28
AERO ESPAÇ Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA N O T Í C I A S - A n o 3 - n º 1 7 SERVIÇO DE SINALIZAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL TOM JOBIM - RJ

Aeroespaço 17

  • Upload
    decea

  • View
    250

  • Download
    22

Embed Size (px)

DESCRIPTION

http://www.decea.gov.br/wp-content/uploads/2008/10/aeroespaco17.pdf

Citation preview

Page 1: Aeroespaço 17

AERO

ESPAÇ

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA

NO

TÍC

IAS - Ano 3 - n º 1 7

SERVIÇO DE SINALIZAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL TOM JOBIM - RJ

Page 2: Aeroespaço 17

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA, produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA

Diretor-Geral:Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso VilarinhoAssessor de Comunicação Social e Editor:Paullo Esteves - Cel Av R1Redação:Daisy Meireles (RJ 21523-JP)Telma Penteado (RJ 22794-JP)

Diagramação & Capa:Filipe Bastos (MTB 26888-DRT/RJ)Fotografia:Luiz Eduardo Perez (RJ 201930-RF)Contatos:Home page: www.decea.gov.brIntraer: www.decea.intraer

E-mail: [email protected] ou [email protected]ço: Av. General Justo, 160 - Centro - 20021-130Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2123-6585Fax: (21) 2262-1691Editado em junho/2006Fotolitos e Impressão: Ingrafoto

Expediente

Nesta Edição

4 Brigadeiro Barros é o novo Chefe do SDAD do DECEA

5Primeira Jornada de Assuntos Internacionais

11 Reportagem Especial - 180º - meia volta, volver!

14

18 Semana Internacional de AIS movimenta o Aeroporto Tom Jobim - RJ

19GEIV comemora 33 anos e homenageia seus integrantes

20 ICA celebra seus 23 anos, enfrentando grandes e novos desafios

21Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia moderniza seus sistemas de controle de tráfego aéreo

24 I Seminário de Coordenação do Espaço Aéreo no Teatro de Operações

26CCSIVAM entrega o CCG do SIPAM ao Governo Federal

Nossa CapaSERVIÇO DE SINALIZAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL TOM JOBIM - RJ

Este flagrante mostra o momento da chegada de um vôo, quando o sinalizador (raqueteiro) indica o instante final da parada do avião. Este ato, que tem como cenário o Aeroporto Internacional Tom Jobim no Rio de Janeiro, é repetido milhares de vezes por dia em inúmeros aeroportos do mundo inteiro. Para nós do SISCEAB, este momento tem um simbolismo especial, porque indica a finalização de uma tarefa que esteve, da decolagem deste avião até a parada dos seus motores, nos envolvendo diretamente.

De fato , quando um vôo chega a seu final significa que estivemos mobilizados, todos nós, em nossas inúmeras atividades, para que ele tivesse completado com êxito sua missão. O vôo chegou! A companhia aérea prestou o seu serviço, os pilotos e demais operadores afins podem agora descansar, os passageiros chegaram em segurança e vão para seus destinos. E nós? Bem... nós temos que retomar o fôlego porque já há um outro avião nos chamando para dar partida e completar seu plano de vôo. Não há tréguas nem descanso, coffee–break ou “paradinha” no SISCEAB e este é, a par do nosso maior desafio, nosso maior orgulho: manter tudo funcionando nas 24 horas do dia pelos 365 dias do ano, sem interrupções, com presteza, atenção, cuidado e segurança.

Eu não sabia! - O Serviço de Busca e Salvamento

Page 3: Aeroespaço 17

Editorial

Cartas dos LeitoresAgradeço ao Brig Pinheiro as referências gentis e

carinhosas feitas à minha participação na historia do SIVAM. Ser lembrado, anos depois, por uma ação de engajamento no esforço histórico da Força Aérea nos destinos passados e futuros de nossa Amazônia é - e será - sempre gratificante. Principalmente para os que foram os reais construtores do que inicialmente eram apenas idéias visionárias que balizavam nossos esforços e que deflagraram as ações iniciais do que era apenas um nome e uma idéia pela qual já se brigava com coragem e persistência, que engajou quatro chefes de governo no Brasil, as presidências dos EEUU, França, Alemanha, Itália, e os chefes de governo da Inglaterra e Suécia, no que foi chamado o maior projeto do século por sua amplidão e capacidade. Apoiado por quatro ministros da Aeronáutica e dois comandantes da Força Aérea, engajando – também – quatro ministros da Defesa e que, afinal, se tornou o grande sistema operacional de hoje, que é o SIVAM/SIPAM. Peço-lhes transmitir ao

Ten Brig Vilarinho, antigo e experimentado personagem no Sistema, e meu companheiro de missão no passado, meus cumprimentos por sua atuação na direção-geral dessa importante tarefa que é a coordenação das atividades de controle do espaço aéreo brasileiro. Finalmente, ao pessoal da Assessoria de Comunicação Social, meus cumprimentos pela qualidade dos trabalhos produzidos e pela gentileza da remessa regular da Aeroespaço Notícias, que me mantém atualizado nessa atividade que, com empolgação, ocupou cerca de 15 anos de minha atividade profissional, de dezembro de 1967 a maio de 1982... foi por isso e aí que nasceu o SIVAM.

Ten Brig Ar SÓCRATESEx-ministro da Aeronáutica

Quero agradecer o envio das revistas do Departamento de Controle do Espaço Aéreo. É muito bom ficar

informado dos acontecimentos militares do nosso País! Eu gosto e admiro muito quem trabalha controlando nossos espaços aéreos.

Fábio R. CardosoDiretor Regional da Associação de Pilotos e

Proprietários de Aeronaves (APPA)

Sou muito interessada em tudo que envolve defesa do espaço aéreo e controle de tráfego aéreo, pois meu sonho é ser controladora de tráfego aéreo, caso eu entre na EEAR em julho. Gosto muito da revista Aeroespaço, principalmente porque consigo acessá-la através da Internet, na página do DECEA.

Gicele de Souza Vieira Florianópolis – SC

Solicitamos ao Ex.mo Sr. Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar Paulo Robero Cardoso Vilarinho, que nos permitisse - nesta edição - assinar o Editorial, na tentativa de explicar ao leitor algumas facetas da Aeroespaço, que estariam por merecer algumas considerações. Muito embora nosso contato com o público

leitor da revista seja freqüente, até em função da colaboração que recebemos, nem sempre conseguimos atingir a grande maioria - e é para ela, principalmente, que nos dirigimos agora.

Nosso trabalho vem sendo estimulado pela aceitação manifesta de parcela de nosso público. Dizemos parcela de nosso público porque só podemos aferir a qualidade do nosso trabalho através das manifestações espontâneas que nos chegam para a seção “Cartas dos Leitores”. Na maioria das vezes, no entanto, as críticas chegam de maneira informal e é exatamente em função disto que nos vimos no dever de trazer a público algumas delas, no intuito de explicar - para todos – quais são as mais freqüentes e como respondemos a elas individualmente. Assim, há quem julgue a revista muito dispendiosa em função da gramatura do papel utilizado e da inequívoca qualidade da impressão. Na verdade, e de fato, a revista desde sua retomada com esta nova configuração editorial, tinha, deliberadamente, a intenção de ser diferenciada do ponto de vista da qualidade com dois objetivos fundamentais: tornar-se atraente e ser, ao mesmo tempo, leve a agradável, estimulando o público interno a procurar por ela e efetivamente fazer a sua leitura.

A Revista Aeroespaço é entendida, ademais disto, como uma publicação técnica porque registra acontecimentos de um ambiente humano e operacional muito específico e é voltada, prioritariamente, ao público interno do SISCEAB. Não há, portanto, sequer a intenção de que seja transformada em peça publicitária, até porque a lei não permite. Por ser assim, entendeu o Diretor-Geral do DECEA que a revista poderia sim ser diferenciada. O seu custo acaba sendo pequeno porque a sua produção é toda feita com a “prata da casa”. A ASCOM prepara completamente a revista e somente encaminha à gráfica o CD já pronto para o fotolito e impressão.

As provas de prelo voltam para nós, fazemos as correções que eventualmente se apresentem e aprovamos para a impressão. Por outro lado, é também tarefa da ASCOM embalar e endereçar todas as revistas para que cheguem a seu destino. Presentemente, estamos trabalhando para que a distribuição se dê pelo Correio, para dar mais agilidade ao processo. Alguns leitores – talvez julgando poder baratear o custo da revista – perguntam por que não a fazemos bimensal ou trimestralmente. A resposta é que nosso compromisso editorial é com o fato recém-ocorrido. Matérias “caducas” desestimulam a leitura e, além disto, a Aeroespaço pretende servir, também, como um documento atualizado que reporte nossos acontecimentos, sem falar no calor humano que o contato mensal propicia e que, no fundo, está na alma da revista.

Sem mais delongas e dando os presentes questionamentos por findos, aí está a Aeroespaço nº 17, que contou mais uma vez com a generosa colaboração de nossos leitores, razão primeira e única de nossa existência. Aproveitem.

Obrigada,

EQUIPE AEROESPAÇO

Page 4: Aeroespaço 17

Em cerimônia militar realizada no dia 09 de maio, presidida pelo Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, Dire-tor-Geral do DECEA, foi transmitido o cargo de Chefe do Subdepartamento de Administração (SDAD) do DECEA, do Brig Ar Cláudio Alves da Silva para o Brig Ar Antonio Carlos de Barros.

A próxima missão do Brig Alves, que chefiou o SDAD por 18 meses, é co-mandar a Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR). Em seu discurso de despedida, disse deixar o DECEA com a convicção de que uma andorinha só não faz verão e que sem-pre contou com o apoio e a colaboração de todos os integrantes e segmentos do Departamento para dar andamento às atividades do Subdepartamento de Admi-nistração. “Foi um período de relaciona-mento maduro, voltado, prioritariamente, para o perfeito funcionamento dos nos-sos Sistemas” - declarou o Brig Alves.

O Brig Barros, é natural do Rio de Janeiro. Ingressou na FAB em 1969 e atingiu o posto de Brigadeiro em julho de 2003. Além de outras atividades im-portantes na FAB, comandou a UNIFA (Universidade da Força Aérea), seu últi-mo cargo antes de assumir o SDAD.

O Ten Brig Vilarinho elogiou o tra-balho desenvolvido pelo Brig Alves à frente do SDAD, enfatizando que sua administração trouxe conforto, segu-rança e, também, a tranqüilidade de que nada passaria desapercebido para o Sistema, devido ao cuidado e à meti-culosa atenção com que ele lidava com os acontecimentos. “O Brig Alves deu uma demonstração de equilíbrio extra-ordinário, transmitindo entusiasmo e energia a todos que tiveram o privilégio de estar em sua companhia”.

Ao Brig Barros, o Diretor-Geral do DECEA desejou sorte, felicidade e su-cesso. “Tenho a certeza de que seus conhecimentos, sua experiência e sua excepcional capacidade de tabalho tra-rão importantes frutos para a nossa organização. A família do SISCEAB recebe você e sua esposa Maria Tereza com os braços abertos”.

4AEROESPAÇO

Treinamento de EM/TRM reúne profissionais do SISCEAB

O EM/TRM vem ao encontro de uma demanda do Sistema e de uma recomen-dação da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), que preconiza a apli-cação deste treinamento.

Portanto, o DECEA pretende disseminar esses conteúdos pelas diversas Organiza-ções Militares do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), por meio de outros cursos como este. No âm-bito do SISCEAB, o treinamento recebeu o código ASE-001.

O treinamento é sustentado por pilares de conhecimento e compreensão de temas como comunicação, consciência situacio-nal, gerenciamento do estresse, dinâmica da equipe, e processo decisório que dirige a vivência dos conceitos para que os erros humanos, compreendidos como inerentes ao homem, possam ser gerenciados de forma a serem evitados ou terem seus efei-tos minimizados, atendendo à doutrina de segurança que permeia as Organizações do SISCEAB.

O desenvolvimento de habilidades ne-cessárias ao gerenciamento dos recursos disponíveis no local de seu desempenho profissional otimiza o funcionamento inter-

no das equipes e do seu relacionamento com outras, oferecendo sustentação para o trabalho de toda a Organização.

Nesse primeiro encontro, os profissio-nais de diversas áreas do SISCEAB se reuniram nos dias 11, 12 e 13 de abril, no auditório da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA).

No local foi realizado mais um treina-

mento de “Gerenciamento de Recursos de Equipe, com foco no Gerenciamento do Erro” (EM/TRM), com a participação de 25 pessoas.

Os temas foram abordados em conjun-to – de forma dinâmica e multidisciplinar – pelos facilitadores: Lilian Dantas (psicó-loga); Maj Av Antônio Sérgio Coutinho da Silva; Maj Av Rozemildo Vaz de Souza; e 1º Ten QOECTA Sandro Roberto Nobre.

Brig Barros - SDAD do DECEA

Brigadeiro Barros é o novo Chefe do SDAD do DECEA

Primeira turma de profissionais do SISCEAB a receber o treinamento EM/TRM

Error Management/Team Resource Management (EM/TRM) é um treinamento desenvolvidoa partir dos conceitos do Gerenciamento dos Recursos de Cabine (CRM) e de outros TRM,

como os do EUROCONTROL e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (CENIPA)

Page 5: Aeroespaço 17

5AEROESPAÇO

Difundir, no âmbito do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o andamento dos vários assuntos em estudo nas organizações internacionais de interesse do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB) e – ainda - orientar os procedimentos dos represen-tantes do DECEA nos painéis e grupos de trabalho da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) e a participa-ção em eventos de outras organizações internacionais foram os objetivos da Pri-meira Jornada de Assuntos Internacio-nais de 2006, realizada no Plenário da Comissão de Estudos Relativos à Nave-gação Aérea Internacional (CERNAI), no dia 15 de maio, das 9h às 16h.

A Jornada foi coordenada pela Comis-são Estudos Relacionados à Navegação Aérea Internacional (CECATI), hoje inse-rida na CERNAI, que passará à subordi-nação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

No evento, foram apresentados os principais assuntos internacionais que estão sendo discutidos na atualidade,

abrangendo os Painéis da Comissão de Navegação Aérea, os Grupos de Traba-lho e de Coordenação do Atlântico Sul, a Rede de Dados Digitais, o Status de Desenvolvimento da Implantação dos Sistemas CNS/ATM, o Grupo Regional de Planejamento e Execução do Caribe e América do Sul e de seus diferentes Subgrupos, todos enfocando um breve histórico, o estágio de desenvolvimento atual e uma análise prospectiva dos tra-balhos futuros.

A abertura da Jornada, após autoriza-ção do Ten Brig Ar Paulo Roberto Car-doso Vilarinho, Diretor-Geral do DECEA, foi realizada pelo Presidente da Comis-são de Estudos Relativos à Navegação Aérea Internacional (CERNAI), Brig Ar Rafael Rodrigues Filho, que classificou o evento como um encontro facilitador, onde poderiam ser expressados todos os conhecimentos sobre os assuntos in-ternacionais ligados à navegação aérea e, ainda, autoridade para prover as ins-truções necessárias.

Logo a seguir, o Ten Brig Vilarinho apresentou suas diretrizes a respeito da participa-ção dos componentes do DECEA nos estudos em questão, com vista a orien-tar os futuros trabalhos destes Grupos. O Ten Brig Vilarinho falou, também, da importância dessa Primei-ra Jornada para o DECEA: “Todo o nosso Sistema está envolvido em algum assunto ou ação em even-tos internacionais, painéis, reuniões de trabalho da OACI, GREPECAS etc, e com isso, muitas pessoas estão relacionadas a um ou outro assunto, por isso, nada melhor do que, perio-

dicamente, fazer uma reunião para que - de uma forma ou outra – haja uma ho-mogenização de conhecimentos e que cada um consiga identificar qual é a sua efetiva atuação. Fiz questão de compa-recer à essa Primeira Jornada para ter uma idéia mais ampla sobre todos os nossos assuntos internacionais e ter conhecimento para poder acompanhar todas as ações pós-reunião”.

No decorrer do dia, foram apresenta-dos os seguintes assuntos:

Ficou decidido, no fim do encontro, que em outubro será realizada a segun-da Jornada, diante das necessidades apresentadas. A idéia é que se realize, pelo menos, duas Jornadas por ano.

ASSUNTO PALESTRANTE

Abertura Presidente da CERNAI

Brig Ar Rodrigues Filho

GREPECASACG-6/ALLPIRG’S

Maj Brig PohlmannMaj Brig R1 Normando

ATM/CNS/SGAIS/MAP/SGAERMET/SGAGA/AOP/SG

Ten Cel Av HemerlyCel Av Pelegrino

Maj R1 HenriquesTen Cel R1 Heleno

NSPACP

SASP

Maj Av CosendeyCel Eng CastroCap Av Nilber

ANSEPSCRSP

UITSAR/COSPAS-SARSAT

Cel R1 Walter PintoCap Esp CTA ClaudioMaj Av Luiz RicardoTen Cel Av Ferraz

OMMGT/SAT

AP/ATM(RLA /98/003)REDDIG (RLA/03/901)

Ten Cel R1 CarlosTen Cel Av Lauro

Cap Esp CTA EraldoCel Eng Castro

EncerramentoDiretor-Geral do DECEA

Ten Brig Ar Paulo RobertoCardoso Vilarinho

I Jornada de Assuntos Internacionais

O DGCEA apresentou diretrizes aoscomponentes do DECEA

O Presidente da CERNAI classificou o evento como um encontro facilitador

Page 6: Aeroespaço 17

6AEROESPAÇO

CINDACTA IO Primeiro Centro Integrado de

Defesa Aérea e Controle de Tráfe-go Aéreo (CINDACTA I) recebeu, no dia 10 de abril, visita de inspe-ção do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

A comitiva, composta pela alta-direção do DECEA e oficiais de diversas áreas, foi recebida pelo Comandante da OM, Cel Av Lúcio Nei Rivera da Silva, que proferiu palestra acerca das atividades re-alizadas e em andamento, mos-trando uma visão prospectiva fo-cada na missão do CINDACTA I. Na seqüência, a comitiva visitou as instalações e reuniões setoriais foram realizadas.

No encerramento da inspeção, o Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilari-nho, agradeceu a hospitali-dade, enalteceu o trabalho realizado pelos profissio-nais do CINDACTA I e os incentivou a continuarem com o mesmo afinco e de-dicação.

CCA-BRNo dia 12 de abril, foi dada

continuidade ao cronogra-ma de visitas de inspeção às Organizações subordi-

nadas ao Sistema de Controle do Es-paço Aéreo, quan-do o Diretor-Geral do DECEA esteve acompanhado dos Chefes dos Sub-departamentos de Tecnologia da In-formação e de Ad-ministração, para inspecionar o Cen-tro de Computação da Aeronáutica de Brasília (CCA-BR).

Tanto na apre-sentação realizada pelo Chefe do CCA-

BR, Ten Cel Int Gustavo, como nos comentários dos integrantes da equipe, o foco foi direcio-nado para as necessidades e ações realizadas no senti-do de adequar o corpo técni-co e a infra-estrutura daquela OM às novas diretrizes do Ór-gão Central do Sistema de Tec-nologia da Informação, que atribuem ao CCA-BR as ati-vidades ligadas à certifica-ção digital, excelência em softwares livres e mineração de dados e datawarehouse.

O estado das instalações e a qualidade dos processos exe-cutados na Organização foram muito elogiados pela comitiva, que se mostrou bastante satisfeita com a visita.

SRPV-SPNo dia 25 de abril, foi a vez do

Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SPRV-SP) ser inspecionado. O Diretor-Ge-ral, acompanhado do Vice-Diretor Executivo, Maj Brig Ar Ailton dos Santos Pohlmann, dos Chefes dos Subdepartamentos e de uma co-mitiva de Oficiais do DECEA, ava-liou o cumprimento do Programa de Trabalho Anual, ações de co-mando e óbices encontrados nas tarefas atribuídas ao SRPV-SP.

Constou da inspeção uma visita às instalações do novo APP-SP (já com as 20 consoles X-4000 ope-racionais), às edificações do radar STAR 2000 de Congonhas e à Tor-re de Controle (com os novos sis-

temas instalados, inclusive, o controle de helicópteros em pleno funcionamento).

Ao final da inspeção no SRPV-SP, o Ten Brig Vilari-nho demonstrou muita satis-fação em encontrar uma or-ganização, outrora com difi-culdades no cumprimento de suas atividades e, agora, em franca ascensão para o en-grandecimento do DECEA, do COMAER e do Brasil.

Visitas deinspeção do DECEA

O DGCEA enalteceu o trabalho dos profissionaisdo CINDACTA I

No SRPV-SP foi avaliado o cumprimento do PTA, além de outras ações

A comitiva de inspeção elogiou a qualidadedos processos executados pelo CCA-BR

Page 7: Aeroespaço 17

7AEROESPAÇO

LiteraLmente FalandoPossibilidades

Fabiana Borgia (*)Tempo é algo que aprendemos que existe, desde que nascemos,

desde que aprendemos a contar, desde que notamos o que ele nos faz. Isso tudo no nível da consciência. Mas o tempo também pode ser atemporal. Viagem? Sim. E real. O que ficou para trás pode ser hoje e sempre. Sonhos passados podem acabar sendo sonhos pre-sentes. Outro ponto importante: sonhos nunca devem ser deixados para trás.

Eu sempre quis ver alguns de meus poemas virarem música. Pode ser que isso aconteça, como não. Mas eu preciso acreditar que isso é possível. Possibilidades. A física quântica fala sobre possibilidades.

O que a física tem a ver com tudo isso? Sabemos muito pouco so-bre as coisas. Talvez, por isso viver seja tão bom, porque nunca es-gotamos nossa possibilidade de ser.

Eu não entendo nada de física, de química ou de matemática. Mas há algumas poucas coisas que absorvemos.

Vivi anos querendo publicar meus livros. Anos. Um sonho desde criança, que veio quando cresci. A coragem veio depois. Muita coisa foi excluída. Tomei coragem quando perdi a oportunidade de lançar meu livro, quando deixei sonhos para trás, quando vi que deixaria tudo. Errei. E consertei o meu erro. Então, meu primeiro livro surgiu com tudo.

Temos medo de sentir falta da química. O desejo por algo que nem existe mais deve ser por isso. Temos medo de esquecer, ou melhor, sentir falta da química.

A física quântica fala de possibilidades, como eu já mencionei. Não em termos de física, mas por que precisamos nos moldar sem-pre ao que fomos, ao que passamos? Por que não podemos esquecer que temos passado, para tentar um futuro completamente diferente de como nos projetamos? Simplesmente porque não queremos es-quecer. Porque aceitamos um mundo pronto, com todas as regras já estabelecidas. Porque esquecemos que evoluímos. Porque esquece-mos que criamos e recriamos realidades. Porque nos acomodamos. Porque todos estes pensamentos não fazem parte do nosso cotidia-no. Porque preferimos deixar as coisas exatamente como estão. Por-que temos medo de mudanças. Porque estamos acostumados a nos acostumarmos com as coisas. Temos medo da falta da química, mas também de não saber nem mais o que somos. Pior é que mesmo com tais atitudes, ainda assim não sabemos quem somos, porque nos ca-muflamos nos hábitos, nos padrões.

Se o tempo não existe, nem mesmo o passado existe. Então o que somos nós? Desta forma, entendo que o passado tem toda uma rele-vância no contexto de nossas vidas. Afinal, se somos assim, se che-gamos até aqui, é porque fizemos exatamente tudo da forma como fizemos. Como isso não pode ser relevante? De fato, isso é muito relevante, mas não a ponto de nos tornarmos escravos disso tudo, como se nossos potenciais estivessem esgotados em escolhas, já fei-tas anteriormente, ou até mesmo por coisas impostas.

Até mesmo o que foi imposto, talvez pudesse ser escolhido? Na verdade, será que o imposto e a submissão não são atos da própria escolha?

Confesso que acho o passado fundamental. Mas esta idéia de pos-sibilidades me dá um conforto enorme. Eu não preciso ser tudo o que eu fui, porque eu posso ser melhor do que isso, a partir da mi-nha idéia de criação. Eu quero criar, até mesmo um passado dife-rente. Como fazê-lo? Vivendo um presente diferente que contradiz o passado, como se tivéssemos escolhido, em tempos atrás, coisas completamente diferentes das quais escolhemos. Como se tudo isso desafiasse nossa própria personalidade. É preciso aceitar o novo. E mais do que isso: a possibilidade do novo. Isso significa ser dono da própria vida. Isso significa abrir os olhos, aprender com o mundo e saber que é possível recriar todo este mundo. Podemos nos transfor-mar em outras pessoas.

Em termos de futuro, então, eu posso ser o que eu quiser. Não preciso seguir uma única linha. E isso implica dizer que serei tudo.

Várias vezes eu já me senti tudo, e todos os dias eu me sinto parte do mundo, parte do todo, ou quem sabe, de tantos mundos, que nós sem sequer supomos. Isso me faz pequena, mas ao tempo grande, que sinto uma plenitude em meu ser.

Se meu pai não tivesse encontrado mi-nha mãe, eu estaria aqui, neste momen-to?

Até que ponto eu escolho tudo?Será que numa outra consciência não fui eu que escolhi os meus

pais? Será? O que é possível? Possibilidades. Respostas diversas, que nunca vão ser certezas. Nem mesmo a física poderá respondê-las. Nem a psicologia, nem a religião, nem a teologia, nem a filosofia, nem ciência alguma.

E para quem acredita em alma? Prova-se a existência da alma? Prova-se a existência de Deus? Prova-se a existência do amor? Sei que as reações que temos com nossas emoções podem ser provadas. Mas o restante não.

Eu escolho acreditar em tudo isso. Criei minha própria realidade? Por que para mim isso é tão verdadeiro, e para outras pessoas isso tudo é tão sem importância? Porque são realidades distintas. E mi-nha realidade é fruto de minhas percepções. Então o que realmente existe? Qual a diferença de verdade e realidade? Realidade é experi-ência. A verdade não conhecemos. Esta conclusão provém da minha realidade ou é verdade? Se eu acredito em tudo o que falei? Eu acre-dito com todas as minhas forças. Mas a única certeza que tenho é a seguinte: prova-se que nosso cérebro depende de certas químicas, que fazem com que a gente se vicie por elas. Com isso, adquirimos hábitos. Eu quero quebrar todos os meus hábitos e meus vícios. Até o sofrimento é um vício. O amor é um vício. Um casamento infeliz ou feliz. Uma doença. A dependência é o sinônimo de vício. A lucidez, a racionalidade, também pode ser um vício.

Mas a certeza que tenho é esta: mesmo com as químicas, com os hábitos, o futuro me reserva possibilidades, se eu quiser acreditar em algo completamente diferente. Neste ponto eu sou Deus? Não. Jamais pensaria assim. Mas sou dona das minhas escolhas, da mi-nha criação. E ao mesmo tempo, não sou dona de nada, porque sou apenas parte. E sei que há forças maiores no mundo, que conspiram a favor de nossa criação.

Quando penso em Deus, não consigo vê-lo como semelhante, como uma figura humana. Se semelhança existe entre Criador e criatura, posso dizer que significa que Deus nos deu esta capacidade de pensar, como ele o fez, esta tal capacidade de criar.

Não concebo Deus como uma forma. Acho Deus grandioso de-mais. Mas consigo sentir paz nos lugares onde existe paz. E sei que Deus sonda os meus pensamentos. No entanto, eu não enxergo meus próprios pensamentos, mas sinto. Esta é a minha realidade. Verdade está longe de ser. Afinal, eu não sou Deus. E trago minhas dúvidas como impotência, mas a minha capacidade de fazer alguma diferença como um potencial inesgotável, já que todos somos filhos de Deus, independentemente de toda e qualquer diferença.

Amo a vida.

(*) A autora é 1º Ten da FAB, Bacharel em Direito pela PUC de Cam-pinas, especialista em Direito Público, cursando especialização em Bioéti-ca na PUC/RJ. Trabalha na Assessoria Jurídica e Seção de Investigação e Justiça do DECEA. É autora do livro de poemas Traços de Personalidade. Participa de vários eventos poéticos no Rio de Janeiro, entre eles o Con-versa Portátil, organizado por Pedro Lage, no casarão da Cosme Velho, pertencente à família de Austregésilo de Athayde, República dos Poetas, organizado por Ricardo Ruiz, no Museu da República e Poemashow, orga-nizado por Tavinho Paes.

Page 8: Aeroespaço 17

8AEROESPAÇO

O Primeiro Centro Integrado de Defe-sa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) realizou, nos dias 30 e 31 de março, o Encontro Anual de Elos e Usuários do Sistema de Prevenção de Acidentes e Incidentes Aeronáuticos (SIPAER).

No Encontro, foram apresentas as atividades de investigação e prevenção executadas pelo CINDACTA I na sua área de jurisdição. Foram divulgadas, também, as recomendações para a prestação de um serviço de controle do tráfego aéreo mais seguro.

Estiveram presentes ao evento os elos SIPAER representantes dos Destacamentos de Controle do Es-paço Aéreo subordinados, dos GNA da INFRAERO jurisdicionados e re-presentantes das Empresas Aéreas (TAM, VARIG, GOL, OCEAN AIR, CRUISER e PANTANAL).

Os temas apresentados foram os seguintes: Programa de Qualidade; ASEGCEA – estrutura, funciona-mento e ações; SIPACEA – ocorrên-cias ATC; Qualidade no ATC; Incursão em Pista; Radiointerferência na nave-

gação aérea; Operação simultânea em Brasília; Cobertura VHF; e ATC – Uma Visão do Usuário.

Encontro Anual do SIPAER é realizado no CINDACTA I

O Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Con-trole de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), com sede em Curitiba (PR), promoveu, no período de 20 a 30 de março, a 1ª Campanha de Manutenção no Destaca-mento de Controle do Espaço Aéreo de Morro da Igreja – SC (DTCEA-MDI).

A equipe, formada por 38 militares, fez pequenas reformas de infra-estrutura, manutenção preventiva e corretiva na área técnica, identificação de militares, dis-tribuição de fardamento e treinamento militar.

O encerramento da campanha, que foi realizada con-comitantemente com uma visita de inspeção, foi presi-dido pelo Comandante do CINDACTA II, Cel Av Ayrton José Schultze.

CINDACTA II promove 1ª Campanha de Manutenção no DTCEA-MDI

DTCEA de Santa Cruz tem novo ComandanteO Maj Av Luiz Marques de

Lima passou o comando do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Santa Cruz (DTCEA-SC) para o Cap Av Luiz Roberto Barbosa Medei-ros. A cerimônia, presidida pelo Cel Av Oswaldo Machado Carlos de Souza, aconteceu, no dia 5 de maio, na Base Aé-rea de Santa Cruz (BASC).

O Maj Av Marques está, ago-

ra, servindo à FAB na Base Aérea de Brasília.

O DTCEA-SC, que com-pletou 30 anos no dia 19 de abril, tem – em seu novo Co-mandante - a confiança de melhoria constante nos servi-ços prestados ao controle do espaço aéreo.

O Cap Medeiros é carioca, tem 36 anos, e alcançou o posto de Capitão em agosto

de 2001. Atuou como Chefe de Manutenção do Sétimo e do Terceiro Esquadrões do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAv e do 3º/8º GAv). Foi, ainda, Adjunto do A4 (Seção de Material) da Ter-ceira Força Aérea (III FAE). Antes de assumir a Chefia do DTCEA-SC, foi Oficial de Ma-nutenção do Grupo de Trans-porte Especial (GTE).

Foram apresentadas atividades de investigação e prevenção

Vista aérea do DTCEA-MDI

Page 9: Aeroespaço 17

Uma equipe de auditores do Instituto de Fomento e Coor-denação Industrial (IFI), nos dias 25 e 26 de abril, auditou o Sistema de Gestão da Qualidade implementado na Sala de Informações Aeronáuticas (AIS) do Destacamento de Contro-le do Espaço Aéreo Eduardo Gomes (DTCEA-EG).

Havia grande expectativa dos auditores quanto ao Siste-ma, em decorrência de muitas mudanças no efetivo, incluin-do, principalmente, a efetivação do 2º Ten Esp Met Marcelo Barretto da Silva, em agosto de 2005, como representante da Direção. No desenvolver da auditoria, ficaram evidentes o altíssimo compromisso, a dedicação e a responsabilidade de toda a equipe com o trabalho.

Do Comandante do DTCEA-EG, Maj Av Rafael Ernesto de Almeida Sampaio, ao mais novo operador, reputa-se, com louvor, o excelente resultado obtido: nenhuma não confor-midade e muitos elogios da parte dos auditores.

O encerramento do evento foi presidido pelo Cel Av Eduar-do Antonio Carcavallo Filho, Comandante do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), e contou com a presença do Ten Cel Av Leô-nidas de Araújo Medeiros Júnior, Chefe da Divisão de Ope-rações do CINDACTA IV, e do 1º Ten Esp Met Fábio de Oliveira Mota, Adjunto da Seção da Qualidade do CINDACTA IV.

Durante a primeira quinzena do mês de abril, o 1º Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) participou da Opera-ção VENBRA IV, operação realizada en-tre a Força Aérea Brasileira e a Aviação Militar Venezuelana.

Coube ao 1º GCC, a montagem de um Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares Transportável (OCOAM-T) na

Base Aérea de Boa Vista (BABV), onde foram conduzidas as interceptações que ocorreram no território nacional, bem como a montagem de toda a estrutura necessária para as ações de comando e controle desenvolvidas durante a opera-ção.

O 1º GCC cumpriu de forma exemplar a sua atribuição, demonstrando total

profissionalismo e eficiência, contribuin-do, desta forma, para o sucesso da Ope-ração VENBRA IV.

Mais uma vez, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), através de seu “Braço Armado”, se fez presente no apoio irrestrito às opera-ções militares.

9AEROESPAÇO

Auditores do IFI revalidam o Sistema de Gestão da Qualidade da Sala AIS do DTCEA-EG

1º GCC participa daOperação VENBRA IV

Sala AIS do DTCEA-EG revalida o Certificado de Qualidade ISO 9001:2000

Page 10: Aeroespaço 17

Reunião do DECEA com a FAA apresenta soluçõesfuncionais para o desenvolvimento dos

atuais projetos em implementação

10AEROESPAÇO

Salvaero Recife ministra curso SAR para Esquadrões do GCC

DECEA promove em Curitiba oII ENCONTRO DE SEGURANÇA E DEFESA DO SISCEAB

No período de 03 a 07 de abril foi realizada, no Hotel Excelsior, no Rio de Janeiro, a Reunião DECEA/FAA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo / US Fe-deral Aviation Administration).

O Programa de Cooperação, estabelecido desde março de 2000 entre as duas Organizações, tem bus-cado soluções funcionais para diversos entraves ocor-ridos durante o desenvolvimento dos atuais projetos em implementação.

Ficou acordado que deverão ser realizadas duas reu-niões anuais entre as administrações para que se possa

gerir, com qualidade total, os projetos das instituições, que, no momento, são seis.

A primeira reunião de 2006, que contou com a presen-ça de 40 representantes do DECEA e da FAA vindos de diversas localidades do Brasil, dos Estados Unidos e da China (prestando consultoria aos EUA), teve como finalidade: a análise das ações realizadas por ambas as organizações no último ano; definir novas metas de trabalho com seus cronogramas, suas prioridades; e providenciar os recursos orçamentários e humanos ne-cessários em cada projeto do Acordo de Cooperação.

A equipe do Salvaero Recife ministrou, nos períodos de 24 a 28 de abril, em Natal, e de 02 a 05 de maio em Fortaleza, o curso SAR 005 (BÁSICO SAR) para o efe-tivo do Terceiro e Quinto Esquadrões do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (3º/1° e 5º/1º GCC), ex-pandindo a rede de elos credenciados em Busca e Sal-vamento na Região Nordeste. Participaram dos cursos, além de militares dos Esquadrões do GCC, militares do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de For-taleza (DTCEA-FZ), do Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAv), do Corpo de Bom-beiros do Rio Grande do Norte e do Centro Integra-

do de Operações Aéreas do Estado do Ceará. Foram abordados assuntos relativos à estrutura do

Sistema SAR Aeronáutico no Brasil, Anexo 12 da Con-venção de Aviação Civil Internacional e IAMSAR, den-tre outros.

Por ser a Busca e Salvamento uma atividade de ação humanitária, é dever de todos participar, de maneira pró-ativa, desse importante sistema. Os conhecimen-tos transmitidos no SAR 005 permitem aos alunos com-preender a exata dimensão do trabalho desempenhado pelo Salvaero e qual a melhor maneira de contribuir para o sucesso desse serviço.

O Departamento de Controle do Es-paço Aéreo (DECEA) promoveu, no pe-ríodo de 05 a 07 de abril, o II Encontro de Segurança e Defesa do SISCEAB, realizado em Curitiba (PR), na sede do Segundo Centro Integrado de Defe-sa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA II).

Para o encontro, coordenado pelo Subdepartamento de Administração do DECEA (SDAD), foram convidados re-presentantes de diversas organizações envolvidas nas questões de Segurança e Defesa, tais como COMGAR (Coman-do-Geral de Operações Aéreas), CIAER (Centro de Inteligência da Aeronáutica), INFRAERO (Empresa de Infra-estrutura Aeroportuária), organizações subordi-nadas ao DECEA e representantes dos

Destacamentos do CINDACTA II.

Durante o evento foram apresenta-das por cada orga-nização as princi-pais “ameaças” e as medidas preven-tivas para neutrali-zá-las. Foram tam-bém apresentadas as principais ocor-rências e as solu-ções individuais de cada regional.

Finalmente, atendendo ao objetivo maior deste encontro, foi elaborada e discutida, mediante a técnica de tra-balho de grupo, uma proposta de “Ins-

trução do Comando da Aeronáutica” (ICA) sobre Segurança e Defesa do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

Evento do DECEA reuniu representantes de organizações envolvi-das nas questões de Segurança e Defesa

Page 11: Aeroespaço 17

Muitas recorrem à religião, outras, a novos trabalhos, novas causas e até a novos amores a quem se dedicar. Há vezes, tam-bém, que a mudança, embora radical, se dê de forma relativa-mente branda. Pessoas que simplesmente refletem sobre suas vidas e compreendem que algo precisa mudar ou ser feito para que a felicidade e a plenitude voltem a fazer parte do dia a dia.

E não podemos deixar de citar aquelas que mudam seu comportamento de um jeito manso, paulatino, fluido. Pessoas que já se encontram num meio favorável e que optam por caminhos que, naturalmente, as modificam para melhor, sem que seja necessário “dar com a cabeça na parede” e se afogar em lágrimas.

Muitos de nós passamos por experiên-cias similares e/ou conhecemos quem já passou. No entanto, não é raro não nos darmos conta de que há entre nós pesso-as que recorreram a atividades bem dis-tintas de suas tarefas de trabalho e nelas encontraram não uma válvula de escape, mas um novo significado para suas vidas.

Do primeiro grupo de pessoas (as que adotaram novos caminhos após um forte trauma), temos o exemplo da Maria Lúcia Rangel, que atualmente trabalha no Setor de Serviço Social do DECEA.

Lúcia, como é conhecida, entrou para a FAB em fevereiro de 1979 – há 27 anos. Tinha concluído sua formação como Téc-nica em Nutrição e prestou prova para concurso público para serviços diversos, sendo admitida, por ter ficado em primei-

ro lugar na classificação geral, na DIRMA (antiga Diretoria de Material da Aeronáutica, atual DIRMAB – Diretoria de Material Bélico), onde logo foi alocada no rancho.

Sua função era cuidar dos cardápios oferecidos, no entanto, ao longo dos vinte anos em que trabalhou lá, ela cuidou não só do cardápio, mas dos cinqüenta homens que freqüentavam o local. “Meus cinqüenta filhos”, como ela mesma diz.

Quatro filhos e quatro netos, divorciada desde 1982, beijo-queira assumida, Lúcia, com sua animação contagiante, diz que não está namorando; “sou paquerante”. Há alguns anos ela tal-vez não pudesse supor que seria esta pessoa tão descontraída, muito embora, apesar dos percalços da sua vida, nunca tenha sido mal-humorada.

Após o incêndio do aeroporto Santos-Dumont, que aconteceu – ela lembra muito bem – numa sexta-feira, dia 13 de fevereiro de 1998, Lúcia foi transferida para o Hospital Central da Aero-náutica (HCA), onde prestou serviços durante cinco anos na área administrativa da Secretaria do Laboratório de Análises.

Nesta fase, Lúcia não tinha tempo livre. Depois de cumprir o expediente, atendia voluntariamente todos que necessitavam de cuidados, chegando a dedicar-se até doze horas por dia, de segunda à sábado, mas sempre com muito prazer e, com toda

sua dedicação. Atendia até mesmo no jardim do Hospital. “Além de fazer o meu trabalho, procurava a quem atender fora da minha sala. Se aparecesse alguém chorando, eu corria para ver o que tinha acontecido. A pessoa desesperada pre-cisa receber atenção e uma palavra de conforto”, explicou.

Foi, de fato, uma época muito estres-sante. A tal ponto que um médico solicitou que fizesse exames com um cardiologis-ta, pois ela estava hipertensa.

Desde pequena, por conta da influência paterna, Lúcia teve contato com diversas terapias alternativas, como massagens, técnicas de relaxamento e homeopatia. No auge do estresse, Lúcia conheceu, por indicação de uma amiga, uma senho-ra chamada Sônia, que trabalhava com Cromoterapia, Reflexologia e Aromate-rapia. Com ela, Lúcia fez um tratamento holístico e ficou totalmente relaxada, ao ponto de não precisar mais dos medica-mentos.

A partir de então, em 2003, resolveu estudar estas técnicas e se especializar em Reflexologia (massagem aplicada em

11AEROESPAÇO

Por Telma Penteado

Reportagem Especial

180ºmeia volta, volver!Muitos são os motivos para que uma pessoa dê uma guinada em sua trajetória, almejando, evidentemente, uma transformação que eleve a qualidade de sua vida. Por vezes, pes-soas se vêem em situações limítrofes, do tipo “ou muda, ou muda”. Pessoas que perdem muito dinheiro, bens materiais, emprego ou parentes muito próximos tendem a cair numa depressão profunda da qual só saem dando uma extraordinária “volta por cima”.

Lúcia: “a pessoa desesperada precisa receber atenção e con-forto”

Page 12: Aeroespaço 17

pontos específicos dos pés e das mãos, que permite ao pacien-te atingir um alto grau de relaxamento e bem-estar físico e emo-cional).

Como deve se aposentar em meados de 2007, Lúcia pretende abrir um consultório para fazer seus atendimentos, reservando dois dias da semana para visitar hospitais e casas de repousos para ofertar não só sua massagem, mas também seu carinho.

Hoje, sua vida é bem melhor que antes. Segundo relata, a Reflexolo-gia faz tanto bem, que ela deseja passar os benefícios para outras pes-soas. “Eu saí do fundo do poço sem nenhum remédio”, confidencia.

Seu próximo passo? Formar-se em Drenagem Linfática. Bom para ela, bom para quem priva de sua companhia! ([email protected]).

Do grupo daqueles que naturalmente permitem que uma ati-vidade paralela ao trabalho os beneficie nas tarefas rotineiras e nas suas relações com seus colegas, temos o exemplo do SO Wagner Pereira da Fonseca. Ele entrou para a FAB em 1981, tem formação em Processamento de Dados e trabalha há 10 anos na Divisão de Recursos Humanos (D-RHU) do DECEA. Lá ele tem a incumbência de desenvolver o site do setor.

Conhecendo sua história, ficamos sabendo que sua compa-nheira de vida é a música. Desde seus dez anos o SO Wagner gosta de dançar e tem grande interesse por samba e por instru-mentos de percussão, mais especificamente, pelo pandeiro.

Há dois anos resolveu colocar a mão na massa – ou melhor, no pandeiro! – e começou a ter aulas do instrumento. “O pandei-ro é um instrumento que se aplica a diversos ritmos – cerca de trinta, como por exemplo o samba de raíz, o samba-enredo, o baião, o jongo, a embolada e o ilê”, define Wagner. Em 2005, ele conheceu o percussionista e professor Pedro Lima, com quem tem aulas de aprimoramento até hoje.

Com ele, Wagner aprendeu a técnica e, com igual ênfase, a importância do improviso, da intuição. Levando para sua vida profissional de militar, ele pôde reparar como esta capacidade de atentar à intuição e à linguagem não-verbal se aplica bem ao que faz.

Wagner usou como elemento principal da metáfora o site que desenvolve. “Antes, na elaboração de uma página, não me in-teressava se o botão era preto ou azul, grande ou pequeno. O que importava era clicar um botão que acessasse o relatório que se desejava ter e pronto. Somente a informação era fun-damental. Hoje dou valor à imagem, à cor, à animação. A lin-guagem não-verbal conta muito para uma melhor visualização da informação, que geralmente aparecia com um layout muito desinteressante”.

É sabido que a adequada utilização das mensagens sublimi-nares do não-verbal são fundamentais para que a comunicação se estabeleça e gere resultados positivos. Este processo de-manda, entre outros atributos, atenção, flexibilidade e jogo de cintura para atender e satisfazer ao cliente e ao público-alvo, características estas que muitos músicos compartilham.

A música, como bem mostrou Wagner, desenvolve a percep-ção, a concentração, o ritmo, a cadência – qualidades que po-dem (e devem) ser aplicadas em todas as áreas da nossa vida (profissional, pessoal, familiar etc.).

A postura multidisciplinar alarga a visão do mundo e traz um ganho significativo na qualidade das relações que se estabele-ce, sejam elas quais forem.

E quando a mudança é o resultado de passos já dados, é a simples continuidade de uma estrada que há tempos já vem sendo trilhada, nos deparamos com o grato exemplo do 1S Car-los José Teixeira Pinho. Controlador de Tráfego Aéreo, Instrutor e atual Chefe de Equipe de Controladores de Tráfego Aéreo da Torre do Galeão, Pinho entrou para a FAB em 1986.

Além de exercer as atividades de Controlador, Pinho tem for-mação em Odontopediatria, e foi neste contexto que o interesse pela educação infantil através da arte na área de saúde aflo-rou.

A arteterapia surgiu em sua vida, como ele mesmo diz, “de forma acidental”. Ele buscava aprimorar seu projeto de educa-ção infantil com o trabalho de teatro de fantoches. Foi, então, que encontrou um curso de pós-graduação mais do que apro-

12AEROESPAÇO

SO Wagner: “a música desenvolve qualidades que podem ser aplicadas em todas as áreas da nossa vida”

1S Pinho: “minhas telas não são comerciais, têm apenas finalidades terapêuticas”

Page 13: Aeroespaço 17

priado aos seus interesses. Pinho se formou em “Arteterapia em Educação e Saúde”, pela Uni-versidade Cândido Mendes.

Neste curso, ele pôde compreender como, através de técnicas artísticas (teatro, artes plásticas, literatura, dança e música), atingir os conteúdos inconscientes das pessoas e, simul-taneamente, educá-las no que diz respeito à te-mática da saúde.

Vale ressaltar que as obras artísticas realiza-das no âmbito da arteterapia diferem das obras de artistas plásticos. Elas, como o próprio nome diz, têm cunho terapêutico. Não há qualquer co-brança, por exemplo, de prazos para exposições ou compromissos com uma estética vigente. O que há é liberdade de criação.

Segundo Pinho, “a noção de tempo para o ar-tista não é de ordem cronológica. Isto porque o objetivo do artista não é a obra pronta, é o pro-cesso da sua construção. A obra pronta; é de in-teresse do público, que busca a beleza estética e nela projeta seu simbolismo particular”.

Pinho não se dedica às suas telas todos os dias. Por conta da inspiração, ele tem que ter “o seu momento”. Ainda assim, a liberdade de criação e o cunho terapêutico não o impediram de expor seu trabalho. O público pôde ter contato com sua obra em exposições que fez no Rio-centro, no Rioshop e no Parque de Itaipava. Ele lembra que não vende suas telas, uma vez que elas são, para ele, como filhos. “Elas não são comerciais. Têm apenas finalidade terapêutica”.

Durante seu percurso pelas artes, Pinho foi apresentado à Dona Elisa, uma artista plástica que mora em seu bairro, Jaca-repaguá (Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro), e tem um ateliê. Com ela, ele aprimorou sua técnica de artista impressio-nista.

Há dois anos ele construiu um ateliê em sua própria casa, oti-mizando seu tempo – agora pode se dedicar às suas obras em horários mais flexíveis, permitindo-se, inclusive, ficar mais tem-po com sua esposa, Regina Célia – que é grande incentivadora do seu trabalho – e com seus filhos, Matheus Felipe (9 anos) e Carlos Felipe (6 anos).

As crianças também foram beneficiadas com o ateliê do pai. Eles participam ativamente, produzindo suas próprias telas. Ob-viamente, no caso das crianças, a motivação é o aspecto lúdico e intuitivo da arte. Não se evidencia, conscientemente, o aspec-to da terapia, muito embora ela se dê de forma natural.

Segundo Pinho, “lidar com este conteúdo emocional não trabalhado, oriundo do estresse ao qual estes profissionais se submetem, é primordial. Ao analisar e trabalhar estas emoções conturbadas, cada Controlador pode encontrar sua atividade te-rapêutica, sua válvula de escape. O importante é extravasar”.

Dentre seus projetos futuros está a formação em Psicologia. Quem sabe nossos Controladores não se beneficiem com seus conhecimentos e com seu trabalho tão prazeroso com a arte e possam encontrar neles próprios o mesmo entusiasmo e a mes-ma gratificação que Pinho tem? ([email protected]).

E estudar – de forma autodidata ou não – é, sem a me-nor sombra de dúvida, fundamental para o enriquecimen-to humano.

Há uma frase que diz que “o nosso universo é do tamanho do nos-so conhecimento”. Para o 1S Marcelo Roberto Franco Braga, a máxima cai como uma luva. Aos 34 anos, Franco é ca-sado e tem uma filha de sete anos. Trabalhou por 14 anos no Grupo Es-pecial de Inspeção em Vôo (GEIV) e hoje pres-ta serviço na Telemática do Rio de Janeiro, lidan-do com TELESAT.

Após ter lido vários livros sobre indução cerebral e Neurolingü-ística, o 1S Franco de-cidiu se aprofundar no universo da Neuróbica. Segundo ele, a Neuró-bica “tem como objeti-

vo manter um nível permanente de capacidade mental atra-vés de um conjunto de exercícios estimulantes. Apesar de envelhecer, o cérebro continua a possuir uma capacidade extraordinária de mudar padrões de conexões, o que deve ser estimulado”.

Os exercícios de estimulação são relativamente fáceis e Franco dá suas dicas: “se você é canhoto, experimente es-crever com a mão direita. Ao realizar este exercício você ati-vará conexões quase nunca utilizadas, aumentando a capa-cidade cerebral”. Outros exercícios estimulantes indicados por ele são discar o teclado do celular ou o telefone sem olhar para ele e, ainda, identificar objetos na bolsa somente pelo tato. “Como podemos notar, a vida cotidiana é a aca-demia da Neuróbica”, define Franco, que afirma, ainda, que o estímulo cerebral que ele realiza deixa seu cérebro mais ativo.

Os benefícios foram tão grandes, que Franco os propaga entre seus amigos. “Já incentivei alguns alunos que se pre-paravam para prestar concurso a incorporar os exercícios da Neuróbica em suas rotinas. O grupo relatou que conseguia ficar mais atento às aulas e que a capacidade de aprendiza-do havia melhorado significativamente”.

Muitos destinos, muitos caminhos, muitas trilhas escolhi-das. Atitudes que seccionam e transformam. Dor, medo, per-severança, consciência e fluência são alguns motivos para ir adiante, rumo ao crescimento pessoal. Muitas sendas, qua-tro exemplos. As áreas são distintas, porém interligadas em uma série de pontos em comum. Garra, vontade de mudar, vontade de se aprimorar, de se tornar um ser humano me-lhor, ajudar ao próximo e vontade de fazer.

Capacidade criativa, manual, cerebral, emocional não são simplesmente quesitos inerentes àqueles que mudam. São atributos inerentes àqueles que querem fazer acontecer.

Aproveite os exemplos, deixe-se tomar pelas motivações e permita-se fazer mais por você e, conseqüentemente, pelos que lhe cercam. Faça a diferença! Meia volta, volver!

1S Franco: “o estímulo cerebral que realizo me deixa mais ativo”

13AEROESPAÇO

Page 14: Aeroespaço 17

A Organizaçãodo Serviço SAR

Diversos Estados têm aceitado a obri-gação de realizar a coordenação e os ser-viços SAR aeronáuticos e marítimos, du-rante 24 horas por dia, nos seus territó-rios, nos seus mares territoriais e, quando apropriado, em alto-mar.

Para exercer essas responsabilidades, os Estados criaram organizações nacio-nais de SAR, ou se associaram a um ou mais Estados para formar uma organiza-ção regional de SAR, relacionada a uma determinada área oceânica, ou continen-tal.

Uma Região de Busca e Salvamento (SRR) é uma área de dimensões defini-das, que possui um Centro de Coorde-nação de Salvamento (RCC), na qual são prestados serviços SAR.

As SRR ajudam a determinar quem tem a principal responsabilidade em termos de coordenar as reações às situações de perigo em todas as áreas do mundo, mas não têm a intenção de impedir que qualquer um preste socorro a pessoas em perigo:

Os Planos de Navegação Aérea Regio-nal (RANP) da Organização Internacional de Aviação Civil (OACI) apresentam as SRR Aeronáuticas.

O Plano SAR Global da Organização Marítima Internacional (IMO) descreve as SRR Marítimas.

As áreas de atuação do Serviço de SAR nacional são conhecidas como Áreas de Responsabilidade SAR Brasileiras, Aero-náutica e Marítima, e estão a cargo da Aeronáutica e da Marinha do Brasil, res-pectivamente.

As entidades que reúnem os presta-dores do Serviço SAR, Aeronáutico e Marítimo, no Brasil são conhecidas

como: SALVAERO e SALVAMAR, res-pectivamente.

Já tivemos muitos casos no Brasil de aeronaves de particulares ou comerciais, como o caso do bebe resgatado com vida em acidente próximo ao Aeródromo de Sinop em 2005, de náufragos no meio do Oceano Atlântico, do Furacão Cata-rina e muitos outros em que a impren-sa sequer comenta, onde várias ações foram e sempre serão coordenadas pelo SALVAERO. Este é parte integrante e representa a própria Força Aérea Bra-sileira neste importante serviço prestado à todos cidadãos e em nome da nação brasileira.

O Serviço de Busca e Salvamento, inter-nacionalmente conhecido pela sigla SAR - Search And Rescue, é o responsável por cuidar da segurança das aeronaves, em-barcações e seus ocupantes desde o iní-cio de uma situação de emergência até resolver as emergências e as dificuldades das pessoas em perigo.

São profissionais trabalhando 24 horas do dia e da noite, sete dias da semana, 365 dias por ano, para a segurança da aviação e de toda a navegação aérea.

A realidade tem demonstrado serem muito poucos os conhecedores deste tra-balho silencioso que o Serviço de Busca e Salvamento faz para garantir ainda mais a segurança de tripulantes e passageiros, cooperando para o bem-estar e a segu-

14AEROESPAÇO

Colaboração: Equipe da Divisão de Busca e Salvamento (D-SAR) do DECEA

Eu não sabia!O Serviço deBusca e SalvamentoQuando as pessoas recebem a notícia de que uma aeronave ou embarcação passou por uma situação de perigo ou emergência e vítimas foram salvas, elas sequer imaginam tudo o que se passou até aquele momento, nem mesmo as próprias vítimas! A missão do Serviço de Busca e Salvamento (SAR), muitas vezes, é tratada, num sentido bem amplo, como: “MISSÃO SAR”, e requer seu entendimento como sendo o dever de cada cidadão, sociedade ou Estado de salvaguardar a vida humana, vítima de um incidente aeronáutico ou marítimo. Temos constatado que a maioria dos sistemas empregados na segurança operacional pelo DECEA pode ser até sabida por vários leitores da Aeroespaço, porém muitos desses podem não estar realmente conscientes de toda a capacidade brasileira em garantir a segurança na operação de aviões e da navegação aérea no Brasil, mesmo na emergência ou num pouso forçado. Para se ter a certeza de responder, com tranqüilidade e orgulho, que voar em nosso País é muito seguro, relatamos, a seguir, o que o DECEA disponibiliza e como o seu Subdepartamento de Operações (SDOP) aplica sua experiência na atividade SAR

Profissionais SAR trabalham para a segurança da aviação e de toda a navegação aérea

Page 15: Aeroespaço 17

rança da sociedade como um todo.Quando falamos de garantia da segu-

rança operacional no Brasil também es-tamos querendo dizer que, ao falharem quaisquer dos outros sistemas de segu-rança da navegação aérea de que se tem notícia, o Serviço de Busca e Salvamento vai entrar em cena para minimizar as per-das ou mesmo solucionar todas as emer-gências e dificuldades no que chamamos de um Incidente SAR.

A Divisão deBusca e Salvamento

Para gerenciar a atividade SAR e a pres-tação do Serviço de Busca e Salvamento, existe no SDOP, uma Divisão de Busca e Salvamento, a D-SAR, que se dedica per-manentemente ao gerenciamento do Serviço SAR Aeronáutico no Brasil. Ela responde por todo o planejamento, con-trole e a supervisão do Serviço de Busca e Salvamento Aeronáutico prestado em nosso País, além de atuar na representa-ção brasileira junto à comunidade SAR da Região Sul-americana (SAM) e ao Progra-ma COSPAS-SARSAT, sendo o Brasil parte desse Sistema Internacional de Satélites de Busca e Salvamento.

A D-SAR tem obtido grande sucesso nas suas ações, visto que na atualidade o Brasil tem exercido grande influência na organização, formação de recursos hu-manos e formulação de diretrizes para a

implementação dos serviços SAR em to-dos os Estados da região SAM, além de prosseguir no aperfeiçoamento de todo o Serviço SAR Aeronáutico e seus siste-mas no Brasil.

A Assessoria de Busca e Salvamento

É o grande suporte técnico-operacio-nal-cultural para as decisões da D-SAR, mormente na sua reestruturação, dota-ção e capacitação de pessoal e, especial-mente, no gerenciamento dos dois gran-des Sistemas sob sua responsabilidade, o Sistema SAR Aeronáutico (SISSAR) e o Sis-tema Internacional de Satélites de Busca e Salvamento (COSPAS-SARSAT), estando sempre pronta para interagir em prol do sucesso da Missão SAR: salvar vidas.

Ao longo desse período, de pouco mais de três anos, a Assessoria tem atuado nos diversos segmentos da D-SAR, atendendo às diretrizes ema-nadas, sempre assessorando a chefia, os chefes das seções e seus integran-tes, sobre quaisquer assuntos perti-nentes aos Sistemas, de modo que os trabalhos da Divisão sejam realizados de acordo com o cronograma estipulado e em conformidade com o planejamento plurianual estabelecido pela D-SAR e aprovado pelo SDOP do DECEA.

A Assessoria da D-SAR participa do desenvolvimento dos trabalhos e do

aprimoramento técnico-operacional dos componentes da família SAR, seja no ór-gão central seja nos diversos Centros de Coordenação de Salvamento (RCC) situ-ados regionalmente, com o sentimento do dever cumprido por ter prestado uma eficaz assessoria, respondendo, à altu-ra, a confiança depositada pelas chefias da Divisão de Busca e Salvamento e do SDOP do DECEA.

A Seção Auxiliar Quem entra pela primeira vez na Divi-

são de Busca e Salvamento, geralmente, não tem idéia de quão complexa é essa atividade. Pensam que a Busca e Salva-mento se resumia à atuação do Esqua-drão Aeroterrestre de Salvamento, o PÁRA-SAR. Porém, a atividade de Busca e Salvamento lida até com a tecnologia es-pacial do COSPAS-SARSAT, e esta é ape-nas uma das várias facetas desta nada simples e instigante atividade.

Acompanhando a contínua intensifica-ção das atividades na Divisão, ao longo do ano passado, a Seção foi organizada para concentrar a produção de docu-mentos; sistematizar os protocolos e or-ganizar os arquivos. A aquisição de novos computadores, logo de início, agilizou o serviço e atendeu o crescimento do efeti-vo que vinha ocorrendo.

As novas instalações, agora compatíveis com o crescimento da Divisão, permitiu

15AEROESPAÇO

Equipe da D-SAR dedica-se permanentemente ao gerenciamento do Serviço SAR Aeronáutico no Brasil

Page 16: Aeroespaço 17

16AEROESPAÇO

organizar melhor o espaço. As condições de trabalho melhoraram muito!

O efetivo da Divisão foi aumentando em quantidade e qualidade. Sistemati-zamos processos, melhorando o controle para atender o aumento da demanda e também nos adequamos aos princípios da economicidade, usando racionalmen-te os recursos disponíveis e perseguindo preceitos de qualidade.

Já no final de 2005, juntamos nossos esforços a todos os setores da Divisão, que - brilhantemente - obteve êxito na organização, junto com a Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea (CECATI), do esclarecedor SEMINÁRIO SAR / COSPAS-SARSAT e da Western Data Distribution Region (WDDR) COSPAS-SARSAT Meeting.

Foi implantado um arquivo geral único para evitar que documentos sejam ar-quivados em vários setores e dificultem consultas. Todos os documentos que dão entrada na Divisão são disponibilizados eletronicamente para o conhecimento do efetivo e gravados em mídia para que não tenhamos só o arquivo em papel.

Para o futuro, vislumbra-se a informati-zação total dos processos administrativos e operacionais; onde tudo fluirá eletroni-camente, poupando tempo e eliminando a “papelada”.

A Seção de Planejamento e Adjunto

Quando o assunto é “Busca e Salva-mento”, tratamos do bem de maior va-lor a ser preservado: a vida! No entanto, enganam-se aqueles que acreditam que um acidente envolve apenas as vidas das vítimas. Mais do que isso, um desastre transtorna a vida de todos aqueles que estão à sua volta: familiares, amigos, equipes de socorro e tantas outras pes-soas que se mobilizam nestes momentos para ajudar quem precisa.

Sendo assim, trabalhar com planeja-mento na área de busca e salvamento significa decidir antecipadamente por ações que realmente irão contribuir para o incremento e melhoria da prestação do serviço SAR, diminuindo o seu tempo de resposta e aumentando a sua qualidade.

A árdua tarefa de planejar para salvar vidas torna-se ainda mais difícil quando a responsabilidade de gerenciamento ex-

trapola o ambiente do Sistema de Con-trole do Espaço Aéreo (SISCEAB) e inte-gra ao seu dia-a-dia o funcionamento interdependente dos Sistemas SISSAR e COSPAS-SARSAT.

Quem um dia já se perguntou por que nossas crianças não aprendem técnicas simples de salvamento, a exemplo de seus colegas em outros países, percebeu que, de modo geral, somos carentes de uma formação educacional sólida, forja-da em princípios e doutrinas capazes de embasar decisões e propiciar a criação e evolução de um pensamento crítico da sociedade.

Conscientes desta deficiência, durante os dois últimos anos, nossa Divisão tra-balhou arduamente na formação de uma base educacional voltada para a busca e salvamento, elaborando o curso SAR 005 – Básico SAR, reformulando as estrutu-ras dos cursos SAR 001 – Coordenação SAR e SAR 002 – Auxiliar de Coordena-ção SAR e enfatizando a importância da realização de exercícios simulados nos Centros de Coordenação de Salvamento (RCC), os Exercícios SAR.

No entanto, a atuação da seção de planejamento não pode se ater, exclusi-vamente, à simples análise de dados ob-tidos e formulação de tarefas com pra-zos. Planejar também significa antever o futuro e se preparar para enfrentá-lo da melhor maneira possível. Para isso, temos pesquisado o que outros países, mais evoluídos na área de busca e salva-mento, como Canadá, França e Estados Unidos, têm desenvolvido em suas áreas de atuação.

De posse destas informações e confir-mando a evolução sólida e arrojada do Serviço de Busca e Salvamento Aeronáu-tico Brasileiro, conseguimos nos antecipar e dar passos decisivos para a inclusão do nosso país, o primeiro da América do Sul, em um rol seleto de países que atendem os Alertas de Perigo COSPAS-SARSAT e coordenam suas Operações SAR digi-talmente, minimizando erros humanos e possibilitando um acompanhamento on-line de todas as ações em andamen-to, para a efetiva supervisão do SISSAR na prestação de tão crítico e importante serviço para salvar vidas.

Assim sendo, o futuro próximo apre-senta-se ainda melhor na medida em que nos propicia planejar a implanta-

ção de simuladores para a coordenação de Operações de Busca e Salvamento e a elaboração de Exercícios SAR com a Força Aérea Brasileira e com Centros de Coordenação de Salvamento de países vizinhos.

A Seção de Controle

No decorrer dos últimos dois anos, a SAR-2 vem desenvolvendo esforços no sentido de fazer cumprir suas atribuições em nível de excelência, fazendo frente às transformações que estão ocorrendo na conjuntura atual do Serviço SAR.

Com a inserção e análise de dados re-lativos às Operações de Busca e Salva-mento (Operações SAR) realizadas e as correspondentes elaborações estatísticas das mesmas, demos forma aos Anuários 2004 e 2005. A intenção do Anuário tem sido de facilitar o acesso aos dados compilados e obter uma noção geral dos resultados da atividade fim no ano, como nunca feito antes.

O acompanhamento da realização dos Exercícios SAR, em atendimento a diretrizes internacionais, nos RCCs dos CINDACTAs, para o treinamento e ma-nutenção operacional de todo o pessoal dos elos de coordenação do SISSAR tem permitido a melhoria dos processos e da padronização operacional, por meio de feed-back imediato aos RCCs. Em coor-denação com a Seção de Normas, temos trabalhado na identificação de quais as

O Serviço SAR entra em cena para minimizar as perdas

Page 17: Aeroespaço 17

17AEROESPAÇO

diretrizes e normas seriam mais impor-tantes ou prioritárias de serem elaboradas ou revisadas pela D-SAR, por ocasião do acompanhamento e controle das Ope-rações SAR e dos Exercícios realizados nos RCC, verificando constantemente se estão em consonância com as normas e recomendações estabelecidas internacio-nalmente.

Os Informes sobre Incidente SAR, que tratamos usualmente como release, têm se consolidado como a melhor forma de descrever os acontecimentos nas Opera-ções SAR, facilitando em muito os infor-mes a todos elos do sistema e autorida-des, servindo inclusive de base para as Seções de Comunicação Social elabora-rem ou construírem suas reportagens.

E para que as atividades de contro-le possam ser plenamente realizadas é fundamental que se tenha um banco de dados fidedigno e continuamente atua-lizado. Depois de reconhecido esforço, dedicação pessoal do efetivo e melhoria dos equipamentos de informática dispo-níveis, ao longo do ano de 2005, foi pos-sível a montagem de um banco de dados do pessoal SAR que, ainda no início deste ano de 2006, foi concluído com a imple-mentação do Banco de Dados do Siste-ma SAR Aeronáutico (BDSISSAR).

O BDSISSAR contempla informações de quem já esteve na rede; quem está atuando e quem está entrando no sis-tema. Este acompanhamento contínuo

visa assessorar as importantes tomadas de decisões que venham a envolver os voluntários do Sistema. Numa atividade complexa como a Busca e Salvamento, exercida primordialmente por profissio-nais, desnecessário é ressaltar a impor-tância do controle da disponibilidade, competência e atualização técnica de cada elo. Com todo o pessoal que atua nos Elos de Coordenação SAR cadastra-dos, brevemente a SAR2 espera estabe-lecer também o controle da emissão e revalidação de Licenças e Certificados de Habilitação Técnica do pessoal de Coor-denação SAR e de algumas Facilidades SAR conveniadas.

Participamos na qualificação e aperfei-çoamento do pessoal do SISSAR, emitin-do pareceres sobre os cursos e treinamen-tos supervisionados pela D-SAR, sempre na busca de melhores indicadores para a melhoria da qualidade do Serviço de Bus-ca e Salvamento e seus Sistemas.

Além do acompanhamento para super-visão dos Exercícios e Operações SAR em andamento, a Seção tem implementado formas mais eficazes de controlar o es-tado operacional do Segmento Provedor Terrestre do Programa COSPAS-SARSAT para a emissão dos relatórios, estatísticas e atividades administrativas relativas aos compromissos internacionais da repre-sentação brasileira tanto no Programa COSPAS-SARSAT como no Serviço SAR da Região SAM. A elaboração das analises estatísticas das Operações SAR conjuntas com os resultados do COSPAS-SARSAT tem recebido especial atenção da D-SAR, para possibilitar ações corretivas ou de melhoria em mais curto espaço de tem-po, tanto para informação imediata ao Programa COSPAS-SARSAT, como tam-bém para ações corretivas no SISSAR e posterior divulgação no Anuário SAR.

A Seção de Controle, em pouco tem-po, estará também participando da im-plementação de ferramentas automati-zadas de Coordenação e Controle SAR / COSPAS-SARSAT que está prestes a ser iniciada e que permitirá a efetiva atuação da Administração SAR no gerenciamento das atividades de Busca e Salvamento.

A SAR2 objetiva ainda implementar e concluir os trabalhos previstos no pla-nejamento para este ano, controlando o andamento das atividades internas e também dos elos de Coordenação do

SISSAR, os RCC, além dos Grupos de Tra-balho e de Tarefa instituídos para um ou mais desafios do Serviço de Busca e Sal-vamento.

A Seção de NormasRealiza toda a tarefa relacionada com

a formalização dos procedimentos na-cionais para a atividade de Busca e Sal-vamento, analisando as Normas e Reco-mendações provenientes da ICAO e JID, e os Acordos Operacionais que envolvam os RCC Brasileiros (nacionais e internacio-nais) além de gerir a Biblioteca Técnica da Divisão.

Recentemente, toda a SAR-1 passou por uma reestruturação em seu quadro de pessoal, equipamentos e local de tra-balho. Tal providência foi parte de uma ação estratégica de longo prazo da D-SAR e do SDOP para otimizar as atividades do setor. Certamente as condições de traba-lho anteriores estavam sendo um obstá-culo ao desenvolvimento do SISSAR, em geral, e da D-SAR, em particular.

A SAR-1 pretende trabalhar fortemen-te para a elaboração de proposta de um Comitê SAR e Plano SAR Nacional, além do estabelecimento de um Manual SAR Nacional, ambos de âmbito aeronáutico e marítimo, pois hoje, para o Serviço SAR Aeronáutico, dispomos apenas do MMA 64-3, já com necessidade de sofrer uma revisão completa, visto que ele tornar-se-á um suplemento, como é o Manual Internacional Aeronáutico e Marítimo de Busca e Salvamento (IAMSAR) para o Anexo 12 “Busca e Salvamento”.

A D-SAR com o apoio do SDOP, está propiciando, atualmente, à SAR-1 os meios para desenvolver um trabalho amplo de organização normativa do Serviço de Busca e Salvamento, com as atualizações e edições de publicações necessárias, afora as outras providências, que serão de cunho normativo sistêmi-co, importantes para a condução de um sistema tão amplo e complexo quanto o SISSAR.

ConclusãoO Brasil tem sua eficiência reconheci-

da na garantia da segurança operacional da navegação aérea em toda sua área de responsabilidade, principalmente no que se refere à salvaguarda da vida humana.

O Serviço SAR entra em cena para minimizar as perdas

Page 18: Aeroespaço 17

Aproveitando a ocasião da comemoração do Dia Internacional do Serviço de Infor-mações Aeronáuticas, e para prestigiar esse profissional - foi realizada – de 15 a 19 de maio - a Semana Internacional dos Serviços de Informação Aeronáutica.

O evento – coordenado pelo Destacamen-to de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL) - reuniu, no primeiro dia, cerca de 60 profissionais da área AIS do Rio de Janeiro (DECEA, ICA, PAME, DTCEA-SC, DTCEA-AF, DTCEA-ST e INFRAERO dos Aeroportos Tom Jobim e Santos-Du-mont), no auditório Engenheiro Shibuya da INFRAERO (Aeroporto Internacional Tom Jobim), para uma sessão de palestras, na qual foram apresentados os temas: “Perspectivas Futuras do AIS” e “Novas Propostas de Car-tas ERC/IAC”.

Foi lida a Ordem do Dia do Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar Paulo Roberto Car-doso Vilarinho, quando foi ressaltado que o AIS vem assumindo uma destacada posição, juntamente com as demais atividades con-sagradas do SISCEAB, reestruturando-se de forma dinâmica, dando ênfase à informati-zação e à captação de Recursos Humanos.

Foi informado, ainda, que vários produ-tos foram desenvolvidos para acompanhar a exigência dos tempos modernos. Entre eles, o AISWEB – que já está em pleno funcio-namento, possibilitando consultas rápidas na Intraer sobe NOTAM, Boletins, Publica-ções, entre outras. Em breve, também, estará também disponível na Internet o Sistema Automatizado de Sala AIS (SAIS), que está em fase final de implantação em todas as

Salas AIS do País, o que vai permitir o pre-enchimento informatizado do plano de vôo pelo próprio usuário, facilitando as ações do Especialista AIS no seu trabalho diário, além de agilizar a preparação e o envio de mensa-gens correlatas.

Nos quatro dias subsequentes, houve uma exposição estática sobre o trabalho realizado numa Sala AIS, no Terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim.

Sobre a exposição, o Chefe da Divisão de Informações Aeronáuticas do DECEA (D-AIS), Cel Av Cláudio Augusto Gomes, explica que a intenção “foi chamar a aten-ção dos usuários de transporte aéreo para a existência do Serviço de Informações Aero-náuticas, e mostrar a sua importância e a sua qualidade”.

A exposição apresentou a rotina de traba-lho da Sala AIS através de uma linguagem simples e acessível ao público (sem siglas ou jargões), o que permitiu um melhor entendi-mento do serviço prestado.

Como coordenador do evento, o Maj Av Bertolino, Comandante do DTCEA-GL, avaliou que “a comunicação entre os profis-sionais de AIS e seus usuários é fundamental, pois é justamente o usuário que vai avaliar a eficácia do Sistema, apontando aspectos a melhorar. O trabalho do Controlador, sabi-damente importantíssimo, depende, inten-samente, das informações fornecidas pelo especialista AIS, e isto o público usuário pre-cisa conhecer. O reconhecimento e a valori-zação do trabalho são aspectos fundamentais para o bom andamento das tarefas”.

Segundo o Comandante do DTCEA-GL,

a realização da Semana se tornou motivacio-nal, pois foi voltada para quem trabalha na especialidade de Informações Aeronáuticas, para que eles se sentissem prestigiados no Dia Internacional dos Serviços de Informa-ção Aeronáutica.

Um dado relevante revelado pelo Maj Av Bertolino é que no AIS, hoje, só existem Sar-gentos. “O primeiro oficial QOEA AIS vai se formar somente este ano. O AIS carece de oficiais. O Chefe da Sala AIS do Galeão é um Oficial Controlador. Em outros Des-tacamentos, o Chefe é um Oficial Meteoro. Não há um Oficial AIS para chefiar a própria seção e isso se faz cada vez mais necessário”, comenta.

De acordo com informações do Cel Av Cláudio, os usuários das empresas aéreas não têm idéia da infra-estrutura que há para que a aeronave saia de uma cidade para ou-tra. “A maioria sabe que os vôos são moni-torados por Controladores, mas ignoram de onde eles tiram as informações sobre clima, combustível, operacionalidade de aeropor-to, entre outras. É justamente na Sala AIS que o controlador vai buscar estes dados. O profissional de AIS é um divulgador de informações e não guarda segredo! O pri-meiro contato dos pilotos e dos despachan-tes operacionais (conhecidos como DOV) é numa Sala AIS. E eles têm que ser muito bem recepcionados para poder constatar que a equipe trabalha muito bem e que está bem servida em termos de infra-estrutura. O usu-ário quer ver que o dinheiro empregado no pagamento das tarifas aeroportuárias é bem utilizado e que retorna a ele como serviços de alta qualidade”- finaliza o Chefe da D-AIS.

SEMANA INTERNACIONAL DE AISmovimenta Aeroporto Tom Jobim - RJ

18AEROESPAÇO

Uma característica muito singular do AIS é que ele se constitui no primeiro contato do usuário com todo o sistema de segurança de vôo de qualquer estado, já que é através do Especialista AIS que o usuário recebe toda informação aeronáutica necessária para o desempenho de sua atividade específica. No âmbito do desenvolvimento da aviação civil, o AIS – sem deixar de ser importante como serviço, e mantendo sua responsabilidade pelo fornecimento de informação - se vê comprometido com o processo pelo qual atravessa a estrutura da Aeronáutica nos dias atuais.

Segurança, Regularidade e Eficiência – palavras-chave do AIS – apresentadas aopúblico na exposição

O grupo formado por profissionais AIS da área do Rio de Janeiro foram prestigiados na Semana

Page 19: Aeroespaço 17

19AEROESPAÇO

GEIV comemora 33 anos e homenageia seus integrantes

O Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) comemorou seu 33º aniver-sário com uma cerimônia militar reali-zada na manhã do dia 17 de abril.

O evento foi presidido pelo Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar Paulo Ro-berto Cardoso Vilarinho.

Na primeira parte da cerimônia, foram entregues prêmios aos desta-ques operacionais do ano de 2005: o Maj Av Gil, por ter completado a mar-ca de 1000:00 horas de vôo em aero-naves HAWKER EU-93 e EU-93; o Cap Av Pinheiro, por ter sido o piloto mais voado no ano, atingindo 299 horas de vôo; o SO Isaac, mecânico mais voa-do, atingindo 256 horas de vôo; o 1S Mário Marques, operador de sistema de inspeção em vôo mais voado, atin-gindo 284 horas e 40 minutos de vôo; e o 1S Donato, operador de sistema de posicionamento, com maior número de missões (78) em proveito da inspe-ção em vôo.

Em seguida, foram entregues prê-mios Graduado e Praça-Padrão para o 2S Cardeal e para o S1 Lourenço,

respectivamen-te. Os prêmios entregues pelas mãos do Comandante do GEIV, Ten Cel Av Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira, são conferidos aos militares que, por suas qualidades, atributos morais e profissionais, tenham se dis-tinguido de seus pares no desempe-nho de suas atividades.

Encerrando as homenagens, os ex-Comandantes do GEIV receberam uma lembrança comemorativa do 33º aniversário e o Ten Cel Gustavo pro-feriu palavras de reflexão sobre os avanços obtidos na inspeção em vôo, agradecendo a todos que contribuí-ram para o seu desenvolvimento.

O Comandante do GEIV não dei-xou de se reportar ao maior protetor dos trabalhos realizados pelo Grupo: “Considerando que nossa unidade precisa garantir a segurança dos pro-cedimentos de aproximação e pouso a serem realizados pelas demais ae-ronaves, voando nos envelopes mí-nimos de segurança freqüentemente

em áreas congestionadas, jamais po-deríamos deixar de agradecer a pro-teção de Deus, que vem nos garantin-do todos estes anos sem a ocorrência de fatalidades”.

Concluindo seu discurso, o Ten Cel Gustavo declarou: “Novamente a pura e simples aplicação de tecnologias inovadoras não será capaz de ga-rantir a obtenção de resultados qua-litativos sem que se estabeleça uma adequada metodologia de audita-gem dos serviços prestados. Seguin-do a tradição de nossos antecessores, o GEIV está preparado para assumir esta responsabilidade”.

Após o término da cerimônia, o efetivo e convidados se reuniram no interior do hangar do GEIV para co-memorar o aniversário.

As comemorações se encerraram no dia 19 de abril com uma home-nagem especial aos ex-integrantes do GEIV.

Servidor do CINDACTA I é destaque em nataçãoDanilo Dantas de Lima, servidor do

Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), participou em Goiânia-GO da 1ª etapa do Circuito Masters de Natação Goiano, onde obteve três medalhas de ouro, sendo uma nos 400 metros livre, uma nos 50 metros peito e outra nos 4x50 metros livre. O campeonato aconteceu no dia 25 de março.

Em Brasília, no dia seguinte, Danilo obteve, também, três medalhas na 1ª etapa do Campeonato Brasiliense

Masters de Natação; duas de prata e uma de bronze, sendo a primeira de prata nos 50 metros peito, a segunda nos 4x50 metros livre e a de bronze nos 100 metros livre.

Nos dias 21 a 23 abril, na Escola Na-val do Rio de Janeiro, Danilo participou do 39º Campeonato Master de Nata-ção Brasileiro, alcançando o 5º lugar.

Danilo tem 51 anos e trabalha no CINDACTA I há 31 anos como técnico em eletrônica e telecomunicações ae-ronáuticas. Sua trajetória na natação começou há seis anos, quando pa-

rou de fumar e, conseqüentemente, procurou uma atividade esportiva que lhe desse prazer e resultados. Logo no início, começou a treinar para competi-ções e tem obtido boas classificações.

Danilo é considerado

um dos cinco melhores do

Brasil nacategoria master de

natação

Ten Brig Vilarinho cumprimenta o Comandante do GEIV pelo aniversário

Page 20: Aeroespaço 17

20AEROESPAÇO

ICA celebra seus 23 anos, enfrentando grandes e novos desafios

Na manhã do dia 10 de maio, no pátio do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV), foi realizada a cerimônia de co-memoração do 23º aniversário do Insti-tuto de Cartografia Aeronáutica (ICA).

O evento foi presidido pelo Vice-Diretor do Departamento de Controle do Espa-ço Aéreo (DECEA), Maj Brig Ar Ailton dos Santos Pohlmann, que representou o DGCEA, Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardo-so Vilarinho. Acompanhando-o, estava o Diretor do ICA, Cel Eng José Carlos Rodri-gues.

Após a execução do Hino Nacional, foram entregues os Distintivos de Con-clusão do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos aos seguintes militares: 1S Esp Informações Aeronáuticas Romildo José Vaz; 1S Esp Informações Aeronáuticas Edvaldo Sppezapria Dias; 1S Esp Informa-ções Aeronáuticas Marino Salles Filho; 1S Esp Adm Roberto Monteiro Sobrinho; e 1S Esp Fotografia Sérgio Antônio de Oliveira Ramos.

Dando seqüência às homenagens, o Cel Eng Rodrigues agraciou o 1S Esp Car-tografia Adalberto Ferreira da Luz, como Graduado-Padrão; o CB Esp Guarda e Segurança Fernando Antônio Bento da Silva, como Praça-Padrão e Paulo Ro-berto Torres Braga, como Servidor Civil Padrão.

Ainda celebrando o aniversário do Ins-tituto, o Maj Brig Ar Pohlmann e o Cel Eng

Rodrigues entregaram os prêmios co-memorativos aos ex-Diretores: Cel Av R1 Vianna; Cel Av Meirelles e Cel Eng Silveira – in memoriam (representados por suas respectivas esposas); Cel Eng R1 Cary; Cel Eng R1 Fonseca; Cel Eng R1 Meggetto; Cel Eng R1 Paradelo; Ten Cel Eng R1 Erling; Cel Eng R1 Alison; Brig Eng Costa Filho; e Cel Eng Groch.

Após as homenagens, o Cel Eng Rodri-gues fez a leitura da Ordem do Dia, na

qual fez uma prospectiva de seu futuro: “o ICA, ao ensejo de mais uma etapa co-memorativa, numa ocasião tão auspicio-sa de sua existência, este seu 23º aniver-sário, de proveitosas realizações, enfren-ta novos e grandes desafios, os quais serão, com certeza, efetivamente ultra-passados, ao longo dos próximos anos. Um desses imensos desafios está sendo o de vislumbrar a sua missão aumen-tada, através da absorção da atividade de informações aeronáuticas, no que se refere à avaliação, processamento e tratamento dos dados recebidos, incluin-do-se, neste caso específico, aqueles encaminhados pelas empresas aéreas e pilotos, usuários de todas as publicações de informações aeronáuticas”.

O Cel Rodrigues declarou, ainda, que “foi grande o desejo de deixar patente-ado o mais profundo reconhecimento a todo o efetivo militar e civil do ICA, pes-soal esse com evidenciada qualificação profissional e, ao mesmo tempo, efetu-ar uma conclamação a todos para que busquemos desempenhar a nossa tare-fa de tão relevante papel no contexto da Cartografia Aeronáutica, no nosso País e no cenário internacional”.

Encerrando a cerimônia, a palavra foi passada ao VICEA que congratulou a todo o efetivo, enfatizando a qualidade do serviço prestado pelo ICA.

CCA-RJ recebe Oficiais Estagiários deAnálise de Sistemas do QCOA

Visando atender a solicitação do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), no período de 03 a 07 de abril, o Centro de Computação da Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ) promoveu o Está-gio Prático dos Analistas de Sistemas dos futuros Oficiais do Quadro Complementar de Oficiais da Aeronáutica (QCOA), sob coordenação da Maj QFO ANS Mônica Za-magna Leite da Seção de Instrução e Atua-lização Técnica deste Centro.

Neste período, os estagiários tiveram a oportunidade de identificar as áreas de atuação do Oficial Analista de Sistemas, com as seguintes palestras: A Divisão Téc-

nica do CCA-RJ; Sistemas Aplicativos; Web; Suporte a Redes de Comunicação; Suporte a Banco de dados Corporativos; Serviço de Atendimento ao Usuário de Tecnologia da Informação; e A Tecnologia da Informação em Operações Militares.

Para cada palestra houve um estágio de 50 minutos no respectivo setor, de modo que os estagiários pudessem vivenciar in loco as situações expostas anteriormente.

Também foram realizadas visitas aos Grupos de Trabalho SIGPES (Sistema de Informações Gerenciais de Pessoal) e SILOMS (Sistema Integrado de Logística

de Material e de Serviços) e ao DTCEA-TM (Telemática do DECEA) num contato direto com as antenas de comunicação e com as máquinas, servidores da Intraer e de telefonia.

Ao final do estágio, houve uma confra-ternização com troca de lembranças e agradecimentos de ambas as partes.

Desse modo, o CCA-RJ espera ter con-tribuído um pouco mais para elevar o nível técnico dos novos profissionais de Tecno-logia da Informação, que desde o dia 28 de abril estão prontos e a disposição do Comando da Aeronáutica.

Maj Brig Ar Pohlmann presidiu a cerimônia

Cel Eng R1 Paradelo, um dos ex-Diretores do ICA, recebe prêmio comemorativo das mãos do Cel Rodrigues

Page 21: Aeroespaço 17

Fruto de um estudo conjunto pelos Comandos da Aeronáutica e da Mari-nha, o Sistema de Controle de Tráfe-go Aéreo da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA) está rece-bendo um radar de área terminal Tha-les STAR-2000/RSM-970S e um novo Sistema de Tratamento e Visualização de Dados (STVD) Atech X-4000.

Os novos sistemas propiciarão a melhoria da segurança das opera-ções aéreas das unidades aeronavais sediadas naquela Base, bem como da Circulação Aérea Geral sob a respon-sabilidade da Torre de Controle de Ae-ródromo e do Centro de Controle de Aproximação (APP) de São Pedro da Aldeia. O novo radar integrará, ain-da, a rede de detecção que alimenta a Área de Controle Terminal do Rio de Janeiro.

O radar STAR-2000/RSM-970S integra um lote de onze unidades adquirido pelo DECEA, consoante critérios técnicos e opera-cionais específicos para o controle de aeronaves nos segmentos de subida após a decolagem e de aproxi-mação para pouso. Por sua vez, coube ao Comando da Marinha a contratação da infra-estrutura necessária e do novo STVD, e, à Comis-são de Implantação do Sis-tema de Controle do Espaço

Aéreo (CISCEA), a prestação de asses-soria técnico-especializada à Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha, ór-gão responsável pelo empreendimen-to. Além das ações em curso, foram desencadeadas novas tratativas vol-tadas para intervenções nos demais subsistemas correlatos, tais como os de meteorologia aeronáutica e de co-municações.

O Aeródromo de São Pedro da Al-deia (SBES) é subordinado à Marinha do Brasil, sob a administração da BAeNSPA, sendo dotado de todos os órgãos operacionais previstos para a categoria “IFR Não Precisão”. Guarne-cidos por controladores da Marinha treinados pelo Comando da Aeronáu-tica, o APP-Aldeia funciona 24 horas e tem jurisdição sobre a Zona de Con-

trole CTR-ES, correspondente à área restrita SBR-312, bem como parte dos Corredores Visuais da Região dos Lagos e os Espaços Aéreos Condicio-nados adjacentes.

A concepção para moderni-zação do Sistema de Controle de Tráfego Aéreo da BAeNSPA está baseada na proposição de soluções que objetivam a integração de todos os re-cursos a serem implantados no APP Aldeia e na TWR-ES, de modo a colocá-los em ní-vel operacional que possibilite uma aplicação moderna, efi-ciente, funcional e segura dos serviços de controle do tráfego aéreo.

21AEROESPAÇO

CCA-BR promove primeiro curso de Data WarehouseCom a finalidade de melhorar o co-

nhecimento dos militares sobre gestão das informações, o Centro de Compu-tação da Aeronáutica de Brasília (CCA-BR) promoveu, no período de 20 a 23 de março, o primeiro curso de Data Warehouse do CCA-BR.

O evento, que reuniu militares do CCA-BR, do CCA-RJ, do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) e do SILOMS (Sistema Integrado de Logística de Ma-terial e de Serviços), deu início ao pri-meiro semestre de cursos deste ano e marcou a inauguração da sala de

aula do CCA-BR, reformada recente-mente.

O Chefe do CCA-BR, Ten Cel Int Gus-tavo, apresentou aos participantes do curso a importância do Data Wa-rehouse como base para os Sistemas de Apoio à Decisão Organizacional.

Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia moderniza seus sistemas de

controle de tráfego aéreo

O radar da BAeNSPA integra um lote de onze unidades adquirido pelo DECEA

Sala do novo APP-Aldeia

Page 22: Aeroespaço 17

22

Histórico do DTCEA-FZO Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Fortale-

za (DTCEA-FZ) é subordinado operacional e tecnicamente ao Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), e administrativamente à Base Aérea de Fortaleza (BAFZ), tendo por missão operar e manter os órgãos e equipamentos do Sistema de Controle de Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) em Fortaleza.

O DTCEA-FZ, que já teve, até o presente momento, tre-ze Comandantes, tem sua origem nos anos 60, quando os órgãos ATC/ATS em Fortaleza eram subordinados ao Co-mandante do Grupo de Serviços de Base (GSB) da BAFZ, através da Seção de Comunicação e Tráfego Aéreo (SCTA).

Nesta mesma época foi ativado o Núcleo de Proteção ao Vôo de Fortaleza (NPV-FZ), que tinha por finalidade ope-rar e manter os órgãos e equipamentos do Sistema de Pro-teção ao Vôo na área de Fortaleza. Em 30 de outubro de 1979, passou a ser designado Destacamento de Proteção ao Vôo de Fortaleza (DPV-FZ). Com a sua desativação, em 27 de maio de 1992, o DPV-FZ deu lugar ao Destacamento de Proteção ao Vôo, Detecção e Telecomunicações 26 (DPV-DT 26), sendo a ele atribuída a responsabilidade de ope-rar e manter os seguintes órgãos e estações locais: Torre de Controle do Aeroporto Pinto Martins (TWR-FZ), Controle de Área Terminal de Fortaleza, (APP-FZ), Estação de Te-lecomunicações Administrativas do COMAER (ZWN-52), Estação Radar de Controle de Tráfego Aéreo em Rota (LP-23), Estação de Comunicações de UHF e VHF e da Casa de Força (KF).

Na mesma data, foi ativado o Grupamento TASA de For-taleza, que passou a responder pela jurisdição técnica, ad-ministrativa e operacional dos seguintes órgãos e estações instalados no município de Fortaleza: Sala AIS Aeroporto Civil, Centro Meteorológico de Aeródromo, Estação de Te-lecomunicações Aeronáuticas, ZWB-52, VOR/DME FLZ e NDB FLZ.

Em meados de 1994, o então Ministro de Estado da Ae-ronáutica desativou o Grupamento TASA de Fortaleza, res-tituindo ao Destacamento o controle técnico, operacional e administrativo dos órgãos e estações locais de proteção ao vôo do aeródromo de Fortaleza que estavam sob jurisdição do GTA-FZ.

Somente em 27 de fevereiro de 2003, passou a ser de-nominado Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Fortaleza (DTCEA-FZ).

O DTCEA-FZ ocupará, a partir de 2007, novas instala-ções, quando receberá novos equipamentos de radar, gru-po-geradores e estações de VHF, bem como nova Torre de Controle e Sala IFR. O novo Destacamento situa-se na área do antigo terminal de passageiros do Aeroporto Pinto Mar-tins.

O Apoio ao HomemO DTCEA-FZ é apoiado pela Prefeitura de Aeronáutica de

Fortaleza com seus cinco condomínios de apartamentos e vilas de casas localizadas próximas à Base, bem como nos bairros Aldeota, Bairro de Fátima, Praia de Iracema e Mei-reles, para atender seus militares Oficiais e Graduados.

Conhecendo o DTCEA

Fortaleza - CEA entrada principal do DTCEA-FZ

AEROESPAÇO

Page 23: Aeroespaço 17

Como o Destacamento não possui Hotel de Trânsito, utiliza o hotel da Base Aérea de For-taleza que possui 21 quartos para SO/SG - dis-ponibilizando aproximadamente 70 vagas - e 99 quartos para oficiais - com capacidade para até 200 pessoas, sendo necessário fazer reser-va.

O Destacamento dista do centro da cidade aproximadamente quatro quilômetros. A parte social é atendida pelos centros recreativos F-80 (Oficiais), B-25 (SO e SG) e C-95 (Praças), que possuem piscinas, área de churrasqueira e bar/restaurantes, salão de festas e sauna.

A BAFZ apóia o DTCEA-FZ através do Es-quadrão de Saúde que é dotado de emergência, atendimento ambulatorial e odontológico. Ca-sos especiais são encaminhados aos hospitais credenciados na cidade ou para o Hospital de Aeronáutica de Recife (HARF).

O EfetivoO DTCEA-FZ possui um efetivo de 130 militares e cinco

civis, distribuídos nas Seções Administrativa, Operacional e Técnica. Além dos seis Oficiais - Comandante e Chefes de Seções, são 35 Controladores de Tráfego operando no APP e na TWR de Fortaleza; dez BCO em duas estações de Tele-comunicações: B-52 e C-52; 18 especialistas em Meteorolo-gia, guarnecendo as posições operacionais do CMM, CMA e da EMS-1A; dez especialistas em Informações Aeronáuticas das Salas AIS Civil e Militar de Fortaleza; além do suporte técnico-administrativo composto de 14 técnicos, cinco ele-tricistas, dois eletromecânicos, tendo, ainda, um Sargento na Administração, um Cartógrafo, um Infantaria, dois Su-primentistas e 25 CB/SD.

A CidadeA bela cidade de Fortaleza figura dentre as cidades mais

visitadas no País. Muitos são os pontos que atraem turistas na cidade, tais como o Theatro José de Alencar, o Farol do

Mucuripe, a Catedral Metropolitana de Fortaleza, a Pon-te Metálica, a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, a Igreja da Prainha e Nossa Senhora do Rosário, o Outeiro da Prainha, o Paço Municipal e as Praias do Futuro e de Iracema.

O Comandante O Cap Esp Aer CTA Ma-

mede Sales Junior nasceu na cidade de Fortaleza – Ceará, em 09 de dezem-bro de 1955 e é casado com Maria do Socorro Silva Sa-les. É Praça de 1º de agosto de 1974, por ingresso na EEAR e formou-se em 16 de julho de 1976 na espe-cialidade de Controlador de Tráfego Aéreo, tendo, ainda, se formado Bacha-rel em Administração e Direito pela Universidade Federal do Ceará. Foi promovido a Capitão em dezembro / 2003. Dentre as funções exercidas ao longo de sua carreira estão as de Controlador da TWR-RJ/ACC-RJ, da TWR-SC, do APP/TWR Convencional de Fortaleza, do APP Radar/PAR-FZ, do APP Radar/PAR em SBBV (manobra militar), TWR-BV (manobra militar), do APP Radar/PAR em SBCG (manobra militar) e do APP Radar/PAR-NT (manobra mi-litar); Operador de P-COM em SBNV (manobra militar); Instrutor dos Cursos Teóricos para Avião/Helicóptero PP/PC - VFR/IFR na Escola de Pilotagem do Aeroclube do Ce-ará; Chefe da Seção de Operações e Oficial de Segurança do Controle do Espaço Aéreo (OSCEA) do DTCEA-FZ; Co-mandante Interino do DTCEA-PS; Instrutor do ICEA para os Cursos: AIS-001, ATM-011, CNS-006 e RAD-010; e Im-plantador do Ensino a Distância no ICEA para os Cursos: AIS-001 e ATM-011.

23AEROESPAÇO

Sala de Controle Radar do DTCEA-FZ

A jangada representa bem o clima turístico de Fortaleza

Cap Esp Aer CTA Mamede

Page 24: Aeroespaço 17

24AEROESPAÇO

O I Seminário de Coordenação do Espaço Aéreo no Teatro de Opera-ções aconteceu no período de 02 a 05 de maio, na sede do 1º GCC - Rio de Janeiro – RJ, e a cerimônia militar de abertura foi presidida pelo Maj Brig Ar Ricardo Machado Vieira, Comandante de Defesa Aeroespa-cial Brasileiro (COMDABRA).

Estiveram presentes na abertura o General de Brigada Sinclair Ja-mes Mayer (Comando da Artilharia Divisionária da Primeira Divisão do Exército), o Contra-Almirante José Henrique Salvi Elkfury (Chefe da Primeira Subchefia do Estado-Maior de Defesa) e o Contra-Almirante Walter Carrara Loureiro (Chefe da Terceira Subchefia do Estado-Maior de Defesa).

O Diretor-Geral do Departamen-to de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, em sua mensa-gem impressa no folder do evento

e dirigida aos participantes do 1º SCEATO, afirmou que o evento foi uma oportunidade para permitir que as Forças Armadas do Brasil esta-belecessem mecanismos de enten-dimento, e que – quando se fizer ne-cessário, estejam à altura dos desa-fios que se interpuserem no Teatro de Operações. Desejou, ainda, que “por meio do 1º GCC, os frutos do 1º SCEATO sejam a garantia futura de sucesso nas operações conjuntas e combinadas”.

Durante a realização do Seminá-rio, o Ten Brig Vilarinho esteve re-presentado pelo Brig Ar Ricardo da Silva Servan (Chefe do Subdeparta-mento de Operações do DECEA).

O Maj Brig Machado, em seu dis-curso de abertura do Seminário, dis-se que os objetivos propostos foram decididos no ano passado, no Es-tado-Maior de Defesa, juntamente com o Comando de Operações Na-vais, Terrestres e Aéreas e que sua

realização foi decidida pela neces-sidade das três Forças “sentarem para conversar sobre o tema”.

“O COMDABRA tem profundo interesse na realização desse en-contro, tendo em vista as dúvidas que têm surgido, precisamos evoluir para atender as expectativas. Acre-dito que esta é a primeira vez que as três Forças Armadas do Brasil se reúnem para discutir esse tema. A palavra-chave é coordenação do espaço aéreo, justamente para que não haja conflito dentro das nossas Forças”- concluiu o Comandante do COMDABRA.

O Contra-Almirante Carrara dis-se que muitas idéias surgiram das reuniões de operações combinadas, quando chegou-se a conclusão de que deveriam ser complementadas com seminários como o que esta-va sendo realizado. “É interessante que se tenha em mente o nosso pro-pósito de estabelecer parâmetros

I SEMINÁRIO DECOORDENAÇÃODO ESPAÇO AÉREONO TEATRO DEOPERAÇÕESFazendo parte do ciclo de Seminários propostos pelo Ministério da Defesa para o ano de 2006, coor-denado pelo Comando Geral de Operações Aéreas em conjunto com o Primeiro Grupo de Comunica-ções e Controle (1º GCC - Braço Armado do DECEA), e executado por este, o evento reuniu 92 militares do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil e do Comando da Aeronáutica para apresentar os fun-damentos do emprego da coordenação do espaço aéreo no teatro de operações nos conflitos da atu-alidade e, ainda, montar um grupo de trabalho para confeccionar um manual de doutrina sobre o tema.

A cerimônia militar de abertura foi presidida pelo Maj Brig Machado (COMDABRA)

Page 25: Aeroespaço 17

25AEROESPAÇO

básicos. As três Forças têm peculia-ridades e similaridades que tornam necessário o trabalho de doutrina de coordenação do espaço aéreo. Es-tamos buscando um modelo de uma coisa nova e procuramos um con-senso dentro das três Forças. Idéias concebidas devem ser avaliadas. Precisamos abrir a mente no senti-do de pensar em algo maior que é a operação e a coordenação das três Forças operando em conjunto. Esperamos que a troca de experi-ências, estabelecida pelos canais paralelos para a continuidade desse processo, tenha um bom desenvol-vimento”.

Após a cerimônia de abertura, fo-ram apresentadas as visões de cada Força no controle e coordenação do espaço aéreo.

No segundo dia, foram apresen-tadas a estrutura de coordenação e controle do espaço aéreo no teatro de operações, lições aprendidas em operações combinadas e documen-tos existentes para a coordenação do espaço aéreo e algumas orienta-ções necessárias para a o trabalho de grupo que seriam montados no dia seguinte.

Os grupos de trabalho formaram-se misturando militares das três For-ças em cinco grupos, por áreas de interesse. Cada grupo teve uma sé-rie de perguntas a responder. Eles se reuniram nos shelters montados especialmente para simular uma si-tuação de conflito, onde tinham toda a infra-estrutura necessária (telão, computador multimídia, quadro branco etc.) para a realização do trabalho proposto.

No último dia, as propostas de ações para melhoria foram apresen-tados por cada grupo. O Seminário promoveu uma ampla discussão sobre o tema proposto e servirá de base para a confecção de um Ma-nual de Doutrina do Ministério da Defesa, onde se-rão detalhadas medidas de coor-denação de con-trole do espaço aéreo no Teatro de Operações.

A cerimônia de e n c e r r a m e n t o contou com a pre-sença do Maj Brig Ar Ailton dos San-tos Pohlmann (Vice-Diretor do DECEA), repre-sentando o Ten Brig Vilarinho.

De acordo com o Ten Cel Av João Batista Oliveira Xavier, Coman-dante do 1º GCC, o resultado do Se-minário foi impor-tantíssimo para o Ministério da De-fesa. “Todos os dados apresenta-dos pelos grupos r e p r e s e n t a r a m um pontapé inicial para a confecção do manual pro-posto no objetivo do 1º SCEATO. Acredito que o

sucesso do Seminário deve-se a participação efetiva das Forças e o correto entendimento da real neces-sidade de uma coordenação efetiva dos meios aéreos empregado no te-atro de operações”.

Orgulhoso por recepcionar rele-vante evento do calendário do Mi-nistério da Defesa, o Ten Cel Xavier disse que “tanto pela comprovada experiência profissional de seus participantes, como pela sua impor-tância para a integração das Forças, em importantes definições e con-ceitos, os resultados do Seminário influenciarão de forma pioneira a doutrina de emprego combinado das Forças Armadas Brasileiras”.

A troca de experiências entre as três Forças Amadas teve bom desenvolvimento durante o Seminário

O Seminário promoveu ampla discussão sobre o tema proposto e servirá de base para o Manual de Doutrina do MD

Page 26: Aeroespaço 17

26AEROESPAÇO

Desde o dia 03 de abril de 2006, o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) passou a ocupar a última instalação a ter sido planejada, arquitetada, construída e entregue ao Go-verno Federal pela Comissão para Coordenação do Siste-ma de Vigilância da Amazônia (CCSIVAM), órgão do Coman-do da Aeronáutica, subordina-do ao DECEA.

O Centro de Coorde-nação Geral (CCG) do SIPAM, considerado o marco finalizador do Projeto SIVAM, abriga equipamentos e recur-sos humanos voltados, exclusivamente, às ati-vidades de coordenação das ações governamen-tais na Amazônia.

Com 3.600 m2 de área construída, de arquitetu-

ra moderna e altamente funcio-nal, o prédio do CCG é uma concepção da CCSIVAM.

O que um dia foi um sonho, gestado em meio às dificulda-des e premências de três órgãos do Governo Federal ma época (1990) – Ministério da Aeronáu-tica, Secretaria de Assuntos Es-tratégicos (SAE) e Ministério da Justiça – é, hoje, uma realidade.

O Governo brasileiro tem, ago-

ra, todos os meios para garantir, de forma racional, a harmonia en-tre as necessidades humanas e ambientais na Região Amazônica e propiciar seu desenvolvimento, inaugurando um novo modelo de administração pública, onde as informações, muitas delas em tempo real, são compartilhadas entre os vários órgãos do Gover-no, permitindo ações coordena-das entre todas essas instituições

que têm atribuições funcio-nais na Região Amazônica.

O Comando da Aeronáu-tica sente-se orgulhoso por ter recebido a incumbência de coordenar a implanta-ção do Projeto SIVAM, que – presentemente – é tido como referência interna-cional das causas ambien-tais mundiais – e tê-lo feito com correção e êxito com-provados.

CCSIVAM entrega o CCG doSIPAM ao Governo FederalO CCG foi projetado em andar corrido, compartimentado por divisórias, com piso elevado e teto em forro falso termo-acústico, para facilitar a

montagem e a manutenção das instalações. Na área central da edificação criou-se uma pequena praça e um jardim (átrio), com entrada de luz

natural, através de uma cobertura em policarbonato.

Vista aérea do CCG (fase de construção)

Page 27: Aeroespaço 17

27AEROESPAÇO

A dedicação e o trabalho árduo das equipes de busca e salvamento na

Operação SAR do PP-MAK “... para que outros possam viver” é, defi-

nitivamente, a máxima que melhor resume a rotina incansável do pessoal da Busca e Salvamento. Muito embora não sejam en-contrados sobreviventes em todas as mis-sões realizadas, a dedicação e o trabalho árduo das equipes de busca e salvamento refletem seu alto grau de profissionalismo. Eis, adiante, o relato da Operação SAR do PP-MAK, ocorrida em abril, em Santa Ca-tarina e Paraná.

Foi no primeiro dia de abril que o Sr. Marcelo entrou em contato com o Centro de Controle de Área de Curitiba (ACC-CW), informando que seu pai, Adílio, no comando do Helicóptero de prefixo PP-MAK (tipo R-22), havia decolado no dia anterior, em missão de translado para manutenção, da cidade de Lajes (SC) ao município de Ponta Grossa (PR) e, poste-riormente iria até Ribeirão Preto (SP) e, até àquela data, não havia conseguido ter informação alguma de seu paradeiro.

De imediato, o ACC-CW alertou o Centro de Coordenação de Salvamento de Curitiba (RCC-CW), visto que as ações de coordenação em uma Operação de Busca e Salvamento (Operação SAR) são de sua responsabilidade. O Coordenador da Mis-são SAR (SMC), de sobreaviso, realizou uma busca preliminar e estendida por co-municação (EXCOM) e apurou que Adílio havia feito último contato com o ACC-CW às 11h43 local. Por considerar a aeronave na situação de desaparecida, configuran-do a Fase de Perigo e um Incidente SAR, acionou as Facilidades SAR em alerta da Segunda Força Aérea (II FAe) que, por in-termédio do seu Centro de Operações Aé-reas (COA 2), engajou aeronaves e pessoal na Operação SAR, para atender ao Plano de Busca e ao Plano de Salvamento.

Foi inicialmente engajada uma aeronave Bandeirante do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAv), que se encontrava em Pirassununga – SP, deslocando-a para Curitiba, dando início às buscas.

As condições meteorológicas previstas para a área eram boas, propiciando uma melhor observação nas buscas, efetuadas durante todo o dia, mas sem êxito. A Aero-nave SAR 6544, do 2°/10° GAv, regressou, ao final da tarde, para a Base da Operação para que no dia seguinte, pudesse dar con-tinuidade às buscas. No entanto, não havia nenhum sinal que indicasse a localização da referida aeronave. Sendo assim, foi re-alizado um novo contato com o Centro de

Operações Aéreas da II FAe (COA 2) e este engajou mais uma aeronave, um helicópte-ro tipo UH-1H do 5°/8° GAv, para efetuar buscas próximas às regiões montanhosas, de mata densa e pouco habitadas.

A Defesa Civil, os Radioamadores, as Polícias Estaduais do Paraná e de Santa Catarina, bem como as Polícias Rodoviá-rias Estaduais e Federais foram informa-dos sobre o ocorrido e mantidos em conta-to constante com o SMC.

O Centro de Coordenação de Salvamen-to de Curitiba continuou coordenando as aeronaves engajadas nesta Operação SAR, cobrindo uma área de busca de aproxima-damente 3490 Km² até aquele momento.

Já no terceiro dia da operação, 03 de abril, devido às más condições meteorológi-cas insistentes, o SAR 6544 e o SAR 8703 tiveram que interromper as suas atividades por aproximadamente duas horas.

No dia 04 de abril as buscas tiveram reforço. Além das aeronaves da FAB, que atuaram como Coordenadoras de Aerona-ves (ACO), houve o engajamento de mais três helicópteros civis e um da Polícia Mili-tar de Santa Catarina. Assim, o Coordena-dor na Cena de Ação (OSC), designado em Lages, orientou as aeronaves civis sobre a segurança nas operações e padrões a execu-tar, conforme alguns indícios apresentados por familiares e por pessoas que efetuaram relatos de fatos ocorridos com helicópteros naquele dia.

Dois dias depois, pela manhã, foram re-passadas ao SMC as informações de que na região de Rio do Campo (SC), foram encontrados pedaços de pára-brisa com ca-racterísticas semelhantes as do helicóptero desaparecido.

Imediatamente foi mobilizada uma força tarefa local (policiais, bombeiros, volun-tários e agricultores) no intuito de checar estas informações. Porém, após análise dos pilotos, foi descartada a possibilidade do mesmo ser de uma aeronave. E nada mais relevante foi encontrado nas buscas que se seguiram.

Três dias depois foi feito contato com o Comandante Otávio, amigo do piloto desaparecido, que ajudou-o a planejar o vôo. Ele informou que o Adílio possuía, cerca de 400 horas de vôo no aparelho, estava em boas condições de saúde e que o equipamento realmente não possuía um Transmissor Localizador de Emergência – ELT, o que impossibilitou sua localização por satélites COSPAS-SARSAT ou mes-mo o envio do sinal auditivo de alerta em

121,5 MHz. Relatou, ainda, ser a primeira vez que seu amigo executava um vôo com aquela trajetória, pois sua área habitual de atuação era partir de Porto Alegre em dire-ção a alguns locais no interior do estado do Rio Grande do Sul.

Ainda nos dias seguintes, apesar do grande empenho de todos os profissionais envolvidos nas missões de busca, nenhum êxito foi obtido. A situação só mudou na tarde do dia 13 de abril, quando Rose, pa-rente de Adílio, entrou em contato com o RCC-CW e passou a informação de que teriam localizado o PP-MAK, na locali-dade de Laranjeiras, próximo à cidade de Taió (SC).

Imediatamente, o Centro fez contato com o Corpo de Bombeiros e Polícia Mi-litar de Taió, os quais, num primeiro mo-mento, não confirmaram a veracidade da informação. O Grupamento de Policia Militar de Taió, entretanto, sob coordena-ção do RCC-CW, deslocou uma equipe ao local para averiguação. Aproximadamente às 20h20, o soldado Gregório, do Grupa-mento de Policia Militar de Taió, ligou para o RCC-CW, informando que recebera a confirmação, via rádio, da equipe terres-tre, de que havia localizado o helicóptero, confirmando a sua identificação. Lamenta-velmente, informou também que seu ocu-pante encontrava-se sem vida dentro da aeronave.

No dia 14 de abril, o RCC-CW recebeu telefonema do Sr. Carneiro, administrador do aeródromo de Lages (SC), pedindo in-formações sobre o içamento dos destroços do PP-MAK, sendo-lhe informado que se daria após o processo de investigação pelo SIPAER.

De acordo com o Corpo de Bombeiros da Região, a aeronave foi encontrada por dois agricultores na localidade de Laranjei-ras, no município de Passo Manso. A Ope-ração SAR do PP-MAK foi dada como encerrada.

O Segundo Centro Integrado de Defe-sa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) encaminhará às autori-dades competentes, o relatório da Opera-ção SAR sobre as buscas do PP-MAK, para fins de supervisão e controle dos resultados obtidos e possíveis aperfeiçoamentos no Sistema SAR Aeronáutico - SISSAR.

Outras Operações SAR virão e com a certeza de que o empenho máximo de cada profissional SAR será sempre empregado para a salvaguarda da vida humana.

Page 28: Aeroespaço 17