AFO 08 (II) - Sérgio

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    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 1FEDERAL DO BRASIL

    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    Aula 8 de AFO para ATRFB parte dois

    Ol Pessoal,

    Damos incio a parte dois da aula oito de AFO para a prova de Analista

    Tributrio da Receita.

    Abordamos nesta aula o complemento aos seguintes pontos do contedo

    programtico:

    Gerao de Dvida, Vedaes. Instrumentos de transparncia(artigo 48). Limites Constitucionais e legais: Educao, Sade, Pessoal, Dvida e

    Operaes de Crdito, Garantias. Transferncias Voluntrias.

    Desejo a todos (as) uma tima aula.

    Um abrao,

    Francisco

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    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 2FEDERAL DO BRASIL

    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    A Dvida Pblica e a LRF

    Em conjunto com o tratamento das despesas de pessoal, a LRF abordou de

    maneira pormenorizada a gesto da dvida pblica dos entes da federao.

    O controle da dvida pblica e do endividamento um dos

    pontos mais importantes da LRF, uma vez que trata de um dos maiores problemas

    ficais do pas, e que tende a pressionar as despesas pblicas.

    A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu, nos moldes das despesas de

    pessoal, limites da dvida pblica em funo da Receita Corrente Lquida RCL,tendo estes limites que serem atendidos pela Unio, Estados, DF e Municpios.

    O artigo 29 a LRF define os conceitos associados Dvida. So eles:

    1. Dvida pblica consolidada ou fundada: montante total,

    apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao,

    assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizaode operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses;

    2. Dvida pblica mobiliria: dvida pblica representada por ttulos

    emitidos pela Unio, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e

    Municpios;

    3. Operao de crdito: compromisso financeiro assumido em razo de mtuo,

    abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo, aquisio financiada de bens,

    recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e

    servios, arrendamento mercantil e outras operaes assemelhadas, inclusive

    com o uso de derivativos financeiros;

    4. Concesso de garantia: compromisso de adimplncia de

    obrigao financeira ou contratual assumida por ente da Federao ou

    entidade a ele vinculada;

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    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 3FEDERAL DO BRASIL

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    5. Refinanciamento da dvida mobiliria: emisso de ttulos para

    pagamento do principal acrescido da atualizao monetria.

    O Senado Federal, por meio do Captulo I da Resoluo n 43, de 21/12/01,

    em atendimento ao disposto no artigo 30, inciso I da LRF, disps sobre os termos

    relacionados dvida pblica consolidada bruta e lquida, dvida pblica mobiliria e

    de operaes de crdito.

    Considera-se dvida pblica consolidada bruta ou fundada o montante

    total apurado, sem duplicidade:

    das obrigaes financeiras do ente da Federao, inclusive as

    decorrentes de emisso de ttulos, assumidas em virtude de leis,

    contratos, convnios ou tratados;

    das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas

    em virtude da realizao de operaes de

    crdito para amortizao em prazo superior a doze mesesou que, embora de prazo inferior a doze meses, tenham

    constado como receitas no oramento;

    dos precatrios judiciais emitidos a partir de 5 de maio de 2000 e

    no pagos durante a execuo do oramento em que houverem

    sido includos.

    A dvida consolidada lquida corresponde dvida pblica

    consolidada, deduzidas as disponibilidades de caixa, as aplicaes

    financeiras e os demais haveres financeiros, considerando-se ainda as

    obrigaes a pagar que devero ser deduzidas das disponibilidades financeiras.

    O conceito de dvida pblica mobiliria mais restrito do que de dvida

    fundada, uma vez que representada apenas pelos ttulos emitidos pela Unio,inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municpios.

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    As operaes de crdito correspondem a compromissos assumidos com

    credores situados no Pas ou no exterior, em razo de mtuo, abertura de crdito,

    emisso e aceite de ttulo, aquisio financiada de bens, recebimento antecipado de

    valores provenientes da venda a termo de bens e servios, arrendamento mercantil

    e outras operaes assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

    Ainda equiparam-se a operaes de crdito o recebimento antecipado de valores de

    empresa em que o Poder Pblico detenha, direta ou indiretamente, a maioria do

    capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislao, a

    assuno direta de compromisso, confisso de dvida ou operao assemelhada,

    com fornecedor de bens, mercadorias ou servios, mediante emisso, aceite ou aval

    de ttulos de crdito e a assuno de obrigao, sem autorizao oramentria, comfornecedores para pagamento a posterioride bens e servios.

    Percebe-se assim que a LRF procurou cercar e ao mesmo tempo consolidar a

    composio da dvida pblica, evitando interpretaes dbias e tendenciosas pelos

    administradores pblicos.

    Com fins de consolidao desta primeira abordagem, vamos a resoluo de

    uma questo da prova de Analista Contbil da Secretaria da Fazendo do Cear:

    (ANALISTA CONTBIL/SEFAZ ESAF/2007) Lei Complementar n. 101/2000, entre

    os conceitos e definies acerca da dvida e do endividamento pblico, adota o

    seguinte:

    a) a dvida pblica consolidada ou fundada corresponde ao montante total sem

    duplicidade das obrigaes financeiras do ente da Federao para amortizao em

    prazo no superior a doze meses.

    b) a dvida pblica mobiliria corresponde dvida pblica representada por ttulos

    emitidos e contratos assumidos pela Unio, inclusive os do Banco Central, pelos

    Estados, Distrito Federal e Municpios.

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    c) a concesso de garantia corresponde aos ativos vinculados por

    ente da Federao ou entidade a ele vinculada ao compromisso de

    adimplncia de obrigao financeira ou contratual assumida por outro ente da

    Federao.

    d) considera-se operao de crdito, a aquisio financiada de bens, recebimento

    antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e servios, e o

    arrendamento mercantil, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

    e) o refinanciamento da dvida mobiliria corresponde emisso de ttulos por ente

    da Federao para pagamento do principal acrescido dos respectivos

    juros e atualizao monetria dessa dvida.

    Resposta:

    Esta questo trata das definies literais dadas pelas pela LRF

    para os componentes da dvida pblica. Sendo assim, temos o seguinte:

    a) ERRADA. a dvida pblica consolidada ou fundada corresponde ao montante totalsem duplicidade das obrigaes financeiras do ente da Federao para amortizao

    em prazo superior a doze meses.

    b) ERRADA. a dvida pblica mobiliria corresponde dvida pblica representada

    por ttulos emitidos, sem contar os contratos, assumidos pela Unio, inclusive os

    do Banco Central, pelos Estados, Distrito Federal e Municpios.

    c) ERRADA. a concesso de garantia corresponde obrigao financeira (e no

    aos ativos vinculados por ente da Federao ou entidade a elevinculada ao compromisso de adimplncia de obrigao financeira) ou contratual

    assumida por outro ente da Federao ou entidade e ele vinculada.

    d) CERTA. considera-se operao de crdito, a aquisio financiada de

    bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo

    de bens e servios, e o arrendamento mercantil, inclusive com o uso de derivativos

    financeiros.

    e) ERRADA. o refinanciamento da dvida mobiliria corresponde

    emisso de ttulos por ente da Federao para pagamento do principal (sem

    acrescido dos respectivos juros) e atualizao monetria dessa dvida.

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    Os limites da Dvida Pblica e as Operaes de Crdito

    O Senado Federal, em cumprimento ao que determina a Constituio, ficou

    responsvel pela fixao de limites para a dvida pblica dos

    Estados e os Municpios. Em consonncia com a CF, a LRF, por meio do artigo

    30, inciso I, disps que o Senado Federal ficaria responsvel pela fixao de

    limites globais para o montante da dvida consolidada dos trs entes da

    federao. Segundo o mesmo artigo a proposta poderia ser apresentada em termos

    da dvida lquida, abatendo-se assim os crditos financeiros existentes (aplicaes

    financeiras, etc).

    A fixao de limites, com base na dvida lquida, teve ainda como parmetro a

    chamada Receita Corrente Lquida RCL, sendo a sua apurao realizada a cada

    quadrimestre (pargrafo 4o).

    Em adio, no mesmo artigo 30, agora inciso II, a LRF atribuiu ao Congresso

    Nacional o estabelecimento dos limites para o montante da dvidamobiliria federal lquida, tambm em proporo da RCL.

    A LRF ainda previu a possibilidade de flexibilizao nos limites estabelecidos,

    derivados de possveis instabilidades econmicas ou alteraes nas

    polticas monetria e cambial.

    Estabelecida estas definies e atribuies, o Senado Federal

    editou a Resoluo de nmero 40. De acordo com o artigo 30 desta, em at quinze

    anos da sano da Resoluo os entes pblicos estaro sujeitos as seguintes

    normas:

    O limite mximo de endividamento para os

    Estados corresponder a (2) duas vezes a sua RCL anual;

    Aos Municpios este limite mximo corresponder a 1,2 vezes a

    RCL anual;

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    Reconduo da dvida aos Limites

    Uma vez que os entes no estejam adequados aos limites estabelecidos,

    estes tero que seguir a uma regra de reduo, que meda a razo entre a dvida

    lquida e a RCL . Dispe o art. 40:

    Art. 4 No perodo compreendido entre a data da publicao desta Resoluo e o final do dcimoquinto exerccio financeiro a que se refere o art. 3, sero observadas as seguintes condies:

    I - O excedente em relao aos limites previstos no art. 3 apurado ao final do exerccio do ano dapublicao desta Resoluo dever ser reduzido, no mnimo, proporo de 1/15 (um quinze avo) acada exerccio financeiro;

    II - para fins de acompanhamento da trajetria de ajuste dos limites de que trata o art. 3, a relaoentre o montante da dvida consolidada lquida e a receita corrente lquida ser apurada acada quadrimestre civil e consignada no Relatrio de Gesto Fiscal a que se refere o art.54 da Lei Complementar n 101, de 2000;

    III - o limite apurado anualmente aps a aplicao da reduo de 1/15 (um quinze avo) estabelecidoneste artigo ser registrado no Relatrio de Gesto Fiscal a que se refere o art.54 da Lei Complementar n 101, de 2000;

    IV - durante o perodo de ajuste de 15 (quinze) exerccios financeiros a que se refere o caput, aplicar-se-o os limites previstos no art. 3 para o Estado, o Distrito Federal ou o Municpio que:

    a) apresente relao entre o montante da dvida consolidada lquida e a receita corrente

    lquida inferior a esses limites, no final do exerccio de publicao desta Resoluo; e

    b) atinja o limite previsto no art. 3 antes do final do perodo de ajuste de 15 (quinze)exerccios financeiros.

    Pargrafo nico. Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios tornaro disponveis ao Ministrio daFazenda os dados necessrios ao cumprimento do disposto neste artigo em at 30 (trinta) dias apsa data de referncia das apuraes.

    De forma a dar fora impositiva nos artigos 3 e 4 da Resoluo, o Senado

    Federal ainda disps no art. 5

    0

    da norma:

    Art. 5 Durante o perodo de ajuste, o Estado, o Distrito Federal ou o Municpio que no cumprir asdisposies do art. 4 ficar impedido, enquanto perdurar a irregularidade, de contratar operaes decrdito, excetuadas aquelas que, na data da publicao desta Resoluo, estejam previstas nosProgramas de Ajuste Fiscal dos Estados, estabelecidos nos termos da Lei n 9.496, de 11 desetembro de 1997, e, no caso dos Municpios, nos contratos de refinanciamento de suas respectivasdvidas com a Unio, ou aquelas que, limitadas ao montante global previsto, vierem a substitu-las.

    Vejamos um exemplo:

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    Um Municpio, que apresente em dezembro de 2001 uma dvida pblica consolidada deR$12.500.000,00 (doze milhes e quinhentos mil reais), disponibilidades financeiras de R$ 1.250.000,00(um milho e duzentos e cinqenta mil reais) e uma RCL no perodo igual a R$ 5.000.000,00 (cincomilhes de reais) estar acima do limite de endividamento previsto na Resoluo n 40/01 do Senado

    Federal. Este Municpio apresentar uma relao dvida/RCL de 2,25, portanto, acima do limite de1,20 definido na Resoluo.

    Vejamos essa operao em detalhes:

    1. Dvida Pblica Consolidada do Municpio (DPC) =R$ 12.500.000,002. Disponibilidades Financeiras (DF) =R$ 1.250.000,003. Dvida Lquida = DPC DF = R$ 12.500.000,00 R$ 1.250.000,00 =R$ 11.250.000,004. Receita Corrente Lquida do Municpio (RCL) =R$ 5.000.000,005. Relao Dvida Lquida/RCL = 2,25 (ou R$ 11.250.000,00 divididos por R$ 5.000.000,00)

    Como o limite legal da relao Dvida Lquida/RCL para os Municpios igual

    a 1,20 verifica-se que h um excesso de endividamento de 1,05, em termos dessa

    relao. Na prtica, o mximo de endividamento que este Municpio

    poderia suportar, dada a sua RCL de R$ 5.000.000,00, uma dvida

    lquida de R$

    6.000.000,00 ou 1,2 vezes a RCL (R$ 5.000.000,00 x 1,2 = R$ 6.000.000,00).

    De que forma este Municpio poder corrigir o excesso de

    endividamento, retornando aos limites legais? Na verdade, a Resoluo n 40/01permite que o excesso de endividamento seja corrigido, em termos da relao

    dvida lquida/RCL, em at 15 anos, em uma proporo de 1/15 avo por ano. Ou

    seja o excesso de endividamento sobre o limite legal (1,05) dever ser reduzido

    em uma proporo de

    0,07 a cada ano (ou 1,05 divididos em 15 anos). Em outras palavras, e dentro de

    uma anlise simplificada, a dvida dever diminuir em R$ 350.000,00 (trezentos e

    cinqenta mil reais) a cada ano.

    Para fins de acompanhamento da trajetria de ajuste dos limites de que trata

    o pargrafo anterior, a relao entre o montante da dvida consolidada lquida e a

    receita corrente lquida ser apurada a cada quadrimestre civil e consignada no

    Relatrio de Gesto Fiscal a que se refere o art. 54 da LRF. O limite apurado

    anualmente aps a aplicao da reduo de 1/15 (um quinze avo) ser registrado

    no Relatrio de Gesto Fiscal a que se refere o art. 54 da LRF.

    Durante o perodo de ajuste de quinze exerccios financeiros (prazo final para

    retorno ao limite mximo de endividamento), aplicar-se- o limite de endividamento

    de 1,20 para o Municpio que apresente relao entre o montante

    da dvida

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    consolidada lquida e a receita corrente lquida inferior a esses limites, no final do

    exerccio de publicao desta Resoluo e atinja o limite previsto no art. 3 antes do

    final do perodo de ajuste de 15 (quinze) exerccios financeiros.

    Os Municpios tornaro disponveis ao Ministrio da Fazenda (entenda-se

    Secretaria do Tesouro Nacional) os dados necessrios ao cumprimento

    desses dispositivos em at trinta dias aps a data de referncia das apuraes.

    Devido incapacidade de atendimento de alguns Estados e de

    vrios Municpios ao disposto na Resoluo 40, no ano de 2003 o Senado

    publicou a Resoluo 20, ampliando o prazo para cumprimento dos limites deendividamento em determinado perodo de tempo. Assim disps a norma

    infraconstitucional:

    Art. 1 Nos termos do 4 do art. 66 da Lei Complementar n 101, de 2000, fica

    ampliado em 4 (quatro) quadrimestres o prazo estipulado pelo seu art. 31 para o

    cumprimento dos limites para a dvida consolidada.

    A implementao se dar da seguinte forma:

    a. I - de 1 de janeiro de 2003 a 30 de abril de 2005, fica

    suspensa a obrigatoriedade de cumprimento dos limites e condies

    estabelecidos pelos arts. 3 e 4 da Resoluo n 40, de 2001, do Senado

    Federal;

    b. II - em 1 de maio de 2005, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios

    devero estar ajustados aos limites fixados no art. 3 ou

    trajetria de reduo da dvida definida no art. 4, ambos da Resoluo n 40,

    de 2001, do Senado Federal, conforme o caso.

    De acordo LRF, em seu art. 31, caso a dvida consolidada de um ente da

    Federao ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, dever ser aele reconduzida at o trmino dos trs subseqentes, reduzindo o excedente em

    pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro. Ainda de acordo com o

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    mesmo artigo, caso o excesso perdure, o ente governamental sofrer as seguintes

    sanes:

    ficar proibido de realizar operao de crdito

    interna ou externa, inclusive por antecipao de

    receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado

    da dvida mobiliria;

    ter que obter resultado primrio necessrio reconduo da

    dvida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitao de

    empenho;

    As medidas destacadas acima tero validade imediata, ou seja,

    sem a contagem do prazo de trs quadrimestres, caso o montante da dvida

    exceder o limite no primeiro quadrimestre do ltimo ano de mandato do

    Chefe do Poder Executivo.

    O comentrio adicional refere-se ao fato de que estando vencido o prazo detrs quadrimestres subseqentes sem o que o ente tenha promovido as adequaes

    necessrias, este ficar tambm impedido de receber transferncias voluntrias.

    Contratao de Operaes de Crdito (Abordagem adicional sobre a Regra

    de Ouro)

    Segundo o art. 32 da LRF, toda contratao de operao de crdito realizada

    pelos entes governamentais, inclusive de empresas por eles controladas direta ou

    indiretamente, dever ser precedida da verificao, por parte do

    Ministrio da Fazenda, leia-se Secretaria do Tesouro Nacional, quanto ao

    cumprimento dos limites de dvida pblica e de outros mais. Seno vejamos:

    Art 32 (...

    1o O ente interessado formalizar seu pleito fundamentando-o em parecer de seusrgos tcnicos e jurdicos, demonstrando a relao custo-benefcio, o interesse econmico esocial da operao e o atendimento das seguintes condies:

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    I - existncia de prvia e expressa autorizao para a contratao, no texto da lei oramentria,em crditos adicionais ou lei especfica;

    II - incluso no oramento ou em crditos adicionais dos recursos provenientes da operao,exceto no caso de operaes por antecipao de receita;

    III - observncia dos limites e condies fixados pelo Senado Federal;

    IV - autorizao especfica do Senado Federal, quando se tratar de operao de crdito externo;

    V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituio;

    VI - observncia das demais restries estabelecidas nesta Lei Complementar.

    2o As operaes relativas dvida mobiliria federal autorizadas, no texto da lei oramentriaou de crditos adicionais, sero objeto de processo simplificado que atenda s suas especificidades.

    3o Para fins do disposto no inciso V do 1o, considerar-se-, em cada exerccio financeiro, ototal dos recursos de operaes de crdito nele ingressados e o das despesas de capital executadas,observado o seguinte:

    I - no sero computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de emprstimo oufinanciamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo decompetncia do ente da Federao, se resultar a diminuio, direta ou indireta, do nus deste;

    II - se o emprstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituiofinanceira controlada pelo ente da Federao, o valor da operao ser deduzido das despesas decapital;...)

    Alguns pontos do art. 32 da LRF saltam os olhos, especialmente o que deriva

    do inciso III, do 1o que se refere ao atendimento ao disposto no art. 167 da CF,

    conhecido como REGRA DE OURO. Segundo o artigo da Carta

    Magna, so vedados a realizao de operaes de crditos que

    excedam o montante de despesas de capital, ressalvadas as

    autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com

    finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

    Este artigo objetivou impedir a contratao de dvida pblica com o objetivo

    de financiamento de despesas correntes, tais como pagamento de pessoal e etc. O

    problema, no entanto, que o fundamento deste artigo citado na LRF (art. 12,

    2) de uma maneira mais restritiva, em que no permitida em hiptese alguma

    excees em termos de realizao de operaes de crdito. O resultado de tal

    restrio foi alvo da ADIN n 2.238, que acabou por resultar em medida acauteladorapela suspenso da eficcia do 2 do referido artigo.

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    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    Desta maneira, verifica-se que a suspenso da eficcia do 2 em nada

    atinge o disposto no art. 167 da CF, continuando a serem vlidos os

    demais dispositivos do art. 32, dentre os quais o 3, que estabelece, em cada

    exerccio financeiro, a relao entre o total de operaes de crdito nele ingressadas

    e o total de despesas de capital executadas, observando-se ainda:

    No sero computadas nas despesas de capital as realizadas

    sob a forma de emprstimo ou financiamento a contribuinte, com

    o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de

    competncia do ente da Federao, se resultar a diminuio,direta ou indireta, do nus deste;

    Se o emprstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for

    concedido por instituio financeira controlada pelo ente

    da Federao, o valor da operao ser deduzido das despesas

    de capital.

    Ainda referente s operaes de crditos, os entes da Federao devero

    que obedecer s condies, limites e procedimentos estabelecidos pela Resoluo

    n 43/01 do Senado Federal, que foi alterada ainda pela Resoluo n 3, de 2002.

    Esta Resoluo dispe sobre as operaes de crdito interno e

    externo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, inclusive concesso

    de garantias, seus limites e condies de autorizao, e ainda estabelece outras

    providncias.

    O art. 6 da Resoluo n 43/2001 do Senado Federal estabelece regras para

    cumprimento da Regra de Ouro prevista na CF.

    Art. 6 O cumprimento do limite a que se refere o inciso III do art. 167 da Constituio Federal deverser comprovado mediante apurao das operaes de crdito e das despesas de capital conforme oscritrios definidos no art. 32, 3, da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000.

    1 Para fins do disposto neste artigo, verificar-se-o, separadamente, o exerccio anterior e o

    exerccio corrente, tomando-se por base:

    I - no exerccio anterior, as receitas de operaes de crdito nele realizadas e as despesas de capitalnele executadas; e

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  • 7/31/2019 AFO 08 (II) - Srgio

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    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 13FEDERAL DO BRASIL

    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    II - no exerccio corrente, as receitas de operao de crdito e as despesas de capital constantes dalei oramentria.

    Destaca-se que a Regra de Ouro vlida para as Operaes de Crdito,que uma das subcategorias das receitas de capital, sendo que a sua aplicabilidade

    refere-se ao atendimento as despesas de capital, ou seja, em qualquer uma delas.

    No obstante, a realizao de operaes de crdito em valores

    superiores as despesas de capital no esto vedadas, uma vez que estejam

    atendidos, alm dos requisitos impostos pela LRF e pelo Senado Federal, o

    requisito de autorizao do poder legislativo, dentro do exerccio,

    demonstrando a finalidade especfica do crdito, mesmo que seja para

    pagamento de despesas correntes.

    Destacamos ainda o que dispe o art. 7 da Resoluo 43, referente aos

    limites de operaes de crdito interno e externo dos entes da federao a exceo

    da Unio:

    Art. 7 As operaes de crdito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios

    observaro, ainda, os seguintes limites:

    I - o montante global das operaes realizadas em um exerccio financeiro no poder ser superiora 16% (dezesseis por cento) da receita corrente lquida, definida no art. 4;

    II - o comprometimento anual com amortizaes, juros e demais encargos da dvida consolidada,inclusive relativos a valores a desembolsar de operaes de crdito j contratadas e a contratar,no poder exceder a 11,5% (onze inteiros e cinco dcimos por cento) da receita corrente lquida;(...)

    Vejamos um exemplo:

    O limite de 16% da RCL, para o caso de operaes de crdito com liberao prevista para mais deum exerccio, ser calculado levando-se em considerao o cronograma anual deingresso, projetando-se a receita corrente lquida, de acordo com os critriosestabelecidos, mediante a aplicao de fator de atualizao a ser divulgado pelo Ministrio daFazenda, sobre a receita corrente lquida do perodo de 12 (doze) meses findos no ms dereferncia. Esta regra no se aplica s operaes de concesso de garantias e de antecipao dereceita oramentria.

    So excludas do limite de 16% da RCL as operaes de crdito contratadas pelos Estados e pelosMunicpios, com a Unio, organismos multilaterais de crdito ou instituies oficiais federaisde crdito ou de fomento, com a finalidade de financiar projetos de investimento para a melhoriada administrao das receitas e da gesto fiscal, financeira e patrimonial, no mbitode programa proposto pelo Poder Executivo Federal.

    O clculo do comprometimento anual com amortizaes, juros e demais encargosda dvida consolidada ser feito pela mdia anual, nos 5 (cinco) exerccios financeirossubseqentes, includo o

  • 7/31/2019 AFO 08 (II) - Srgio

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    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 14FEDERAL DO BRASIL

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    da prpria apurao, da relao entre o comprometimento previsto e a receita correntelquida projetada ano a ano.

    O limite de 16% da RCL para a contratao de operaes de crdito no se aplica s operaes que,na data da publicao da Resoluo n 43 do SF estejam previstas nos Programas de Ajuste dos

    Estados, estabelecidos nos termos da Lei n 9.496, de 11 de setembro de 1997, e, no casodos municpios, nos contratos de refinanciamento de suas respectivas dvidas com a Unio, ouaquelas que, limitadas ao montante global previsto, vierem a substitu-las.

    Finalmente, mas no menos importante, destacamos os

    procedimentos a serem tomados pelas Instituies Financeiras que contratar

    operao de crdito com ente da federao. Diz o art. 33 da LRF:

    Art. 33. A instituio financeira que contratar operao de crdito com ente da Federao,exceto quando relativa dvida mobiliria ou externa, dever exigir comprovao de que aoperao atende s condies e limites estabelecidos.

    1o A operao realizada com infrao do disposto nesta Lei Complementar ser consideradanula, procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devoluo do principal, vedados o pagamentode juros e demais encargos financeiros.

    2o Se a devoluo no for efetuada no exerccio de ingresso dos recursos, ser consignadareserva especfica na lei oramentria para o exerccio seguinte.

    3o Enquanto no efetuado o cancelamento, a amortizao, ou constituda a reserva, aplicam-

    se as sanes previstas nos incisos do 3o do art. 23.

    4o Tambm se constituir reserva, no montante equivalente ao excesso, se no atendido odisposto no inciso III do art. 167 da Constituio, consideradas as disposies do 3o do art. 32.

    As operaes de crdito por antecipao de receita oramentria aros

    Segundo a LRF em seu art. 38, as operaes de crdito de ARO destinam-seao atendimento de insuficincia de caixa (pagamentos de compromissos que no

    possuam receitas imediatas) durante o exerccio financeiro. Estas

    operaes necessitam cumprir uma srie de exigncias alm das

    dispostas no artigo 32, considerando a sua praticidade em termos de

    utilizao pelo governante. Seno vejamos:

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  • 7/31/2019 AFO 08 (II) - Srgio

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    Art. 38. (...

    I - realizar-se- somente a partir do dcimo dia do incio do exerccio;

    II - dever ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, at o dia dez de dezembro decada ano;

    III - no ser autorizada se forem cobrados outros encargos que no a taxa de jurosda operao, obrigatoriamente prefixada ou indexada taxa bsica financeira, ou que vier aesta substituir; ...)

    Destaca-se ainda que as aros no podero ser realizadas no ltimo ano do

    mandato do Chefe do Poder Executivo, nem tampouco se operaes anteriores da

    mesma natureza no estiverem totalmente saldadas.

    Todas as operaes de aros sero feitas atravs de abertura de crdito na

    instituio financeira que for vencedora de processo licitatrio promovido pelo Banco

    Central, que far tambm o seu acompanhamento e controle, aplicando as sanes

    cabveis em caso de inobservncia de limites, pela instituio credora.

    As aros no esto includas no saldo devedor que compor o

    limite de endividamento dos entes pblicos. Estas compem a chamada dvida

    flutuante, de curto prazo, devendo ser paga dentro do exerccio em que for

    contratada, conforme disposto no art. 38.

    Operaes de Crdito Vedadas

    De acordo com o artigo 34 da LRF, o Banco Central do Brasil no emitir

    ttulos da dvida pblica a partir de dois anos aps a publicao

    desta Lei Complementar. Esta proibio imposta permitiu que a emisso da

    dvida pblica federal ficasse restrita ao Tesouro Nacional, aumentando assim o

    controle da prpria dvida.

    Ainda segundo a LRF, em seu artigo 35, proibida a realizao operaes de

    crdito entre os entes da Federao, sob qualquer forma,

    incluindo o refinanciamento ou a postergao de dvida anteriormentecontrada. Como nica exceo, o pargrafo 1 do artigo 35 permite as

    operaes de crdito entre

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    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 16FEDERAL DO BRASIL

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    instituio financeira estatal e outro ente da Federao, inclusa a administrao

    indireta, desde que no sejam destinadas a financiar despesas correntes, nem

    ao refinanciamento de dvidas que no as contradas com a prpria instituio

    concedente.

    Garantia e Contragarantia

    A concesso de quaisquer garantias em operaes de crdito est sujeita

    s normas do artigo 32, que dispe sobre os limites e condies das operaes

    de crdito. Como pr-condio, qualquer garantia exige que o seu beneficirio

    oferea contragarantia, em valor igual ou superior garantia a ser recebida,

    e, adicionalmente, a plena adimplncia para com o ente garantidor.

    Na concesso de garantias pela Unio aos Estados e Municpios, estes

    podero vincular as suas receitas tributrias prprias, alm das transferncias

    constitucionais. As entidades da administrao indireta no podero conceder

    garantia, com exceo da que envolva empresa controlada prpria subsidiria,

    ou por instituio financeira a empresa nacional.

    No se esquea!!!

    Na concesso de garantia pode ser feita a vinculao das transferncias

    constitucionais.

    Por ltimo, toda dvida de ente pblico que tiver sidohonrada em conseqncia de garantia prestada, implica na suspenso de novos

    crditos at a completa liquidao da dvida em causa.

    Limites para Dvida e Operaes de Crdito

    Segundo o artigo 7o da Resoluo 43 do Senado Federal, as operaes de

    crdito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal, dosMunicpios observaro os seguintes limites:

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    I - o montante global das operaes realizadas em um exerccio financeiro

    no poder ser superior a 16% (dezesseis por cento) da RCL,

    II - o comprometimento anual com amortizaes, juros e demais encargos

    da dvida consolidada, inclusive relativos a valores a desembolsar de operaes

    de crdito j contratadas e a contratar, no poder exceder a 11,5% da RCL; e

    III o saldo devedor das operaes de crdito por antecipao de receita

    oramentria no poder exceder 7 % da RCL.

    Transparncia

    A Transparncia e a fiscalizao na Gesto Fiscal encontram-se como um

    dos pilares do controle das Finanas Pblicas. Segundo o artigo 48 da LRF, so

    considerados instrumentos de transparncia:

    Os planos, os oramentos e a lei de diretrizes oramentrias;

    As prestaes de contas e o respectivo parecer prvio;

    Relatrio Resumido da Execuo Oramentria e a sua

    verso simplificada;

    Relatrio de Gesto Fiscal e a sua verso simplificada.

    A transparncia da gesto pblica exige tambm o incentivo participao

    popular e pela realizao de audincias pblicas, tanto durante a elaborao como

    no curso da discusso dos planos, da lei de diretrizes oramentrias

    e dos oramentos.

    Por sua vez, as contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo devem

    estar disposio do pblico, no mbito tanto do respectivo Poder Legislativo como

    do rgo tcnico responsvel por sua elaborao.

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  • 7/31/2019 AFO 08 (II) - Srgio

    18/31

    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 18FEDERAL DO BRASIL

    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    A Lei Complementar 131 de 2009 adicionou uma srie de pontos ao artigo

    48, ao abordar a instrumentalizao da transparncia. So eles:

    Incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante

    os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de

    diretrizes oramentrias e oramentos, garantindo pleno conhecimento

    populao dos objetivos e as prioridades do governo;

    liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade,

    em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo

    oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico,facilitando assim o controle popular dos programas e aes

    governamentais;

    Por meio da Lei Complementar 131, foi ainda adicionado instrumento pblico,

    por meio de sistema integrado de administrao financeira e controle, para fazer

    frente ao amplo conhecimento para a sociedade dos gastos pblicos. A redao do

    artigo 48-A assim dispe:

    Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do pargrafo nico do art.

    48, os entes da Federao disponibilizaro a qualquer pessoa fsica ou jurdica o

    acesso a informaes referentes:

    I quanto despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no

    decorrer da execuo da despesa, no momento de sua realizao,

    com a disponibilizao mnima dos dados referentes ao nmero do

    correspondente processo, ao bem fornecido ou ao servio prestado, pessoa

    fsica ou jurdica beneficiria do pagamento e, quando for o caso, ao

    procedimento licitatrio realizado;

    II quanto receita: o lanamento e o recebimento de toda a receita das

    unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinrios.

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  • 7/31/2019 AFO 08 (II) - Srgio

    19/31

    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 19FEDERAL DO BRASIL

    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    Verifica-se assim o aumento da participao popular na gesto pblica,

    desde o processo de elaborao das aes de governo at o

    resultado, em termos financeiro e oramentrio, dos gastos pblicos.

    O processo de atendimento transparncia est ainda associado gerao

    de relatrios sobre a execuo do oramento e sobre a gesto fiscal.

    O Relatrio Resumido de Execuo Oramentria

    o documento cuja publicao comandada pela prpria

    Constituio Federal, por intermdio de seu 3 do art. 165, devendo ocorrer emat trinta dias aps o encerramento de cada bimestre.

    O Relatrio Resumido da Execuo Oramentria - RREO composto de

    duas peas bsicas e de alguns demonstrativos de suporte. As peas bsicas so o

    balano oramentrio, cuja funo especificar, por categoria

    econmica, as receitas e as despesas, e o demonstrativo de

    execuo das receitas (por categoria econmica e fonte) e das despesas(por categoria econmica, grupo de natureza, funo e subfuno)1.

    O RREO e seus demonstrativos abrangero os rgos da

    Administrao Direta, dos Poderes e entidades da Administrao Indireta ,

    constitudas pelas autarquias, fundaes, fundos especiais, empresas

    pblicas e sociedades de economia mista que recebem recursos dos

    Oramentos Fiscal e da Seguridade Social, inclusive sob a forma de

    subvenes para pagamento de pessoal e de custeio, ou de auxlios para

    pagamento de despesas de capital, excludas, neste caso, aquelas empresas

    lucrativas que recebam recursos para aumento de capital. O RREO ser elaborado

    e publicado pelo Poder Executivo da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos

    Municpios.

    1 Ressalta-se que o balano oramentrio e o demonstrativo de execuo das receitas so

    parte integrante da contabilidade pblica, matria no objeto do edital.

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    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 20FEDERAL DO BRASIL

    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    Relatrio de Gesto Fiscal

    O Relatrio de Gesto Fiscal ocupa posio central no que diz respeito ao

    acompanhamento das atividades financeiras do Estado. Cada um dos Poderes,

    alm do Ministrio Pblico, deve emitir o seu prprio Relatrio de Gesto Fiscal,

    abrangendo todas as variveis imprescindveis consecuo das metas fiscais e

    observncia dos limites fixados para despesas e dvida. Constam,

    portanto, do Relatrio:

    As informaes necessrias verificao da conformidade, com

    os limites de que trata a LRF, das despesas com pessoal, das

    dvidas consolidada e mobiliria, da concesso de garantias, dasoperaes de crdito e das despesas com juros;

    Elenco de medidas adotadas com vistas adequao

    das variveis fiscais aos seus respectivos limites;

    tratando-se do ltimo quadrimestre, demonstrao

    do montante das disponibilidades ao final do exerccio

    financeiro e das despesas inscritas em restos a pagar.

    O Relatrio de Gesto Fiscal dos Poderes e rgos abrange a administrao

    direta, autarquias, fundaes, fundos, empresas pblicas e sociedades de economia

    mista beneficirios de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade social, para

    manuteno de suas atividades, excetuadas aquelas empresas que

    recebem recursos exclusivamente para aumento de capital oriundos de

    investimentos do respectivo ente.

    O mesmo relatrio, conforme determina a supracitada Lei,

    conter demonstrativos com informaes relativas despesa total com

    pessoal, dvida consolidada, concesso de garantias e contragarantias, bem

    como operaes de crdito, devendo, no ltimo quadrimestre, ser

    acrescido de demonstrativos referentes ao montante das disponibilidades de

    caixa em trinta e um de dezembro, das inscries em Restos a Pagar e da despesa

    com servios de terceiros.

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    21/31

    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 21FEDERAL DO BRASIL

    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que o relatrio

    dever ser publicado e disponibilizado ao acesso pblico, inclusive em meios

    eletrnicos, at trinta dias aps o encerramento do perodo a que

    corresponder. Prazo que, para o primeiro quadrimestre, se encerra em

    30 de maio, para o segundo quadrimestre, se encerra em 30 de setembro

    e, para o terceiro quadrimestre, se encerra em 30 de janeiro do ano subseqente ao

    de referncia.

    A no divulgao do Relatrio de Gesto Fiscal - RGF, nos

    prazos e condies estabelecidos em lei, punida com multa de

    trinta por cento dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa, sendo opagamento da multa de sua responsabilidade pessoal.

    Alm disso, o ente da Federao estar impedido de receber transferncias

    voluntrias e contratar operaes de crdito, exceto as

    destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria .

    Transferncias Voluntrias e limites de Educao e Sade

    Segundo o art. 25 da LRF, as transferncias voluntrias

    caracterizam-se como a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente

    da Federao, a ttulo de cooperao, auxlio ou assistncia financeira,

    que no decorra

    de determinao constitucional, legal ou os destinados ao Sistema nico de

    Sade. Sendo assim, transferncias constitucionais e legais (FPM, SUS e Fundef)

    no so transferncias voluntrias.

    De acordo com o 1o, os requisitos estabelecidos para a realizao das

    transferncias:

    Estarem de acordo com a LDO;

    Existncia de dotao especfica no oramento;

    No serem destinadas ao pagamento de folha de pessoal

    (ativos, inativos e pensionistas de Estados, Municpios e do DF),

    conforme prev o inciso X do art. 167 da Constituio;

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  • 7/31/2019 AFO 08 (II) - Srgio

    22/31

    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 22FEDERAL DO BRASIL

    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    Comprovao previa ao recebimento dos recursos, por parte do ente

    beneficirio, que se acha em dia com o pagamento de

    tributos, emprstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor,

    Inexistirem pendncias quanto prestao de contas de recursos j

    recebidos, que obedece aos limites constitucionais para gastos com

    educao e sade, alm daqueles relativos dvida, despesas com

    pessoal e restos a pagar; e

    Previso do oramento do ente beneficirio;

    Pode-se dizer que as transferncias voluntrias so aquelas

    realizadas atravs de convnio ou acordo congnere e que constam do Oramentoda Unio mas que ao mesmo tempo no decorrem de uma determinao

    constitucional ou legal. comum a destinao destas para a realizao

    de obras (despesas de capital) via, especialmente, as emendas parlamentares.

    Conforme verificado acima, alguns requisitos devem ser atendidos para que

    haja possibilidade por parte do ente de receber transferncias voluntrias, dentre

    eles o atendimento aos limites constitucionais de aplicao em Sade e Educao.

    Segundo a CF no seu artigo 212, A Unio aplicar, anualmente,

    nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municpios vinte e

    cinco por cento, no mnimo, da receita resultante de impostos,

    compreendida a proveniente de transferncias, na manuteno e desenvolvimento

    do ensino.

    J de acordo com pargrafo 2o do artigo 198 da CF, a Unio, os Estados, o

    Distrito Federal e os Municpios aplicaro, anualmente, em aes e servios pblicos

    de sade recursos mnimos derivados da aplicao de percentuais calculados sobre: I

    - no caso da Unio, na forma definida nos termos da lei complementar

    prevista no 3;

    II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadao dos

    impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159,

    inciso I, alnea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas

    aos respectivos Municpios;

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    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 23FEDERAL DO BRASIL

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    III - no caso dos Municpios e do Distrito Federal, o produto da arrecadao

    dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e

    159, inciso I, alnea b e 3.

    Encontra-se em tramitao na Cmara dos Deputados o PLP 306/2008, que

    trata da regulamentao dos valores mnimos a serem aplicados anualmente pela

    Unio na rea da sade. Atualmente, vlido o disposto no artigo 77 do ADCT,

    quem assim dispe em seu pargrafo 4o:

    4 Na ausncia da lei complementar a que se refere o art. 198, 3, a partir

    do exerccio financeiro de 2005, aplicar-se- Unio, aos Estados, ao

    Distrito Federal e aos Municpios o disposto nesteartigo.

    Em relao ao artigo 77, temos que:

    Art. 77. At o exerccio financeiro de 2004, os recursos mnimos aplicados nas

    aes e servios pblicos de sade sero equivalentes:

    I - no caso da Unio:a) no ano 2000, o montante empenhado em aes e servios pblicos de sade

    no exerccio financeiro de 1999 acrescido de, no mnimo, cinco por cento;

    b) do ano 2001 ao ano 2004, o valor apurado no ano anterior, corrigido pela

    variao nominal do Produto Interno Bruto - PIB;

    II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, doze por cento do produto da

    arrecadao dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam

    os arts. 157 e 159, inciso I, alnea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem

    transferidas aos respectivos Municpios; e

    III - no caso dos Municpios e do Distrito Federal, quinze por cento do produto da

    arrecadao dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam

    os arts. 158 e 159, inciso I, alnea b e 3.

    1 Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios que apliquem percentuais

    inferiores aos fixados nos incisos II e III devero elev-los gradualmente, at o

    exerccio financeiro de 2004, reduzida a diferena razo de, pelo menos, um

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    24/31

    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 24FEDERAL DO BRASIL

    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    quinto por ano, sendo que, a partir de 2000, a aplicao ser de pelo menos sete por

    cento.

    2 Dos recursos da Unio apurados nos termos deste artigo, quinze por cento,

    no mnimo, sero aplicados nos Municpios, segundo o critrio populacional, em

    aes e servios bsicos de sade, na forma da lei.

    3 Os recursos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios destinados s

    aes e servios pblicos de sade e os transferidos pela Unio para a mesma

    finalidade sero aplicados por meio de Fundo de Sade que ser acompanhado e

    fiscalizado por Conselho de Sade, sem prejuzo do disposto no art.

    74 da ConstituioFederal.

    Assim, ainda sendo vlido o disposto no artigo 77 do ADCT, o valor a ser

    aplicado pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, so:

    Unio: 5% a mais do que o aplicado em 1999, sendo este valor corrigido ano

    a ano pela variao nominal do PIB;

    Estados e Distrito Federal: 12% do produto da arrecadao dos impostos aque se refere o artigo. 155 e dos recursos de que tratam os artigos. 157 e 159, inciso

    I, alnea a, e inciso II (Impostos de competncia prpria e os repasses obrigatrios

    da Unio), deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municpios;

    Municpios: 15% do produto da arrecadao dos impostos a que se refere o

    artigo 156 e dos recursos de que tratam os artigos 158 e 159, inciso I, alnea b e 3

    (Impostos de competncia prpria e os repasses obrigatrios da Unio).

    Para dar maior transparncia ao uso de recursos pblicos

    nessas duas funes e verificao do que dispe a LRF no art. 25, 1, inciso IV,

    alnea b, os gastos com educao e sade passam a ser demonstrados junto

    com o Relatrio Resumido da Execuo Oramentria, os primeiros bimestralmente

    (municpios com mais de 50.000 hab.) ou semestralmente (para os que tm menos

    de 50.000 hab. e fizerem opo pela semestralidade), enquanto que os

    da sade devem ser demonstrados semestralmente.

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    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 25FEDERAL DO BRASIL

    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    Exerccios:

    1 - (APO/MPOG ESAF/2008) Lei de Responsabilidade Fiscal, na seo que trata

    dos limites da Dvida Pblica e das Operaes de Crdito determina que, para finsde verificao do atendimento do limite, a apurao do montante

    da dvida consolidada ser efetuada ao final de cada:

    a) ms.

    b) semestre.

    c) trimestre.

    d) quadrimestre.

    e) ano.

    2 (AUDITOR/TCM-CE FCC/2006) Se a dvida consolidada de um

    ente da federao ultrapassar os limites previstos pela Lei de Responsabilidade

    Fiscal ao final de um quadrimestre, dever ser a ele reconduzida at o trmino

    dos trs subseqentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% no primeiro.

    Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:

    a) poder realizar operaes de crdito interna e externa.

    b) est proibido de efetuar o refinanciamento do principal atualizado da

    dvida mobiliria.

    c) poder receber transferncias voluntrias da Unio ou do Estado.

    d) no est impedido de realizar operaes de crdito por antecipao de receita.

    e) obter resultado primrio necessrio reconduo da dvida

    ao limite, promovendo, entre outras medidas. Limitao de empenho.

    3 (Analista Contbil/TRT 4A FCC/2006) Em vista da Lei de Responsabilidade

    Fiscal, o Senado ops os seguintes limites dvida pblica consolidada:

    a) 120% para Estados; 200% para Municpios, calculados sobre a receita corrente

    lquida.

    b) 120% para Estados; 200% para Municpios, calculados sobre a despesa total.

    c) 200% para Estados; 120% para Municpios, calculados sobre a receita corrente

    lquida.d) 200% para Estados; 120% para Municpios, calculados sobre a despesa total.

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    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    e) 320% para Estados; 120% para Municpios, calculados sobre a receita corrente

    lquida.

    4 (Tcnico de Nvel Superior/ENAP ESAF/2006) De acordo com a

    Lei de Responsabilidade Fiscal, constituem instrumentos de transparncia da

    gesto fiscal, aos quais ser dada ampla divulgao, inclusive em meios

    eletrnicos de acesso pblico, exceto,

    a) os planos, oramentos e leis de diretrizes oramentrias.

    b) o Plano de Contas nico da Unio.

    c) as prestaes de contas e o respectivo parecer prvio.

    d) o Relatrio Resumido da Execuo Oramentria.e) o Relatrio de Gesto Fiscal.

    5 (ANALISTA/IRB ESAF/2006) Com o advento da Lei de Responsabilidade

    Fiscal, novos demonstrativos passaram a ser exigidos em busca da transparncia

    das contas pblicas, como o Relatrio Resumido da Execuo Oramentria e o

    Relatrio de Gesto Fiscal. O Relatrio de Gesto Fiscal deve ser publicado

    a) at 30 dias aps o encerramento de cada bimestre.b) at 30 dias aps o final de cada quadrimestre.

    c) at 30 dias aps o fim de cada trimestre.

    d) at 30 dias aps o encerramento do semestre.

    e) at 30 dias aps o final de cada ms.

    6 (PROCURADOR DE CONTAS/TCE-AM FCC/2006) Se a dvida consolidada de

    um ente da Federao ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre

    dever ser a ele reconduzida at o trmino dos trs subseqentes, reduzindo o

    excedente em pelo menos

    a) 15% (quinze por cento) no primeiro.

    b) 25% (vinte e cinco por cento) no segundo.

    c) 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.

    d) 35% (trinta e cinco por cento) no segundo.

    e) 35% (trinta e cinco por cento) no primeiro.

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    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 27FEDERAL DO BRASIL

    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI E SRGIO MENDES

    7 (PROCURADOR DE CONTAS/TCE-AM FCC/2006) Acompanharo o Relatrio

    Resumido da Execuo Oramentria, entre outros, o demonstrativo relativo a

    a) receitas e despesas extra-oramentrias.

    b) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas inativos.

    c) operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita.

    d) resultados nominal e primrio.

    e) despesas com servios de terceiros.

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    Gabarito Comentado:

    1 - (APO/MPOG ESAF/2008) Lei de Responsabilidade Fiscal, na seo que trata

    dos limites da Dvida Pblica e das Operaes de Crdito determina que, para fins

    de verificao do atendimento do limite, a apurao do montante

    da dvida consolidada ser efetuada ao final de cada:

    Letra d

    Conforme dispe o pargrafo 4o do artigo 30 da LRF, a apurao do montante da

    dvida consolidada ser efetuada ao final de cada quadrimestre.

    2 (AUDITOR/TCM-CE FCC/2006) Se a dvida consolidada de um

    ente da federao ultrapassar os limites previstos pela Lei de Responsabilidade

    Fiscal ao final de um quadrimestre, dever ser a ele reconduzida at o trmino

    dos trs subseqentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% no primeiro.

    Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:

    Letra e.

    Dispe o pargrafo 1o do artigo 31 da LRF:

    1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:

    I - estar proibido de realizar operao de crdito interna ou externa, inclusive

    por antecipao de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da

    dvida mobiliria;

    II - obter resultado primrio necessrio reconduo da dvida aolimite, promovendo, entre outras medidas, limitao de empenho, na forma do art. 9O.

    Adicionalmente, segundo o pargrafo 2o do artigo 31, vencido o prazo para retorno

    da dvida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficar tambm impedido

    de receber transferncias voluntrias da Unio ou do Estado.

    Pela anlise dos pargrafos acima, verifica-se que a nica assertiva correta a letrae.

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    3 (Analista Contbil/TRT 4A FCC/2006) Em vista da Lei de Responsabilidade

    Fiscal, o Senado ops os seguintes limites dvida pblica consolidada:

    O Senado Federal, em cumprimento ao que determina a

    Constituio, ficou responsvel pela fixao de limites para a dvida

    pblica dos Estados e os Municpios. Em consonncia com a CF, a LRF, por

    meio do artigo 30, inciso I, disps que o Senado Federal ficaria responsvel pela

    fixao de limites globais para o montante da dvida consolidada dos trs entes da

    federao.

    Assim, por meio da Resoluo 40 do Senado Federal, ficou estabelecido que

    os limites mximos sero para os Estados de (2) duas vezes a sua RCL anual e

    para os Municpios de 1,2 vezes a RCL anual.

    4 (Tcnico de Nvel Superior/ENAP ESAF/2006) De acordo com a

    Lei de Responsabilidade Fiscal, constituem instrumentos de transparncia da

    gesto fiscal, aos quais ser dada ampla divulgao, inclusive em meios

    eletrnicos de acesso pblico, exceto,

    Letra b

    a) os planos, oramentos e leis de diretrizes oramentrias.

    b) o Plano de Contas nico da Unio.

    c) as prestaes de contas e o respectivo parecer prvio.

    d) o Relatrio Resumido da Execuo Oramentria.

    e) o Relatrio de Gesto Fiscal.

    Segundo o artigo 48 da LRF, so considerados

    instrumentos de transparncia:

    Os planos, os oramentos e a lei de diretrizes oramentrias;

    As prestaes de contas e o respectivo parecer prvio;

    Relatrio Resumido da Execuo Oramentria e a suaverso simplificada;

    Relatrio de Gesto Fiscal e a sua verso simplificada.

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    CURSO ON-LINE AFO P/ ANALISTA TRIBUTRIO DA RECEITA 30FEDERAL DO BRASIL

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    5 (ANALISTA/IRB ESAF/2006) Com o advento da Lei de Responsabilidade

    Fiscal, novos demonstrativos passaram a ser exigidos em busca da transparncia

    das contas pblicas, como o Relatrio Resumido da Execuo Oramentria e o

    Relatrio de Gesto Fiscal. O Relatrio de Gesto Fiscal deve ser publicado

    Letra b

    Segundo o pargrafo 2o do artigo 55 da LRF, o relatrio ser publicado at trinta

    dias aps o encerramento do perodo a que corresponder, perodo este estipulado

    pelo artigo 54, o qual afirma que ser emitido pelos titulares dos poderes e rgos,

    com amplo acesso ao pblico, inclusive por meio eletrnico.

    6 (PROCURADOR DE CONTAS/TCE-AM FCC/2006) Se a dvida consolidada de

    um ente da Federao ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre

    dever ser a ele reconduzida at o trmino dos trs subseqentes, reduzindo o

    excedente em pelo menos

    Letra c

    De acordo LRF, em seu art. 31, caso a dvida consolidada de um ente da Federao

    ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, dever ser

    a ele reconduzida at o trmino dos trs subseqentes, reduzindo o excedente

    em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.

    7 (PROCURADOR DE CONTAS/TCE-AM FCC/2006) Acompanharo o Relatrio

    Resumido da Execuo Oramentria, entre outros, o demonstrativo relativo a

    Letra d

    a) receitas e despesas extra-oramentrias.

    b) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas inativos.

    c) operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita.

    d) resultados nominal e primrio.

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    e) despesas com servios de terceiros.

    Reproduzimos literalmente o artigo 53 da LRF:

    Art. 53. Acompanharo o Relatrio Resumido demonstrativos relativos a:

    I - apurao da receita corrente lquida, na forma definida no inciso IV do art. 2o,

    sua evoluo, assim como a previso de seu desempenho at o final do exerccio;

    II - receitas e despesas previdencirias a que se refere o inciso IV do art. 50;

    III - resultados nominal e primrio;

    IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4o;

    V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e rgo referido no art. 20,

    os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante apagar.

    Pelo batimento entre as alternativas da questo e o que dispe o artigo 53 da

    LRF, verifica-se que somente os demonstrativos de resultado nominal e primrio

    compem o RREO.