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AFO 02 - Erick

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 2

PROFESSOR: ERICK MOURA

Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 1

AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS – FCC

TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 2

Prof. ERICK MOURA

Olá pessoal,

Bom revê-los aqui para mais um encontro.

Espero que tenham gostado da aula anterior.

Nessa aula vamos abordar os seguintes tópicos para a disciplina de AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC:

=> FUNDAMENTOS DE AFO NA CF, CONCEITOS DE ORÇAMENTO PÚBLICO.

=> ORÇAMENTO PÚBLICO: ELABORAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO.

=> CRÉDITOS ADICIONAIS, ESPECIAIS, EXTRAORDINÁRIOS, ILIMITADOS E SUPLEMENTARES.

Eventualmente irei inserir alguns temas relacionados para que possamos cercar o assunto da melhor forma possível, ok ?

Todos prontos?

Então vamos nessa !

AULA 2

ROTEIRO DA AULA – TÓPICOS

1 – Orçamento: conceito, elaboração e regimes orçamentários

2 - Orçamento Público: elaboração, acompanhamento e fiscalização

3 - Créditos adicionais, especiais, extraordinários, ilimitados e suplementares

4 - Revisão em Tópicos e Palavras-Chave

5 – Questões desta aula

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1 – Orçamento: conceito, elaboração e regimes orçamentários

1.1 – INTRODUÇÃO

Erick, o que é um ORÇAMENTO PÚBLICO ?

Inicialmente, seria interessante termos uma ideia do que é um orçamento em sua concepção simplista.

Na essência, até mesmo para uma pessoa comum, um orçamento é uma espécie de planejamento em que se avaliam desejos e necessidades com valores associados a uma previsão do que se tem para gastar.

Legal Erick, mas ainda não captei a ideia.

Vamos usar um exemplo de nosso dia-a-dia.

Em casa precisamos fazer um planejamento para confrontarmos o que temos de recursos e quais são nossos gastos. Assim, separamos nossas receitas para podermos pagar as despesas.

Se houver aumento de despesa, nossa “sobra” vai diminuir a capacidade de fazermos investimentos pessoais. Vejamos um quadro orçamentário hipotético de uma família para fixarmos melhor a ideia de um orçamento.

Os nomes dos personagens a seguir colocados são apenas para exemplificar. Qualquer semelhança é mera coincidência...... (já vi isso em algum lugar).

MÊS: NOVEMBRO/2009 IN-

GRESSOS GASTOS

Salário – João R$ 1.800,00Salário – Maria R$ 2.000,00Renda de aluguéis R$ 1.200,00

Escola dos filhos R$ 1.600,00Luz, Telefone, Gás R$ 700,00Supermercado R$ 2.000,00Empregada e INSS R$ 900,00Venda de um Terreno R$ 12.000,00

Empréstimos obtidos no Banco R$ 10.000,00Pagamento recebido de empréstimos concedidos R$ 5.000,00

Reforma da casa R$ 2.000,00Prestação da casa R$ 3.800,00Compra de carro R$ 25.000,00

TOTAL: R$ 32.000,00 TOTAL: R$ 36.000,00

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Neste exemplo, vimos que o planejamento não foi adequado, o que gerou um “furo” orçamentário de R$ 4.000,00.

É possível perceber que alguns ingressos e dispêndios, sob o ponto de vista econômico, têm certa aparência em comum.

Por exemplo, na parte de cima da tabela, os salários são recebidos como forma de retribuição de uma prestação de serviço mensal. Além disso, são ingressos usuais, comuns, correntes.

Na parte de cima do outro lado, temos que alguns gastos são utilizados para o custeamento da família, ou seja, são dispêndios para manutenção, custeio, ou seja, classificam-se como gastos correntes. Na parte de baixo do quadro, temos ingressos e dispêndios relacionados ao uso do capital.

Sob a ótica econômica, capital significa, em síntese, o conjunto de bens produzidos que participam da produção de outros bens.

Capital também é uma espécie de recurso, em moeda, investido ou disponível para investimento ou, ainda, pode ser um fundo em dinheiro ou o patrimônio de uma empresa.

Com isso, podemos concluir que a família hipotética não soube planejar o orçamento de forma para que ele ficasse equilibrado. No caso, haverá a necessidade de se captar recursos de empréstimos ou de se cortar algum gasto.

E o mais importante: É preciso ter transparência e responsabilidade nesse orçamento familiar, para que essas pessoas possam ter uma vida mais tranquila e poderem alcançar melhorias.

Acho que agora já conseguimos ver, com esse exemplo de um orçamento cotidiano, alguns conceitos do que os governos devem fazer.

Beleza Erick, mas e o tal do Orçamento Público?

No caso do governo, temos algo semelhante ao que ocorre em nosso cotidiano. Vejamos como exemplo uma obra que consiste na construção de uma ponte para ligar duas cidades que ficam separadas por um rio.

Os Prefeitos das cidades provavelmente não vão possuir recursos que possam arcar com a obra. Não se arrecada, em regra, o suficiente para construir uma ponte. Isto porque os municípios têm suas despesas correntes com servidores, entre outros, e de capital como, por exemplo, o asfaltamento de uma rua, que correm no orçamento municipal.

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Daí, essa demanda pela ponte gera necessidade de complementação de recursos para fazer frente a essa despesa. Geralmente, União e Estados en-tram com esse complemento.

Então..........., do mesmo jeito que se deseja construir a piscina em uma casa, o governo também precisa fazer alguma despesa para que se atenda à necessidade da coletividade. Para esse objetivo, é preciso ter responsabilid-ade.

E como se dá isso na esfera governamental ?

A essência da resposta, em nossa disciplina, está no fato de que as RECEITAS precisam estar PREVISTAS, enquanto que as DESPESAS têm que ser FIXADAS.

Também é preciso lembrar da concepção do que é a Atividade Fin-anceira do Estado. Esta se desdobra em receita, despesa, orçamento e crédito público e consiste em obter, aplicar, criar e gerir o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu.

Para isso, precisamos de um plano financeiro autorizado legal e formalmente, que consiste, em resumo, em uma pauta de dotações asso-ciada a uma realidade problematizada.

Mas temos outras abordagens sobre o tema.

Atualmente no Brasil, Orçamento Público é o documento do Poder Exec-utivo, aprovado pelo Legislativo, que estima receitas e despesas para o período de um ano, que envolve todos os órgãos integrantes da estru-tura governamental.

Sob a ótica política, podemos dizer que corresponde ao contrato formulado anualmente entre governo, administração e sociedade sobre as ações a se implementarem pelo Poder Público.

Não estranhem o fato de termos colocado que a despesa no orça-mento público também é estimada. No ordenamento jurídico brasileiro o que mais se vê é a frase: “PREVISÃO DE RECEITAS e FIXAÇÃO DA DESPESA”. No entanto, para se fixar a Despesa, temos que estimá-la o que não invalida este termo.

Temos ainda o entendimento de que o Orçamento Público é o in-strumento pelo qual o governo controla as finanças públicas e executa as ações governamentais, ensejando o objetivo estatal do bem comum.

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No Brasil, abrange a elaboração e a execução de três leis – o plano plurianual (PPA), as diretrizes orçamentárias (LDO) e o orçamento anual (LOA) – que, juntas, concretizam o planejamento e a execução das políticas públicas federais.

Bem, agora vamos adiante !

1.2 – ORÇAMENTO PÚBLICO – CONCEITOS, OBJETIVOS E CONTEÚDO

Antes de aprofundarmos, vamos inserir alguns comentários sobre a essência de um Orçamento Público.

Sob uma visão histórica, percebe-se que o orçamento público evoluiu ao longo do tempo. Isto decorreu da maior atenção que se deu à economia como um todo, bem como no aumento do tamanho da participação dos governos na vida de uma nação.

1.2.1 - CONCEITO DE ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL

O Orçamento Público, em sentido amplo, é um documento legal (aprovado por lei) contendo a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas por um Governo em um determinado exercício (geralmente de um ano).

1.2.2 - OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE OS OBJETIVOS E CONTEÚDOS DOS ORÇAMENTOS:

Quais os objetivos de uma política orçamentária ? Basicamente, são os seguintes:

• corrigir as falhas de mercado e as distorções, a fim de se manter a estabilidade,

• melhorar a distribuição de renda; e

• alocar os recursos com mais eficiência.

Além disso, o Orçamento também tem a função de:

• regular o mercado; e

• coibir abusos.

Assim, o Orçamento tem o objetivo de reduzir as falhas de mercado e as externalidades negativas. Estas seriam os fatores adversos

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causados pela produção, tal como a poluição, os problemas urbanos, entre outros.

Sabemos que o Governo intervém no mercado de várias formas. Por exemplo, por meio da política fiscal e da política monetária, controlam-se preços, salários, inflação, bem como se restringe a demanda ou se impõem choques na oferta.

A Política Fiscal, a Política Regulatória e a Política Monetáriasão instrumentos e recursos que o Governo utiliza para intervir na Economia.

Vamos destrinchá-las.

• Política Fiscal - envolve a geração e a administração de receitas. Também se refere com o cumprimento de metas e objetivos governamentais no orçamento. Utiliza-se este instrumento para a alocação, a distribuição de recursos e a estabilização da economia. Desta forma, com a política fiscal é possível aumentar a renda e o PIB, além de aquecer a economia, por meio de uma distribuição melhor da renda.

• Política Regulatória – utiliza medidas legais, tais como decretos, leis, portarias, etc., expedidas como alternativa para se alocarem e se distribuírem os recursos, a fim de se estabilizar a economia. Com a utilização das normas, diversas condutas podem ser banidas, como, por exemplo, as práticas abusivas, a poluição. Desta forma, também se evita a criação de monopólios ou de cartéis.

• Política Monetária – abrange o controle da oferta de moeda, da taxa de juros e do crédito em geral. Tem como objetivo a estabilização da economia e também influenciar na decisão de consumidores e produtores. Com a política monetária, pode-se, entre outros fatores, restringir a demanda e controlar a inflação e os preços.

Diante disso, observamos que o Orçamento Público funciona como uma baliza na Economia. Caso existam altos investimentos orçamentários do governo, é possível que o número de empregos aumente, bem como poderá haver um aumento da renda agregada.

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De outra forma, uma política orçamentária com baixos investimentos provocará, inevitavelmente, falta de emprego, queda ou desaceleração da economia, assim como redução do produto interno bruto - PIB.

Além disso, as políticas de governo é que irão resultar em orçamentos recessivos ou em orçamentos expansionistas. Na recente crise econômica mundial, observamos diversas posturas dos governos dos países para ajustar suas economias e seus orçamentos.

As principais funções do Estado consolidadas no Orçamento Público estão no quadro a seguir.

FUNÇÃO DO ESTADO CARACTERÍSTICAS

ALOCATIVA

• Objetiva ofertar serviços e bens que o mercado não oferece ou que possa oferecer em condições ineficientes;

• Cria meios para que se ofereçam bens privados ao mercado por produtores, por investimentos ou mediante intervenções, em razão do alto risco e do elevado custo;

• Retifica imperfeições no sistema de mercado, tais como oligopólios e monopólios;

• Corrige os efeitos negativos de externalidades.

DISTRIBUTIVA

• Busca tornar a sociedade menos desigual em termos de renda e riqueza;

• Utiliza, em regra, os seguintes mecanismos:

Tributação;

Transferências financeiras;

Subsídios;

Incentivos fiscais;

Alocação de recursos em camadas mais pobres da população, etc.

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ESTABILIZADORA

• Procura ajustar o nível geral de preços e o nível de emprego;

• Objetiva dar estabilidade à moeda, por meio de instrumentos de política fiscal, cambial e monetária;

• Busca também outras medidas de intervenção econômica, tais como controles mais rigorosos e estabelecimento de limites, ambos estabelecidos por normas legais.

Após essas noções básicas, que espero serem de utilidade para todos, vamos ao passo seguinte.

2 – Orçamento Público: elaboração, acompanhamento e fiscalização

2.1 – ELABORAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO

Este tema basicamente se refere ao CICLO ORÇAMENTÁRIO no Brasil, onde temos as seguintes etapas: Elaboração, Aprovação, Execução, Controle e Avaliação.

MANTRA !

O CICLO ORÇAMENTÁRIO SE RESUME NO “EAECA”:

ELABORAÇÃO – APROVAÇÃO – EXECUÇÃO – CONTROLE – AVALIAÇÃO

Alguns autores e algumas bancas tentam confundir o candidato na hora da prova, mas trarei outras subfases dentro dessas etapas para não gerar dúvidas.

Esse mantra se aplica quando pensamos somente na Lei Orçamentária Anual, mas há autores que ampliam essas fases ao incorporarem o ciclo desde o planejamento do Plano Plurianual – PPA.

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Neste viés, destacamos o pensamento de Osvaldo Maldonado Sanches que estabelece 8 fases para o ciclo orçamentário mais amplo em seu artigo “O ciclo orçamentário: uma reavaliação à luz da Constituição de 1988”, disponível em http://www.enap.gov.br/index.php?option=com_docman&taskdoc_view&gid=2851, acessado em 10/06/2010.

• FORMULAÇÃO DO PLANEJAMENTO PLURIANUAL, PELO EXECUTIVO;

• APRECIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO PLANO, PELO LEGISLATIVO;

• PROPOSIÇÃO DE METAS E PRIORIDADES PARA A ADMINISTRAÇÃO E DA POLÍTICA DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS PELO EXECUTIVO;

• APRECIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DA LDO, PELO LEGISLATIVO;

• ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE ORÇAMENTO, PELO EXECUTIVO;

• APRECIAÇÃO, ADEQUAÇÃO E AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA;

• EXECUÇÃO DOS ORÇAMENTOS APROVADOS;

• AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO E JULGAMENTO DAS CONTAS.

Segundo o autor, tais fases são insuscetíveis de aglutinação, pois cada uma possui ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.

Essa abordagem foi objeto de cobrança em uma prova da FCC, cuja questão está a seguir.

CAIU NA PROVA !

21 - (FCC / TÉCNICO SUPERIOR – ADMINISTRADOR / PGE – RJ / 2009) Segundo especialistas, o ciclo orçamentário compreende um conjunto de oito grandes fases, cuja materialização se estende por um período de vários anos. A terceira fase compreende a:

a) execução dos orçamentos aprovados.

b) elaboração da proposta de orçamento pelo Executivo.

c) formulação do Plano Plurianual pelo Executivo.

d) apreciação e adequação do Plano Plurianual pelo Legislativo.

e) proposição de metas e prioridades para a administração e a política de alocação de recursos pelo Executivo.

Comentários:

O gabarito é a alternativa (e)

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Vamos ordenar as demais alternativas em relação às 8 fases.

Item “a” – 7ª FASE

Item “b” - 5ª FASE

Item “c” - 1ª FASE

Item “d” - 2ª FASE

Pessoal, o mais comum é a abordagem sobre o mantra que colocamos, ok ?

De qualquer forma, colocamos o pensamento de Osvaldo Maldonado Sanches para ampliarmos nosso conhecimento.

Ok, Erick, gostei do seu mantra, mas me explique melhor.

Então. ..., vamos colocar definições básicas sobre estas fases, pois, conforme nossa programação, na aula seguinte iremos aprofundá-las.

• ELABORAÇÃO

É incumbência do Poder Executivo, por meio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, consolidar e elaborar o orçamento. Neste instrumento deve existir compatibilidade com os planos e diretrizes já submetidos ao Poder Legislativo.

MANTRA !

Prazo para encaminhamento do projeto de lei orçamentária anual – LOA elaborado pelo Executivo:

• até 31 de agosto do exercício financeiro corrente; ou

• até 4 meses antes do término do exercício financeiro corrente.

Não se esqueçam de que é um prazo só, mas dito de duas formas diferentes. Isto decorre do texto do inciso III, § 2°, art. 35 do ADCT da CF/88 em conjunto com o art. 34 da Lei n° 4.320/64, conforme a seguir transcritos.

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Inciso III, § 2°, art. 35 do ADCT da CF/88:

“(. ...)

III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.”

Art. 34 da Lei n° 4.320/64:

“Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.”

Por fim, no Brasil, considera-se ano civil o período compreendido entre o dia 1° de janeiro de um ano ao dia 31 de dezembro deste mesmo ano.

Essa interpretação decorre da lacuna de uma Lei Complementar que ainda não existe no ordenamento jurídico brasileiro. Veja que embora exista a LRF, esta não supre o que se prevê no § 9° do art. 165 da CF/88, a seguir transcrito:

“(. ...)

§ 9º - Cabe à lei complementar:

I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;

II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.”

CAIU NA PROVA !

Vamos aproveitar ao longo de nosso curso para fazermos questões de outras Bancas de forma a fixarmos o conhecimento, ok ?

22 - (ESAF / ANALISTA – SEFAZ - CE / 2007) A respeito da elaboração do Orçamento Geral da União, é correto afirmar, exceto:

a) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional propondo a alteração do projeto de lei orçamentária a qualquer tempo.

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b) é prerrogativa do Presidente da República a iniciativa dos projetos de lei orçamentária.

c) as emendas parlamentares aos projetos de lei orçamentária anual não poderão indicar como despesas a serem anuladas as destinadas ao pagamento de pessoal e seus encargos.

d) na fase de tramitação no Congresso Nacional, cabe a uma comissão mista de Senadores e Deputados examinar e emitir parecer sobre os projetos de lei que tratam de orçamento.

e) a proposta orçamentária para o exercício seguinte deverá ser enviada ao Congresso Nacional até 31 de agosto do ano anterior.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (a).

Vamos corrigir o item, antes de passarmos as referências dos demais itens.

“O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional propondo a alteração do projeto de lei orçamentária, DESDE QUE NÃO INICIADA A VOTAÇÃO DA MATÉRIA PROPOSTA.”

Segue a correspondência dos itens na CF/88.

Item a art. 166, § 5º

Item b art. 165, III

Item c art. 166, §3º, II, a

Item d art. 166, § 1º, I, 1ª parte

Item e art. 35, § 2º, III do ADCT

• APROVAÇÃO (APRECIAÇÃO, DISCUSSÃO, APRESENTAÇÃO DE EMENDAS, VOTAÇÃO, SANÇÃO E PUBLICAÇÃO):

Aqui é interessante nos remetermos ao Processo Legislativo Orçamentário que tem características próprias. Como disse antes, por enquanto, vamos trazer algumas ideias básicas. Posteriormente em nosso curso, aprofundaremos o tema com pinceladas de importantes conceitos de Direito Constitucional.

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Aliás, uma orientação importante para vocês: não vejam nossa matéria de forma isolada. As disciplinas AFO, Orçamento Público e Finanças Públicas são complexas, pois também se relacionam com outras. Talvez seja por isso que elas estejam tão recorrentes nos concursos mais recentes.

As bancas adoram matérias multidisciplinares ! As que mais se relacionam com nosso tema, guardadas as devidas proporções, são Direito Constitucional, Contabilidade Pública, Direito Administrativo, Administração Pública e Economia.

Vamos fazer um pacto de forma a relacionarmos essas disciplinas durante nosso curso, para que possamos assimilar melhor o conteúdo e termos um excelente desempenho nas provas, ok ?

Após essa orientação/break, vamos seguir...

Na fase de APROVAÇÃO, não se vê tanta harmonia entre o Governo e o Congresso, pois os interesses são conflitantes. Por isso, é fundamental existir muita negociação entre as partes envolvidas. Nesta fase, a governabilidade vai decidir os rumos orçamentários do país.

O Poder Executivo tenta harmonizar a proposta orçamentária durante a fase de elaboração. Assim, procura-se evitar ao máximo qualquer desgaste ou prejuízos aos interesses públicos colocados junto ao Governo.

É bem verdade que essa harmonia não ocorre na prática, pois os parlamentares no Brasil procuram colocar suas promessas de campanha e demais interesses políticos em primeiro lugar.

Diante disso, cabe descrever a etapa de APROVAÇÃO em conjunto com suas subfases que são:

• APRECIAÇÃO;

• DISCUSSÃO;

• APRESENTAÇÃO DE EMENDAS;

• VOTAÇÃO;

• SANÇÃO OU VETO (REJEIÇÃO PELO EXECUTIVO); E

• PUBLICAÇÃO DO ORÇAMENTO.

A fase de APROVAÇÃO é a mais lenta e desgastante de todo o ciclo orçamentário.

Quando o projeto orçamentário elaborado pelo Poder Executivo chega ao Legislativo, ele é encaminhado a uma Comissão Mista de

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senadores e deputados federais a que se refere o parágrafo 1º do art. 166 da CF/88. Esta Comissão é comumente chamada de Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

O Presidente dessa Comissão designa um Relator-Geral o qual cabe submeter um parecer à Comissão. Neste documento preliminar fixam-se parâmetros que irão nortear a elaboração dos relatórios parciais e setoriais, inclusive quanto à eventuais formulações de emendas.

Os relatórios setoriais, no âmbito das Subcomissões, irão consolidar os relatórios parciais, que cuidarão de partes da proposta, correspondentes a um ou mais órgãos e unidades orçamentárias.

Estes relatórios vão à discussão e votação nas Subcomissões. Cabe ao Relator-Geral fazer a adequação dos pareceres setoriais aprovados em cada Subcomissão.

É neste momento que ocorrem as barganhas e emendas eleitoreiras por parte dos parlamentares. No entanto, nada impede que eles apresentem propostas de emendas ao projeto de LOA, desde que estejam compatíveis com o PPA e a LDO.

No Plenário da Comissão, discute-se e vota-se o Relatório-Geral que, posteriormente, é submetido ao Plenário do Congresso Nacional. Com a aprovação da redação final, o projeto de LOA é então encaminhado à sanção do Presidente da República. Não podemos nos esquecer de que este tem prerrogativa de vetar ou não o texto apresentado.

No Brasil, a devolução para sanção deve ocorrer até o encerramento da sessão legislativa. Consequentemente, não se poderia encerrar a sessão sem a aprovação e o encaminhamento do projeto de LOA ao Poder Executivo.

MANTRA !

Prazo para DEVOLUÇÃO do projeto de LOA pelo Legislativo:

• até 22 de dezembro do exercício financeiro corrente; ou

• até o término da sessão legislativa.

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Aqui temos como fundamento o art. 57 da CF/88, com a redação dada pela Emenda Constitucional n° 50, de 2006. Mais uma vez, não se esquecer de que é um prazo só, mas dito de duas formas diferentes.

Em razão de nossa programação de aulas, vamos aprofundar os temas PPA, LDO e LOA mais adiante.

• EXECUÇÃO:

Com a publicação da LOA, desencadeia-se o processo de execução do Orçamento do Governo Federal. Posteriormente, faremos considerações sobre a possibilidade de se executar o orçamento sem uma LOA publicada.

Na fase de preparação do orçamento para a execução, a alocação dos créditos nos elementos de despesa é atribuição da setorial orçamentária.

É importante que se destaque que a execução é orçamentária e financeira. A “primeira parte”, a execução orçamentária, refere-se ao que está planejado e ao que consta no orçamento. Na “parte” da execução financeira, a referência está no fluxo de caixa do Tesouro Nacional. Destaquei “parte” só para efeitos de compreensão, pois ambas andam juntas.

Nesta fase, no âmbito federal, os órgãos e as entidades de toda União executam os programas governamentais contemplados na LOA. Isto se faz por meio de uma série de decisões e atividades financeiras de forma a se atingirem metas e objetivos expressos formalmente no orçamento-programa anual. Não podemos nos esquecer de que este orçamento deve se harmonizar com o PPA e a LDO.

A elaboração e a administração orçamentária e financeira se desenvolvem dentro do exercício definido como o ano civil, como se prevê no art. 34 da Lei nº 4.320/64.

A execução orçamentária constitui um tema complexo, mas que não se cobrou muito nos últimos concursos para a CGU. No entanto, cabe o registro de que a execução influencia e molda a tomada de decisões governamentais.

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• CONTROLE:

A Administração procura obter informações físico-financeiras no transcurso do processo de execução orçamentária e financeira. Desta forma, possibilita-se o controle e a avaliação dos planos e programas a serem executados, em execução ou já executados, que constam na LOA.

O controle e a avaliação constituem a última fase do ciclo orçamentário, mas de forma alguma a menos importante. Só para relembrar, conforme art. 6º do Decreto-Lei nº 200/67, o controle representa um dos cinco princípios fundamentais que norteiam a Administração Pública Federal.

Os seguintes princípios fundamentais estão previstos no art. 6°:

“Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais: I - Planejamento.

II - Coordenação.

III - Descentralização.

IV - Delegação de Competência.

V - Controle.”

MNEMÔNICO: PC2D2

No Brasil, existem dois tipos de controle:

• INTERNO

• EXTERNO

Chama-se controle interno quando exercido por agentes do mesmo Poder. Já o controle externo se exerce por órgãos independentes desse Poder.

Em relação ao Controle Externo, a CF/88, nos artigos 70 e 71, assim sintetiza o tema:

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CONTROLE EXTERNO

• O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do TCU.

• A fiscalização ”COFOP” (contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial):

da União e

das entidades da administração direta e indireta

quanto à “LLEAR”

(legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas)

será exercida pelo

• Congresso Nacional, mediante controle externo; e

• Sistema de Controle Interno de cada Poder.

A CF/88 aloca o art. 74 quanto ao tema Controle Interno. Vamos a um quadro sintético:

CONTROLE INTERNO

PODERES

Legislativo + Executivo + Judiciário

manterão sistema de controle interno de forma integrada

FINALIDADES

• avaliar:

o cumprimento das metas previstas no PPA;

a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto:

à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal;

à aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

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• exercer o controle dos (as):

operações de crédito;

avais;

garantias;

direitos; e

haveres.

• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional

OBSERVAÇÃO

Se os responsáveis pelo controle interno tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, deverão dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidade solidária.

• AVALIAÇÃO:

O ideal seria que o controle fosse prévio, para que houvesse uma avaliação mais eficiente do cumprimento das metas instituídas. No entanto, o mais recorrente é a avaliação sobre o processo da despesa que já se realizou.

Por fim, no processo de controle e avaliação orçamentária, identificam-se as seguintes etapas:

A. comparação dos resultados obtidos e efeitos produzidos;

B. comparação dos resultados e efeitos obtidos com os objetivos e metas programadas;

C. análise dos problemas observados e determinações de suas causas;

D. definição e tipificação das medidas corretivas que se devam tomar; e

E. aplicação das medidas corretivas.

Assim temos os seguintes critérios de avaliação da gestão governamental: ECONOMICIDADE - EFICIÊNCIA – EFICÁCIA – EFETIVIDADE. A seguir, sintetizaremos cada um deles.

da UNIÃO

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• ECONOMICIDADE:

Menor custo, com qualidade

• EFICIÊNCIA:

Gastar bem

Controle de desperdícios

Aprimoramento de práticas administrativas e operacionais

• EFICÁCIA:

Atingir os objetivos e metas programados

• EFETIVIDADE:

Impacto quantitativo e qualitativo gerado na comunidade e se as suas necessidades foram satisfeitas

Continuidade dos resultados alcançados

Avaliação custo/benefício(grau de sucesso do programa)

OBSERVAÇÃO

As fases de CONTROLE e AVALIAÇÃO também são conhecidas como ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO.

CAIU NA PROVA !

23 – (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – MPOG/2010) Assinale a opção falsa a respeito do ciclo orçamentário no Brasil.

a) É um processo integrado de planejamento das ações e compreende a elaboração do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual, bem como a execução e avaliação desses instrumentos.

b) É o processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual, que se inicia no envio da proposta de orçamento ao Congresso Nacional e se encerra na sanção da lei.

c) Na elaboração dos instrumentos que compõem o ciclo orçamentário, o Congresso Nacional tem competência para realizar modificações nas propostas a ele encaminhadas.

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d) É um processo contínuo, dinâmico e flexível para a elaboração, aprovação, execução, controle e avaliação dos programas do setor público.

e) A Comissão Mista de Orçamento tem papel importante nas etapas de elaboração e fiscalização.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (b).

O ciclo orçamentário compreende as fases do “EAECA”, ou seja, não se encerra com a sanção da lei, pois ainda temos as fases da EXECUÇÃO, o CONTROLE e a AVALIAÇÃO, após a SANÇÃO DA LEI, que é uma subfase que encerra a fase da ELABORAÇÃO do orçamento.

24 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) Analise as afirmações a seguir, relativas à elaboração, acompanhamento e fiscalização do orçamento público no Brasil.

I. O projeto de lei orçamentária anual deverá ser encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo até 31 de agosto do exercício financeiro corrente.

II. Os parlamentares poderão apresentar emendas ao projeto de lei orçamentária anual, desde que sejam compatíveis com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias.

III. O Presidente da República deverá sancionar o projeto de lei orçamentária aprovado pelo Congresso Nacional, estando impedido de vetá-lo, no todo ou em parte.

IV. O controle externo das contas públicas da União está a cargo do Congresso Nacional e será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União.

É correto o que consta APENAS em:

a) I e II.

b) I e III.

c) II e III.

d) III e IV.

e) I, II e IV.

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Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (e).

O erro da assertiva III reside no fato de que o Presidente da República NÃO ESTÁ IMPEDIDO DE VETAR, NO TODO OU EM PARTE, o projeto de LOA aprovado pelo Congresso Nacional.

25 - (ESAF/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – MPU/2004) O sistema de controle interno tem por objetivo manter a integridade do patrimônio da entidade e, portanto, deve a sua organização, implantação e implementação definir prioritariamente quatro fatores. Aponte a opção não-pertinente.

a) Definir a área a controlar.

b) Definir um sistema de controle pessoal, ou seja, um controle que permita desenvolver a administração por exceção.

c) Definir quem informa quem, ou seja, o nível hierárquico que deve prestar informações e o que deve recebê-las, analisá-las e providenciar medidas necessárias para manter operante a administração.

d) Definir o que deve ser informado, ou seja, o objeto da informação.

e) Definir o período em que as informações devem ser prestadas.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (b).

O item fere o princípio da Impessoalidade. Não existem meios no ordenamento jurídico nos quais se permita um sistema de controle pessoal, ou seja, um controle que desenvolva a administração por exceção.

Além disso, a questão destaca nos demais itens que devemos prezar pela transparência em relação ao sistema de controle interno, de forma a se manter a integridade do patrimônio da entidade.

Assim, os 4 fatores prioritários para se definir a organização, a implantação e a implementação de forma a se manter íntegro o patrimônio de uma entidade são:

1) a área a controlar.

2) o fluxo de informações.

3) o objeto da informação.

4) o período em que se prestam as informações.

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3 – Créditos adicionais, especiais, extraordinários, ilimitados e suplementares

3.1 – TIPOS DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

A autorização legislativa para a realização da despesa constitui crédito orçamentário, que poderá ser inicial ou adicional.

É interessante esse tópico no edital passado, pois o candidato já recebe de cara uma importante dica: OS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS NÃO SÃO ILIMITADOS.

Assim, não precisamos pesquisar nada sobre créditos ilimitados. A própria Banca facilita, mas ao mesmo tempo tenta confundir.

O fundamento desse assunto se encontra no inciso VII, art. 167 da CF/88, como a seguir transcrito:

“ Art. 167. São vedados:

(. ...)

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimita- ;

(. ...)”

Vamos a um quadro para facilitar o entendimento inicial sobre o tema CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS.

CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS (NÃO SÃO ILIMITADOS)

TIPOS • INICIAIS OU ORDINÁRIOS

• ADICIONAIS

ADICIONAIS

• ESPECIAIS

• SUPLEMENTARES

• EXTRAORDINÁRIOS

Um ponto interessante a destacar é que as alterações de planejamento no PPA e na LDO se fazem por meio de leis ordinárias “comuns”.

MNEMÔNICO ESE

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Destaquei para diferenciarmos que, no caso da LOA, essas alterações também se dão por leis. No entanto, mais precisamente, elas são chamadas de LEIS DE CRÉDITOS ADICIONAIS.

O orçamento anual consigna importância (dotação) para atender determinada despesa de forma a executar ações planejadas pelo governo.

Quando ocorre a aprovação da LOA ela se apresenta sob a forma de um texto seguida de anexos nos quais constam diversos programas de trabalho associados, cada um deles, a uma dotação inicial.

Segundo Taylor, o Princípio do Planejamento da Administração deve buscar a substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos, de forma a se planejar mais adequadamente um trabalho.

Assim, as LEIS DE CRÉDITOS ADICIONAIS se consideram exceções a tal princípio quando alteram a LOA. Observem que este princípio não é orçamentário. Além disso, deve-se entender o termo Administração como Administração Acadêmica e não Administração Pública.

3.2 – CRÉDITOS INICIAIS OU ORDINÁRIOS

Correspondem à dotação inicial designada para determinado programa de trabalho. Constituem a primeira autorização legislativa para a realização de determinada despesa.

Representam os créditos orçamentários iniciais aprovados pela LOA, na qual constam os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais.

3.3 – CRÉDITOS ADICIONAIS

São leis específicas que objetivam a alteração na LOA em relação aos créditos orçamentários que estavam em vigor anteriormente. Os créditos adicionais podem alterar os créditos iniciais ou os adicionais que porventura alteraram outro crédito.

O art. 40 da Lei n° 4.320/64 define os créditos adicionais como autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA.

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Como vimos no quadro anterior, os 3 tipos de créditos adicionais são: ESE = ESPECIAIS – SUPLEMENTARES – EXTRAORDINÁRIOS.

Ok Erick, mas quais as fontes desses créditos adicionais ?

Para a abertura de créditos suplementares e especiais, as fontes são as seguintes:

FONTES DE CRÉDITOS ADICIONAIS REFERÊNCIA

S • Superávit financeiro apurado em balanço

patrimonial do exercício anterior Lei n° 4.320/64:

Art. 43, § 1°, I

E

• Excesso de arrecadação proveniente do saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.

Lei n° 4.320/64:

Art. 43, § 1°, II

R

• Reserva de contingência: dotação global não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais.

Decreto-Lei n° 200/67:

Art. 91

O • o produto de operações de credito autorizadas,

em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.

Lei n° 4.320/64:

Art. 43, § 1°, IV

B

• “Buracos do projeto de LOA”: são os recursos que porventura, em decorrência de VETO, EMENDA ou REJEIÇÃO do projeto de LOA, ficam sem despesas correspondentes e que poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Lei n° 4.320/64:

Art. 43, § 1°, I

A • os resultantes de Anulação parcial ou total de

dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei.

CF/88:

Art. 166, § 8°

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CAIU NA PROVA !

26 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) Na lei orçamentária anual, o termo Reserva de Contingência designa uma dotação orçamentária que:

a) pode ser utilizada como fonte de recurso para a abertura de créditos suplementares.

b) somente pode ser destinada à amortização das dívidas flutuante e fundada.

c) pode ser utilizada pelo Poder Executivo da forma que lhe convier.

d) é fonte de recurso para despesas com indenização de imóveis para fins de reforma agrária.

e) destina-se a atender créditos extraordinários não previstos no orçamento.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (a).

De acordo com o mnemônico “SEROBA” a Reserva de Contingência é uma das fontes de recursos adicionais, nas espécies suplementares e especiais, conforme art. 91, do Decreto-Lei 200/67.

Vamos comentar a seguir, mas cabe destaque o fato de que o item (e) está errado pelo fato de que a Reserva de Contingência poder ser uma fonte de recursos extraordinários, ou seja, é permitida, mas não é obrigatória.

Seguiremos adiante.

Observem que os créditos adicionais extraordinários não necessitam de indicação de recursos, pois de acordo com o inciso V, art. 167, da CF/88:

“Art. 167. São vedados:

(. ...)

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

(.....)”

No entanto, na União, é comum estarem especificadas as fontes de recursos desses créditos extraordinários nas Medidas Provisórias.

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E na prova ? As bancas têm colocado que é desnecessária a indicação de recursos, mas nada impede que se faça. Antes de mais nada, devemos atentar para o comando da questão.

É importante destacar que, ao se cancelarem os créditos extraordinários, não podemos utilizá-los como fontes recurso para a abertura de novos créditos adicionais.

27 - (FCC / TÉCNICO JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE / TRE – PI / 2009) De acordo com o art. 43 da Lei n° 4.320/64, a abertura de créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para acorrer à despesa. Um recurso que NÃO pode ser considerado para fins de cobertura dos créditos suplementares e especiais é

a) o excesso de arrecadação.

b) a diferença entre Ativo financeiro e Passivo financeiro do final do exercício anterior.

c) o superávit financeiro do exercício corrente.

d) o resultante de anulação total de dotações orçamentárias.

e) o resultante de anulação parcial de créditos adicionais.

Comentários:

O gabarito é a alternativa (c)

Mais uma questão que acertaríamos com o mnemônico “SEROBA”, onde o Superávit financeiro é apurado em balanço patrimonial do exercício anterior e não do corrente como está na questão.

28 – (ESAF / ANALISTA ADMINISTRATIVO / ANA / 2009) Considerados mecanismos retificadores do orçamento, os créditos adicionais obedecem a regras específicas, sendo correto afirmar o que segue:

a) todos os créditos adicionais necessitam de autorização legislativa prévia.

b) sua utilização também é requerida nos casos de retificação da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Plano Plurianual.

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c) os créditos suplementares cujo ato de autorização for promulgado nos últimos 4 meses do exercício podem ser reabertos nos limites dos seus saldos e viger até o final do exercício subsequente.

d) os créditos especiais acompanham a vigência do orçamento, extinguindo-se ao final do exercício financeiro.

e) a abertura de créditos extraordinários faz-se, necessariamente, mediante a adoção de medida provisória.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (e).

Vamos corrigir cada item errado.

Item (a) - NEM todos os créditos adicionais necessitam de autorização legislativa prévia, pois os EXTRAORDINÁRIOS fogem dessa regra.

Item (b) - sua utilização NÃO é requerida nos casos de retificação da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Plano Plurianual, pois créditos adicionais são autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA.

Item (c) - os créditos ESPECIAIS E EXTRAORDINÁRIOS cujo ato de autorização for promulgado nos últimos 4 meses do exercício podem ser reabertos nos limites dos seus saldos e viger até o final do exercício subsequente.

Item (d) - os créditos SUPLEMENTARES acompanham a vigência do orçamento, extinguindo-se ao final do exercício financeiro.

Como os créditos SUPLEMENTARES são para reforço da dotação, eles devem se encerrar juntamente com os créditos iniciais a que suplementarem suas dotações.

Além disso, só os ESPECIAIS e os EXTRAORDINÁRIOS é que podem viger até o final do exercício subsequente, desde que o ato de autorização for promulgado nos últimos 4 meses do exercício.

Por fim, o item (e) está de acordo com o art. 167, § 3º, da CF/88.

Segue a correspondência dos itens da questão.

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Item a art. 167, § 3º, da CF/88

Item b art. 40 da Lei nº

4.320/64

Item c art. 167, §2º, da CF/88

Item d art. 45 c/c art. 41, I, da

Lei nº 4.320/64

Item e art. 167, § 3º, da CF/88

29 – (ESAF / PROCURADOR – TCE – GO / 2007) O Poder Executivo, para executar despesa cuja dotação orçamentária seja insuficiente, deve

a) abrir crédito extraordinário mediante autorização legislativa.

b) obter autorização legislativa prévia e justificar a abertura de crédito extraordinário para execução da despesa sem dotação orçamentária específica.

c) abrir crédito suplementar por decreto, após autorização legislativa.

d) remanejar recursos de outras dotações e abrir crédito especial destinado a reforço da dotação orçamentária específica.

e) abrir crédito especial por decreto e dar imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (c).

De acordo com o art. 41, inciso I, da Lei nº 4.320/64, os CRÉDITOS SUPLEMENTARES são utilizados para REFORÇO DA DOTAÇÃO.

Além disso, o art. 42 da Lei nº 4.320/64 estabelece que os créditos SUPLEMENTARES E ESPECIAIS serão:

• AUTORIZADOS por LEI

• ABERTOS por DECRETO EXECUTIVO

“Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:

I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

(.....)

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Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.”

30 - (FCC / ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE / TRT – 16ª REGIÃO / 2009) O mecanismo utilizado para retificação de despesas, insuficientemente dotadas na lei orçamentária, denomina-se:

a) crédito suplementar.

b) crédito especial.

c) reprogramação.

d) reforço de empenho.

e) crédito adicional.

Comentários:

O gabarito é a alternativa (a)

Onde há insuficiência, há a necessidade de REFORÇO DE DOTAÇÃO, razão pela qual se utilizam CRÉTIDOS SUPLEMENTARES, conforme previsto no art. 41, inciso I, da Lei nº 4.320/64.

31 - (FCC / ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – CONTABILIDADE / MPE – SE / 2009) Conforme artigo 43 da lei nº 4.320/64, a abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de:

a) recursos disponíveis para suportar a despesa.

b) dotação específica na Lei orçamentária.

c) autorização do Executivo.

d) autorização Legislativa.

e) recursos extra-orçamentários disponíveis.

Comentários:

O gabarito é a alternativa (a)

O art. 43 da lei nº 4.320/64 reflete exatamente o previsto no art. 167, V, da CF/88.

Vamos colocá-los na sequência para não termos mais dúvidas em relação a esse tema, até mesmo porque não podemos gastar sem a existência de recursos que suportem alguma despesa.

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“Art. 167. São vedados:

(. ...)

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

(.....)”

“Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesae será precedida de exposição justificativa.”

32 - (FCC / ASSESSOR JURÍDICO / TCE – PI / 2009) A Constituição Federal proíbe:

a) a abertura de crédito extraordinário sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.

b) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais.

c) a instituição de fundos de qualquer natureza, sem autorização do Tribunal de Contas da União.

d) a concessão ou utilização de créditos limitados.

e) o início de programas ou projetos incluídos na lei orçamentária anual.

Comentários:

O gabarito é a alternativa (b)

Encontramos o fundamento dessa alternativa no at. 167, inciso II, da CF/88, que assim estabelece:

“Art. 167. São vedados:

(. ...)

II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;

(.....)”

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33 - (FCC / ASSESSOR JURÍDICO / TCE – PI / 2009) Analise os seguintes itens:

I. São créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.

II. Os créditos suplementares são os destinados a despesas as quais não haja destinação orçamentária específica.

III. Os créditos especiais são os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

Está correto o que se afirma SOMENTE em:

a) I.

b) III.

c) I e II.

d) I e III.

e) II e III.

Comentários:

O gabarito é a alternativa (a)

Os CRÉDITOS ADICIONAIS correspondem a leis específicas que objetivam a alteração na LOA em relação aos créditos orçamentários que estavam em vigor anteriormente.

O art. 40 da Lei n° 4.320/64 define os créditos adicionais como autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei do Orçamento - LOA.

Assim, os 3 tipos de créditos adicionais são: ESE = ESPECIAIS – SUPLEMENTARES – EXTRAORDINÁRIOS.

O erro do item II está no fato de que os créditos suplementares são os destinados a REFORÇO DE DOTAÇÃO, enquanto que os créditos especiais destinam-se a despesas as quais NÃO HAJA DESTINAÇÃO ORÇAMENTÁRIA ESPECÍFICA.

Já no item III, temos a conceituação de CRÉDITOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS.

Não se preocupem, pois esses exercícios são fundamentais para o assunto e outros conceitos sobre os créditos adicionais serão abordados posteriormente.

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34 – (ESAF / ANALISTA – SEFAZ – CE/ 2007) Assinale a opção falsa em relação às regras impostas pela Constituição Federal/88 para a abertura de créditos adicionais.

a) Admite-se a reabertura, no exercício seguinte, dos saldos remanescentes dos créditos especiais e extraordinários independentemente da data em que tenham sido abertos.

b) Os créditos especiais destinam-se às despesas para as quais não existe dotação específica.

c) Os créditos suplementares podem ser abertos mediante cancelamento de outros créditos consignados em lei.

d) Créditos Extraordinários podem ser abertos por Medida Provisória.

e) Na abertura de créditos extraordinários não é necessário indicar a fonte de recursos.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (a).

No item (a), o correto seria dizer: “Admite-se a reabertura, no exercício seguinte, dos saldos remanescentes dos créditos especiais e extraordinários, DESDE QUE O ATO DE AUTORIZAÇÃO SEJA PROMULGADO NOS ÚLTIMOS 4 MESES DO EXERCÍCIO.”

Segue a correspondência na CF/88 dos itens da questão.

Item a art. 167, § 2º

Item b art. 167, V

Item c art. 166, §8º

Item d art. 167, § 3º, da CF/88

Item e art. 166, § 8º

Observem que os itens (b) e (e), podem ser melhor vizualizados, respectivamente, pelos textos dos artigos 41, II, e 43, § 1º da Lei nº 4.320/64.

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Seguindo adiante....

Outro ponto que pode gerar interrogações é o referente ao termo SUPERÁVIT FINANCEIRO. Vou trazer conceitos básicos de Contabilidade Pública para elucidar sinteticamente esse ponto.

No art. 43, § 2°, da Lei n° 4.320/64, temos o seguinte:

“Art. 43. (. ...)

§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicion-ais transferidos e as operações de credito a eles vincu-ladas.(...................................)”

O primeiro ponto a observar, que parece óbvio, mas as bancas adoram ex-plorar, é que não é qualquer diferença. A diferença entre o ativo financeiro e o passivo financeiro tem que ser POSITIVA para ser um superávit fin-anceiro - SF.

Estaremos diante de uma assertiva falsa, se na prova vier que o superávit financeiro – SF é a diferença entre o ativo financeiro e o passivo financeiro. Essa diferença pode ser negativa e não estaríamos diante de um superávit e sim de um déficit financeiro.

MANTRA !

SUPERÁVIT FINANCEIRO é a DIFERENÇA POSITIVA entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, apurada no BALANÇO PATRIMONIAL (e não no balanço financeiro), em 31/12 do exercício anterior.

Adicionam-se a essa diferença positiva o seguinte:

• os saldos dos créditos adicionais transferidos – CAT (são os créditos adicionais reabertos); e

• as operações de credito vinculadas a estes saldos referentes aos créditos reaberto - OCR.

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SUPERÁVIT FINANCEIRO

SF = (AF-PF) – CAT + OCR

Para concluir esse aparte, temos o conceito de balanço patrimonial que, segundo o art. 105, contém o seguinte:

“Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:

I - O Ativo Financeiro;

II - O Ativo Permanente;

III - O Passivo Financeiro;

IV - O Passivo Permanente;

V - O Saldo Patrimonial;

VI - As Contas de Compensação.

§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.

§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.

§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamentos independa de autorização orçamentária.

§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, imediata ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.”

Vamos apresentar um diagrama sintético de um balanço patrimonial.

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BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO FINANCEIRO = 600 PASSIVO FINANCEIRO = 400

PASSIVO PERMANENTE = 1000

ATIVO PERMANENTE = 1100 SALDO PATRIMONIAL = 300

ATIVO COMPENSADO = 100 PASSIVO COMPENSADO = 100

TOTAL = 1800 TOTAL = 1800

De acordo com o exemplo, o SUPERÁVIT FINANCEIRO é de $600-$400 = $200. Não confundir com o saldo patrimonial que é de ($600+$1100+$100)-($400+$1000+$100) = $300.

OBSERVAÇÃO

O SUPERÁVIT FINANCEIRO é um saldo financeiro e não uma nova receita a se registrar.

CAIU NA PROVA !

35 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) São considerados recursos, para fins de financiamento dos créditos adicionais,

a) as receitas industriais.

b) as operações de crédito por antecipação de receita.

c) os excessos de arrecadação.

d) os ativos permanentes em valor superior aos passivos permanentes.

e) as arrecadações de encargos sobre a dívida ativa.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (c).

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De acordo com o mnemônico “SEROBA” o Excesso de arrecadação é uma fonte de recursos adicionais, nas espécies suplementares e especiais, conforme art. 43, § 1°, II, da Lei 4.320/64.

Os itens (a) e (e) representam uma receita corrente (TCPAISTransOu). Lembrar que a dívida ativa é uma receita corrente, subclassificada em Outras Receitas Correntes.

O erro do item (b) está no fato de que as operações de crédito por ARO não são fontes, pois só são fontes as OPERAÇÕES DE CRÉDITO “COMUNS”, ou seja, as autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.

Por fim, o item (d) não representa fonte, pois entende-se por superávit financeiro (que é uma das fontes de créditos adicionais) a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro.

Passemos a diante.

Com base nos arts. 62, §1°, d; 166, §8°; 167, V, §§ 2° e 3°, da CF/88 e nos arts. 40 a 46 da Lei n° 4.320/64 vamos destrinchar as características desses créditos adicionais com mais um quadro.

PERGUNTA ESPECIAIS SUPLEMENTARES EXTRAORDINÁRIOS

DESTINA-SE A

despesas para as quais não haja dotaçãoorçamentária específica

reforço de dotaçãoorçamentária

despesas imprevisíveis e urgentes, tais como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública (rol exemplificativo), observado o art. 62 da CF/88.

PRÉVIA AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA

SIM

em lei específica

SIM

em lei específica ou na própria LOA

NÃO

INSTRUMENTO DE ABERTURA

Decreto do Poder Executivo

Decreto do Poder Executivo

Decreto do Poder Executivo ou MP, onde houver, com imediato envio ao Poder Legislativo

COMO INCORPORA NO ORÇAMENTO

Conserva-se a especificidade do crédito especial

Adicionam-se à dotação orçamentária a que se destinou o reforço

Conserva-se a especificidade do crédito extraordinário

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PRECISA INDICAR FONTE DE RECURSOS

SIM

Consta na lei que autoriza e no decreto que autoriza a abertura

SIM

Consta na lei que autoriza e no decreto que autoriza a abertura

NÃO

INSTRUMENTO QUE INDICA O

LIMITE

lei que autoriza o crédito e no decreto que autoriza a abertura

lei que autoriza o crédito e no decreto que autoriza a abertura

decreto ou MP, conforme o caso, que autoriza a abertura

PRORROGA

SIM

Só para o exercício seguinte, desde que a autorização seja promulgada nos últimos 4 meses do exercício

NÃO SIM

Só para o exercício seguinte, desde que a autorização (decreto ou MP) se dê nos últimos 4 meses do exercício

VIGÊNCIA

Até 31/dez do exercício da abertura ou até 31/dez do exercício em que ocorre a reabertura (vigência plurianual)

Somente até 31/dez do exercício da abertura

Até 31/dez do exercício da abertura ou até 31/dez do exercício em que ocorre a reabertura (vigência plurianual)

POSSIBILIDADE DE VIGÊNCIA PLURIANUAL

SIM

Incorporam-se os saldos, por decreto, à LOA seguinte

NÃO SIM

Incorporam-se os saldos, por decreto, à LOA seguinte

OBSERVAÇÃO

• Observem que uma lei ou decreto ou MP (onde houver previsão constitucional ou orgânica) autorizam determinado crédito.

• No entanto, sua abertura se dá em outro ato, por meio de decreto ou MP (onde houver previsão constitucional ou orgânica) do poder executivo.

• Assim temos 2 instantes: a autorização do crédito e a autorização para sua abertura.

Em relação aos termos “IMPREVISTAS” e “IMPREVISÍVEIS”, vamos a algumas considerações.

Consideram-se IMPREVISTAS as despesas que PODIAM ATÉ SER PREVISTAS, MAS QUE NÃO SE COLOCARAM NO ORÇAMENTO.

As IMPREVISÍVEIS são as despesas que NÃO HÁ QUALQUER CONDIÇÃO DE SE PREVER.

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Joia Erick, mas pode exemplificar ?

Sem problemas. Mas vou exemplificar somente o termo IMPREVISTAS, pois as despesas IMPREVISÍVEIS já são exemplificadas no texto da própria legislação.

Vamos supor que a LOA vigente não contemple um programa de trabalho com uma dotação para o FUNCIONAMENTO DE NUCLEOS DE ESPORTE RECREATIVO E DE LAZER em determinado Estado.

No entanto, no decorrer do ano, o Estado viu a necessidade de realizar despesas com esse programa de trabalho, a fim de atender a demanda da sociedade local.

Neste caso, estamos diante de uma despesa IMPREVISTA, pois até seria possível estar previsto na LOA vigente, já que essa é uma demanda latente, mas não se fez inicialmente.

Desta forma, seria viável a abertura de um CRÉDITO ADICIONAL ESPECIAL, de forma a contemplar tal demanda.

Um outro exemplo seria a abertura de crédito adicional especial para atender a um programa novo não previsto na LOA em vigor.

36 – (ESAF/ANALISTA TRIBUTÁRIO – RFB/2010) Assinale a opção falsa a respeito dos créditos adicionais.

a) A abertura de crédito suplementar está condicionada à existência de despesa já pré-empenhada no exercício.

b) A abertura de créditos especiais exige a indicação da fonte dos recursos.

c) Os créditos adicionais aumentam a disponibilidade de crédito para a emissão de empenho ou descentralização.

d) É permitida a reabertura de créditos especiais e extraordinários no exercício seguinte ao da abertura.

e) Créditos extraordinários têm sua abertura submetida a restrições de natureza constitucional.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (a).

Toda abertura de crédito suplementar, ordinário, especial ou extraordinário é considerada uma DESPESA ORÇAMENTÁRIA e está condicionada à existência de recursos e de prévio empenho.

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Observem que PRÉVIO EMPENHO não corresponde a um pré-empenho.

Despesa Orçamentária Pública é aquela executada por entidade pública e que depende de autorização legislativa para sua realização, por meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos Adicionais, pertencendo ao exercício financeiro da emissão do respectivo empenho.

Vejam o erro do item com a correção do texto: “A abertura de crédito suplementar está condicionada à existência de RECURSOS DISPONÍVEIS PARA OCORRER A DESPESA E SERÁ PRECEDIDA DE EXPOSIÇÃO JUSTIFICATIVA.“

Essa interpretação decorre do art. 43, combinado com o art. 60, ambos da Lei nº 4.320/64:

“Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.”

“Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.”

Reparem que o item (b) está correto também em decorrência do art. 43 da Lei nº 4.320/64.

Erick, o que é o pré-empenho ?

Em síntese, é um bloqueio no SIAFI da dotação orçamentária realizado no início de um processo de licitação, a fim de se garantir os recursos orçamentários da eventual despesa decorrente do processo licitatório.

O pré-empenho, como o próprio nome diz, ainda não corresponde à etapa do EMPENHO, razão pela qual, na questão anterior, o item também está errado.

Além disso, a abertura de crédito suplementar está condicionada à indicação da fonte de recursos que podem ser o mnemônico “SEROBA”.

Vamos comentar os demais itens.

Item (b) – decorre do art. 43, §1º e incisos:

“Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:

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I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

II - os provenientes de excesso de arrecadação;

III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei;

IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las.”

Assim temos que os créditos especiais se inserem nessas fontes, conforme previsto no art. 166, § 8°, da CF/88, no art. 43, § 1°, I a IV, da Lei n° 4.320/64 e no art. 91, do Decreto-Lei n° 200/67.

Item (c) – a finalidade de créditos adicionais é sempre o aumento da disponibilidade. Se assim não fora, não existiriam.

Observem que item não afirma que a disponibilidade total é aumentada.

Assim, mesmo que haja anulação de créditos para a emissão dos créditos adicionais, haverá o aumento da disponibilidade.

Por fim, essa interpretação vem do art. 40, da Lei nº 4.320/64:

“Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.”

Por fim, temos que uma das consequências naturais da abertura dos créditos adicionais é o aumento da disponibilidade de crédito para a emissão de empenho de uma despesa ou para a descentralização de um crédito orçamentário.

Item (d) – decorre da interpretação do art. 45 da Lei nº 4.320/64:

“Art. 45 - Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.”

Além disso, vejamos a redação do art. 167, § 2°, da CF/88: “

“Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.”

Item (e) – é o que está previsto no art. 167, § 3º da CF/88:

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“§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.”

37 - (ESAF/ANALISTA – ÁREAS ADMINISTRATIVA E ORÇAMENTO – MPU/2004) De acordo com a classificação dos créditos adicionais, assinale a opção correta em relação a créditos extraordinários.

a) São autorizados para cobertura de despesas eventuais ou essenciais e, por isso mesmo, não considerados na Lei do Orçamento.

b) São os destinados a despesas urgentes e imprevistas, como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

c) São os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.

d) São autorizações abertas por decreto do Poder Executivo até o limite estabelecido em lei.

e) Destinam-se ao reforço de dotações orçamentárias.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (b).

O item (b) vem do art. 167, § 3°, da CF/88: “A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.”.

No entanto, a banca se utilizou do texto do art. 41, III, da Lei 4.320/64: “extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.”

O mais correto seria interpretar a Lei de acordo com o texto da CF/88, ou seja: “são créditos extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, tais como, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.”

Este seria um item menos incorreto na questão, pois os demais itens estão flagrantemente incorretos. É o que dissemos na apresentação: “NÃO BRIGUE COM A BANCA !”

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O item (a) é confuso, mas se assemelha à característica essencial dos CRÉDITOS ESPECIAIS. Estes se destinam a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Desta forma, justificamos também o erro do item (c).

No item (d) o erro reside no fato de que a abertura de créditos extraorçamentários PODE se fazer por meio de DECRETO ou MP, a depender do texto constitucional ou orgânico do ente. Na União, por exemplo, se faz por Medida Provisória.

Finalizamos com o item (e), cujo erro está no fato de estarmos diante da definição de CRÉDITO SUPLEMENTAR, conforme o art. 41, I, da Lei 4.320/64. (REFORÇO=SUPLEMENTO)

REPESCAGEM !

• Os CRÉDITOS SUPLEMENTARES são a única espécie de créditos adicionais em que é possível a autorização na própria LOA. Além disso, esse crédito tem limite de valor para reforço de um crédito preexistente.

• Os CRÉDITOS ESPECIAIS e os EXTRAORDINÁRIOS são as únicas exceções ao Princípio Orçamentário da Anualidade, pois são CRÉDITOS PLURIANUAIS, ao contrário dos CRÉDITOS SUPLEMENTARES.

• Só se reabrem os CRÉDITOS ESPECIAIS e EXTRAORDINÁRIOS, pois são créditos com possibilidade de serem plurianuais.

• Os CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS são uma exceção ao Princípio da Legalidade, pois podem ser abertos por meio de Decreto ou MP, conforme o caso.

• Não se apura o SUPERÁVIR FINANCEIRO no balanço financeiro, mas sim no BALANÇO PATRIMONIAL.

• Os CRÉDITOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS abertos sem indicação de recursos serão diminuídos quando do cálculo do EXCESSO DE ARRECADAÇÃO, conforme a fórmula seguinte:

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Onde,

EA: EXCESSO DE ARRECADAÇÃO;

RR: RECEITA REALIZAD

RP: RECEITA PREVISTA

CEOAE: CRÉDITO EXTRAORÇAMENTÁRIO APURADO NO EXERCÍCIO

Para relaxar, vamos fazer uma ginástica mental com uma série de questões comentadas a seguir.

MAIS QUESTÕES DE PROVA !

38 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – MPU/2007) É uma das características dos créditos especiais:

a) independerem de autorização legal para sua consecução.

b) serem destinados a reforço de dotação orçamentária já existente.

c) abertura por decreto legislativo.

d) dependerem de recursos disponíveis para financiar a despesa.

e) serem previstos na lei orçamentária anual.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (d).

Os créditos adicionais especiais e suplementares têm como fontes de recursos o mnemônico “SEROBA”. Além disso, é obrigatória a indicação de recursos disponíveis para financiar a despesa.

O art. 167, V, da CF/88, preconiza que “É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes”.

Com este fundamento, o item (a) está errado.

O item (b) se refere ao CRÉDITO SUPLEMENTAR, conforme o art. 41, I, da Lei 4.320/64.

O erro do item (c) está no fato de que a abertura dos créditos especiais se dá por meio de decreto do Poder Executivo.

EA = (RR - RP) - CEOAE

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Por fim, no item (e) não são os créditos especiais que estão previstos na LOA, mas sim os CRÉDITOS SUPLEMENTARES.

Conforme art. 165, § 8°, da CF/88, “A LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de CRÉDITOS SUPLEMENTARES e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.”

Assim, estamos diante de uma das exceções ao Princípio Orçamentário da Exclusividade. Esse assunto será retomado na última aula quando entraremos com o tópico Princípios Orçamentários.

39 - (FCC/ANALISTA – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Os créditos adicionais destinados a despesas para as quais haja insuficiência de recursos na dotação orçamentária específica são denominados:

a) Extraordinários.

b) Suplementares.

c) Especiais.

d) Complementares.

e) Ilimitados.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (b).

O item (b) se refere ao art. 41, I, da Lei 4.320/64, que define CRÉDITO SUPLEMENTAR.

Em relação aos itens (a), (c) e (d), segue um resumo explicativo:

CRÉDITOS ADICIONAIS DESTINAM-SE A

ESPECIAIS despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica

SUPLEMENTARES reforço de dotação orçamentária

EXTRAORDINÁRIOS

despesas imprevisíveis e urgentes, tais como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública (rol exemplificativo), observado o art. 62 da CF/88.

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E no item (e), lembrar que NÃO EXISTEM CRÉDITOS ILIMITADOS, conforme previsto no art. 167, VII, da CF/88: “É vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados”.

40 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) Os créditos adicionais especiais têm por característica:

a) independerem de autorização legislativa.

b) dependerem da existência de recursos para financiá-los.

c) destinarem-se ao reforço de dotação orçamentária insuficiente.

d) serem previstos na lei orçamentária anual.

e) atenderem a despesas de caráter urgente e imprevisto.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (b).

Essa questão é parecida com a de número 18, mas ela inverteu alguns itens e inclui outro. De qualquer forma, segue o comentário completo.

O art. 167, V, da CF/88, preconiza que “É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes”.

Com este fundamento, o item (a) está errado e o (b) correto.

O item (c) se refere ao CRÉDITO SUPLEMENTAR, conforme o art. 41, I, da Lei 4.320/64.

Por fim, no item (d) não são os créditos especiais que estão previstos na LOA, mas sim os CRÉDITOS SUPLEMENTARES, conforme art. 165, § 8°, da CF/88 (uma das exceções ao Princípio Orçamentário da Exclusividade).

O erro do item (e) está no fato de que ele se refere parcialmente aos créditos extraordinários, que se destinam a atender despesas imprevisíveis e urgentes, tais como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública (rol exemplificativo), observado o art. 62 da CF/88.

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41 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Os créditos extraordinários têm por característica:

a) independerem de prestação de contas ao Poder Legislativo.

b) serem destinados ao reforço de dotação orçamentária já existente.

c) atenderem a programas novos, não previstos na lei orçamentária anual.

d) independerem de prévia autorização legislativa.

e) dependerem da existência de recursos disponíveis para seu financiamento.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (d).

O item (d) decorre da interpretação, por eliminação, do art. 167, V, da CF/88: “É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes”.

Assim, no texto da CF/88 não há remissão aos créditos extraorçamentários quanto à necessidade de autorização em lei. Por isso, autorizam-se e abrem-se estes tipos de créditos adicionais por meio de decreto ou MP, conforme previsão constitucional ou orgânica do ente.

Com este fundamento, o item (e) está errado, pois já destacamos que os reditos extraorçamentários independem da indicação de fonte de recursos.

O item (a) fere o previsto no art. 70, § único, e no art. 71, caput, transcritos a seguir:

“Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

“O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União (...)”

No item (b) temos a definição de CRÉDITO SUPLEMENTAR, conforme o art. 41, I, da Lei 4.320/64.

Por fim, o item (c) refere-se ao CRÉDITO ESPECIAL, conforme o art. 41, II, da Lei 4.320/64.

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42 - (CESPE / ANALISTA ADMINISTRATIVO - ANAC / 2009) A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa.

Comentários:

Gabarito da questão: CERTO.

Observem que a questão não mencionou sob que ótica ela queria a resposta.

No entanto, ela revela que quer o novo posicionamento do assunto ao se referir desta forma: “A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade.”

E foi justamente por meio deste entendimento que a STN editou a Portaria Conjunta STN/SOF nº 3/2008.

Além disso, a questão foi tirada dos Procedimentos Contábeis Orçamentários, página 93, aprovados pela Portaria Conjunta STN/SOF nº 2/2009.

Vejamos o trecho extraído desses Procedimentos em um quadro:

OBSERVAÇÃO

“A Contabilidade Aplicada ao Setor Público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Dessa forma, aplica-se o princípio da competência em sua integralidade, ou seja, os efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos quando ocorrem, e não quando os recursos financeiros são recebidos ou pagos.”

Para encerrarmos o tema sobre o REGIME DAS RECEITAS E DESPESAS, vamos a um mantra.

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MANTRA !

REGIME DAS RECEITAS E DESPESAS

DOUTRINA REGIME ORÇAMENTÁRIO MISTO

PORTARIA CONJUNTA REGIME DE COMPETÊNCIA PATRIMONIAL

43 – (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ-PI/2009) Em relação ao ciclo orçamentário, é correto afirmar:

a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias deve preceder cronologicamente o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual.

b) A Secretaria de Orçamento Federal (SOF) coordena e elabora a proposta orçamentária da União.

c) A Lei Orçamentária Anual da União poderá ser remetida ao Congresso Nacional sob a forma de Medida Provisória.

d) O Poder Legislativo está impedido de propor emendas ao projeto de lei orçamentária, por se tratar de matéria de competência exclusiva do Poder Executivo.

e) O Poder Judiciário brasileiro não goza de autonomia administrativa e financeira que lhe permita elaborar sua própria proposta orçamentária.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (b).

No item (a) o correto seria dizer que a LDO precede à LOA, pois o art. 165, § 2º, da CF/88 determina que a LDO orientará a elaboração da lei orçamentária anual.

Como vimos antes, a proposta orçamentária é consolidada pelo Poder Executivo, cuja competência cabe ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG.

No âmbito do MPOG, é a Secretaria de Orçamento Federal – SOF que coordena e elabora a proposta orçamentária da União.

Assim fundamentamos o item (b).

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O item (c) tem vedação expressa no art. 62, § 1º, inciso I, alínea d), c/c o art. 167, § 3º, da CF/88.

O fundamento do item (d) é o art. 166, §§ 2º e 3º, da CF/88, ou seja, há condições estabelecidas no texto constitucional que permitem o Poder Legislativo apresentar emendas ao PLOA.

Além disso, o orçamento no Brasil é do tipo MISTO.

No item (e), vimos no art. 99, da C/88 que o Poder Judiciário tem autonomia administrativa e financeira que permite a iniciativa de elaborar sua própria proposta orçamentária.

44 - (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ-PI/2009) Com relação à elaboração, discussão, votação e aprovação da proposta de lei orçamentária da União, é correto afirmar:

a) Somente o Poder Executivo tem autonomia para elaborar sua proposta orçamentária.

b) A Secretaria de Orçamento e Finanças do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão é que deve tomar a iniciativa de encaminhar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional.

c) O projeto de lei orçamentária deve ser analisado pelas duas casas do Congresso Nacional em separado, devendo obter maioria simples em cada uma delas.

d) O Congresso Nacional pode apresentar emenda ao Orçamento para aumentar a despesa fixada para um órgão público, desde que apresente proposta de elevação de tributação para compensar o acréscimo na despesa.

e) A principal diretriz orçamentária para a elaboração do projeto de lei do orçamento nos últimos anos até 2008 é a meta pretendida de resultado primário.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (e).

Vê-se muito na mídia o tema RESULTADO PRIMÁRIO. Ainda não vamos aprofundá-lo, mas cabe o registro sobre o fundamento do assunto que consta no art. 4º, § 1º, da LRF, no que tange ao ANEXO DE METAS FISCAIS – AMF.

Pelos conhecimentos debatidos até aqui, poderíamos resolver a questão sem problemas. Vamos corrigir os demais itens

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Item (a) – TODOS os Poderes e o Ministério Público tem autonomia para elaborar sua proposta orçamentária.

Item (b) - a proposta orçamentária é consolidada pelo Poder Executivo, cuja competência cabe ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG.

No âmbito do MPOG, é a Secretaria de Orçamento Federal – SOF que coordena e elabora a proposta orçamentária da União, mas quem ENCAMINHA a proposta é o CHEFE DO PODER EXECUTIVO.

Item (c) - O PLOA é analisado pelas duas casas do Congresso Nacional em CONJUNTO e na FORMA DO REGIMENTO COMUM, devendo obter maioria simples em cada uma delas.

Item (d) – conforme art. 166, § 3º, inciso II, da CF/88, o Congresso Nacional pode apresentar emenda ao Orçamento para aumentar a despesa fixada para um órgão público, desde que indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF.

45 – (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – MPOG/2010) Assinale a opção que indica uma afirmação verdadeira a respeito da conceituação e classificação da receita orçamentária.

a) As receitas orçamentárias são ingressos de recursos que transitam pelo patrimônio do poder público, podendo ser classificadas como efetivas e não-efetivas.

b) As receitas orçamentárias decorrem de recursos transferidos pela sociedade ao Estado e são classificadas como permanentes e temporárias.

c) Todos os ingressos de recursos, financeiros e não-financeiros, são classificados como receita orçamentária, porque transitam pelo patrimônio público.

d) As receitas orçamentárias restringem-se aos ingressos que não geram contrapartida no passivo do ente público.

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e) Recursos financeiros de qualquer origem são registrados como receitas orçamentárias para que possam ser utilizados pelos entes públicos.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (a).

O correto seria “As receitas orçamentárias são classificadas, segundo sua categoria econômica em RECEITAS CORRENTES ou RECEITAS DE CAPITAL”.

Nos itens (c) e (e), nem todos os ingresso de recursos são classificados como RECEITA ORÇAMENTÁRIA, pois também há os que se classificam como RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA.

As RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS são “entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiros”, razão pela qual o item (d) também está errado.

46 – (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – MPOG/2010) Assinale a opção em que a despesa realizada não pode ser classificada como despesa corrente, segundo dispõe as normas de classificação da despesa no âmbito federal.

a) Amortização do principal da dívida pública.

b) Aquisição de material de consumo mediante suprimento de fundos.

c) Pagamento da remuneração a servidores.

d) Aquisição de gêneros alimentícios para estoque regulador.

e) Pagamento de serviços de manutenção predial.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (a).

A Amortização do principal da dívida pública é uma DESPESA DE CAPITAL e todos os demais itens são DESPESAS CORRENTES relativas ao custeio da Administração Pública.

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47 – (ESAF/ANALISTA TRIBUTÁRIO – RFB/2010) A respeito da classificação orçamentária da receita, é correto afirmar:

a) alienação de bens de qualquer natureza integrantes do ativo redunda em receita de capital.

b) receitas de contribuições integram as receitas de capital quando oriundas de intervenção no domínio econômico.

c) as receitas agropecuárias se originam da tributação de produtos agrícolas.

d) as receitas intraorçamentárias decorrem de pagamentos efetuados por entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.

e) receitas correntes para serem aplicadas em despesa de capital dependem da inexistência de receitas de capital no exercício.

Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (d).

Conforme previsto na Portaria Interministerial STN/SOF n° 338, de 26 de abril de 2006, somente as entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social é que podem realizar pagamentos de natureza intraorçamentária.

48 – (ESAF/ANALISTA-TRIBUTÁRIO – RFB/2009) Assinale a opção correta a respeito do ciclo orçamentário no âmbito da Administração Federal brasileira.

a) Em razão das vedações constitucionais, não é possível fazer ajustes no orçamento sem trâmite pelo Poder Legislativo.

b) A elaboração das propostas orçamentárias é de responsabilidade exclusiva da Secretaria de Orçamento Federal.

c) Na fase de aprovação, as Comissões de Finanças e Tributação das duas casas do Congresso Nacional têm a palavra final.

d) Na fase de preparação do orçamento para a execução, a alocação dos créditos nos elementos de despesa é atribuição da setorial orçamentária.

e) A abertura de créditos extraordinários, em razão da sua especificidade, somente pode ser feita por lei complementar.

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Comentários:

Gabarito da questão: alternativa (d).

Vimos o item (d) na parte em que tratamos da EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA.

O item (a) está errado pelo fato de que é possível fazer ajustes na LOA sem trâmite pelo Poder Legislativo, já que os CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS são abertos por meio de Decreto do Poder Executivo ou MP, conforme o caso.

No (b), o erro está no fato de que a SOF do MPOG consolida todas as propostas orçamentárias encaminhadas pelos órgãos e entidades de todos os poderes da União.

Assim a responsabilidade exclusiva da SOF se refere à CONSOLIDAÇÃO da proposta de LOA da União.

Em relação ao item (c), temos o erro no nome da Comissão que é a Comissão Mista de senadores e deputados federais a que se refere o parágrafo 1º do art. 166 da CF/88.

Esta Comissão é comumente chamada de Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

Por fim, no item (e) fica correto se o escrevermos assim: “A abertura de créditos extraordinários, em razão da sua especificidade, não pode ser feita por lei complementar” ou “A abertura de créditos extraordinários, em razão da sua especificidade, somente pode ser feita por decreto do Poder Executivo ou Medida Provisória, conforme for o caso”.

49 – (FCC / TÉCNICO JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE / TRT – 3ª REGIÃO / 2009) O crédito adicional que tem por finalidade atender a despesas urgentes e imprevisíveis é o crédito:

a) especial.

b) superavitário.

c) incondicional.

d) suplementar.

e) extraordinário.

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Comentários:

O gabarito é a alternativa (e)

Vejam como é repetitiva a abordagem das Bancas em relação ao fundamento de cada crédito adicional.

Com as informações que montamos em nosso quadro, temos:

CRÉDITOS

EXTRAORDINÁRIOS

DESTINAM-SE a atender despesas imprevisíveis e urgentes, tais como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública (rol exemplificativo), observado o art. 62 da CF/88.

50 - (FCC / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – ORÇAMENTO E FINANÇAS / TCE – GO / 2009) Em relação aos créditos adicionais, é correto afirmar que os créditos:

a) especiais e suplementares serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

b) especiais e suplementares serão abertos por decreto executivo que deles dará conhecimento imediato ao Poder Legislativo.

c) especiais e suplementares serão autorizados por lei independentemente da existência de recursos disponíveis para incorrer a despesa.

d) extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deverá dar conhecimento ao Poder Legislativo no prazo máximo de 90 dias.

e) suplementares terão vigência máxima de 24 meses a contar da data de sua abertura.

Comentários:

O gabarito é a alternativa (a)

A alternativa corresponde ao texto do art. 42 da Lei nº 4.320/1964.

Vamos corrigir os demais itens com a referência na Lei nº 4.320/1964.

Item “b” – art. 44 - especiais e suplementares EXTRAORDINÁRIOS serão abertos por decreto executivo que deles dará conhecimento imediato ao Poder Legislativo.

Item “c” – pela interpretação decorrente do que está no texto do art. 43 - especiais e suplementares EXTRAORDINÁRIOS serão autorizados por lei

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independentemente da existência de recursos disponíveis para incorrer a despesa.

Item “d” – art. 44 - extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deverá dar conhecimento IMEDIATO ao Poder Legislativo no prazo máximo de 90 dias.

Item “e” – ART. 45 - Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordináriosSuplementares terão vigência máxima de 24 meses a contar da data de sua abertura.

51 - (FCC / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – ORÇAMENTO E FINANÇAS / TCE – GO / 2009) Em agosto de 200x, o Prefeito do Município de Passargada decretou estado de calamidade pública em função de um vendaval que assolou o município, destruindo casas, repartições públicas e escolas. Para fazer frente a construção de obras de caráter emergencial necessitou efetuar a contratação de empréstimos com instituições financeiras, com vencimento nos dois próximos exercícios. O contador do município deverá registrar os valores recebidos das operações de crédito como:

a) despesa extraorçamentária.

b) despesa orçamentária.

c) receita extraorçamentária.

d) redução de dívida fundada.

e) receita orçamentária.

Comentários:

O gabarito é a alternativa (e)

A situação apresentada representa uma possibilidade de abertura de CRÉDITO ADICIONAL EXTRAORDINÁRIO, pois a atender despesas imprevisíveis e urgentes, tais como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública (rol exemplificativo), observado o art. 62 da CF/88.

Além disso, a situação hipotética apresenta a contratação de operações de crédito (empréstimos contratados) com vencimento nos dois próximos exercícios, o que representa uma RECEITA DE CAPITAL – OPERAÇÕES DE CRÉDITO, logo, estamos diante de uma RECEITA ORÇAMENTÁRIA.

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Observe que se o vencimento do empréstimo ocorresse em menos de 12 meses e correspondesse a uma antecipação da receita orçamentária, estaríamos diante de uma hipótese de RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA.

52 – (FCC / ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE / TJ – SE / 2009) A cobertura de despesas urgentes e imprevistas, decorrentes de guerra, deverá ser efetuada através da abertura de créditos:

a) adicionais extraordinários.

b) orçamentários ordinários.

c) adicionais extraorçamentários.

d) compulsórios.

e) especiais.

Comentários:

O gabarito é a alternativa (a)

Mais uma questão sobre esse assunto. Vamos sonhar de tanto vermos esse quadro....

CRÉDITOS

EXTRAORDINÁRIOS

DESTINAM-SE a atender despesas imprevisíveis e urgentes, tais como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública (rol exemplificativo), observado o art. 62 da CF/88.

53 - (FCC / TÉCNICO JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE / TRE – PI / 2009) Os créditos adicionais que tem como finalidade atender a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública são denominados:

a) fundos especiais.

b) créditos especiais.

c) créditos suplementares.

d) créditos extraordinários.

e) adiantamento de despesa.

Comentários:

O gabarito é a alternativa (d)

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De novo. ...Essa vocês não podem errar, ok ?

54 - (FCC / ANALISTA JUDICIÁRIO – CIÊNCIAS CONTÁBEIS / TJ – PA / 2009) No mês de março, o secretário de planejamento do Estado "A" certificou-se da necessidade de alterar o orçamento para a inclusão de despesas com reforma de rodovias estaduais que não haviam sido previstas, mas que naquele momento seria possível realizá-las, haja vista a existência de superávit financeiro do exercício anterior. Neste caso, os créditos abertos poderão vigorar

a) até o final do exercício seguinte desde que reabertos pelo seu saldo.

b) até o mês de março do exercício seguinte.

c) durante o prazo estipulado pela lei que autorizou sua abertura.

d) durante a vigência do plano plurianual.

e) até o final do exercício em que foram abertos.

Comentários:

O gabarito é a alternativa (e)

A situação hipotética representa um CRÉDITO ADICIONAL ESPECIAL que será aberto em razão a existência de superávit financeiro do exercício anterior.

Como a abertura desse CRÉDITO ADICIONAL ESPECIAL ocorreu em MARÇO, ou seja, antes dos últimos 4 meses do exercício financeiro respectivo, aplica-se a regra geral do art. 45 da Lei nº 4.320/1964.

Assim, o item “e” está de acordo com o referido dispositivo legal, onde se estabelece que os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

55 - (FCC / TÉCNICO SUPERIOR DE ANÁLISES CONTÁBEIS / PGE – RJ / 2009) O Município "A" foi um dos mais atingidos pelas enchentes do final de ano e, em novembro, foi decretado estado de calamidade pública. Um dos principais problemas enfrentados pela comunidade foi o desabamento de uma ponte, deixando parte da população ilhada, sem acesso às escolas, postos de saúde, etc. A prefeitura precisava urgentemente construir um acesso provisório e reconstruir a ponte. Entretanto, não existiam créditos orçamentários para tanto. Nesse caso, o Poder Executivo deve:

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a) obter autorização do Poder Legislativo para anulação de dotações orçamentárias e, em seguida, abrir, por decreto, créditos extraordinários.

b) obter autorização legislativa para a abertura de créditos especiais e abri-los por meio de decreto.

c) abrir, por meio de decreto, créditos suplementares autorizados na Lei Orçamentária.

d) abrir, por meio de decreto, créditos extraordinários e dar conhecimento imediato ao Poder Legislativo.

e) realizar a despesa sem a abertura de créditos adicionais e, em seguida, dar conhecimento ao Poder Legislativo.

Comentários:

O gabarito é a alternativa (d)

A situação hipotética representa um CRÉDITO ADICIONAL EXTRAORDINÁRIO que, de acordo com o art. 44 da Lei nº 4.320/1964, será aberto por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Chegou a hora de nossa revisão !

4 – Revisão em Tópicos e Palavras-Chave.

A partir deste momento vamos rever os principais tópicos desta aula mediante quadros ou colocação de tópicos e palavras-chave.

RECEITAS precisam estar PREVISTAS, enquanto que as DESPESAS têm que ser FIXADAS.

Orçamento Público é o:

• instrumento pelo qual o governo controla as finanças públicas e executa as ações governamentais, ensejando o objetivo estatal do bem comum.

• plano financeiro autorizado legal e formalmente, que consiste, em resumo, em uma pauta de dotações associada a uma realidade problematizada.

• documento do Poder Executivo, aprovado pelo Legislativo, que estima receitas e despesas para o

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período de um ano, que envolve todos os órgãos integrantes da estrutura governamental.

Elaboram-se e se executam três leis – o plano plurianual (PPA), as diretrizes orçamentárias (LDO) e o orçamento anual (LOA) – que, juntas, concretizam o planejamento e a execução das políticas públicasfederais.

O orçamento público evoluiu ao longo do tempo. Isto decorreu da maior atenção que se deu à economia como um todo, bem como no aumento do tamanho da participação dos governos na vida de uma nação.

Orçamento Público, em sentido amplo, é um documento legal (aprovado por lei) contendo a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas por um Governo em um determinado exercício (geralmente de um ano).

Objetivos de uma política orçamentária:

• corrigir as falhas de mercado e as distorções, a fim de se manter a estabilidade,

• melhorar a distribuição de renda; e

• alocar os recursos com mais eficiência.

Além de, por meio do orçamento:

• regular o mercado; e

• coibir abusos.

Orçamento também tem o objetivo de reduzir as falhas de mercado e as externalidades negativas.

A Política Fiscal, a Política Regulatória e a Política Monetária são instrumentos e recursos que o Governo utiliza para intervir na Economia.

• Política Fiscal - envolve a geração e a administração de receitas. Também se refere com o cumprimento de metas e objetivos governamentais no orçamento. Utiliza-se este instrumento para a alocação, a distribuição de recursos e a estabilização da economia. Desta forma, com a política fiscal é possível aumentar a renda e o PIB, além de aquecer a economia, por meio de uma distribuição melhor da renda.

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• Política Regulatória – utiliza medidas legais, tais como decretos, leis, portarias, etc., expedidas como alternativa para se alocarem e se distribuírem os recursos, a fim de se estabilizar a economia. Com a utilização das normas, diversas condutas podem ser banidas, como, por exemplo, as práticas abusivas, a poluição. Desta forma, também se evita a criação de monopólios ou de cartéis.

• Política Monetária – abrange o controle da oferta de moeda, da taxa de juros e do crédito em geral. Tem como objetivo a estabilização da economia e também influenciar na decisão de consumidores e produtores. Com a política monetária, pode-se, entre outros fatores, restringir a demanda e controlar a inflação e os preços.

Orçamento Público funciona como uma baliza na Economia.

Principais funções do Estado consolidadas no Orçamento Público

FUNÇÃO DO ESTADO CARACTERÍSTICAS

ALOCATIVA

• Objetiva ofertar serviços e bens que o mercado não oferece ou que possa oferecer em condições ineficientes;

• Cria meios para que se ofereçam bens privados ao mercado por produtores, por investimentos ou mediante intervenções, em razão do alto risco e do elevado custo;

• Retifica imperfeições no sistema de mercado, tais como oligopólios e monopólios;

• Corrige os efeitos negativos de externalidades.

DISTRIBUTIVA

• Busca tornar a sociedade menos desigual em termos de renda e riqueza;

• Utiliza, em regra, os seguintes mecanismos:

Tributação;

Transferências financeiras;

Subsídios;

Incentivos fiscais;

Alocação de recursos em camadas mais pobres da população, etc.

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ESTABILIZADORA

• Procura ajustar o nível geral de preços e o nível de emprego;

• Objetiva dar estabilidade à moeda, por meio de instrumentos de política fiscal, cambial e monetária;

• Busca também outras medidas de intervenção econômica, tais como controles mais rigorosos e estabelecimento de limites, ambos estabelecidos por normas legais.

CICLO ORÇAMENTÁRIO

O CICLO ORÇAMENTÁRIO SE RESUME NO “EAECA”:

ELABORAÇÃO – APROVAÇÃO – EXECUÇÃO – CONTROLE – AVALIAÇÃO

• ELABORAÇÃO

É incumbência do Poder Executivo, por meio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, consolidar e elaborar o orçamento.

Prazo para encaminhamento do projeto de lei orçamentária anual – LOA elaborado pelo Executivo: • até 31 de agosto do exercício financeiro corrente; ou • até 4 meses antes do término do exercício financeiro corrente.

O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

• APROVAÇÃO (APRECIAÇÃO, DISCUSSÃO, APRESENTAÇÃO DE EMENDAS, VOTAÇÃO, SANÇÃO E PUBLICAÇÃO):

O Processo Legislativo Orçamentário tem características próprias

Subfases da APROVAÇÃO:

• APRECIAÇÃO;

• DISCUSSÃO;

• APRESENTAÇÃO DE EMENDAS;

• VOTAÇÃO;

• SANÇÃO OU VETO (REJEIÇÃO PELO EXECUTIVO); E

• PUBLICAÇÃO DO ORÇAMENTO.

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O projeto orçamentário é elaborado pelo Poder Executivo. Quando chega ao Legislativo, é encaminhado a uma Comissão Mista de senadores e deputados federais a que se refere o parágrafo 1º do art. 166 da CF/88. Esta Comissão é comumente chamada de Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização .

As propostas de emendas ao projeto de LOA, dvem estar compatíveis com o PPA e a LDO.

O projeto de LOA é encaminhado para sanção do Presidente da República. Ele tem a prerrogativa de vetar ou não o projeto de LOA que vem do Poder Legislativo.

Prazo para DEVOLUÇÃO do projeto de LOA pelo Legislativo:• até 22 de dezembro do exercício financeiro corrente; ou • até o término da sessão legislativa.

• EXECUÇÃO:

Começa com a publicação da LOA.

Ao longo da preparação do orçamento para a execução, a alocação dos créditos nos elementos de despesa é atribuição da setorial orçamentária.

A Execução é orçamentária e financeira (ambas andam juntas):

• Execução orçamentária: o que está planejado e o que consta no orçamento.

• Execução financeira: fluxo de caixa do Tesouro Nacional.

• CONTROLE:

Objeto de controle: planos e programas a serem executados, em execução ou já executados, que constam na LOA.

A Administração Federal obedecerá aos seguintes princípios fundamentais:

MNEMÔNICO: PC2D2

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No Brasil, existem dois tipos de controle:

• INTERNO

• EXTERNO

CONTROLE EXTERNO

• O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do TCU.

• A fiscalização ”COFOP” (contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial):

da União e

das entidades da administração direta e indireta

quanto à “LLEAR”

(legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas)

será exercida pelo

• Congresso Nacional, mediante controle externo; e

• Sistema de Controle Interno de cada Poder.

CONTROLE INTERNO

PODERES

Legislativo + Executivo + Judiciário

manterão sistema de controle interno de forma integrada

FINALIDADES

• avaliar:

o cumprimento das metas previstas no PPA; a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto:

à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal; à aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

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• exercer o controle dos (as):

operações de crédito; avais; garantias; direitos; e haveres.

• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

OBSERVAÇÃO

Se os responsáveis pelo controle interno tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, deverão dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidade solidária.

• AVALIAÇÃO:

Ideal: controle prévio, para avaliação mais eficiente do cumprimento das metas instituídas.

Mais recorrente: avaliação sobre a despesa que já se realizou.

Critérios de avaliação da gestão governamental:

• ECONOMICIDADE

• EFICIÊNCIA

• EFICÁCIA

• EFETIVIDADE

OBSERVAÇÃO

As fases de CONTROLE e AVALIAÇÃO também são conhecidas como ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO.

TIPOS DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

Autorização legislativa para a realização da despesa constitui crédito orçamentário.

OS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS NÃO SÃO ILIMITADOS.

da UNIÃO

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CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS (NÃO SÃO ILIMITADOS)

TIPOS • INICIAIS OU ORDINÁRIOS • ADICIONAIS

ADICIONAIS• ESPECIAIS • SUPLEMENTARES • EXTRAORDINÁRIOS

As alterações de planejamento no PPA e na LDO: leis ordinárias “comuns”.

LOA: alterações por leis conhecidas como LEIS DE CRÉDITOS ADICIONAIS.

As LEIS DE CRÉDITOS ADICIONAIS são exceções ao Princípio do Planejamento da Administração (princípio não orçamentário).

CRÉDITOS INICIAIS OU ORDINÁRIOS

Correspondem à dotação inicial designada para determinado programa de trabalho

CRÉDITOS ADICIONAIS

Leis específicas que objetivam a alteração na LOA.

Autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA.

3 Tipos: ESE = ESPECIAIS – SUPLEMENTARES – EXTRAORDINÁRIOS.

FONTES DE CRÉDITOS ADICIONAIS:

FONTES DE CRÉDITOS ADICIONAIS REFERÊNCIA

S • Superávit financeiro apurado em balanço

patrimonial do exercício anterior Lei n° 4.320/64:

Art. 43, § 1°, I

E

• Excesso de arrecadação proveniente do saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.

Lei n° 4.320/64:Art. 43, § 1°, II

R

• Reserva de contingência: dotação global não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais.

Decreto-Lei n° 200/67: Art. 91

MNEMÔNICO ESE

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O • o produto de operações de credito autorizadas,

em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.

Lei n° 4.320/64:Art. 43, § 1°, IV

B

• “Buracos do projeto de LOA”: são os recursos que porventura, em decorrência de VETO, EMENDA ou REJEIÇÃO do projeto de LOA, ficam sem despesas correspondentes e que poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Lei n° 4.320/64:Art. 43, § 1°, I

A • os resultantes de Anulação parcial ou total de

dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei.

CF/88: Art. 166, § 8°

SUPERÁVIT FINANCEIRO.

SUPERÁVIT FINANCEIRO é a DIFERENÇA POSITIVA entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, apurada no BALANÇO PATRIMONIAL (e não no balanço financeiro) em 31/12 do exercício anterior.

Na apuração do SF, conjugam-se ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.

SF = (AF-PF) – CAT + OCR

Onde,

CAT: saldos dos créditos adicionais transferidos –(são os créditos adicionais reabertos); e

OCR: operações de credito vinculadas a estes saldos referentes aos créditos reaberto - OCR.

OBSERVAÇÃO

• O SUPERÁVIT FINANCEIRO é um saldo financeiro e não uma nova receita a se registrar.

• Uma lei ou decreto ou MP (onde houver previsão constitucional ou orgânica) autorizam determinado crédito.

• No entanto, sua abertura se dá em outro ato, por meio de decreto ou MP (onde houver previsão constitucional ou orgânica) do poder executivo.

• Assim temos 2 instantes: a autorização do crédito e a autorização para sua abertura.

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• DIFERENÇA ENTRE DESPESAS IMPREVISTAS E DESPESAS IMPREVISÍVEIS

IMPREVISTAS as despesas que PODIAM ATÉ SER PREVISTAS, MAS QUE NÃO SE COLOCARAM NO ORÇAMENTO.

IMPREVISÍVEIS são as despesas que NÃO HÁ QUALQUER CONDIÇÃO DE SE PREVER.

PRINCIPAIS CARACTERÍSITICAS DOS CRÉDITOS ADICIONAIS PERGUNTA ESPECIAIS SUPLEMENTARES EXTRAORDINÁRIOS

DESTINA-SE A

despesas para as quais não haja dotaçãoorçamentária específica

reforço de dotaçãoorçamentária

despesas imprevisíveis e urgentes, tais como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública (rol exemplificativo), observado o art. 62 da CF/88.

PRÉVIA AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA

SIM

em lei específica

SIM

em lei específica ou na própria LOA

NÃO

INSTRUMENTO DE ABERTURA

Decreto do Poder Executivo

Decreto do Poder Executivo

Decreto do Poder Executivo ou MP, onde houver, com imediato envio ao Poder Legislativo

COMO INCORPORA NO ORÇAMENTO

Conserva-se a especificidade do crédito especial

Adicionam-se à dotação orçamentária a que se destinou o reforço

Conserva-se a especificidade do crédito extraordinário

PRECISA INDICAR FONTE DE RECURSOS

SIM

Consta na lei que autoriza e no decreto que autoriza a abertura

SIM

Consta na lei que autoriza e no decreto que autoriza a abertura

NÃO

INSTRUMENTO QUE INDICA O LIMITE

lei que autoriza o crédito e no decreto que autoriza a abertura

lei que autoriza o crédito e no decreto que autoriza a abertura

decreto ou MP, conforme o caso, que autoriza a abertura

PRORROGA

SIM

Só para o exercício seguinte, desde que a autorização seja promulgada nos últimos 4 meses do exercício

NÃO SIM

Só para o exercício seguinte, desde que a autorização (decreto ou MP) se dê nos últimos 4 meses do exercício

VIGÊNCIA

Até 31/dez do exercício da abertura ou até 31/dez do exercício em que ocorre a reabertura (vigência plurianual)

Somente até 31/dez do exercício da abertura

Até 31/dez do exercício da abertura ou até 31/dez do exercício em que ocorre a reabertura (vigência plurianual)

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POSSIBILIDADE DE VIGÊNCIA

PLURIANUAL

SIM

Incorporam-se os saldos, por decreto, à LOA seguinte

NÃO SIM

Incorporam-se os saldos, por decreto, à LOA seguinte

OUTRAS CONSIDERAÇÕES RELEVANTES

• Os CRÉDITOS SUPLEMENTARES são a única espécie de créditos adicionais em que é possível a autorização na própria LOA. Além disso, esse crédito tem limite de valor para reforço de um crédito preexistente.

• Os CRÉDITOS ESPECIAIS e os EXTRAORDINÁRIOS são as únicas exceções ao Princípio Orçamentário da Anualidade, pois são CRÉDITOS PLURIANUAIS, ao contrário dos CRÉDITOS SUPLEMENTARES.

• Só se reabrem os CRÉDITOS ESPECIAIS e EXTRAORDINÁRIOS, pois são créditos com possibilidade de serem plurianuais.

• Os CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS são uma exceção ao Princípio da Legalidade, pois podem ser abertos por meio de Decreto ou MP, conforme o caso.

• Não se apura o SUPERÁVIR FINANCEIRO no balanço financeiro, mas sim no BALANÇO PATRIMONIAL.

• Os CRÉDITOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS abertos sem indicação de recursos serão diminuídos quando do cálculo do EXCESSO DE ARRECADAÇÃO, conforme a fórmula seguinte:

Onde,

EA: EXCESSO DE ARRECADAÇÃO;

RR: RECEITA REALIZAD

RP: RECEITA PREVISTA

CEOAE: CRÉDITO EXTRAORÇAMENTÁRIO APURADO NO EXERCÍCIO

MANTRA !

REGIME DAS RECEITAS E DESPESAS

DOUTRINA REGIME ORÇAMENTÁRIO MISTO

PORTARIA CONJUNTA REGIME DE COMPETÊNCIA PATRIMONIAL

EA = (RR - RP) - CEOAE

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5 – Questões desta Aula

21 - (FCC / TÉCNICO SUPERIOR – ADMINISTRADOR / PGE – RJ / 2009) Segundo especialistas, o ciclo orçamentário compreende um conjunto de oito grandes fases, cuja materialização se estende por um período de vários anos. A terceira fase compreende a:

a) execução dos orçamentos aprovados.

b) elaboração da proposta de orçamento pelo Executivo.

c) formulação do Plano Plurianual pelo Executivo.

d) apreciação e adequação do Plano Plurianual pelo Legislativo.

e) proposição de metas e prioridades para a administração e a política de alocação de recursos pelo Executivo.

22 - (ESAF / ANALISTA – SEFAZ - CE / 2007) A respeito da elaboração do Orçamento Geral da União, é correto afirmar, exceto:

a) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional propondo a alteração do projeto de lei orçamentária a qualquer tempo.

b) é prerrogativa do Presidente da República a iniciativa dos projetos de lei orçamentária.

c) as emendas parlamentares aos projetos de lei orçamentária anual não poderão indicar como despesas a serem anuladas as destinadas ao pagamento de pessoal e seus encargos.

d) na fase de tramitação no Congresso Nacional, cabe a uma comissão mista de Senadores e Deputados examinar e emitir parecer sobre os projetos de lei que tratam de orçamento.

e) a proposta orçamentária para o exercício seguinte deverá ser enviada ao Congresso Nacional até 31 de agosto do ano anterior.

23 – (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – MPOG/2010) Assinale a opção falsa a respeito do ciclo orçamentário no Brasil.

a) É um processo integrado de planejamento das ações e compreende a elaboração do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual, bem como a execução e avaliação desses instrumentos.

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b) É o processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual, que se inicia no envio da proposta de orçamento ao Congresso Nacional e se encerra na sanção da lei.

c) Na elaboração dos instrumentos que compõem o ciclo orçamentário, o Congresso Nacional tem competência para realizar modificações nas propostas a ele encaminhadas.

d) É um processo contínuo, dinâmico e flexível para a elaboração, aprovação, execução, controle e avaliação dos programas do setor público.

e) A Comissão Mista de Orçamento tem papel importante nas etapas de elaboração e fiscalização.

24 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) Analise as afirmações a seguir, relativas à elaboração, acompanhamento e fiscalização do orçamento público no Brasil.

I. O projeto de lei orçamentária anual deverá ser encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo até 31 de agosto do exercício financeiro corrente.

II. Os parlamentares poderão apresentar emendas ao projeto de lei orçamentária anual, desde que sejam compatíveis com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias.

III. O Presidente da República deverá sancionar o projeto de lei orçamentária aprovado pelo Congresso Nacional, estando impedido de vetá-lo, no todo ou em parte.

IV. O controle externo das contas públicas da União está a cargo do Congresso Nacional e será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União.

É correto o que consta APENAS em:

a) I e II.

b) I e III.

c) II e III.

d) III e IV.

e) I, II e IV.

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25 - (ESAF/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – MPU/2004) O sistema de controle interno tem por objetivo manter a integridade do patrimônio da entidade e, portanto, deve a sua organização, implantação e implementação definir prioritariamente quatro fatores. Aponte a opção não-pertinente.

a) Definir a área a controlar.

b) Definir um sistema de controle pessoal, ou seja, um controle que permita desenvolver a administração por exceção.

c) Definir quem informa quem, ou seja, o nível hierárquico que deve prestar informações e o que deve recebê-las, analisá-las e providenciar medidas necessárias para manter operante a administração.

d) Definir o que deve ser informado, ou seja, o objeto da informação.

e) Definir o período em que as informações devem ser prestadas.

26 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) Na lei orçamentária anual, o termo Reserva de Contingência designa uma dotação orçamentária que:

a) pode ser utilizada como fonte de recurso para a abertura de créditos suplementares.

b) somente pode ser destinada à amortização das dívidas flutuante e fundada.

c) pode ser utilizada pelo Poder Executivo da forma que lhe convier.

d) é fonte de recurso para despesas com indenização de imóveis para fins de reforma agrária.

e) destina-se a atender créditos extraordinários não previstos no orçamento.

27 - (FCC / TÉCNICO JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE / TRE – PI / 2009) De acordo com o art. 43 da Lei n° 4.320/64, a abertura de créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para acorrer à despesa. Um recurso que NÃO pode ser considerado para fins de cobertura dos créditos suplementares e especiais é

a) o excesso de arrecadação.

b) a diferença entre Ativo financeiro e Passivo financeiro do final do exercício anterior.

c) o superávit financeiro do exercício corrente.

d) o resultante de anulação total de dotações orçamentárias.

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e) o resultante de anulação parcial de créditos adicionais.

28 – (ESAF / ANALISTA ADMINISTRATIVO / ANA / 2009) Considerados mecanismos retificadores do orçamento, os créditos adicionais obedecem a regras específicas, sendo correto afirmar o que segue:

a) todos os créditos adicionais necessitam de autorização legislativa prévia.

b) sua utilização também é requerida nos casos de retificação da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Plano Plurianual.

c) os créditos suplementares cujo ato de autorização for promulgado nos últimos 4 meses do exercício podem ser reabertos nos limites dos seus saldos e viger até o final do exercício subsequente.

d) os créditos especiais acompanham a vigência do orçamento, extinguindo-se ao final do exercício financeiro.

e) a abertura de créditos extraordinários faz-se, necessariamente, mediante a adoção de medida provisória.

29 – (ESAF / PROCURADOR – TCE – GO / 2007) O Poder Executivo, para executar despesa cuja dotação orçamentária seja insuficiente, deve

a) abrir crédito extraordinário mediante autorização legislativa.

b) obter autorização legislativa prévia e justificar a abertura de crédito extraordinário para execução da despesa sem dotação orçamentária específica.

c) abrir crédito suplementar por decreto, após autorização legislativa.

d) remanejar recursos de outras dotações e abrir crédito especial destinado a reforço da dotação orçamentária específica.

e) abrir crédito especial por decreto e dar imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

30 - (FCC / ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE / TRT – 16ª REGIÃO / 2009) O mecanismo utilizado para retificação de despesas, insuficientemente dotadas na lei orçamentária, denomina-se:

a) crédito suplementar.

b) crédito especial.

c) reprogramação.

d) reforço de empenho.

e) crédito adicional.

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31 - (FCC / ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – CONTABILIDADE / MPE – SE / 2009) Conforme artigo 43 da lei nº 4.320/64, a abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de:

a) recursos disponíveis para suportar a despesa.

b) dotação específica na Lei orçamentária.

c) autorização do Executivo.

d) autorização Legislativa.

e) recursos extra-orçamentários disponíveis.

32 - (FCC / ASSESSOR JURÍDICO / TCE – PI / 2009) A Constituição Federal proíbe:

a) a abertura de crédito extraordinário sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.

b) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais.

c) a instituição de fundos de qualquer natureza, sem autorização do Tribunal de Contas da União.

d) a concessão ou utilização de créditos limitados.

e) o início de programas ou projetos incluídos na lei orçamentária anual.

33 - (FCC / ASSESSOR JURÍDICO / TCE – PI / 2009) Analise os seguintes itens:

I. São créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.

II. Os créditos suplementares são os destinados a despesas as quais não haja destinação orçamentária específica.

III. Os créditos especiais são os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

Está correto o que se afirma SOMENTE em:

a) I.

b) III.

c) I e II.

d) I e III.

e) II e III.

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34 – (ESAF / ANALISTA – SEFAZ – CE/ 2007) Assinale a opção falsa em relação às regras impostas pela Constituição Federal/88 para a abertura de créditos adicionais.

a) Admite-se a reabertura, no exercício seguinte, dos saldos remanescentes dos créditos especiais e extraordinários independentemente da data em que tenham sido abertos.

b) Os créditos especiais destinam-se às despesas para as quais não existe dotação específica.

c) Os créditos suplementares podem ser abertos mediante cancelamento de outros créditos consignados em lei.

d) Créditos Extraordinários podem ser abertos por Medida Provisória.

e) Na abertura de créditos extraordinários não é necessário indicar a fonte de recursos.

35 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) São considerados recursos, para fins de financiamento dos créditos adicionais,

a) as receitas industriais.

b) as operações de crédito por antecipação de receita.

c) os excessos de arrecadação.

d) os ativos permanentes em valor superior aos passivos permanentes.

e) as arrecadações de encargos sobre a dívida ativa.

36 – (ESAF/ANALISTA TRIBUTÁRIO – RFB/2010) Assinale a opção falsa a respeito dos créditos adicionais.

a) A abertura de crédito suplementar está condicionada à existência de despesa já pré-empenhada no exercício.

b) A abertura de créditos especiais exige a indicação da fonte dos recursos.

c) Os créditos adicionais aumentam a disponibilidade de crédito para a emissão de empenho ou descentralização.

d) É permitida a reabertura de créditos especiais e extraordinários no exercício seguinte ao da abertura.

e) Créditos extraordinários têm sua abertura submetida a restrições de natureza constitucional.

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37 - (ESAF/ANALISTA – ÁREAS ADMINISTRATIVA E ORÇAMENTO – MPU/2004) De acordo com a classificação dos créditos adicionais, assinale a opção correta em relação a créditos extraordinários.

a) São autorizados para cobertura de despesas eventuais ou essenciais e, por isso mesmo, não considerados na Lei do Orçamento.

b) São os destinados a despesas urgentes e imprevistas, como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

c) São os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.

d) São autorizações abertas por decreto do Poder Executivo até o limite estabelecido em lei.

e) Destinam-se ao reforço de dotações orçamentárias.

38 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – MPU/2007) É uma das características dos créditos especiais:

a) independerem de autorização legal para sua consecução.

b) serem destinados a reforço de dotação orçamentária já existente.

c) abertura por decreto legislativo.

d) dependerem de recursos disponíveis para financiar a despesa.

e) serem previstos na lei orçamentária anual.

39 - (FCC/ANALISTA – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Os créditos adicionais destinados a despesas para as quais haja insuficiência de recursos na dotação orçamentária específica são denominados:

a) Extraordinários.

b) Suplementares.

c) Especiais.

d) Complementares.

e) Ilimitados.

40 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) Os créditos adicionais especiais têm por característica:

a) independerem de autorização legislativa.

b) dependerem da existência de recursos para financiá-los.

c) destinarem-se ao reforço de dotação orçamentária insuficiente.

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d) serem previstos na lei orçamentária anual.

e) atenderem a despesas de caráter urgente e imprevisto.

41 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Os créditos extraordinários têm por característica:

a) independerem de prestação de contas ao Poder Legislativo.

b) serem destinados ao reforço de dotação orçamentária já existente.

c) atenderem a programas novos, não previstos na lei orçamentária anual.

d) independerem de prévia autorização legislativa.

e) dependerem da existência de recursos disponíveis para seu financiamento.

42 - (CESPE / ANALISTA ADMINISTRATIVO - ANAC / 2009) A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa.

43 – (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ-PI/2009) Em relação ao ciclo orçamentário, é correto afirmar:

a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias deve preceder cronologicamente o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual.

b) A Secretaria de Orçamento Federal (SOF) coordena e elabora a proposta orçamentária da União.

c) A Lei Orçamentária Anual da União poderá ser remetida ao Congresso Nacional sob a forma de Medida Provisória.

d) O Poder Legislativo está impedido de propor emendas ao projeto de lei orçamentária, por se tratar de matéria de competência exclusiva do Poder Executivo.

e) O Poder Judiciário brasileiro não goza de autonomia administrativa e financeira que lhe permita elaborar sua própria proposta orçamentária.

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44 - (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ-PI/2009) Com relação à elaboração, discussão, votação e aprovação da proposta de lei orçamentária da União, é correto afirmar:

a) Somente o Poder Executivo tem autonomia para elaborar sua proposta orçamentária.

b) A Secretaria de Orçamento e Finanças do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão é que deve tomar a iniciativa de encaminhar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional.

c) O projeto de lei orçamentária deve ser analisado pelas duas casas do Congresso Nacional em separado, devendo obter maioria simples em cada uma delas.

d) O Congresso Nacional pode apresentar emenda ao Orçamento para aumentar a despesa fixada para um órgão público, desde que apresente proposta de elevação de tributação para compensar o acréscimo na despesa.

e) A principal diretriz orçamentária para a elaboração do projeto de lei do orçamento nos últimos anos até 2008 é a meta pretendida de resultado primário.

45 – (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – MPOG/2010) Assinale a opção que indica uma afirmação verdadeira a respeito da conceituação e classificação da receita orçamentária.

a) As receitas orçamentárias são ingressos de recursos que transitam pelo patrimônio do poder público, podendo ser classificadas como efetivas e não-efetivas.

b) As receitas orçamentárias decorrem de recursos transferidos pela sociedade ao Estado e são classificadas como permanentes e temporárias.

c) Todos os ingressos de recursos, financeiros e não-financeiros, são classificados como receita orçamentária, porque transitam pelo patrimônio público.

d) As receitas orçamentárias restringem-se aos ingressos que não geram contrapartida no passivo do ente público.

e) Recursos financeiros de qualquer origem são registrados como receitas orçamentárias para que possam ser utilizados pelos entes públicos.

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46 – (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – MPOG/2010) Assinale a opção em que a despesa realizada não pode ser classificada como despesa corrente, segundo dispõe as normas de classificação da despesa no âmbito federal.

a) Amortização do principal da dívida pública.

b) Aquisição de material de consumo mediante suprimento de fundos.

c) Pagamento da remuneração a servidores.

d) Aquisição de gêneros alimentícios para estoque regulador.

e) Pagamento de serviços de manutenção predial.

47 – (ESAF/ANALISTA TRIBUTÁRIO – RFB/2010) A respeito da classificação orçamentária da receita, é correto afirmar:

a) alienação de bens de qualquer natureza integrantes do ativo redunda em receita de capital.

b) receitas de contribuições integram as receitas de capital quando oriundas de intervenção no domínio econômico.

c) as receitas agropecuárias se originam da tributação de produtos agrícolas.

d) as receitas intraorçamentárias decorrem de pagamentos efetuados por entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.

e) receitas correntes para serem aplicadas em despesa de capital dependem da inexistência de receitas de capital no exercício.

48 – (ESAF/ANALISTA-TRIBUTÁRIO – RFB/2009) Assinale a opção correta a respeito do ciclo orçamentário no âmbito da Administração Federal brasileira.

a) Em razão das vedações constitucionais, não é possível fazer ajustes no orçamento sem trâmite pelo Poder Legislativo.

b) A elaboração das propostas orçamentárias é de responsabilidade exclusiva da Secretaria de Orçamento Federal.

c) Na fase de aprovação, as Comissões de Finanças e Tributação das duas casas do Congresso Nacional têm a palavra final.

d) Na fase de preparação do orçamento para a execução, a alocação dos créditos nos elementos de despesa é atribuição da setorial orçamentária.

e) A abertura de créditos extraordinários, em razão da sua especificidade, somente pode ser feita por lei complementar.

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49 – (FCC / TÉCNICO JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE / TRT – 3ª REGIÃO / 2009) O crédito adicional que tem por finalidade atender a despesas urgentes e imprevisíveis é o crédito:

a) especial.

b) superavitário.

c) incondicional.

d) suplementar.

e) extraordinário.

50 - (FCC / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – ORÇAMENTO E FINANÇAS / TCE – GO / 2009) Em relação aos créditos adicionais, é correto afirmar que os créditos:

a) especiais e suplementares serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

b) especiais e suplementares serão abertos por decreto executivo que deles dará conhecimento imediato ao Poder Legislativo.

c) especiais e suplementares serão autorizados por lei independentemente da existência de recursos disponíveis para incorrer a despesa.

d) extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deverá dar conhecimento ao Poder Legislativo no prazo máximo de 90 dias.

e) suplementares terão vigência máxima de 24 meses a contar da data de sua abertura.

51 - (FCC / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – ORÇAMENTO E FINANÇAS / TCE – GO / 2009) Em agosto de 200x, o Prefeito do Município de Passargada decretou estado de calamidade pública em função de um vendaval que assolou o município, destruindo casas, repartições públicas e escolas. Para fazer frente a construção de obras de caráter emergencial necessitou efetuar a contratação de empréstimos com instituições financeiras, com vencimento nos dois próximos exercícios. O contador do município deverá registrar os valores recebidos das operações de crédito como:

a) despesa extraorçamentária.

b) despesa orçamentária.

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c) receita extraorçamentária.

d) redução de dívida fundada.

e) receita orçamentária.

52 – (FCC / ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE / TJ – SE / 2009) A cobertura de despesas urgentes e imprevistas, decorrentes de guerra, deverá ser efetuada através da abertura de créditos:

a) adicionais extraordinários.

b) orçamentários ordinários.

c) adicionais extraorçamentários.

d) compulsórios.

53 - (FCC / TÉCNICO JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE / TRE – PI / 2009) Os créditos adicionais que tem como finalidade atender a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública são denominados:

a) fundos especiais.

b) créditos especiais.

c) créditos suplementares.

d) créditos extraordinários.

e) adiantamento de despesa.

54 - (FCC / ANALISTA JUDICIÁRIO – CIÊNCIAS CONTÁBEIS / TJ – PA / 2009) No mês de março, o secretário de planejamento do Estado "A" certificou-se da necessidade de alterar o orçamento para a inclusão de despesas com reforma de rodovias estaduais que não haviam sido previstas, mas que naquele momento seria possível realizá-las, haja vista a existência de superávit financeiro do exercício anterior. Neste caso, os créditos abertos poderão vigorar

a) até o final do exercício seguinte desde que reabertos pelo seu saldo.

b) até o mês de março do exercício seguinte.

c) durante o prazo estipulado pela lei que autorizou sua abertura.

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d) durante a vigência do plano plurianual.

e) até o final do exercício em que foram abertos.

55 - (FCC / TÉCNICO SUPERIOR DE ANÁLISES CONTÁBEIS / PGE – RJ / 2009) O Município "A" foi um dos mais atingidos pelas enchentes do final de ano e, em novembro, foi decretado estado de calamidade pública. Um dos principais problemas enfrentados pela comunidade foi o desabamento de uma ponte, deixando parte da população ilhada, sem acesso às escolas, postos de saúde, etc. A prefeitura precisava urgentemente construir um acesso provisório e reconstruir a ponte. Entretanto, não existiam créditos orçamentários para tanto. Nesse caso, o Poder Executivo deve:

a) obter autorização do Poder Legislativo para anulação de dotações orçamentárias e, em seguida, abrir, por decreto, créditos extraordinários.

b) obter autorização legislativa para a abertura de créditos especiais e abri-los por meio de decreto.

c) abrir, por meio de decreto, créditos suplementares autorizados na Lei Orçamentária.

d) abrir, por meio de decreto, créditos extraordinários e dar conhecimento imediato ao Poder Legislativo.

e) realizar a despesa sem a abertura de créditos adicionais e, em seguida, dar conhecimento ao Poder Legislativo.

CARTÃO RESPOSTA

21 22 23 24 25

26 27 28 29 30

31 32 33 34 35

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36 37 38 39 40

41 42 43 44 45

46 47 48 49 50

51 52 53 54 55

DESEMPENHO

VALOR %

ACERTOS

EQUÍVOCOS

TOTAL RESPONDIDO

GABARITO

21 – E 22 – A 23 – B 24 – E 25 – B

26 – A 27 – C 28 – E 29 – C 30 – A

31 – A 32 – B 33 – A 34 – A 35 – C

36 – A 37 – B 38 – D 39 – B 40 – B

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41 – D 42 – C 43 – B 44 – E 45 - A

46 – A 47 – D 48 – D 49 – E 50 – A

51 – E 52 - A 53 – D 54 - E 55 – D

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

A) MANUAIS

- Manual Técnico do Orçamento – MTO;

- Manual de Despesa Nacional da Secretaria do Tesouro Nacional - 1ª Edição (Portaria Conjunta STN/SOF nº 3, de 2008.);

- Manual de Receita Nacional da Secretaria do Tesouro Nacional - 1ª Edição (Portaria Conjunta STN/SOF nº 3, de 2008.);

- Manual de Procedimentos das Receitas Públicas da Secretaria do Tesouro Nacional - 4ª Edição (Portaria Conjunta STN/SOF nº 2, de 2007.);

- Manual de Demonstrativos Fiscais - 2ª Edição (Portaria STN nº 462, de 2009.);

- Manual de Contabilidade Aplicada no Setor Público - 2ª (Portaria Conjunta STN/SOF nº 2, de 2009.);

B) LIVROS

- ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PARA CONCURSOS – AFO – DIREITO FINANCEIRO SIMPLIFICADO – Fábio Furtado – Editora Ferreira – 1ª Edição;

- ORÇAMENTO PÚBLICO – James Giacomoni – Editora Atlas – 14ª Edição;

- AFO & FINANÇAS PÚBLICAS - Antônio D’Ávila Jr. – Editora FDK– 1ª Edição;

- GESTÃO DE FINANÇAS PÚBLICAS – Claudiano Albuquerque, Márcio Medeiros e Paulo Henrique Feijó – Editora Gestão Pública - 2ª Edição.

- LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL COMENTADA. Flávio Cruz. Editora Atlas.

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- COMENTÁRIOS À LEI nº 4320. Flávio Cruz. Editora Atlas.

- FUNDAMENTOS DE ORÇAMENTO PÚBLICO E DIREITO FINANCEIRO. Fernando Lima Gama Júnior. Editora Campus Concursos – 1ª Edição;

- DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMETO PÚBLICO. Sérgio Jund. Editora Campus Concursos – 2ª Edição.

C) LEGISLAÇÃO

- CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

- Lei nº 4.320/64 - Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

- Decreto-Lei nº 200/67 - Dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências.

- Decreto nº 93.872/86 - Dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente e dá outras providências.

- Lei complementar nº 101/01 - Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

- Portaria MPOG nº 42/1999 - Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1º do art. 2º e § 2º do art. 8º, ambos da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras providências.

- Decreto nº 3.590/2000 - Dispõe sobre o Sistema de Administração Financeira Federal e dá outras providências.

- Lei nº 10.180/2001 - Organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, e dá outras providências.

- Portaria Interministerial STN/MPOG nº 163/2001 - Dispõe sobre normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e dá outras providências.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 2

PROFESSOR: ERICK MOURA

Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 85

Prezadas(os) colegas Concurseiras(os), chega ao fim esta nossa AULA 2.

Gostaram ?

Espero que tenham gostado e coloco-me à disposição para eventuais dúvidas e sugestões, pois elas serão de muita valia para nosso trabalho em conjunto.

Lembrem-se de que com o corpo e a mente em equilíbrio, o sucesso chegará em breve!

Estaremos juntos em uma mesma sala algum dia, certo ?

Pensamento positivo !

Coloco-me à disposição para debatermos qualquer dúvida em nosso fórum ou no email [email protected]

Mãos à obra e saudações a todos.

Bons estudos !

Erick Moura