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Advento do Senhor!. Introdução e considerações gerais No ciclo do Natal, celebramos o mistério pascal de Cristo nas suas primeiras manifestações. Nele

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Introdução e considerações gerais No ciclo do Natal, celebramos o mistério

pascal de Cristo nas suas primeiras manifestações. Nele fazemos memória da vinda do Senhor, o nosso Salvador; da sua manifestação na fragilidade da nossa carne, na contingência e contradições da nossa história, enquanto aguardamos o seu novo Natal, o seu Reino, a sua vinda definitiva e gloriosa no fim dos tempos.

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Como lemos no Guia Litúrgico Pastoral, tempo do Natal “é a comemoração do nascimento do Senhor, em que celebramos a ‘troca de dons entre o céu e a terra’, pedindo que possamos ‘participar da divindade daquele que uniu ao Pai á nossa humanidade’. Na Epifania, celebramos a manifestação de Jesus Cristo, Filho de Deus, ‘luz para iluminar todos os povos no caminho da salvação”.

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Com quatro semanas antecedendo o Natal, o Advento, próprio do Ocidente, tem a sua origem desde o século IV.

É um tempo que nos coloca em permanente expectativa da vinda, da manifestação de Deus e do seu Reino em nossa realidade.

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“Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho; voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas;” Mc 1, 2-3

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Abre-nos para o encontro com o Senhor que vem nos acontecimentos da vida, particularmente, no momento celebrativo, comemorando o Senhor que veio e fazendo-nos dar um passo à frente ao encontro do Senhor que virá glorioso, quando o seu Reino estiver plenamente estabelecido entre nós.

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Essa manifestação se dá em dois aspectos: a manifestação na nossa carne ao nascer, que constitui a sua primeira vinda, e sua manifestação gloriosa, no fim dos tempos, a sua segunda vinda.

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“E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias.” Mc 1,7

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Este duplo sentido determina a organização do Advento: o Advento escatológico, que vai do primeiro domingo do Advento ao dia 16 de dezembro e cuja liturgia nos inflama para a vinda final de Cristo; o Advento natalício, como preparação mais imediata para a festa do Natal, do dia 17 ao dia 24 de dezembro.

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Os textos bíblicos propostos para os domingos deste tempo fazem emergir este duplo carácter do Advento. Assim, o primeiro domingo orienta para a vinda final, o segundo e o terceiro chamam atenção para a vinda cotidiana do Senhor; o quarto domingo prepara-nos para o nascimento de Cristo, ao mesmo tempo apresentando o seu sentido e a sua história.

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“Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galiléia e por João foi batizado no rio Jordão. Logo ao sair da água, viu os céus rasgarem-se e o Espírito descendo como pomba sobre ele. Então, foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.”Mc 1, 9-11.

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Também os textos eucológicos (coletas, prefácios..) acentuam as vindas do Senhor, seja na encarnação, seja na parusia, como juiz e senhor, em íntima relação entre si, como expressão de um único mistério: a Vinda do Senhor e seu Reino, já iniciada mas, aguardando a sua plena realização, no final dos tempos.(cf. At 1,11)

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Recordamos no Advento a grande verdade de que nossa história, com todos os seus dramas, contradições, conquistas e retrocessos é o lugar da actuação salvadora de Deus, para quem nada é impossível: aterrar vales, aplainar montanhas, fazer florir desertos, fazer conviver leões e cordeiros; transformar armas de guerra em instrumentos de trabalho e cultivo de vida.

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Nesse período, conduzidos por grandes figuras bíblicas, como Isaías, João Batista, Maria, José, Isabel, Zacarias... modelos dos pobres que esperam e confiam nas promessas de Deus, entramos em ritmo mais intenso de espera e esperança...

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...de alegre e cuidadosa vigilância, como uma noiva que se enfeita, ansiosa e feliz, para a chegada do seu amado, como um incansável vigia anseia pelo amanhecer, como a terra seca deseja ardentemente a tão esperada chuva para o germinar das sementes.

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De modo semelhante ao que ocorreu com Maria, o Espírito nos engravida da Palavra, fazendo crescer em nós uma atitude de humilde expectativa, de fé comprometida com a força escondida da vida, na certeza de um novo parto da salvação no nosso tempo, ainda tão marcado por decepções, desesperanças e incertezas.

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A mística do Advento nos move também a cultivar uma atitude nova diante da realidade humana e cósmica, intensifica o nosso desejo de felicidade plena, de relações fraternas verdadeiras e duradouras, e fortalece a nossa vocação de testemunhas da esperança, superando todo o pessimismo e desencanto que nos possam abater.

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Um acúmulo de desejos fará apressar a vinda do Reino, com o nosso envolvimento solidário nas lutas pela defesa da vida, pela transformação do mundo, em que todos sejamos, igualitariamente, livres e felizes.

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Neste tempo, em que a religião do mercado faz do Natal, o grande sacramento do lucro, somos convidados a proclamar profeticamente que o Senhor está a chegar como libertador.

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Os seus sinais se manifestam diariamente, nas lutas dos pobres e de todos os que com eles se fazem solidários na busca de melhores condições de vida, de dignidade humana, de paz universal e de preservação da natureza.

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Não só nós, cristãos, mas toda a humanidade e a criação inteira estão em clima de Advento, de ansiosa espera. Aguardam a manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus em que “justiça e paz se abracem”, todos os povos culturas desabrochem felizes e reconciliados e toda “a terra se abra ao amor”.

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Toda a celebração cristã é uma contínua vinda do Senhor á nossa vida pessoal, a nossa comunidade e a nossa história. Ele vem ao nosso encontro no presente e no futuro, como veio no passado.

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Ele é caminheiro fiel na grande peregrinação que fazemos rumo à casa do Pai. Ele é o Emanuel, o Deus-conosco com quem descobrimos sempre de novo quem somos, o que queremos e para onde vamos.

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Elementos Elementos

SimbólicosSimbólicos

e rituais:e rituais:

Alguns símbolos, gestos e acções simbólico-rituais expressam intensamente a verdade dessa espera nas nossas celebrações.

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O símbolo principal é a Eucaristia, o sacramento da espera: “até que ele venha”.

A Palavra (o VERBO!). Advento é tempo especial de escuta, de atenção, de “gravidez” da Palavra: que o Verbo se faça carne em nós! Todo o rito da Palavra merece destaque: o uso do livro, Bíblia ou o Lecionário com fitas coloridas, levado em procissão, beijado, incensado...;

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o cuidado de preparar bem a proclamação dos vários textos bíblicos, o canto do salmo, ornando-os vivos, bem compreendidos para serem bem acolhidos pela comunidade. E mais: fazer da proclamação um acto sacramental, pelo qual o próprio Deus fale, convocando seu povo à vivência de seu projecto; o silêncio após cada leitura, após a homilia, para “guardar no coração” a boa notícia e o apelo amoroso de Deus.

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A comunidade reunida para a oração, para a escuta da Palavra e para a acção de graças é sinal sacramental da espera e da chegada do Senhor. Onde dois ou três estiverem reunidos, o Senhor está presente (cf. Mt 18,20)! Os ritos iniciais, constituindo a assembléia, o corpo vivo do Senhor, com acolhimento bem afectuoso às pessoas, permitem reconhecer em cada uma delas a presença do Senhor que chega entre nós.

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O Advento é tempo oportuno de aprofundar e melhorar as nossas relações e a nossa convivência na família, na comunidade, na vizinhança, como sinal visível da chegada do Reino entre nós. A esperança se reacende quando relacções novas e fraternas se estabelecem entre as pessoas.

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“Cantar o Advento”! Os cantos e as músicas têm papel importante,evocando os temas bíblicos aprofundados, asexperiências vividas, os sentimentos de espera,de expectativa pela vinda do Reino. O HinárioLitúrgico, 1° fascículo, apresenta um bomrepertório dos cantos para este tempo.

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Cantando os salmos e poemas dos profetas e evangelistas de ontem e de hoje, resgatando até, com novo sabor e vibração, as antigas antífonas do “Ó’ com certeza aprofundaremos a nossa fé, reacenderemos a nossa esperança e prepararemos momentos autênticos e gostosos de confraternização.” (CNBB, Hinário Litúrgico, 10 fascículo, introdução).

O canto do Glória, antigo hino de Natal é omitido, ficando reservado para o tempo do Natal.

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O diretório litúrgico indica o roxo como cor litúrgica deste tempo. Porém, a cor rosa ou violeta, indicada para o terceiro domingo, tem sido usada por muitas comunidades, em todo o tempo do Advento: traz aos olhos e ao coração, o sentido de uma alegre espera, diferenciando do sentido mais quaresmal do roxo.

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A coroa do Advento, feita com ramos verdes, com as quatro velas que progressivamente se acendem, com um rito apropriado, no início da celebração, retoma o costume judaico de celebrar a vinda da luz à humanidade dispersa pelos quatro pontos cardeais, expressa nossa prontidão e abertura ao Senhor que vem e quer nos encontrar acordados e com nossas lâmpadas acesas.

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Entre os textos eucológicos (orações, prefácios...) deste tempo, a aclamação litúrgica “Vem, Senhor Jesus!” torna-se a grande súplica, o forte clamor das comunidades, em preces, refrãos e antífonas. O Missal Romano, p. 519, propõe uma bênção própria para O Advento.

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A novena de Natal, feita em grupos, é uma maneira de intensificar a espera e alimentar a esperança da libertação com cantos, orações, meditação da Palavra, gestos de solidariedade e compromisso com os mais pobres, montagem do presépio e momentos de confraternização.

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As celebrações de reconciliação e penitência durante tempo do Advento possibilitam às comunidades um caminho de conversão e retomada do projecto de Jesus.