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Aula 04
Curso: Noes de AFO p/ Polcia Federal - Cargo 9 - Agente - Com videoaulas
Professor: Srgio Mendes
Noes de Administrao Financeira e Oramentria p/
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AULA 4: Oramento Pblico
SUMRIO
APRESENTAO DO TEMA ........................................................................ 1
1. CONCEITOS ........................................................................................ 2
2. HISTRICO DO ORAMENTO ................................................................ 3
3. CARACTERSTICAS DO ORAMENTO BRASILEIRO ................................... 6
4. FUNES CLSSICAS DO ORAMENTO .................................................. 7
5. NORMAS GERAIS DE DIREITO FINANCEIRO ............................................ 9
6. NATUREZA JURDICA DO ORAMENTO BRASILEIRO ...............................11
7. ASPECTOS DO ORAMENTO ................................................................15
8. TIPOS DE ORAMENTO .......................................................................15
9. ESPCIES DE ORAMENTO ..................................................................16
10. FUNES DE PLANEJAMENTO, GERNCIA E CONTROLE .........................25
MAIS QUESTES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE ............................27
MEMENTO IV .........................................................................................43
LISTA DE QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ......................................47
GABARITO .............................................................................................56
Ol amigos! Como bom estar aqui!
Conta-se que um fazendeiro, dono de excelentes cavalos de muita valia nos trabalhos de sua propriedade rural recebeu um dia a notcia de que o preferido dele, um alazo forte e muito bonito, havia cado num poo abandonado. O capataz que lhe trouxe a m notcia estava desolado porque o poo era muito fundo e pouco largo e no havia como tirar o animal de l, apesar de todos os esforos dos pees da fazenda. O fazendeiro foi at o local, tomou tento da situao e concordou com seu capataz: no havia mais o que fazer, embora o animal no estivesse machucado. No achou que valia a pena resgat-lo, ia ser demorado e custaria muito dinheiro. J que est no buraco - disse ao capataz - voc acabe de enterr-lo, jogando terra em cima dele. Virou as costas, preocupado com seus negcios, e os pees de imediato comearam a cumprir a sua ordem. Cinco homens, sob o comando do capataz, atiravam terra dentro do buraco, em cima do cavalo.
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A cada pazada, o alazo se sacudia todo e a terra ia-se depositando no fundo do poo seco. Os homens ficaram admirados com a esperteza do animal: a terra ia enchendo o poo e o cavalo subindo em cima dela! No demorou muito e o animal j estava com a cabea aparecendo na sada do poo; mais algumas pazadas de terra e ele saltou fora, sacudindo-se e relinchando, feliz. Caro estudante, no aceite a terra que os pessimistas possam vir a jogar sobre voc! Tenha confiana, estude, se esforce, acredite e aproveite para subir nessa terra cada vez mais! Quando pensarem que voc no tem chances, a sua aprovao ser ainda mais espetacular! Estudaremos nesta aula os temas atinentes ao Oramento Pblico.
1. CONCEITOS Vamos relembrar os conceitos vistos na aula demonstrativa. Segundo Aliomar Baleeiro, o oramento pblico o ato pelo qual o Poder Executivo prev e o Poder Legislativo autoriza, por certo perodo de tempo, a execuo das despesas destinadas ao funcionamento dos servios pblicos e outros fins adotados pela poltica econmica ou geral do pas, assim como a arrecadao das receitas j criadas em lei. Consoante Giacomoni, de acordo com o modelo de integrao entre planejamento e oramento, o oramento anual constitui-se em instrumento, de curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de mdio prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais em que esto definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratgicos e as polticas bsicas. De acordo com Abrcio e Loureiro, o oramento um instrumento fundamental de governo, seu principal documento de polticas pblicas. Atravs dele os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os recursos extrados da sociedade e como distribu-los entre diferentes grupos sociais, conforme seu peso ou fora poltica. Portanto, nas decises oramentrias os problemas centrais de uma ordem democrtica como representao e accountability esto presentes. (...) A Constituio de 1988 trouxe inegvel avano na estrutura institucional que organiza o processo oramentrio brasileiro. Ela no s introduziu o processo de planejamento no ciclo oramentrio, medida tecnicamente importante, mas, sobretudo, reforou o Poder Legislativo.
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2. HISTRICO DO ORAMENTO 2.1 Origens Historicamente, a Carta Magna, outorgada no incio do sculo XIII pelo Rei Joo Sem Terra, considerada o embrio do oramento, por meio de seu art. 12: Nenhum tributo ou auxlio ser institudo no Reino seno pelo seu conselho comum, exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primognito cavaleiro e casar sua filha mais velha uma vez, e os auxlios sero razoveis em seu montante. Veja que esse artigo no trata da despesa pblica, mas aparece como a primeira tentativa formal de controle das finanas do Rei, ou trazendo para a atualidade, do Legislativo sobre o Executivo. E olha que interessante: j nasce com excees! Veja que a ideia permanece a mesma do nosso conceito atual! O oramento elaborado pelo Executivo e aprovado previamente pelo Legislativo, sendo que hoje tambm h excees. Por exemplo, temos os crditos extraordinrios, os quais so destinados a despesas urgentes e imprevisveis, tais como em casos de guerra ou calamidade pblica, e por isso so abertos pelo executivo antes da autorizao do Poder Legislativo. Neste tipo de crdito, a comunicao ao Legislativo deve ser feita imediatamente aps a abertura do crdito. No entanto, apenas por volta de 1822, na Inglaterra, o Oramento Pblico passa a ser considerado um instrumento formalmente acabado. Nessa poca, tem-se o desenvolvimento do liberalismo econmico, o que acarretava em oposio a quaisquer aumentos de carga tributria, necessrios para o crescimento das despesas pblicas. Nesta viso de oramento tradicional, tpica do liberalismo, as finanas pblicas deveriam ser neutras e o equilbrio financeiro impunha-se naturalmente pelo prprio mercado. Esse posicionamento vem ao encontro do conceito de mo invisvel de Adam Smith, para descrever que em uma economia de mercado a interao dos indivduos resulta numa determinada ordem, sem a necessidade de interveno do Estado (laissez-faire). Assim, o aspecto econmico do oramento tinha posio secundria, privilegiando o aspecto controle. Antes do final do mesmo sculo XIX, percebe-se que o oramento elaborado com base na neutralidade no mais atendia s necessidades do Estado. Desenvolveu-se a tese de um oramento moderno, o qual deveria ser um instrumento de planejamento e de administrao. J no sculo XX, a partir da dcada de 1930, no momento em que o capitalismo vivia uma de suas mais graves crises, o economista britnico John Maynard Keynes revisou as teorias liberais de Adam Smith, principalmente no que se refere a no interveno do Estado na economia. A doutrina keynesiana
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passou a reconhecer o oramento pblico como instrumento a ser utilizado sistematicamente para o alcance da poltica fiscal, com vistas estabilizao, expanso ou retrao da atividade econmica. Para Keynes, em momento de retrao econmica, quando as empresas tendem a investir cada vez menos, piorando cada vez mais a crise, o Estado deveria aumentar seus gastos para aquecer a economia, por meio, por exemplo, de aumento dos investimentos e das linhas de concesso de crdito. Nesse caso, o aumento dos gastos acarretaria endividamento pblico e flexibilizao do princpio do equilbrio, pois o oramento desequilibrado seria necessrio para superar a crise. O oramento apontaria na promoo de uma expanso da demanda, gerando dficit. Em outros casos, em que fosse necessria uma contrao da demanda, teramos a gerao de supervit, por meio da diminuio dos gastos pblicos.
1) (CESPE Analista Judicirio Administrativa - TRE/RJ 2012) Somente depois da CF, com a criao da lei de diretrizes oramentrias servindo de instrumento de ligao entre o plano plurianual e os projetos e aes colocados efetivamente em prtica, o oramento passou a exercer um papel no planejamento governamental. Antes do final do mesmo sculo XIX, percebe-se que o oramento elaborado com base na neutralidade no mais atendia s necessidades do Estado. Desenvolveu-se a tese de um oramento moderno, o qual deveria ser um instrumento de planejamento e de administrao. Resposta: Errada 2.2 Oramento nas Constituies brasileiras pretritas Vamos falar agora resumidamente do Oramento em nossas Constituies pretritas. A Constituio Imperial de 1824 foi a pioneira nas exigncias para elaborao de oramentos formais. A competncia da proposta era do Executivo e da aprovao do Legislativo (assembleia-geral composta pelos deputados e senadores). Com a Repblica e a Constituio de 1891, a elaborao do oramento tornou--se privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Cmara dos Deputados. Na Constituio outorgada de 1934, no governo de Getlio Vargas, o oramento passa a ter destaque, com captulo prprio. Ao Presidente da Repblica cabia a elaborao da proposta oramentria e, ao Legislativo, a votao. Assim, havia participao conjunta dos poderes, j que a Constituio no trazia limitaes ao poder de emendas do Legislativo.
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Na Constituio de 1937, do Estado Novo, o oramento passa a ser elaborado por um departamento administrativo ligado Presidncia e votado pela Cmara e pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo Presidente. Na prtica, era elaborado e decretado pelo Executivo. Com a redemocratizao na Constituio de 1946, voltamos elaborao pelo Executivo e votao com a possibilidade de emendas pelo Legislativo. Na Constituio de 1967, do Regime Militar, o Executivo elaborava a proposta e cabia ao Legislativo a aprovao, sem a possibilidade de emendas relevantes, enfraquecendo o Legislativo. Constata-se tal fato porque no eram permitidas emendas que causassem aumento de despesa ou que visassem a modificar o seu montante, natureza ou objeto. Ainda, o projeto da lei oramentria anual deveria ser enviado Cmara dos Deputados at cinco meses antes do incio do exerccio financeiro (1 de agosto) e se no fosse devolvido para sano dentro do prazo de quatro meses de seu recebimento (1 de dezembro) seria promulgado como lei. Nesse perodo surgiu no Brasil a ideia de oramento-programa, por meio da Lei 4.320/1964 e do Decreto-lei 200/1967.
2) (CESPE Analista Judicirio Administrao - TRE/BA 2010) No perodo do regime autoritrio (1964-1984), o processo oramentrio brasileiro foi completamente reorganizado com o fortalecimento do Poder Legislativo e a recuperao do oramento fiscal, que expressava a totalidade das receitas e das despesas pblicas. Na Constituio de 1967, do Regime Militar, o Executivo elaborava a proposta e cabia ao Legislativo a aprovao, sem a possibilidade de emendas relevantes, enfraquecendo o Legislativo. Constata-se tal fato porque no eram permitidas emendas que causassem aumento de despesa ou que visassem a modificar o seu montante, natureza ou objeto. Resposta: Errada
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3. CARACTERSTICAS DO ORAMENTO BRASILEIRO J sabemos que a competncia para a elaborao do oramento do Poder Executivo e, ao Legislativo, cabe a votao e a proposio de emendas. Tm-se, ainda, novidades trazidas pela atual Carta Magna, como a LDO e o PPA. Ressaltam-se, agora, algumas caractersticas tpicas do oramento em nosso Pas:
No cumprimento de prazos, o que prejudica a execuo de forma sistemtica e coordenada da LOA. Por exemplo, para o nvel federal, j houve ano em que a LOA foi aprovada pelo Congresso no fim do ano subsequente, ou seja, no final do ano em que deveria estar em vigor. A falta de rigor nos prazos tambm compromete a integrao entre PPA e LOA. No entanto, atualmente, os atrasos na sano da LOA so bem menores.
Grande nmero de alteraes oramentrias ao longo do exerccio, com frequentes aberturas de crditos adicionais.
Os contingenciamentos tm sido decretados com frequncia, e como a liberao depende da convenincia da Administrao, estimula a negociao poltica entre o Poder Executivo e os parlamentares que querem ver suas bases eleitorais atendidas na execuo oramentria e financeira. O mecanismo utilizado para limitao dos gastos do Governo Federal o Decreto de Programao Oramentria e Financeira, mais conhecido como Decreto de Contingenciamento, juntamente com a Portaria Interministerial que detalha os valores autorizados para movimentao e empenho e para pagamentos no decorrer do exerccio. Deve haver flexibilidade para a programao financeira a fim de que seja possvel efetuar pequenos realinhamentos, porm, devido principalmente a superestimativas de receitas, o mencionado Decreto no se presta apenas a ajustes pontuais e acaba por contingenciar parte considervel das despesas discricionrias aprovadas na LOA. Apesar disso, busca-se evitar a utilizao da linearidade, por ser esta incompatvel com o estabelecimento de metas e prioridades para a Administrao Pblica, como aconteceria caso houvesse cortes indiscriminados de gastos, com base em um percentual nico e predeterminado.
Apesar de a vedao vinculao de receitas abranger apenas os impostos, os demais tributos so vinculados pela sua prpria natureza. Mesmo em relao aos impostos, h vrias excees constitucionais que acarretam em mais vinculaes. H, ainda, as despesas obrigatrias, que tambm acabam por vincular o oramento, porque no se pode deixar de execut-las, como acontece com o pagamento de pessoal, por exemplo. Isso tudo diminui a capacidade de discricionariedade do gestor pblico, engessando o oramento.
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4. FUNES CLSSICAS DO ORAMENTO O Governo desenvolve funes com objetivos especficos, porm relacionados, utilizando os instrumentos de interveno de que dispe o Estado. A classificao cobrada em concursos a de Richard Musgrave (1974), a qual se tornou clssica. Ele props uma classificao denominada de funes fiscais. Entretanto, considerando o oramento como principal instrumento de ao do Estado na economia, o prprio autor as considera tambm como as prprias funes do oramento: alocativa, distributiva e estabilizadora. Funo alocativa: visa promoo de ajustamentos na alocao de recursos. o Estado oferecendo determinados bens e servios necessrios e desejados pela sociedade, porm que no so providos pela iniciativa privada. O setor pblico pode atuar produzindo diretamente os produtos e servios ou via mecanismos que propiciem condies para que sejam viabilizados pelo setor privado. Tal funo evidenciada quando no setor privado no h a necessria eficincia de infraestrutura econmica ou proviso de bens pblicos e bens meritrios. Investimentos na infraestrutura econmica so fundamentais para o desenvolvimento, porm so necessrios altos valores com retornos demorados, que muitas vezes desestimulam a iniciativa do setor privado nessa rea. Quanto aos bens pblicos e meritrios, suas demandas possuem caractersticas peculiares que tornam invivel seu fornecimento pelo sistema de mercado. Bens pblicos so aqueles usufrudos pela populao em geral e de uma forma indivisvel, independentemente de o particular querer ou no usufruir desse bem. J os bens meritrios excluem a parcela da populao que no dispe de recursos para o pagamento. Assim, podem ser explorados pelo setor privado, no entanto, podem e devem tambm ser produzidos pelo Estado, em virtude de sua importncia para a sociedade, como a educao e a sade. Funo distributiva: visa promoo de ajustamentos na distribuio de renda. Surge em virtude da necessidade de correes das falhas de mercado, inerentes ao sistema capitalista, contrabalanceando equidade e eficincia. Os instrumentos mais usados para o ajustamento so os sistemas de tributos e as transferncias. Cita-se como exemplo de medida distributiva o imposto de renda progressivo, realocando as receitas para programas de alimentao, transporte e moradia populares. Outro exemplo a concesso de subsdios aos bens de consumo popular, financiados por tributos incidentes sobre os bens consumidos pelas classes de rendas mais altas. Funo estabilizadora: visa manter a estabilidade econmica, diferenciando--se das outras funes por no ter como objetivo a destinao de recursos. O campo de atuao dessa funo principalmente a manuteno de elevado nvel de emprego e a estabilidade nos nveis de preos. Destaca-se, ainda, a busca do equilbrio no balano de pagamentos e de razovel taxa de crescimento econmico. O mecanismo bsico da estabilizao a atuao
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sobre a demanda agregada, que representa a quantidade de bens ou servios que a totalidade dos consumidores deseja e est disposta a adquirir por determinado preo e em determinado perodo. Assim, a funo estabilizadora age na demanda agregada de forma a aument-la ou diminu-la.
3) (CESPE Analista Judicirio Administrativa TRT/10 Prova cancelada - 2013) O investimento na infraestrutura econmica configura um dos campos exclusivos da funo distributiva do oramento. O investimento na infraestrutura econmica configura um dos campos exclusivos da funo alocativa do oramento. Resposta: Errada 4) (CESPE Administrador Ministrio da Integrao - 2013) A funo estabilizadora do Estado consiste na interveno do governo na economia, mediante polticas fiscal e monetria, para proteg-la de flutuaes bruscas, caracterizadas por desemprego em alta ou por inflao em alta. O campo de atuao da funo estabilizadora principalmente a manuteno de elevado nvel de emprego e a estabilidade nos nveis de preos. Resposta: Certa 5) (CESPE Analista Tcnico-Administrativo Ministrio da Integrao - 2013) Com a evoluo do oramento como instrumento de planejamento, ampliaram-se as atribuies econmicas governamentais voltadas para a promoo de ajustamentos na alocao de recursos, na distribuio de renda e na manuteno da estabilidade econmica. Com a evoluo do oramento como instrumento de planejamento, ampliaram-se as atribuies econmicas governamentais voltadas para a promoo de ajustamentos na alocao de recursos (funo alocativa), na distribuio de renda (funo distributiva) e na manuteno da estabilidade econmica (funo estabilizadora). Resposta: Certa
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5. NORMAS GERAIS DE DIREITO FINANCEIRO O estudo de AFO/Oramento Pblico est relacionado ao estudo do Direito Financeiro. importante destacar que compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre Direito Financeiro. No entanto, compete aos Municpios legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar legislao federal e estadual no que couber. Assim, apesar de no concorrerem com a Unio e os estados, os municpios legislam naquilo que for de interesse local e suplementam a legislao federal e a estadual, sem contrari-las.
Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre Direito Financeiro.
Inexistindo lei federal sobre normas gerais de Direito Financeiro, os Estados exercero a competncia legislativa plena, para atender s suas peculiaridades; sobrevindo lei federal sobre normas gerais, a lei estadual restar suspensa sua eficcia, no que lhe for contrria. Assim, inicialmente, se a Unio no exercer a sua competncia legislativa concorrente em Direito Financeiro e o Estado-Membro exercer a sua, em sobrevindo lei federal que regule a questo, a lei estadual restar suspensa. No revogada, o que significa que se a Unio revogar a sua lei geral, a lei estadual sair da inrcia e entrar em vigor, at que outra lei federal lhe suspenda novamente os efeitos ou outra lei estadual a revogue. Atualmente, ainda a Lei n.4.320, de 17 de maro de 1964, que estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaborao e controle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal. Embora ela tenha passado pelo rito de elaborao reservado s leis ordinrias, a CF/1967 e a CF/1988 trouxeram a orientao de que as normas gerais de Direito Financeiro seriam disciplinadas por lei complementar. Assim, a Lei 4.320/1964 possui o status de lei complementar, j que trata de normas gerais de Direito Financeiro. Houve a novao de sua natureza normativa pelo art. 165, 9, I e II, da CF/1988, o qual lhe conferiu uma posio sui generis no quadro das fontes do Direito: como lei ordinria em sentido formal e lei complementar no sentido material.
6) (CESPE Analista Administrativo Direito - ANTT 2013) Legislao estadual pode dispor sobre direito financeiro.
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Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre Direito Financeiro. Inexistindo lei federal sobre normas gerais de Direito Financeiro, os Estados exercero a competncia legislativa plena, para atender s suas peculiaridades; sobrevindo lei federal sobre normas gerais, a lei estadual restar suspensa sua eficcia, no que lhe for contrria. Resposta: Certa 7) (CESPE Analista Legislativo Direito ALCE 2011) No h que se falar em competncia concorrente em matria de direito financeiro entre Unio, estados e Distrito Federal, na medida em que o sistema financeiro nacional se amolda ao pacto federativo, devendo cada ente da federao legislar adstrito sua competncia constitucional. De acordo com o art. 24 da CF/1988, compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre Direito Financeiro: Art. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico e urbanstico; II oramento; (...). Resposta: Errada
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6. NATUREZA JURDICA DO ORAMENTO BRASILEIRO Antes de tratarmos da natureza jurdica do oramento brasileiro, vamos entender uma importante diferena entre lei em sentido formal e lei em sentido material. Lei em sentido formal representa todo o ato normativo emanado de um rgo com competncia legislativa, sendo o contedo irrelevante. Todos os Poderes possuem a funo legislativa. Por exemplo, o Executivo possui tambm a funo legislativa, apesar de no ser a principal, o que fica claro quando o art. 84 da CF/1988 enumera as competncias privativas do Presidente da Repblica, dispondo no inciso III que compete privativamente ao Presidente iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituio. Ele exerce a funo legislativa por meio de medidas provisrias, decretos autnomos, leis delegadas, leis oramentrias etc. Assim, a lei oramentria em nosso Pas uma lei formal. J lei em sentido material corresponde a todo o ato normativo, emanado por rgo do Estado, mesmo que no incumbido da funo legislativa. O importante agora o contedo, que define qualquer conjunto de normas dotadas de abstrao e generalidade, ou seja, com aplicao a um nmero indeterminado de situaes futuras. Desta forma, a partir desses conceitos, nota-se que h leis que so simultaneamente formais e materiais. Por outro lado, h leis somente formais. So estas as denominadas leis de efeitos concretos (ou leis individuais), pois seu contedo assemelha-se a atos administrativos individuais ou concretos. Embora existam divergncias doutrinrias, o oramento brasileiro uma lei formal porque emanada de um rgo com competncia legislativa; entretanto, no material, pois apenas prev as receitas pblicas e autoriza os gastos, no tendo a necessria abstrao e generalidade que caracteriza as leis materiais. O oramento no modifica as leis financeiras e tributrias, tampouco cria direitos subjetivos. uma condio, um pr-requisito para que a despesa seja realizada (ato-condio), j que a arrecadao de receitas e a realizao de despesas, na maioria das vezes, decorrem de leis ou contratos anteriores (atos-regra). Assim, judicialmente, no se pode exigir que determinada despesa prevista no oramento seja realizada. O oramento concreto, por exemplo, quando diz que com R$ 20 milhes predeterminados o Governo poder construir um campo da Universidade X. Logo, apenas uma lei formal, por isso chamada de lei de efeitos concretos. As caractersticas da lei oramentria brasileira so as seguintes:
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a discricionariedade para avaliar a convenincia e a oportunidade do que deve ou no ser executado. O STF entende que em nosso Pas o oramento no impositivo, mas sim autorizativo. O fato de ser fixada uma despesa na lei oramentria anual no gera o direito de exigncia de sua realizao por via judicial.
Oramento impositivo
autorizativo
No oramento impositivo, uma vez consignada uma despesa no oramento, ela deve ser necessariamente executada. No oramento autorizativo, adotado no Brasil, o Poder Pblico tem a discricionariedade para avaliar a convenincia e oportunidade do que deve ou no ser executado.
8) (CESPE Tcnico Administrativo ANTT 2013) A CF em vigor confere ao oramento a natureza jurdica de lei formal e material. Por esse motivo, a lei oramentria pode prever receitas pblicas e autorizar gastos. Embora existam divergncias doutrinrias, o oramento brasileiro uma lei no material, pois apenas prev as receitas pblicas e autoriza os gastos, no tendo a necessria abstrao e generalidade que caracteriza as leis materiais. Resposta: Errada
9) (CESPE Auditor de Controle Externo TCDF 2012) Considerando os mecanismos bsicos de atuao do Estado nas finanas pblicas, julgue o seguinte item. No atual ordenamento constitucional brasileiro, a LOA , simultaneamente, uma lei especial e ordinria. A LOA , simultaneamente, uma lei especial e ordinria: Lei ordinria: as leis oramentrias (PPA, LDO e LOA) e os crditos suplementares e especiais so leis ordinrias. No se exige quorum qualificado para sua aprovao, sendo necessria apenas a maioria simples. Lei especial: possui processo legislativo diferenciado, como estudado no mbito do Ciclo Oramentrio. Possui iniciativa do Executivo e trata de matria especfica: previso de receitas e fixao de despesas. Resposta: Certa
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10) (CESPE Administrador - TJ/RR 2012) O oramento pblico fixado na Lei Oramentria Anual no determina os gastos de modo impositivo ou obrigatrio. No oramento impositivo, uma vez consignada uma despesa no oramento, ela deve ser necessariamente executada. J no oramento autorizativo, adotado no Brasil, o Poder Pblico tem a discricionariedade para avaliar a convenincia e oportunidade do que deve ou no ser executado. Resposta: Certa 11) (CESPE Procurador ALES 2011) O STF no tem reconhecido a possibilidade de submisso das normas oramentrias ao controle abstrato de constitucionalidade em virtude dos efeitos concretos de seu contedo. O Supremo Tribunal Federal deve exercer sua funo precpua de fiscalizao da constitucionalidade das leis e dos atos normativos quando houver um tema ou uma controvrsia constitucional suscitada em abstrato, independente do carter geral ou especfico, concreto ou abstrato de seu objeto. Assim, h a possibilidade de submisso das normas oramentrias ao controle abstrato de constitucionalidade. Resposta: Errada
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7. ASPECTOS DO ORAMENTO Poltico: tem a caracterstica do grupo partidrio que detm a maioria, consoante a escolha dos cidados. a tica que diz respeito sua caracterstica de plano de governo ou programa de ao do grupo/faco partidria que detm o poder. O parlamento autoriza a despesa pblica, levando em considerao as necessidades coletivas. Parte da ideia de que os recursos so limitados e as necessidades so ilimitadas, logo so definidas prioridades. Econmico: busca racionalizar o processo de alocao de recursos, zelando pelo equilbrio das contas pblicas, com foco nos melhores resultados para a Sociedade. ainda um instrumento de atuao do Estado na Economia, por meio do aumento ou diminuio do gasto pblico. a tica que atribui ao oramento, como plano de ao governamental que , o poder de intervir na atividade econmica, propiciando a gerao de emprego e renda em funo dos investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor pblico, resultando com isso o desenvolvimento do pas. Jurdico: o processo oramentrio regido por normas legais que compem o ordenamento jurdico brasileiro. a tica em que se define ou integra a lei oramentria no conjunto de leis do pas Financeiro: caracterizado pelo fluxo monetrio na execuo, por meio de entrada de receitas e sada de despesas. a tica que representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos, obtidos com a arrecadao de receitas, e os dispndios com as sadas de recursos proporcionados pelas despesas, evidenciando a execuo oramentria. Tcnico: relacionado observncia de tcnicas e classificaes claras, coerentes, racionais e metdicas. a tica que representa o conjunto de regras e formalidades tcnicas e legais exigidas na elaborao, na aprovao, na execuo e no controle do oramento. 8. TIPOS DE ORAMENTO Nesta tica sobre os tipos de oramento, tem-se a viso do regime poltico em que elaborado o oramento combinado com a forma de governo. O Brasil vivenciou os trs tipos:
Oramento Legislativo: a elaborao, a votao e o controle do oramento so competncias do Poder Legislativo. Normalmente ocorre em pases parlamentaristas. Ao Executivo cabe apenas a execuo. Exemplo: Constituio Federal de 1891.
Oramento Executivo: a elaborao, a votao, o controle e a execuo so competncias do Poder Executivo. tpico de regimes autoritrios. Exemplo: Constituio Federal de 1937.
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Oramento Misto: a elaborao e a execuo so de competncia do Executivo, cabendo ao Legislativo a votao e o controle. Exemplo: a atual Constituio Federal de 1988.
9. ESPCIES DE ORAMENTO 9.1 Consideraes iniciais Com o passar do tempo, o conceito, as funes e a tcnica de elaborao do oramento pblico foram alterados. Acabaram por evoluir para que pudessem se aprimorar e racionalizar sua utilizao, tornando-se um instrumento da moderna Administrao Pblica, com uma concepo de oramento como um ato preventivo e autorizativo das despesas que o Estado deve efetuar para atingir objetivos e metas programadas. Essas alteraes foram motivadas por novas teorias e tcnicas que se difundiram ao redor do mundo, sendo chamadas de espcies ou, por outros autores, de tipos de oramento. Utilizaremos a denominao espcies por ser mais adequada para se diferenciar dos tipos legislativo, executivo e misto. 9.2 Oramento tradicional ou clssico A falta de planejamento da ao governamental uma das principais caractersticas do oramento tradicional. Constitui-se num mero instrumento contbil e baseia-se no oramento do exerccio anterior, ou seja, enfatiza atos passados. Demonstra uma despreocupao do gestor pblico com o atendimento das necessidades da populao, pois considera apenas as necessidades financeiras das unidades organizacionais. Assim, nesta espcie de oramento no h preocupao com a realizao dos programas de trabalho do Governo, importando-se apenas com as necessidades dos rgos pblicos para realizao das suas tarefas, sem questionamentos sobre objetivos e metas. Predomina o incrementalismo. uma pea meramente contbil financeira, sem nenhuma espcie de planejamento das aes do Governo, onde prevalece o aspecto jurdico do oramento em detrimento do aspecto econmico, o qual possui funo secundria. Almeja-se a neutralidade e a busca pelo equilbrio financeiro. As funes de alocao, distribuio e estabilizao ficam em segundo plano. Portanto, o oramento tradicional somente um documento de previso de receita e de autorizao de despesas.
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12) (CESPE Analista Judicirio Economia STM - 2011) A principal funo do oramento pblico tradicional possibilitar aos rgos de representao um controle econmico sobre o Poder Executivo. O oramento pblico tradicional uma pea meramente contbil financeira, sem nenhuma espcie de planejamento das aes do governo, onde prevalece o aspecto jurdico do oramento em detrimento do aspecto econmico, o qual possui funo secundria. Resposta: Errada 9.3 Oramento de desempenho ou por realizaes O oramento de desempenho ou por realizaes enfatiza o resultado dos gastos e no apenas o gasto em si. A nfase reside no desempenho organizacional. Caracteriza-se pela apresentao de dois quesitos: o objeto de gasto (secundrio) e um programa de trabalho contendo as aes desenvolvidas. Nessa espcie de oramento, o gestor comea a se preocupar com os benefcios dos diversos gastos e no apenas com seu objeto. Apesar da evoluo em relao ao oramento clssico (tradicional), o oramento de desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das aes do Governo, ou seja, nesse modelo oramentrio inexiste um instrumento central de planejamento das aes do Governo vinculado pea oramentria. Apresenta, assim, uma deficincia, que a desvinculao entre planejamento e oramento.
Oramento de desempenho
Dois quesitos: O objeto de gasto (secundrio) e um programa de trabalho contendo as aes desenvolvidas. Deficincia: Desvinculao entre planejamento e oramento.
13) (CESPE Tcnico Judicirio Administrativa CNJ - 2013) O oramento de desempenho pode ser considerado uma importante evoluo no processo de integrao entre oramento e planejamento. Uma de suas principais caractersticas a apresentao dos propsitos e objetivos para os quais os crditos se fazem necessrios. O oramento de desempenho ou por realizaes pode ser considerado uma importante evoluo no processo de integrao entre oramento e
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planejamento. Enfatiza o resultado dos gastos e no apenas o gasto em si. Em outras palavras, h a apresentao dos propsitos para os quais os gastos se fazem necessrios. A nfase reside no desempenho organizacional. Isso no quer dizer que o oramento de desempenho traz uma perfeita integrao entre oramento e planejamento. J sabemos que isso no acontece. O que a questo diz que uma evoluo se comparado ao oramento clssico, o que realmente ocorre. Resposta: Certa 9.4 Oramento de base zero ou por estratgia O oramento de base zero consiste basicamente em uma anlise crtica de todos os recursos solicitados pelos rgos governamentais. Nesse tipo de abordagem, na fase de elaborao da proposta oramentria, haver um questionamento acerca das reais necessidades de cada rea, no havendo compromisso com qualquer montante inicial de dotao. O processo do oramento de base zero concentra a ateno na anlise de objetivos e necessidades, o que requer que cada administrador justifique seu oramento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta, aumentando a participao dos gerentes de todos os nveis no planejamento das atividades e na elaborao dos oramentos. Esse procedimento requer ainda que todas as atividades e operaes sejam identificadas e classificadas em ordem de importncia por meio de uma anlise sistemtica para que os pacotes de deciso sejam preparados. Em regra, a alta gerncia, por meio do planejamento estratgico, fixa previamente os critrios do oramento de base zero, de acordo com cada situao. So confrontados os novos programas pretendidos com os programas em execuo, sua continuidade e suas alteraes. Isso faz com que os gerentes de todos os nveis avaliem melhor as prioridades, confrontando-se incrementos pela ponderao de custos e benefcios, a fim de que ocorra uma aplicao eficiente das dotaes em suas atividades. Por isso, incluem-se entre as desvantagens a dificuldade, a lentido e o alto o custo da elaborao do oramento. Os rgos governamentais devero justificar anualmente, na fase de elaborao da sua proposta oramentria, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como valor inicial mnimo. Alguns autores consideram que o oramento de base zero uma tcnica do Oramento-Programa.
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Oramento de Base Zero
Os rgos governamentais devero justificar anualmente, na fase de elaborao da sua proposta oramentria, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como valor inicial mnimo.
14) (CESPE Tcnico Judicirio Administrativa CNJ - 2013) A organizao e a apresentao do oramento pblico so as principais preocupaes do oramento base-zero, enquanto a avaliao e a tomada de deciso acerca das despesas ocupam, nesse modelo, um papel secundrio. A avaliao de cada despesa e a tomada de deciso ocupam, no oramento base-zero, um papel de destaque. Os rgos governamentais devero justificar anualmente, na fase de elaborao da sua proposta oramentria, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como valor inicial mnimo. Resposta: Errada 9.5 Oramento-programa De acordo com Core, em um processo de planejamento e oramento integrados, ressalta a imperiosa necessidade de que os fins e os meios oramentrios sejam tratados de uma forma equilibrada. Considerando que, desde o decreto-lei n 200, de 25 de fevereiro de 1967, a Administrao Pblica Federal estabeleceu o oramento-programa anual como um instrumento de planejamento, a ideia de discriminar a despesa pblica por objetivo, ou seja, de acordo com os seus fins, j bastante familiar a todos quantos atuam nessa rea. Ainda de acordo com o autor, a Constituio Federal de 1988, cumprindo a tradio das anteriores, ocupou-se profusamente de matria oramentria, chegando at a definir instrumentos de planejamento e oramento com elevado grau de detalhe. (...) A atual Constituio optou por um modelo fortemente centralizado, a partir da constatao de que havia uma excessiva fragmentao oramentria, inclusive com importantes programaes e despesas inteiramente (previdncia social, por exemplo) fora da lei oramentria, sem a observncia, portanto, do princpio da universalidade. No entanto, o oramento-programa tornou-se realidade apenas com o Decreto 2.829/1998, o qual estabeleceu normas para elaborao e execuo do plano
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plurianual e dos oramentos da Unio. Ainda, a Portaria 117/1998, substituda, posteriormente, pela Portaria 42, de 14 de abril de 1999, com a preservao dos seus fundamentos, atualizou a discriminao da despesa por funes da Lei 4.320/1964 e revogou a Portaria 9, de 28 de janeiro de 1974 (Classificao Funcional Programtica); e a Portaria 51/1998 instituiu o recadastramento dos projetos e das atividades constantes do oramento da Unio. Na verdade, tais modificaes, que em razo da Portaria 42/1999 assumiram uma abrangncia nacional, com aplicao tambm para Estados, municpios e Distrito Federal, representam a segunda etapa de uma reforma oramentria que se delineou pelos idos de 1989, sob a gide da nova ordem constitucional recm-instalada. O oramento-programa um instrumento de planejamento da ao do Governo, por meio da identificao dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e previso dos custos relacionados. Por meio do oramento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a quantificao de metas, com a consequente formalizao de programas visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com esse modelo, passa a existir um elo entre o planejamento e as funes executivas da organizao, alm da manuteno do aspecto legal, porm no sendo considerado como prioridade. a espcie de oramento utilizada no Brasil. A organizao das aes do Governo sob a forma de programas visa proporcionar maior racionalidade e eficincia na Administrao Pblica e ampliar a visibilidade dos resultados e benefcios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparncia na aplicao dos recursos pblicos. Tal espcie de oramento equivale a um plano de trabalho expresso por um conjunto de aes a realizar e pela identificao dos recursos necessrios sua execuo. Como instrumento de programao econmica, o oramento-programa procura levar os decisores pblicos a uma escolha racional, que maximize o dinheiro do contribuinte, destinando os recursos pblicos a programas e projetos de maior necessidade. As decises oramentrias so tomadas com base em avaliaes e anlises tcnicas das alternativas possveis. O gasto pblico no oramento programa deve estar vinculado a uma finalidade. A definio dos produtos finais de um programa de trabalho um dos desafios do oramento-programa, j que algumas atividades tambm adicionam valores intangveis, em complemento aos fsicos, como uma ao de qualificao do servidor. O nmero de servidores qualificados um resultado tangvel, porm a capacidade de inovao, a melhora do processo de trabalho, a reteno de talentos no servio pblico e a satisfao do cidado atendido pelo servidor so metas bem mais subjetivas. difcil para os sistemas contbeis mensurarem
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esse tipo de valor e, particularmente, na Administrao Pblica, h dificuldades para a medio, em termos quantitativos. Em algumas situaes podem ser utilizadas outras espcies de oramento como apoio ao oramento-programa. A elaborao do oramento de algumas aes pode ocorrer de maneira incremental, por exemplo, nas aes ligadas ao funcionamento do rgo. O valor a ser pago, em condies normais, pelas contas de luz, gua e telefone, sofre pequena variao de um ano para outro, normalmente apenas a inflao acumulada. Assim, para o clculo do valor do oramento atual, pode ser utilizado o mtodo tradicional, acrescentando a inflao do perodo sobre o valor do oramento desta ao no ano anterior.
O oramento tradicional quase sempre aparece em contraponto a outro tipo de oramento, normalmente o oramento-programa. No memento h um quadro comparativo Oramento Tradicional X Oramento-programa. Consulte-o antes de resolver as questes abaixo.
15) (CESPE Analista Judicirio Administrativa TRT/10 2013) Concomitantemente ao aumento dos gastos, o oramento pblico evoluiu como pea de planejamento, ao mesmo tempo em que perdeu a sua forma de programa de operao e apresentao dos meios de financiamento desse programa, assumindo caractersticas contbeis formais, determinadas por lei. O oramento no perdeu a sua forma de programa de operao e apresentao dos meios de financiamento desse programa, bem como no assumiu caractersticas contbeis formais, determinadas por lei. Essas so caractersticas fundamentais do oramento clssico e no de uma evoluo. Resposta: Errada 16) (CESPE Analista Tcnico-Administrativo Ministrio da Integrao - 2013) O oramento moderno, produto da evoluo do oramento pblico, consiste no demonstrativo de autorizaes do legislativo e tem como finalidade a rigidez da gesto administrativa e a reduo da despesa pblica. O gasto pblico no oramento programa deve estar vinculado a uma finalidade relacionada aos resultados das aes governamentais. No tem como
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finalidade a rigidez da gesto administrativa e a reduo da despesa pblica, ainda que isso possa ocorrer. Resposta: Errada 17) (CESPE Analista Judicirio Administrativa TRT/10 2013) O oramento-programa uma tcnica ambiciosa de conciliao entre planejamento e controle poltico na pea oramentria. sua eficcia como instrumento de controle poltico que torna difcil sua implantao, j que no h grandes dificuldades tcnicas para a sua operacionalizao. H grandes dificuldades tcnicas para a implantao do oramento programa. Uma delas a definio dos produtos finais de um programa de trabalho, j que algumas atividades tambm adicionam valores intangveis, em complemento aos fsicos. Resposta: Errada 9.6 Oramento participativo O oramento participativo no se ope ao oramento-programa. Na verdade, trata-se de um instrumento que busca romper com a viso poltica tradicional e colocar o cidado como protagonista ativo da gesto pblica. Objetiva a participao real da populao no processo de elaborao e a alocao dos recursos pblicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. Dessa forma, democratiza-se a relao Estado e sociedade e so considerados os diversos canais de participao, por meio de lideranas e audincias pblicas. O processo de oramento participativo tem a necessidade de um contnuo ajuste crtico, baseado em um princpio de autorregulao, com o intuito de aperfeioar os seus contedos democrticos e de planejamento, e assegurar a sua no estagnao. Assim, no possui uma metodologia nica. Alm disso, os problemas so diferentes de acordo com o tamanho dos municpios, principais implementadores do processo. Ressalta-se que, apesar de algumas experincias na esfera estadual, na experincia brasileira o oramento participativo foi concebido e praticado inicialmente como uma forma de gerir os recursos pblicos municipais. No nosso Pas, destaca-se a experincia da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. No h perda da participao do Legislativo e nem diretamente de legitimidade. H um aperfeioamento da etapa que se desenvolveria apenas no Executivo. No oramento participativo, a comunidade considerada parceira do Executivo no processo oramentrio. O que ocorre que muitas
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vezes desigualdades socioeconmicas tendem a criar obstculos participao dos grupos sociais desfavorecidos. Quando a deciso est nas mos de poucos, torna-se mais rpida a mudana de direo ou de opinies. Em um oramento como o participativo, so feitas vrias reunies em diversas regies para se chegar a uma concluso. Em caso de necessidade de mudanas, muito trabalhoso efetu-las. Por isso, no oramento participativo considera-se que h uma perda da flexibilidade. Ocorre uma maior rigidez na programao dos investimentos, pois se tem uma deciso compartilhada com a comunidade, ao contrrio da deciso monopolizada pelo Executivo no processo tradicional. Segundo a LRF, deve ser incentivada a participao popular e a realizao de audincias pblicas durante os processos de elaborao das leis oramentrias. No entanto, segundo a CF/1988, a iniciativa das leis oramentrias privativa do Poder Executivo. Assim, o Poder Executivo no obrigado a seguir as sugestes da populao, no entanto, deve ouvi-las.
18) (CESPE Analista Administrativo Administrao - ANTT 2013) No oramento participativo, a populao deve decidir a destinao de todos os recursos oramentrios, exceto aqueles que se vinculem com gastos de pessoal, sade, segurana e educao. No oramento participativo, a comunidade considerada parceira do Executivo no processo oramentrio. No h a obrigao de a populao decidir a destinao de todos os recursos oramentrios. Pelo contrrio, geralmente a participao em uma pequena parcela do oramento relacionada diretamente a determinada regio onde o cidado vive. Resposta: Errada 19) (CESPE - Agente Tcnico de Inteligncia Administrao - ABIN - 2010) No Brasil, vigora o oramento do tipo participativo, visto que todos os poderes e rgos da administrao direta e alguns da administrao indireta tm a prerrogativa de elaborar suas prprias propostas oramentrias. A iniciativa dos projetos dos instrumentos de planejamento e oramento sempre do Poder Executivo. No oramento participativo, a comunidade considerada parceira do Executivo no processo oramentrio. Resposta: Errada
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9.7 Outras Tcnicas O Glossrio do Tesouro Nacional apresenta ainda mais duas tcnicas, denominadas teto fixo e teto mvel. Oramento com teto fixo: critrio de alocao de recursos que consiste em estabelecer um quantitativo financeiro fixo, geralmente obtido mediante a aplicao de percentual nico sobre as despesas realizadas em determinado perodo, com base no qual os rgos/unidades devero elaborar suas propostas oramentrias parciais. Tambm conhecido, na gria oramentria, como teto burro. Oramento com teto mvel: critrio de alocao de recursos que representa uma variao do chamado teto fixo, pois trabalha com percentuais diferenciados, procurando refletir um escalonamento de prioridades entre programaes, rgos e unidades. Em gria oramentria, conhecido como teto inteligente.
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10. FUNES DE PLANEJAMENTO, GERNCIA E CONTROLE Segundo Allen Schick (1966 apud Core, 2001), todo sistema oramentrio, mesmo o mais rudimentar, compreende as funes de planejamento, gerncia e controle: Na operao dos sistemas oramentrios, raramente o planejamento, a gerncia e o controle recebem igual ateno. Na prtica, planejamento, gerncia e controle tenderam at a ser processos competitivos no oramento, sem haver uma clara diviso de funes entre os diversos participantes. (...) o mais importante talvez sejam as diferenas nas exigncias de informao dos processos de planejamento, controle e administrao. As necessidades informativas diferem em termos de perodos de tempo, nveis de agregao, ligaes com as unidades organizacionais e operacionais e no enfoque insumo-produto (...) tem havido uma forte tendncia a homogeneizar as estruturas de informao e a contar com um nico esquema de classificao, para servir a todas as necessidades do oramento. Em sua maior parte o sistema informativo foi estruturado para atender aos objetivos de controle. Ainda, toda reforma altera o equilbrio entre planejamento, gerncia e controle, mediante a atribuio de maior nfase a alguma dessas funes. A predominncia da funo controle, por exemplo, acarreta um deslocamento para o segundo plano das funes de planejamento e gerncia, que, no entanto, continuam presentes. A questo-chave o balanceamento entre essas trs orientaes ou funes com a atribuio de pesos para cada uma delas. Assim, todo o sistema oramentrio contm caractersticas de planejamento, gerncia e controle. Vamos dividir as trs funes, de acordo com o eminente autor Fabiano Core: Controle: no oramento tradicional, que caracteriza os primeiros estgios evolutivos da tcnica oramentria, a orientao predominante a do controle. Prevalece a preocupao com o cumprimento dos tetos oramentrios e o estabelecimento de limites para as unidades oramentrias no que se refere a tipos de despesas (pessoal, servios de terceiros, equipamentos etc.) e as classificaes de despesas so estruturadas com base em itens pormenorizados de objeto de gastos. Gerncia: a predominncia da orientao gerencial no processo oramentrio traduz uma preocupao maior com o trabalho a ser feito e as realizaes a serem alcanadas. As informaes so estruturadas segundo funes, projetos e atividades, evidenciando-se o trabalho ou servio a ser cumprido, com os respectivos custos. As categorias oramentrias so classificadas em termos funcionais, com mensuraes que possibilitem a avaliao do desempenho das
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atividades previstas. Essas caractersticas identificam o oramento funcional ou de desempenho. Planejamento: a orientao para o planejamento marca o advento do oramento-programa, que tem como caracterstica dominante a racionalizao do processo de fixao de polticas, mediante o manuseio de dados sobre custos e benefcios das formas alternativas de se atingir os objetivos propostos e a mensurao dos produtos para propiciar eficcia no atingimento desses objetivos.
20) (CESPE Auditor de Controle Externo TCE/ES 2012) A principal funo do oramento, na sua forma tradicional, e o controle poltico; em sua forma moderna, o oramento foca o planejamento. No oramento tradicional, que caracteriza os primeiros estgios evolutivos da tcnica oramentria, a orientao predominante a do controle. J a orientao para o planejamento marca o advento do oramento-programa, que tem como caracterstica dominante a racionalizao do processo de fixao de polticas. Resposta: Certa
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MAIS QUESTES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE
21) (CESPE Analista Judicirio Contabilidade - TRE/RJ 2012) A nfase no objeto do gasto, na classificao institucional e por elemento de despesa so caractersticas do oramento-programa. A nfase no objeto do gasto, na classificao institucional e por elemento de despesa caracterstica do oramento clssico. Resposta: Errada 22) (CESPE Auditor de Controle Externo TCE/ES 2012) A alocao dos recursos visa, no oramento tradicional, a aquisio de meios e, no oramento-programa, ao atendimento de metas e objetivos previamente definidos. Uma das diferenas: o oramento tradicional visa aquisio de meios, enquanto o oramento programa visa a objetivos e metas. Resposta: Certa 23) (CESPE Contador IPAJM 2010) O oramento moderno nasceu sob a gide do primado dos aspectos econmicos, deixando em segundo plano as questes atinentes programao. O oramento-programa, considerado o oramento moderno, tambm um instrumento de programao econmica. Resposta: Errada (CESPE Analista Economia - ECB 2011) Julgue o item subsequente, relativo s funes econmicas do governo. 24) A funo alocativa do governo se justifica pela necessidade da oferta de bens e servios desejados pela sociedade, mas que no so provisionados pelo sistema de mercado. A funo alocativa visa promoo de ajustamentos na alocao de recursos. o Estado oferecendo determinados bens e servios necessrios e desejados pela sociedade, porm que no so providos pela iniciativa privada. Resposta: Certa 25) (CESPE Contador IPAJM 2010) O oramento tradicional, ao colocar em segundo plano os aspectos jurdicos, desconsiderava o critrio da neutralidade. O oramento tradicional uma pea meramente contbil financeira , sem
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nenhuma espcie de planejamento das aes do governo, onde prevalece o aspecto jurdico do oramento em detrimento do aspecto econmico, o qual possui funo secundria. Almeja-se a neutralidade e a busca pelo equilbrio financeiro. Logo, o oramento tradicional, ao colocar em primeiro plano os aspectos jurdicos, considerava o critrio da neutralidade. Resposta: Errada 26) (CESPE Administrador Ministrio da Previdncia Social 2010) A execuo oramentria no Brasil, representada pelo modelo gerencial, caracteriza-se pelo controle rgido do objeto dos gastos, independentemente da consecuo dos objetivos e das metas. A execuo oramentria no Brasil, representada pelo modelo gerencial do oramento programa, enfatiza o objetivo do gasto e os resultados. O oramento tradicional que se caracteriza pelo controle rgido do objeto dos gastos, independentemente da consecuo dos objetivos e das metas. Resposta: Errada 27) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) O oramento tradicional tinha como funo principal a de possibilitar ao parlamento discutir com o rgo de execuo as formas de planejamento relacionadas aos programas de governo, visando ao melhor aproveitamento dos recursos, com base nos aspectos relativos a custo/benefcio. O oramento tradicional no se preocupava com o planejamento ou com os resultados. Resposta: Errada 28) (CESPE - Tcnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) O oramento-programa tem seus principais critrios de classificao so as classificaes institucional e funcional. O oramento programa tem como principais critrios de classificao a funcional e programtica. Resposta: Errada 29) (CESPE Contador IPAJM 2010) No oramento-programa, a alocao dos recursos est dissociada da consecuo dos objetivos. No oramento-programa, a alocao dos recursos est associada a consecuo dos objetivos. Resposta: Errada
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30) (CESPE - Contador Min Sade 2010) Uma das diferenas essenciais entre o oramento tradicional e oramento-programa diz respeito ao planejamento. Enquanto o oramento tradicional o elo entre o planejamento e as funes executivas da organizao, no oramento-programa, os processos de planejamento e programao so dissociados. Uma das diferenas essenciais entre o oramento tradicional e oramento-programa diz respeito ao planejamento. Enquanto o oramento-programa o elo entre o planejamento e as funes executivas da organizao, no oramento tradicional os processos de planejamento e programao so dissociados. Resposta: Errada 31) (CESPE Oficial Tcnico de Inteligncia Planej Estrat. - ABIN 2010) O oramento base-zero deve ser desenvolvido de forma isolada, com base nas peculiaridades de cada rea a ser atendida. O processo do oramento de base zero concentra a ateno na anlise de objetivos e necessidades, o que requer que cada administrador justifique seu oramento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta, aumentando a participao dos gerentes de todos os nveis no planejamento das atividades e na elaborao dos oramentos. Resposta: Errada 32) (CESPE Inspetor de Controle Externo TCE/RN 2009) O oramento participativo, que apresenta vantagens inegveis do ponto de vista da alocao de recursos segundo as demandas sociais existentes, no utilizado no mbito do governo federal. Apesar de algumas experincias na esfera estadual, na experincia brasileira o Oramento Participativo foi concebido e praticado inicialmente como uma forma de gerir os recursos pblicos municipais. Resposta: Certa (CESPE - Analista Judicirio Administrao - TRE/BA - 2010) Um dos objetivos estratgicos do TRE/BA consiste em aprimorar a comunicao com o pblico externo. Para tanto, o plano de atuao institucional do Tribunal estabeleceu como objetivo: Aprimorar a comunicao com o pblico externo, com linguagem clara e acessvel, disponibilizando, com transparncia, informaes sobre o papel, as aes e as iniciativas do TRE/BA, o andamento processual, os atos judiciais e administrativos, os dados oramentrios e de desempenho operacional. Internet: (com adaptaes).
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Tendo como referncia o texto acima, julgue o item seguinte acerca de planejamento e transparncia de informaes oramentrias. 33) O oramento-programa permite a alocao de recursos visando consecuo de objetivos e metas, alm da estrutura do oramento ser direcionada para os aspectos administrativos e de planejamento, o que vai ao encontro do planejamento e da gesto estratgica do TRE/BA. O oramento-programa um instrumento de planejamento da ao do governo, por meio da identificao dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e previso dos custos relacionados. Permite a alocao de recursos visando consecuo de objetivos e metas, alm da estrutura do oramento ser direcionada para os aspectos administrativos e de planejamento, o que vai ao encontro do planejamento e da gesto estratgica do TRE/BA. Resposta: Certa 34) (CESPE Analista Judicirio Administrao TJCE - 2008) A proposta oramentria para 2009, em tramitao no Congresso, poder servir de experimento para uma iniciativa que a Comisso Mista de Oramento quer adotar nos prximos anos: o oramento federal participativo. A principal caracterstica desse tipo de oramento a participao direta da populao na definio das prioridades para a obteno da receita e para as despesas correntes obrigatrias. Ainda que o oramento participativo alcanasse o nvel federal, a principal caracterstica desse tipo de oramento a participao direta da populao na definio das prioridades na fase de elaborao, no que se refere s despesas discricionrias. A populao no opina na obteno da receita, tampouco para as despesas obrigatrias. Resposta: Errada 35) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) Oramento programa possui medidas de desempenho com a finalidade de medir as realizaes, os esforos despendidos na execuo do oramento e a responsabilidade pela sua execuo. Por meio do oramento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a quantificao de metas, com a consequente formalizao de programas visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. As medidas de desempenho tm diversas finalidades, como a medio de realizaes, os esforos despendidos na execuo do oramento e a responsabilidade pela sua execuo. Resposta: Certa
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36) (CESPE Analista Administrativo ANTAQ 2009) A necessidade de definio clara e precisa dos objetivos governamentais condio bsica para a adoo do oramento-programa. No caso, por exemplo, de tornar-se um rio navegvel, sero necessrias indicaes sobre os resultados substantivos do programa, que envolvero informaes, tais como reduo no custo do transporte e diminuio dos acidentes e das perdas com a carga. O oramento-programa tem como foco os fins, o objetivo do gasto. Por isso, no basta apenas ter como meta tornar um rio navegvel. So necessrias indicaes sobre os resultados substantivos do programa, com os respectivos benefcios para a sociedade. Resposta: Certa 37) (CESPE Procurador Federal AGU 2010) Tratando-se de oramento participativo, a iniciativa de apresentao do projeto de lei oramentria cabe a parcela da sociedade, a qual o encaminha para o Poder Legislativo. O oramento participativo visa participao real da populao no processo de elaborao e a alocao dos recursos pblicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. H um aperfeioamento da etapa que se desenvolveria apenas no Executivo. No oramento participativo, a comunidade considerada a parceira do Executivo no processo oramentrio. A iniciativa de apresentao do projeto de lei oramentria permanece com o Poder Executivo. Resposta: Errada 38) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) Oramento programa tem como caracterstica a no existncia de direitos adquiridos em relao aos recursos autorizados no oramento anterior, devendo ser justificadas todas as atividades a serem desenvolvidas no exerccio corrente. O Oramento Base Zero tem como caracterstica a no existncia de direitos adquiridos em relao aos recursos autorizados no oramento anterior, devendo ser justificadas todas as atividades a serem desenvolvidas no exerccio corrente. Resposta: Errada 39) (CESPE Analista Judicirio TST 2008) O oramento pblico passa a ser utilizado sistematicamente como instrumento da poltica fiscal do governo a partir da dcada de 30 do sculo XX, por influncia da doutrina keynesiana, tendo funo relevante nas polticas de estabilizao da economia, na reduo ou expanso do nvel de atividade.
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J no sculo XX, a partir da dcada de 30, no momento que o capitalismo vivia uma de suas mais graves crises, o economista britnico John Maynard Keynes revisou as teorias liberais de Adam Smith, principalmente no que se refere a no interveno do Estado na economia. A doutrina Keynesiana passou a reconhecer o oramento pblico como instrumento a ser utilizado sistematicamente para o alcance da poltica fiscal, com vistas estabilizao, expanso ou retrao da atividade econmica. Resposta: Certa 40) (CESPE - Analista Judicirio STF - 2008) A adoo do oramento moderno est associada concepo do modelo de Estado que, desde antes do final do sculo XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura de neutralidade, prpria do laissez-faire, e passa a ser mais intervencionista, no sentido de corrigir as imperfeies do mercado e promover o desenvolvimento econmico. Antes do final do sculo XIX, percebe-se que o Oramento elaborado com base na neutralidade no mais atendia s necessidades do Estado. Desenvolveu-se a tese de um Oramento moderno, o qual deveria ser um instrumento de administrao. Resposta: Certa 41) (CESPE Oficial Tcnico de Inteligncia Planej Estrat. - ABIN 2010) Na elaborao do oramento base-zero, possvel alterar a responsabilidade da carga de trabalho, a partir de uma base-zero, prescindindo-se da anlise do custo-benefcio de todos os projetos, processos e atividades. No oramento de base zero so confrontados os novos programas pretendidos com os programas em execuo, sua continuidade e suas alteraes. Isso faz com que os gerentes de todos os nveis avaliem melhor as prioridades, confrontando-se incrementos pela ponderao de custos e benefcios, a fim de que ocorra uma aplicao eficiente das dotaes em suas atividades. Assim, no h como prescindir (dispensar) da anlise do custo-benefcio de todos os projetos, processos e atividades. Resposta: Errada 42) (CESPE Contador IPAJM 2010) Foi particularmente a partir da revoluo keynesiana que o oramento passou a ser concebido como instrumento de poltica fiscal, com vistas estabilizao, expanso ou retrao da atividade econmica. J no sculo XX, a partir da dcada de 30, no momento que o capitalismo vivia uma de suas mais graves crises, o economista britnico John Maynard Keynes revisou as teorias liberais de Adam Smith, principalmente no que se refere a
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no interveno do Estado na economia. A doutrina Keynesiana passou a reconhecer o oramento pblico como instrumento a ser utilizado sistematicamente para o alcance da poltica fiscal, com vistas estabilizao, expanso ou retrao da atividade econmica. Resposta: Certa 43) (CESPE - Analista Judicirio STF - 2008) Com a Constituio de 1891, que se seguiu Proclamao da Repblica, a elaborao da proposta oramentria passou a ser privativa do Poder Executivo, competncia que foi transferida para o Congresso Nacional somente na Constituio de 1934. Com a Constituio de 1891, que se seguiu Proclamao da Repblica, a elaborao da proposta oramentria passou a ser privativa do Congresso Nacional, competncia que foi compartilhada com o Poder Executivo somente na Constituio de 1934. Resposta: Errada 44) (CESPE - Gesto Econmico-Financeira e de Custos- Min. da Sade-2008) As superestimativas de receita na proposta oramentria somente so possveis porque a lei oramentria anual tem o carter autorizativo. O intuito de superestimar a receita da LOA para aumentar tambm a despesa, acomodando interesses polticos, j que pelo princpio do equilbrio, os valores totais de receitas e despesas devem ser iguais. As superestimativas de receita em uma proposta oramentria somente so possveis porque a LOA tem o carter autorizativo, ou seja, no existe obrigatoriedade de execuo das despesas consignadas. Caso a LOA tivesse carter impositivo, todas as despesas deveriam ser necessariamente executadas, logo no seria possvel criar receitas fictcias que no se efetivariam para cobrir as despesas. Resposta: Certa 45) (CESPE Oficial Tcnico de Inteligncia Administrao - ABIN 2010) De acordo com a concepo tradicional, o oramento pblico caracterizado como mero inventrio dos meios com os quais o Estado conta para cumprir suas tarefas, sendo as funes de alocao, distribuio e estabilizao relegadas a segundo plano. O oramento tradicional uma pea meramente contbil financeira, sem nenhuma espcie de planejamento das aes do Governo, onde prevalece o aspecto jurdico do oramento em detrimento do aspecto econmico, o qual possui funo secundria. Almeja-se a neutralidade e a busca pelo equilbrio financeiro. As funes de alocao, distribuio e estabilizao ficam em segundo plano. Portanto, o oramento tradicional somente um documento de
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previso de receita e de autorizao de despesas. Resposta: Certa 46) (CESPE - Agente Tcnico de Inteligncia - Administrao - ABIN - 2010) A ao do governo por meio da poltica fiscal abrange as funes alocativa, distributiva e fiscalizadora. O Governo desenvolve funes com objetivos especficos, porm relacionados, utilizando os instrumentos de interveno de que dispe o Estado. A classificao cobrada em concursos a de Richard Musgrave (1974), a qual se tornou clssica. Ele props uma classificao denominada de funes fiscais. Entretanto, considerando o oramento como principal instrumento de ao do Estado na economia, o prprio autor as considera tambm como as prprias funes do oramento: alocativa, distributiva e estabilizadora. Resposta: Errada 47) (CESPE - AUFC - TCU - 2008) A teoria de finanas pblicas consagra ao Estado o desempenho de trs funes primordiais: alocativa, distributiva, e estabilizadora. A funo distributiva deriva da incapacidade do mercado de suprir a sociedade de bens e servios de consumo coletivo. Como esses bens e servios so indispensveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos de seu oramento para produzi-los e satisfazer sua demanda. A funo alocativa visa promoo de ajustamentos na alocao de recursos. o Estado oferecendo determinados bens e servios necessrios e desejados pela sociedade, porm que no so providos pela iniciativa privada. O setor pblico pode atuar produzindo diretamente os produtos e servios ou via mecanismos que propiciem condies para que sejam viabilizados pelo setor privado. Assim, a funo alocativa deriva da incapacidade do mercado de suprir a sociedade de bens e servios de consumo coletivo. Como esses bens e servios so indispensveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos de seu oramento para produzi-los e satisfazer sua demanda. Resposta: Errada 48) (CESPE - Gesto de oramento e finanas - IPEA - 2008) Aps a Segunda Guerra Mundial, os dficits pblicos excessivamente altos e a crise econmica mundial levaram assinatura do Acordo de Bretton Woods e criao do Banco Mundial e do Fundo Monetrio Internacional (FMI). correto afirmar que, nessas circunstncias, a maior preocupao dos formuladores de polticas pblicas devia ser com a funo alocativa dos governos. Em situaes de crise econmica, a maior preocupao dos formuladores de polticas pblicas deveria ser com a funo estabilizadora dos governos. O
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campo de atuao dessa funo principalmente a manuteno de elevado nvel de emprego e a estabilidade nos nveis de preos. Destaca-se ainda a busca do equilbrio no balano de pagamentos e de razovel taxa de crescimento econmico. Resposta: Errada 49) (CESPE - Analista Judicirio - TST - 2008) A utilizao da poltica oramentria para os propsitos de estabilizao econmica implica promover ajustes no nvel da demanda agregada, expandindo-a ou restringindo-a, e provocando a ocorrncia de dficits ou supervits. O mecanismo bsico da estabilizao a atuao sobre a demanda agregada, que representa a quantidade de bens ou servios que a totalidade dos consumidores deseja e est disposta a adquirir por determinado preo e em determinado perodo. Assim, a funo estabilizadora age na demanda agregada de forma a aument-la ou diminu-la, provocando a ocorrncia de dficits ou supervits. Resposta: Certa 50) (CESPE Analista Judicirio TST 2008) A principal caracterstica do oramento-programa, em contraposio com os oramentos tradicionais, a nfase no objetivo e no no objeto do gasto. Em organizaes mais simples, que desempenham uma nica funo, a indicao do objeto do gasto ou a natureza da despesa suficiente para se identificar, ainda que indiretamente, o objetivo dos dispndios realizados pela unidade responsvel. A principal caracterstica do oramento-programa a nfase no objetivo do gasto. Em alguns casos, a definio do objeto do gasto suficiente para se identificar, ainda que indiretamente, o objetivo dos dispndios realizados pela unidade responsvel, como por exemplo, nas aes ligadas ao funcionamento de um rgo com estrutura mais simples. Resposta: Certa 51) (CESPE Consultor do Executivo SEFAZ/ES 2010) A interveno do Estado na economia, justificada pela funo distributiva, tem por objetivo complementar a ao privada, por meio do oramento pblico, com investimentos em infraestrutura e proviso de bens meritrios. A interveno do Estado na economia, justificada pela funo alocativa, tem por objetivo complementar a ao privada, por meio do oramento pblico, com investimentos em infraestrutura e proviso de bens meritrios. Resposta: Errada 52) (CESPE Oficial Tcnico de Inteligncia Planej Estrat. - ABIN
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2010) Identificam-se duas vantagens na implementao do oramento base-zero: a rapidez de elaborao e a facilidade de execuo. Incluem-se entre as desvantagens do Oramento de Base-zero a dificuldade, a lentido e o alto o custo da elaborao. Resposta: Errada 53) (CESPE - Analista Ambiental - Administrao e Planejamento - MMA - 2008) O oramento base-zero caracteriza-se como um modelo do tipo racional, em que as decises so voltadas para a maximizao da eficincia na alocao dos recursos pblicos. Adota-se, como procedimento bsico, o questionamento de todos os programas em execuo, sua continuidade e possveis alteraes, em confronto com novos programas pretendidos. Na abordagem do oramento de base-zero, na fase de elaborao da proposta oramentria, haver um questionamento acerca das reais necessidades de cada rea, no havendo compromisso com qualquer montante inicial de dotao. So confrontados os novos programas pretendidos com os programas em execuo, sua continuidade e suas alteraes. Isso faz com que os gerentes de todos os nveis avaliem melhor a aplicao eficiente das dotaes em suas atividades. Resposta: Certa 54) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) De acordo com o conceito de oramento-programa, devem-se valorizar o gasto pblico e o que o governo adquire, em detrimento do que se pretende realizar. O oramento tradicional que valoriza o que se adquire, ou seja, o objeto do gasto. J o oramento programa privilegia o objetivo do gasto, ou seja, o que se pretende realizar. Resposta: Errada 55) (CESPE Analista Judicirio TST 2008) O oramento-programa se diferencia do oramento incremental pelo fato de que este ltimo pressupe uma reviso contnua da estrutura bsica dos programas, com aumento ou diminuio dos respectivos valores. O oramento-programa se diferencia do oramento incremental pelo fato de que o primeiro pressupe uma reviso contnua da estrutura bsica dos programas, com aumento ou diminuio dos respectivos valores. Resposta: Errada 56) (CESPE - AUFC - TCU - 2008) Entre as maiores restries apontadas em relao ao chamado oramento participativo, destacam-
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se a pouca legitimidade, haja vista a perda de participao do Poder Legislativo, e a maior flexibilidade na programao dos investimentos. No oramento participativo considera-se que h uma perda da flexibilidade. Ocorre uma maior rigidez na programao dos investimentos, pois se tem uma deciso compartilhada com a comunidade, ao contrrio da deciso monopolizada pelo Executivo no processo tradicional. Ainda, no h perda da participao do Legislativo e nem diretamente de legitimidade. Resposta: Errada 57) (CESPE Administrador Ministrio da Previdncia Social 2010) Para os crticos da concepo do oramento integrado ao planejamento, gera-se forte tendncia perpetuao de programas e preservao dos recursos assegurados ao longo do tempo. Quanto mais intenso e acelerado for o incrementalismo oramentrio, mais essa tendncia inrcia se acentua. O oramento integrado ao planejamento evita o incrementalismo. No oramento tradicional, desvinculado do planejamento, que se gera forte tendncia perpetuao de programas e preservao dos recursos assegurados ao longo do tempo. Quanto mais intenso e acelerado for o incrementalismo oramentrio, mais essa tendncia inrcia se acentua. Resposta: Errada 58) (CESPE - Tcnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) O oramento-programa, tambm conhecido como oramento clssico, possui apenas uma dimenso explicitada do oramento. Todos os programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo oramentrio. O oramento tradicional, tambm conhecido como oramento clssico, possui apenas uma dimenso explicitada do oramento. Ainda, no Oramento de Base Zero que todos os programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo oramentrio. Resposta: Errada 59) (CESPE Tcnico Administrativo ANTAQ 2009) O oramento de desempenho, tambm identificado como oramento moderno, aquele elaborado com base nos programas de trabalho de governo que sero executados durante o exerccio financeiro. O oramento de desempenho se caracteriza pela apresentao de dois quesitos: o objeto de gasto (secundrio) e um programa de trabalho contendo as aes desenvolvidas. No entanto, o oramento identificado como moderno o oramento-programa. Resposta: Errada
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60) (CESPE Administrador Ministrio da Previdncia Social 2010) Uma das vantagens apontadas com a adoo do oramento participativo a sua maior legitimidade, com a substituio do Poder Legislativo pela participao direta da comunidade nas decises sobre a alocao das dotaes. Uma das vantagens apontadas com a adoo do oramento participativo a sua maior legitimidade, porm a participao direta da comunidade nas decises sobre a alocao das dotaes no substitui o Poder Legislativo. Resposta: Errada (CESPE Analista Economia - ECB 2011) Julgue o item subsequente, relativo s funes econmicas do governo. 61) Em ocasies em que o desemprego prevalece, a atuao do governo no sentido de aumentar o nvel de demanda no mercado com a recolocao da produo no pleno emprego um exemplo de aplicao da funo distributiva do Estado. Em ocasies em que o desemprego prevalece, a atuao do governo no sentido de aumentar o nvel de demanda no mercado com a recolocao da produo no pleno emprego um exemplo de aplicao da funo estabilizadora do Estado. Resposta: Errada 62) (CESPE - Tcnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) Em relao ao oramento-programa, na elaborao do oramento so considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exerccio. Prefeito. Na elaborao do oramento-programa so considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exerccio. Resposta: Certa 63) (CESPE Auditor de Controle Externo Contbeis - TCE/ES 2012) O oramento-programa consagra o principio de que o gasto pblico deve estar vinculado a uma finalidade. O gasto pblico no oramento programa deve estar vinculado a uma finalidade. O oramento-programa um instrumento de planejamento da ao do governo, por meio da identificao dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e previso dos custos relacionados. Resposta: Certa
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uma utilizao intensiva de recursos ociosos esterilizados por agentes econmicos privados. Para Keynes, em momento de retrao econmica, quando as empresas tendem a investir cada vez menos, piorando cada vez mais a crise, o Estado deveria aumentar seus gastos para aquecer a economia, por meio, por exemplo, de aumento dos investimentos e das linhas de concesso de crdito. Nesse caso, o aumento dos gastos acarretaria em endividamento pblico e na flexibilizao do princpio do equilbrio, pois o oramento desequilibrado seria necessrio para superar a crise. Resposta: Certa 67) (CESPE Analista Economia - ECB 2011) Em uma economia de livre mercado, sem a interferncia do governo, fatores como a oportunidade educacional, a habilidade individual e a propriedade dos fatores de produo permitem garantir uma distribuio mais igualitria da riqueza gerada pelo sistema econmico. Uma economia de livre mercado no garante uma distribuio mais igualitria da riqueza gerada pelo sistema econmico. por isso que existe a funo distributiva, a qual visa promoo de ajustamentos na distribuio de renda. Ela surge em virtude da necessidade de correes das falhas de mercado, inerentes ao sistema capitalista, contrabalanceando equidade e eficincia. Resposta: Errada 68) (CESPE Especialista FNDE 2012) Quando usado como instrumento de planejamento governamental, os recursos so alocados no oramento visando consecuo de objetivos e metas previamente estabelecidas. O oramento-programa um instrumento de planejamento da ao do Governo, por meio da identificao dos seus programas de trabalho, projetos e ativid