ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA - Teoria e Exercícios - ok

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Administrao Financeira Prof. Wendell Lo [email protected] Muitos concurseiros deixam de lado os estudos desta matria, ora por achar complicado demais, ora por no terem conhecimentos tericos sobre Administrao, ora por no terem o conhecimento prtico. Esta importante matria acaba sendo considerada matria de desempate, no acirrado mundo dos concursos. E saibam, ela nem to complicada assim... Pensando nisso, este material foi elaborado em formato de um dicionrio, servindo tanto como material bsico para os que jamais tiveram contato com esta matria, assim como um catlogo de acesso fcil sobre o que comumente aparece em concursos sobre Administrao Financeira. No est em ordem alfabtica, mas sim seguindo uma seqncia lgica para raciocnio e absoro do contedo. E mais uma dica: Administrao Financeira no AFO!!! AFO envolve apenas as questes de oramento pblico, enquanto administrao financeira uma viso mais abrangente em relao s organizaes em geral. Administrao Financeira tem como principal eixo as decises quanto ao capital de uma organizao (independente de ser pblica ou privada). Outra dica: Administrao Financeira no Contabilidade ou Matemtica Financeira. Alguns clculos esto presentes na matria, mas 95% das questes sobre este assunto so puramente tericas. Ter conhecimentos bsicos de Contabilidade ajuda no entendimento da matria, mas lanamentos contbeis tambm no so o foco principal. Digo isso pois muitos materiais no mercado, assim como muitos colegas professores explicam administrao financeira como se fosse contabilidade ou matemtica. Vcos podero observar nas questes de concursos que o foco a tomada de deciso. Bons estudos!!! Prof. Wendell Lo

Conceitos Introdutrios em Administrao FinanceiraAdministrao Financeira: Ramo da administrao que lida com o planejamento, organizao, direo e controle da rentabilidade e da liquidez das organizaes. o ramo da Administrao que cuida dos recursos financeiros. O administrador financeiro deve entender de contabilidade, deve possuir conhecimentos bsicos de economia para estar atento ao mercado, tanto nos fatores microeconmicos (oferta, demanda e preos referentes a empresa) como nos macroeconmicos (ciclo de negcios, taxa de inflao, tendncias, cmbio, referentes ao mercado externo). O profissional realiza oramentos, previses financeiras, administrao do caixa, administrao do crdito, anlise de investimentos e captao de recursos. Finanas: Pode-se definir Finanas como a arte e a cincia de administrar fundos. Praticamente todos os indivduos e organizaes obtm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem. Finanas ocupam-se do processo, instituies, mercados e instrumentos envolvidos na transferncia de fundos entre pessoas, empresas e governos. Finanas a aplicao de uma srie de princpios econmicos e financeiros objetivando a maximizao da riqueza da empresa e do valor das suas aes. Rentabilidade: Melhor retorno possvel do investimento (lucratividade). alcanada medida que o negcio da empresa proporcione a maximizao dos retornos dos investimentos feitos pelos acionistas. A rentabilidade mxima pode comprometer a liquidez da empresa, pois os retornos esto submetidos a diferentes perodos de tempo. Liquidez: Rpida converso em dinheiro de todo e qualquer investimento. a capacidade das empresas de pagar suas dvidas nas datas dos vencimentos. o grau de capacidade que a empresa tem em determinado momento, de atender os seus compromissos de curto prazo atravs de seus Ativos Circulantes. A insolvncia de uma empresa pode ocorrer devido a excesso de imobilizaes ou de estoques, concesso aos clientes de prazos muito longos para pagamentos, ou ainda, utilizao de fontes de financiamentos inadequadas. Veja os ndices de liquidez aps a explicao da composio do Balano Patrimonial nas pginas seguir... Comentrio: Deve-se aplicar boa parte dos fundos disponveis e manter inativa a outra parte como proteo ou defesa contra riscos de no se conseguir pagar algum dbito. Como esses fundos inativos no trazem retorno aos investidores, impossvel ter a Liquidez e a Rentabilidade em nveis mximos. A Rentabilidade sempre deve ter prioridade em relao Liquidez. Quer ver ficar fcil a diferena entre Rentabilidade e Liquidez? Imagine um comprimido de Sonrisal sendo consumido sem dissolv-lo na gua... arghhhh!!! Um comprimido slido no ser facilmente consumido, mas muito bom termos guardado para eventuais emergncias, certo? O comprimido a Rentabilidade: Dinheiro guardado em um investimento, rendendo por um tempo. Para consumirmos, faremos a Solvncia do Sonrisal. Solvncia em Contabilidade a transformao do dinheiro do investimento em dinheiro no bolso. Com o Sonrisal lquido, fica muito mais fcil consumir, assim como muito mais fcil pagar as contas com o dinheiro limpinho no bolso: isso Liquidez! Insolvncia a incapacidade no momento de transformar a Rentabilidade em Liquidez. Os motivos podem ser vrios, e entre eles o fato de no valer a pena resgatar o investimento feito no momento.

O papel do Administrador FinanceiroA funo de gesto financeira geralmente associada a um alto executivo da empresa, denominado freqentemente diretor financeiro ou vice-presidente de finanas. O vice-presidente de finanas coordena as atividades do tesoureiro e do contador. A contabilidade preocupa-se com a contabilidade de custos e a contabilidade financeira, com os pagamentos de impostos e com os sistemas de informao gerencial. A tesoureira responsabiliza-se pela gesto do caixa e da rea de crdito da empresa, por seu planejamento financeiro, e pelos gastos de investimento. Numa empresa menor, o tesoureiro e o contador talvez sejam a mesma pessoa, no se encontrando dois departamentos distintos, ou ainda a contabilidade terceirizada. Planejamento: Primeiro passo, aps anlises, na tomada de deciso da ao administrativa, no que tange a Finanas. Planejar decidir antecipadamente o que fazer, quando fazer e de que forma os recursos financeiros devem ser aplicados, com o objetivo fim de obter Lucro e Crescimento. Plano: o produto-fim do planejamento. Organizao: Processo administrativo que visa a estruturao da empresa, reunindo pessoas e equipamentos, de acordo com o planejamento efetuado. Direo: Processo administrativo de conduzir e coordenar pessoas na execuo das tarefas planejadas. preciso saber decidir, dar ordens, instrues, sobre o que e como fazer, principalmente quando o assunto so os recursos financeiros. Controle: Processo administrativo responsvel por controlar todas as operaes financeiras da empresa, que direta ou indiretamente afetam a organizao.

Modalidades de Organizaes de EmpresasFirma Individual: Empresa de propriedade de um nico indivduo. um tipo de empresa de criao mais simples e sujeita a menos regulamentao. O proprietrio de uma firma individual tem direito a todo o lucro da empresa, porm tem responsabilidade ilimitada sobre as dvidas da mesma. No h distino entre rendimentos de pessoa fsica e de pessoa jurdica, de modo que o lucro da empresa tributado como se fosse rendimento de pessoa fsica. A durao da firma individual limitada pela vida do proprietrio e o capital prprio, que pode ser reunido, limitado riqueza pessoal do proprietrio. Sociedade Por Quotas: semelhante a uma firma individual, excetuando-se o fato que tem dois ou mais proprietrio (scios). Numa sociedade geral, todos os scios participam dos lucros e prejuzos, e todos tm responsabilidade ilimitada por todas as dvidas da empresa, e no apenas por uma poro delas. Numa sociedade limitada, um ou mais scios gerais sero responsveis pela gesto da empresa e tero responsabilidade ilimitada, mas haver um ou mais scios limitados que no tero participao ativa no negcio. A responsabilidade de um scio limitado por dvidas da empresa restrita ao montante que tenha contribudo para o capital da sociedade. A maneira pela qual os lucros ou prejuzos da sociedade so repartidos descrita no contrato social. Sociedade por Aes: Empresa criada como entidade jurdica independente, formada por uma ou mais pessoas fsicas ou jurdicas. A formao de uma sociedade por aes envolve a confeco de um documento de incorporao e um estatuto. A sociedade por aes a forma superior de organizao de empresas, no que diz respeito a levantar recursos e transferir a propriedade de um investidor a outro, mas apresenta a uma grande desvantagem: a dupla tributao.

Origem dos Recursos representado pelo Capital Prprio e pelo Capital de Terceiros. Capital Prprio: representado pelos recursos pertencentes empresa, como o Capital Social (investimento feito pelos scios na empresa, vista ou a prazo), os lucros acumulados, o resultado das vendas, as reservas de capital, etc. Ou seja, tudo aquilo que aparece na conta Patrimnio Lquido. Capital de Terceiros: so os recursos que, embora muitas vezes estejam disposio da empresa, no pertencem ao patrimnio dela. Esses recursos devero retornar aos legtimos proprietrios em algum momento. Exemplos: crdito de fornecedores, crditos fiscais, crditos bancrios. No balano patrimonial, essas contas aparecem no passivo como Passivo Exigvel. Sendo assim, a soma do Capital Prprio com o Capital de Terceiros representa a origem dos Recursos. As aplicaes de recurso sero sempre em contas do Ativo. Recursos Permanentes: Recursos Prprios e Dvidas a Longo Prazo Recursos Temporrios: compromissos e dvidas de curto prazo Recursos Onerosos: Provocam despesas financeiras Recursos No Onerosos: No provocam despesas financeiras

Termos Comuns em Administrao FinanceiraBalano: Mostra a posio financeira da empresa em um dado momento. Ao lado esquerdo do balano ficam alocados os ativos da empresa, e ao lado direito fica alocado a estrutura financeira. Fontes de recurso financeiro: Prprios (capital prprio) ou de terceiros (capital de terceiros). Aes Ordinrias ou Comuns: Tem o direito ao voto, pois gozam dos direitos de participao na administrao da sociedade e nos resultados financeiros. Aes Preferenciais: so as vendidas nos mercados de aes. O investidos (acionista) tem preferncia na distribuio dos lucros da empresa, porm no tem direito ao voto. Stakeholders: Grupos de empregados, clientes, fornecedores, credores e outros que possuem vnculo econmico direto com a empresa, tendo assim todo o interesse na atividade da empresa. Fluxo de Caixa: Instrumento que permite ao administrador financeiro planejar, dirigir e controlar os recursos financeiros da empresa para certo perodo. a previso de entradas e sadas de dinheiro de um perodo determinado, bem como confronto dessa previso com as operaes realizadas. Tem como objetivos: prever com antecedncia os perodos em que haver necessidade de buscar recursos financeiros fora da empresa e fornecer informaes corretas para a tomada de decises no setor de finanas. Em resumo, o administrador financeiro est extremamente preocupado em manter a solvncia da empresa, proporcionando os fluxos de caixa necessrios para honrar suas obrigaes, de forma a adquirir e financiar os ativos circulantes e fixos, necessrios para atingir as metas da empresa. Ao invs de reconhecer receita no momento da venda e despesas no momento em que elas ocorrem, no fluxo de caixa as receitas e despesas so lanadas apenas no momento exato da entrada e da sada do dinheiro. Custo de Oportunidade: Indica o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada, bem como os benefcios que poderiam ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada, ou ainda a alta renda que poderia ter sido gerada se uma outra opo de investimento tivesse sido a escolhida. epresenta o valor associado a melhor alternativa no escolhida. alternativa escolhida associase como custo de oportunidade o maior benefcio NO obtido das possibilidades NO escolhidas. Capital Prprio ou Patrimnio Lquido: Recursos investidos nas empresas pelos proprietrios. Capital de Terceiros ou Passvel Exigvel: Recursos investidos com o dinheiro dos outros. Despesas: consumo de bens e servios que direta ou indiretamente, dever produzir uma receita, ou seja, so gastos necessrios ao desenvolvimento das operaes da Entidade. A despesa poder diminuir o Ativo ou aumentar o Passivo. Ex. despesa com aluguis, despesa com salrios, despesa com juros, etc. Receitas: entrada de elementos para o Ativo, sob forma de dinheiro ou direitos a receber, proveniente das operaes da Entidade. Ex. receita de servios, receita com vendas, receita com juros, etc. Resultado: a diferena obtida entre receitas e despesas em um determinado perodo. Toda receita aumenta o Patrimnio Lquido e toda despesa ocasiona diminuies, logo: - Se as receitas superarem as despesas do perodo, o resultado ser positivo (LUCRO), aumentando o Patrimnio Lquido. - Se as despesas superarem as receitas do perodo, o resultado ser negativo (PREJUZO), diminuindo o Patrimnio Lquido. Volatilidade: J que falamos em termos qumicos (solvncia, liquidez), aqui vai mais um.. Na qumica algo voltil no o que se evapora rapidinho? Ento, na Contabilidade, a Volatilidade quando o dinheiro ser consumido rapidamente. Por exemplo: A volatilidade dos retornos de um investimento devem ser avaliados com cuidado. Esta frase significa que: se vamos escolher uma opo de investimento, precisamos avaliar se valer a pena deixar este dinheiro tanto tempo parado para dar um retorno financeiro pequeno, que ser consumido rapidinho... Investimentos - Aplicaes de recursos que no se destinam manuteno das atividades da empresa: Ex.Participaes permanentes em outras sociedades; obras de arte; imveis no destinados ao uso; bens locados a terceiros, quotas de clube, etc. Imobilizado - Aplicao de recursos com objetivo de dar operacionalidade empresa. Ex. Terrenos; Construes, instalaes, Mquinas e equipamentos, mveis e utenslios, veculos, marcas e patentes, obras em andamento, benfeitorias em imveis de terceiros, etc. Depreciao Acumulada- Registra a perda de valor econmico dos bens por desgaste ou obsolescncia.(bens tangveis).

Exausto Acumulada - Registra o consumo do potencial de minas, reservas florestais, etc.(bens tangveis). Amortizao Acumulada - Registra as parcelas apropriadas a resultados de custo de ativo intangvel, como marcas, patentes, luvas, etc. (bens intangveis). Diferido - So registrados os gastos que no foram apropriados a resultados e que iro beneficiar exerccios futuros.

Funes do Administrador FinanceiroAnlise e Planejamento Financeiro, Administrao da Estrutura de Ativo da Empresa, Decises de Investimento e Administrao da Estrutura Financeira da Empresa. Anlise e Planejamento Financeiro: Transformao dos dados financeiros em orientao para o posicionamento financeiro da empresa, de forma que se possa avaliar a necessidade de aumento da capacidade produtiva e determinar que tipo de financiamento adicional deve ser feito. Pode ser para curto e longo prazo. Ou serve tambm para prever o comportamento do mercado a partir da anlise de dados atuais. Administrao da Estrutura de Ativo da Empresa: Determinao da composio (valor em dinheiro dos ativos circulantes e fixos) e os tipos de ativos encontrados no Balano da empresa. Aps esta determinao, o administrador financeiro deve determinar quais os nveis considerados timos de cada tipo de ativo circulante e procurar mant-los. Deve tambm detectar quais os melhores ativos fixos a serem adquiridos e saber quando os ativos fixos se tornaro obsoletos e precisaro ser modificados ou substitudos, alocando assim de forma eficiente os recursos da empresa. Isso s ser conseguido se buscar a otimizao no uso dos fundos para que a rentabilidade seja alcanada e preservar a capacidade da empresa em pagar seus compromissos nos vencimentos. Decises de Investimento: a administrao do ativo (estoque necessrio de matrias-primas, produtos em processo, produtos acabados e prazos dilatados de faturamento) e da implementao de novos projetos (atualizaes da empresa atravs de investimentos). Veja os tipos de investimento de uma empresa no quadro seguir... Administrao da Estrutura Financeira da Empresa: So as decises sobre financiamentos, de responsabilidade exclusiva do administrador financeiro. Deve-se compor mais adequadamente o financiamento a curto e longo prazo (afeta tanto a rentabilidade como a liquidez global da empresa) e saber quais as melhores fontes de financiamento a curto ou longo prazo para a empresa num dado momento.

Objetivos do Administrador FinanceiroPode-se dizer que a administrao financeira tem trs objetivos bsicos: a - Manter a empresa em permanente situao de liquidez, como condio bsica ao desenvolvimento de suas atividades. Uma empresa apresenta boa liquidez quando seus ativos e passivos so administrados convenientemente. O importante manter os fluxos das entradas e sadas de caixa sob controle e conhecer antecipadamente as pocas em que ir faltar numerrio. b - Obter novos recursos para planos de expanso, com base em estudos de viabilidade econmico-financeira e aos menores custos. a empresa deve ser perpetuada e, para tanto, tem de realizar investimentos em tecnologia, novos produtos, etc., que podero sacrificar a rentabilidade atual em troca de maiores benefcios no futuro. A grande concorrncia existente nas modernas economias de mercado obriga as empresas a se manterem tecnologicamente atualizadas. Nenhuma pode sentir-se segura em uma boa posio, porque a qualquer momento algum concorrente poder surgir com um produto melhor e mais barato. Deste modo, as empresas so impelidas a desenvolverem continuamente novos projetos e a tomarem decises sobre a sua implantao. Normalmente isto significa a necessidade de vultuosas somas adicionais de recursos e uma elevao no risco do empreendimento. O retorno deve ser compatvel com o risco assumido. Maior risco implica a expectativa de maior retorno. c - Assegurar o necessrio equilbrio entre os objetivos de lucro e os de liquidez financeira, quantificando os planos de expanso de acordo com as possibilidades de obteno de recursos, prprios ou de terceiros. Os objetivos principais so: Maximizar a riqueza (ou o preo da ao) ou Maximizar o lucro (tornar mximo o lucro da ao), atravs de: Realizar Anlise e Planejamento Financeiro, Tomar Decises de Investimentos e Tomar Decises de Financiamentos. Maximizao do Lucro: O objetivo mais geral da administrao financeira maximizar o valor de mercado do capital dos proprietrios existentes, no importando se a empresa uma firma individual, uma sociedade de pessoas (quotas) ou por aes. Em qualquer delas, as boas decises financeiras aumentam o valor de mercado do capital dos proprietrios.Podem ocorrer falhas na Data da Ocorrncia dos Retornos, no Fluxo de caixa disponvel aos acionistas que consideram as receitas da empresa como fluxo de caixa e no Risco. A maximizao do lucro desconsidera o fluxo de caixa e o risco. O ideal o equilbrio entre o lucro corrente e o lucro futuro. Maximizao da Riqueza do Acionista: Tem como objetivo maximizar o valor corrente de cada ao existente, e para isso concorrem 5 fatores importantes: Perspectiva de longo prazo (buscando a perpetuao da empresa), Valor do dinheiro no tempo (com a desvalorizao do dinheiro no tempo, o ideal transformar os valores futuros em valores atuais, aplicando taxas de desconto), Retorno do capital prprio (os acionistas esperam ser remunerados atravs de dividendos e da valorizao de suas aes), Risco (o retorno deve ser compatvel com o risco assumido) e Dividendos (os dividendos devem ser distribudos regularmente, independente da flutuao dos lucros). Maximizar a riqueza a contribuio para o valor da empresa pela seleo daqueles investimentos que possuem a melhor compensao entre risco e retorno. E como se define compensao entre risco e retorno? Dado um nvel de risco, a taxa desejada de retorno que justifica a execuo de um investimento.

Decises Financeiras BsicasInvestimentos: A preocupao primordial diz respeito avaliao e escolha de alternativas de aplicao de recursos nas atividades normais da empresa. Consiste ainda num conjunto de decises visando dar empresa a estrutura ideal em termos de ativos fixos e correntes para que os objetivos da empresa como um todo seja atingido. Nessa rea, o enfoque bsico a obteno do maior resultado (retorno) possvel, dado o risco que os proprietrios da empresa esto dispostos a correr. Financiamento: O que se deseja fazer definir e alcanar uma estrutura ideal em termos de fontes de recursos, dada a composio dos investimentos. preciso compreender, desde j, que a funo financeira, cuja finalidade assessorar a empresa como um todo lhe proporcionando os recursos monetrios exigidos, no determina, por isso mesmo, quais as aplicaes a serem feitas pela empresa. Isto decorre dos objetivos e das decises da administrao e/ou dos proprietrios da empresa em um nvel mais alto. administrao financeira resta conseguir o recurso necessrio para financiar essa estrutura de investimento ao mais baixo custo possvel. Utilizao (destinao) do lucro lquido: H uma rea de decises tambm comumente conhecida pelo nome de poltica de dividendos, que se preocupa com a destinao dada aos recursos financeiros que a prpria empresa gera em suas atividades operacionais e extra-operacionais. nesta rea que surgem as indicaes mais claras do inter-relacionamento das reas de investimento, financiamento e utilizao do lucro lquido. O inter-relacionamento deve-se ao fato indiscutvel de que o lucro retido pela empresa (ou seja, o lucro no pago sob a forma de dividendos em dinheiro) constitui-se numa de suas fontes de recursos. Logo, tambm problema das decises de financiamento determinar quanto do lucro lquido disponvel deve ser retido, com a deciso complementar forosa a respeito da proporo que deve ser distribuda aos proprietrios. Alm disso, tambm h relaes entre decises de investimento e de utilizao do lucro lquido. Nas decises de investimento, um certo retorno deve ser alcanado: digamos ento que seja considerada a utilizao de lucros retidos para financiar certas aplicaes. essa possibilidade deveria ser admitida apenas quando a alternativa de investimento

prometesse um retorno superior aos que os proprietrios poderiam conseguir se eles mesmos aplicassem os recursos porventura recebidos em decorrncia da distribuio de lucros. As magnitudes relativas dos riscos envolvidos nas aplicaes disponveis empresa e aos proprietrios, fora dela, tambm precisam ser consideradas.

Tipos de Investimento de uma OrganizaoOramento de Capital: Processo de planejamento e gesto dos investimentos a longo prazo. Aqui o administrador financeiro procura identificar as oportunidades de investimento cujo valor, para a empresa, superior ao seu custo de aquisio. Sendo assim, aqui, a preocupao do administrador financeiro com o quanto se espera receber, em termos monetrios, quando e com qual probabilidade de realmente ser recebido. Nesta deciso, a avaliao da magnitude, a distribuio no tempo e do risco dos fluxos de caixa futura a essncia do oramento de capital. Em termos amplos, isto significa que o valor do fluxo de caixa gerado por um ativo supera o custo desse ativo. Estrutura de Capital: Combinao de capital de terceiros e capital prprio existente na empresa. O administrador financeiro tem duas preocupaes, no que se refere a essa rea. Primeiramente, quanto deve a empresa tomar emprestado? Em segundo lugar, quais so as fontes menos dispendiosas de fundos para a empresa? Alm destas questes, o administrador financeiro precisa decidir exatamente como e onde os recursos devem ser captados, e, tambm, cabe ao administrador financeiro a escolha da fonte e do tipo apropriado de recurso que a empresa, por ventura, tomar emprestado. Ainda dentro da estrutura de capital est a preocupao sobre de qual forma o dinheiro ir entrar na organizao (espcie, cheques, boletos, carto de dbito ou crdito, notas promissrias, etc...). Administrao do Capital de Giro: So os ativos a curto prazo de uma empresa, como os estoques, assim como quanto ao seus passivos de curto prazo, como dvidas fornecedores. A gesto do capital de giro uma atividade diria que visa assegurar que a empresa tenha recursos suficientes para continuar suas operaes e evitar interrupes muito caras. Capital de giro so os ativos e passivos circulantes de uma empresa. Oramento Financeiro (Cash-Flow): o planejamento das operaes da empresa que determinaro as disponibilidades de recursos financeiros em cada perodo projetado. Sendo o Cash-Flow o demonstrativo sinttico da movimentao financeira em cada perodo, compreendendo as transaes operacionais, extra-operacionais e as transferncias de/para perodos anteriores/posteriores. Pay Back: Uma das tcnicas de anlise de investimento mais comuns que existem. Leva em conta o tempo do investimento e consequentemente uma metodologia mais apropriada para ambientes com risco elevado. Visa calcular o nmero de perodos ou quanto tempo o investidor ir precisar para recuperar o investimento realizado (investimento original). Logo, o clculo do pay back serve para determinar o tempo necessrio para a recuperao do investimento original, atravs de uma frmula matemtica muito simples: Pay Back = Valor do Investimento / Valor do Fluxo Peridico Esperado. Spread: Ocorre quando a empresa aplica os recursos tomados em Ativos que geram rendimentos maiores que o custo desta captao. O Spread a parcela gerada na utilizao de capital de terceiros que, ao somar-se com o retorno das atividades operacionais formam o retorno final do acionista. Alavancagem Financeira: o impacto do uso de capitais de terceiros na gerao de valor. Usar capital de terceiros compromete o endividamento, no entanto, se o retorno deste uso for superior ao custo da captao deste mesmo capital, a empresa tende a maximizar os resultados mesmo com endividamento. A Alavancagem Financeira pode funcionar positiva ou negativamente.

Relaes de AgencyA relao entre acionistas e administradores denominada relao de agency. Existe quando algum ("principal") contrata outra pessoa ("agente") para cuidar de seus interesses. Em tais relaes existe a possibilidade de conflito de interesses entre o principal e o agente. Tal conflito denominado de problema de agency. Discutir o problema de agency, na medida em que este se relaciona com a maximizao da riqueza dos proprietrios e o papel da tica nessa questo. Um problema de agency advm do fato de que os administradores, na qualidade de representantes dos proprietrios, podem colocar seus objetivos pessoais frente dos objetivos empresariais. Foras de mercado, tanto as oriundas dos acionistas, particularmente de grandes investidores institucionais, como as ameaas de compras hostis (takeovers), tendem a prevenir ou a minimizar o problema de agency.

Composio do Departamento FinanceiroEm empresas pequenas, geralmente a funo financeira exercida pelo departamento de contabilidade. Com o crescimento, faz-se necessrio a criao de um departamento financeiro separado, ligada diretamente ao dono da empresa. Embora algumas empresas no faam distino, a funo contbil melhor visualizada como uma sub-funo da Administrao Financeira. O Contador se dedica a coleta e apresentao de dados financeiros, e o administrador financeiro avalia as informaes do contador, desenvolve dados adicionais e toma decises com base em anlises subseqentes, contemplando os riscos e retornos inerentes. Regime de competncia: mtodo usado pelo Contador para preparar demonstraes financeiras, com base na premissa de que as receitas devem ser reconhecidas por ocasio das vendas e as despesas, quando incorridas. O contador divide em 2 contas bsicas: Contas a Receber (vendas a prazo, em duplicata, cheque-pr, etc.) e Contas a Pagar (duplicatas e ttulos a pagar, etc.). Regime de Caixa: mtodo usado pelo Administrador Financeiro, reconhecendo as entradas e sadas do caixa apenas, isto , no lana as despesas ou receitas que viro, mas somente no momento em que ocorrem. Isto , o administrador financeiro busca manter a solvncia da empresa, proporcionando fluxo de caixa necessrio para honrar suas obrigaes e adquirir e financiar os ativos circulantes e fixos necessrios para atingir as metas da empresa. Resumindo: O Contador se fosse mdico, pelas batidas do corao diria se o paciente est saudvel. O Administrador Financeiro verificaria as artrias e veias para ver se o sangue bombeado no passa por obstrues.

DEPARTAMENTO FINANCEIRO

Diviso de Contabilidade

Diviso de Tesouraria

Custos

Anlise Financeira

Crdito e Cobrana

Caixa

Bancos

Contas a Pagar

O Organograma acima mostra com se divide o Departamento Financeiro da maioria das empresas: Diviso de Contabilidade: Custos: Este setor tem por finalidade orientar e direcionar a empresa em relao aos procedimentos a serem adotados quanto: poltica de preos, lucro pretendido, racionalizao dos gastos da empresa, poltica da deciso de compra ou produo prpria, desempenho do produto no mercado. Anlise Financeira: Este setor tem por finalidade detectar os pontos crticos que iro afetar o equilbrio da empresa a curto ou a longo prazo. Os elementos utilizados so retirados dos balanos e dos balancetes mensais que demonstram as contas de resultado. Diviso de Tesouraria: Crdito e Cobrana: Concede crditos aos clientes e faz cobranas das dvidas de terceiros para com a empresa. Caixa: Centraliza os recebimentos e pagamentos em dinheiro ou em cheques. Ao final de cada expediente preparado o Boletim de Caixa onde deve constar todo o movimento do dia. Bancos: Por meio de operaes financeiras, tais como descontos de duplicatas e cauo, as empresas conseguem recursos para seus investimentos ou para pagarem suas obrigaes. Contas a Pagar: Tem por finalidade verificar, controlar e processar os pagamentos a terceiros atravs de Autorizao de Pagamento. O setor deve elaborar um demonstrativo de contas a pagar para efeito de controle de vencimentos e disponibilidade de recursos na ocasio de cada pagamento.

Conceitos de Contabilidade Utilizados na Administrao FinanceiraA Contabilidade a cincia que tem por meta principal o controle patrimonial, por meio dos eventos das contas patrimoniais e de resultado de uma empresa, com a finalidade de gerar fatos aos gestores da empresa para seus planejamentos, acompanhamentos, anlises e controles. O controle neste caso geralmente feito por uma auditoria (controllers). No confunda essa auditoria citada anteriormente (que a atividade diria do contador controller) com a auditoria financeira realizada pela chamada controladoria. A controladoria existe para controlar as atividades da rea financeira... o controller sinnimo de contador. A Contabilidade concretiza sua finalidade por meio de 2 documentos: o Balano Patrimonial e a Demonstrao de Resultados do Exerccio.

Obrigaes na Prestao de Contas ao GovernoDemonstraes financeiras: demonstraes formais elaboradas pela Contabilidade destinadas a divulgao externa, a saber: Balano Patrimonial, Demonstraes das Mutaes do Patrimnio Lquido, Demonstrao do Resultado e Demonstraes das Origens e Aplicaes de Recursos. Alm destas demonstraes, so elaborados diversos relatrios para uso interno que contm informaes gerenciais detalhadas. Em certo sentido, pode-se dizer que a administrao financeira comea onde termina a Contabilidade, quando os dados brutos fornecidos pela mesma devem ser transformados em informaes que permitiro ao administrador financeiro: 1) avaliar a situao econmico-financeira da empresa, a formao do resultado, os efeitos de decises tomadas anteriormente, etc.; 2) tomar novas decises, corrigindo o rumo indesejado; e 3) desenvolver planos operacionais e de investimento. a) Livro-Dirio um livro obrigatrio, segundo a legislao em vigor. Todos os fatos relacionados ao Balano Patrimonial devero ser transcritos no livro. O Livro Dirio registra todos os fatos que afetam o patrimnio, em ordem cronolgica de dia, ms e ano, podendo contar com livros auxiliares para registrar operaes especficas ou a movimentao de determinadas contas. O Dirio um livro obrigatrio pela legislao comercial. Por ser obrigatrio, o Dirio est sujeito s formalidades legais extrnsecas e intrnsecas. Elementos Essenciais do Lanamento no Livro Dirio - 1 - local e data; - 2 - conta ou contas debitadas; - 3 - conta ou contas creditadas, precedida(s) da partcula a; - 4 - Histrico da operao; - 5 - valor da operao. O Livro Dirio pode ser escriturado de forma manuscrita, mecanizada ou informatizada. A escriturao do Livro Dirio deve obedecer ao Cdigo Comercial e s Normas Brasileiras de Contabilidade quanto sua forma, devendo: ser escriturado em idioma e moeda corrente nacionais; no conter rasuras; obedecer ordem cronolgica dos fatos, podendo, nesse caso, ser escriturado de forma RESUMIDA ou SINTTICA, diria ou mensal, respaldado em Livros Auxiliares ou Fiscais; basear-se em documentos que dem suporte e que comprovem as operaes registradas; o Livro Dirio Manuscrito deve, antes do incio da utilizao, ter lavrado Termo de Abertura e Termo de Encerramento, que sero assinados por profissional habilitado e pelo dirigente da empresa, devendo ser registrado na Junta Comercial ou no Cartrio em que estiverem arquivados os atos constitutivos; o livro escriturado por processo mecanizado ou informatizado, aps sua utilizao, deve conter, na primeira e ltima folha, os respectivos Termos de Abertura e de Encerramento, devidamente assinados por profissional habilitado e pelo dirigente de empresa, devendo ser encadernado e registrado na Junta Comercial ou no Cartrio em que estiverem arquivados os atos constitutivos. b) Livro Razo S obrigatrio para as empresas tributadas com base no Lucro Real, e um resumo do Dirio, com registros em contas individuais, permitindo a classificao dos fatos conforme a sua natureza. O Livro Razo registra, tambm, todos os fatos, s que dando nfase s contas que compem o patrimnio. esse livro que permite conhecer a movimentao de dbito e crdito de cada elemento que compe o patrimnio da empresa. O Razo um livro de grande utilidade para contabilidade porque registra o movimento de todas as contas. A escriturao do livro Razo passou a ser obrigatria a partir de 1991. Na Contabilidade moderna, o Razo escriturado em fichas. O Livro Razo pode ser escriturado por processo manuscrito, mecnico ou informatizado e no deve conter rasuras, entrelinhas ou qualquer indcio que ponha em dvida os registros. Aps a escriturao, deve ser encadernado, sendo dispensado de autenticao e registro na Junta Comercial ou no Cartrio.

c) Balancete de Verificao: Relao de todas as contas com os respectivos saldos devedores e credores. levantado com base nos saldos das contas do Razo, ou seja, um resumo do Razo. Seu principal objetivo verificar se os saldos das contas esto corretos, servindo como principal instrumento para a elaborao do Balano Patrimonial. d) Fluxo de Caixa um instrumento gerencial que controla e informa todas as movimentaes financeiras (entradas e sadas de valores monetrios) de um dado perodo pode ser dirio, semanal, mensal, etc. O fluxo de caixa composto dos dados obtidos dos controles de contas a pagar, contas a receber, de vendas, de despesas, de saldos de aplicaes, e todos os demais que representem as movimentaes de recursos financeiros disponveis da organizao. De probloggers a msicos, todo profissional que atua de forma autnoma ou independente precisa saber controlar as entradas e sadas financeiras para poder maximizar o retorno e evitar problemas por no poder prever as sobras e faltas de disponibilidades. O demonstrativo de fluxo de caixa tambm pode ser um instrumento contbil legal, contexto em que toma um aspecto mais formal e rgido. Se a sua inteno realizar o controle contbil de uma empresa, para propsitos fiscais, societrios ou outros, provavelmente a melhor alternativa procurar orientao com um contabilista de sua confiana. Nossa misso hoje, detalhada abaixo, conhecer melhor o Fluxo de Caixa pessoal como instrumento de acompanhamento para apoio tomada de deciso. E o foco ser a situao especfica dos profissionais autnomos, sejam eles desenvolvedores web, probloggers, artistas, ou qualquer outro profissional que encare os desafios de administrar seu negcio individual, com vrias fontes de renda variveis, prestando servios para mltiplos clientes. Fluxo de caixa como instrumento gerencial Antes de prosseguir, um alerta: o mecanismo do fluxo de caixa bastante simples, mas nenhum sistema de informaes pode funcionar sem que os dados relevantes sejam constantemente atualizados nele. Da mesma forma, o sistema no tem qualquer utilidade se os dados no forem analisados periodicamente, e se a organizao no tiver confiana neles. Em outras palavras: se no for haver compromisso em manter o fluxo de caixa sempre atualizado, pode ser melhor nem mesmo se dar ao trabalho de tentar implement-lo. Outro aspecto a ser levado em conta o das dependncias: o Fluxo de Caixa precisa de dados que nascem em um bom mtodo de controle de contas a pagar, contas a receber, acompanhamento de saldos de aplicaes bancrias, faturamento, despesas, etc. Antes de se preocupar com sistemas agregadores, como o Fluxo de Caixa, voc precisa dar ateno a estes outros mtodos de coleta de dados especficos. E isto tem vantagens adicionais, como levar a um melhor acompanhamento das suas posies em relao a clientes, fornecedores, taxas pblicas, etc. No h como ter um relatrio de fluxo de caixa atualizado se voc no registra regularmente as faturas e nem acompanha se os seus clientes esto pagando-as em dia, por exemplo. E aqui quando falo em sistemas, tomo a palavra em sentido amplo. Embora seja desejvel informatizar estes processos, perfeitamente possvel realizar o acompanhamento de fluxo de caixa da maioria dos autnomos usando papel, lpis e rgua. Mas acredito que a maior parte da audincia deste texto do Efetividade no tenha dificuldade em ter acesso a um computador, e v achar vantajoso usar esta ferramenta tecnolgica para o controle de suas atividades. Neste caso, alm de poder escolher entre diversos sistemas contbeis voltados ao uso individual (alguns at mesmo adaptados a necessidades especficas, como as dos profissionais liberais), voc pode optar por uma boa planilha eletrnica, inclusive porque as frmulas usadas em fluxos de caixa pessoais so extremamente simples. Recomendo a planilha do BrOffice ou a do Google Docs para comear. Para que serve o Fluxo de Caixa O Fluxo de Caixa um instrumento de controle que auxilia na previso, visualizao e controle das movimentaes financeiras de cada perodo. A sua grande utilidade, no contexto que estamos apresentando hoje, permitir a identificao (especialmente prvia, mas tambm posterior) das sobras e faltas no caixa, possibilitando ao profissional planejar melhor suas aes futuras ou acompanhar o seu desempenho. Em uma empresa, o ideal que o perodo de acompanhamento seja dirio, mas autnomos que usem o sistema exclusivamente como instrumento gerencial podem se virar com perodos maiores semanal ou at mensal dependendo da sua liquidez. Perodos menores permitem maior eficincia nos investimentos e aplicao financeira dos saldos positivos, mas em compensao geram maior esforo ou custo de acompanhamento, no fenmeno conhecido como overhead. importante que voc encontre o seu ponto de equilbrio. De uma forma ou de outra, um controle de fluxo de caixa bem feito uma grande ferramenta para lidar com situaes de alto custo de crdito, taxas de juros elevadas, reduo do faturamento e outros fantasmas que rondam os empreendimentos. Ele permite: - Avaliar se as vendas presentes sero suficientes para cobrir os desembolsos futuros j identificados. - Calcular os momentos ideais para reposio de estoque ou materiais de consumo, considerando os prazos de pagamento e as disponibilidades. - Verificar a necessidade de realizar promoes e liquidaes, reduzir ou aumentar preos. - Saber se ou no possvel conceder prazos de pagamentos aos clientes. - Saber se ou no possvel comprar vista dos fornecedores, para aproveitar alguma promoo. - Ter certeza da necessidade ou no de obter um emprstimo de capital de giro. - Antecipar as decises sobre como lidar com sobras ou faltas de caixa. Mas no pense que um empreendimento individual em que haja grande folga entre as receitas e as despesas (ou seja: em que ocorra saldo positivo com facilidade todos os meses) no pode se beneficiar deste controle adicional: saber antecipadamente *quanto* vai sobrar, e *quando* este dinheiro estar disponvel, permite escolher as melhores aplicaes financeiras e selecionar o momento ideal para usar este dinheiro, oferecer condies mais vantajosas (por exemplo: prazo) para clientes selecionados, e muito mais. vai conseguir aproximar cada vez mais o previsto e o realizado. Organizar e manter o fluxo de caixa d trabalho, mas recompensador. Voc precisa ser sistemtico, e lembrar de alimentar as planilhas no incio de cada novo perodo. Especialmente, voc precisa estar disposto a manter atualizadas, com a antecedncia que for possvel, as colunas de valores previstos, e analis-las sempre que necessrio, para de fato poder colher o principal fruto desta ferramenta: a possibilidade de prever com maior preciso quando haver sobra e quando haver falta de dinheiro em caixa. A anlise antecipada tambm permite tomar as providncias necessrias para que haja disponibilidade de caixa nas datas de vencimento de impostos, taxas, prestaes, financiamentos e outros desembolsos com data certa, que incorrem em multas e juros caso atrasem. Se o seu mercado for sazonal, leve isto em conta nas suas previses, pois freqentemente os custos fixos (que ocorrem mesmo na baixa temporada) acabam sendo um grande vilo, e o faturamento da alta temporada precisa conseguir sobrepuj-los. Quem poupa tem, e jamais se deve contar com o ovo antes de o mesmo ser adequadamente expelido pelo galinceo. Excessos de caixa devem ser aplicados, como vimos acima, mas necessrio haver uma margem de segurana que permita garantir o giro da empresa e tambm algum imprevisto. No tenha excesso de caixa, mas tambm no imobilize demais, ficando merc de qualquer cliente que deixe de pagar uma fatura.

e) DOAR Demonstrao da Origem e Aplicao dos Recursos At 31.12.2007, a Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos (DOAR) era obrigatria para as companhias abertas e para as companhias fechadas com patrimnio lquido, na data do balano patrimonial, superior a R$ 1.000.000,00 (limite este atualizado pela Lei n 9.457/97). A DOAR indica as modificaes na posio financeira da companhia. Os financiamentos esto representados pelas origens de recursos, e os investimentos pelas aplicaes de recursos, sendo que o significado de recursos aqui no simplesmente o de dinheiro, ou de disponibilidades, pois abrange um conceito mais amplo; representa capital de giro lquido que, na denominao dada pela lei, Capital Circulante Lquido. A partir de 01.01.2008, a DOAR foi extinta, por fora da Lei 11.638/2007, sendo obrigatria para apresentao das demonstraes contbeis encerradas somente at 31.12.2007. A DOAR indicar as modificaes na posio financeira da companhia, discriminando: 1 - as origens dos recursos, agrupadas em: a) lucro do exerccio, acrescido de depreciao, amortizao ou exausto e ajustado pela variao nos resultados de exerccios futuros; b) realizao do capital social e contribuies para reservas de capital; c) recursos de terceiros, originrios do aumento do passivo exigvel a longo prazo, da reduo do ativo realizvel a longo prazo e da alienao de investimentos e direitos do ativo imobilizado; 2 - as aplicaes de recursos agrupadas em: a) dividendos distribudos; b) aquisio de direitos do ativo imobilizado; c) aumento do ativo realizvel a longo prazo, dos investimentos e do ativo diferido; d) reduo do passivo exigvel a longo prazo; 3 - o excesso ou insuficincia das origens de recursos em relao s aplicaes, representando aumento ou reduo do capital circulante lquido; 4 - os saldos no incio e no fim do exerccio, do ativo e passivo circulantes, o montante do capital circulante lquido e o seu aumento ou reduo durante o exerccio. Origens dos Recursos do DOAR As origens de recursos so representadas pelos aumentos no Capital Circulante Lquido, e as mais comuns so: a) das prprias operaes, quando as receitas (que geram ingressos de capital circulante lquido) do exerccio so maiores que as despesas, ou seja, resultam do lucro lquido apurado exclusivamente das operaes regulares da empresa. Assim, se houver lucro, teremos uma origem de recursos, se houver prejuzo, teremos uma aplicao de recursos; b) dos acionistas, pelos aumentos de capital integralizados pelos mesmos no exerccio, j que tais recursos aumentaram as disponibilidades da empresa e, conseqentemente, seu capital circulante lquido; c) de terceiros, por emprstimos obtidos pela empresa, pagveis a longo prazo, bem como dos recursos oriundos da venda a terceiros de bens do Ativo Permanente, ou de transformao de Realizvel a Longo Prazo em Ativo Circulante. Os emprstimos feitos e pagveis a curto prazo no so considerados como origem de recursos para fins dessa demonstrao, pois no alteram o Capital Circulante Lquido. Nesse caso h um aumento de disponibilidades e, ao mesmo tempo, do Passivo Circulante. A depreciao, amortizao ou exausto, por representarem uma recuperao de fundos, devem ser adicionadas ao lucro lquido apurado no exerccio, para efeito de elaborao da demonstrao das origens e aplicaes de recursos. Aplicaes dos Recursos do DOAR As aplicaes de recursos so representadas pela reduo do Capital Circulante Lquido entre o incio e o trmino de determinado perodo. As aplicaes de recursos mais comuns que implicam na variao do Capital Circulante Lquido so as seguintes: a) Imobilizaes Ocorrendo a aquisio de bens para o Ativo Imobilizado, investimentos permanentes ou aplicao de recursos no Ativo Diferido, tais fatos representam aplicao de recursos e, conseqentemente, refletem numa variao lquida negativa do Capital Circulante Lquido. b) Reduo do Passivo Exigvel a Longo Prazo A amortizao de emprstimos a longo prazo significa, em princpio, uma reduo do passivo exigvel a longo prazo e representa uma aplicao de recursos. Por outro lado, a obteno de um novo financiamento representa uma origem de recursos. Tendo em vista que o conceito de recursos o de Capital Circulante Lquido, a mera transferncia de um saldo de emprstimo do Exigvel a Longo Prazo para o Passivo Circulante, por vencer no exerccio seguinte, representa uma aplicao de recursos, pois reduziu o Capital Circulante Lquido. c) Remunerao de dividendos: A remunerao de acionistas, decorrente de dividendos, representa uma aplicao de recursos, refletindo numa variao negativa do Capital Circulante Lquido. f) Demonstrao de Resultados do Exerccio (DRE): demonstrao obrigatria de todas as empresas e deve acompanhar o Balano Patrimonial sendo transcrita no Dirio, logo aps o Balano Patrimonial. Demonstra o desempenho da administrao, evidenciando as receitas e despesas efetuadas em determinado perodo de tempo. A Demonstrao do Resultado do Exerccio (D.R.E.), elaborada simultaneamente com o Balano Patrimonial, constitui-se no relatrio sucinto das operaes realizadas pela empresa durante determinado perodo de tempo, nele sobressai um dos valores mais importantes s pessoas nela interessadas, o resultado lquido do perodo, Lucro ou Prejuzo. A Contabilidade, com os dois relatrios, o Balano Patrimonial e a Demonstrao do Resultado do Exerccio, um completando o outro, atinge a finalidade de mostrar a situao patrimonial e econmico-financeira da Entidade. g) Balano Patrimonial: Balano Patrimonial a demonstrao contbil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posio patrimonial e financeira da Entidade. No balano patrimonial, as contas devero ser classificadas segundo os elementos do patrimnio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anlise da situao financeira da empresa. De acordo com o 1 do artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstraes de cada exerccio sero publicadas com a indicao dos valores correspondentes das demonstraes do exerccio anterior, para fins de comparao. Composio do Balano Patrimonial O Balano Patrimonial constitudo pelo: - Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicaes de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefcios econmicos futuros, originados de eventos ocorridos. - Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigaes para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigiro ativos para a sua liquidao.

- Patrimnio Lquido compreende os recursos prprios da Entidade, e seu valor a diferena positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. Os elementos da mesma natureza e os saldos de reduzido valor quando agrupados, e desde que seja indicada a sua natureza e nunca devem ultrapassar, no total, um dcimo do valor do respectivo grupo de contas, sendo vedada a utilizao de ttulos genricos como "diversas contas" ou "contas correntes". Ao trmino do exerccio, como se faz em todos os meses, procede-se ao levantamento do balancete de verificao, com o objetivo de conhecer os saldos das contas do razo e conferir sua exatido. No balancete so relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, quer patrimoniais quer de resultado, demonstrando seus dbitos, crditos e saldos. As contas do balancete, no fim do exerccio, sejam patrimoniais ou de resultado, nem sempre representam, entretanto, os valores reais do patrimnio, naquela data, nem as variaes patrimoniais do exerccio, porque os registros contbeis no acompanham a dinmica patrimonial no mesmo ritmo em que ela se desenvolve. Desta forma, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor, sem que a contabilidade registre tais variaes, bem como muitas das receitas e despesas, recebidas ou pagas durante o exerccio, no correspondem realmente aos ingressos e ao custo do perodo. Da a necessidade de se proceder ao ajuste das contas patrimoniais e de resultado, na data do levantamento do balano, para que elas representem, em realidade, os componentes do patrimnio nessa data, bem como suas variaes no exerccio. A conciliao consiste, basicamente, na comparao do saldo de uma conta com uma informao externa contabilidade, de maneira que se possa ter certeza quanto exatido do saldo em anlise. As fontes de informaes mais usuais para verificao dos registros contbeis so os livros fiscais, os extratos bancrios, as posies de financiamentos e carteiras de cobranas, as folhas de pagamento, os controles de caixa, etc. Para elaborao do balano devem ser efetuados vrios ajustes e reclassificaes nas contas patrimoniais, como estoques, emprstimos, etc. Calcula-se tambm a proviso para o Imposto de Renda e a Contribuio Social sobre o Lucro Lquido, de acordo com as normas tributrias vigentes, fazendo-se a respectiva contabilizao. Para apurao do resultado do exerccio, faz-se os lanamentos de encerramento, debitando-se as contas de receitas e creditando-se uma conta transitria, chamada de apurao do resultado do exerccio. O inverso efetuado nas contas de despesas e custos, debitando-se a conta Apurao do Resultado do Exerccio e creditando-se as contas de custos ou despesas. O saldo da conta Apurao do Resultado do Exerccio ser ento transferida para a conta de Resultados a Destinar, sendo esta distribuda para outras contas patrimoniais, conforme proposta da administrao. Aps os ajustes pertinentes e lanamentos de encerramento das contas de resultado, as contas remanescentes so apenas as contas patrimoniais, que devem ser separadas e classificadas em grupos para elaborao do balano patrimonial, sendo que o saldo do ativo deve ser igual ao do passivo. Embora obrigatrios perante o fisco, os livros citados a seguir podem ser utilizados na escriturao contbil como auxiliares, reduzindo bastante o volume de registros contbeis no Livro Dirio. h) Livro Caixa O livro Caixa tambm auxiliar. Nele so registrados todos os fatos administrativos que envolvam entradas e sadas de dinheiro. Esse livro tem a finalidade de registrar as entradas e sadas de numerrio. Os registros devem ser efetuados em ordem cronolgica e, por isso, pode ser utilizado como auxiliar do Livro Dirio, devendo, nesse caso, atender a todas as formalidades exigidas. Ressalte-se que as empresas optantes pelo SIMPLES esto obrigadas, perante o fisco, escriturao do Livro Caixa, observando as exigncias contidas na Lei no 9.317/96 e as demais formalidades, inclusive quanto aos termos de abertura e encerramento. i) O Contas-Correntes o livro auxiliar do Razo. Serve para controlar as contas que representam Direitos e Obrigaes para a empresa. j) Livro de Inventrio O Livro de Inventrio tem a finalidade de registrar os bens de consumo, as mercadorias, as matrias-primas e outros materiais que se achem estocados nas datas em que forem levantados os balanos. As empresas optantes pelo SIMPLES tambm esto obrigadas a escriturar este Livro. l) Livro de Entrada de Mercadorias O Livro de Entrada de Mercadorias destina-se ao registo, em ordem cronolgica, das mercadorias adquiridas e recebidas pelas empresas. Nele tambm so registradas as entradas de bens de qualquer espcie, inclusive os que se destinam a uso ou consumo. m) Livro de Sada de Mercadorias No Livro de Sada de Mercadorias registram-se, em ordem cronolgica, as vendas de mercadorias ou de produtos, bem como toda e qualquer sada, inclusive de bens mveis da empresa. n) Livro de Registro de Prestao de Servios Esse livro obrigatrio perante o fisco municipal, podendo ser utilizado como auxiliar do Dirio, pois nele registram-se todas as operaes de servios, individualizando as respectivas Notas Fiscais em ordem cronolgica.

PatrimnioConjunto de Bens, Direitos e Obrigaes avaliados em moeda. Bens: Coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetveis de avaliao econmica. tudo aquilo que uma empresa possui, seja para uso, troca ou consumo. So divididos em: Bens Materiais (possuem corpo, matria, e so subdivididos em: Bens Mveis (podem ser removidos do lugar), Bens Imveis (no podem ser deslocados de seu local original), Bens Imateriais (sem corpo nem matria, como Benfeitorias em Imveis de Terceiros, Fundo de Comrcio avaliao subjetiva de um ponto-de-venda -, Patentes (registro de marcas ou invenes). Sob o ponto de vista dos desdobramento dos elementos em contas, eles so apresentadas em ordem decrescente de liquidez 1) Bens Numerrios (disponibilidades) Caixa: disponibilizado na tesouraria da empresa (dinheiro, vales e cheques) Bancos Movimento: depsitos C/C (dinheiro, cheques terceiros) e diminuda pelos saques Aplicaes de Liquidez Imediata: curto prazo Numerrios em trnsito: dinheiro ou cheques em movimento na empresa 2) Bens de Venda (estoques) Mercadorias: adquirida para posterior revenda Comrcio Indstria Matrias-Primas: utilizadas no processo de transformao Produtos em fabricao: em movimentao na linha de produo Produtos Prontos: fabricado a partir das mtrias-primas para venda * Material de expediente: quando apenas consumido e em pouca quantidade so considerados despesas e no estoques

3) Bens de Uso (Ativo Imobilizado) Tangveis (Materiais): Imveis, terrenos, mveis e utenslios, veculos, mquinas e equipamentos, computadores, instalaes Intangveis: Marcas e patentes, Fundo de Comrcio (Ponto Comercial tradio,localizao, clientela, fama - Franquia), Luvas, Concesses obtidas 4) Bens de Renda (Ativo Investimentos) Imveis para aluguel: No utilizado ou necessrio para o desempenho das atividades da empresa Terrenos no utilizados: Para valorizao e posterior venda. Obras de arte: A renda gerada pela sua explorao ou rendimento (aluguis ou dividendos) so considerados direitos Participaes Societrias Direitos: Todos os valores que a empresa tem para receber de terceiros (clientes): duplicatas a receber, promissrias a receber, aluguis a receber, etc. So todos os CRDITOS (haveres) contra terceiros 1) Duplicatas (Clientes) ou Promissrias a receber Duplicatas: Titulo de crdito Comercial Nota Promissria: Ttulo de crdito Financeiro, normalmente associado a emprstimos/financiamentos fora do sistema bancrio 2) Contas a receber Outros valores de terceiros que no ttulos de crdito 3) Adiantamento a fornecedores e a empregados Direitos em relao Crdito junto a fornecedores. Ex. pagamento antecipado de mercadorias Adiantamentos a empregados a conta zerada ao fim do ms pelo pagamento da folha Obrigaes: Todos os valores que a empresa tem para pagar para terceiros (fornecedores): duplicatas a pagar, promissrias a pagar, aluguis a pagar, impostos a pagar, Dbitos ou Dvidas com terceiros, inclusive Governo 1) Duplicatas (Clientes) ou Promissrias a pagar 2) Emprstimos e financiamento bancrios 3) Contas a pagar: Outros valores junto a terceiros que no ttulos de crdito 4) Adiantamento de clientes (dvidas em relao ) 5) Salrios e obrigaes a pagar: salrios devidos e ainda no pagos 6) PROVISES: baseadas em estimativas, so devidas e no pagas ! Ex: Impostos, frias, 13 e contingncias. (*) PROVISES: podem afetar o ATIVO tambm, neste caso so RETIFICADORAS (subtraem). Ex.: Proviso para devedores duvidosos Aspecto Qualitativo do Patrimnio: Divide o patrimnio da empresa por tipos. Ex: Bens (dinheiro, veculos, mquinas), Direitos (duplicata a receber, promissria a receber), Obrigaes (duplicatas a pagar, impostoas a pagar). Aspecto Quantitativo do Patrimnio: Consiste em dar aos Bens, Direitos e Obrigaes seus respectivos valores. Ex: Bens (R$ 5.000 em dinheiro, R$ 50.000 em veculos, R$ 10.000 em mquinas), Direitos (R$ 2.000 em duplicatas a receber, R$ 3.000 em promissrias a receber), Obrigaes (R$ 8.000 em duplicatas a pagar, R$ 500 em impostos a pagar). * Sempre no desenho de demonstrativos, no lado esquerdo ( T )coloca-se os Bens e Direitos (elementos positivos), e no lado direito ( T ) as Obrigaes (elementos negativos). Ativo: o nome dado para os Componentes Ativos de uma empresa, isto , os elementos positivos. Passivo: o nome dado para os Componentes Passivos de uma empresa, isto , os elementos negativos.

Situao Lquida Patrimonial a soma dos Bens com os Direitos (lado esquerdo) menos o total das Obrigaes (lado direito). Ela sempre ser colocada ao lado direito, embaixo das Obrigaes. Se o Ativo for maior que o Passivo, ser colocada sem o uso de parnteses, o que significa que seu nmero vem do Ativo. Se o Passivo for maior que o Ativo, a SLP ser colocada dentro de parnteses, o que significa que o sinal ser inverso, j que vem do Passivo. E por que isso? Porque na tabela em T do Balano Patrimonial, os 2 lados sempre devem possuir o mesmo somatrio. E lembre-se: Sempre os valores do lado esquerdo devem receber o sinal +. e os do lado direito o sinal - . Ativo > Passivo: Quando o somatrio do lado esquerdo (Bens e Direitos) for maior que o do lado esquerdo (Obrigaes), a Situao Lquida Patrimonial chamada de Positiva, Ativa e Superavitria. Positiva porque seu somatrio supera o total dos elementos negativos, Ativa porque o total do Ativo supera o total do Passivo e Superavitria por ser uma situao positiva. Ativo < Passivo: Quando o somatrio do lado direito (Passivo) for maior que o do lado esquerdo (Ativo), a Situao Lquida Patrimonial chamada de Negativa, Passiva, Deficitria e com Passivo Descoberto. Negativa porque o total dos elementos negativos supera o total dos elementos positivos, Passiva porque o total do Passivo superior ao total do Ativo, Deficitria por ser uma situao negativa, e Passivo Descoberto porque o total do Ativo no suficiente para cobrir o total do Passivo. Ativo = Passivo: Situao Lquida Nula, isso , o proprietrio se vender a empresa agora, no ter que desembolsar nada, mas tambm nada restar. Ativo = Situao Lquida: Ocorre quando no h Obrigaes. Neste caso a Situao Lquida Positiva. Passivo = Situao Lquida: Ocorre quando no h Ativo, apenas Obrigaes. Neste caso a Situao Lquida Negativa. Estes entendimentos acima servem para compreendermos melhor o Balano Patrimonial.

BALANO PATRIMONIAL a demonstrao destinada a evidenciar resumidamente o Patrimnio da empresa, quantitativa e qualitativamente. Deve compreender todos os Bens e Direitos, tanto tangveis como intangveis, Obrigaes e o Patrimnio Lquido. A tabela gerada para visualizao do Balano Patrimonial chamada de Plano de Contas. Vamos conhecer a composio correta dos 2 lados da tabela, o lado esquerdo (Ativo) e o lado direito (Passivo). ATIVO No Ativo as contas esto dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez: Ativo Circulante: as Disponibilidades, os Direitos Realizveis no curso do exerccio social subseqente e as aplicaes de recursos em Despesas do exerccio seguinte (despesas antecipadas). qualquer direito que a empresa recebe at o final do exerccio seguinte.

ATIVO1. CIRCULANTE 1.1 Caixa 1.2 Bancos 1.3 Duplicatas a Receber 1.4 Contas a Receber 1.5 Estoque 1.6 - Aplicaes de Liquidez Imediata 1.7 - Aluguis Antecipados 1.8 Adiantamento a E mpregados

PASSIVO

Ativo Realizvel a Longo Prazo: os Direitos Realizveis aps o trmino do exerccio seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou emprstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas, etc. qualquer direito que a empresa receber aps o final do exerccio seguinte. Nas legislaes atuais, embora ainda no em vigor na sua totalidade, o Ativo Realizvel a Longo Prazo teve seu nome modificado para Ativo No-Circulante.

ATIVO1. CIRCULANTE 1.1 Caixa 1.2 Bancos 1.3 Duplicatas a Receber 1.4 Contas a Receber 1.5 Estoque 1.6 - Aplicaes de Liquidez Imediata 1.7 - Aluguis A ntecipados 1.8 Adiantamento a E mpregados 2. RE ALIZV EL 2.1 Duplicatas a Receber 2.2 Notas Promissrias a Receber 2.3 - Emprstimos a Coligadas 2.4 - Emprstimo a Diretores 2.5 - Aplicaes Financeiras 2.6 Contas a Receber

PASSIVO

Ativo Permanente: se subdivide em Investimentos, Imobilizado e Diferido. Investimentos: as participaes permanentes em outras sociedades de direitos de qualquer natureza e que no se destinem manuteno da atividade da empresa, como por exemplo: aes de outras empresas, imveis para renda, obras de arte, outras participaes, etc. Imobilizado: bens destinados manuteno das atividades da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial. Exemplos: sede da empresa, galpo para estoque de materiais, mquinas, equipamentos, instalaes, veculos, mveis, utenslios, terrenos (terrenos porque no considerado um imvel de renda, sendo assim, no um investimento ainda). Diferido: So as aplicaes de recursos em despesas que contribuiro para a formao do resultado de mais de um exerccio social, inclusive os juros pagos ou creditados aos scios ou acionistas durante o perodo que acontecer o incio das operaes sociais. Exemplo: despesas pr-operacionais, marcas e patentes, gastos com pesquisa, etc. Nas legislaes atuais, embora ainda no em vigor na sua totalidade, o Ativo Permanente teve seu nome modificado para Ativo NoCirculante, e ao Ativo Diferido deixa de existir e passa a ser lanado apenas como despesa comum.

ATIVO1. CIRCULANTE 1.1 Caixa 1.2 Bancos 1.3 Duplicatas a Receber 1.4 Contas a Receber 1.5 Estoque 1.6 - Aplicaes de Liquidez Imediata 1.7 - Aluguis Antecipados 1.8 Adiantamento a Empregados 2. REALIZVEL 2.1 Duplicatas a Receber 2.2 Notas Promissrias a Receber 2.3 - Emprstimos a Coligadas 2.4 - Emprstimo a Diretores 2.5 - Aplicaes Financeiras 2.6 Contas a Receber 3. PERMANENTE 3.1 Investimentos 3 .1.1 - Aes de Outras Empresas 3 .1.2 - Imveis para Renda (locao ) 3 .1.3 Obras de Arte 3.2 Imobilizado 3 .2.1 - Imveis de Uso Atual 3 .2.2 - Mquinas e Equipamentos 3 .2.3 - Instalaes 3 .2.4 - Veculos 3 .2.5 - Mveis e Utenslios 3 .2.6 Terrenos 3.3 Diferido 3 .3.1 Despesas pr -operacionais 3 .3.2 Gastos com Pesquisa TOTAL

PASSIVO

PASSIVO No Passivo figuram as obrigaes da companhia, inclusive financiamentos para aquisio de direitos do Ativo Permanente. chamado de Passvel Exigvel (j que so obrigaes) e se divide em Exigvel de Curto Prazo (ou circulante) ou Exigvel de Longo Prazo. Passivo Circulante (ou Passvel Exigvel de Curto Prazo): so as obrigaes que vencerem at o trmino do exerccio seguinte. Exemplos: duplicatas a pagar, contas a pagar, impostos a pagar, salrios a pagar, ttulos a pagar, emprstimos a pagar, FGTS a depositar, encargos sociais a pagar, etc.

ATIVO1. CIRCULANTE 1.1 Caixa 1.2 Bancos 1.3 Duplicatas a Receber 1.4 Contas a Receber 1.5 Estoque 1.6 - Aplicaes de Liquidez Imediata 1.7 - Aluguis Antecipados 1.8 Adiantamento a Empregados 2. REALIZVEL 2.1 Duplicatas a Receber 2.2 Notas Promissrias a Receber 2.3 - Emprstimos a Coligadas 2.4 - Emprstimo a Diretores 2.5 - Aplicaes Financeira s 2.6 Contas a Receber 3. PERMANENTE 3.1 Investimentos 3 .1.1 - Aes d Outras Empresas e 3 .1.2 - Imveis para Ren da (locao ) 3 .1.3 Obras de Arte 3.2 Imobilizado 3 .2.1 - Imveis de Uso Atual 3 .2.2 - Mquinas e Equip amentos 3 .2.3 - Instalaes 3 .2.4 - Veculos 3 .2.5 - Mveis e Utenslios 3 .2.6 Terrenos 3.3 Diferido 3 .3.1 Despesas pr -operacionais 3 .3.2 Gastos com Pesquisa TOTAL

PASSIVO

1. CIRCULANTE EXIGVEL DE CURTO PRAZO 1.1 - Salrios a pagar 1.2 Aluguel a pagar 1.3 Contas a pagar 1.4 - Ttulos a pagar 1.5 - Tributos a pagar 1.6 - Emprstimos a pagar 1.7 FGTS a pagar 1.8 Encargos Sociais a pagar

Passvel Exigvel a Longo Prazo: so as obrigaes que tiverem vencimento com prazo maior (aps o trmino do exerccio seguinte. Exemplos: financiamentos a pagar, ttulos a pagar, encargos sociais a pagar, obrigaes fiscais a pagar.

ATIVO1. CIRCULANTE 1.1 Caixa 1.2 Bancos 1.3 Duplicatas a Receber 1.4 Contas a Receber 1.5 Estoque 1.6 - Aplicaes de Liq uidez Imediata 1.7 - Aluguis Antecipados 1.8 Adiantamento a Empregados 2. REALIZVEL 2.1 Duplicatas a Receber 2.2 Notas Promissrias a Rece ber 2.3 - Emprstimos a Coligadas 2.4 - Emprstimo a Direto res 2.5 - Aplicaes Financeiras 2.6 Contas a Receber 3. PERMANENTE 3.1 Investimentos 3 .1.1 - Aes de Outras Empresas 3 .1.2 - Imveis p Renda ara (locao ) 3 .1.3 Obras de Arte 3.2 Imobilizado 3 .2.1 - Imveis d Uso Atual e 3 .2.2 - Mquinas e Equipamentos 3 .2.3 - Instalaes 3 .2.4 - Veculos 3 .2.5 - Mveis e Utenslios 3 .2.6 Terrenos 3.3 Diferido 3 .3.1 Despesas pr -operacionais 3 .3.2 Gastos com Pesquisa TOTAL

PASSIVO1. CIRCULANTE EXIGVEL DE CURTO PRAZO 1.1 - Salrios a pagar 1.2 Aluguel a pagar 1.3 Contas a pagar 1.4 - Ttulos a pagar 1.5 - Tributos a pagar 1.6 - Emprstimos a pagar 1.7 FG a pagar TS 1.8 En cargos Sociais a pagar 2. EXIGVEL A LONG PRAZO O 2. 1 Financiamentos a pagar 2. 2 - Ttulos a pagar 2. 3 - Obrigaes Fiscais a pagar

PATRIMNIO LQUIDO Figura no lado direito, assim como as Obrigaes, mas no representa nenhuma obrigao. a diferena entre o ativo e o passivo. subdividido em: Conta do Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Reavaliao e Reservas de Lucros, alm dos Lucros e Prejuzos, Dividendos e Lucros Antecipados e Aes em Tesouraria.. Conta do Capital Social: discriminar o montante subscrito (dinheiro colocado na empresa pelos scios) e a parcela ainda no realizada (ainda no colocada de fato na empresa). Exemplo: Um scio colocou R$ 1.000 na empresa, isto , integralizou ou realizou R$ 1.000. O capital subscrito o compromisso assumido pelos acionistas, a capital a realizar a parcela no ingralizada pelo scios, e o capital realizado o nome dado para quando ocorreu a integralizao efetiva do capital. Reservas de Capital: sero classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: contribuio do subscritor de aes que ultrapassar o valor nominal e a parte do preo de emisso das aes sem valor nominal que ultrapassar a importncia destinada formao do Capital Social, inclusive nos casos de converso em aes de debntures ou partes beneficirias; produtos da alienao de partes beneficirias e bnus de subscrio; prmio recebido na emisso de debntures; doaes e subvenes para investimentos; resultados da correo monetria do capital realizado, enquanto no capitalizado. Reservas de Reavaliao: contrapartidas de aumentos de valor atribudos a elementos do Ativo em virtude de novas avaliaes com base em laudos tcnicos e aprovado pela assemblia geral. Nas legislaes atuais, embora ainda no em vigor na sua totalidade, a conta Reservas de Reavaliao deixa de configurar o Patrimnio Lquido. Reservas de Lucros: sero classificadas como as contas constitudas pela apropriao de lucros ou prejuzos da empresa. Lucros / Prejuzos Acumulados: Tem por objetivo demonstrar a movimentao da conta de lucros ou prejuzos acumulados, ainda no distribudos aos scios titular ou aos acionistas, revelando os eventos que influenciaram a modificao do seu saldo. Essa demonstrao deve, tambm revelar o dividendo por ao do capital realizado. Dividendos / Lucros Antecipados: pagar dbitos ou antecipar os lucros aos acionistas antes do fechamento do exerccio. Aes em Tesouraria: Aes prprias que a empresa mantm em seu poder. Balano Patrimonial Completo

ATIVO1. CIRCULANTE 1.1 Caixa 1.2 Bancos 1.3 Duplicatas a Receber 1.4 Contas a Receber 1.5 Estoque 1.6 - Aplicaes de Liquidez Imediata 1.7 - Aluguis Antecipados 1.8 Adiantamento a Empregados 2. REALIZVEL 2.1 Duplicatas a Receber 2.2 Notas Promissrias a Receber 2.3 - Emprstimos a Coligadas 2.4 - Emprstimo a Diretores 2.5 - Aplicaes Financeiras 2.6 Contas a Receber

PASSIVO1. CIRCULANTE EXIGVEL DE CURTO PRAZO 1.1 - Salrios a pagar 1.2 Aluguel a pagar 1.3 Contas a pagar 1.4 - Ttulos a pagar 1.5 - Tributos a pagar 1.6 - Emprstimos a pagar 1.7 FGTS a pagar 1.8 Encargos Sociais a pagar 2. EXIGVEL A LONGO PRAZO 2. 1 Financiamentos a pagar 2. 2 - Ttulos a pagar 2. 3 - Obrigaes Fiscais a pagar

3. PERMANENTE 3. PATRIMNIO LQUIDO 3.1 Investimentos 3.1 Capital Social 3 .1.1 - Aes de Outras Empresas 3.2 Reserva de Capital 3 .1.2 - Imveis para Renda (locao ) 3.3 Reserva de Reavaliao 3.4 Reserva de Lucro 3 .1.3 Obras de Arte 3.2 Imobilizado 3 .2.1 - Imveis de Uso Atual 3 .2.2 - Mquinas e Equipamentos 3 .2.3 - Instalaes 3 .2.4 - Veculos 3 .2.5 - Mveis e Utenslios 3 .2.6 Terrenos 3.3 Diferido 3 .3.1 Despesas pr -operacionais 3 .3.2 Gastos com Pesquisa TOTAL

Lembretes: 01) O exerccio pode ser definido pela empresa como sendo de: um ms, um bimestre, semestre ou ainda um ano. No servio pblico, segundo a lei 4320/64, o exerccio financeiro corresponder ao ano civil. 02) O Balano Patrimonial retrata a situao financeira no momento do encerramento do exerccio, mas a contabilidade no esttica. Se um exerccio termina hoje, amanh novos fatos podem e iro ocorrer. Exemplo: se uma duplicata a receber foi paga ontem no fechamento do balano patrimonial e ela s venceria no final do exerccio seguinte, esse dinheiro pode entrar no Caixa, ou no Banco, e assim sendo passa a ser Ativo Circulante no fechamento do prximo balano patrimonial.

Detalhando um pouco algumas contas e termos do Balano Patrimonial:- Bens Numerrios: so as Disponibilidades: Caixa, Bancos Conta Movimento, Bancos Conta Poupana, Aplicaes de Liquidez Imediata, Numerrio em Trnsito - As disponibilidades representam dinheiro em espcie ou equivalente. - Todos os nomes que representam elementos patrimoniais (bens, direitos ou obrigaes) so chamados de Contas. - A conta Caixa representa o dinheiro existente no cofre da empresa, no s em espcie, mas tambm cheques de terceiros no depositados no banco, vale-refeio, vale-transporte etc. - A conta BCM (Bancos Conta Movimento) representa o dinheiro da empresa ou cheques de terceiros depositados no banco. - A conta Aplicaes de Liquidez Imediata representa dinheiro aplicado no mercado financeiro em curtssimo prazo, sendo a diferena entre o valor aplicado e o valor resgatado Receita Financeira. - A conta Numerrios em Trnsito pode representar, por exemplo, dinheiro remetido para filiais em espcie, em cheques, em ordens de pagamento etc. - H estoques que no constituem bens de venda, como, por exemplo, estoques de Materiais de Expediente. Tais bens no sero vendidos e sim consumidos. Uma vez consumidos, sero considerados despesas. Caso a empresa trabalhe com pouca quantidade desses materiais, mesmo que no sejam de imediatos consumidos, podero ser considerados como despesas e no como estoques. - A diferena entre Mercadoria e Produto Pronto e que a primeira e adquirida de um fornecedor para posterior revenda, e o segundo e fabricado a partir das matrias-primas para posterior venda. Desta forma, uma empresa comercial vende Mercadorias e uma empresa industrial vende Produtos. - As Matrias-Primas so consideradas bens de venda, no porque sero vendidas, mas sim porque sero transformadas em produtos prontos, os quais sero vendidos. - Os Produtos em Fabricao (ou Produtos em Elaborao ou Produtos em Processo) so considerados bens de venda de uma empresa industrial, pois, aps acabados, sero vendidos. - A diferena entre Bem de Uso e Bem de Renda est no fato de que o primeiro bem destinado manuteno das atividades da empresa, ou seja, bem que a empresa precisa para poder desenvolver suas atividades; o segundo bem no destinado manuteno das atividades da empresa, isto , bem no necessrio para que a empresa possa desenvolver suas atividades. Como exemplo, suponhamos que uma determinada empresa tenha um imvel, onde localiza uma de suas filiais. Tal imvel um bem de uso, pois necessrio ao funcionamento da empresa. Suponhamos agora que a empresa desative a referida filial, e alugue o imvel a terceiros. Desta forma, tal imvel deixar de ser bem de uso e passar a ser um bem de renda, ou seja, deixar de compor o Ativo Imobilizado e passar a compor o Ativo Investimentos - Diretos: So todos os crditos (haveres) de uma empresa contra terceiros (Duplicatas a Receber (ou Clientes), Promissrias a Receber, Contas a Receber, Adiantamentos a Fornecedores, Adiantamentos a Empregados, Impostos a Recuperar, Dividendos a Receber, Emprstimos a Coligadas, Emprstimos a Controladas). - Bens Tangveis so aqueles que tm existncia concreta (material), ao passo que bens Intangveis so aqueles que tm existncia abstrata (imaterial). Assim, por exemplo, um txi (automvel) e um bem tangvel; porm a licena do taxista e um bem intangvel. - A Patente decorrente de alguma inveno. O valor da patente igual ao somatrio dos gastos com seu registro e as despesas de pesquisas na sua obteno. - O Fundo de Comrcio o ponto comercial. Ao se apurar, por exemplo, o valor pelo qual uma loja deva ser vendida, no basta somarmos todos os bens materiais ali existentes. Deve-se levar tambm em considerao, entre outros fatores que possam existir, a clientela, a localizao, a fama e o tempo de existncia. Assim, o valor considerado alm da matria dever ser o valor do fundo de

comrcio. Se, por hiptese, a soma dos valores dos bens materiais ali existentes fosse de $ 40.000 e a loja fosse vendida por $ 50.000, os $ 10.000 de diferena constituiriam o valor do ponto comercial. - Suponhamos que a Cia. Alfa tenha uma Filial X, que est instalada num imvel alugado. Se, por exemplo, nesse imvel fosse construdo um armazm com um gasto de $ 32.000, tal valor seria contabilizado como Benfeitorias em Imveis de Terceiros (bem intangvel), que tambm e uma conta do Ativo Imobilizado. - A Duplicata um titulo de crdito comercial, usado em vendas a prazo. Recebe este nome por possuir os mesmos dados principais da Fatura (nmero de notas fiscais, valores das vendas e vencimentos dos pagamentos). - A Fatura um documento comercial que comprova a(s) venda(s) a prazo efetuada(s) ao mesmo cliente, o qual pode englobar uma ou mais Notas Fiscais. Sua principal finalidade informar ao cliente a relao das notas fiscais, para que o mesmo confira suas compras a prazo, e a(s) data(s) em que o mesmo deve efetuar o pagamento parcelado ou em quota. - A Nota Promissria recebe este nome por ser um ttulo de crdito representativo de uma promessa de pagamento, ou seja, o devedor (emitente do ttulo) se compromete a pagar ao credor (favorecido ou beneficirio do ttulo) determinada quantia. Ao contrario da duplicata, no e um ttulo comercial e sim um ttulo financeiro, usado, normalmente, em emprstimos e financiamentos como, por exemplo: na venda ou compra de imveis a prazo; quando um particular compra um veculo de outro particular; na obteno de dinheiro emprestado de bancos ou financeiras, podendo o beneficirio (banco ou financeira) exigir que o devedor tenha um avalista (quem pagar a promissria, caso o devedor no pague); Enquanto a duplicata e emitida pelo credor, a promissria e emitida pelo devedor; Tambm, ao contrario da duplicata, (n)a promissria: no existem as figuras do sacador e do sacado, e sim a do emitente (devedor) e a do beneficirio (credor); no admitida 2" via; no usada em operaes comerciais. O Vencimento pode ser: vista (na apresentao); em dia certo (data determinada); a tempo certo da data (n de dias a contar da data da emisso). - Contas a Receber: Conta representativa de valores a receber de terceiros, os quais no se encontram em ttulos de credito, isto , no se encontram em duplicatas ou promissrias. - Adiantamentos a Fornecedores: Conta representativa de um crdito do cliente contra o fornecedor, tendo em vista o pagamento antecipado para o recebimento futuro de bens. - Adiantamentos a Empregados: Tal conta representa um direito da empresa em relao ao empregado. freqente o fato de uma empresa que pague salrios no dia 5 de cada ms conceder um adiantamento no dia 20. Tal adiantamento ser descontado dos salrios bruto ao final do ms que foi concedido. Assim, se no final de um determinado ms o valor bruto da folha de salrios fosse de $ 30.000, ou seja, Salrios a Pagar = $ 30.000, e se no dia 20 do mesmo ms houvesse um adiantamento de $ 8.000, os salrios a pagar, sem considerar outros descontos, cairiam para $ 22.000, ficando a conta Adiantamentos a Empregados, ao fim do ms, com saldo zero. - Obrigaes: So todos os dbitos (dvidas) da empresa com terceiros, tudo que for a pagar. - Contas a Pagar: Conta representativa de obrigaes com terceiros que no se encontram representados por ttulos de credito, isto , no se encontram, por exemplo, em duplicatas ou promissrias. - As Provises do Passivo so obrigaes de carter duvidoso, pois so determinados por estimativas. Assim, quando Se calcula o Imposto de Renda sobre o lucro, dada a complexidade do seu fato gerador, no se h a certeza da exatido do seu valor. Da, no usamos a conta Imposto de Renda a Pagar. e sim a conta Proviso para Imposto de Renda. - H tambm Provises do Ativo. Porm, tais provises no so obrigaes, e sim contas redutoras (ou retificadoras). - Contas Retificadoras so contas negativas do grupo ao qual pertenam, isto , So contas que devemos subtrair, ao invs de somar. - A conta Imposto de Renda a Pagar, representa o imposto de renda efetivamente a ser pago pela empresa ao Governo Federal, com base na declarao de rendimentos. - A conta Encargos .Sociais a Recolher engloba a parte dos empregados (Contribuies da Previdncia a Recolher descontadas do salrio bruto dos empregados) e a parte do empregador (FGTS + Contribuies da Previdncia a Recolher). - A conta IRRF a Recolher representa o imposto de renda descontado do salrio bruto dos funcionrios, o qual dever ser pago pela empresa a Receita Federal. - Dbitos de Funcionamento: so dvidas normais originrias do prprio funcionamento da entidade, tais como salrios a pagar, duplicatas a pagar, impostos a recolher etc. - Dbitos de Financiamento: so dvidas eventuais originrias de emprstimos bancrios, financiamentos para aquisio de bens do ativo permanente, etc. - Crditos de Funcionamento: so crditos normais originrios do funcionamento da empresa, tal como e o caso das duplicatas a receber, as quais representam crditos contra clientes em funo de vendas a prazo. - Crditos de Financiamento: so crditos eventuais da empresa, tais como emprstimos concedidos a coligadas, controladas, acionistas, diretores etc.

Anlises feitas partir do Balano PatriomialAgora que j conhecemos como funciona o balano patrimonial, podemos entender a composio de anlises essenciais ao administrador financeiro para sua tomada de decises:

Anlise Horizontal e VerticalAnlise Vertical A anlise vertical facilita a avaliao da estrutura do Ativo e do Passivo bem como a participao de cada item da Demonstrao de Resultado na formao do lucro ou prejuzo. O clculo do percentual de participao relativa dos itens do Ativo e do Passivo feito dividindo-se o valor de cada item pelo valor total do Ativo ou do Passivo. Para a participao relativa dos itens da Demonstrao de resultado o clculo feito dividindo-se cada item pelo valor da Receita Lquida, pois esta considerada como base. Outras constataes podem ser extradas, mas a utilidade aumenta sensivelmente se a anlise vertical for utilizada conjuntamente com a anlise horizontal. Anlise Horizontal A anlise horizontal tem a finalidade de evidenciar a evoluo dos itens das demonstraes contbeis, por meio dos perodos. Calculase os nmeros-ndices estabelecendo o exerccio mais antigo como ndice-base 100. Podem ser calculados, tambm, aumentos anuais. As tcnicas utilizadas em anlise horizontal apresentam algumas limitaes: a) quando o valor do item correspondente no exerccio-base for nulo, nmero ndice no pode ser calculado pela forma proposta, pois os nmeros so divisveis pelo nmero zero. Nesses casos, podem ser analisadas variaes em valores absolutos; b) quando o exerccio-base apresenta um nmero negativo e no exerccio seguinte o nmero fica positivo ( e vice-versa), matematicamente, calculvel, mas o resultado deve ser tratado com bastante cuidado, para no ocorrerem interpretaes equivocadas da evoluo.

Anlise por Meio de ndicesA tcnica de anlise por meio de ndices consiste em relacionar contas e grupos de contas para extrair concluses sobre tendncias e situao econmico-financeira da empresa. O analista pode trabalhar com ndices ou percentual. A classificao dos ndices pela empresa pode ser como timo, bom, satisfatrio ou deficiente, ao compar-los com os ndices de outras empresas do mesmo ramo ou porte. Esta comparao possvel atravs das publicaes em revistas especializadas.

1) ndices de LiquidezOs ndices de liquidez mostram a situao financeira da empresa. Quanto maior o ndice, melhor. Um aspecto importante que deve ser considerado que a empresa precisa "repor" os ativos circulantes que converter em dinheiro, para no interromper sua atividade operacional. Nessas condies, os ativos circulantes passam a ter caractersticas permanentes. Portanto, os ndices de liquidez so vlidos para os casos em que a empresa "liquidada". A Liquidez das empresas representada por ndices financeiros, sendo calculados com base em dados extrados do Balano Patrimonial. Tem por objetivo analisar a capacidade de pagamento das exigibilidades. Nem sempre um elevado ndice de liquidez traduz uma boa gerncia financeira. Quando existe excesso de disponibilidades, provavelmente existe pouca aplicao dos recursos em investimento, excesso de estoques, ou ainda prazos dilatados demais no contas a receber, etc. Existem 4 tipos de ndices de liquidez: a) Liquidez Corrente Comum: utilizado para avaliar a capacidade de pagamento das obrigaes de curto prazo (passivo circulante) atravs dos bens e crditos do Ativo Circulante. Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante A Liquidez Corrente com ndice superior a 1 indica que o Capital Circulante positivo, e menor que 1 indica dificuldades no pagamento das dvidas a curto prazo. b) Liquidez Imediata ou Instantnea: Avaliao da capacidade de pagamento dos compromissos mais imediatos e tambm dos eventuais. Pagar de curto prazo e de uma s vez, s possvel com recursos oriundos das contas: Caixa, Bancos Conta Movimento, Caderneta de Poupana, etc. Liquidez Imediata = Disponibilidades / Passivo Circulante A Liquidez Imediata com ndice superior a 1 indica que a empresa consegue honrar todos os seus compromissos de curto prazo e de uma s vez, ou seja, antes do final do exerccio. Abaixo de 1 o inverso verdadeiro. c) Liquidez Seca ou Teste cido: utilizado para avaliar a capacidade de pagamento de curto prazo sem considerar os estoques. adequado para a anlise de empresas que operem com estoques de difcil realizao financeira (imobilirias, por exemplo). Liquidez Seca = Ativo Circulante Estoques / Passivo Circulante A Liquidez Seca com ndice igual a 1 indica que, sem considerar os recursos provenientes da realizao de estoques, a empresa tem crditos e bens de valor igual s suas dvidas de curto prazo. Se o ndice for maior que 1, alm da empresa ter crditos e bens suficientes para pagar suas dvidas de curto prazo sem considerar seus estoques, ainda sobra capital. Se o ndice for menor que 1, a empresa no tem crditos e bens para pagar suas dvidas de curto prazo sem levar em considerao os recursos provenientes da realizao de seus estoques. Despesas antecipadas fazem parte do Ativo Circulante, mas caso constem do Balano Patrimonial, no entram no clculo do ndice de Liquidez Seca. d) Liquidez Geral ou Total: utilizado para avaliar a capacidade de pagamento de todas as obrigaes, tanto de curto quanto de longo prazo, atravs de recursos na permanentes. O ideal que este ndice no seja inferior a 1. Liquidez Total = Ativo Circulante + Ativo Realizvel / Passivo Exigvel Sendo o ndice menor que 1, a empresar estar financiando pelo menos em parte, as aplicaes no permanente com recursos de terceiros, o que geralmente provoca grandes dificuldades de pagamento das obrigaes. As aplicaes no permanente tem retorno demorado e devem ser financiadas com recursos prprios, ou com recursos de terceiros amortizveis a longo prazo.

2) ndices de RotaoOs ndices de rotao (giros) evidenciam o prazo de renovao dos elementos patrimoniais, dentro de determinado perodo de tempo. A anlise do giro dos ativos fornece informaes sobre aspectos de gesto da empresa, tais como as polticas de estocagem, financiamento de compras e financiamento de clientes. Com relao ao giro dos estoques (e prazo mdio de estocagem), as empresas procuram aumentar, pois quanto mais rpido vender o produto, mais o lucro aumentar. Esse raciocnio vlido desde que a margem de contribuio seja positiva e o aumento do giro no implique "custos extras" em volume superior ao ganho obtido pelo aumento do giro. O mesmo vlido, tambm, em relao ao giro das contas a receber (e prazo mdio das contas a receber), em termos de quanto mais rpido a empresa receber, melhor. J em relao ao prazo mdio de pagamento a fornecedores, quanto maior, melhor, ou seja, quanto mais tempo para pagar, melhor. Freqentemente, o prazo mdio de pagamento a fornecedores comparado com o prazo mdio das contas a receber. Por exemplo, a empresa compra com prazo de 81 dias e vende com prazo de 68 dias, ela tem condies de recomprar antes mesmo de totalizar o pagamento aos fornecedores. a) Capital Circulante Lquido (CCL) ou Capital de Giro: o valor determinado pelo confronto entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante. CCL = Ativo Circulante Passivo Circulante Se AC > PC, ento o CCL Prprio ou Positivo Se AC < PC, ento o CCL de Terceiros e Negativo Se AC = PC, ento o CCL Nulo.

b) Giro dos Estoques Giro dos estoques (GE) = Custo dos produtos vendidos / Saldo mdio dos estoques c) Giro das Contas a Receber Giro das contas a receber (GCR)= Receita operacional bruta Devolues e abatimentos / Saldo mdio das contas a receber

d) Giro do Ativo Operacional Giro do ativo operacional (GAOP) = Receita operacional lquida / Saldo mdio do ativo operacional

3) ndices de Estrutura de CapitalEsses ndices indicam o grau de dependncia da empresa com relao a capital de terceiros e o nvel de imobilizao do capital. Quanto menor o ndice, melhor. Participao dos Capitais de Terceiros = Exigvel total / Exigvel + Patrimnio Lquido

4) ndices de RentabilidadeEsses ndices medem quanto est rendendo os capitais investidos. So indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso ( ou insucesso) empresarial. So calculados, geralmente, sobre as receitas lquidas, porm, em alguns casos, pode ser interessante calcular sobre as receitas brutas deduzidas somente das vendas canceladas (devolues) e abatimentos. Como pode ser observado, este ndice quanto maior, melhor. a) Margem Bruta Margem bruta (MB) = Lucro bruto / Receita Operacional lquida b) Margem Lquida Margem lquida (ML) = Lucro lquido / Receita Operacional lquida c) Rentabilidade do Capital Prprio Rentabilidade do capital prprio (RCP) = Lucro lquido / Saldo mdio do Patrimnio lquido

5) ndices de EndividamentoOferecem subsdios para a avaliao da participao dos capitais prprios e de terceiros no patrimnio da empresa. Indica o grau de Endividamento da empresa. a) ndice de Endividamento Total: Representa quanto a empresa deve em relao ao seu investimento total. IET = Exigvel Total / Ativo Total b) ndice de Endividamento de Curto Prazo: Representa quanto a empresa deve em relao a investimentos mais imediatos. IECP = Passivo Circulante / Ativo Total c) Composio do Endividamento: representa o impacto das obrigaes de curto prazo no total de obrigaes da organizao. Composio do endividamento (CE) = Passivo circulante / Exigvel total

ResumoA funo financeira corresponde os esforos despendidos objetivando a formulao de um esquema que seja adequado maximizao dos retornos dos proprietrios das aes ordinrias da empresa, ao mesmo te em que possa propiciar a manuteno de um certo grau de liquidez. Na verdade a funo financeira dentro de uma empresa esta diretamente relacionada com a deciso de se fazer um investimento e deciso de se fazer um financiamento, sem esquecer que estas duas funes principais esto interligadas. Alm disso, a funo financeira abrange numerosos outros aspectos, alm do indicado at agora. Se fossemos distinguir finanas das outras funes nas empresas, a caracterstica escolhida para diferenciar seria o tempo, pois os dias, meses, anos ou dcadas. Na realidade todas as outras funes dentro de uma empresa com fins lucrativos visam um maior rendimento, maior aproveitamento, lucro, investimento, etc., tudo necessita de um certo clculo financeiro.

Glossrio de Termos ContbeisAMORTIZAO: Representa a conta que registra a diminuio do valor dos bens intangveis registrados no ativo permanente, a perda de valor