Upload
adriana-alves
View
216
Download
2
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Piscinões, o uso da Infraestrutura Verde como ferramenta para mudança na paisagem hidrológica. Caso: Piscinão Pirajuçara (Cedrolândia)
Citation preview
Piscinões, o uso da Infraestrutura Verde como ferramenta para mudança na paisagem hidrológica.
Caso: Piscinão Pirajuçara (Cedrolândia)
Estudio de Infraestrutura VerdeFculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAUUSPProf. Dr. Paulo PellegrinoAutor do estudo: Adriana T. S. Alves
Resumo_
Neste estudo serão abordados os problemas de convívio
com os recursos hídricos na cidade e, a busca por novas
alternativas de projeto que possam ir além de uma
solução somente técnica, mas também de transformação da
paisagem urbana. Para isso serão trabalhadas ferramentas
da Infraestrutura Verde e Hídrica, como forma de inte-
gração, proteção e revitalização da hidrologia urbana,
dos ecossistemas e da paisagem ambiental.
Ilustração da Embya Studio, Rio de Janeiro
Introdução_
A cidade de São Paulo vive um momento contraditório com
relação à sua hidrografia, vivemos a falta e o excesso de
água ao mesmo tempo. Enfrentamos um dos piores momentos de
escassez de abastecimento de água nos reservatórios, e em
contrapartida presenciamos graves alagamentos em várias
regiões, um acúmulo de água de chuva que poderia ter uma
outra utilização, mas que por fim acaba sendo desperdiçada
e escoa para se misturar com as águas contaminadas de muitos
córregos e rios da cidade.
O exercício que propomos aqui tem o propósito de criar e
modificar a paisagem urbana de modo a mimetizar as funções
hidrológicas e ecológicas dos ambientes naturais, formando
uma rede de espaços interconectados e que possam atender de
uma só maneira todos os contrapontos urbanos.
E com o intuito de analisar e propor de alternativas de mel-
horia, utilizamos a Bacia do Pirajuçara como estudo de caso,
mais especificamente a região onde localiza-se um dos seus
principais “piscinões” ou mais precisamente Bacia de De-
tenção, o Piscinão Cedrolândia, também conhecido como Pira-
juçara.
Fonte: TV Globo
Para entender melhor o que acontece em casos
pontuais como o Piscinão, é preciso compreender
também a bacia hidrológica como um todo.
A Bacia do Pirajuçara está localizada na grande
Bacia do Alto Tietê e tem como rio principal o
Rio Pirajuçara. Abrange os municípios de São
Paulo, Taboão da Serra e Embu.
Tem um grande histórico de enchentes e alaga-
mentos, sendo um dos mais graves em ocorridos em
1996 e 1999.
1. Juqueri - Cantareira2. Cotia - Guarapiranga3. Penha - Pinheiros4. Cabeceiras5. Billings - Tamanduateí6. Jusante - PinheirosPirapora
LegendaExtremidade de jusante de subbaciasBacia de detençãoContorno ou “divisor” das subbaciasContorno ou “divisor” da bacia do rio Pirajuçara
Fonte: www.baciasirmas.org.br
Fonte: Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo
Bacia Alto Tietê e Sub-bacias
Bacia do Rio Pirajuçara
Localização_bacia
Observando a evolução da mancha
urbana na região da Bacia do Pira-
juçara, notamos que ela se expandiu
de maneira desordenada, sem muito
planejamento prévio, avançando
sobre áreas permeáveis, abrindo
avenidas nas margens dos rios, ocu-
pando várzeas e impermeabilizando
grandes áreas. Essas ações tiveram
um impacto muito grande na hidrogra-
fia urbana e na paisagem da cidade.
1930
1952
1962
1972
1983
1995
2003
Histórico_bacia
Fonte: Flávio Villaça - “A estrutura territorial da metrópole sul brasileira”
Fonte: Geoportal
Fonte: Google Earth
Piscinão Cedrolândia em destaque
1958
2013
Hidrografia Área urbanizada
Favelas Vegetação
Mapa_usos
Fonte: Emplasa
Em uma escala mais aproximada notamos nitid-
amente que a urbanização foi avançando sem
nenhum critério de planejamento.
As moradias mais precárias e as favelas
foram tendo um aumento considerável e aca-
baram ocupando as áreas restantes periféri-
cas, não-ocupadas, geralmente com topografia
mais acentuada ou nas margens dos córregos.
Toda essa ocupação, em sua grande parte, se
dá em áreas onde a infraestrutura de coleta
de esgoto e abastecimento de água ainda hoje
é inadequada, acarretando o despejo nos
corpos d’água de esgoto doméstico, lixo e
carga urbana difusa de poluição, levando ao
comprometimento da qualidade da água na
maioria dos casos.
Há também uma considerável diminuição de
áreas verdes de mata nativa, principalmente
de mata ciliar, que contribui para a preser-
vação e proteção dos corpos d’água.
Como umas das consequências de toda essa ocupação desor-
denada, além do impacto na paisagem urbana e na péssima
qualidade da água, temos as enchentes e alagamentos.
Em épocas de chuvas mais intensas, e somando toda essa
intensa impermeabilização do solo, a canalização de cór-
regos (fazendo com que as águas escoem em uma maior ve-
locidade), que por sua vez recebem poluição difusa e
esgoto, é impossível não prever que esse sistema cen-
tralizado de drenagem não suporta toda essa vazão. Os al-
agamentos são uma realidade em sistemas hidrológicos
saturados como esse.
Em muitos casos, como solução técnica e imediatista para
os alagamentos, são adotados os chamados Piscinões, ou
Bacias de Detenção, que são grandes “buracos” de concre-
to que tem a função de receber o excedente das águas dos
rios em épocas de precipitações mais intensas, e que
depois retornam toda essa água aos poucos de volta para
o mesmo rio.
A questão é, seria o Piscinão a solução mais adequada?
Ou somente uma alternativa técnica que em nenhum momento
resolve as questões do impacto na paisagem urbana e na
qualidade das águas?
Fonte: Aluízio P. Canholi, “Drenagem Urbana e Controle de Enchentes”
Piscinão_Cedrolândia
Figura xx_Localização na Bacia.
Passamos agora para as análises
na escala do Piscinão Cedrolân-
dia, que está localizado na
divisa dos municípios de São
Paulo e Taboão da Serra. Teve
sua construção cocluída em
2005, e foi concebido para re-
ceber e conter o excedente das
águas do córrego Pirajuçara em
épocas de chuvas intensas.
Fonte: Emplasa
Base para ilustração: Google Earth
Histórico_piscinão
1958
2003
2005
Fonte: Geoportal
Fonte: material fornecido pela Subprefeitura do Butantã
Fonte: material fornecido pela Subprefeitura do Butantã
A área que hoje encontra-se o piscinão,
até meados da década 50 e 60, era uma
área de várzea onde o córrego Poá desa-
guava no Pirajuçara, e que em épocas de
fortes chuvas, alguns lagos se formavam
de maneira intermitente.
Havia um percentual muito maior de área
permeável, a urbanização ainda não
tinha avançado para essa região, e os
córregos adjacentes não eram canaliza-
dos.
Um pouco antes das obras do Piscinão
serem iniciadas, temos esse levantamen-
to que nos mostra o forte adensamento
na área adjacente, e que se tornou uma
área de comércio, serviço e residên-
cias. A área que antes era uma várzea
com formação de pequenos lagos intermi-
tentes, neste momento era tomada por
pequenas edificações, e o problema com
alagamentos é constante. Os córregos ao
redor ainda não estão canalizados.
Aqui vemos já uma implantação do proje-
to executivo do Piscinão, uma obra exe-
cutada pelo DAEE (Departamento de Água
e Energia Elétrica) e posteriormente
repassada para a Subprefeitura do Bu-
tantã. Nesta implantação notamos a
retificação e canalização do Córrego
Pirajuçara, e parte do córrego Poá; as
edificações que ali existiam foram re-
alocadas, e um grande “buraco de con-
creto” com 10m de profundidade se for-
maria para solucionar os problemas de
alagamentos.
Fonte: Geraldo Nunes
Fonte: elaborada pela autora
Fonte: elaborada pela autora
situação hidrológica_com precipitação forte
situação hidrológica_sem precipitação
3
C
V
735
738.12
AVENIDA
AVENIDA
RUA
MU
NIC
ÍPIO
MU
NIC
ÍPIO
C
V
745
750
745
740
735
AVENIDA
DOUTOR
NO
VAIS
NA 733.24
737.83
738.12
740.5
1
742.65
744.38
740.95
PROFESSOR
AVENIDA
PROFESSOR
AVENIDA
SERVA
PINTO
ALVESFRANCISCO
RUA
JOSÉ
RU
A
DA
CUSTÓDIO
RUA
V
PAULO
SERRA
DA
TABO
ÃOD
E
MU
NIC
ÍPIO
MU
NIC
ÍPIO
SÃO
DE
HOSPITALFAMILY
740
730
735
740
735
SOLAR DE AMIGOSCLUBE
OLI
VEIR
A
DO
UTO
R
NA 728.87
NA 729.77
735.89736.53
737.62
742.55
746.58
RUA
JOÃO
SANTUCCI
RU
A
MIG
LIAN
O
LUIZ
DOUTOR
RU
A
RUA
QUINTA
SILV
A
P
P
P
P
C:\Users\Adriana\Documents\Docs Dri\Mestrado\Disciplina Infraestrutura Verde\Bases\Pictograna\01.jpg
Dados Técnicos_
O Piscinão tem capacidade de armazenar
113 mil m de água, é revestido de con-
creto e possui aproximadamente 30 m de
largura e 10 m de profundidade.
Obtém um sistema de colunas e degraus
de concreto que ajudam a impedir a en-
trada de rejeitos sólidos maiores, e
também ajudam a reduzir a velocidade da
água na entrada do piscinão. Possui
duas bombas que retornam a água nova-
mente para o córrego Pirajuçara.
É inegável o seu grande impacto na
paisagem urbana, mas que mesmo assim
acaba por desempenhar a sua função jun-
tamente com o Piscinão Sharp (mais a
montante do córrego), que é a de conter
os alagamentos na região.
O desafio está em requalificar a pais-
agem, preservando a condição de re-
tenção das águas.
C
V
735
738.12
AVENIDA
AVENIDA
RUA
MU
NIC
ÍPIO
MU
NIC
ÍPIO
C
V
745
750
745
740
735
AVENIDA
DOUTOR
NO
VAIS
NA 733.24
737.83
738.12
740.5
1
742.65
744.38
740.95
PROFESSOR
AVENIDA
PROFESSOR
AVENIDA
SERVA
PINTO
ALVESFRANCISCO
RUA
JOSÉ
RU
A
DA
CUSTÓDIO
RUA
V
PAULO
SERRA
DA
TABO
ÃOD
E
MU
NIC
ÍPIO
MU
NIC
ÍPIO
SÃO
DE
HOSPITALFAMILY
740
730
735
740
735
SOLAR DE AMIGOSCLUBE
OLI
VEIR
A
DO
UTO
R
NA 728.87
NA 729.77
735.89736.53
737.62
742.55
746.58
RUA
JOÃO
SANTUCCI
RU
A
MIG
LIAN
O
LUIZ
DOUTOR
RU
A
RUA
QUINTA
SILV
A
P
P
P
P
C:\Users\Adriana\Documents\Docs Dri\Mestrado\Disciplina Infraestrutura Verde\Bases\Pictograna\01.jpg
Comércio, Serviços
Residencial
Industrial
Hospital
Córrego aberto
Córrego fechado
Área condomínio fechado
Área com topografia bastante acentuada
Área de proteção da Linha de Alta Tensão
Diagnóstico_problemas
C
V
735
738.12
AVENIDA
AVENIDA
RUA
MU
NIC
ÍPIO
MU
NIC
ÍPIO
C
V
745
750
745
740
735
AVENIDA
DOUTOR
NO
VAIS
NA 733.24
737.83
738.12
740.5
1
742.65
744.38
740.95
PROFESSOR
AVENIDA
PROFESSOR
AVENIDA
SERVA
PINTO
ALVESFRANCISCO
RUA
JOSÉ
RU
A
DA
CUSTÓDIO
RUA
V
PAULO
SERRA
DA
TABO
ÃOD
E
MU
NIC
ÍPIO
MU
NIC
ÍPIO
SÃO
DE
HOSPITALFAMILY
740
730
735
740
735
SOLAR DE AMIGOSCLUBE
OLI
VEIR
A
DO
UTO
R
NA 728.87
NA 729.77
735.89736.53
737.62
742.55
746.58
RUA
JOÃO
SANTUCCI
RU
A
MIG
LIAN
O
LUIZ
DOUTOR
RU
A
RUA
QUINTA
SILV
A
P
P
P
P
C:\Users\Adriana\Documents\Docs Dri\Mestrado\Disciplina Infraestrutura Verde\Bases\Pictograna\01.jpg
Circulação Pedestres - Por haver uma concentração de comércio e
serviços nesta área, há também uma intensa circulação de pedes-
tres, e as principais rotas de circulação esbarram em alguns
pontos críticos de travessia e cruzamentos. A circulação não se
mostra eficaz e acaba ficando em segundo plano, assim como em
muitos casos em São Paulo onde o carro é o protagonista. Além
disso as calçadas são precárias e mal dimensionadas.
Hidrografia - As águas das grandes cidades como São Paulo repre-
sentam até então uma problemática a ser escondida da paisagem
urbana, por serem águas extremamente poluídas, com mal cheiro,
muitas pessoas veem o córrego como um canal de esgoto. Por isso
querem o mais distante possível.
As águas de uma cidade devem ser vivenciadas, integradas ao con-
vívio das pessoas, devem fazer parte da identidade da paisagem
urbana, e não negligenciadas.
Escassez de área de lazer - Apesar da grande circulação diária
de pessoas por essa área, nota-se uma carência de espaços públi-
cos de lazer com qualidade, onde ao mesmo tempo possa servir de
área para convício social, contemplação da paisagem, circulação
e integração de usos diversificados.
Impermeabilização do solo- Com o avanço da urbanização sobre as
áreas periféricas veio também a impermeabilização do solo,
bairros se formam sem um planejamento de conservação de áreas
permeáveis tanto em uma macro escala como em uma escala menor,
como por exemplo a falta de área permeável dentro de um lote.
Espaços urbanos com perda da capacidade de absorção de água
pelo solo, e que durante as chuvas direcionam suas águas dire-
tamente para os canais centralizados de drenagem, e que por
consequência sobrecarregam os córregos, intensificando alaga-
mentos.
Linha de Alta Tensão - Oferecem um grande impacto visual na
paisagem, além de representar uma complexa barreira que at-
ravessa as grandes cidades. Por conta da sua área de proteção
obrigatória, que neste caso é de aproximadamente 40m de largu-
ra ao redor da linha, existem várias restrições quanto á con-
struções, plantio de vegetação, usos alternativos e até mesmo
quanto à a permanência à longo prazo de pessoas debaixo dessas
linhas, devido ao grande potencial magnético.
Objetivos_
Paisagem_
- Requalificação/transformação da Paisagem
Urbana;
- Estímulo de paisagens produtivas através da
criação de Hortas Urbanas e outros usos integra-
dos;
- Aterramento da Linha de Alta Tensão. De acordo
com a AES Eletropaulo há um estudo para aterra-
mento de linhas de alta tensão em alguns lugares
mais centrais de São Paulo. Para este exercício,
adotamos essa medida de aterramento no trecho
mais próximo do Piscinão, tendo em vista um
melhor aproveitamento da área de proteção en-
voltória da Linha;
Mobilidade_
- Melhoria na circulação de pedestres, adequando
calçadas, criando passarelas práticas de traves-
sia de grandes cruzamentos, e adoção de caminhos
com trajetos mais diretos, levando em consider-
ação as necessidades de locomoção na região;
- Criação de ciclovias como alternativa e estímu-
lo de transporte não motorizado e menos poluente.
Serão trajetos que se conectam com o Plano de ci-
clovias existente na cidade de São Paulo e Taboão
da Serra;
Água_
- Melhoria na infiltração e drenagem urbana com
a adoção de lagoas pluviais para retenção da água
de chuva, fazendo com o que o espaço utilizado
pelo Piscinão possa dar lugar a um novo uso;
- Fitorremediação como ferramenta de despoluição
e tratamento das águas;
- Adoção de Jardins de chuva em alguns pontos
próximos a topografias mais acentuadas, evitando
sobrecarga nos córregos;
vegetação_
- Enriquecimento arbóreo visando à recuperação
da biodiversidade, a reintrodução de espécies ar-
bóreas nativas da Mata Atlântica e a recuperação
da mata ciliar adjacente aos córregos;
- Uso da vegetação para promover a saúde pública
através da melhoria da qualidade do ar, atenuando
os efeitos da “ilha de calor”, favorecendo a for-
mação de barreira acústica e de ventos, além
disso é comprovada a relação entre áreas verdes e
o bem estar/relaxamento das pessoas;
C
V
735
738.12
AVENIDA
AVENIDA
RUA
MU
NIC
ÍPIO
MU
NIC
ÍPIO
C
V
745
750
745
740
735
AVENIDA
DOUTOR
NO
VAIS
NA 733.24
737.83
738.12
740.5
1
742.65
744.38
740.95
PROFESSOR
AVENIDA
PROFESSOR
AVENIDA
SERVA
PINTO
ALVESFRANCISCO
RUA
JOSÉ
RU
A
DA
CUSTÓDIO
RUA
V
PAULO
SERRA
DA
TABO
ÃOD
E
MU
NIC
ÍPIO
MU
NIC
ÍPIO
SÃO
DE
HOSPITALFAMILY
740
730
735
740
735
SOLAR DE AMIGOSCLUBE
OLI
VEIR
A
DO
UTO
R
NA 728.87
NA 729.77
735.89736.53
737.62
742.55
746.58
RUA
JOÃO
SANTUCCI
RU
A
MIG
LIAN
O
LUIZ
DOUTOR
RU
A
RUA
QUINTA
SILV
A
P
P
P
P
C:\Users\Adriana\Documents\Docs Dri\Mestrado\Disciplina Infraestrutura Verde\Bases\Pictograna\01.jpg
C
V
735
738.12
AVENIDA
AVENIDA
RUA
MU
NIC
ÍPIO
MU
NIC
ÍPIO
C
V
745
750
745
740
735
AVENIDA
DOUTOR
NO
VAIS
NA 733.24
737.83
738.12
740.5
1
742.65
744.38
740.95
PROFESSOR
AVENIDA
PROFESSOR
AVENIDA
SERVA
PINTO
ALVESFRANCISCO
RUA
JOSÉ
RU
A
DA
CUSTÓDIO
RUA
V
PAULO
SERRA
DA
TABO
ÃOD
E
MU
NIC
ÍPIO
MU
NIC
ÍPIO
SÃO
DE
HOSPITALFAMILY
740
730
735
740
735
SOLAR DE AMIGOSCLUBE
OLI
VEIR
A
DO
UTO
R
NA 728.87
NA 729.77
735.89736.53
737.62
742.55
746.58
RUA
JOÃO
SANTUCCI
RU
A
MIG
LIAN
O
LUIZ
DOUTOR
RU
A
RUA
QUINTA
SILV
A
P
P
P
P
C:\Users\Adriana\Documents\Docs Dri\Mestrado\Disciplina Infraestrutura Verde\Bases\Pictograna\01.jpg
O Estudo_
Área de proteção da Linha de Alta Tensão, que após aterramento deverá ter outros usos como: plantio de vegetação, lazer, circulação, feira livre e para a criação de lagoas pluvi-ais para reter a água excedente do córrego Pi-rajuçara.
Trajeto observado da circulação de pedestre
Adoção de um novo uso para o Piscinão
Nesta área existem algumas lojas e uma in-dústria, e como uma das formas de viabilizar este estudo, propõe-se a transformação e requalificação dessa área, realocando seus usos comerciais no mesmo lugar, criando novos espaços para investimentos e novos comér-cios/serviços.
C
V
735
738.12
AVENIDA
AVENIDA
RUA
MU
NIC
ÍPIO
MU
NIC
ÍPIO
C
V
745
750
745
740
735
AVENIDA
DOUTOR
NO
VAIS
NA 733.24
737.83
738.12
740.5
1
742.65
744.38
740.95
PROFESSOR
AVENIDA
PROFESSOR
AVENIDA
SERVA
PINTO
ALVESFRANCISCO
RUA
JOSÉ
RU
A
DA
CUSTÓDIO
RUA
V
PAULO
SERRA
DA
TABO
ÃOD
E
MU
NIC
ÍPIO
MU
NIC
ÍPIO
SÃO
DE
HOSPITALFAMILY
740
730
735
740
735
SOLAR DE AMIGOSCLUBE
OLI
VEIR
A
DO
UTO
R
NA 728.87
NA 729.77
735.89736.53
737.62
742.55
746.58
RUA
JOÃO
SANTUCCI
RU
A
MIG
LIAN
O
LUIZ
DOUTOR
RU
A
RUA
QUINTA
SILV
A
P
P
P
P
C:\Users\Adriana\Documents\Docs Dri\Mestrado\Disciplina Infraestrutura Verde\Bases\Pictograna\01.jpg
O Projeto_
O projeto foi pensado com base em todos os objetivos traçados, partindo do ponto de vista ecossistêmico, levando em consideração os processos ecológicos, hidrológicos e os que resultam de atividades humanas. A intenção é de fazer com que a natureza “funcione” dentro da cidade, criando cenários onde a própria natureza possa trabalhar sozinha.Tanto na implantação, quanto na seção abaixo, é possível identificar os processos dispostos: as lagoas pluviais, os dois córregos (Poá e Pira-juçara), os caminhos e passarelas propostas e a a área do Piscinão que passou a ter uma função de paisagem mais produtiva, com a implementação de hortas urbanas.A seguir serão detalhadas todas as funções desta proposta.
Para melhor compreen-dermos o projetos, foram feitas divisões por camadas:-Camada da água, camada em uma cota mais baixa;-Camada da vegetação;-Camada dos caminhos de circulação, praças e usos;-Camada das Passarelas suspensas e das rampas, em um nível mais alto
Água_
Com o aterramento da Linha de Alta
tensão, um novo espaço foi disponibili-
zado, e um dos novos usos que poderiam
ser aplicados, seria a transformação da
paisagem e da funcionalidade hidrológi-
ca, partindo das seguintes premissas;
- Resgate da paisagem hidrológica exis-
tente anos atrás, os lagos que ali se
formavam, buscando uma funcionalidade
mais natural do ciclo da água;
- Descentralização do sistema de drena-
gem existente;
- Valorização das águas em meio à pais-
agem urbana;
- Utilização de estratégias de In-
fraestrutura Verde;
As lagoas pluviais funcionaram como bacias de re-
tenção, no caso deste estudo, receberão o exceden-
te das águas do córrego Pirajuçara. Esse excedente
de água será desviado para essa rede de bacias,
uma conectada à outra, soque receberão água á
medida a vazão vai aumentando. Caso a água atinja
a capacidade máxima dessas lagoas, ela será dire-
cionada, através de um escape, para uma outra rede
de drenagem ou no próprio córrego de maneira mais
lentaA água pluvial captada poderá permaneeer
retida durante os eventos de precipitação de
chuva, e também poderá infiltrar lentamente pelo
solo.
Escape p/o córrego
Infiltração
Lagoas Pluviais
Infiltração
Escape
O jardim de chuva ou bacia de bioretenção, é uma pequena depressão topográfica, que tem a função de coletar e tratar o excedente das águas de chuva, infil-trá-las no solo ou en-caminhá-las lentamente para drenagem.Os jardins de chuva estão localizados em meio a vegetação, em áreas que recebem grande quantidade de água que é escoada de topografias mais acentua-das.
A intenção principal é a
de promover a recuperação
e revitalização dos cór-
regos Poá e Pirajuçara,
através da descanalização
e restituição da vege-
tação da calha, bem como o
plantio de vegetação
ciliar nas margens.
Utilização de estrutura
de gabião para melhor es-
truturar a vegetação em
desnível, evitando a
erosão nas margens.
As margens poderão ter
visuais e usos diferentes
ao longo do percurso.
Jardin de chuva
Córregos renaturalizados
Vegetação
Serão plantadas diversas espécies da
Mata Atlântica capazes de tolerar com-
petição e os níveis de estresse ambien-
tal.
O objetivo é recuperar a vegetação
nativa existente e promover o enriqueci-
mento da biodiversidade e a capacidade
resiliência dos ecossistemas naturais,
através do enriquecimento arbóreo, uso
de plantas para fitorremediação e culti-
vo de Hortas.
O espaço onde antes era designado para o piscinão, na
nova proposta deverá ser transformado em uma paisagem
produtiva de Hortas Urbanas.
Este novo espaço será estruturado a partir do uso da
terra que será retirada para criação das Lagoas Pluvi-
ais. Ou seja, uma grande parte da área do piscinão será
aterrada, e a partir daí serão criados patamares com no
máximo 50 cm de altura de degrau de um patamar para
outro. Sobre esses patamares as hortas serão cultivadas
com o envolvimento da população, serão cultivos abertos
e comunitários.
Haverá ainda um pequeno desvio de água do córrego Pi-
rajuçara, que passará pelo meio desses patamares e do
cultivo, como que permeado o espaço de maneira mais
lenta. Essas águas terão tratamento através de fitorre-
mediação e ao final, assim como vemos na ilustração ao
lado, essas águas poderão ser divididas: uma parte irá
voltar para o córrego Pirajuçara e a outra poderá even-
tualmente escoar através de um sistema de degraus em
concreto até se acumular em uma espécie de reservatório
secundário. Neste ponto poderá haver integração das
pessoas com a água.
Quando o nível deste reservatório secundário atingir
sua capacidade máxima, poderá ser “devolvido” ao cór-
rego através da bomba do antigo Piscinão que ali per-
manecerá até mesmo como um museu à céu aberto da estru-
tura anterior.
Esquema ilustrativos de tratamento de água através de
Fitorremediação com plantas aquáticas flutuantes.
Utilização de espécies macrófitas em canais rasos.
Vegetação_espécies
Ipê AmareloAndroanthus Albus
Foto: Nestor Mariani
JequitibáCariniana Legalis
Foto: Ricardo Cardim
Pau-ferroCesalpinia Leiostachyafoto: Ricardo Cardim
BroméliaAlcantarea Imperialis
Foto: Ken Woods
OrquídeaOrchidaceae
Foto: Kathia Mello
QuaresmeiraTibouchina Granulosafoto: Dora Santoro
Palmito JuçaraEuterpe Edulis
Foto: Ricardo Cardim
EmbaúbaCecropia AngustifoliaFoto: Ricardo cardim
SibipirunaCaesalpina Pluviosafoto: Ricardo Cardim
PaineiraCeiba Specisa
Foto: Ricardo Cardim
CambuciCampomanesia Phaea
Foto: Ricardo cardim
Caminhos_
Como forma de atender a demanda de cir-
culação e a necessidade de trajetos das
pessoas, foram traçados os caminhos que
possuem linhas orgânicas e que são mul-
tidirecionais, de forma que o pedestre
possa se conectar ao seu destino de ma-
neira mais prática, e ao mesmo tempo
contemplar e interagir com a natureza e
todos os seus processos.
O material desses caminhos é formado a
partir de pisos drenantes, com blocos
intertravados, que possibilitam uma
maior permeabilidade no solo.
Os caminhos passam por todas as funções,
margeando o córrego ou as lagoas pluvi-
ais, os jardins de chuva e vegetação
mais e menos adensada,
É importante ressaltar que os trechos
principais possuem espaçamento para ci-
clistas e pedestres.
Usos_
Também presentes nessa “camada”, alguns elemen-
tos construtivos cobertos, espécie de quiosques
que estão localizados em áreas estratégias vi-
suais e de circulação. Deverão abrigar estrutu-
ras de usos diversos como: sanitários, locais
para refeição, espaços de estar coletivo e edi-
ficações de apoio de atividades.
Essas estruturas possuirão coberturas com
painéis triangulares capazes de captar luz solar
e transformá-la em energia a ser utilizada no
próprio local.
Este espaço em cinza mais escuro
da ilustração ao lado, deverá
ser um espaço com a função de
abrigar Feiras Livres que hoje
acontencem na rua ao lado.
Passarela_
Para as passarelas também foi levada em
consideração as necessidades e trajetos
que as pessoas fazem no local, tanto
para acessar serviços, comércio e resi-
dencias, como também para acessar os
pontos de onibus espalhados nesta área.
E como forma de atenuar as dificuldades
de travessia das grandes avenidas ali
localizadas, as passarelas acabaram por
ser a melhor opção de acesso. Serão
rampas com declividades suaves, e que
terão no máximo 300 m de percurso na sua
maior distância.
Como estímulo para utlização das pas-
sarelas, o pedestre terá a vatagem de
poder desfrutar de vistas interessantes
e contemplação de diferentes ângulos
dessa nova paisagem: próximo á copa das
árvores, por cima das lagoas pluviais e
córregos, visões mais abrangentes da
cidade, das hortas e do entorno.
Abaixo, observamos quais foram as
referências que inspiraram a concepção
dessas passarelas
Conclusão
Este exercício de projeto desenvolvido aqui, promove a ideia de que é
possível a transformação de paisagens hidrológicas através de elementos
da infraestrutura verde. E mais iportante, muitos dos elementos exercit-
ados zpodem muito bem servirem de modelo a ser propagado e aplicado em
outras áreas, outras situações hidrológicas e ecológicas, outras pais-
agens. Sempre mantendo as funções de proteção e revitalização dos siste-
mas ambientais.
A ideia de que a infraestrutura verde deve funcionar com uma rede
descentralizada e integradora de espaços deve ser reforçada em cada pro-
jeto ou intervenção, seja ela em qualquer escala.