ADM.LFG- MÓDULO II

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    Sumrio

    1 BEM PBLICO ....................................................................................................... 5

    1.1 Conceito ............................................................................................................. 5

    1.2 Classificao dos bens pblicos ......................................................................... 6

    1.2.1 Quanto titularidade .................................................................................. 6

    1.2.2 Quanto destinao .................................................................................... 7

    1.3 Regime jurdico de bem pblico (quais as regras aplicveis aos bens) ............. 8

    1.3.1 Inalienabilidade .......................................................................................... 8

    Requisitos para a alienao art. 17, lei 8666 ............................................................ 8

    1.3.2 Impenhorabilidade ...................................................................................... 8

    1.3.3 Imprescritibilidade .................................................................................... 10

    1.4 Aquisio de bens pblicos .............................................................................. 10

    2 GESTO DE BEM PBLICO .............................................................................. 11

    2.1 Fins naturais ..................................................................................................... 11

    2.2 Generalidade do uso ......................................................................................... 11

    3 BENS DA UNIO ................................................................................................. 12

    3.1 Inciso I ............................................................................................................. 12

    3.2 Inciso II ............................................................................................................ 12

    3.3

    Inciso III ........................................................................................................... 13

    3.4 Inciso IV .......................................................................................................... 13

    3.5 Inciso V, VI e VII ............................................................................................ 13

    3.6 Inciso VIII, IX, X e XI ..................................................................................... 14

    3.7 2 .................................................................................................................... 14

    4 INTERVENO NA PROPRIEDADE ................................................................ 14

    4.1 Direito de propriedade ..................................................................................... 14

    4.2 Previso legal ................................................................................................... 14

    4.3 Caractersticas .................................................................................................. 144.4 Fundamentos .................................................................................................... 15

    4.5 Modalidades ..................................................................................................... 15

    4.5.1 Limitao administrativa .......................................................................... 15

    4.5.2 Servido administrativa ............................................................................ 15

    4.5.3 Requisio ................................................................................................ 16

    4.5.4 Ocupao temporria ................................................................................ 17

    4.5.5 Tombamento ............................................................................................. 17

    4.5.6 Desapropriao ......................................................................................... 184.6 Modalidades de desapropriao ....................................................................... 19

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    4.6.1 Desapropriao comum, geral ou ordinria .............................................. 19

    4.6.2 Desapropriao extraordinria ou sancionatria ...................................... 19

    4.6.3 Desapropriao indireta ............................................................................ 21

    4.7 Destinao dos bens ......................................................................................... 22

    4.8 Procedimento ................................................................................................... 22

    4.8.1 Fase declaratria ....................................................................................... 23

    4.8.2 Fase executiva........................................................................................... 23

    4.9 Ao de desapropriao ................................................................................... 23

    4.10 Retrocesso................................................................................................... 25

    5 PROCESSO ADMINISTRATIVO ........................................................................ 25

    5.1 Conceito ........................................................................................................... 25

    5.2 Objetivos, finalidades ...................................................................................... 25

    5.3 Princpios ......................................................................................................... 26

    5.3.1 Devido processo legal ............................................................................... 26

    5.3.2 Contraditrio e ampla defesa .................................................................... 26

    Exigncias ............................................................................................................... 26

    5.3.3 Verdade real ou material........................................................................... 27

    5.3.4 Celeridade ................................................................................................. 27

    Oficialidade ............................................................................................................ 28

    5.4 Lei 9784/99 ...................................................................................................... 28

    5.4.1 Etapas ....................................................................................................... 28

    Instaurao .............................................................................................................. 28

    Instruo ................................................................................................................. 28

    Julgamento .............................................................................................................. 29

    5.5 Recursos administrativos ................................................................................. 29

    5.5.1 Pedido de reconsiderao ......................................................................... 29

    5.5.2 Recurso hierrquico .................................................................................. 29

    6 PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR .............................................. 30

    6.1 Sindicncia ....................................................................................................... 30

    6.2 Sindicncia contraditria ou acusatria ........................................................... 30

    6.3 Processo administrativo propriamente dito ...................................................... 30

    6.3.1 Processo administrativo sumrio .............................................................. 30

    6.3.2 Procedimento administrativo ordinrio .................................................... 30

    7 CONTROLE DA ADMINSITRAO.................................................................. 31

    7.1 Conceito ........................................................................................................... 31

    7.2 Espcies ........................................................................................................... 31

    7.2.1 Controle politico ....................................................................................... 31

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    7.2.2 Controle da atividade administrativa ........................................................ 31

    8 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ...................................................... 33

    8.1 Fundamento ..................................................................................................... 33

    8.2 Evoluo .......................................................................................................... 33

    8.2.1 Teoria da irresponsabilidade ..................................................................... 33

    8.2.2 Estado como sujeito responsvel .............................................................. 33

    8.2.3 Teoria da responsabilidade subjetiva ........................................................ 33

    8.2.4 Teoria objetiva do Estado ......................................................................... 34

    8.3 Responsabilidade no Brasil .............................................................................. 34

    8.4 Tipos de responsabilidade ................................................................................ 34

    8.5 Sujeitos ao art. 37, 6 ..................................................................................... 35

    8.6 Conduta lesiva .................................................................................................. 35

    8.6.1 Ato comissivo ........................................................................................... 35

    8.6.2 Ato omissivo ............................................................................................. 36

    8.6.3 Atividade de risco ..................................................................................... 36

    8.7 Dano ................................................................................................................. 36

    8.8 Ao judicial .................................................................................................... 36

    9 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ................................................................. 37

    9.1 Introduo ........................................................................................................ 37

    9.2 Conceito ........................................................................................................... 37

    9.3 Fonte constitucional ......................................................................................... 37

    9.4 Competncia para legislar ................................................................................ 38

    9.5 Natureza jurdica do ilcito de improbidade .................................................... 38

    9.6 Elementos constitutivos da improbidade ......................................................... 39

    9.6.1 Sujeito passivo .......................................................................................... 39

    9.6.2 Sujeito ativo .............................................................................................. 40

    9.6.3 Ilcito de improbidade ............................................................................... 42

    Atos que causam enriquecimento ilcito (art. 9) ................................................... 42

    Ato de improbidade que geram dano ao patrimnio pblico (art. 10) ................... 43

    Atos que violam princpios da administrao pblica (art. 11) .............................. 44

    9.6.4 Elemento subjetivo ................................................................................... 45

    9.7 Medidas e sanes de improbidade - Art. 12 ................................................... 45

    9.7.1 Ato do art. 9, enriquecimento ilicito ....................................................... 46

    10 AO DE IMPROBIDADE .................................................................................. 47

    10.1 Legitimidade................................................................................................. 47

    10.2 Competncia ................................................................................................. 47

    10.3 Cautelares ..................................................................................................... 47

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    10.4 Prescrio ..................................................................................................... 48

    11 LEI 8112 ................................................................................................................. 48

    11.1 Agentes pblicos .......................................................................................... 48

    11.2 Servidores estatais ........................................................................................ 48

    11.3 Particular em colaborao ............................................................................ 49

    11.4 Cargo pblico ............................................................................................... 50

    11.4.1 Classificao ............................................................................................. 50

    De acordo com a posio estatal............................................................................. 50

    11.4.2 Conforme a vocao para retenogarantia de permanncia ................ 50

    11.5 Provimento ................................................................................................... 50

    11.5.1 Originrio ................................................................................................. 50

    11.5.2 Derivado ................................................................................................... 51

    11.6 Formas de provimento .................................................................................. 51

    11.6.1 Readaptao .............................................................................................. 51

    11.6.2 Reingresso ................................................................................................ 51

    11.7 Formas de deslocamento .............................................................................. 52

    11.7.1 Remoo ................................................................................................... 52

    11.7.2 Redistribuio ........................................................................................... 52

    11.7.3 Substituio .............................................................................................. 52

    11.8 Desinvestidura .............................................................................................. 52

    11.8.1 Demissao .................................................................................................. 53

    11.8.2 Exonerao ............................................................................................... 53

    11.9 Vacncia ....................................................................................................... 53

    12 DIREITOS DO SERVIDOR .................................................................................. 53

    12.1 Remunerao ................................................................................................ 54

    12.1.1 Indenizaes ............................................................................................. 54

    Ajuda de custo ........................................................................................................ 55

    Diria ...................................................................................................................... 55

    Transporte ............................................................................................................... 55

    Auxilio moradia ...................................................................................................... 56

    Gratificaes e adicionais ........................................................................................... 56

    Gratificao por funo de chefia, de direo ou assessoramento (funo deconfiana) ............................................................................................................... 56

    Gratificao natalina ............................................................................................... 56

    Adicional por trabalho insalubre, penoso ou perigoso ........................................... 56

    Horrio extraordinrio ............................................................................................ 56

    Adicional noturno ................................................................................................... 56

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    Adicional de frias .................................................................................................. 57

    Gratificao por encargo em curso ou concurso .................................................... 57

    12.1.2 Frias ........................................................................................................ 58

    12.1.3 Licenas do servidor ................................................................................. 59

    12.1.4 Doena em famlia .................................................................................... 59

    12.1.5 Licena por remoo do cnjuge .............................................................. 59

    12.1.6 Licena em razo do servio militar ......................................................... 59

    12.1.7 Licena para atividade politica ................................................................. 60

    12.1.8 Licena para capacitao .......................................................................... 60

    12.1.9 Licena para interesse particular .............................................................. 60

    12.1.10 Licena para mandato classista ............................................................. 60

    12.2 Afastamentos ................................................................................................ 60

    12.2.1 Afastamento para servir a outro rgo ou entidade .................................. 60

    12.2.2 Afastamento para mandato eletivo ........................................................... 61

    12.2.3 Afastamento para programas de ps graduaao ....................................... 62

    12.2.4 Afastamento para estudo ou misso no exterior ....................................... 62

    12.3 Concesses ................................................................................................... 62

    12.4 Tempo de servio ......................................................................................... 63

    12.5 Direito de petio ......................................................................................... 63

    12.6 Seguridade social.......................................................................................... 63

    12.7 Regime disciplinar........................................................................................ 64

    12.8 Processo administrativo disciplinar .............................................................. 65

    12.8.1 Modalidades ............................................................................................. 65

    13 CONSRCIOS PBLICOS .................................................................................. 66

    13.1 Protocolo de intenes ................................................................................. 68

    Direito administrativo09.08.11

    1 BEM PBLICO1.1 Conceito

    Bem pertencente a pessoa jurdica de direito pblico. Ex: bens da U, E, M e DF(administrao direta), autarquias e da fundao pblica de direito pblico. Nesse pontono h polemica na doutrina.A polmica encontrada diz respeito aos bens de pessoa jurdica de direito privado (EP eSEM) que esteja diretamente ligado prestao de servio pblico (CABM, STJ, STF).

    O bem pblico tem regime especial para manter a continuidade da prestao do servio

    pblico. O regime especial dos bens das pessoas privadas segue o regime de bem

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    pblico, no caso de prestao de servio pblico em nome do principio da continuidadeda prestao do servio.

    A EP e SEM so PJ de direito privado e podem prestar servio pblico ou exploraratividade econmica. Bem da pessoa que explora atividade econmica tem regime

    privado e da que presta servio tem regime privado, exceto os bens diretamente ligadosao servio pblico, que se retirados possam comprometer a prestao do servio.

    Penhora de bicicleta da empresa de correios e telgrafos: apesar de ser empresa pblica,tem tratamento diferenciado, tem tratamento de fazenda pblica (tratamento de pessoa

    jurdica de direito pblico), assim, seus bens so impenhorveis. A ECT tem tratamentodiferenciado pois, foi reconhecida a exclusividade da prestao do servio postal (ADPF46). Nesta ADPF o STF traz a diferena entre monoplio (para exploradoras deatividade econmica) e exclusividade (para prestao de servios pblicos). Assim, aECT tem exclusividade.

    1.2 Classificao dos bens pblicos1.2.1 Quanto titularidade

    1. Bens federaisart. 20, CF (rol exemplificativo)

    Art. 20. So bens da Unio:I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a seratribudos;II - as terras devolutas indispensveis defesa das fronteiras, dasfortificaes e construes militares, das vias federais de comunicaoe preservao ambiental, definidas em lei;III - os lagos, rios e quaisquer correntes de gua em terrenos de seu

    domnio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites comoutros pases, ou se estendam a territrio estrangeiro ou deleprovenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limtrofes com outros pases;as praias martimas; as ilhas ocenicas e as costeiras, excludas, destas,as que contenham a sede de Municpios, exceto aquelas reas afetadasao servio pblico e a unidade ambiental federal, e as referidas no art.26, II;V - os recursos naturais da plataforma continental e da zonaeconmica exclusiva;VI - o mar territorial;VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;VIII - os potenciais de energia hidrulica;

    IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;X - as cavidades naturais subterrneas e os stios arqueolgicos e pr-histricos;XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos ndios.

    2. Bens estaduaisart. 26, CF (rol exemplificativo)

    Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:I - as guas superficiais ou subterrneas, fluentes, emergentes e emdepsito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes deobras da Unio;II - as reas, nas ilhas ocenicas e costeiras, que estiverem no seu

    domnio, excludas aquelas sob domnio da Unio, Municpios outerceiros;III - as ilhas fluviais e lacustres no pertencentes Unio;

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    IV - as terras devolutas no compreendidas entre as da Unio.

    3. Bens distritais4. Bens municipais

    1.2.2 Quanto destinao1. Bens de uso comum do povo: tambm chamados de bens de domnio pblico.

    Domnio pblico pode ser entendido em sentido amplo e em sentido estrito. Emsentido amplo toda atuao que o Estado exerce sobre diversos bens(regulamentao, controle, fiscalizao). Domnio pblico em sentido estrito sinnimo de bem de uso comum do povo disposio da coletividade.

    a. Poder do estado sobre os bensb. Bens disposio da coletividade bens de uso indistinto, sem

    discriminao, bem de uso comum do povo, para utilizao normal, no

    precisa de autorizao. Ex: praia, rua, praa. Fugindo do uso normal, douso do povo, preciso autorizao. Ex: fazer festa particular fechando arua, lual na praia. Zona azul utilizao remunerada (h discriminaona utilizaos usa quem tiver dinheiro). Direito de reunio exercidocom previa comunicao, mas a autoridade pblica poder impedir areunio acontea, mas dever fornecer outro horrio, outro local, deacordo com a supremacia do interesse pblico. Pode impedir, mas deveviabilizar outra oportunidade que d a mesma repercusso. Isto decorredo fato de que o bem de uso comum do povo esta sujeito regulamentao do estado, mesmo estando disposio da coletividade.

    Praa pode ter grade, pois disciplina a utilizao em nome da segurana,interesse pblico.

    2. Bens de uso especial: chamado de bem de patrimnio administrativo. aqueleque o poder pblico conserva para prestao do servio pblico. Ex: reparties

    pblicas, escolas pulicas, hospitais pblicos. Bens de uso especial e de usocomum do povo esto afetados finalidade pblica, tem destinao pblica.

    3. Bens dominicais: podem tambm ser chamados de dominiais (maioria dosautores). Mas, para Cretela Jr. dominial diferente de dominical. Dominial o

    bem sob domnio do estado, no importa a classificao e bens dominicais so

    aqueles que no tem destinao pblica, no tem finalidade pblica. Narealidade o conceito residual. Trata-se dos bens que no so de uso comum ouespecial. Alguns autores afirmam que bens dominicais so aqueles bens que oestado conserva como se fosse particular, que significa que no tem finalidade

    pblica, o que no quer dizer que pode vender de qualquer modo, pode serutilizado de qualquer maneira. Ex: terras devolutas, imvel abandonado, terrenos

    baldios.

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    1.3 Regime jurdico de bem pblico (quais as regrasaplicveis aos bens)

    Tem regime mais rigoroso em razo da continuidade do servio1.3.1 Inalienabilidade

    Bens pblicos so inalienveis de forma relativa. So alienveis de forma condicionada(autores modernos). Preenchidos alguns requisitos, pode alienar. Guardar: se o bem forde uso comum do povo ou se for de uso especial, como regra so inalienveis. Os bensdominicais so, como regra, alienveis.Afetao e desafetao o mesmo que consagrao e desconsagrao.Afetao ocorre quando o bem recebe destinao pblica, passa de dominical para usoespecial ou uso comum. A desafetao o contrario, acontece quando o bem perde efinalidade pblica, passa de uso comum ou especial a dominical.

    A condio de um bem ser alienvel ou inalienvel pode ser modificada de acordo com

    a sua destinao, se esta afetado a uma finalidade pblica ou no.A afetao protege mais o bem e pode ocorrer de forma mais simples. Mas, adesafetao amis rigorosa, pois retira a proteo do bem.A afetao pode ser feita por lei, ato administrativo ou pelo simples uso.A desafetao de bem de uso comum depende de lei, mais rigorosa, ou, no mximo,ato administrativo autorizado previamente por lei.A desafetao de bem de uso especial pode se dar por lei, ato administrativo ou eventoda natureza (desabou pela chuva, pegou fogo) que impede/prejudica sua destinao.Esta a posio da maioria. H divergncia doutrinaria.

    Requisitos para a alienao art. 17, lei 8666

    Bem imvel pertencente a pessoa jurdica de direito pblico: necessita de autorizaolegislativa. Se pertencente a pessoa jurdica de direito privado, mesmo diretamenteligada a pblica, no necessita de autorizao.Alm da autorizao necessita de avaliao prvia, declarao de interesse pblico

    justificado e licitao, na modalidade concorrncia ou leilo (para bem decorrente dedeciso judicial, daao em pagamento).A dispensa de licitao s pode nas hipteses previstas em lei. So as licitaesdispensvel (art. 24) ou dispensada (art. 17).Bem mvel: necessita de avaliao previa (segurana no preo), interesse pblico

    justificado e licitao na modalidade leilo at o limite de bem de R$ 650.000,00.

    Passado este limite, modalidade concorrncia. Art. 17, 6 traz as hipteses dedispensa.Art. 17 foi objeto da ADI 927.

    1.3.2 ImpenhorabilidadeBens pblicos: regra geral so impenhorveis, salvo empresa pblica e sociedade deeconomia mista.Bem pblico no pode ser objeto de penhora, arresto ou sequestro. Isto porque os bensno podem ser alienados de forma livre. A impenhorabilidade consequncia daalienabilidade condicionada.A garantia do credor em ao de execuo o precatrio. Considerando a

    impenhorabilidade dos bens pblicos, a garantia para o cumprimento das obrigaes oprecatrio art. 100, CF.

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    Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Pblicas Federal,Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentena judiciria,far-se-o exclusivamente na ordem cronolgica de apresentao dos

    precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designaode casos ou de pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditosadicionais abertos para este fim.

    1 Os dbitos de natureza alimentcia compreendem aquelesdecorrentes de salrios, vencimentos, proventos, penses e suascomplementaes, benefcios previdencirios e indenizaes pormorte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, emvirtude de sentena judicial transitada em julgado, e sero pagos com

    preferncia sobre todos os demais dbitos, exceto sobre aquelesreferidos no 2 deste artigo. 2 Os dbitos de natureza alimentcia cujos titulares tenham 60(sessenta) anos de idade ou mais na data de expedio do precatrio,ou sejam portadores de doena grave, definidos na forma da lei, sero

    pagos com preferncia sobre todos os demais dbitos, at o valorequivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no 3deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que

    o restante ser pago na ordem cronolgica de apresentao doprecatrio. 3 O disposto no caput deste artigo relativamente expedio de

    precatrios no se aplica aos pagamentos de obrigaes definidas emleis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer emvirtude de sentena judicial transitada em julgado. 4 Para os fins do disposto no 3, podero ser fixados, por leis

    prprias, valores distintos s entidades de direito pblico, segundo asdiferentes capacidades econmicas, sendo o mnimo igual ao valor domaior benefcio do regime geral de previdncia social. 5 obrigatria a incluso, no oramento das entidades de direito

    pblico, de verba necessria ao pagamento de seus dbitos, oriundosde sentenas transitadas em julgado, constantes de precatrios

    judicirios apresentados at 1 de julho, fazendo-se o pagamento at ofinal do exerccio seguinte, quando tero seus valores atualizadosmonetariamente. 6 As dotaes oramentrias e os crditos abertos seroconsignados diretamente ao Poder Judicirio, cabendo ao Presidentedo Tribunal que proferir a deciso exequenda determinar o pagamentointegral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente paraos casos de preterimento de seu direito de precedncia ou de noalocao oramentria do valor necessrio satisfao do seu dbito,o sequestro da quantia respectiva. 7 O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ouomissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidao regular de precatriosincorrer em crime de responsabilidade e responder, tambm, perante

    o Conselho Nacional de Justia. 8 vedada a expedio de precatrios complementares ousuplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartioou quebra do valor da execuo para fins de enquadramento de parcelado total ao que dispe o 3 deste artigo. 9 No momento da expedio dos precatrios, independentemente deregulamentao, deles dever ser abatido, a ttulo de compensao,valor correspondente aos dbitos lquidos e certos, inscritos ou no emdvida ativa e constitudos contra o credor original pela FazendaPblica devedora, includas parcelas vincendas de parcelamentos,ressalvados aqueles cuja execuo esteja suspensa em virtude decontestao administrativa ou judicial. 10. Antes da expedio dos precatrios, o Tribunal solicitar

    Fazenda Pblica devedora, para resposta em at 30 (trinta) dias, sobpena de perda do direito de abatimento, informao sobre os dbitos

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    que preencham as condies estabelecidas no 9, para os fins neleprevistos. 11. facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidadefederativa devedora, a entrega de crditos em precatrios para comprade imveis pblicos do respectivo ente federado. 12. A partir da promulgao desta Emenda Constitucional, a

    atualizao de valores de requisitrios, aps sua expedio, at oefetivo pagamento, independentemente de sua natureza, ser feita pelondice oficial de remunerao bsica da caderneta de poupana, e, parafins de compensao da mora, incidiro juros simples no mesmo

    percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupana, ficandoexcluda a incidncia de juros compensatrios. 13. O credor poder ceder, total ou parcialmente, seus crditos em

    precatrios a terceiros, independentemente da concordncia dodevedor, no se aplicando ao cessionrio o disposto nos 2 e 3. 14. A cesso de precatrios somente produzir efeitos apscomunicao, por meio de petio protocolizada, ao tribunal deorigem e entidade devedora. 15. Sem prejuzo do disposto neste artigo, lei complementar a esta

    Constituio Federal poder estabelecer regime especial parapagamento de crdito de precatrios de Estados, Distrito Federal eMunicpios, dispondo sobre vinculaes receita corrente lquida eforma e prazo de liquidao. 16. A seu critrio exclusivo e na forma de lei, a Unio poderassumir dbitos, oriundos de precatrios, de Estados, Distrito Federale Municpios, refinanciando-os diretamente.

    Precatrio uma fila, constitudo at 1 de julho, paga no ano seguinte e constitudoaps 1 de julho, paga-se no ano posterior. O pagamento de acordo com adisponibilidade da verba.Arresto e sequestro so cautelares tpicas que servem para restringir bens

    indeterminados e bens determinados, respectivamente.O bem pblico tombado pode ser objeto de sequestro se for levado para fora do pas e seo precatrio for pago de forma indevida (fora da ordem), o dinheiro pode sersequestrado.Na ao de execuo o credor converte o penhor e (direito real de garantia sobre bemmvel) a hipoteca (garantia sobre bem imvel) em penhora. Bem pblico no passvelde penhor ou hipoteca, pois so impenhorveis, por conta da alienao condicionada.A anticrese ocorre quando o credor utiliza o patrimnio do devedor e salda o debito comos frutos da utilizao.

    1.3.3 ImprescritibilidadeBens pblicos no podem ser objeto de prescrio aquisitiva (usucapio). O bem pbicono pode ser usucapido, mas pode usucapir o bem do particular.

    1.4 Aquisio de bens pblicosContratos comunscompra e venda, doao, permuta.Usucapioprescrio aquisitivaDireito hereditrio (Testamento ou Herana jacente)DesapropriaoExecuo (Arrematao ou Adjudicao)Perdimento de bens (art. 91, CP e lei 842/92lei de improbidade)Acesso natural (aluvio, avulso e lveo abandonado)

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    Aluvioaquisio de bens que vem por quantidade imperceptvel de terra de imvelsuperior se fixando no imvel inferior.Avulso uma quantidade perceptvel. Ex: bloco de terralveo abandonado quando o rio seca ou quando muda de curso, a rea do rio adquirida pelos imveis marginais. dividida pela metade.

    Direito administrativo11.08.11

    2 GESTO DE BEM PBLICORefere-se s formas de uso, que se dividem:

    2.1 Fins naturaisClassificao de acordo com a destinao natural do bem.Uso normal: utilizao do bem ao fim que foi destinado. No precisa de autorizao.Uso anormal: foge da destinao natural. Necessita de autorizao para sua utilizao.

    2.2 Generalidade do usoDe acordo com a generalidade.Utilizao comum: lembrar dos bens que esto para a coletividade, de forma indistintae indiscriminada. A utilizao coletivaUtilizao especial: feita com distino. Alguns vo ter acesso, alguns utilizaro.Subdivide em duas categorias:

    Com uso remunerado: o Estado vai cobrar a sua utilizao. O Estadoestabelece a utilizao apenas para quem pode pagar. Retira da coletividade indistinta eestabelece distino, s usa quem tiver dinheiro. Ex: cobrana de visitao em museu,rodovia com pedgio, zona azul.

    Com uso privativo: utiliza-se o bem pblico como se fosse particular. Necessitade autorizao para utilizao do espao. Ex: fechar a rua para festa particular, colocarmesa de bar na calada, banca de jornal. O uso privativo se d por:

    Autorizao de uso: para interesse privado, em eventos ocasionais,temporrios. Ex: carnaval fora de poca, festa na rua, festa da igreja. Constitui-se por ato unilateral, discricionrio e precrio, que significa, se o ato unilateral,a administrao concede sozinha, de acordo com a convenincia e oportunidade,

    por ser precrio a administrao pode desfazer a qualquer tempo, no havendoobrigao, dever de indeniz-lo.

    Permisso de uso de bem pblico: acontece de forma permanente, pode serdesfeita com facilidade. No h dificuldade na desconstituio do uso. constituda no interesse privado e no interesse pblico. Constitui-se por atounilateral, discricionrio e precrio. Permisso de uso diferente de permissode servio, a natureza dos institutos diferente, a permisso de servio contratual. Ex: mesas na calada, banca de revista.

    Concesso de uso de bem pblico: utilizao especial, de forma mais solene,mais segura. Utilizada no interesse pblico, constituda de acordo com ointeresse pblico. No desfeita com mais facilidade. Ex: lanchonete na escola

    pblica, restaurante do hospital pblico, da universidade. Necessariamente

    contratual, feita via contrato administrativo. Esta sujeito licitao prvia.

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    Locao, arrendamento, comodato, enfiteuse:o Estado pode utilizar institutosdo direito privado para permitir a utilizao privada do bem pblico por

    particular.

    Quem tem o uso privativo e presta servio inadequado quem responde pelos danos

    causados a terceiros decorrentes da prestao do servio. Ex: restaurante dauniversidade federal, com concesso de uso, responsvel pela prestao do servio.

    Utilizao compartilhada: acontece quando um bem pblico utilizado ao mesmotempo por pessoas publicas e privadas, utilizada por concessionarias de servio publico.Ex: concessionaria de telefonia - orelho na calada.

    3 BENS DA UNIOArt. 20. So bens da Unio:I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a seratribudos;II - as terras devolutas indispensveis defesa das fronteiras, dasfortificaes e construes militares, das vias federais de comunicaoe preservao ambiental, definidas em lei;III - os lagos, rios e quaisquer correntes de gua em terrenos de seudomnio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites comoutros pases, ou se estendam a territrio estrangeiro ou dele

    provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limtrofes com outros pases;as praias martimas; as ilhas ocenicas e as costeiras, excludas, destas,as que contenham a sede de Municpios, exceto aquelas reas afetadasao servio pblico e a unidade ambiental federal, e as referidas no art.26, II;V - os recursos naturais da plataforma continental e da zonaeconmica exclusiva;VI - o mar territorial;VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;VIII - os potenciais de energia hidrulica;IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;X - as cavidades naturais subterrneas e os stios arqueolgicos e pr-histricos;XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos ndios.

    3.1 Inciso ISo bens os que j eram da Unio e os que vierem a ser atribudos. Os que j eram dela

    (CF anterior) no aparecem nesta lista.3.2 Inciso IITerras devolutas tem conceito decorrente do fim do regime de capitanias hereditrias,com a posse das reas pelas pessoas. Mas, as reas que no foram possudas com o fimdo regime, foram chamadas de terras sem dono. So terras que no tem demarcao,no esta registrada, demarcada, discriminada (rea definida). Na via administrativa e

    judicial possvel a demarcao da terra devoluta. A terra devoluta bem dominical,no tem finalidade especifica, mas como regra, pertence aos Estados (art. 26, CF). O art.20 traz a exceo, excepcionalmente as terras devolutas sero da Unio, quando foremnecessrias para a manuteno da segurana nacional.

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    3.3 Inciso IIITambm nos bens que se referem aos rios, o interesse a segurana nacional, evitandoo ataque pelas aguas.Rio em terra da Unio, dela . Se o rio banhar mais de um Estado, tambm da Unio,os que fazem limites com outros pases, deles venham ou para eles vo. Praia fluvial a

    praia de rio. Se o rio pertence Unio, a margem e as praias tambm lhe pertencem.Terreno marginal corresponde a 15m dos rios navegveis, calculada de acordo com amdia das enchentes ordinrias.

    3.4 Inciso IVIlhas: fluviais (rios), lacustres (lagos) e martimas (costeirasprximas do continente eocenicasmais distante das margens).Se o rio ou lago esta em limite com outros pases, as ilhas que surgirem sero da unio.Regra geral: ilhas ocenicas e costeiras pertencem Unio.Exceo: as que esto no domnio do Estado, as ilhas privadas (terceiros, conformeconstituio anterior, hoje o particular pode ter uso privativo, no a titularidade) e as

    ilhas do municpio (ex: Florianpolis). A ilha ser do municpio, mas as reas de serviopblico federal (universidade, repartio federal, reservas ambientais) sero federais,mesmo que a ilha seja municipal.

    3.5 Inciso V, VI e VIIA 12 milhas do continente temos mar territorial, bem da Unio. A Unio sobre o marterritorial exerce soberania. De 12 milhas at 200 milhas zona econmica exclusiva.Sobre a zona econmica exclusiva a Unio no tem soberania, mas os recursos naturaisdesta zona so seus.

    Na zona econmica exclusiva temos a zona contigua (se 12 milhas at 24 milhas, docontinente). Na zona contigua a Unio tem o poder de policia controle dos barcos,

    fiscalizao, controla a utilizao da rea e os recursos naturais, mas no tem soberania.Nas ultimas milhas (de 24 a 200 milhas), a Unio s tem os recursos naturais.

    12 milhas 24 milhas 200 milhas

    Continente mar territorial zonaContigua Alto mar

    Zona econmica exclusiva

    A plataforma continental a terra que est debaixo das aguas, que vai at 200 milhas.Utiliza a mesma linha de base que se utiliza para calcular o mar territorial.Plataforma continental diz que os recursos naturais da plataforma continental pertencem Unio. E a plataforma continental de quem? Tambm da Unio, no pela CF-88,mas pela CF-67 (bem concedido pela velha constituio permanecem da unio).

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    Terreno de marinha aquele de 33m da preamar mdia (mdia da mar alta). Oacrescido de marinha so aquelas terras que surgem com o recuo das aguas. Quando aagua avana pode engolir todo terreno de marinha antes medido, ento no haverterreno de marinha, nem enfiteuse, se no for terreno de marinha.O terreno de marinha, apesar de ser rea da Unio. A urbanizao da rea de

    competncia do municpio. Muitas reas de marinha foram objetos de enfiteuse (reatransferida ao particular para uso prprio, via enfiteuse). Hoje o CC-02 probe. Oenfiteuta aquele que exerce o domnio til, utiliza o terreno como se fosse seu.O senhoril direto o dono do terreno (Unio). O enfiteuta paga ao senhoril direto o foroanual.

    3.6 Inciso VIII, IX, X e XIPotenciais de energia hidrulica e recursos minerais so todos da Unio, bem como ascavidades naturais subterrneas (cavernas), stios arqueolgicos e terras ocupadas pelosndios, que tem exclusividade na utilizao do bem.

    3.7 2Ateno para a pegadinha do 2.

    2 - A faixa de at cento e cinqenta quilmetros de largura, aolongo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, considerada fundamental para defesa do territrio nacional, e suaocupao e utilizao sero reguladas em lei.

    Serviu de fronteira terrestre, temos 150 km, da margem para dentro, para defesa. Estafaixa de fronteira no da Unio. A Unio apenas regulara a sua utilizao e ocupao.A CF no diz que se trata de bem da unio.

    4 INTERVENO NA PROPRIEDADE4.1 Direito de propriedade

    Direito de propriedade: direito de usar, gozar, dispor e reaver o bem com quem quer queesteja.O direito de propriedade exercido em carter absoluto, exclusivo e perpetuo.O carter absoluto significa: na minha propriedade, sobre o meu bem eu tenho liberdade(fao o que eu quiser).O carter exclusivo significa: a minha propriedade eu uso s, s utilizar juntamente,

    quem eu deixar.O carter perptuo: a propriedade minha enquanto for esse o meu desejo.

    4.2 Previso legalO direito de propriedade esta previsto na CF, art. 5, XXII e XXIII.

    4.3 CaractersticasMas, excepcionalmente, o Estado pode intervir nesse direito de propriedade. Ainterveno exceo. A regra que o Estado no intervenha. Tratando-se de exceo,deve ter base legal, um fundamento legal.

    Em regra, a interveno na propriedade no retira o direito. O dono continua o dono.

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    A interveno restritiva do direito. Ex: Tombamento, ocupao, requisio, limitaoe servido.

    Tambm pode se dar de forma supressiva. Na interveno supressiva, retira-se o direitode propriedade. nica hiptese em que o estado passa a ser dono com a

    desapropriao.Ex: imaginar que o Estado faz uma servido e restringe totalmente o uso dapropriedade, ateno que se trata da desapropriao indireta. O Estado fazdesapropriao sem o formalismo da desapropriao. O Estado simula uma formarestritiva quando na verdade retira a propriedade.Se o estado no toma as providncias de desapropriao, ela chamada dedesapropriao indireta. O estado simula a forma restritiva enquanto suprime.

    Para a doutrina moderna, a interveno na propriedade tem base no poder de policia:restrio do interesse do particular em nome do interesse pblico (compatibilizao dosinteresses em nome do bem estar social), o poder de policia em sentido amplo (fazer,

    no fazer, suportar). Para estes autores, o poder de policia em sentido amplo serve comofundamento para todas as modalidades de interveno, salvo a desapropriao.Para parte da doutrina que adota o poder de policia em sentido estrito (no fazer), sserve de fundamento para limitao administrativa.

    4.4 FundamentosA interveno na propriedade pode se fundamentar na: Supremacia do interesse pblicoou em razo da pratica de uma ilegalidade (explorao de trabalho escravo, traficoilcito de entorpecentes)

    4.5 Modalidades4.5.1 Limitao administrativa

    a interveno da propriedade privada imposta por normas gerais e abstratas que atingeproprietrios indeterminados. Representa exerccio do poder de policia em sentidoestrito. Cuida do direito de construir, basicamente.Cada modalidade atinge um ponto diferente. Na limitao administrativa, o carteratingido o carter absoluto da propriedade. Ex: limitao ao numero de andares do

    prdio. H restrio. A limitao administrativa, por ser geral e abstrata no gera odever de indenizar. Tal limitao pode sofrer interferncia pelo judicirio, no tocante legalidade. No pode rever se referir convenincia e oportunidade. O poder judicirio

    no controla o mrito. Na limitao civil temos o interesse privado em questo,geralmente se estabelecem regras de direito de vizinhana.

    4.5.2 Servido administrativa utilizada, basicamente, para prestao de servios pblicos. Consiste no direito realsobre coisa alheia. Ex: passagem de energia eltrica, saneamento bsico. O carter da

    propriedade afetado a exclusividade.Na servido civil h uma relao de dominao entre dominante que usa o imvel doserviente. A relao de dominao no direito civil de um bem sobre o outro. Emservido administrativa no h dominao de um bem sobre outro, mas o dominante

    um servio ou utilidade e o serviente o bem.

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    Direito administrativo24.08.11

    Servido direito real sobre coisa alheia.A servido tem como objetivo principal a prestao de servios pblicos ou utilidades

    pblicas.E: passagem de saneamento bsico, passagem de fios de energia eltrica.Passar energia eltrica tem duas condies: energia domiciliar (servido de passagem,que no impede o uso) e torres de alta tenso (impede a utilizao da propriedade, idealseria desapropriar).Dentro da servido existe relao de dominao. Na servido civil, a dominao se dde um bem sobre o outro bem, entre dominante e serviente.Em servido administrativa, o dominante o servio pblico ou utilidade pblica.O carter da propriedade atingido o exclusivo da propriedade. Algum utilizar a

    propriedade junto com o proprietrio.A servido pode se constituir por lei, acordo entre as partes ou por deciso judicial.

    A servido depende de autorizao legislativa, independente da forma de constituio.Previamente, necessita de autorizao legislativa e de registro, por ser direito real.Deve-se fazer a transcrio da servido na matricula do imvel.Se a constituio por lei, no precisa de registro. O registro perde a finalidade de dar

    publicidade e resguardar terceiro. A lei j tem essa finalidade, em maior abrangncia.Ento, o registro s ocorre no acordo e na deciso judicial.Servido administrativa tem carter perpetuo. para sempre. Mas, a perpetuidade no de carter absoluto, pode ser desconstituda se o interesse pblico assim permitir. Aservido tambm pode ser desconstituda quando a coisa deixar de ser coisa alheia. Se oestado adquirir a propriedade, no h mais servido, pois a coisa no mais alheia.

    possvel servido sobre bem pblico e no h ordem a ser respeitada.A simples passagem de fios, tubulao, etc. no causa prejuzo, o que no ensejaindenizao. S se penda em indenizao se h dano, para evitar enriquecimento ilcito.A indenizao somente possvel se houver dano efetivo.A diferena entre servido civil e administrativa a relao de dominao e o interesse.

    Limitao diferente de servido. A limitao h atos gerais, abstratos, proprietrioindeterminado e na servido h proprietrio determinado, ato especifico, concreto.Limitao atinge o carter absoluto da propriedade, enquanto a servido atinge o carterexclusivo da propriedade. Em servido h relao de dominao e em limitao no h.

    4.5.3

    RequisioDecorre do art. 5, XXV, CFFundamento: utilizada no caso de iminente perigo.Ex: no caso das chuvas para socorrer desabrigadosgalpo, imvel.Pode ser objeto de requisio os bens mveis, imveis ou servios. Ex: polcia

    perseguindo bandido (requisio de bem mvel).A requisio no transfere a propriedade.O carter temporrio, enquanto durar o perigo. A requisio transitria.A indenizao possvel no caso de dano, sendo ulterior. No demanda previaindenizao.

    Havendo divergncia no valor da indenizao, discute-se judicialmente, sendo opagamento realizado no regime do precatrio.

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    Pode ocorrer tanto em tempo de paz, quanto em tempo de guerra. Afeta o carterexclusivo da propriedade.Doutrina e jurisprudncia afirma que quando a hiptese de bens moveis e fungveis(substituveis na mesma qualidade e quantidade). Ex: pode pblico requisitou roupas defabrica e frangos da granja para socorrer os desabrigados.

    Mas, a partir do momento que a roupa seja pessoal, tem carter individual, caso dedesapropriao, no cabe requisio, por ser bem infungvel, devido individualidade. procedimento unilateral, auto executrio e oneroso (pode ser indenizado)Limitao diferente de requisio, no primeiro atinge-se o carter absoluto, o

    proprietrio indeterminado, o ato geral, no havendo perigo como fundamento. Narequisio, atinge-se o carter exclusivo, o proprietrio determinado, o ato especficoe tem como fundamento o iminente perigo.A servido diferente da requisio, pois a primeira perpetua, com relao dedominao e sem perigo como fundamento. J a requisio temporria, sem relao dedominao e com perigo como fundamento.

    4.5.4 Ocupao temporriaHipteses:

    a. Art. 36, decreto lei 3365/41 (complementar desapropriao)Possibilidade de utilizar imvel no edificado, vizinho obra pblica, comobjetivo de guardar os materiais da obra.

    b. Pesquisa em parque arqueolgico, pesquisa de minrioUtilizada em carter preventivo para evitar desapropriao desnecessria,encontrando o objeto de pesquisa, desapropria.

    O carter atingido o carter exclusivo. Tem aspecto temporrio, transitrio.DiferenasOcupao x limitao:Exclusivo x absolutoProprietrio determinado x indeterminado.

    Servido x ocupao:Perpetuo x temporrioRelao de dominao x sem relao de dominao

    Requisio x ocupao

    Perigo x sem perigo

    4.5.5 TombamentoDecreto lei 25/37. (olharcai em MP)Objetivo: conservao de identidade de um povo, conservao de um momentohistrico, de um patrimnio.Pode ser de patrimnio histrico, artstico, cultural e paisagstico. constitudo em carter perpetuo, a perpetuidade no absoluta, o patrimnio deixa deexistir se o objeto no mais existe.Atinge o carter absoluto da propriedade. Atinge a liberdade que se tem sobre o bem.Tombamento interveno restritiva. Se for restrio supressiva, trata-se dedesapropriao. Se a conservao muito drstica, faz-se desapropriao. Otombamento deve ser registrado no livro do tombo, livro especifico do tombamento.

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    Instrumentos processuais para proteo de patrimnio tombado: aes populares e aocivil pblica. H interesse coletivo.A competncia material permitida a todos os entes. Todos os entes podem e devemrealizar tombamento. Todos tem competncia material.

    Havendo interesse nacional, o tombamento de competncia da Unio, se for regional,a competncia do estado e se for local, a competncia do municpio. Art. 23, CF.Se o interesse for de competncia a todos os entes, todos podem tombar.A competncia legislativa cabvel nas hipteses do art. 24, VII, CF. a competncia concorrente entre Unio e estados.Formas:A constituio pode ser de bem pblico ou bem privado. No havendo ordem a serrespeitada.Tombamento pode atingir bens moveis ou imveis.Pode ser provisrio ou definitivo. O tombamento provisrio feito durante a fase do

    procedimento, para evitar outra disposio do imvel pelo proprietrio. O tombamento

    provisrio tem os mesmos nus do definitivo. Aps a concluso do procedimento, htombamento definitivo.Tombamento pode ser geral (grande reapelourinho) ou individual (bem especifico).O tombamento, a depender da vontade do proprietrio pode ser voluntario (quando o

    prprio proprietrio pede ou com anui o tombamento) ou compulsrio.Obrigaes:A conservao deve ser autorizada, o proprietrio deve solicitar a autorizao e deve serdestinada a no danificar, sob pena de responder por crime de dano (art. 165, CP).Quando o proprietrio no tem dinheiro para conservar, preciso comunica o institutoque a reforma deve acontecer e no se tem verba para tanto. A falta de condiofinanceira no exime o proprietrio de informar a necessidade de conservao. O Estadose responsabiliza pela conservao.O tombamento gera obrigao de transferncia. O patrimnio tombado pode seralienado, garantindo-se a preferencia ao ente que tombou. Se todos tombaram, deve-serespeitar a ordem de tombamento. Se o patrimnio tombado for bem pblico, beminalienvel. A inalienabilidade vem do tombamento. O bem s pode ser transferido paraoutro ente. Esta inalienabilidade no absoluta.Se o patrimnio tombado foi extraviado ou furtado, o proprietrio tem 05 dias paracomunicar a autoridade.Patrimnio tombado no pode ser retirado do pas, salvo se por curto espao de tempo.Patrimnio tombado no pode ser objeto de exportao.

    O patrimnio deve suportar a fiscalizao.O vizinho do patrimnio tombado no pode instalar placas, cartazes, construes que

    prejudiquem a visibilidade. Tombamento, por si s, no gera dever de indenizar, mas seo poder pblico constitui obrigao de fazer, esta devera ser indenizada.Tem natureza de limitao administrativa, para a maioria dos autores.

    4.5.6 Desapropriao interveno supressiva na propriedade. O proprietrio deixa de ser. forma deaquisio originaria da propriedade (independe de qualquer relao com o proprietrioanterior). Atinge o carter perpetuo da propriedade. O proprietrio dono enquanto o

    Estado no desapropriar. irrevogvel. Feita, no se revoga por convenincia ouoportunidade.

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    Competncia para desapropriao:1. Legislativa: Unio, art. 22, II, CF2. Material: todos os entes podem. O processo administrativo composto de duas

    fases: declaratria e executiva.

    O DL 3365/41, art. 3 diploma da desapropriao. Afirma que os delegados podemrealizar desapropriao (entes da administrao indireta autarquias, fundaes

    publicas, EP e SEM, entes da concessionarias e permissionrias de servios pblicos).Estes entes no pode realizar todo procedimento de desapropriao, mas somente a faseexecutiva, a competncia dos entes no total.

    Na questo, deve-se saber o objeto, sujeito ativo, pressuposto ou fundamento,indenizao e procedimento.Objeto:Pode ser bem mvel ou imvel, bem corpreo ou incorpreo. Pode ser bem pblico ou

    privado. Espao areo ou subsolo.No cabe desapropriao de direito da personalidade, direitos autorais, vida, imagem e

    alimentos. (proibio do prprio decreto lei).Se o bem desapropriado for pblico, deve se respeitar a ordem: Unio pode desapropriar

    bem dos Estados e dos municpios, enquanto os Estados s podem desapropriar bensdos seus municpios.Municpio tem competncia, se desapropriar bem da Unio, o defeito esta no objeto, nona competncia.Direito administrativo29.08.11

    4.6 Modalidades de desapropriao4.6.1 Desapropriao comum, geral ou ordinria

    Decorre do art. 5, XXIV, CF.Acontece por necessidade pblica, utilidade pblica ou interesse social.

    Necessidade ou utilidade pblica esto previstas no DL 3365/41.O legislador no distingue os institutos. Para a doutrina, so diferentes. Se a situao emergencial, fala-se em necessidade, no havendo emergncia, fala-se em utilidade

    pblica.O interesse social est previsto no art. 2, lei 4132/62. Est ligado igualdade e squestes ambientais.Esta desapropriao pode ser feita por todos os entes (U, E, M e DF).

    Todos os bens podem ser desapropriados (moveis, imveis, semoventes), salvo os queesto proibidos.A indenizao, nesta modalidade prvia, justa e em dinheiro. Primeiro se paga, depoisdesapropria.A discusso em via judicial se d quanto ao valor, pois as partes no entram em umacordo.

    4.6.2 Desapropriao extraordinria ou sancionatriaAteno que h desapropriao para fins de reforma agraria e desapropriao com fins

    polticos que tem natureza de desapropriao comum.Prestar ateno na prova.

    A desapropriao sancionatria pode se basear na funo social ou no confisco.

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    A desapropriao sancionatria pela funo social da propriedade tem comofundamento o art. 5, XXIII, CF.A funo social da propriedade tem parmetros objetivos. Esta pode ser rural(fundamento legal no art. 184 e 191, CF e na lei 8629/93 e LC 76/93). Ex: a propriedade

    pode ser desapropriada no caso de trabalho escravo. O patrimnio destinado reforma

    agraria. Aqui s possvel ter como objeto um imvel rural, sendo de competncia daUnio. A indenizao feita em TDA (titulo da divida agraria), regatveis em at 20anos. As benfeitorias necessrias e uteis pagas em dinheiro.

    Art. 184. Compete Unio desapropriar por interesse social, para finsde reforma agrria, o imvel rural que no esteja cumprindo suafuno social, mediante prvia e justa indenizao em ttulos da dvidaagrria, com clusula de preservao do valor real, resgatveis no

    prazo de at vinte anos, a partir do segundo ano de sua emisso, e cujautilizao ser definida em lei. 1 - As benfeitorias teis e necessrias sero indenizadas emdinheiro. 2 - O decreto que declarar o imvel como de interesse social, parafins de reforma agrria, autoriza a Unio a propor a ao dedesapropriao. 3 - Cabe lei complementar estabelecer procedimento contraditrioespecial, de rito sumrio, para o processo judicial de desapropriao. 4 - O oramento fixar anualmente o volume total de ttulos dadvida agrria, assim como o montante de recursos para atender ao

    programa de reforma agrria no exerccio. 5 - So isentas de impostos federais, estaduais e municipais asoperaes de transferncia de imveis desapropriados para fins dereforma agrria.

    Art. 191. Aquele que, no sendo proprietrio de imvel rural ou

    urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposio,rea de terra, em zona rural, no superior a cinqenta hectares,tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua famlia, tendo nelasua moradia, adquirir-lhe- a propriedade.Pargrafo nico. Os imveis pblicos no sero adquiridos porusucapio.

    Esta desapropriao no pode atingir pequena e media propriedade, se o proprietriono tiver outra, bem como no pode atingir a propriedade produtiva (art. 185, CF).

    Art. 185. So insuscetveis de desapropriao para fins de reformaagrria:I - a pequena e mdia propriedade rural, assim definida em lei, desdeque seu proprietrio no possua outra;II - a propriedade produtiva.Pargrafo nico. A lei garantir tratamento especial propriedade

    produtiva e fixar normas para o cumprimento dos requisitos relativosa sua funo social.

    Tambm pode ser a desapropriao para fins da funo social, a desapropriao podeser urbana (fundamento no art. 182, 4, CF e lei 10257/01). Fundada no plano diretor.A funo social da propriedade, nesta hiptese, se baseia na lei do plano diretor (lei queorganiza a cidade, determinando suas reas). A especulao imobiliria desrespeita afuno social da propriedade. Desrespeitando a funo social, sujeita-se

    desapropriao. A CF e o Estatuto da Cidade estabelece parmetros. No se desapropriade plano, h uma ordem de medidas a ser seguida, que termina com a desapropriao. A

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    primeira providencia um parcelamento ou edificao compulsria (estatuto tem 01 anopara apresentar o projeto e mais 02 anos para iniciar as obras). No obedecendo aordem, o poder pblico estabelece IPTU com alquota progressiva (aumentasucessivamente em 05 anos, podendo chegar a 15%). A ltima providencia seria adesapropriao urbanstica urbana ou para o plano diretor. A desapropriao urbanstica

    ou urbana pode ser feita pelo Municipio ou pelo DF (competncia municipal tambm).Somente pode ser desapropriado imvel urbano. A indenizao se d em ttulo da dividapblica, resgatvel em at 10 anos.

    4 - facultado ao Poder Pblico municipal, mediante lei especficapara rea includa no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal,do proprietrio do solo urbano no edificado, subutilizado ou noutilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,sucessivamente, de:I - parcelamento ou edificao compulsrios;II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana

    progressivo no tempo;

    III - desapropriao com pagamento mediante ttulos da dvida pblicade emisso previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo deresgate de at dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,assegurados o valor real da indenizao e os juros legais.

    A desapropriao confisco ou confiscatria est prevista no art. 243, CF. no h o deverde indenizar pelo Estado que adquire o bem. Inclusive, a CF utiliza a palavraexpropriao.

    Art. 243. As glebas de qualquer regio do Pas onde forem localizadasculturas ilegais de plantas psicotrpicas sero imediatamenteexpropriadas e especificamente destinadas ao assentamento decolonos, para o cultivo de produtos alimentcios e medicamentosos,sem qualquer indenizao ao proprietrio e sem prejuzo de outrassanes previstas em lei.Pargrafo nico. Todo e qualquer bem de valor econmico apreendidoem decorrncia do trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins serconfiscado e reverter em benefcio de instituies e pessoalespecializados no tratamento e recuperao de viciados e noaparelhamento e custeio de atividades de fiscalizao, controle,

    preveno e represso do crime de trfico dessas substncias.

    O caput do art. traz a desapropriao da gleba de terra que se destina a plantao depsicotrpico proibido. Este terreno tem destinao especificada, qual seja: [1]assentamento de colonos, [2] plantao de alimentcios ou [3] plantao de

    medicamentosos.Tambm sero expropriados os bens de valor econmico destinados ao trfico deentorpecentes. Nesta hiptese, a destinao tambm determinada: [1] implementar afiscalizao ou [2] casa de recuperao de viciados.

    4.6.3 Desapropriao indiretaTrata-se de desapropriao sem a observncia das formalidades necessrias. Tambmchamada de esbulho administrativo ou apossamento.Decorre de comportamento irregular da administrao. A administrao finge que estafazendo interveno restritiva, mas na verdade se trata de interveno supressiva.O STJ estabeleceu parmetros objetivos para a caracterizao desta desapropriao

    Resp 922786:

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    O Estado assume a propriedade sem observar as formalidades, sem o devido processolegal. O patrimnio deve estar afetado a uma finalidade pblica. Irreversibilidade ftica.O proprietrio, no caso de ameaa do Estado de desapropriao, pode ajuizar ao deinterdito proibitrio. No caso de perturbao da posse (estado ainda no entrou na

    posse), o proprietrio pode ajuizar ao de manuteno de posse. No caso do Estado

    esbulhar o bem, o proprietrio pode ajuizar ao de reintegrao. Se o Estado dfinalidade pblica (afeta o bem, incorpora o bem), o proprietrio no tem sada, a noser a desapropriao indireta, restando brigar pela indenizao. No sendo feita adesapropriao indireta pelo proprietrio, o Estado pode adquirir o bem, de formaregular, por meio da usucapio.A natureza dessa ao natureza de direito real. Quem julgar esta ao ser da situaodo imvel.A indenizao, nesta hiptese de desapropriao, paga no regime de precatrio.A prescrio decorre do art. 10, nico, DL 3365/41, modificado por medida provisria(MP 2183). O dispositivo traz que o prazo prescricional de 05 anos. Este dispositivofoi alterado, inicialmente, por outras medidas provisrias. (MP 2027/00ADI 2260, em

    sede de cautelar o STF suspendeu a eficcia da norma). No julgamento da ADI 2260,editaram-se varias medidas provisrias, mas no se ensejou o aditamento da inicial daADI, ento a ao foi extinta por perda de objeto. Ento, a posio que prevalece hoje,adota como prazo prescricional, o prazo de 20 anos (sumula 119, STJ)

    A ao de desapropriao indireta prescreve em vinte anos.

    Art. 10. A desapropriao dever efetivar-se mediante acordo ouintentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data daexpedio do respectivo decreto e findos os quais estecaducar. (Vide Decreto-lei n 9.282, de 1946)

    Neste caso, somente decorrido um ano, poder ser o mesmo bem

    objeto de nova declarao.Pargrafo nico. Extingue-se em cinco anos o direito de propor aoque vise a indenizao por restries decorrentes de atos do PoderPblico.(Includo pela Medida Provisria n 2.183-56, de 2001)

    4.7 Destinao dos bensQuando a desapropriao comum ou ordinria, os bens podem ser alienados. Nestecaso, temos a destinao urbanstica ou para industrializao. O Estado desapropria ddepois aliena a quem realizar a finalidade pretendida pelo Estado.A desapropriao por zona surge para que o poder pblico se aproveite da valorizao

    decorrente de obra pblica.O poder pblico pode cobrar contribuio de melhoria ou desapropriar a rea da obra ea rea da valorizao da obra. Feita a desapropriao, aliena a rea para auferir valoresda valorizao.

    4.8 ProcedimentoRealizado apenas na via administrativa, no depende de via judicial, salvo nos casos deduvida do proprietrio ou proprietrio desconhecido (evitar o mal pagamento). Tambmnecessita da ao judicial quando no h consenso quanto ao valor.O procedimento administrativo da desapropriao tem a fase declaratria e executiva.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del9282.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del9282.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del9282.htm
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    4.8.1 Fase declaratriaA desapropriao pode ser declarada por dois instrumentos (decreto expropriatrio ou

    por lei). Pela lei, ser pela lei de efeitos concretos (destinada aquele bem). Trata-se delei que tem aspecto de ato administrativo, tem efeitos concretos. O decretoexpropriatrio declara a desapropriao e deve conter o fundamento legal adesapropriao, definio do objeto, destinao do bem, o sujeito passivo (havendoduvida, vai para a via judicial), indicar o recurso oramentrio que custear adesapropriao.Depois da decretao, indeniza-se somente as benfeitorias necessrias e as uteis,

    previamente autorizadas. possvel a modificao da destinao do bem, desde que mantida uma razo deinteresse pblico. O direito administrativo traz a teoria dos motivos determinantes paravincular o destino finalidade definida, mas possvel a tredestinao, nadesapropriao. Muda-se destinao, desde que mantida uma razo de interesse pblico.Depois da decretao, conta-se o prazo de caducidade entre a fase declaratria e

    executiva (prazo que tem o Estado da decretao para pagar e entrar no bem). Esse de:[1] 05 anos (se a desapropriao se deu por necessidade ou utilidade pblica) ou [2] 02anos (se a desapropriao for por funo social).Vencido o prazo, sem o pagamento e a entrada do Estado no bem, a decretao fica semefeito. O Estado deve esperar um ano de carncia para decretao de novadesapropriao (isto na desapropriao por necessidade ou utilidade). Nadesapropriao por funo social, vencido o prazo de caducidade, no pode serdecretada novamente. No h prazo de carncia para nova desapropriao.

    4.8.2 Fase executivaNa fase executiva, o Estado indeniza e entra no bem.Esta situao ocorre, via administrativa, se h consenso quanto ao valor da indenizao.

    No havendo consenso quanto ao valor, a fase executiva vai para a via judicial. Quemajuizara ao de desapropriao o Estado (poder pblico), no caso de discusso quantoao valor.

    4.9 Ao de desapropriao ao de procedimento especial. Quando o autor ajuza ao de desapropriao, nainicial, j deve falar da pericia e indicar os quesitos. A discusso desta ao restrita.S cabe discusso sobre valor ou por vcios formais. A destinao, fundamento dadesapropriao no discutida nesta ao, mas em ao autnoma.A imisso provisria na posse possvel ser deferida nesta ao. Caso em que o poder

    pblico requer a entrada antecipada no bem e inicia a obra. Deve se tratar de situao deurgncia e o deposito do valor pelo Estado, valor este que o Estado entende ser justo. O

    juiz pode deferir ao proprietrio o levantamento de at 80% deste valor.Se a sentena for de valor superior, o pagamento ser feito da seguinte forma:deferimento do levantamento de 20% do valor em dinheiro e o restante em precatrio.A indenizao paga conforme o valor do bem (valor de mercado), tambm se pagamlucros cessantes e danos emergentes (o que deixou de ganhar e o que perdeu), correomonetria, juros compensatrios e moratrios, honorrios advocatcios e despesas

    processuais. Os honorrios incidiro sobre a diferena (o que se estabeleceu emsentena menos o que o Estado queria pagar).Os juros compensatrios servem para compensar a perda antecipada da posse (que se da

    com a imisso provisria).Os juros compensatrios, conforme a smula 618, STF de 12% aa.

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    Na desapropriao, direta ou indireta, a taxa dos juros compensatrios de 12% (doze por cento) ao ano.

    A Medida provisria 1577 que hoje a 2183, em 11.06.97, introduziu o art. 15A no DL3365/41, que traz os juros compensatrios de at 6%. Na ADI 2332, em 13.09.01, emsede de cautelar, o STF suspendeu o dispositivo 15A (6%), restabeleceu a regra de 12%.O STJ publicou a smula 408 no sentido de organizar o direito intertemporal quanto aaplicao dos juros. Ento as imisses na posse que ocorreram de 11.06.97 at 13.09.01,sero de 6%.

    Nas aes de desapropriao, os juros compensatrios incidentes apsa Medida Provisria n. 1.577, de 11/06/1997, devem ser fixados em6% ao ano at 13/09/2001 e, a partir de ento, em 12% ao ano, naforma da Smula n. 618 do Supremo Tribunal Federal.

    Juros compensatrios comeam a correr do momento em que o sujeito perde o bem evai at a expedio do precatrio (art 100, 12, CF).

    Os juros compensatrios incidiro sobre o valor arbitrado na sentena, subtrado o valorlevantado pela parte (ADI 2332) art. 15 A foi objeto de interpretao conforme. A parteno sofreu prejuzo quanto ao valor levantado.Juros moratrios vo incidir a partir do exerccio financeiro seguinte, daquele quedeveria ser pago o valor da indenizao, respeitado o art. 100, CF, esto previstos no art.15 B, so de 6% aa.At 01.07.11, paga-se o precatrio em 2012, juros incidem a partir de 2013Depois de 01.07.11, paga-se o precatrio em 2013. S tem incidncia de jurosmoratrios, a partir de 2014.Hoje, aps a criao do 15 A e 15 B, a smula 12, STJ esta superada. Pois da imisso

    provisria na posse, at a expedio do precatrio, incidem juros compensatrios. Juros

    moratrios sero pagos depois d perodo de pagamento do precatrio, ento incidem emmomentos diferentes. No havendo cumulao de tais juros.

    Em desapropriao, so cumulaveis juros compensatorios emoratorios.

    Art. 15-A No caso de imisso prvia na posse, na desapropriao pornecessidade ou utilidade pblica e interesse social, inclusive para finsde reforma agrria, havendo divergncia entre o preo ofertado em

    juzo e o valor do bem, fixado na sentena, expressos em termos reais,incidiro juros compensatrios de at seis por cento ao ano sobre ovalor da diferena eventualmente apurada, a contar da imisso na

    posse, vedado o clculo de juros compostos. (Includo pela MedidaProvisria n 2.183-56, de 2001) 1o Os juros compensatrios destinam-se, apenas, a compensar a

    perda de renda comprovadamente sofrida pelo proprietrio. (Includopela Medida Provisria n 2.183-56, de 2001) (Vide ADIN n2.332-2) 2o No sero devidos juros compensatrios quando o imvel possuirgraus de utilizao da terra e de eficincia na explorao iguais a zero.(Includo pela Medida Provisria n 2.183-56, de 2001) (VideADIN n 2.332-2) 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se tambm s aesordinrias de indenizao por apossamento administrativo oudesapropriao indireta, bem assim s aes que visem a indenizao

    por restries decorrentes de atos do Poder Pblico, em especialaqueles destinados proteo ambiental, incidindo os juros sobre o

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1
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    valor fixado na sentena. (Includo pela Medida Provisria n2.183-56, de 2001) 4o Nas aes referidas no 3o, no ser o Poder Pblico onerado

    por juros compensatrios relativos a perodo anterior aquisio dapropriedade ou posse titulada pelo autor da ao." (NR) (Includopela Medida Provisria n 2.183-56, de 2001) (Vide ADIN n

    2.332-2)

    Art. 15-B Nas aes a que se refere o art. 15-A, os juros moratriosdestinam-se a recompor a perda decorrente do atraso no efetivo

    pagamento da indenizao fixada na deciso final de mrito, esomente sero devidos razo de at seis por cento ao ano, a partir de1o de janeiro do exerccio seguinte quele em que o pagamentodeveria ser feito, nos termos do art. 100 da Constituio. (Includopela Medida Provisria n 2.183-56, de 2001)

    4.10 RetrocessoPode ocorrer quando o poder pblico no destina o imvel ao fim que justificou adesapropriao.A discusso se da natureza desse direito: real ou pessoal? H 03 correntes:

    1. Direito real: proprietrio tem direito de pedir o bem de volta, devolvida aindenizao.

    2. Direito pessoal: situao se resolve em perdas e danos. (art. 519, CC)3. Natureza mista: pede de volta ou perdas e danos.

    A jurisprudncia, especialmente o STJ, entende que a natureza da retrocesso real. Seno for dada a destinao prevista na desapropriao e nem for feita tredestinaao licita,

    o proprietrio pode pedir o bem de volta.O STJ tambm entende que se ainda que no foi dado destinao, se o bem esta afetadoa qualquer utilidade pblica, no ser devolvido, caso em que se resolve em perdas edanos (art. 35, DL 3365/41)

    Art. 35. Os bens expropriados, uma vez incorporados FazendaPblica, no podem ser objeto de reivindicao, ainda que fundada emnulidade do processo de desapropriao. Qualquer ao, julgada

    procedente, resolver-se- em perdas e danos.

    Direito administrativo

    30.08.11

    5 PROCESSO ADMINISTRATIVO5.1 Conceito

    Conjunto de atos que levar a um provimento final.O procedimento a forma de realizar o processo.

    5.2 Objetivos, finalidadesA administrao realiza processo administrativo para preparar a pratica do atoadministrativo. O processo condio de forma do ato. Tambm tem a finalidade de

    documentar a pratica do ato. O processo administrativo tem como finalidade adocumentao (conta a historia do que acontece na administrao pblica).

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://gemini.stf.gov.br/cgi-bin/nph-brs?d=ADIN&s1=2332&u=http://www.stf.gov.br/Processos/adi/default.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=ADINN&p=1&r=1&f=G&n=&l=20http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2183-56.htm#art1
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    Tambm legitima, justifica a pratica dos atos. O processo mecanismo defundamentao e legitimao da conduta (demonstra os elementos que justificam o ato).Ex: processo de justificao que representa a dispensa de licitao, justificando aemergncia.O processo administrativo tambm mecanismo de defesa por meio do conhecimento

    dos atos a serem observados.Tambm pode ser utilizado como mecanismo de controle, de fiscalizao, por sergarantidor de transparncia.O processo administrativo deve seguir o modelo constitucional, observando todos os

    princpios constitucionais, para que atenda todas as finalidades.

    5.3 Princpios5.3.1 Devido processo legal

    Previso legal: art. 5, LIV, CF. considerado por muitos autores como superprincipio, norteando os demais princpios,

    sendo os demais desdobramentos deste.O processo deve atender as regras previstas na lei, o processo deve ser conforme a

    previso legal, cumprindo o modelo previsto no ordenamento.O devido processo um processo que observa a participao e igualdade. O modelo de

    processo assegura a relao participativa e igualitria.O devido processo legal afasta a arbitrariedade.Muitos entes pblicos no tem lei de processo, valendo-se dos princpios constitucionais

    para regular o processo.Se o processo arbitrrio, a sada a sua anulao.

    5.3.2 Contraditrio e ampla defesaArt. 5, LV, CFRepresenta o conhecimento, a cincia do processo. Em um estado democrtico dedireito no se imagina um processo e condenao sem o conhecimento do processo esem participao neste.O contraditrio forma a bilateralidade do processo.Estabelecido o contraditrio, a parte ter oportunidade de defesa.Concede-se prazo para defesa, o que no representa sua efetividade. No significa que a

    parte ir se defender.

    Exigncias

    Para que a parte tenha direito a efetiva ampla defesa, a defesa deve ser previa, a defesadeve ocorrer antes do julgamento, antes da formao do convencimento do julgador. Adefesa deve ter chance de interferir no convencimento do julgador.Para que a defesa seja completa, a parte deve conhecer as sanes e o procedimento,

    para melhor utilizar as estratgias. Isto para evitar surpresas.Tambm se exige o acesso ao processo, acesso s informaes do processo. Em

    processo administrativo h direito cpia, desde que o interessado arque com asdespesas. A administrao deve viabilizar as copias. Acompanha-se o interessado atuma casa especializada ou coloca-se uma maquina na administrao. Fazer carga do

    processo no possvel. A carga vedada, pois o processo administrativo no pode sairda repartio pblica. Para viabilizar a produo de provas.

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    A parte tem direito produo de provas. permitida todas as provas permitidas emdireito, sendo vedada a utilizao de provas ilcitas. A prova ilcita no podefundamentar uma deciso, mas pode ensejar uma investigao.A produo de prova, no processo administrativo, serve para cumprir tabela, paracumprir formalidade.

    A prova deve ser produzida e avaliada, participando do convencimento do julgador.Deve ser mencionada pelo julgador no seu julgamento.A presena do advogado, no processo administrativo, facultativa. Smula 343, STJ esmula vinculante 5, STF.A administrao deve viabilizar a presena do advogado.A smula 343, STJ diz que o advogado deve estar presente em todas as fases do

    processo administrativo disciplinar. Baseada na ideia de que o advogado contribui parao desenvolvimento do processo administrativo.A matria foi levada ao STF e culminou na edio da SV 5, em que o STF conclui que oadvogado tem presena facultativa e a falta de defesa tcnica no viola a constituio.

    A ampla defesa aumentada com o direito ao recurso. Ainda que no exista recursotpico, ele vai acontecer, o que torna absurda a regra que probe o recurso, poisindepende de regra especfica, o recurso independe de previso especfica. A parte,inclusive, tem direito de petio.A deciso deve ser motivada para viabilizar o recurso e o direito de defesa.O espelho de prova viabiliza o direito de defesa e faz parte da justificativa da nota docandidato que pretende recorrer.Deve-se dar acesso a prova corrigida, no bastando dar vista no balco, isto inviabiliza odireito de defesa.O direito de recurso pode estar atrelado capacidade financeira do interessado, adeposito prvio? Smula vinculante 21. inconstitucional a exigncia de deposito

    prvio para admissibilidade de recurso administrativo.

    Smula vinculante 3: tem que ter contraditrio e ampla defesa nos processos do TCUquando puder resultar anulao ou revogao de ato que beneficie o acusado. Ocontraditrio e ampla defesa no acontecero perante o tribunal de contas, mas perante aadministrao, pois o TC somente valida o ato da administrao.Isto porque a concesso de aposentadoria ato complexo, bem como o ato de reforma.O ato somente se aperfeioa com as duas manifestaes de vontade, da administrao edo tribunal de contas.Mas, se o TC demorar mais que 5 anos para validar o ato, para fazer o controle de

    legalidade, dever dar contraditrio e ampla defesa, para no gerar instabilidade.5.3.3 Verdade real ou material

    O que se necessita e de verossimilhana, a maior aproximao da verdade possvel.Trazida por HLM, mas no de aplicao certeira. Pois a verdade real utopia.

    5.3.4 CeleridadeO processo deve ter durao em prazo razovel. (art. 5, LXXVIII, CF EC 45). Aocontrario do que acontece na via judicial, o processo administrativo, na sua maioria, tem

    prazo de durao determinado. Ex: PAD deve durar, no mximo, 60 dias, prorrogvel

    por mais 60.Em alguns processos, estes prazos so determinados e se no for cumprido, preclui.

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    Oficialidade

    Impulso oficial: independentemente de requerimento das partes, o processo tramita.Para o PAD, a celeridade regida, como regra, pelo informalismo em favor doadministrado e no do administrador.

    5.4 Lei 9784/99 a lei geral de processo administrativo.Esta lei tem aplicao subsidiria. Art. 69lei aplicvel no silencio da lei especifica.

    Art. 69. Os processos administrativos especficos continuaro a reger-se por lei prpria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os

    preceitos desta Lei.

    O processo administrativo pblico, deve cumprir a publicidade, salvo as hiptesesprevistas em lei.A contagem de prazos se d da mesma forma que se d na via judicial. (no conta o diado comeo e conta-se o dia do final, sendo que no comeam ou terminam em dia notil).Dia til para o direito administrativo o dia em que a repartio esta funcionando.

    No silencio da norma, o prazo de 05 dias.Os atos no processo no de