evtevaevo.qveovai..ev.atoecovceaerreov.o.aaiciovai.,ov;orvaaareaviaaaraervitir a recveraao ao trabatbaaor.vtretavto,evqvavtoervavecervora.itaotticaaevovetariaaoaori.co,veaiaaob;etira,qveoaeriaatcavarbovre.vttaaoratico,.eriacov.iaerarevo.o,arafiv.aeagavevto ao aaiciovat, atev aa. atiriaaae. rivciai. retrovevciovaaa., o trabatbo re.taaoforaaa.covaioe.ergovvica.,covforveoreri.tova^R1aaPortariav.,211,.Qvatqvertrabatbooaetorvar.eevo.oevraaoaevobitiario.ea..evto.ivaaeqvaao.,eqviavevto. e o.to. ae trabatbo. vat tave;aao. ov covaioe. avbievtai. ivrria. ara otioaeatiriaaae.Porovtrotaao,ocv.toaoaaiciovat.erririaaee.tvvtoaraqveoevregaaor cvvri..e ae iveaiato a. vorva. ergovvica., ev bevefcio ao trabatbaaor.VII BIBLIOGRAIIAMAGANO, Octaio Bueno. ABC do direito do trabalho. Sao Paulo: Reista dos 1ribunais, 1998.OLIVLIRA,SebastiaoGeraldode.Proteaojurdicadotrabalhador.-4ed.-SaoPaulo:Ltr,2002.