Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
✓ O que saber para começar a estudar AFO;
✓ Introdução;
✓ Atividade Financeira do Estado;
✓ Introdução ao Orçamento Público no Brasil: PPA, LDO e LOA;
✓ Créditos orçamentários;
✓ Receitas Tributárias.
[Aula Demonstrativa]
Prof. Marcel Guimarães
Em AFO, é feito o estudo de como o Estado administra os recursos públicos para executar suasfunções e atingir objetivos.
[Introdução]
Administração Financeira e Orçamentária (AFO)
Consiste na administração das finanças e do orçamento público.
Direitos Financeiro e Tributário(MTO 2021)
O Direito Financeiro tem por objeto a disciplinajurídica de toda a atividade financeira do Estado eabrange receitas, despesas e créditos públicos.
O Direito Tributário tem por objeto específico adisciplina jurídica de uma das origens da receitapública: o tributo.
Prof. Marcel Guimarães
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
CF/88
ATENÇÃO
Municípios não estão inseridos expressamente na competência concorrente para legislar.
DICA
CasaDinheiro
[Direito Financeiro – Competência Legislativa]
Prof. Marcel Guimarães
Aliomar Baleeiro: “a AFE consiste em obter, criar, gerire despender o dinheiro indispensável às necessidades,cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outraspessoas de direito público”.
Gerir
Obter
Gastar
Criar
Atividade Financeira do Estado
Orçamento/Planejamento
Receita
Despesa
Crédito
Valdecir Pascoal: “é tarefa do Estado a realização dobem comum que se concretiza por meio do atendimentodas necessidades públicas, como por exemplo:segurança, educação, saúde, previdência, justiça, defesanacional, emprego, diplomacia, alimentação, habitação,transporte, lazer, etc.”.
[Atividade Financeira do Estados]
Prof. Marcel Guimarães
RECEITA PÚBLICA (MTO 2021)
Sentido amplo
Em sentido amplo, receitas públicas são ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado, que sedesdobram em receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros para oerário, e ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias.
Sentido estrito
Em sentido estrito, são públicas apenas as receitas orçamentárias. Observa-se que este Manual Técnico deOrçamento adota a definição no sentido estrito; dessa forma, quando houver citação ao termo “receita pública”,implica referência às “receitas orçamentárias”.
[Receitas Públicas]
Prof. Marcel Guimarães
DESPESAS PÚBLICAS
A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para ofuncionamento e manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade.
No Setor público → Lei Orçamentária FIXA a despesa pública autorizada para umexercício financeiro.
DESPESA ORÇAMENTÁRIA
- É a despesa cuja realização depende de autorização legislativa e que não podeefetivar-se sem crédito orçamentário (Sanches,Osvaldo,1997).
[Despesas Públicas]
Prof. Marcel Guimarães
[Orçamento Público]
CONCEITO
O orçamento público é uma lei que, entre outros aspectos exprime em termosfinanceiros a alocação dos recursos públicos. Trata-se de um instrumento deplanejamento que espelha as decisões políticas, estabelecendo as açõesprioritárias para atendimento das demandas da sociedade, em face à escassezde recursos.
Orçamento público = Lei Orçamentária Anual (LOA)
Prof. Marcel Guimarães
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;II - as diretrizes orçamentárias;III - os orçamentos anuais.
CF/88
Leis OrçamentáriasLDO
PPA
LOA
OF
OI
OSS
[Leis Orçamentárias]
Prof. Marcel Guimarães
Conteúdo principal do PPA:
Fixa, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas do Governo para:
- as despesas de capital
- as despesas correntes derivadas das despesas de capital
- os programas de duração continuada
§ 1º A lei que instituir o PLANO PLURIANUAL estabelecerá, de forma regionalizada, asdiretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capitale outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
CF/88 – Art. 165
[PPA – Plano Plurianual]
Prof. Marcel Guimarães
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades daadministração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercíciofinanceiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporásobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação dasagências financeiras oficiais de fomento.
CF/88 – Art. 165
[LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias]
Mnemônico: MP
Estabelece as METAS e PRIORIDADES da Administração, incluindo as despesas de capital, parao exercício SUBSEQUENTE.
LDO→ ELO entre o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual.
Prof. Marcel Guimarães
TEXTO DA LEIP
RO
GR
AM
AÇ
ÃO
RECEITAS
PREVISTAS
DESPESAS
FIXADAS
ANEXOS
OF + OSS + OI
[Lei Orçamentária Anual]
Estima as receitas e fixa as despesas para um período de 1 ano
Prof. Marcel Guimarães
Compreende os orçamentos:
COMPOSIÇÃO DA LOA
Fiscal
Seguridade Social
Investimentos
Abrange toda a Administração Pública, Direta eIndireta (Órgãos, Autarquias, Fundações Públicas,Estatais Dependentes), englobando a despesa e a receita,exceto recursos do OSS e OI.
Dotações das áreas de SAÚDE, PREVIDÊNCIA EASSISTÊNCIA SOCIAL
Dotações das EMPRESAS ESTATAISINDEPENDENTES
[LOA – Composição]
Prof. Marcel Guimarães
CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO : AUTORIZAÇÃO PARA GASTAR
Crédito orçamentário é constituído pelo conjunto de categoriasclassificatórias e contas que especificam as ações e operaçõesautorizadas pela lei orçamentária.
DOTAÇÃO é o MONTANTE DERECURSOS financeiros com que contao crédito orçamentário.
[Lei Orçamentária Anual]
Prof. Marcel Guimarães
CONCEITO
São créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ouinsuficientemente dotadas da Lei de Orçamento. (art. 40 da LF 4.320/64)
CLASSIFICAÇÃO (Lei 4.320/64)
- Suplementares, para reforço de dotação orçamentária; (art. 41, I)- Especiais, para despesas às quais não haja dotação orçamentária
específica; (art. 41, II)- Extraordinários, para despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. (art. 41, III)
[Créditos Adicionais]
Prof. Marcel Guimarães
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela sepossa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei, ecobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. (Art. 3º - CTN)
RECEITAS TRIBUTÁRIAS
Ou
“IMPOSTOS, TAXAS E CM”
IMPOSTOS
Obrigação pecuniária perante o Estado,independentemente da prestação de umaatividade específica, de natureza geral e indivisível,sem caráter de sanção.
TAXASDecorre do poder de polícia ou da utilização efetivaou potencial de um bem ou serviço oferecido peloEstado, de forma divisível e específica.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Instituída para fazer face ao custo de obras públicasde que decorra valorização imobiliária.
[Receitas Tributárias]
Prof. Marcel Guimarães
[Vinculações de receitas]
Receitas Previstas Valor Despesas Fixadas Valor
Impostos 1.000 Destinação livre
Contribuições Sociais 2.000 Destinação vinculada
Saúde
Previdência social
Assistência social
Lei Orçamentária Anual
Prof. Marcel Guimarães
ObrigadoMarcel Guimarães
@prof.marcelguimaraes
www.facebook.com/prof.marcelguimaraes/
Prof. Marcel Guimarães
www.marcelguimaraes.com.br
https://www.youtube.com/c/ProfMarcelGuimaraes
✓ Introdução;
✓ Princípios orçamentários no Brasil e no mundo;
✓ Tópicos avançados:
▪ Outros princípios orçamentários;
▪ Histórico dos princípios no Brasil.
[Aula - Princípios Orçamentários]
Prof. Marcel Guimarães
Prof. Marcel Guimarães
UNIDADE / TOTALIDADE
Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei no 4.320, de 1964, determina existência deorçamento único para cada um dos entes federados – União, Estados, Distrito Federal e Municípios – coma finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política.
Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrarum único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual – LOA.
Evolução → Princípio da TOTALIDADE
UNIVERSALIDADE
Estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei 4.320/64, recepcionado e normatizado pelo§5º do art. 165 da Constituição Federal, determina que a Lei Orçamentária Anual de cada ente federadodeverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundaçõesinstituídas e mantidas pelo poder público.
ORÇAMENTO BRUTO
Previsto pelo art. 6º da Lei no 4.320, de 1964, obriga registrarem-se receitas e despesas na LOA pelo valortotal e bruto, vedadas quaisquer deduções.
[Aula - Princípios Orçamentários]
Prof. Marcel Guimarães
ANUALIDADE OU PERIODICIDADE
Estipulado, de forma literal, pelo caput do art. 2º da Lei no 4.320, de 1964, delimita o exercício financeiroorçamentário: período de tempo ao qual a previsão das receitas e a fixação das despesas registradas naLOA irão se referir.
Segundo o art. 34 da Lei no 4.320, de 1964, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil e, por isso,será de 1º de janeiro até 31 de dezembro de cada ano.
• EXCEÇÕES: Créditos especiais e extraordinários abertos nos últimos 4 meses do ano
EXCLUSIVIDADE
Previsto no § 8º do art. 165 da Constituição Federal, estabelece que a Lei Orçamentária Anual não conterádispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.
• EXCEÇÕES: Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura de créditos SUPLEMENTARES e acontratação de operações de crédito, inclusive ARO, nos termos da lei.
[Aula - Princípios Orçamentários]
Prof. Marcel Guimarães
EQUILÍBRIO
O montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total dereceitas estimadas para o mesmo período.
Equilíbrio apenas formal (operações de crédito).
LEGALIDADE
Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à administração pública, segundo oqual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ouseja, se subordina aos ditames da lei. A Constituição Federal de 1988, no art. 37, estabelece os princípiosda administração pública, dentre os quais o da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a necessidade deformalização legal das leis orçamentárias.
[Aula - Princípios Orçamentários]
Prof. Marcel Guimarães
PUBLICIDADE
Princípio básico da atividade da Administração Pública no regime democrático, está previsto no caput doart. 37 da Magna Carta de 1988. Justifica-se especialmente pelo fato de o orçamento ser fixado em lei,sendo esta a que autoriza aos Poderes a execução de suas despesas.
O conteúdo orçamentário deve ser divulgado (publicado) nos veículos oficiais para eficácia de suavalidade. O conteúdo orçamentário deve ser divulgado (publicado) nos veículos oficiais de comunicaçãopara conhecimento do público e para eficácia de sua validade.
ESPECIFICAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO
As receitas e despesas orçamentárias devem ser autorizadas pelo Poder Legislativo em parcelasdiscriminadas e não pelo seu valor global, facilitando o acompanhamento e o controle do gasto público.
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente adespesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras [...]”;
• EXCEÇÕES: Reserva de contingência e Programas especiais de trabalho (PET’s)
[Aula - Princípios Orçamentários]
Prof. Marcel Guimarães
NÃO-AFETAÇÃO DA RECEITA
Estabelecido pelo inciso IV do art. 167 da CF/88, veda vinculação da RECEITA DE IMPOSTOS a órgão, fundo oudespesa, salvo exceções estabelecidas pela própria Constituição Federal.
• EXCEÇÕES (Impostos)
✓ Repartição do produto da arrecadação dos impostos (FPE e FPM e Fundos de Desenvolvimento das RegiõesNorte, Nordeste e Centro-Oeste);
✓ Destinação de recursos para as áreas de saúde e ensino;✓ Realização de atividades da administração tributária; oferecimento de garantias às op. de crédito ARO;✓ Prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
• EXCEÇÕES (Impostos)
✓ É facultado aos Estados e ao DF vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até 0,5% desua RECEITA TRIBUTÁRIA LÍQUIDA (CF/88, Art. 204, parágrafo único)
✓ É facultado aos Estados e ao DF vincular a fundo estadual de fomento à cultura até 0,5% de sua RECEITATRIBUTÁRIA LÍQUIDA, para o financiamento de programas e projetos culturais (CF/88, Art. 216, § 6º)
✓ É facultado aos Estados e ao DF vincular parcela de sua RECEITA ORÇAMENTÁRIA a entidades públicas defomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica (CF/88, Art. 218, § 5º)
[Aula - Princípios Orçamentários]
Prof. Marcel Guimarães
PROIBIÇÃO DO ESTORNO
Art. 167. São vedados:
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria deprogramação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
CLAREZA
De caráter meramente formal, o princípio da clareza exige que a linguagem orçamentária sejaclara e de fácil entendimento.
Finalidade implícita de facilitar o controle social, proporcionando a todos sua compreensãomediante uma linguagem facilitada.
[Aula - Princípios Orçamentários]
(Página da Consultoria de Orçamentos da Câmara dos Deputados)
Trata-se de princípio novo que define o dever de execução das programaçõesorçamentárias, o que supera o antigo debate acerca da natureza jurídica da lei orçamentária,ou seja, se as programações representavam mera autorização para a execução (modeloautorizativo) ou se, diante do sistema de planejamento e orçamento da Constituição de 1988,poder-se-ia extrair o caráter vinculante da lei orçamentária, o que acabou prevalecendo.
De acordo com o § 10 do art. 165 da CF, a administração tem o dever de executar asprogramações orçamentárias, adotando os meios e as medidas necessários, com o propósitode garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. Esse dever de executar asprogramações que constam da lei orçamentária foi inserido pela Emenda Constitucional 100,de 2019. Ampliou-se, para todo o orçamento público, o regime jurídico de execução que jáse encontrava definido para as programações incluídas por emendas individuais (desde a ECnº 85, 2015, que promoveu mudanças no art. 166 da CF).
Prof. Marcel Guimarães
[Princípio do Orçamento Impositivo]
[Princípio do Orçamento Impositivo]
O dever de execução é um vínculo imposto ao gestor, no interesse da sociedade, que o impele atomar todas as medidas necessárias (empenho, contratação, liquidação, pagamento) paraviabilizar a entrega de bens e serviços correspondente às programações da lei orçamentária. Aprópria Constituição esclarece que o dever de execução não se aplica nos casos em queimpedimentos de ordem técnica ou legal, na medida em que representam óbice intransponívelpara o gestor. É o caso, por exemplo, da necessidade legal de cumprir metas fiscais, o querequer contingenciamento das despesas.
O caráter impositivo da execução do orçamento importa apenas para as chamadas despesasdiscricionárias (não obrigatórias). Isso porque a execução das despesas “obrigatórias” -aquelas cujo orçamentação, empenho e pagamento decorrem da existência de legislaçãoanterior, que cria vínculos obrigacionais - define-se pela própria norma substantiva, e não pelofato de constar da lei orçamentária.
Fonte:https://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/cidadao/entenda/cursopo/principios
Prof. Marcel Guimarães
31
ObrigadoMarcel Guimarães
@prof.marcelguimaraes
www.facebook.com/prof.marcelguimaraes/
Prof. Marcel Guimarães
www.marcelguimaraes.com.br
https://www.youtube.com/c/ProfMarcelGuimaraes
33
✓ Orçamento público: conceitos; tipos;
✓ Evolução conceitual do orçamento público;
✓ Orçamento de desempenho, PPBS, OBZ e orçamento incremental;
✓Orçamento-Programa: fundamentos e técnicas;
✓Orçamento por Resultados;
✓ Orçamento Participativo;
[Aula – Evolução Conceitual do Orçamento]
Prof. Marcel Guimarães
35Prof. Marcel Guimarães
•
Tipo ElaboraçãoVotação e Aprovação
Execução Controle
Legislativo Legislativo Legislativo Executivo Legislativo
Executivo Executivo Executivo Executivo Executivo
Misto Executivo Legislativo Executivo Legislativo
[Tipos de Orçamento]
36Prof. Marcel Guimarães
INTRODUÇÃO
O orçamento público é caracterizado por possuir uma multiplicidade deaspectos: político, jurídico, contábil, econômico, financeiro,administrativo etc.
Ótica político-jurídica
Ponto de vista econômico
Maior controle do Poder Legislativo sobre o Executivo
Possibilidade de o Estado intervir na economia, incentivando os setores considerados
estratégicos, bem como transferir renda entre segmentos da sociedade
[Evolução Conceitual do Orçamento Público]
37
→ 1 dimensão→ objeto de gasto
Orçamento de desempenho
Orçamento Moderno (orç programa)
→ Critérios de classificação: unid. admin. e elem. de despesa
→ Função → Controle político
Prof. Marcel Guimarães
→ Caracter.: planejamento;programas; objetivos epropósitos; metas; medidasde desempenho (avaliação deresultados); custos dosprogramas;
→ Instrumento de planejamento
Orçamento Tradicional
→ Função → Instrum. de Administração
→ Lei de Meios
→ Keynesianismo: intervenção do Estado na economia (funções alocativa, distributiva e estabilizadora)
→ Ênfase → resultados (realizações)
→ Importância em saber o que o governo FAZ, e nãoas coisas que ele COMPRA
→ Não há ainda vínculo com o planejamento
→ 2 dimensões→objeto de gasto e um programa de trabalho
→ Já se dava importância aos objetivos, propósitos, custos, realizações e programas
→ Critérios de classificação: funcional-programático
[Tipos de Orçamento e Suas Características]
38Prof. Marcel Guimarães
Período Concepção Ênfase Observação Brasil
Início do século XX
Orçamento por objetoOrçamento Executivo
Controle
Década de 1950
Orçamento de desempenho
Administração Economia e Eficiência
Orçamento por Programas
Década de 1960
Sistema de Planejamento, Programação e
Orçamento – PPBS
PlanejamentoAvaliação Eficácia
Diferente do orçamento-programa
(nos EUA)
Décadas de 1970 e 1980
Orçamento base-zeroOrçamento base-
equilibradaOrçamento base-meta
PlanejamentoPriorizaçãoRedução do Orçamento
Década de 1990
Novo orçamento de desempenho
AccountabilityEficiência e economia
Estágios da Reforma Orçamentária nos EUA x Implantação no Brasil
[Orçamento nos EUA x Implantação no Brasil]
Orçamento-programa
39
Criação do OP no Brasil, tornando obrigatória a sua
instituição
1964
Lei 4.320/64Decreto-Lei
200/67
1967 19881974
Portaria nº 9/74
Introduziu a classificação
funcional-programática
(Função, programa, subprograma,
projeto e atividade)
CF/88
Alguns autores –marco inicial
J. Giacomoni –apenas estimulou a adoção, mas não criou condições formais e metodológicas para sua implementação
Prof. Marcel Guimarães
A CF/88 implantou definitivamente o
orçamento -programa no Brasil,
ao estabelecer a normatização da
matéria orçamentária
através do PPA, da LDO e da LOA.
Decreto 2829/98 e Portaria MPOG 42/99 e demais normas p/ elab
PPA 2000-2003
1999
Os esforços de implantação do
orçamento-programa na área federal
tiveram início efetivamente
[Orçamento-Programa – Histórico no Brasil]
40Prof. Marcel Guimarães
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO ORÇAMENTO-PROGRAMA
Objetivos e propósitos Programas
Produto Final
Custos dos Programas
Medidas de desempenho
[Orçamento-Programa]
41Prof. Marcel Guimarães
Surgiu no início da década de 90 nos EUA.
Segundo James Giacomoni, a ideia central da proposta repousa numaquestão prática: ao sustentarem a administração pública por meio dosimpostos, os cidadãos devem sentar no banco da direção e explicitar quaisos resultados que eles querem em contrapartida aos recursos repassadosao setor público. Nesse sentido, os orçamentos devem se basear emresultados e a administração pública deve ser controlada e responsabilizadapor eles.
Foco → comprar resultados que são importantes para os cidadãos emrelação às ofertas de concorrentes.
[Orçamento por Resultados]
42Prof. Marcel Guimarães
Orçamento Participativo (OP) é um mecanismo governamental de democracia participativaque permite aos cidadãos influenciar ou decidir sobre os orçamentos públicos, geralmenteo orçamento de investimentos de prefeituras municipais, através de processos daparticipação da comunidade.
Esses processos costumam contar com assembléias abertas e periódicas e etapas denegociação direta com o governo.
No Orçamento Participativo, retira-se poder de uma elite burocrática, repassando-odiretamente para a sociedade.
Implementação do OP → redemocratização e a promulgação da CF/88, estimulando-se aparticipação popular na definição de políticas governamentais, por intermédio da criaçãodos Conselhos Setoriais de Políticas Públicas como espaços de controle social.
[Orçamento Participativo]
43Prof. Marcel Guimarães
ATENÇÃO!!!O governo FEDERAL não utiliza essa técnica.
[Orçamento Participativo]
Art. 48 (...) § 1o A transparência será assegurada também mediante:
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante osprocessos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias eorçamentos;
LRF
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea f doinciso III do art. 4º desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicassobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamentoanual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal.
Estatuto das Cidades
44
ObrigadoMarcel Guimarães
@prof.marcelguimaraes
www.facebook.com/prof.marcelguimaraes/
Prof. Marcel Guimarães
www.marcelguimaraes.com.br
https://www.youtube.com/c/ProfMarcelGuimaraes
46
✓ Funções do Governo.
✓ Falhas de mercado e produção de bens públicos.
✓ Políticas econômicas governamentais (alocativa, distributiva e
estabilizadora);
[Aula – Intervenção na Economia e Funções do Governo]
Prof. Marcel Guimarães
48
PAPEL DO ESTADO E A ATUAÇÃO DO GOVERNO NAS FINANÇAS PÚBLICAS
John Maynard Keynes: novo posicionamento
Governo deve intervir na economia para:
a) corrigir a má distribuição de renda; e
b) para prover emprego para todos aqueles que desejam trabalhar às taxas de saláriodo mercado.
Além disso, Keynes defendia a estabilidade de preços para que pudesse haver crescimentoeconômico.
Prof. Marcel Guimarães
Postura de neutralidade (laissez-
faire)
Posição 2: totalitarismoPosição 1: liberalismo
Intervenção Total do Estado na economia
[Atribuições Econômicas do Governo]
49Prof. Marcel Guimarães
No mundo real, mercados perfeitamente competitivos são raros, existindo falhas demercado que justificam a intervenção do governo. São exemplos mais comuns de taisfalhas:
• Existência de bens públicos (bens públicos puros, bens semipúblicos (meritórios);
• Externalidades (positivas ou negativas);
• Participantes do mercado com grau elevado de influência sobre os preços e aquantidade produzida (monopólios e oligopólios);
• Assimetria de informações;
• Mercados incompletos;
• Ocorrência de desemprego e inflação;
[Falhas de Mercado]
50Prof. Marcel Guimarães
[Bens Públicos]
Bem Princípio da não-exclusão
Princípio da não rivalidade
Público Puro Sim SimSemi-público oumeritório
Sim Não
Privado Não Não
51Prof. Marcel Guimarães
Em economia, externalidades são os efeitos colaterais de uma decisão sobre aqueles que não participaram dela. Existe uma externalidade quando há consequências para terceiros que não são levadas em consideração por quem toma a decisão.
Nomes derivados do economista britânico Arthur C. Pigou, autor do livro “The Economicsof Welfare”.
[Externalidades (Positivas ou Negativas)]
ExternalidadeTipo Positiva NegativaDescrição A ação de um indivíduo beneficia
pessoas que não participaramdiretamente dela
Impõe um custo sobre terceiros
Exemplo Plantar uma árvore Resíduos gerados por uma fábrica, quepodem poluir o ar ou a água de umacidade
Subsídio PigouvianoImposto Pigouviano ou
Taxa Pigouviana
52Prof. Marcel Guimarães
Richard Musgrave
Propôs uma classificação das funções econômicas do Estado que se tornaram clássicas.Para ele, são três as funções fiscais (funções do orçamento):
a) Função alocativa
Promover ajustamentos na alocação de recursos
b) Função distributiva
Promover ajustamentos na distribuição de renda
c) Função estabilizadora
Manter a estabilidade econômica
[Atribuições Econômicas do Governo]
53Prof. Marcel Guimarães
A atividade estatal na alocação de recursos justifica-se naqueles casos emque não houver a necessária eficiência por parte do setor privado, como:
a) investimentos em infraestrutura econômica: transportes, energia,comunicações, armazenamento, etc. São indutores de desenvolvimentoregional e nacional. Os altos investimentos necessários e o longo período decarência entre as aplicações e o retorno desestimulam o envolvimento dosetor privado nesses setores.
b) provisão de bens públicos e bens meritórios: características especiaisdesses bens inviabilizam seu fornecimento pelo setor privado. Ex.: medidascontra poluição, iluminação pública. Bens meritórios: educação, subsídio emalimentos como trigo e leite, etc.
[Função Alocativa]
54Prof. Marcel Guimarães
Ideal de Pareto
Há eficiência na economia quando a posição de alguém sofre uma melhora semque nenhum outro tenha sua situação deteriorada.
Orçamento público é o principal instrumento para viabilização das políticas públicas dedistribuição de renda.
Mecanismo fiscal mais eficaz é o que combina tributos progressivos sobre as classes derenda mais elevada com transferência para aquelas classes de renda mais baixa.
Exemplo clássico: utilização do Imposto de Renda progressivo para cobrir subsídios aosprogramas de alimentação, transporte e moradia populares.
Outros exemplos: concessão de subsídios aos bens de consumo popular financiados porimpostos incidentes sobre os bens consumidos pelas classes de mais alta renda.
[Função Distributiva]
55Prof. Marcel Guimarães
Mais moderna das três.
Mecanismo básico da política de estabilização é a ação estatal sobre a demandaagregada, aumentando-a e reduzindo-a conforme as necessidades.
Dois instrumentos macroeconômicos: a política fiscal e a política monetária.
a) Política fiscal tem 4 objetivos macroeconômicos: manutenção do elevado nível deemprego; estabilidade nos níveis de preços; equilíbrio no balanço de pagamentos e;razoável taxa de crescimento econômico.
b) Política monetária: controle da oferta monetária, utilizando-se de medidas comomanutenção de determinados níveis de recursos disponíveis para aplicação pelos bancos,controle da taxa de juros e lançamento de títulos públicos e funcionamento do openmarket.
[Função Estabilizadora]
56
ObrigadoMarcel Guimarães
@prof.marcelguimaraes
www.facebook.com/prof.marcelguimaraes/
Prof. Marcel Guimarães
www.marcelguimaraes.com.br
https://www.youtube.com/c/ProfMarcelGuimaraes
58
✓ Plano Plurianual (PPA);
✓ Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);
✓ Lei Orçamentária Anual (LOA).
[Aula – PPA, LDO e LOA]
Prof. Marcel Guimarães
60
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;II - as diretrizes orçamentárias;III - os orçamentos anuais.
CF/88
Leis OrçamentáriasLDO
PPA
LOA
OF
OI
OSS
[Leis Orçamentárias]
Prof. Marcel Guimarães
61
→ Programas de duração continuada
LDO (1,5 ano) LOA (1 ano)
Programa 1234 – Aperfeiçoamento do SUS
→ DOM (forma regionalizada)
Prof. Marcel Guimarães
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO (CF/88)
→ OF + OI + OSS
PPA (4 anos)
→ Previsão de receitas + Fixação de despesas
→ Dk + Dc (decorrentes)
→ autorizações p/ abertura de créd. sup + op. de crédito + ARO
→MP
→ Orienta elaboração da LOA
Metas (X2)
→Implantar 500 leitos em X2
→ Diretrizes Pol. Fiscal e Metas (trajetória sustentável dívida pública)
→ Alterações na leg. tributária
→ Pol. aplic. ag. fin. ofic. fomentoExemplo (PPA X1-X4)
Objetivo: aprimorar a rede de emergência
Diretriz: melhorar a saúde
Metas (4 anos)→ Implantar 2.000 leitos hospitalares até X4
→ Contratar 200 enfermeiros
Dk = R$ 2.000.000
Dc = R$ 1.000.000
Exemplo
Prioridade (X2): Programa 1234–Aperfeiçoamento do SUS
LDO X1 → orienta elaboração da LOA X2
Dk = R$ 500.000
Exemplo (LOA X2)
Rec. Prev. Desp. Fix
Rec. Correntes
750.000
(tributárias)
Desp. Correntes250.000 (pessoal)
Desp. de Capital500.000
(investim.)
[PPA, LDO e LOA]
Planej. Estratégico Planej. Tático Planej. Operacional
AMFMeta Res Prim =
- R$ 100 bi
→ poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes
62Prof. Marcel Guimarães
Leis do ciclo orçamentário ampliado
ETAPAS PPA LDO LOA
Encaminhamento31/ago
(do 1º ano do mandatopresidencial)
15/abr 31/ago
Aprovação 22/dez
17/jul(se não for aprovada até essa data, sessão
leg. não será interrompida)
22/dez
Vigência
4 anos(de 1º/jan do 2º ano do mandato presidencial
até 31/dez do 1º ano do mandato seguinte)
18 meses
(da aprovação até o dia 31/dez do ano
seguinte)
1 ano
(1º/jan a 31/dez)
[Ciclo orçamentário ampliado – Governo Federal]
63Prof. Marcel Guimarães
§ 1º A lei que instituir o PLANO PLURIANUAL estabelecerá, de forma regionalizada, asdiretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas decapital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duraçãocontinuada.
CF/88 – Art. 165
[Plano Plurianual - PPA]
Conteúdo principal do PPA:
Fixa, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas do Governo para:
- as despesas de capital- as despesas correntes derivadas das despesas de capital- os programas de duração continuada
64Prof. Marcel Guimarães
• Planos nacionais e regionais de desenvolvimento NÃO têm sido elaborados.
• Planos Setoriais → plano nacional de reforma agrária (art. 188 da CF/88) e deeducação (art. 212, § 3º e 214 da CF/88).
§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nestaConstituição serão ELABORADOS EM CONSONÂNCIA com o plano plurianual eapreciados pelo Congresso Nacional.
CF/88 – Art. 165
PPA
Planos e Programas
Nacionais Regionais Setoriais
em consonância com
[Plano Plurianual - PPA]
65Prof. Marcel Guimarães
• Investimento cuja execução seja inferior a um exercício financeiro → não precisaestar no PPA.
Art. 167. São vedados:
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderáser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize ainclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
CF/88 – Art. 167
[Plano Plurianual - PPA]
66Prof. Marcel Guimarães
2011 2014
PPA 2012-2015
20152012 2013
Mandato presidente 22011-2014
Mandato presidente 12007-2010
PPA 2008-2011
2007 2008 2009 2010
Vigência do PPA NÃO coincide com o mandato do Chefe do Poder Executivo
[ Vigência do PPA]
67Prof. Marcel Guimarães
[PPA 2020-2023]
Plano Plurianual da União (PPA) - instrumento de planejamento governamental de médio prazo,que define diretrizes, objetivos e metas, com propósito de viabilizar a implementação dosprogramas;
Diretriz - declaração ou conjunto de declarações que orientam os programas abrangidos no PPA2020-2023, com fundamento nas demandas da população;
Objetivo - declaração de resultado a ser alcançado que expressa, em seu conteúdo, o que deve serfeito para a transformação de determinada realidade;
Meta - declaração de resultado a ser alcançado, de natureza quantitativa ou qualitativa, quecontribui para o alcance do objetivo;
Programa - conjunto de políticas públicas financiadas por ações orçamentárias e nãoorçamentárias;
Ações não orçamentárias - FGTS, FAT, benefícios tributários e creditícios, etc.
68Prof. Marcel Guimarães
A cada programa finalístico será associada uma unidade responsável, um objetivo e umameta.
Programas Finalísticos
Programas de Gestão
Vinculada a apenas 1 programa
(exceto ações padronizadas)
Ações Orçamentárias
PPA 2020 - 2023
LOA 2020
[PPA 2020 - 2023]
69
[PPA 2020-2023]
Prof. Marcel Guimarães
PPA LOAPPA 2012-2015
PPA LOAPrograma X (4 anos)
ObjetivosPrograma X (1 ano)
Ações orçam.
PPA 2016-2019
Objetivos
Programa X (4 anos)
IniciativasPrograma X (1 ano)
Ações Orçam.
Iniciativas
PPA 2020-2023 PPA LOA
Programa X (4 anos) Programa X (1 ano)
Ações orçam.
70Prof. Marcel Guimarães
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades daadministração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivasmetas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará aelaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária eestabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
CF/88 – Art. 165
[Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO]
EC 109/21 - Novidade
LDO estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetóriasustentável da dívida pública.
ATENÇÃO
Não há mais o trecho “incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente” nadefinição literal da LDO da CF.
71Prof. Marcel Guimarães
§ 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a quese refere e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes, anexocom previsão de agregados fiscais e a proporção dos recursos parainvestimentos que serão alocados na lei orçamentária anual para acontinuidade daqueles em andamento.
§ 13. O disposto no inciso III do § 9º e nos §§ 10, 11 e 12 desteartigo aplica-se exclusivamente aos orçamentos fiscal e da seguridadesocial da União.
CF/88 – Art. 165
[EC 102/2019]
72Prof. Marcel Guimarães
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, acriação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras,bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelosórgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundaçõesinstituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender àsprojeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na LEI DE DIRETRIZESORÇAMENTÁRIAS, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades deeconomia mista.
CF/88 – Art. 169
[Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO]
73Prof. Marcel Guimarães
IMPORTANTE
“É possível a impugnação, em sede de controle abstrato de constitucionalidade, de leisorçamentárias. Assim, é cabível a propositura de ADI contra lei orçamentária, lei de diretrizesorçamentárias e lei de abertura de crédito extraordinário. STF. Plenário. ADI 5449 MC -Referendo/RR, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 10/3/2016 (Info 817).
LOA→ Lei Formal→ mudança de posicionamento→ Lei formal e material
Após anos de jurisprudência em sentido contrário, o STF decidiu, em 2016, que as Leisorçamentárias podem ser objeto do controle abstrato (e concentrado) de constitucionalidade.
Para Marcus Abraham, ao superar a sua defasada concepção de que haveria uma suposta ausênciade normatividade, abstração e generalidade nas leis orçamentárias, o STF deixa para trás ainfluência da teoria do jurista germânico Paul Laband (de meados do século XIX), que propôs a teseda natureza de lei formal do orçamento público como mero ato administrativo autorizativo,passando a reconhecer materialidade e substancialidade ao seu conteúdo.
[Lei Orçamentária Anual - LOA]
74
TEXTO DA LEIP
RO
GR
AM
AÇ
ÃO
RECEITAS
PREVISTAS
DESPESAS
FIXADAS
ANEXOS
OF + OSS + OI
Estima as receitas e fixa as despesas para um período de 1 ano
Prof. Marcel Guimarães
[Lei Orçamentária Anual - LOA]
75
Compreende os orçamentos:
COMPOSIÇÃO DA LOA
Fiscal
Seguridade Social
Investimentos
Abrange toda a Administração Pública, Direta eIndireta (Órgãos, Autarquias, Fundações Públicas,Estatais Dependentes), englobando a despesa e a receita,exceto recursos do OSS e OI.
Dotações das áreas de SAÚDE, PREVIDÊNCIA EASSISTÊNCIA SOCIAL
Dotações das EMPRESAS ESTATAISINDEPENDENTES
[LOA – Composição]
Prof. Marcel Guimarães
76Prof. Marcel Guimarães
§ 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesaspara exercícios seguintes, com a especificação dos investimentosplurianuais e daqueles em andamento.
§ 15. A União organizará e manterá registro centralizado de projetos deinvestimento contendo, por Estado ou Distrito Federal, pelo menos,análises de viabilidade, estimativas de custos e informações sobre aexecução física e financeira."
CF/88 – Art. 165
[EC 102/2019]
77
ObrigadoMarcel Guimarães
@prof.marcelguimaraes
www.facebook.com/prof.marcelguimaraes/
Prof. Marcel Guimarães
www.marcelguimaraes.com.br
https://www.youtube.com/c/ProfMarcelGuimaraes
79
✓ Introdução;
✓ Créditos Adicionais (Lei 4.320/64 e CF/88);
✓ Alterações qualitativas e quantitativas;
✓ Fontes para a Abertura dos Créditos Adicionais.
[Aula – Créditos Adicionais]
Prof. Marcel Guimarães
81
CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO : AUTORIZAÇÃO PARA GASTAR
Crédito orçamentário é constituído pelo conjunto de categoriasclassificatórias e contas que especificam as ações e operaçõesautorizadas pela lei orçamentária.
DOTAÇÃO é o MONTANTE DERECURSOS financeiros com que contao crédito orçamentário.
Prof. Marcel Guimarães
[Crédito Orçamentário]
82Prof. Marcel Guimarães
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotaçãoorçamentária;II - especiais, os destinados a despesas para as quais não hajadotação orçamentária específica;III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes eimprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidadepública.
Lei 4.320/64
[Créditos Adicionais]
83Prof. Marcel Guimarães
Tipo de Crédito
FinalidadeAutorização
préviaAbertura Vigência
Indicação derecursos
SuplementarReforço de
dotação insuficiente
Sim → LOA ou lei específica
Decreto do Executivo
(U → public. lei específica)
Fim do exercício Sim
EspecialNova dotação (não previstas)
Sim → lei específica
Decreto do Executivo
(U → public. lei específica)
Fim do exercício, exceto se
autorizados nos 4 últ. meses
Sim
Extraordinário
Despesas urgentes e imprevistas(CF/88 →
imprevisíveis)
NãoMP (Fed) ou Dec.
do Executivo(autz e abre)
Fim do exercício, exceto se
autorizados nos 4 últ. meses
Não(facultativa)
[Créditos Adicionais]
84
Créditos extraordinários
Serão abertos por medida provisória na União e nos entes que possuem tal instrumento(previsão na Constituição Estadual).
Nos demais entes, serão abertos por decreto do Poder Executivo.
[Créditos Adicionais Extraordinários- Abertura]
ATENÇÃO
Estados que preveem em suas Constituições a possibilidade de edição de medidas provisórias:
• Acre - AC: art. 52 c/c art. 79 da Constituição Estadual;• Maranhão – MA: art. 40 da Constituição Estadual;• Paraíba – PB: art. 61 da Constituição Estadual;• Piauí - PI: art. 73, V, c/c art. 75, § 4º, da Constituição Estadual;• Santa Catarina - SC: art. 48, VI, c/c art. 51, § 1º, da Constituição Estadual;• Tocantins - TO: art. 25, V, c/c art. 27, § 3º, da Constituição Estadual.
Prof. Marcel Guimarães
85Prof. Marcel Guimarães
MCASP 8
O crédito suplementar incorpora-se ao orçamento, adicionando-se à dotação orçamentáriaque deva reforçar, enquanto que os créditos especiais e extraordinários conservam suaespecificidade, demonstrando-se as despesas realizadas à conta dos mesmos,separadamente. Nesse sentido, entende-se que o reforço de um crédito especial ou de umcrédito extraordinário deve dar-se, respectivamente, pela regra prevista nos respectivoscréditos ou, no caso de omissão, pela abertura de novos créditos especiais eextraordinários.
[Reforço de Créditos Adicionais]
Crédito Adicional Reforço do Crédito
Suplementar Suplementar
Especial Especial
Extraordinário Extraordinário
86Prof. Marcel Guimarães
Nos casos de abertura de créditos especiais ou extraordinários, em que hánecessidade de criação de um novo programa de trabalho, deve-se proceder àsolicitação de uma alteração orçamentária qualitativa.
Tal alteração implica a criação de uma nova ação com todos os seus atributos, ouno desdobramento de uma ação existente em novo subtítulo. A solicitação dealteração qualitativa pode partir da UO, do órgão setorial ou mesmo da SOF.
Ao identificar a necessidade de criação de programa de trabalho para créditosespeciais ou extraordinários, a UO, ou o órgão setorial, deve fazer a solicitação pormeio do módulo qualitativo do SIOP.
A UO solicitante, ou o órgão setorial, deve prestar informações claras e precisas parao entendimento e a análise do pedido.
[Alterações Orçamentárias Qualitativas]
87Prof. Marcel Guimarães
As alterações quantitativas do orçamento, quando necessárias, viabilizam a realizaçãoanual dos programas, mediante a alocação de recursos para as ações orçamentárias,e são de responsabilidade conjunta dos órgãos central e setoriais e das UOs.
A necessidade de alteração orçamentária pode ser identificada pela UO ou pelo órgãosetorial. Em qualquer caso, a solicitação de alteração deverá ser elaborada de forma aatender as condições dispostas nas portarias editadas pela SOF.
As solicitações que tiverem início nas UOs deverão ser elaboradas mediante acesso aoSIOP, no momento específico para as UOs, as quais, em seguida, deverão encaminhá-las para o respectivo órgão setorial. O órgão setorial correspondente procederá a umaavaliação global da necessidade dos créditos solicitados e das possibilidades deoferecer recursos compensatórios. Após a verificação do crédito e aprovação da suaconsistência, os órgãos setoriais deverão encaminhar à SOF as solicitações de créditosadicionais de suas unidades.
[Alterações Orçamentárias Quantitativas]
88Prof. Marcel Guimarães
Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desdeque não comprometidos:
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial doexercício anterior;II - os provenientes de excesso de arrecadação;III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotaçõesorçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em LeiIV - o produto de operações de crédito autorizadas, em forma quejuridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.
Lei 4.320/64
[Fontes para Abertura de Créditos Adicionais]
89Prof. Marcel Guimarães
FONTES PROVENIENTES
DE RECEITA
FONTES PROVENIENTES
DE DESPESA
Lei 4.320/64
Excesso de arrecadação Anulação de dotações
Operações de crédito
Superávit financeiro
(BP exerc. ant.)
Outras
Veto presidencial (CF art.166,
§8º)
Reserva de contingência
(DL 200/67, LRF e LDOs)
[Fontes para Abertura de Créditos Adicionais]
90Prof. Marcel Guimarães
CÁLCULO DE FONTES PARA ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS
FONTES PARA ABERTURA AJUSTES
Lei 4.320/64
Excesso de arrecadação Subtrai (-) créd. Extraordinários abertos no exercício
Operações de crédito
Superávit financeiro
(BP exerc. ant.)
Subtrai (-) créditos reabertos trazidos do ano anterior(especiais ou extraordinários → 4 ult. meses)
Soma (+) operações de crédito eventualmentevinculadas a esses créditos transferidos
Anulação de dotações
[Fontes para Abertura de Créditos Adicionais]
91Prof. Marcel Guimarães
Veto presidencial (CF art.166, §8º)
Mnemônico:VER-SE
Art. 166, § 8º - Os recursos que, em decorrência de VETO, EMENDA OUREJEIÇÃO do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesascorrespondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediantecréditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorizaçãolegislativa.
CF/88
[Recursos decorrentes do Veto Presidencial]