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Aula 04 RETA FINAL - 1000 Questões Comentadas de Execução Orçamentária e Financeira p/ TCU - Técnico Professor: Sérgio Mendes

AFO - E - SM - RF -A04

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Execução orçamentaria e financeira

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    RETA FINAL - 1000 Questes Comentadas de Execuo Oramentria e Financeira p/TCU - Tcnico

    Professor: Srgio Mendes

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    AULA 4: Lei de Responsabilidade Fiscal - Parte V APRESENTAO DO TEMA

    SUMRIO

    APRESENTAO DO TEMA ........................................................................ 1

    1. DVIDA PBLICA ................................................................................. 3

    1.1. Definies ........................................................................................ 3

    1.2. Competncias .................................................................................. 9

    1.3. Limites ao Endividamento ................................................................. 10

    1.4. Reconduo da Dvida aos Limites ..................................................... 11

    1.5. Excees aos Prazos para Reconduo da Dvida aos Limites................. 12

    2. OPERAES DE CRDITO .................................................................... 16

    2.1. Regras Gerais para as Operaes de Crdito ....................................... 16

    2.2. Das Operaes de Crdito por Antecipao de Receita Oramentria ...... 17

    3. VEDAES ........................................................................................ 22

    4. BANCO CENTRAL DO BRASIL ............................................................... 26

    4.1. BACEN e suas Operaes na LRF ....................................................... 26

    4.2. Outras Consideraes sobre o BACEN ................................................. 26

    5. GARANTIA E CONTRAGARANTIA ........................................................... 29

    6. REGRA DE OURO ................................................................................ 32

    MAIS QUESTES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE ............................ 36

    MEMENTO IV ......................................................................................... 47

    LISTA DE QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ...................................... 53

    GABARITOS ........................................................................................... 64

    Ol amigos! Como bom estar aqui! Nesta ltima aula sobre LRF abordaremos os tpicos que eu, particularmente, considero a parte mais difcil do curso. Entretanto, isso no motivo para desistirmos. Vamos com tudo pra cima da LRF! O ponto positivo que nessa parte impera a letra fria da Lei, ou seja, as bancas cobram exatamente como est escrito na LRF, sem muitos rodeios.

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    Estudaremos nesta aula os temas da Lei de Responsabilidade Fiscal que ainda no foram abordados ao longo do nosso curso, relacionados dvida pblica. Ao final deste encontro chegaremos a impressionante marca de centenas de questes DSHQDVGH/5)eWHRULDFRPSOHWDHPXLWDSUiWLFD9DLHVWDUDILDGRpara a prova! Aproveito a oportunidade para informar sobre a 5 edio do meu livro: Administrao Financeira e Oramentria, Teoria e Questes, Srgio Mendes, Editora Mtodo, 2015. O livro j est disponvel nas melhores livrarias de todo o pas.

    E vamos comear nossa aula!

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    1. DVIDA PBLICA 1.1. Definies A dvida pblica a decorrncia natural dos emprstimos. So consideradas fundamentais para o equilbrio entre receitas e despesas, em virtude de seu potencial para causar danos s contas pblicas. O assunto to importante que o art. 34 da CF/1988 dispe que a Unio no intervir nos estados nem no Distrito Federal, exceto, entre outros motivos, para reorganizar as finanas da unidade da Federao que suspender o pagamento da dvida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de fora maior; ou deixar de entregar aos municpios receitas tributrias fixadas na Constituio, dentro dos prazos estabelecidos em lei. Quanto origem, a dvida pblica se subdivide em dvida interna e dvida externa. J quanto durao, subdivide-se em flutuante ou fundada. Esta ltima classificao que mais interessa ao Direito Financeiro/Oramento Pblico, por terem definies na Lei 4320/1964 e na Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com o art. 92 da Lei 4.320/1964, a dvida flutuante compreende:

    x Os restos a pagar, excludos os servios da dvida. x Os servios da dvida a pagar (parcelas de amortizao e juros da dvida

    fundada). x Os depsitos.

    x Os dbitos de tesouraria (operaes de crdito por antecipao de receita).

    Consoante o art. 98, a dvida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses, contrados para atender o desequilbrio oramentrio ou financeiro de obras e servios pblicos. O Decreto 93.872/1986 mais abrangente. Segundo o art. 115, a dvida pblica abrange a dvida flutuante e a dvida fundada ou consolidada. A dvida flutuante compreende os compromissos exigveis, cujo pagamento independe de autorizao oramentria, assim entendidos:

    x Os restos a pagar, excludos os servios da dvida. x Os servios da dvida.

    x Os depsitos, inclusive consignaes em folha. x As operaes de crdito por antecipao de receita.

    x O papel-moeda ou moeda fiduciria. J a dvida fundada ou consolidada compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses contrados mediante emisso de ttulos ou celebrao de contratos para atender a desequilbrio oramentrio, ou a

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    financiamento de obras e servios pblicos, e que dependam de autorizao legislativa para amortizao ou resgate.

    A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu regras mais rgidas para o endividamento pblico, at mesmo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964 e do Decreto 93.872/1986. A LRF adota no art. 29 as definies relacionadas ao crdito pblico e ao endividamento. A dvida pblica consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a 12 meses. Tambm ser includa na dvida pblica consolidada da Unio a relativa emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as operaes de crdito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado do oramento. Ainda, para fins de aplicao dos limites ao endividamento, os precatrios judiciais no pagos durante a execuo do oramento em que houverem sido includos integram a dvida consolidada.

    Integram a Dvida Pblica Consolidada

    ou Fundada

    Amortizao em prazo superior a 12 meses; A relativa emisso de ttulos de responsabilidade

    do BACEN e as operaes de crdito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado da LOA; Para fins de aplicao dos limites ao endividamento,

    os precatrios judiciais no pagos durante a execuo do oramento em que houverem sido includos.

    A dvida pblica mobiliria aquela representada por ttulos emitidos pela Unio, inclusive os do Banco Central do Brasil, dos estados e dos municpios. uma especificao da dvida consolidada geral para que ocorra um maior controle. Considera-se operao de crdito o compromisso financeiro assumido em razo de mtuo, abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo, aquisio financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e servios, arrendamento mercantil e outras operaes assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. Equiparam-se operao de crdito a assuno, o reconhecimento ou a confisso de dvidas pelo ente da Federao, sem prejuzo do cumprimento das exigncias dos arts. 15 e 16 da LRF, relacionados gerao de despesa.

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    A concesso de garantia corresponde a compromisso de adimplncia de obrigao financeira ou contratual assumida por ente da Federao ou entidade a ele vinculada. O refinanciamento da dvida mobiliria corresponde emisso de ttulos para pagamento do principal acrescido da atualizao monetria. O refinanciamento do principal da dvida mobiliria no exceder, ao trmino de cada exerccio financeiro, o montante do final do exerccio anterior, somado ao das operaes de crdito autorizadas no oramento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualizao monetria. Nas restries s despesas de pessoal, se no alcanada a reduo no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente no poder contratar, entre outros, operaes de crdito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dvida mobiliria e as que visem reduo das despesas com pessoal. A Resoluo do Senado Federal 43/2001 acrescenta que a dvida consolidada lquida a dvida pblica consolidada deduzidas as disponibilidades de caixa, as aplicaes financeiras e os demais haveres financeiros.

    1) (CESPE Analista Administrativo Direito - ANTT 2013) So consideradas no montante da dvida pblica consolidada ou fundada as obrigaes financeiras do ente da Federao assumidas por contrato ou convnio, cuja amortizao deve se dar em at doze meses. A dvida pblica consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses (art. 29, I, da LRF). Resposta: Errada 2) (CESPE Analista - Planejamento e Oramento - MPU 2013) Integra a dvida pblica consolidada da Unio a dvida relativa emisso de ttulos de responsabilidade do BACEN. Ser includa na dvida pblica consolidada da Unio a relativa emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil (art. 29, 2, da LRF). Resposta: Certa 3) (CESPE Analista Finanas e Controle - MPU 2013) Para fins de ajustes da dvida pblica consolidada aos limites fixados, os

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    precatrios liquidados durante a previso do oramento bem como os precatrios no pagos no devem ser includos no montante da dvida consolidada. Os precatrios judiciais no pagos durante a execuo do oramento em que houverem sido includos integram a dvida consolidada, para fins de aplicao dos limites (art. 30, 7, da LRF). Resposta: Errada 4) (CESPE Tcnico Cientfico Direito Banco da Amaznia - 2012) Define-se dvida pblica consolidada ou fundada como o montante total das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de abertura de crdito, para amortizao em prazo inferior a doze meses. A dvida fundada ou consolidada compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses contrados mediante emisso de ttulos ou celebrao de contratos para atender a desequilbrio oramentrio, ou a financiamento de obras e servios pblicos, e que dependam de autorizao legislativa para amortizao ou resgate. Resposta: Errada 5) (CESPE Tcnico FNDE 2012) Os restos a pagar, assim como os servios da divida a pagar, integra a divida flutuante. De acordo com o art. 92 da Lei 4.320/1964, a dvida flutuante compreende: _ Os restos a pagar, excludos os servios da dvida. _ Os servios da dvida a pagar (parcelas de amortizao e juros da dvida fundada). _ Os depsitos. _ Os dbitos de tesouraria (operaes de crdito por antecipao de receita). Resposta: Certa 6) (CESPE Procurador ALES 2011) A dvida ativa contm as obrigaes financeiras da fazenda pblica e classifica-se, quanto origem, em interna ou externa e, quanto durao, em flutuante ou fundada. Quanto origem, a dvida pblica se subdivide em dvida interna e dvida externa. J quanto durao, subdivide-se em flutuante ou fundada. A dvida ativa no se confunde com a dvida pblica (passiva), que representa as obrigaes do ente pblico para com terceiros. A dvida ativa abrange os crditos a favor da Fazenda Pblica, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por no terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. Resposta: Errada

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    7) (CESPE Procurador ALES 2011) A Lei n. 4.320/1964, diploma legal sobre normas gerais de direito financeiro, recepcionada pela CF como lei complementar at a edio da norma prevista em seu art. 165, 9., teve alguns de seus conceitos e procedimentos alterados ou acrescidos pela LRF. Nesse sentido, correto afirmar que a LRF incluiu no conceito de dvida fundada no s as dvidas com prazo de resgate superior a doze meses, como conceituado pela Lei n. 4.320/1964, mas tambm aquelas inferiores a doze meses cujas receitas tenham constado do oramento. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu regras mais rgidas para o endividamento pblico, at mesmo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964 e do Decreto 93.872/1986. De acordo com a LRF, a dvida pblica consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a 12 meses. Tambm ser includa na dvida pblica consolidada da Unio a relativa emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as operaes de crdito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado do oramento. Resposta: Certa 8) (CESPE Consultor do Executivo SEFAZ/ES 2010) A dvida fundada refere-se ao montante, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do estado do Esprito Santo, assumida em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados. Refere-se, tambm, s obrigaes decorrentes de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a 12 meses. A dvida pblica consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao (como o Estado do Esprito Santo), assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses. Segundo a LRF, so entes da federao: a Unio, cada Estado, o Distrito Federal e cada Municpio. Resposta: Certa 9) (CESPE Auditor de Controle Externo TCDF 2012) A dvida pblica, que representa o montante das obrigaes financeiras do Estado, pode ser classificada quanto origem em fundada e flutuante. Quanto origem, a dvida pblica se subdivide em dvida interna e dvida externa. J quanto durao, subdivide-se em flutuante ou fundada.

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    Resposta: Errada 10) (CESPE Consultor de Oramentos Cmara dos Deputados 2014) A emisso de ttulos de responsabilidade do Banco do Brasil S. A. ser includa na dvida pblica consolidada da Unio. Tambm ser includa na dvida pblica consolidada da Unio a relativa emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as operaes de crdito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado do oramento. O Banco Central do Brasil (BACEN), criado pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, uma autarquia federal, vinculada ao Ministrio da Fazenda, que tem por misso assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro slido e eficiente. No se confunde com o Banco do Brasil S.A. (BB), que uma instituio financeira constituda na forma de sociedade de economia mista. Resposta: Errada

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    1.2. Competncias Sobre o montante da dvida pblica brasileira, a CF/1988 atribuiu competncias ao Congresso Nacional e separadamente ao Senado Federal. Cabe ao Congresso Nacional, com a sano do Presidente da Repblica, dispor sobre matria financeira, cambial e monetria, instituies financeiras e suas operaes; bem como sobre moeda, seus limites de emisso, e montante da dvida mobiliria federal. Ateno: da competncia exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da Repblica e apreciar os relatrios sobre a execuo dos planos de governo (art. 49, IX, da CF/1988).

    Compete privativamente ao Senado Federal:

    (por meio de resoluo) x Autorizar operaes externas de natureza financeira, de interesse da

    Unio, dos estados, do Distrito Federal, dos Territrios e dos municpios. x Fixar, por proposta do Presidente da Repblica, limites globais para o

    montante da dvida consolidada da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios. x Dispor sobre limites globais e condies para as operaes de crdito

    externo e interno da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Pblico federal. x Dispor sobre limites e condies para a concesso de garantia da Unio

    em operaes de crdito externo e interno. x Estabelecer limites globais e condies para o montante da dvida

    mobiliria dos estados, do Distrito Federal e dos municpios. 03373595126

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    1.3. Limites ao Endividamento Os limites para a dvida pblica, operaes de crdito e concesso de garantia sero fixados em percentual da receita corrente lquida para cada esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federao que a integrem, constituindo, para cada um deles, limites mximos. Para fins de verificao do atendimento do limite, a apurao do montante da dvida consolidada ser efetuada ao final de cada quadrimestre. Exceo se d para os municpios com populao inferior a 50 mil habitantes, que podem usufruir de regras especiais de aplicao das determinaes constantes na LRF, entre as quais se inclui a apurao semestral dos limites da dvida consolidada. A mesma exceo ocorre na apurao das despesas com pessoal. Sero estabelecidos pelo Senado Federal por proposta do Chefe do Poder Executivo da Unio, enviada 90 dias aps a publicao da LRF (art. 30, I, da LRF):

    x Limites globais para o montante da dvida consolidada da Unio, Estados e Municpios e de limites e condies relativos s operaes de crdito externo e interno da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Pblico federal. x Concesso de garantia da Unio em operaes de crdito externo e

    interno e montante da dvida mobiliria dos estados, do Distrito Federal e dos municpios.

    Os limites para o montante da dvida mobiliria federal sero estabelecidos pelo Congresso Nacional, mediante projeto de lei encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo da Unio, enviado tambm 90 dias aps a publicao da LRF (art. 30, II, da LRF). As propostas tambm podero ser apresentadas em termos de dvida lquida, evidenciando a forma e a metodologia de sua apurao. Sempre que alterados os fundamentos das propostas enviadas ao Senado Federal (no caso do art. 30, I, da LRF) ou ao Congresso Nacional (no caso do art. 30, II, da LRF), em razo de instabilidade econmica ou alteraes nas polticas monetria ou cambial, o Presidente da Repblica poder encaminhar solicitao de reviso dos limites. As propostas enviadas e suas alteraes contero:

    x Demonstrao de que os limites e condies guardam coerncia com as normas estabelecidas na LRF e com os objetivos da poltica fiscal. x Estimativas do impacto da aplicao dos limites a cada uma das trs

    esferas de governo. x Razes de eventual proposio de limites diferenciados por esfera de

    governo.

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    x Metodologia de apurao dos resultados primrio e nominal. Vale ressaltar que a LRF traz diversas regras sobre a dvida pblica, porm, diferentemente das despesas com pessoal, no determina quais so os limites do endividamento, pois tais definies cabem ao Senado Federal. As Resolues do Senado 40/2001, 43/2001 e 48/2007 dispem sobre os limites dos entes em relao Receita Corrente Lquida:

    LIMITES EM RELAO RCL

    Objeto Unio Estados/DF Municpios

    Dvida consolidada No h 200% 120%

    Contratao de operaes de crdito 60% 16%

    Concesso de garantias 60% 22%

    Pagamento dos servios da dvida No h 11,5%

    Contratao de operaes por ARO No h 7%

    1.4. Reconduo da Dvida aos Limites

    Reconduo da dvida

    (art. 31 da LRF)

    Se a dvida consolidada de um ente da Federao ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, dever ser a ele reconduzida at o trmino dos trs subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% no primeiro.

    Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se submeter s seguintes sanes: I estar proibido de realizar operao de crdito interna ou externa, inclusive por antecipao de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria. II obter resultado primrio necessrio reconduo da dvida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitao de empenho. Vencido o prazo para retorno da dvida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficar tambm impedido de receber transferncias voluntrias da Unio ou do estado. Ressalto que, para fins da aplicao das sanes de suspenso de transferncias voluntrias constantes da LRF, excetuam-se aquelas relativas a aes de educao, sade e assistncia social. As normas sero observadas nos casos de descumprimento dos limites da dvida mobiliria e das operaes de crdito internas e externas.

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    1.5. Excees aos Prazos para Reconduo da Dvida aos Limites Estas so as excees aos prazos do art. 31 da LRF para reconduo da dvida aos limites: Aplicao imediata: as restries so aplicadas imediatamente se o montante da dvida exceder o limite no primeiro quadrimestre do ltimo ano do mandato do Chefe do Poder Executivo. Suspenso: na ocorrncia de calamidade pblica reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da Unio, ou pelas Assembleias Legislativas, na hiptese dos estados e municpios; e em caso de estado de defesa ou de stio decretado na forma da constituio, enquanto perdurar a situao, sero suspensas a contagem dos prazos e as disposies estabelecidas no artigo. Duplicao: j em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por perodo igual ou superior a quatro trimestres, os prazos do artigo sero duplicados. Entende-se por baixo crescimento a taxa de variao real acumulada do PIB inferior a 1%, no perodo correspondente aos quatro ltimos trimestres. Ampliao: ainda, na hiptese de se verificarem mudanas drsticas na conduo das polticas monetria e cambial, reconhecidas pelo Senado Federal, o prazo poder ser ampliado em at quatro quadrimestres.

    11) (CESPE Analista Finanas e Controle - MPU 2013) Os limites globais para o montante da dvida consolidada da Unio, estados e municpios propostos pelo presidente da Repblica podero ser verificados a partir de percentual da receita corrente lquida (RCL). Os limites para a dvida pblica, operaes de crdito e concesso de garantia sero fixados em percentual da receita corrente lquida para cada esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federao que a integrem, constituindo, para cada um deles, limites mximos. Resposta: Certa 12) (CESPE Analista Finanas e Controle - MPU 2013) Se ultrapassar o respectivo limite ao final de um bimestre, a dvida fundada de um ente da Federao dever ser a ele reconduzida at o trmino do bimestre subsequente, reduzindo-se o excedente em pelo menos 25%.

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    Consoante o art. 31 da LRF, se a dvida consolidada de um ente da Federao ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, dever ser a ele reconduzida at o trmino dos trs subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% no primeiro Resposta: Errada 13) (CESPE Analista Judicirio - Administrativa STF 2013) Sempre que forem alterados os fundamentos das polticas monetria ou cambial em razo de instabilidade econmica, o presidente da Repblica, em atendimento aos dispositivos constitucionais vigentes, poder encaminhar ao Congresso Nacional proposta de reviso dos limites globais para o montante da dvida consolidada da Unio, dos estados e dos municpios. Sempre que alterados os fundamentos das propostas enviadas ao Senado Federal (no caso do art. 30, I, da LRF) ou ao Congresso Nacional (no caso do art. 30, II, da LRF), em razo de instabilidade econmica ou alteraes nas polticas monetria ou cambial, o Presidente da Repblica poder encaminhar solicitao de reviso dos limites. Assim, sempre que forem alterados os fundamentos das polticas monetria ou cambial em razo de instabilidade econmica, o presidente da Repblica, em atendimento aos dispositivos constitucionais vigentes, poder encaminhar ao Senado Federal proposta de reviso dos limites globais para o montante da dvida consolidada da Unio, dos estados e dos municpios. O encaminhamento ao Congresso Nacional seria no caso de dvida mobiliria federal. Resposta: Errada 14) (CESPE Analista Judicirio Contabilidade TRT/10 Prova cancelada - 2013) No caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto (PIB), ser suspenso o prazo para que o ente da Federao reconduza a divida consolidada que ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre. Em caso de crescimento real baixo ou negativo do PIB nacional, regional ou estadual por perodo igual ou superior a quatro trimestres, os prazos previstos sero duplicados. Entende-se por baixo crescimento a taxa de variao real acumulada do PIB inferior a 1%, no perodo correspondente aos quatro ltimos trimestres. Resposta: Errada 15) (CESPE Auditor Substituto de Conselheiro TCE/ES 2012) Compete exclusivamente ao Congresso Nacional dispor sobre limites e condies para a concesso de garantia da Unio em operaes de crdito externo e interno.

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    Compete privativamente ao Senado Federal dispor sobre limites e condies para a concesso de garantia da Unio em operaes de crdito externo e interno. Resposta: Errada 16) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) Os limites globais para o montante da dvida consolidada da Unio e para o montante da dvida mobiliria federal devem ser fixados, em percentual da receita corrente lquida, para cada esfera de governo. Os limites para a dvida pblica, operaes de crdito e concesso de garantia sero fixados em percentual da receita corrente lquida para cada esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federao que a integrem, constituindo, para cada um deles, limites mximos. Resposta: Certa 17) (CESPE Consultor do Executivo SEFAZ/ES 2010) Se o estado do Esprito Santo tivesse ultrapassado o limite de endividamento no ltimo quadrimestre de 2009, ento ele deveria tomar medidas imperativas de reconduo ao limite, no mximo at o trmino de 2010, enquanto perdurasse o excesso, as operaes de crdito ficariam suspensas, at mesmo as de antecipao de receita. Se a dvida consolidada de um ente da Federao ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, dever ser a ele reconduzida at o trmino dos trs subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% no primeiro. Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se submeter a sanes, entre elas, a proibio de realizar operao de crdito interna ou externa, inclusive por antecipao de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria. Logo, se o estado do Esprito Santo tivesse ultrapassado o limite de endividamento no ltimo quadrimestre de 2009, ento ele deveria tomar medidas imperativas de reconduo ao limite, no mximo at o trmino de 2010, ou seja, at o trmino dos trs quadrimestres subsequentes. Enquanto perdurasse o excesso, como regra geral, entre outras sanes, as operaes de crdito ficariam suspensas, at mesmo as de antecipao de receita. Resposta: Certa 18) (CESPE AUFC TCU 2009) Compete a lei complementar dispor sobre finanas pblicas e sobre os limites globais e condies para o montante da dvida mobiliria dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municpios.

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    Compete privativamente ao Senado, por meio de resoluo, estabelecer limites globais e condies para o montante da dvida mobiliria dos estados, do Distrito Federal e dos municpios. Resposta: Errada 19) (CESPE Consultor de Oramentos Cmara dos Deputados 2014) competncia da Cmara dos Deputados dispor a respeito dos limites globais e das condies para o montante da dvida mobiliria dos estados, do DF e dos municpios. competncia do Senado Federal dispor a respeito dos limites globais e das condies para o montante da dvida mobiliria dos estados, do DF e dos municpios. Resposta: Errada 20) (CESPE Administrador Polcia Federal 2014) Se o presidente da Repblica pretender modificar os limites globais para o montante da dvida pblica consolidada, dever enviar proposta ao Poder Legislativo que contenha a metodologia de apurao dos resultados primrio e nominal. Sempre que alterados os fundamentos das propostas enviadas ao Senado Federal (no caso do art. 30, I, da LRF) ou ao Congresso Nacional (no caso do art. 30, II, da LRF), em razo de instabilidade econmica ou alteraes nas polticas monetria ou cambial, o Presidente da Repblica poder encaminhar solicitao de reviso dos limites. As propostas enviadas e suas alteraes contero: _ Demonstrao de que os limites e condies guardam coerncia com as normas estabelecidas na LRF e com os objetivos da poltica fiscal. _ Estimativas do impacto da aplicao dos limites a cada uma das trs esferas de governo. _ Razes de eventual proposio de limites diferenciados por esfera de governo. _ Metodologia de apurao dos resultados primrio e nominal. Resposta: Certa

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    2. OPERAES DE CRDITO 2.1. Regras Gerais para as Operaes de Crdito O Ministrio da Fazenda verificar o cumprimento dos limites e das condies relativos realizao de operaes de crdito de cada ente da Federao, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indiretamente. O ente interessado formalizar seu pleito fundamentando-o em parecer de seus rgos tcnicos e jurdicos, demonstrando a relao custo-benefcio, o interesse econmico e social da operao e o atendimento das seguintes condies: I existncia de prvia e expressa autorizao para a contratao, no texto da lei oramentria, em crditos adicionais ou lei especfica. II incluso no oramento ou em crditos adicionais dos recursos provenientes da operao, exceto no caso de operaes por antecipao de receita. III observncia dos limites e condies fixados pelo Senado Federal. IV autorizao especfica do Senado Federal, quando se tratar de operao de crdito externo. V atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988). VI observncia das demais restries estabelecidas na LRF. Vale ressaltar que os contratos de operao de crdito externo no contero clusula que importe na compensao automtica de dbitos e crditos. A instituio financeira que contratar operao de crdito com ente da Federao, exceto quando relativa dvida mobiliria ou externa, dever exigir comprovao de que a operao atenda s condies e limites estabelecidos. A operao realizada com infrao do disposto na LRF ser considerada nula, procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devoluo do principal, vedados o pagamento de juros e demais encargos financeiros. Se a devoluo no for efetuada no exerccio de ingresso dos recursos, ser consignada reserva especfica na lei oramentria para o exerccio seguinte. Enquanto no efetuado o cancelamento, a amortizao, ou constituda a reserva, aplicam-se as sanes previstas nos incisos do 3 do art. 23 (as mesmas para despesas com pessoal). Tambm se constituir reserva, no montante equivalente ao excesso, se no atendido o disposto na LRF sobre a regra de ouro. Relembro que a CF/1988 veda a transferncia voluntria de recursos e a concesso de emprstimos, inclusive por antecipao de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituies financeiras, para pagamento

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    de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios. 2.2. Das Operaes de Crdito por Antecipao de Receita Oramentria Um tipo destacado de operao de crdito o que ocorre por antecipao de receita oramentria (ARO). Em geral, o primeiro contato com o termo acontece quando se estuda o princpio oramentrio da exclusividade, previsto na CF/1988, pois ele determina que a lei oramentria no poder conter matria estranha previso das receitas e fixao das despesas. Exceo se d para as autorizaes de crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por ARO. De acordo com o art. 7 da Lei 4.320/1964: $UW$/HLGH2Uamento poder conter autorizao ao Executivo para: II Realizar em qualquer ms do exerccio financeiro, operaes de crdito SRUDQWHFLSDomRGDUHFHLWDSDUDDWHQGHUDLQVXILFLrQFLDVGHFDL[D De acordo apenas com a Lei 4.320/1964, a LOA poder conter autorizao ao Executivo para realizar em qualquer ms do exerccio financeiro, operaes de crdito por antecipao da receita, para atender a insuficincias de caixa. No entanto, esse dispositivo foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com a LRF, por ser esta mais restritiva.

    Segundo o art. 38 da LRF, a operao de crdito por antecipao de receita destina-se a atender insuficincia de caixa durante o exerccio financeiro e cumprir as exigncias para as operaes de crdito (tpico anterior) e as seguintes:

    I realizar-se- somente a partir do dcimo dia do incio do exerccio. II dever ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, at o dia 10 de dezembro de cada ano. III no ser autorizada se forem cobrados outros encargos que no a taxa de juros da operao, obrigatoriamente prefixada ou indexada taxa bsica financeira, ou que vier a esta substituir. IV estar proibida enquanto existir operao anterior da mesma natureza no integralmente resgatada, bem como no ltimo ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.

    As operaes de crdito por antecipao de receita oramentria compem a dvida flutuante; logo, no compem a dvida fundada do ente, tampouco entram nos limites ao endividamento pblico. As operaes de crdito por ARO tambm no sero computadas para efeito do que dispe a regra de ouro,

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    desde que liquidadas com juros e outros encargos incidentes, at o dia 10 de dezembro de cada ano. As AROs realizadas por estados ou municpios sero efetuadas mediante abertura de crdito junto instituio financeira vencedora em processo competitivo eletrnico promovido pelo Banco Central do Brasil, o qual manter um sistema de acompanhamento e controle do saldo do crdito aberto e, no caso de inobservncia dos limites, aplicar as sanes cabveis instituio credora.

    21) (CESPE Administrador Ministrio da Integrao - 2013) Considere que determinado municpio contrate emprstimo com instituio financeira que consista na antecipao de parte de seus tributos para pagamento da folha de salrios de seus funcionrios. Nessa situao, deve-se considerar essa operao dvida flutuante. As operaes de crdito por antecipao de receita oramentria compem a dvida flutuante. Resposta: Certa 22) (CESPE Analista - Planejamento e Oramento - MPU 2013) A LRF probe que, nos dois ltimos anos do mandato, governadores e prefeitos antecipem receitas tributrias por meio de emprstimos de curto prazo, concedam aumento de salrios e contratem novos servidores pblicos. Questo que mistura Dvida Pblica e Despesas com Pessoal (outro tema da LRF). A operao de crdito por antecipao de receita oramentria estar proibida no ltimo ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. 1RTXHWDQJHDRWHPD'HVSHVDVFRP3HVVRDO nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou rgo (art. 21, pargrafo nico, da LRF). Seria o caso da concesso de aumento de salrios e da contratao de novos servidores pblicos. A questo est incorreta porque em ambos os casos afirma que a proibio abrange os ltimos dois anos do mandato. Resposta: Errada

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    23) (CESPE Analista Judicirio Contabilidade - TRE/RJ 2012) Caso, em 2012, os municpios realizem operaes de crdito por antecipao de receita oramentria, essas operaes devero ser includas em suas respectivas leis oramentrias, em obedincia ao princpio da universalidade. As operaes de crdito por antecipao de receita oramentria destinam-se a insuficincia de caixa e so receitas extraoramentrias. Resposta: Errada 24) (CESPE - Advogado AGU 2012) Em determinadas situaes previstas em lei, o governo federal poder conceder emprstimos para pagamento de despesas com pessoal dos estados, do DF e dos municpios. A CF/1988 veda a transferncia voluntria de recursos e a concesso de emprstimos, inclusive por antecipao de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituies financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios (art. 167, X, da CF/1988). Resposta: Errada 25) (CESPE Procurador ALES 2011) A LRF restringiu a realizao das operaes de crdito por antecipao de receita, antes permitidas a qualquer tempo pela Lei n. 4.320/1964, para somente aps o segundo ms do incio do exerccio financeiro. De acordo com o art. 7 da Lei 4.320/1964: $UW$/HLGH2UoDPHQWRSRGHUiFRQWHUDXWRUL]DomRDR([HFXWLYRSDUD II Realizar em qualquer ms do exerccio financeiro, operaes de crdito SRUDQWHFLSDomRGDUHFHLWDSDUDDWHQGHUDLQVXILFLrQFLDVGHFDL[D De acordo apenas com a Lei 4.320/1964, a LOA poder conter autorizao ao Executivo para realizar em qualquer ms do exerccio financeiro, operaes de crdito por antecipao da receita, para atender a insuficincias de caixa. No entanto, esse dispositivo foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com a LRF, por ser esta mais restritiva. Uma das regras que as operaes de crdito por antecipao de receita realizar-se-o somente a partir do dcimo dia do incio do exerccio. Logo, no so permitidas apenas aps o segundo ms do incio do exerccio financeiro, como afirma o item. Resposta: Errada

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    26) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) Acerca da elaborao e do controle dos oramentos e balanos da Unio, dos estados, dos municpios e do Distrito Federal, julgue o item. A lei de oramento pode conter autorizao ao Poder Executivo para que este realize, em qualquer ms do exerccio financeiro, operaes de crdito por antecipao da receita, para atender insuficincias de caixa. A questo pede a resposta apenas de acordo com a elaborao e o controle dos oramentos e balanos da Unio, dos estados, dos municpios e do Distrito Federal, ou seja, de acordo com a Lei 4320/1964. De acordo apenas com a Lei 4.320/1964, a qual estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaborao e controle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal, a LOA poder conter autorizao ao Executivo para realizar em qualquer ms do exerccio financeiro, operaes de crdito por antecipao da receita, para atender a insuficincias de caixa. Relembro que esse dispositivo foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com a LRF, por ser esta mais restritiva. Resposta: Certa 27) (CESPE Analista Judicirio Administrativa TRE/MT 2010) Uma operao de crdito por antecipao de receita somente pode ser feita nos ltimos quatro meses do exerccio financeiro. Uma operao de crdito por antecipao de receita somente pode ser feita a partir do dcimo dia do incio do exerccio, desde que cumpra as demais exigncias legais. Resposta: Errada 28) (CESPE Analista Administrao - EMBASA - 2010) permitida a contratao da antecipao de receita oramentria, desde que no ocorra no ltimo ano de mandato. vedada a contratao da antecipao de receita oramentria no ltimo ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. Logo, permitida nos demais anos, desde que obedea s demais regrais legais. Resposta: Certa 29) (CESPE Economista - DPU - 2010) Conforme a LRF, no ltimo ano de mandato, permitido aos prefeitos firmar, pela prefeitura, operao de crdito por antecipao de receita, em meados de janeiro desse ano, desde que a liquide at o ltimo dia de novembro do mesmo ano.

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    De acordo com a LRF, a operao de crdito por antecipao de receita estar proibida no ltimo ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. Resposta: Errada 30) (CESPE Analista Tcnico-Administrativo MDIC 2014) As dvidas realizadas para atender a insuficincias de caixa ou de tesouraria constituem dvida flutuante. As operaes de crdito por antecipao de receita (dbitos de tesouraria), destinadas insuficincia de caixa, compem a dvida flutuante. Resposta: Certa

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    3. VEDAES Vamos falar das vedaes previstas na LRF. Segundo o art. 34 da LRF, o Banco Central do Brasil no emitir ttulos da dvida pblica a partir de dois anos aps a publicao da LRF, o que significa que tal determinao j est produzindo efeitos h vrios anos. O art. 35 da LRF veda a realizao de operaes de crdito entre entes da Federao, sob qualquer forma, seja diretamente ou por intermdio de fundo, autarquia, fundao ou empresa estatal dependente, ainda que sob a forma de novao, refinanciamento ou postergao de dvida contrada anteriormente. Essa vedao no impede estados e municpios de comprar ttulos da dvida da Unio como aplicao de suas disponibilidades. No entanto, excetuam-se da vedao citada as operaes entre instituio financeira estatal e outro ente da Federao, inclusive suas entidades da Administrao indireta, que no se destinem a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes; e que no se destinem a refinanciar dvidas no contradas junto prpria instituio concedente. Ou seja, so permitidas para refinanciar dvidas contradas junto instituio concedente. De acordo com Nascimento e Debus (2002), ao discorrerem sobre a vedao realizao de operaes de crdito entre entes da Federao prevista na LRF, WHQGH D HQFHUUDU-se um longo captulo em que a Unio seguidamente refinanciou dvidas de Estados e Municpios, assumiu dvidas de Estados recm-criados, bem como de rgos que foram extintos, sendo esse procedimento responsvel, em boa parte, pelo crescimento vertiginoso do estoque da dvida do Governo Central. Para lembrar, somente em 1996/97 a Unio refinanciou, com juros subsidiados, dvidas de Estados no montante de R$ 103,0 bilhes e, nas vsperas da sano da LRF, a Prefeitura do municpio de So Paulo teve a sua dvida renegociada em mais de R$ 10,0 bilhes, com SUD]RGHDQRV Segundo o art. 36, proibida a operao de crdito entre uma instituio financeira estatal e o ente da Federao que a controle, na qualidade de beneficirio do emprstimo. Essa vedao no probe instituio financeira controlada de adquirir, no mercado, ttulos da dvida pblica para atender investimento de seus clientes, ou ttulos da dvida de emisso da Unio para DSOLFDomRGHUHFXUVRVSUySULRV7DPEpPVHJXQGR1DVFLPHQWRH'HEXVGHssa forma, esto vedadas as operaes envolvendo os bancos estaduais e os respectivos governos, onde proliferaram, durante muito tempo, prticas HVFXVDVTXHDQRUPDEXVFDDEROLUGHILQLWLYDPHQWH Ainda, de acordo com o art. 37, I a IV, da LRF:

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    $UW Equiparam-se a operaes de crdito e esto vedados: I captao de recursos a ttulo de antecipao de receita de tributo ou contribuio cujo fato gerador ainda no tenha ocorrido, sem prejuzo do disposto no 7 do art. 150 da Constituio; II recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Pblico detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislao; III assuno direta de compromisso, confisso de dvida ou operao assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou servios, mediante emisso, aceite ou aval de ttulo de crdito, no se aplicando esta vedao a empresas estatais dependentes; IV assuno de obrigao, sem autorizao oramentria, com fornecedores para pagamento a posteriori GHEHQVHVHUYLoRV Note que o art. 37 equipara diversos mecanismos a operaes de crdito e tambm os probe, a fim de evitar que sejam utilizados para burlar as vedaes. O inciso I veda antecipaes de receitas antes da ocorrncia do fato gerador do tributo ou contribuio. Ainda, faz referncia ao 7o do art. 150 da CF/1988, o qual dispe que a lei poder atribuir a sujeito passivo de obrigao tributria a condio de responsvel pelo pagamento de imposto ou contribuio, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituio da quantia paga, caso no se realize o fato gerador presumido. O inciso II veda antecipaes de receitas das empresas estatais, excetuando, na forma da legislao, os lucros e dividendos. J os incisos III e IV vedam a assuno de compromissos de quaisquer formas com fornecedores, excetuando as empresas estatais dependentes; e de obrigao sem autorizao oramentria, ainda que para pagamento posterior.

    31) (CESPE Analista Tcnico-Administrativo Ministrio da Integrao - 2013) Uma instituio financeira estatal no pode obter emprstimos junto ao ente da Federao que a controla, mas poder adquirir no mercado ttulos da dvida pblica para atender s necessidades de investimentos de seus clientes. Segundo o art. 36 da LRF, proibida a operao de crdito entre uma instituio financeira estatal e o ente da Federao que a controle, na qualidade de beneficirio do emprstimo. Essa vedao no probe instituio financeira controlada de adquirir, no mercado, ttulos da dvida pblica para

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    atender investimento de seus clientes, ou ttulos da dvida de emisso da Unio para aplicao de recursos prprios. Resposta: Certa 32) (CESPE Especialista FNDE 2012) Probe-se aos estados e municpios a compra de ttulos de dvida da Unio como forma de aplicao de suas disponibilidades. O art. 35 da LRF veda a realizao de operaes de crdito entre entes da Federao, sob qualquer forma, seja diretamente ou por intermdio de fundo, autarquia, fundao ou empresa estatal dependente, ainda que sob a forma de novao, refinanciamento ou postergao de dvida contrada anteriormente. Entretanto, essa vedao no impede estados e municpios de comprar ttulos da dvida da Unio como aplicao de suas disponibilidades. Resposta: Errada 33) (CESPE Procurador ALES 2011) A LRF veda a aquisio por instituio financeira estatal de ttulos da dvida pblica emitidos por seu ente pblico controlador. Segundo o art. 36 da LRF, proibida a operao de crdito entre uma instituio financeira estatal e o ente da Federao que a controle, na qualidade de beneficirio do emprstimo. Essa vedao no probe instituio financeira controlada de adquirir, no mercado, ttulos da dvida pblica para atender investimento de seus clientes, ou ttulos da dvida de emisso da Unio para aplicao de recursos prprios. Resposta: Errada 34) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) instituio financeira controlada pela Unio permitida a aquisio de ttulos da dvida pblica para atender investimentos de seus clientes. Segundo o art. 36 da LRF, proibida a operao de crdito entre uma instituio financeira estatal e o ente da Federao que a controle, na qualidade de beneficirio do emprstimo. Essa vedao no probe, ou seja, permite a instituio financeira controlada de adquirir, no mercado, ttulos da dvida pblica para atender investimento de seus clientes, ou ttulos da dvida de emisso da Unio para aplicao de recursos prprios. Resposta: Certa 35) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) No se admite a realizao de operaes de crdito entre uma instituio financeira estatal e o ente da Federao que a controle, na qualidade de beneficirio do emprstimo, mesmo nos casos de aquisio de ttulos da dvida pblica para atender a investimento de seus clientes.

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    Segundo o art. 36 da LRF, proibida a operao de crdito entre uma instituio financeira estatal e o ente da Federao que a controle, na qualidade de beneficirio do emprstimo. Essa vedao no probe instituio financeira controlada de adquirir, no mercado, ttulos da dvida pblica para atender investimento de seus clientes, ou ttulos da dvida de emisso da Unio para aplicao de recursos prprios. Resposta: Errada

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    4. BANCO CENTRAL DO BRASIL 4.1. BACEN e suas Operaes na LRF O Banco Central do Brasil (BACEN), criado pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, uma autarquia federal, vinculada ao Ministrio da Fazenda, que tem por misso assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro slido e eficiente. No se confunde com o Banco do Brasil S.A. (BB), que uma instituio financeira constituda na forma de sociedade de economia mista. Quanto s operaes com o Banco Central do Brasil, a LRF dispe que nas suas relaes com ente da Federao, o BACEN est sujeito s vedaes do art. 35 (estudamos no tpico sobre vedaes) e s seguintes:

    x Emisso de ttulos da dvida pblica. x Compra de ttulo da dvida, na data de sua colocao no mercado. S

    poder comprar diretamente ttulos emitidos pela Unio para refinanciar a dvida mobiliria federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda, tal operao dever ser realizada taxa mdia e condies alcanadas no dia, em leilo pblico. x Permuta, ainda que temporria, por intermdio de instituio financeira

    ou no, de ttulo da dvida de ente da Federao por ttulo da dvida pblica federal, bem como a operao de compra e venda, a termo, daquele ttulo, cujo efeito final seja semelhante permuta. No se aplica ao estoque de Letras do Banco Central do Brasil, Srie Especial, existente na carteira das instituies financeiras, que pode ser refinanciado mediante novas operaes de venda a termo. x Concesso de garantia.

    vedado ao Tesouro Nacional adquirir ttulos da dvida pblica federal existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com clusula de reverso, salvo para reduzir a dvida mobiliria. O Tribunal de Contas da Unio acompanhar o cumprimento de tal vedao e da determinao que o BACEN s poder comprar diretamente ttulos emitidos pela Unio para refinanciar a dvida mobiliria federal que estiver vencendo na sua carteira, bem como que a operao dever ser realizada taxa mdia e condies alcanadas no dia, em leilo pblico. 4.2. Outras Consideraes sobre o BACEN A competncia da Unio para emitir moeda ser exercida exclusivamente pelo banco central. vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, emprstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer rgo ou entidade que no seja instituio

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    financeira. No entanto, o BACEN poder comprar e vender ttulos de emisso do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. Integraro as despesas da Unio, e sero includas na LOA, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefcios e assistncia aos servidores, e a investimentos. O resultado do Banco Central do Brasil, apurado aps a constituio ou reverso de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e ser transferido at o dcimo dia til subsequente aprovao dos balanos semestrais. O resultado negativo constituir obrigao do Tesouro para com o Banco Central do Brasil e ser consignado em dotao especfica no oramento. Assim, o Tesouro Nacional beneficirio dos resultados positivos do BACEN, apurados aps a constituio ou a reverso de reservas, bem como devedor de eventuais resultados negativos da mesma instituio. O impacto e o custo fiscal das operaes realizadas pelo Banco Central do Brasil sero demonstrados trimestralmente, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes oramentrias da Unio. Os balanos trimestrais do BACEN contero notas explicativas sobre os custos da remunerao das disponibilidades do Tesouro Nacional e da manuteno das reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de ttulos, destacando os de emisso da Unio.

    36) (CESPE - Oficial Tcnico de Inteligncia - Administrao - ABIN - 2010) O resultado positivo do Banco Central, apurado aps a constituio ou reverso de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional; o resultado negativo, obrigao do Tesouro para com o Banco Central, devendo ser consignado em dotao especfica no oramento. O resultado do Banco Central do Brasil, apurado aps a constituio ou reverso de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e ser transferido at o dcimo dia til subsequente aprovao dos balanos semestrais. O resultado negativo constituir obrigao do Tesouro para com o Banco Central do Brasil e ser consignado em dotao especfica no oramento. Resposta: Certa 37) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Veda-se ao Banco Central conceder, direta ou indiretamente, emprstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer rgo ou entidade que no seja instituio financeira.

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    vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, emprstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer rgo ou entidade que no seja instituio financeira. Resposta: Certa 38) (CESPE Analista Administrao - FINEP - 2009) Integram as despesas da Unio e so includas na lei oramentria as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais e custeio administrativo, excludas as destinadas a benefcios e assistncia aos servidores. Integraro as despesas da Unio, e sero includas na LOA, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefcios e assistncia aos servidores, e a investimentos. Resposta: Errada 39) (CESPE Analista Finanas e Contabilidade - FINEP - 2009) O Tesouro Nacional beneficirio dos resultados positivos do BACEN, apurados aps a constituio ou a reverso de reservas, assim como devedor de eventuais resultados negativos da mesma instituio. O resultado do Banco Central do Brasil, apurado aps a constituio ou reverso de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e ser transferido at o dcimo dia til subsequente aprovao dos balanos semestrais. O resultado negativo constituir obrigao do Tesouro para com o Banco Central do Brasil e ser consignado em dotao especfica no oramento. Resposta: Certa 40) (CESPE Analista Tcnico-Administrativo - SUFRAMA 2014) Se o Banco Central do Brasil apresentar resultado negativo em determinado semestre, o Tesouro Nacional ficar responsvel pela cobertura do prejuzo, utilizando para tanto dotao especfica no oramento. O resultado do Banco Central do Brasil, apurado aps a constituio ou reverso de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e ser transferido at o dcimo dia til subsequente aprovao dos balanos semestrais. O resultado negativo constituir obrigao do Tesouro para com o Banco Central do Brasil e ser consignado em dotao especfica no oramento. Resposta: Certa

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    5. GARANTIA E CONTRAGARANTIA A concesso de garantia corresponde a compromisso de adimplncia de obrigao financeira ou contratual assumida por ente da Federao ou entidade a ele vinculada. Consoante o art. 40 da LRF, os entes podero conceder garantia em operaes de crdito internas ou externas, observados o disposto neste artigo, as normas do art. 32 (so as normas sobre operaes de crdito previstas na LRF) e, no caso da Unio, tambm os limites e as condies estabelecidos pelo Senado Federal.

    O 1 do art. 40 determina que a garantia estar condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser concedida, e adimplncia da entidade que a pleitear relativamente a suas obrigaes junto ao garantidor e s entidades por este controladas, observado o seguinte: _ No ser exigida contragarantia de rgos e entidades do prprio ente. _ A contragarantia exigida pela Unio a estado ou municpio, ou pelos estados aos municpios, poder consistir na vinculao de receitas tributrias diretamente arrecadadas e provenientes de transferncias constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para ret-las e empregar o respectivo valor na liquidao da dvida vencida. No caso de operao de crdito junto a organismo financeiro internacional, ou a instituio federal de crdito e fomento para o repasse de recursos externos, a Unio s prestar garantia a ente que atenda, alm do disposto no 1, as exigncias legais para o recebimento de transferncias voluntrias. Ainda, nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal. Quando honrarem dvida de outro ente, em razo de garantia prestada, a Unio e os estados podero condicionar as transferncias constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento. O ente da Federao cuja dvida tiver sido honrada pela Unio ou por estado, em decorrncia de garantia prestada em operao de crdito, ter suspenso o acesso a novos crditos ou financiamentos at a total liquidao da mencionada dvida. vedado s entidades da Administrao indireta, inclusive suas empresas controladas e subsidirias, conceder garantia, ainda que com recursos de fundos. Tal vedao no se aplica concesso de garantia por: I empresa controlada a subsidiria ou controlada sua, nem prestao de contragarantia nas mesmas condies; II instituio financeira a empresa nacional, nos termos da lei.

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    Excetua-se das regras dispostas na LRF a garantia prestada por instituies financeiras estatais, que se submetero s normas aplicveis s instituies financeiras privadas, de acordo com a legislao pertinente; bem como a prestada pela Unio, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira por ela controladas, direta e indiretamente, quanto s operaes de seguro de crdito exportao.

    41) (CESPE - Advogado AGU 2012) Tratando-se de emprstimo a estado ou municpio, a Unio poder conceder garantia, mediante o oferecimento de contragarantia consistente na vinculao de receitas tributrias diretamente arrecadadas e provenientes de transferncias constitucionais. De acordo com o art. 40, II, da LRF, a contragarantia exigida pela Unio a Estado ou Municpio, ou pelos Estados aos Municpios, poder consistir na vinculao de receitas tributrias diretamente arrecadadas e provenientes de transferncias constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para ret-las e empregar o respectivo valor na liquidao da dvida vencida. Resposta: Certa (CESPE Analista Judicirio Administrativo STM - 2011) Com relao ao disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal acerca das garantias e contragarantias em operaes de crdito internas e externas, julgue os itens a seguir. 42) O ente da Federao que tiver a sua dvida honrada pela Unio em decorrncia de garantia prestada em operao de crdito no ter acesso a novos crditos ou financiamentos at que a respectiva dvida seja totalmente liquidada. Quando honrarem dvida de outro ente, em razo de garantia prestada, a Unio e os Estados podero condicionar as transferncias constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento. O ente da Federao cuja dvida tiver sido honrada pela Unio ou por Estado, em decorrncia de garantia prestada em operao de crdito, ter suspenso o acesso a novos crditos ou financiamentos at a total liquidao da mencionada dvida. Resposta: Certa 43) vedado s entidades da administrao indireta e suas respectivas empresas controladas e subsidirias conceder garantia com recursos de seus prprios fundos.

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    A LRF veda s entidades da administrao indireta, inclusive suas empresas controladas e subsidirias, conceder garantia, ainda que com recursos de fundos. Resposta: Certa 44) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) A operao de crdito consiste no compromisso de adimplncia de obrigao financeira ou contratual assumida por ente da Federao ou entidade a ele vinculada. A concesso de garantia corresponde a compromisso de adimplncia de obrigao financeira ou contratual assumida por ente da Federao ou entidade a ele vinculada. Resposta: Errada 45) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) A vinculao de receitas tributrias diretamente arrecadadas por um estado pode ser legalmente oferecida como contragarantia Unio. De acordo com o art. 40, II, da LRF, a contragarantia exigida pela Unio a Estado ou Municpio, ou pelos Estados aos Municpios, poder consistir na vinculao de receitas tributrias diretamente arrecadadas e provenientes de transferncias constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para ret-las e empregar o respectivo valor na liquidao da dvida vencida. Resposta: Certa

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    6. REGRA DE OURO A legislao atual atribui uma srie de restries para a aplicao de determinadas origens da receita de capital em despesas correntes. A CF/1988, em seu art. 167, III, estabelece: $UW6mRYHGDGRV III a realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder LegislaWLYRSRUPDLRULDDEVROXWD (VVD QRUPD FRQKHFLGD FRPR regra de ouro REMHWLYD GLILFXOWDU Dcontratao de emprstimos para financiar gastos correntes, evitando que o ente pblico tome emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal, juros ou custeio.

    De acordo com esta regra, cada unidade governamental deve manter o seu endividamento vinculado realizao de investimentos e no manuteno da mquina administrativa e demais servios. No deve haver endividamento pblico para fins no relevantes. necessrio haver critrio para a realizao de operaes de crditos.

    Regra de Ouro

    No que se tange s receitas, no so todas as receitas de capital que entram na apurao da regra de ouro, so apenas as operaes de crdito. Por outro lado, no que tange s despesas, so todas as despesas de FDSLWDO realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital

    Vale destacar que segundo o 2 do art. 12 da LRF: 2PRQWDQWHSUHYLVWRSDUDDVUHFHLWDVGHRSHUDo}HVGHFUpGLWRQmRSRGHUiser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei RUoDPHQWiULD Repare que tal pargrafo da LRF descarta as excees constitucionais. Por isso, foi proposta uma Ao Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, o qual suspendeu liminarmente a eficcia deste dispositivo. Porm, a regra de ouro e suas excees continuam em pleno vigor devido ao dispositivo constitucional. A LRF tambm traz os critrios para a apurao das operaes de crdito e das despesas de capital para efeito da regra de ouro. Segundo o 3 do art. 32, considerar-se-, em cada exerccio financeiro, o total dos recursos de operaes

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    de crdito nele ingressados e o das despesas de capital executadas, observado o seguinte: I no sero computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de emprstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de competncia do ente da Federao, se resultar a diminuio, direta ou indireta, do nus deste. II se o emprstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituio financeira controlada pelo ente da Federao, o valor da operao ser deduzido das despesas de capital. O art. 6 da Resoluo do Senado Federal 43/2001 trata do cumprimento do limite da regra de ouro, o qual dever ser comprovado mediante apurao das operaes de crdito e das despesas de capital conforme os critrios definidos na LRF e citados acima. Acrescenta tambm que se verificaro, separadamente, o exerccio anterior e o exerccio corrente, tomando-se por base: I no exerccio anterior, as receitas de operaes de crdito nele realizadas e as despesas de capital nele executadas. II no exerccio corrente, as receitas de operao de crdito e as despesas de capital constantes da lei oramentria. Ainda, ressalta que se entende por operao de crdito realizada em um exerccio o montante de liberao contratualmente previsto para o mesmo exerccio. Nas operaes de crdito com liberao prevista para mais de um exerccio financeiro, o limite computado a cada ano levar em considerao apenas a parcela a ser nele liberada. Vale ressaltar que, consoante a LRF, as operaes de crdito por antecipao de receita no sero computadas para efeito da regra de ouro, desde que liquidada, com juros e outros encargos incidentes, at o dia 10 de dezembro. Como se observa, a Legislao procura restringir a aplicao de receitas de capital no financiamento de despesas correntes. No entanto, o gestor pblico ainda encontra espao para custear seus gastos correntes utilizando receitas de operaes de crdito, desde que o total no ultrapasse as despesas de capital ou sejam autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais, com finalidade especfica e aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

    46) (CESPE Analista Administrativo - IBAMA 2013) Considere que o montante total dos emprstimos realizados por determinado municpio tenha sido igual s despesas de capital fixadas no

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    oramento municipal para o exerccio financeiro em execuo. Nessa situao, caso o municpio precise realizar mais uma operao de crdito, sem alterar o total das despesas de capital, somente poder faz-la se for aprovado pela cmara de vereadores, por maioria absoluta, um crdito suplementar ou especial com finalidade precisa. 6HJXQGR D UHJUD GH RXUR p YHGDGD D UHDOL]DomR GH RSHUDo}HV GH FUpGLWRVque excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (art. 167, III, da CF/1988). Assim, caso o municpio precise realizar mais uma operao de crdito, sem alterar o total das despesas de capital, somente poder faz-la se for aprovado pela cmara de vereadores (Poder Legislativo municipal), por maioria absoluta, um crdito suplementar ou especial com finalidade precisa. Resposta: Certa 47) (CESPE Auditor Substituto de Conselheiro TCE/ES 2012) conhecida como regra de ouro a vedao, prevista na CF, realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares, ou especiais, com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta. 6HJXQGR D UHJUD GH RXUR p YHGDGD D realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (art. 167, III, da CF/1988). Resposta: Certa 48) (CESPE Procurador ALES 2011) A regra de ouro presente na CF e nas constituies estaduais prescreve que as operaes de crdito no podero exceder as despesas com investimentos realizadas no exerccio financeiro, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. 6HJXQGR D UHJUD GH RXUR p YHGDGD D UHDOL]DomR GH RSHUDo}HV GH FUpGLWRVque excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (art. 167, III, da CF/1988).

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    No que se refere s receitas, no so todas as receitas de capital que entram na apurao da regra de ouro, so apenas as operaes de crdito. Por outro ODGR QR TXH WDQJH jV GHVSHVDV VmR WRGDV DV GHVSHVDV GH FDSLWDO realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital O erro da questo foi considerar apenas os investimentos e no todas as despesas de capital. Resposta: Errada 49) (CESPE Analista Judicirio Administrao STM - 2011) Mesmo que, em determinado exerccio financeiro, as despesas de capital fixadas no oramento sejam integralmente financiadas com recursos de operaes de crdito, novos emprstimos podero ser realizados, desde que autorizados por maioria absoluta do respectivo Poder Legislativo. A Legislao procura restringir a aplicao de receitas de capital no financiamento de despesas correntes. No entanto, o gestor pblico ainda encontra espao para custear seus gastos correntes utilizando receitas de operaes de crdito, desde que o total no ultrapasse as despesas de capital ou sejam autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais, com finalidade especfica e aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. Resposta: Certa 50) (CESPE Agente Administrativo - MTE 2014) A Constituio Federal de 1988 (CF) permite a realizao de operao de crdito que exceda o montante das despesas de capital, se essa operao for aprovada pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. vedada a realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (art. 167, III, da CF/1988). Resposta: Certa

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    MAIS QUESTES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE

    51) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) A dvida pblica mobiliria representada por ttulos emitidos pela Unio, inclusive os do Banco Central do Brasil, estados e municpios. J a dvida pblica consolidada ou fundada consiste no montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses. A dvida pblica consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses. A dvida pblica mobiliria a dvida pblica representada por ttulos emitidos pela Unio, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municpios. Resposta: Certa 52) (CESPE Tcnico Superior IPAJM 2010) A dvida pblica mobiliria representada exclusivamente pelo conjunto de ttulos com vencimento inferior a doze meses. A dvida pblica mobiliria aquela representada por ttulos emitidos pela Unio, inclusive os do Banco Central do Brasil, dos estados e dos municpios. Resposta: Errada 53) (CESPE Contador IPAJM 2010) No que diz respeito classificao da dvida, incluem-se na dvida fundada ou consolidada as operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas no tenham constado do oramento. De acordo com a LRF, tambm ser includa na dvida pblica consolidada da Unio a relativa emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as operaes de crdito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado do oramento. Resposta: Errada 54) (CESPE Contador IPAJM 2010) A Lei n. 4.320/1964 estatui normas gerais de direito financeiro para a elaborao e o controle dos oramentos e dos balanos dos entes da Federao. No que diz respeito classificao da dvida, incluem-se na dvida fundada ou consolidada os dbitos da tesouraria.

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    No que diz respeito classificao da dvida, incluem-se na dvida flutuante os dbitos da tesouraria. Resposta: Errada 55) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) Para fins de apurao da dvida flutuante, so excludos os restos a pagar. De acordo com o art. 92 da Lei 4.320/1964, a dvida flutuante compreende: _ Os restos a pagar, excludos os servios da dvida. _ Os servios da dvida a pagar (parcelas de amortizao e juros da dvida fundada). _ Os depsitos. _ Os dbitos de tesouraria (operaes de crdito por antecipao de receita). Logo, os restos a pagar integram a dvida flutuante. Resposta: Errada 56) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) O refinanciamento da dvida mobiliria corresponde emisso de ttulos para pagamento do principal, no includos a atualizao monetria e os juros, e se limita, ao final de cada exerccio, ao montante existente no exerccio anterior. O refinanciamento da dvida mobiliria corresponde emisso de ttulos para pagamento do principal, acrescido da atualizao monetria, e se limita, ao final de cada exerccio, ao montante existente no exerccio anterior somado ao das operaes de crdito autorizadas no oramento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualizao monetria. Resposta: Errada 57) (CESPE - Analista Tcnico Administrativo - MI - 2009) As caues, as garantias recebidas em dinheiro de terceiros para a execuo de contratos de obras e fornecimento de servios e as diversas arrecadaes por conta de terceiros devem integrar o cmputo da dvida flutuante. De acordo com o art. 92 da Lei 4.320/1964, a dvida flutuante compreende: _ Os restos a pagar, excludos os servios da dvida. _ Os servios da dvida a pagar (parcelas de amortizao e juros da dvida fundada). _ Os depsitos. _ Os dbitos de tesouraria (operaes de crdito por antecipao de receita). 'HQWURGHGHSyVLWRVHVWmRLQFOXtGDVDVFDXo}HV Resposta: Certa

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    58) (CESPE - Contador - Ministrio dos Esportes - 2008) A dvida pblica consolidada ou fundada o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a cinco anos. A dvida pblica consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses. Resposta: Errada 59) (CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) Os ttulos emitidos pelo Banco Central do Brasil no so computados no clculo da dvida pblica. Ser includa na dvida pblica consolidada da Unio a relativa emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do oramento. Logo, os ttulos emitidos pelo Banco Central do Brasil so computados no clculo da dvida pblica. Resposta: Errada 60) (CESPE - Contador - Ministrio dos Esportes - 2008) Integram a dvida consolidada, para fins de aplicao dos limites da dvida pblica e de operaes de crdito, todos os precatrios judiciais no pagos durante a execuo do oramento em que houverem sido includos. Os precatrios judiciais no pagos durante a execuo do oramento em que houverem sido includos integram a dvida consolidada, para fins de aplicao dos limites (art. 30, 7, da LRF). Resposta: Certa 61) (CESPE AUFC TCU 2008) Caso a Unio emita novos ttulos para pagamento de dvidas mobilirias vencidas, as quais se componham de principal, atualizao monetria e juros, nos valores de, respectivamente, R$ 100.000,000,00, R$ 10.000.000,00 e R$ 15.000.000,00, nessa situao, de acordo com a LRF, o refinanciamento de tais dvidas corresponder a R$ 100.000.000,00. Para os efeitos da LRF, o refinanciamento da dvida mobiliria corresponde emisso de ttulos para pagamento do principal acrescido da atualizao monetria (art. 29, V, da LRF).

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    Logo: Refinanciamento = principal + atualizao monetria Refinanciamento = R$ 100.000,000,00 + R$ 10.000.000,00 Refinanciamento = R$ 110.000,000,00 Nessa situao, de acordo com a LRF, o refinanciamento de tais dvidas corresponder a R$ 110.000.000,00. Resposta: Errada 62) (CESPE Planejamento e Execuo Oramentria Min. da Sade 2008) A dvida mobiliria do governo federal, constituda pelos ttulos da dvida pblica em poder das instituies financeiras, deve ser contabilizada como dvida flutuante. Ser includa na dvida pblica consolidada da Unio a relativa emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as operaes de crdito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado do oramento. Resposta: Errada 63) (CESPE Procurador Federal 2007) Caso determinado estado da Federao celebre operao de crdito para obteno de ativos para construo e reforma de rodovias estaduais, estabelecendo, no contrato, que o prazo para amortizao da referida operao ser de 36 meses, nessa situao, os valores relativos operao de crdito enquadrar-se-o no conceito de dvida pblica consolidada. Na LRF: Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, so adotadas as seguintes definies: I - dvida pblica consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses; Logo, se o prazo para a amortizao da referida operao ser de 36 meses, nessa situao, os valores relativos operao de crdito enquadrar-se-o no conceito de dvida pblica consolidada. Resposta: Certa 64) (CESPE AUFC TCU 2004) Enquanto a Lei n. 4.320/1964 considera como dvida pblica fundada apenas aquela com vencimento superior a doze meses, a Lei Complementar n. 101/2000 inclui nessa categoria tambm as operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do oramento.

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    Consoante o art. 98 da Lei 4320/1964, a dvida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses, contrados para atender o desequilbrio oramentrio ou financeiro de obras e servios pblicos. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu regras mais rgidas para o endividamento pblico, at mesmo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964 e do Decreto 93.872/1986. A LRF adota no art. 29 as definies relacionadas ao crdito pblico e ao endividamento. A dvida pblica consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a 12 meses. Tambm ser includa na dvida pblica consolidada da Unio a relativa emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as operaes de crdito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado do oramento. Resposta: Certa 65) (CESPE - Planejamento e Execuo Oramentria - Min. da Sade - 2008) Se, em determinado estado da Federao, o crescimento do produto interno bruto tiver permanecido, por doze meses, inferior a 1% e a dvida consolidada desse estado tiver excedido, nesse perodo, os limites estabelecidos pelo Senado Federal, ento o prazo para reconduo da dvida ao seu respectivo limite ser de vinte e quatro meses. Estamos diante de um caso de necessidade de duplicao de prazo, pois o crescimento do produto interno bruto permaneceu, por doze meses, inferior a 1%. Se a dvida consolidada desse estado tiver excedido, nesse perodo, os limites estabelecidos pelo Senado Federal, ento o prazo para reconduo da dvida ao seu respectivo limite passar de trs para seis quadrimestres, ou seja, ser de vinte e quatro meses. Resposta: Certa 66) (CESPE Auditor Substituto de Ministro TCU 2007) Se um ente da federao ultrapassar o limite estabelecido legalmente para o montante da dvida consolidada, ficar proibido de realizar operao de crdito, inclusive o refinanciamento do dbito principal atualizado da dvida mobiliria, enquanto perdurar o excesso. Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se submeter s seguintes sanes:

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    _ Estar proibido de realizar operao de crdito interna ou externa, inclusive por antecipao de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria. _ Obter resultado primrio necessrio