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Adoração & Família

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Quando a família caminha em adoração, aprenderá que, adoração é um relacionamento aberto com Deus. A edificação da adoração na família é muito mais do que um culto doméstico. Nós gostamos de espontaneidade, o brasileiro é assim, não conseguimos ser metódicos com cerimônias e rituais sem cair na rotina tediosa e por fim nos sentir frustrados. Aceite o desafio de viver em plenitude de adoração com sua família e tome a decisão; “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js.24:15).

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Ricardo M. Corrêa

Adoração e Família

Como construir o hábito da adoração na família

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Ricardo M. Corrêa

São Paulo, 2014

Adoração e Família

Como construir o hábito da adoração na família

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2014ImPreSSo no BraSIlPrInted In BrazIl

dIreItoS cedIdoS Para eSta edIção àedItora ÁGaPe

cea – centro emPreSarIal araGuaIa IIalameda araguaia, 2190 - 11o andar

Bloco a – conjunto 1112ceP 06455-000 - alphaville Industrial - SP

tel. (11) 3677-7107 – Fax (11) 3699-7323www.agape.com.br

copyright © 2014 by ricardo m. corrêa

coordenação editorial letícia teófilo

diagramação claudio tito Braghini Junior

capa monalisa morato

Preparação Patrícia murari

revisão Fabrícia romaniv

rinaldo milesi

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (Decreto Legislativo no 54, de 1995)

Corrêa, Ricardo Marcos Adoração e família : como construir o hábito da adoração na família / Ricardo Marcos Corrêa. -- São Paulo : Ágape, 2014. 1. Família - Vida religiosa I. Título. 14-09275 CDD-248.4

1. Família : Prática religiosa : Cristianismo 248.4

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

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2014ImPreSSo no BraSIlPrInted In BrazIl

dIreItoS cedIdoS Para eSta edIção àedItora ÁGaPe

cea – centro emPreSarIal araGuaIa IIalameda araguaia, 2190 - 11o andar

Bloco a – conjunto 1112ceP 06455-000 - alphaville Industrial - SP

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Sumário

Prefácio .......................................................................9

Apresentação ............................................................15

Capítulo 1 - Visão de adoração ................................21

Capítulo 2 - Visão de família ....................................31

Capítulo 3 - Transformação da mente familiar ........42

Capítulo 4 - A cura para a religiosidade ...................54

Capítulo 5 - Quem rouba a adoração

da família? ................................................................66

Capítulo 6 - Faça o que eu faço! ..............................77

Capítulo 7 - Primeiro “Ser” depois “Fazer” ..............89

Capítulo 8 - A adoração cura as mágoas familiares ....100

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Capítulo 9 - Adoração corrige os valores

familiares ................................................................111

Capítulo 10 - Adorando de coração .......................122

Capítulo 11 - A nossa casa é o altar de Deus .........133

Capítulo 12 - A quem é destinada a adoração

da família? ..............................................................144

Capítulo 13 - O poder e a influência da esposa

na adoração no lar ..................................................155

Capítulo 14 - O poder e a influência dos filhos

na adoração no lar ..................................................168

Capítulo 15 - O poder e a influência do marido

na adoração no lar ..................................................179

Capítulo 16 - Vencendo as barreiras que te

impedem de adorar em família ...............................191

Capítulo 17 - Estabeleça intimidade na

adoração em família ...............................................202

Capítulo 18 - Adoração, temperamentos e família......213

Capítulo 19 - Antes de tudo, crescer em adoração .....225

Capítulo 20 - Benefícios da adoração em família ....236

Capítulo 21 - Diretrizes para a adoração

em família ...............................................................244

Referências Bibliográficas Gerais ...........................253

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Dedico

À minha preciosa família. Ela é, sem sombra de dúvidas, o melhor desta vida.

À esposa maravilhosa e amada, Dayse, que é tam-bém meu amor, força, inspiração e equilíbrio.

Aos meus filhos e tesouros, Arthur e Ruth, que são minha alegria, realização e motivação. Nada seria possível sem que eles me mostrassem e me ensinassem a forma como o Pai de todas as famílias cuida de mim.

Agradeço a Deus por tudo o que ricamente recebi.As famílias que farão parte desta onda histórica

de adoradores verdadeiros e que influenciarão outras a se renderem àquele que é a razão de tudo, Jesus Cristo.

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Prefácio

Não dá pra escrever nem mesmo desenhar. São muitos abraços, muitas risadas, muitas lágrimas, mui-tas verdades, muitos beijos que constituem nosso re-lacionamento familiar. A palavra ‘família’ pode ser fa-cilmente traduzida por ‘louvor’. A família não é só um projeto de Deus, disso todos sabem. A família é um lou-vor que ecoa no coração de Papai e, cá entre nós, esta é a música que Ele mais gosta de ouvir. E toda vez que Papai saca o violão, senta no sofá e começa a dedilhá--lo, o som é claro: FAMÍLIA!

As reuniões (refeições) só começam quando todos estão posicionados em suas cadeiras. Os assuntos mais variados e engraçados partem de pequenas perguntas como: “Como foi o seu dia?”, “Como foi na escola?”,

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“Quer ajuda naquela matéria da escola?” ou, ainda, “Que tal um rolê neste final de semana?”.

Se família é um louvor, minha casa é um violão e eu sou uma das cordas. Houve dias em que eu fui a corda que arrebentou e machucou a mão do Músico, e as outras cordas não puderam continuar sem mim. Eu já fiz a música ficar tenebrosa, tensa, melancólica. Os ouvidos do músico ouviram a música fúnebre que eu já fiz minha casa tocar. O louvor cessou depois disso, mas após alguns ajustes a música prosseguiu.

Jamais conseguiria sozinho, o Músico me ajudou muito, e as outras cordas foram essenciais. Eu tive exce-lentes padrões de cordas: firmes, boas, flexíveis e que vi-bravam conforme a vontade do Músico. Cada corda, até a menor e mais nova do que eu, colaborou. E conforme eu sofria os ajustes, as outras cordas, por si só, sussurra-vam pequenas vibrações carregadas de amor, e isso fez toda a diferença. Que coisa boa é ter amigos “família” para irem conosco ao longe da estrada! Já tivemos dias em que a música era tão boa, harmoniosa e contagiante que alcançou os amigos, a vizinhança, a cidade. E ecoou nos céus, arrancando um grande sorriso de satisfação da boca de Papai. Conectou os céus e a terra!

Aprendi com minha família que bom humor é um poder! Confesso, este é um poder que adquiri com o passar do tempo. E olhando por este ângulo, minha casa é colossal e poderosíssima! Sou grato a Deus por ter uma família como a minha. Escrevo isso com lágri-

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mas engatilhadas nos cantos de meus olhos. O dom de sonhar escorre das paredes da minha casa. É sonho pra dar e vender, e existem aqueles trancados a sete cha-ves, ou mais, perdi as contas... Sonhar com uma grande casa, com carro na garagem, piscina grande, um estúdio para o músico da casa, uma biblioteca para as crianças, um escritório para mamãe e uma churrasqueira para a galera não é errado. Mas eu sei que riqueza nenhu-ma substituirá o tesouro que nós temos. O tesouro de termos uns aos outros! Como é bom ter ao meu lado corações que se ajustam ao meu!

Salomão teve um enorme, lindo e rico palácio. No final de sua vida, chegou à conclusão de que tudo é ilusão, vaidade e aflição de espírito. Por que será? Talvez porque tudo o que ele precisava era de uma família, e não de mil mulheres. Ou seja, o maior dos tesouros nós já possuímos: a família e o Reino. O resto nos será acrescentado!

Mais uma vez escrevo. Sou grato a Deus por sua infinita misericórdia e inexplicável amor! Obrigado Se-nhor Jesus por esse presente especial que Você me deu! Eu amo a minha família, demais! A família não é resul-tado de nossos esforços, é dom de Deus! (Efésios 2.1-9) E como disse meu Amigo Jesus: “Conhecemos a árvore pelos frutos que ela dá” (Lucas 6.43-45). Pois bem, eis aqui em suas mãos um dos frutos de nossa família. Es-teja aberto e receptivo para deixar Deus tirar o som e a harmonia que há em você. Deixe-se ser tocado!

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Arthur Barbosa Corrêa

(Filho do autor -17 anos)

Tem uma história que o meu pai me contou que nunca mais esqueci. Aconteceu quando ele era peque-no, com cerca de seis anos. Ele foi brincar com seus irmãos de esconde-esconde lá no quartos dos fundos da casa dele. Nesse quarto tinha uma mesa velha de ponta-cabeça; entre as quatro pernas da mesa tinha um prego enferrujado com a ponta para cima. No meio da brincadeira ele rasgou o pé no prego e foi uma confu-são daquelas. Mas essa história é muito parecida com muitas outras que ouvimos dos pais de outras crian-ças... Elas marcam a gente. Eu tenho uma especial para contar! É sobre a forma que o meu pai me influenciou na vida espiritual. Quando pequena, meu pai sempre orava antes de dormir e também lia a minha Bíblia. Isso era todos os dias. Ele contava histórias engraçadas e di-vertidas me ensinando sobre a Bíblia. Entre tantas coi-sas que ele falava sobre adoração e família tem esta. É uma frase que está marcada que ele sempre diz quando quer me ensinar sobre a fidelidade de Deus em nossas vidas. É a seguinte: “Filha! Jesus alguma vez já te dei-xou na mão?”. Esta frase o meu pai sempre diz para mim quando eu fico muito ansiosa, com medo de não conseguir algo que eu quero. E isso me acalma, porque Jesus nunca me deixou na mão. De verdade! É desse jeito, com essa simplicidade, e com essa “FÉ” que meu

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pai me ajuda a ter uma vida de adoração em casa e em outros lugares também. Tenho várias outras histórias sobre a vida de adoração em família, mas esse livro é dele, e não meu. Assim, vou deixar que ele te ajude, igualzinho como ele faz aqui em casa com a gente.

Ruth Barbosa Corrêa

(Filha do autor - 13 anos)

A princípio eu imaginava que adoração em famí-lia era limitada em estarmos ao redor da mesa ou na sala e cantar alguns cânticos, ler um trecho da Palavra de Deus e fazer uma ‘breve’ oração. Graças a Deus, com o passar dos tempos, Ele foi mostrando que é mui-to além disso, e Ele usou muito a vida do meu marido, um adorador em excelência, para me ensinar a verda-deira adoração em família.

Aprendi que além da oração, dos cânticos e da Palavra, havia outras formas de adoração em família. Fui aprendendo que dar o meu melhor tempo para a minha família é adoração, porque Deus tem a família como um projeto Dele que não pode fracassar. Então, quando invisto tempo, amor, dedicação e o melhor que eu tenho para a minha família, estou investindo no projeto de Deus, e esse é um investimento que gera muitos lucros e benefícios e que ladrão nenhum pode roubar, pois todos os sentimentos e formas de amor

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inseridos nessa relação de adoração jamais serão es-quecidos e vão prosperar na família que meus filhos vão construir.

O adorador da minha casa nos ensinou que um simples passeio em família, sentar juntos nas refeições, compartilhar o dia, seja ele como for, agir com sinceri-dade quando há algum problema, a alegria e o bom hu-mor devem ser constantes, porque não vivemos pelas circunstâncias, mas daquilo que Deus nos prometeu, são princípios fundamentais para a adoração em família.

E assim temos vivido em nosso lar, um pedacinho do céu, como adoradores que amam a Deus e procu-ram agradá-lo a todo instante.

Espero que este livro possa acrescentar na sua vida, na sua família como aprimorar a sua adoração.

Dayse B. Corrêa

(Esposa do autor)

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Apresentação

A adoração em família tem sido muito ausente por causa das atividades sugeridas e, infelizmente, acaba sendo trocada por outros momentos importan-tes. Ou, às vezes, por negligência, e outras por desco-nhecimento. Entretanto, em minha opinião, é muito mais provável que as pessoas desistam de praticar a adoração em família por causa do modelo recomen-dado, que consiste basicamente em uma roda de pes-soas seguindo um cronograma. Hoje, as famílias têm pouco tempo para que seus membros possam se re-unir, e quando se reúnem, é para seguir um ritual. Isso desmotiva! No começo pode ser novidade, po-rém logo se torna monótono e, depois, um encontro casual e então é interrompido. Esses rituais não têm a ver com nossa identidade. Seremos melhores e verda-

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deiros se fizermos algo de acordo com a nossa iden-tidade. Quando colocamos a adoração num molde, qualquer que seja ele, ela desvanece. Nós gostamos de espontaneidade. O brasileiro é assim. Não conse-guimos ser metódicos com rituais sem cair na roti-na tediosa. Podemos seguir padrões com facilidade se eles oferecerem descoberta, sentido e desenvolvi-mento. Contudo, para construir um hábito, é preciso seguir protocolos, os quais têm de ser desenvolvidos de acordo com nossa brasilidade; se não, fracassare-mos. Quantas famílias iniciam a adoração familiar, e por tentar seguir o molde da instituição interrompem e se sentem frustrados e derrotados em uma ativida-de tão simples. Outro método muito falho é fazer os maridos se sentirem culpados por não fazerem a ado-ração em família na tentativa de corrigir o pecado da negligência com a mesma. A missão de transformar o pensamento e capacitar para a mudança o comporta-mento é do Espírito Santo.

Adoração em família não é apenas se reunir para orar, ler a Bíblia e cantar hinos! Se você fizer somen-te isso, muito dificilmente conseguirá transformá-la numa experiência renovadora. Penso que, em cada cem famílias, apenas uma conseguirá se reunir cons-tantemente para orar, ler a Bíblia e cantar hinos juntos em casa. Reunir-se apenas para dizer: “Nos reunimos rapidamente para adorarmos juntos, pelo menos uma vez por semana!”, não acho que isso seja adoração.

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Se reunir apenas para não ser censurado, culpado ou negligente? Definitivamente, essa atitude não é o con-ceito de adoração em família que Deus espera que sua família viva. A adoração deve ser muito além de um estilo de vida! Ela deve ser uma experiência constan-te e crescente de relacionamento com Deus. Não tem limites! Se eu estacionar, há algo de errado, pois Deus tem uma dinâmica que envolve crescimento e aper-feiçoamento. É lógico que muitas vezes Deus usa a rotina para corrigir hábitos errados, mas se essa roti-na não imprimir uma nova visão, logo se instalará o tédio e a frustração. Você pode se reunir com a família para adorar através da oração, da leitura da Bíblia e do canto de hinos. Mas não é somente isso. É muito mais! Há atividade constante, desafios, descobertas, intimidade, relacionamento, revelação e muito, mas muito movimento! A edificação da adoração no lar não é uma reunião parecida com a que fazemos na igreja, mas a soma do comportamento de todos os componentes da família. Os filhos que não se inte-ressam por este momento com a família estão aman-do outras coisas e não sua família. Não importa se é criança, adolescente ou jovem. Em qualquer idade o filho sabe que “amar” é dar importância. Todos os membros da família, quando são crentes, devem ser motivados e não obrigados. Se há a necessidade da obrigatoriedade, não é adoração. Não se pode obrigar alguém a adorar a Deus. Os filhos deverão ser condu-

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zidos e motivados, jamais obrigados ou comprados com presentes. Quando a família caminha em ado-ração, aprende nesta caminhada que adoração é um relacionamento com Deus e aproveita todas as opor-tunidades para exercitar e crescer na vida espiritual. Nada disso é feito com cerimônias, ritos ou mecani-camente. Tudo é feito mediante o compromisso de viver uma vida de adoração em família, não baseado em repetições automáticas sem compreensão e irre-fletidas. Para alcançar êxito na adoração no seu lar será preciso abandonar o conceito de que adoração em família se resume apenas em uma reunião de ora-ção, leitura e cânticos com os membros da família. As pessoas que se sentem realizadas apenas em reunir alguns momentos e julgam que isso é o modelo corre-to, podem continuar sem mudar o que vêm fazendo. A Bíblia diz que cada um deve servir a Deus como propôs (Romanos 15. 1 - Coríntios 3.13, 4.2, 7.17).

Muitas famílias já vivem a adoração familiar pro-posta neste livro e são felizes. Outras famílias também estão desfrutando do crescimento e intimidade por vi-ver uma adoração ampla, além da reunião curta prega-da como culto doméstico. Porém, às vezes, sentem-se culpadas por não estarem dentro do molde do “culto doméstico” piedoso e tradicional. Não há nada de er-rado com a tradição, ela foi o começo. Agora Deus quer te levar para outros níveis de intimidade dentro da sua família de acordo com a sua identidade. Essa adora-

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ção será constante e crescente, e disso eu tenho certeza. Este livro é recheado de exemplos e de experiências, tenho confiança de que vai ser uma bênção na tua vida e em tua família.

Autor.

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Capítulo 1 Visão de adoração

É corriqueira a ideia de que adoração é cantar, to-car ou dizer frases de elogios a Deus. Isso é parte da adoração e não resume definitivamente tudo sobre ela. Não creio que seja possível falar tudo sobre adoração em um livro ou dezenas de livros. Ela, a adoração, é revelada em partes durante os anos. Embora a Bíblia ensine claramente sobre este assunto, ele não se esgo-ta em uma leitura superficial da palavra de Deus. Em uma leitura comum da Bíblia, percebemos os conceitos fundamentais para o início da adoração, mas não o fim dela. Não há fim, pois ela é parte de Deus. A adoração revela a pessoa de Deus e por isso não tem um fim. Na adoração conhecemos mais de Jesus, que é a imagem

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de Deus, o elogiamos por seu amor, o amamos por nos amar e manifestamos emoções e pensamentos relacio-nados a isso. A Bíblia nos fala muito sobre adoração, mas não tudo. O essencial, mas não o superficial. A parte que falta é completada quando nos conectamos com o autor da Bíblia, o Espírito Santo. A Bíblia con-tém palavras que podem ser sem sentido caso não dis-cernidas espiritualmente. Por isso eu digo que não se pode saber tudo sobre adoração apenas lendo a Bíblia. É preciso mais do que ler; é preciso nascer de novo ver-dadeiramente e se render ao governo de Jesus. Só então começamos a jornada no caminho da adoração.

A ênfase sobre adoração nos dias de hoje é muito bem divulgada; entretanto, os ruídos na comunicação se misturam vez ou outra e distorcem os princípios. A religiosidade é uma arma do diabo para distorcer o verdadeiro conceito sobre adoração.

Quando alguém ensina sobre adoração, geral-mente fala sobre o que aprendeu de alguém ou com al-guém. Ela transmite parte do seu aprendizado de uma informação teórica. Infelizmente, são poucos os que ensinam sobre adoração usando experiências pessoais de conhecimento e relacionamento com Deus. As men-sagens sobre adoração devem usar a Bíblia como base, mas isso não é tudo. A comunicação sobre as verdades espirituais relacionadas à adoração deve, por obriga-ção, conter a experiência pessoal do comunicador so-bre o que aquela palavra que ele está transmitindo lhe

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proporcionou na sua aplicação diária e pessoal, com-plementando com as mensagens da Bíblia. É isso que Jesus espera de nós; que ao lermos sobre Ele em Sua palavra desejemos também viver pessoalmente as ver-dades narradas no texto bíblico. Isso se chama relacio-namento, adoração é relacionamento.

Esqueça que adoração somente é cantar, tocar ou dizer frases de elogio. Adoração familiar não é se re-unir para cantar, tocar, ler a palavra e falar frases de elogio e orar. Se uma família iniciar este tipo de ativi-dade, logo perderá o interesse e a frequência, pois esse modelo de adoração cairá na intermitência e depois no esquecimento. Algumas famílias conseguem por um grande período se reunir em casa para um mo-mento de oração, cânticos e leitura. Entretanto, com o tempo, isso se perde. E os integrantes da família se sentem fracassados nesta missão. O diabo tem feito com que as famílias se sintam frustradas e não conti-nuem a adoração familiar com constância e frequên-cia. A acusação que satanás arremessa nelas faz com que elas se sintam desanimadas e envergonhadas, e a não querer voltar para não fracassar novamente. A visão sobre adoração deve ser bíblica, isso é óbvio! Contudo, a diferença é observar como Deus trata des-ta palavra durante toda a Bíblia e não somente o que a palavra adoração significa. O estudo da palavra traz uma parte do conceito sobre adoração, mas não tudo. É preciso integrar como Deus vê esta atitude de ado-

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rar ao que as histórias bíblicas narram. Não podemos apenas ler o tabernáculo de Davi, ou os textos sobre adoração, fragmentos da adoração no céu, ou conteú-do dos evangelhos, e dizer algo sobre adoração. É pre-ciso entender o que Deus pensa sobre adoração, pelo menos o que Deus nos permite entender hoje. Como afirmei anteriormente, a revelação sobre adoração é gradualmente manifestada conforme nosso desenvol-vimento no relacionamento com Deus e também no avanço da história.

Observe como em cada geração a adoração tem uma evolução. Essa evolução é a dinâmica do Espí-rito de Deus. Alguns grupos se sentem mais seguros quando adoram a Deus como os israelitas faziam, com elementos judaicos, chofar etc. Outros, adoram copian-do os pais da igreja, com elementos de erudição, for-malidades, instrumentos musicais etc. E alguns vão se moldando às novidades. O correto seria que nenhum deles falasse que a adoração do outro é diluída, fraca ou quadrada. Cada um tem o seu modo de se sentir seguro e que sua adoração está agradando a Deus. Nos textos bíblicos, vemos inúmeras orientações sobre os exageros ou a apatia na adoração. Infelizmente, os três grupos que abordei, e outros também, erram em algum ponto. Ou seja, essa adoração não é perfeita. Todos os grupos tropeçam em algum ponto e acabam ignoran-do, algumas vezes intencionalmente, outras descuida-damente, a orientação bíblica sobre adoração. Sejam os

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tradicionais, os pentecostais, todos, ninguém escapa. E eu me incluo nisso. Nossa adoração somente se torna perfeita quando Jesus a purifica. E Deus recebe nossa adoração modificada por Jesus. Ele perdoa nossos pe-cados e põe o selo do seu sangue na adoração que ofe-recemos a Deus. Não é toda adoração que oferecemos que Deus recebe. Às vezes, nossa motivação pessoal de adorar ou pecado não confessado impede de nos rela-cionarmos com Deus através da adoração.

A dinâmica dos propósitos de Deus

A evolução não fica somente por conta do desen-volvimento da música, da língua, da escrita, da socie-dade e da tecnologia. Tudo isso conta, mas não é o mo-tivo principal. A razão primeira é pela forma que Deus afirmou em sua palavra que iria fazer através da histó-ria. E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derra-marei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vos-sas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos (Atos 2.17). O derramamento do Espírito Santo será mais forte a cada dia que se aproxima do fim. Enquanto os dias terminam em fade out o Espírito Santo é derramando em fade in, isto é, o mundo e seu sistema carnal se aproximam dos dias finais, enquanto isso o povo de Deus é provido de porção maior do Espírito Santo. Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça (Romanos 5.20). E não para por aí. Existem manifestações de Deus que

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ninguém nunca experimentou, e se engana aquele que pense que ser religioso receberá ou presenciará isso. Porém, como dizem as Escrituras Sagradas: O que ninguém nunca viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso o que Deus preparou para aqueles que o amam (1 Coríntios 2.9 NTLH). Ainda não sabe-mos nada de Deus, isso é um fato, enquanto pensamos ter conhecido algo Dele, o Espírito Santo revela algo novo que nos deixa constrangidos por ter pensado que sabíamos algo sobre Deus. Em Isaías 55.8 está escrito Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos; na adoração não é diferente, porque ela está ligada a pessoa de Deus, não somente ligada, mas relacionada. Mesmo quando estamos na superfície deste assunto, a adoração, ou mergulhados nele, não devemos concluir que descobrimos tudo. Ao concluirmos algo fechamos a possibilidade de aprendermos mais. Uma canção mi-nha diz: “Supere as minha limitações, Espírito Santo, quebre o jugo do meu coração”. Minha limitação me impede de aprender, de descobrir e de avançar, e, prin-cipalmente, de corresponder à adoração que Deus es-pera. Como eu disse, adoração é relacionamento. Deus tem um outro conceito sobre adoração, outro pensa-mento, e este é muito mais alto que o meu ou o seu. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos ca-minhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos (Isaías 55.9)

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Adorar também pode ser considerado “anunciar a grandeza de Deus”, isso pode ser feito de infinitas formas, modos e princípios. Não se assuste, mas se você quer crescer na “Adoração em Família”, abra sua mente. Não é fácil “abrir a mente”. Quando se tem con-ceitos errados arraigados, esta tarefa pode ser extrema-mente difícil, tão difícil que muitos não conseguem e desistem, outros se convencem que é assim mesmo e se enganam de que já deixaram o pensamento errado; en-tretanto, as atitudes permanecem as mesmas do antigo modo errado de pensar. Jesus promete uma verdadeira metanoia, que é a transformação do modo de pensar, se você a quiser. Uma autêntica mudança de mente ad-vém quando desistimos de nossas manias. Deixar ma-nias não é fácil e vamos tratar delas mais tarde. Vamos seguir com a metanoia, que é uma transformação do nosso modo de pensar. Isso pode acontecer de uma for-ma prática. Não precisa espiritualizar a adoração para ter uma vida autêntica de adoração; aliás, uma grande parte de nossa adoração é praticada no mundo físico e não no espiritual. Por exemplo: adoração verdadeira é derivada de atitudes verdadeiras, as quais se mani-festam no mundo físico e não no transcendente. Você já ouviu sobre sinapses cerebrais? Não sou perito, mas aprendemos isso na escola. É um ponto de ligação en-tre duas células no cérebro, sendo útil para que a infor-mação seja transmitida. Ou seja, se você repete várias vezes um determinado pensamento, você melhora este

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caminho. Não é convencimento ou confissão positiva, mas repetição de um pensamento correto e depois a repetição de uma atitude correta. Pensar corretamen-te até que este caminho seja percorrido normalmente. Sempre haverá o esforço, ainda mais para as coisas de Deus. Você também encontrará a “resistência”, o “ar-gumento” e a “dúvida” ou o “desânimo”.

A visão correta sobre adoração não é o que você geralmente ouve por aí. Não é o mesmo que dezenas de líderes de igrejas afirmam sobre a visão de suas pró-prias igrejas. Você mesmo deve já ter dito isso: “A visão da nossa igreja é pentecostal, ou tradicional, ou, então, emergente!”. Visão nada tem a ver com tipo de minis-tério, isso é desinformação. Visão não é o modo como você interpreta os evangelhos ou como vocês devem dirigir a igreja ou ministério. Não é errado dizer que a visão do ministério é essa ou aquela, desde que você saiba o que é “visão”. O modo correto de entender e de transmitir deve ser baseado na compreensão da mis-são pessoal ou geral. Visão é, então, uma imagem clara do que você pode ser e fazer para Deus. Melhorou sua compreensão do que significa visão? Agora podemos dizer algo sobre visão de adoração. A minha visão de adoração pode ser “viver para Deus todos os dias da minha vida”.

Viver para Deus não significa abdicar de uma vida cristã normal. Para agradar a Deus não precisamos ser todos mártires. Existem pessoas com chamados especí-

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ficos; umas vivem em adoração com uma vida comum e outras agradam ao Senhor com algo extremo. Deus não quer que você aposente sua vida cristã por falta de força de continuar em constante adoração. O Senhor prefere que você tenha uma vida crescente e constante do que uma vida cheia de altos e baixos. Comum ou extremo, ambos agradam a Deus igualmente, cada um no seu chamado específico. A visão de adoração pode ser também entendida como uma declaração de propó-sitos que deve conter a razão da existência e objetivo. As empresas modernas, hoje, têm em seus sites a de-claração de seus propósitos, conhecido como portfólio. Elas possuem uma lista do trabalho, apresentando a construção dos sentidos e objetivos. O portfólio explica o que estão fazendo e o que querem realizar e aonde querem chegar.

As igrejas estão elaborando melhor os portfólios da instituição, do ministério, da ONG, dos projetos no geral; isso ajuda a dar clareza a tudo o que se pretende realizar. Algumas declarações de propósitos se limitam ao futuro, do tipo: queremos ser uma igreja que ama os perdidos, que acolhe as famílias etc. Não limite sua adoração a isso, o futuro é agora. Amanhã não sabemos o que acontecerá se não praticarmos hoje a adoração. Apesar de o futu-ro estar intacto, ele não existe, por uma simples questão, não sabemos se estaremos nele (Tg 4.13-15.)

A visão de adoração não deve ser entendida ape-nas como é massivamente conhecida; cantar, tocar,

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dançar, dizer frases de adoração, orar, ajoelhar, chorar, sentir a presença de Deus, ouvir um louvor, participar do louvor congregacional. Essa visão limita, adoece e apaga a adoração na vida de quem só pratica este modelo. Por isso que muitas famílias que iniciam este modelo de adoração não permanecem praticando-o constantemente. É apenas uma parte da adoração, uma maravilhosa parte, mas ainda tem mais. Existem coi-sas que não consideramos adoração, e elas são na sua essência. Somente conseguiremos enxergá-las como parte do que Deus considera adoração se alcançarmos uma transformação do nosso modo de pensar. O que é visão de adoração para você agora? É muito além do que você conhece e prática, e que pode aprender e co-nhecer muito mais. Transmita isso para sua família.

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