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  • CURSO ON-LINE RESUMOS DE AFO ANALISTA E TCNICO ADMINISTRATIVO - MPU

    PROFESSOR: SRGIO MENDES

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    Aula 3 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

    Ol amigos! Como bom estar aqui!

    Vamos continuar nossa ampla reviso de AFO. a ltima aula. Est chegando

    a prova! Como em qualquer resumo, no trataremos de todos os artigos da

    LRF, apenas dos mais cobrados em provas e com maior probabilidade de

    aparecerem no nosso concurso.

    1. GESTO FISCAL E TRANSPARNCIA

    A LRF estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a

    responsabilidade na gesto fiscal, a qual pressupe ao planejada e

    transparente, em que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar

    o equilbrio das contas pblicas, mediante o cumprimento de metas de

    resultados entre receitas e despesas e obedincia a limites e condies no

    que tange renncia de receita, gerao de despesas com pessoal, da

    seguridade social e outras, dvidas consolidada e mobiliria, operaes de

    crdito, inclusive por antecipao de receita, concesso de garantia e inscrio

    em Restos a Pagar.

    As disposies da LRF obrigam a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. Nas referncias Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos

    Municpios, esto compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste

    abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judicirio e o Ministrio Pblico;

    bem como as respectivas administraes diretas, fundos, autarquias,

    fundaes e empresas estatais dependentes. Ainda, a Estados entende-se

    considerado o Distrito Federal; e a Tribunais de Contas esto includos:

    Tribunal de Contas da Unio, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver,

    Tribunal de Contas dos Municpios e Tribunal de Contas do Municpio.

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    Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal a

    instituio, previso e efetiva arrecadao de todos os tributos da competncia constitucional do ente da Federao. No entanto, vedada

    a realizao de transferncias voluntrias para o ente que no observe

    tal determinao no que se refere aos impostos. Assim, apesar de os re-quisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal contemplarem os

    tributos, a vedao quanto s transferncias voluntrias se refere apenas aos

    impostos. Ressalto que tal vedao no alcana as transferncias voluntrias

    destinadas a aes de educao, sade e assistncia social.

    Segundo o art. 48 da LRF, so instrumentos de transparncia da gesto fiscal,

    aos quais ser dada ampla divulgao, inclusive em meios eletrnicos de

    acesso pblico: os planos, oramentos e leis de diretrizes oramentrias; as

    prestaes de contas e o respectivo parecer prvio; o Relatrio Resumido da

    Execuo Oramentria e o Relatrio de Gesto Fiscal; e as verses

    simplificadas desses documentos.

    A transparncia ser assegurada tambm mediante:

    incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de

    diretrizes oramentrias e oramentos;

    liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo

    oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico. Os

    entes da Federao disponibilizaro a qualquer pessoa fsica ou jurdica

    o acesso a informaes, quanto despesa, referentes a todos os atos

    praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo da

    despesa, no momento de sua realizao, com a disponibilizao mnima

    dos dados referentes ao nmero do correspondente processo, ao bem

    fornecido ou ao servio prestado, pessoa fsica ou jurdica beneficiria

    do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatrio

    realizado; e quanto receita, referente ao lanamento e ao recebimento

    de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos

    extraordinrios;

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    adoo de sistema integrado de administrao financeira e controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder

    Executivo da Unio.

    As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficaro disponveis,

    durante todo o exerccio, no respectivo Poder Legislativo e no rgo tcnico

    responsvel pela sua elaborao, para consulta e apreciao pelos cidados e

    instituies da sociedade.

    2. GERAO DE DESPESA

    A gerao de despesa se refere ao aumento de despesa por meio de criao,

    expanso ou aperfeioamento de ao governamental.

    Consoante o art. 16 da LRF, a criao, expanso ou aperfeioamento de ao

    governamental que acarrete aumento da despesa ser acompanhado de:

    I estimativa, com as premissas e metodologia de clculo utilizadas, do

    impacto oramentrio-financeiro no exerccio em que deva entrar em vigor e

    nos dois subsequentes;

    II declarao do ordenador da despesa de que o aumento tem adequao

    oramentria e financeira com a lei oramentria anual e compatibilidade com

    o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias.

    O referido artigo ainda define despesa adequada com a LOA e despesa

    compatvel com PPA e LDO.

    Adequada com a LOA: a despesa objeto de dotao especfica e suficiente, ou que esteja abrangida por crdito genrico, de forma que,

    somadas todas as despesas da mesma espcie, realizadas e a realizar,

    previstas no programa de trabalho, no sejam ultrapassados os limites

    estabelecidos para o exerccio;

    Compatvel com PPA e LDO: a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos

    e no infrinja qualquer de suas disposies.

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    Tais normas constituem condio prvia para empenho e licitao de servios,

    fornecimento de bens ou execuo de obras, bem como para desapropriao

    de imveis urbanos a que se refere o 3.o do art. 182 da CF/1988. A gerao

    de despesas ou assuno de obrigaes que no atendam o disposto nos arts.

    16 e 17 da LRF sero consideradas no autorizadas, irregulares e lesivas ao

    patrimnio pblico.

    Ressalva-se dessas determinaes a despesa considerada irrelevante, de

    acordo com o que dispuser a lei de diretrizes oramentrias.

    3. DESPESA OBRIGATRIA DE CARTER CONTINUADO

    Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatria de carter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisria ou ato administrativo

    normativo que fixem para o ente a obrigao legal de sua execuo por um

    perodo superior a dois exerccios. Por exemplo, o aumento da remunerao de

    servidores pblicos.

    Muita ateno que nos remeteremos vrias vezes ao art. 17 da LRF, o qual ainda determina que so exigncias para criao ou aumento das despesas

    obrigatrias de carter continuado:

    atos que criarem as despesas ou as aumentarem devero ser instrudos com estimativas do impacto oramentrio-financeiro, no exerccio que

    deva entrar em vigor e nos dois subsequentes;

    demonstrao da origem dos recursos para seu custeio; comprovao de que a criao ou o aumento da despesa no afetar as

    metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO;

    compensao dos seus efeitos financeiros, nos perodos seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela reduo permanente de

    despesa.

    Considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevao de alquotas, ampliao da base de clculo, majorao ou criao de tributo ou

    contribuio. J a prorrogao de despesa criada por prazo determinado considera-se aumento da despesa.

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    A despesa obrigatria de carter continuado no ser executada antes da

    implementao das medidas referidas, as quais integraro o instrumento que a

    criar ou aumentar. Logo, o administrador pblico dever implementar essas

    medidas antes da criao ou aumento das despesas obrigatrias de carter continuado. No entanto, as despesas destinadas ao servio da dvida e ao

    reajustamento de remunerao de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da

    CF/1988 esto excludas dessas regras. Tal inciso versa sobre a reviso geral

    anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices da remunerao dos

    servidores e do subsdio de membro de Poder, de detentor de mandato eletivo,

    de Ministros de Estado e de Secretrios Estaduais e Municipais.

    4. RENNCIA DE RECEITAS

    A renncia de receitas compreende anistia, remisso, subsdio, crdito

    presumido, concesso de iseno em carter no geral, alterao de alquota

    ou modificao de base de clculo que implique reduo discriminada de

    tributos ou contribuies, e outros benefcios que correspondam a tratamento

    diferenciado.

    Ainda, outras situaes podem caracterizar renncia de receitas e no apenas

    as listadas, j que o conceito compreende tambm outros benefcios que

    correspondam a tratamento diferenciado. Por exemplo, segundo o art. 146 da

    CF/1988, cabe lei complementar estabelecer normas gerais em matria de

    legislao tributria, especialmente sobre adequado tratamento tributrio ao ato

    cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.

    Segundo o art. 14 da LRF, a concesso ou ampliao de incentivo ou benefcio

    de natureza tributria da qual decorra renncia de receita dever estar

    acompanhada de estimativa do impacto oramentrio-financeiro no exerccio

    em que deva iniciar sua vigncia e nos dois seguintes, atender ao disposto na

    lei de diretrizes oramentrias e a pelo menos uma das seguintes condies:

    Demonstrao pelo proponente de que a renncia foi considerada na estimativa de receita da LOA e de que no afetar as metas de

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    resultados fiscais previstas no anexo prprio da LDO; ou

    Estar acompanhada de medidas de compensao, no perodo mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da elevao

    de alquotas, ampliao da base de clculo, majorao ou criao de

    tributo ou contribuio. Nesse caso, o benefcio s entrar em vigor

    quando implementadas as medidas citadas.

    Cuidado: a LRF taxativa, logo, medidas como diminuio de despesas ou

    aumento de fiscalizao contra a sonegao no so medidas de

    compensao.

    O disposto acima no se aplica s alteraes das alquotas dos impostos de

    importao de produtos estrangeiros (II), de exportao, para o exterior, de

    produtos nacionais ou nacionalizados (IE), de produtos industrializados (IPI), de

    operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou valores

    mobilirios (IOF) e ao cancelamento de dbito cujo montante seja inferior ao

    dos respectivos custos de cobrana.

    5. RECEITA CORRENTE LQUIDA

    Um conceito importante da LRF o de Receita Corrente Liquida (RCL), utilizado como referncia na despesa pblica, como no clculo do limite para as

    despesas de pessoal, dvida pblica, operaes de crdito e concesso de

    garantia. Ser apurada somando-se as receitas arrecadadas no ms em

    referncia e nos onze anteriores, excludas as duplicidades. A RCL

    corresponde ao somatrio das receitas tributrias, de contribuies,

    patrimoniais, industriais, agropecurias, de servios, transferncias correntes e

    outras receitas tambm correntes, deduzidos:

    Na Unio: os valores transferidos aos Estados e Municpios por determinao constitucional ou legal, e as contribuies mencionadas na

    alnea a do inciso I e no inciso II do art. 195 (relacionadas seguridade

    social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP).

    Nos Estados: as parcelas entregues aos Municpios por determinao constitucional.

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    Na Unio, nos Estados e nos Municpios: a contribuio dos servidores para o custeio do seu sistema de previdncia e assistncia

    social e as receitas provenientes da compensao financeira citada no

    9.o do art. 201 da CF/1988 (compensao entre os diversos sistemas

    previdencirios).

    No DF, no Amap e em Roraima: recursos transferidos pela Unio decorrentes da competncia da prpria Unio para organizar e manter o

    Poder Judicirio, o Ministrio Pblico e a Defensoria Pblica do DF e

    dos Territrios; e organizar e manter a polcia civil, a polcia militar e o

    corpo de bombeiros militar do DF, bem como prestar assistncia

    financeira ao DF para a execuo de servios pblicos, por meio de

    fundo prprio.

    6. DESPESAS COM PESSOAL

    Segundo o art. 18 da LRF, para os efeitos dessa Lei Complementar, entendese

    como despesa total com pessoal: o somatrio dos gastos do ente da

    Federao com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos

    eletivos, cargos, funes ou empregos, civis, militares e de membros de Poder,

    com quaisquer espcies remuneratrias, tais como vencimentos e vantagens,

    fixas e variveis, subsdios, proventos da aposentadoria, reformas e penses,

    inclusive adicionais, gratificaes, horas extras e vantagens pessoais de

    qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuies recolhidas pelo

    ente s entidades de previdncia.

    As despesas consideradas como indenizatrias no so consideradas espcies

    remuneratrias, logo no entram no clculo do percentual de despesas com

    pessoal. Exemplo: auxlio-alimentao, assistncia pr--escolar,

    auxliotransporte, ajuda de custo para o militar removido para outra cidade, etc.

    Ateno: so tambm despesas com pessoal os valores dos contratos

    de terceirizao de mo de obra que se referem substituio de ser-

    vidores e empregados pblicos. Sero contabilizados como Outras

    Despesas de Pessoal.

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    Limites

    O conceito de RCL, que vimos no tpico anterior, importante porque,

    segundo o art. 19, a despesa total com pessoal ser apurada somando-se a

    realizada no ms em referncia com as dos onze imediatamente anteriores,

    adotando-se o regime de competncia. Para os fins do disposto no caput do

    art. 169 da Constituio, a despesa total com pessoal, em cada perodo de

    apurao e em cada ente da Federao, no poder exceder os percentuais da

    receita corrente lquida:

    LIMITES DAS DESPESAS COM PESSOAL EM RELAO RCL

    UNIO ESTADOS MUNICPIOS

    50% 60% 60%

    Na despesa total com pessoal, para fins de verificao dos limites definidos na

    LRF, consoante o 1. tambm do art. 19, no ser(o) computada(s) a(s) despesa(s):

    com indenizao por demisso de servidores ou empregados; relativas a incentivos demisso voluntria; com convocao extraordinria do Congresso Nacional (a Emenda

    Constitucional 50/2006 vedou o pagamento de parcela indenizatria em

    razo de convocao do Congresso Nacional);

    decorrentes de deciso judicial e da competncia de perodo anterior ao da apurao da despesa total com pessoal somando-se a realizada no

    ms em referncia com as dos onze imediatamente anteriores,

    adotando-se o regime de competncia. As despesas com pessoal

    decorrentes de sentenas judiciais sero includas no limite do

    respectivo Poder ou rgo;

    com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amap e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela Unio decorrentes da

    competncia da prpria Unio para organizar e manter o Poder

    Judicirio, o Ministrio Pblico e a Defensoria Pblica do Distrito Federal

    e dos Territrios; e organizar e manter a polcia civil, a polcia militar e o

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    corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar

    assistncia financeira ao Distrito Federal para a execuo de servios

    pblicos, por meio de fundo prprio;

    com inativos, ainda que por intermdio de fundo especfico, custeadas por recursos provenientes:

    da arrecadao de contribuies dos segurados;

    da compensao financeira entre os diversos regimes de

    previdncia social para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem

    recproca do tempo de contribuio na administrao pblica e na atividade

    privada, rural e urbana, segundo critrios estabelecidos em lei;

    das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado

    a tal finalidade, inclusive o produto da alienao de bens, direitos e ativos, bem

    como seu supervit financeiro.

    Segundo o art. 20 da LRF, a repartio dos limites globais do art. 19 Unio

    (50%), Estados (60%), Municpios (60%) no poder exceder os seguintes

    percentuais:

    LIMITES POR ESFERA

    FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

    Legislativo (TCU): 2,5% Legislativo (TCE): 3% Legislativo (TCM): 6%

    Judicirio: 6% Judicirio: 6%

    Executivo: 40,9% Executivo: 49% Executivo: 54%

    MPU: 0,6% MPE: 2%

    Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municpios, o percentual do Legislativo ser de 3,4% e do Executivo ser de 48,6%.

    Controle

    Conforme o art. 21 da LRF, nulo de pleno direito o ato que provoque aumento

    da despesa com pessoal e no atenda:

    as exigncias para a criao das despesas obrigatrias de carter continuado (art. 17). So elas: atos que criarem as despesas ou as

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    aumentarem devero ser instrudos com estimativas do impacto

    oramentrio--financeiro, no exerccio que deva entrar em vigor e nos

    dois subsequentes; demonstrao da origem dos recursos para seu

    custeio; comprovao de que a criao ou o aumento da despesa no

    afetar as metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas

    fiscais da LDO; compensao dos seus efeitos financeiros, nos perodos

    seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela reduo

    permanente de despesa;

    as exigncias de acompanhamento, para a criao, expanso ou aperfeioamento de ao governamental que acarrete aumento da

    despesa (art. 16): estimativa do impacto oramentrio-financeiro no

    exerccio em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes, e

    declarao do ordenador da despesa de que o aumento tem adequao

    oramentria e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e

    com a LDO;

    as exigncias do 1.o do art. 169 da CF/1988 (veremos ainda neste tpico);

    o percentual de reserva dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras de deficincia e os critrios de sua admisso

    definidos em lei;

    o limite legal de comprometimento aplicado s despesas com pessoal inativo.

    Tambm nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com

    pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do

    titular do respectivo Poder ou rgo.

    Ainda, consoante o inciso XIII do art. 37 da CF/1988, vedada a vinculao ou

    equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para o efeito de

    remunerao de pessoal do servio pblico. Logo, nulo o ato aumentativo da

    despesa com pessoal que promova a vinculao ou equiparao de quaisquer

    espcies remuneratrias.

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    Ressalta-se que a CF/1988 veda a transferncia voluntria de recursos e a

    concesso de emprstimos, inclusive por antecipao de receita, pelos

    Governos Federal e Estaduais e suas instituies financeiras, para pagamento

    de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios.

    Consoante o art. 22 da LRF, a verificao do cumprimento dos limites

    estabelecidos nos arts. 19 e 20 ser realizada ao final de cada quadrimestre.

    Limite de alerta: compete aos Tribunais de Contas verificar os clculos dos limites da despesa total com pessoal de cada Poder e rgo e alert-los

    quando constatarem que o montante da despesa total com pessoal ultrapassar

    90% do limite.

    Limite prudencial: se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e

    cinco por cento) do limite, so vedados ao Poder ou rgo que houver

    incorrido no excesso:

    concesso de vantagem, aumento, reajuste ou adequao de remunerao a qualquer ttulo, salvo os derivados de sentena judicial

    ou de determinao legal ou contratual, ressalvada a reviso geral

    anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices;

    criao de cargo, emprego ou funo; alterao de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; provimento de cargo pblico, admisso ou contratao de pessoal a

    qualquer ttulo, ressalvada a reposio decorrente de aposentadoria ou

    falecimento de servidores das reas de educao, sade e segurana;

    contratao de hora extra, salvo no caso das situaes previstas na lei de diretrizes oramentrias e no caso de convocao extraordinria do

    Congresso Nacional (relembro que a Emenda Constitucional 50/2006

    vedou o pagamento de parcela indenizatria em razo de convocao

    do Congresso Nacional).

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    Ateno: o limite de alerta ocorre quando os Tribunais de Contas constatam

    que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% do limite, no havendo nenhuma sano ou vedao, apenas um alerta. J o limite

    prudencial ocorre quando a despesa total com pessoal excede a 95% do limite, incorrendo em diversas vedaes para o Poder ou rgo que incorrer no

    excesso.

    Limite ultrapassado (caput do art. 23 da LRF): se a despesa total com

    pessoal, do Poder ou rgo, ultrapassar os limites definidos no art. 20, sem

    prejuzo das medidas previstas no art. 22 citadas acima, o percentual

    excedente ter de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo

    menos um tero no primeiro, adotando-se, entre outras, as providncias

    previstas nos 3.o e 4.o do art. 169 da CF/1988.

    Assim, a CF/1988 tambm trata do assunto despesas com pessoal. Segundo o

    art. 169, a despesa com pessoal ativo e inativo da Unio, dos Estados, do

    Distrito Federal e dos Municpios no poder exceder os limites estabelecidos

    em lei complementar, que exatamente o que estudamos na LRF, por isso

    comeamos o estudo da Lei antes da CF/1988.

    De acordo com o 1. do art. 169 da CF/1988, a concesso de qualquer

    vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos, empregos e

    funes ou alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso ou

    contratao de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da

    administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo

    poder pblico, s podero ser feitas se houver:

    prvia dotao oramentria suficiente para atender s projees de despesa de pessoal e aos acrscimos dela decorrentes;

    autorizao especfica na lei de diretrizes oramentrias, ressalvadas as empresas pblicas e as sociedades de economia mista.

    Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base no que estudamos na

    LRF, a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios adotaro as

    seguintes providncias (so os 3.o e 4.o do art. 169 da CF/1988):

    reduo em pelo menos 20% (vinte por cento) das despesas com cargos

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    em comisso e funes de confiana;

    exonerao dos servidores no estveis; exonerao de servidor estvel, desde que ato normativo motivado de

    cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o rgo ou

    unidade administrativa objeto da reduo de pessoal. O servidor que

    perder o cargo far jus a indenizao correspondente a um ms de

    remunerao por ano de servio e o cargo objeto da reduo ser

    considerado extinto, vedada a criao de cargo, emprego ou funo com

    atribuies iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.

    No alcanada a reduo no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o

    excesso, o ente no poder ( 3. do art. 23 da LRF):

    receber transferncias voluntrias, ressalvadas as destinadas sade, educao e assistncia social;

    obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; contratar operaes de crdito, ressalvadas as destinadas ao

    refinanciamento da dvida mobiliria e as que visem reduo das

    despesas com pessoal.

    Excees aos prazos do art. 23 para reduo das despesas com pessoal

    Reduo para um quadrimestre: as restries so aplicadas imediatamente

    se a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do

    ltimo ano do mandato dos titulares de Poder ou rgo.

    Suspenso de prazo: na ocorrncia de calamidade pblica reconhecida pelo

    Congresso Nacional, no caso da Unio, ou pelas Assembleias Legislativas, na

    hiptese dos Estados e Municpios, enquanto perdurar a situao sero

    suspensas a contagem dos prazos e as disposies estabelecidas no artigo.

    Duplicao: j em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto

    Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por perodo igual ou superior

    a quatro trimestres, os prazos do artigo sero duplicados. Entende-se por

    baixo crescimento a taxa de variao real acumulada do PIB inferior a 1%, no

    perodo correspondente aos quatro ltimos trimestres.

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    7. DESTINAO DE RECURSOS PBLICOS PARA O SETOR PRIVADO

    Segundo o art. 26 da LRF, a destinao de recursos para, direta ou

    indiretamente, cobrir necessidades de pessoas fsicas ou dficits de pessoas

    jurdicas dever ser autorizada por lei especfica, atender s condies

    estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias e estar prevista no oramento ou em seus crditos adicionais. Tal regra se aplica a toda a

    administrao indireta, inclusive fundaes pblicas e empresas estatais,

    exceto, no exerccio de suas atribuies precpuas, as instituies financeiras e

    o Banco Central do Brasil.

    Compreende-se includa a concesso de emprstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogaes e a composio

    de dvidas, a concesso de subvenes e a participao em constituio ou

    aumento de capital.

    J de acordo com o caput do art. 27, na concesso de crdito por ente da

    Federao a pessoa fsica, ou jurdica que no esteja sob seu controle direto

    ou indireto, os encargos financeiros, comisses e despesas congneres no

    sero inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captao.

    Ainda, dependem de autorizao em lei especfica as prorrogaes e

    composies de dvidas decorrentes de operaes de crdito, bem como a

    concesso de emprstimos ou financiamentos em desacordo com o caput do

    art. 27, sendo o subsdio correspondente consignado na lei oramentria.

    Salvo mediante lei especfica, no podero ser utilizados recursos pblicos,

    inclusive de operaes de crdito, para socorrer instituies do Sistema

    Financeiro Nacional, ainda que mediante a concesso de emprstimos de

    recuperao ou financiamentos para mudana de controle acionrio. Isso

    significa que o Poder Executivo no pode socorrer os bancos sem passar pelo

    parlamento. No entanto, tal vedao no probe o Banco Central do Brasil de

    conceder s instituies financeiras operaes de redesconto e de

    emprstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.

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    8. REGRA DE OURO

    A legislao atual atribui uma srie de restries para a aplicao de

    determinadas origens da receita de capital em despesas correntes. A CF/1988,

    em seu art. 167, III, estabelece:

    Art. 167. So vedados:

    III a realizao de operaes de crditos que excedam o montante das

    despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos

    suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo

    Poder Legislativo por maioria absoluta.

    Essa norma, conhecida como regra de ouro, objetiva dificultar a contratao de emprstimos para financiar gastos correntes, evitando que o ente pblico

    tome emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal, juros ou

    custeio.

    Importante: segundo o 2.o do art. 12 da LRF:

    2.o O montante previsto para as receitas de operaes de crdito no poder

    ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei

    oramentria.

    Repare que tal pargrafo da LRF descarta as excees constitucionais. Por

    isso, foi proposta uma Ao Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo

    Tribunal Federal, o qual suspendeu liminarmente a eficcia deste dispositivo.

    Porm, a regra de ouro e suas excees continuam em pleno vigor devido ao dispositivo constitucional.

    Importante: segundo a LRF, as operaes de crdito por antecipao de

    receita no sero computadas para efeito da regra de ouro, desde que

    liquidada, com juros e outros encargos incidentes, at o dia dez de dezembro.

    A LRF tambm traz restries para a aplicao de receitas provenientes de

    converso em espcie de bens e direitos, tendo em vista o disposto em seu

    art. 44, o qual veda o uso de recursos de alienao de bens e direitos em

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    despesas correntes, exceto se aplicada aos regimes de previdncia, mediante

    autorizao legal, conforme transcrito a seguir:

    Art. 44. vedada a aplicao da receita de capital derivada da alienao de

    bens e direitos que integram o patrimnio pblico para o financiamento de

    despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdncia social,

    geral e prprio dos servidores pblicos.

    A LRF ainda contempla restries para a conservao do patrimnio pblico.

    Inmeras vezes observamos rodovias carssimas tornadas intransitveis pela

    falta de manuteno, edifcios semidestrudos pela ausncia de recursos para

    sua preservao, equipamentos mdicos ou cientficos inutilizados por inexistir

    peas de reposio. justamente isso que se pretende evitar. O dispositivo da

    LRF estabelece que a lei oramentria e as de crditos adicionais s incluiro novos projetos aps adequadamente atendidos os em andamento e

    contempladas as despesas de conservao do patrimnio pblico, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes oramentrias.

    9. LIMITAO DE EMPENHO E DE MOVIMENTAO FINANCEIRA

    o previsto de maneira explcita no caput do art. 9. da LRF, o qual dispe

    que, se verificado, ao final de um bimestre, que a realizao da receita poder

    no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal

    estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministrio Pblico

    promovero, por ato prprio e nos montantes necessrios, nos trinta dias

    subsequentes, limitao de empenho e movimentao financeira, segundo os

    critrios fixados pela lei de diretrizes oramentrias.

    A limitao de empenho tambm ser promovida pelo ente que ultrapassar o

    limite para a dvida consolidada, para que obtenha o resultado primrio

    necessrio reconduo da dvida ao limite.

    O gestor pblico s tem permisso legal para proceder limitao de empenho

    quando a realizao da receita (e no a execuo da despesa) comprometer

    as metas fiscais, como o supervit primrio. Outra observao que alm do

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    Poder Executivo, h a extenso da limitao de empenho aos Poderes

    Legislativo e Judicirio e ao Ministrio Pblico.

    No sero objeto de limitao as despesas que constituam obrigaes

    constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do servio da dvida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes oramentrias.

    No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a

    recomposio das dotaes cujos empenhos foram limitados dar-se- de forma proporcional s redues efetivadas. At o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo

    demonstrar e avaliar o cumprimento das metas fiscais de cada

    quadrimestre, em audincia pblica na comisso mista referida na

    Constituio ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.

    Consoante o art. 65 da LRF, no caso de estado de defesa e/ou de stio,

    decretado na forma da Constituio, ou na ocorrncia de calamidade

    pblica reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da Unio,

    ou pelas Assembleias Legislativas, na hiptese dos Estados e Munic-

    pios, enquanto perdurar a situao sero dispensados o atingimento dos

    resultados fiscais e a limitao de empenho prevista no art. 9.o.

    Ateno: limitao de empenho no corresponde a contingenciamento. Na

    limitao de empenho anula-se parcela da dotao oramentria, sendo que

    a recomposio ser proporcional s redues efetivadas. J o

    contingenciamento equivale a um congelamento, pois se deixa de efetuar o

    empenho, mas permanece a dotao.

    Cabe ressaltar que, em relao ao 3. do art. 9., foi proposta uma Ao

    Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) perante o Supremo Tribunal Federal, o

    qual suspendeu liminarmente a eficcia deste dispositivo:

    3.o No caso de os Poderes Legislativo e Judicirio e o Ministrio Pblico no

    promoverem a limitao no prazo estabelecido no caput, o Poder Executivo

    autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critrios fixados pela lei

    de diretrizes oramentrias.

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    Ateno: atualmente, devido ADIN, o Poder Executivo no autorizado a limitar os Poderes Legislativo e Judicirio e o Ministrio Pblico caso estes no

    promovam a limitao no prazo estabelecido no caput do art. 9.. H a

    extenso da limitao de empenho aos Poderes Legislativo, Judicirio e

    Ministrio Pblico, mas ela deve ser efetuada por ato prprio.

    10. DESCENTRALIZAO ORAMENTRIA E FINANCEIRA

    Este tpico no se refere LRF, porm o tema importante para a

    compreenso da execuo oramentria e financeira dentro do Ciclo

    Oramentrio.

    Descentralizao de crditos

    As descentralizaes de crditos oramentrios ocorrem quando for efetuada

    movimentao de parte do oramento, mantidas as classificaes institucional,

    funcional, programtica e econmica, para que outras unidades administrativas

    possam executar a despesa oramentria.

    As descentralizaes de crditos oramentrios no se confundem com

    transferncias e transposio, pois no modificam o valor da programao ou

    de suas dotaes oramentrias (crditos adicionais); tampouco alteram a

    unidade oramentria (classificao institucional) detentora do crdito

    oramentrio aprovado na lei oramentria ou em crditos adicionais.

    Na descentralizao, as dotaes sero empregadas obrigatria e

    integralmente na consecuo do objetivo previsto pelo programa de trabalho

    pertinente, respeitadas fielmente a classificao funcional e a estrutura

    programtica. Portanto, a nica diferena que a execuo da despesa

    oramentria ser realizada por outro rgo ou entidade.

    Assim, a movimentao de crditos, a que chamamos habitualmente de

    descentralizao de crditos, consiste na transferncia, de uma unidade

    gestora para outra, do poder de utilizar crditos oramentrios que lhe tenham

    sido consignados no Oramento ou lhe venham a ser transferidos

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    posteriormente. A descentralizao pode ser interna, se realizada entre UGs do mesmo rgo (proviso); ou externa, se efetuada entre rgos distintos (destaque).

    Movimentao de recursos

    A primeira fase da movimentao dos recursos a liberao de cota e deve ser realizada em consonncia com o cronograma de desembolso aprovado

    pela Secretaria do Tesouro Nacional. Assim, cota o montante de recursos

    colocados disposio dos rgos Setoriais de Programao Financeira

    OSPF pela Coordenao-Geral de Programao Financeira COFIN/STN

    mediante movimentao intra-SIAFI dos recursos da Conta nica do Tesouro

    Nacional.

    A segunda fase a liberao de repasse ou sub-repasse.

    Repasse a movimentao de recursos realizada pelos OSPF para as unidades de outros rgos ou ministrios e entidades da Administrao

    Indireta, bem como entre estes; e sub-repasse a liberao de recursos dos

    OSPF para as unidades sob sua jurisdio e entre as unidades de um mesmo

    rgo, ministrio ou entidade.

    Ateno: a UG que recebe crditos descentralizados por destaque, receber recursos por repasse. A UG que recebe crditos descentralizados por proviso, receber recursos por sub-repasse.

    11. TRANSFERNCIAS VOLUNTRIAS

    So operaes especiais em que ocorre a entrega de recursos correntes ou de

    capital a outro ente da Federao, a ttulo de cooperao, auxlio ou

    assistncia financeira, que no decorra de determinao constitucional, legal

    ou os destinados ao Sistema nico de Sade.

    So exigncias para a realizao de transferncia voluntria, alm das

    estabelecidas na LDO:

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    a) Existncia de dotao especfica;

    b) Observncia do disposto no inciso X do art. 167 da CF, o qual veda a

    transferncia voluntria de recursos e a concesso de emprstimos, inclusive

    por antecipao de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas

    instituies financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo,

    inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    c) Comprovao, por parte do beneficirio, de:

    que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, emprstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto

    prestao de contas de recursos anteriormente dele recebidos;

    cumprimento dos limites constitucionais relativos educao e sade; observncia dos limites das dvidas consolidada e mobiliria, de

    operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita, de inscrio

    em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;

    previso oramentria de contrapartida.

    vedada a utilizao de recursos transferidos em finalidade diversa da

    pactuada. At mesmo eventuais receitas financeiras auferidas com

    rendimentos de aplicao de recursos de convnios sero obrigatoriamente

    computadas a crdito do convnio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de

    sua finalidade, devendo constar de demonstrativo especfico que integrar as

    prestaes de contas do ajuste.

    Para fins da aplicao das sanes de suspenso de transferncias voluntrias

    constantes da LRF, excetuam-se aquelas relativas a aes de educao, sade e assistncia social.

    Transferncias voluntrias e descentralizao

    A execuo de despesas mediante descentralizao a outro ente da

    Federao processar-se- de acordo com os mesmos procedimentos adotados

    para as transferncias voluntrias, ou seja, empenho, liquidao e pagamento

    na unidade descentralizadora do crdito oramentrio e incluso na receita e

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    na despesa do ente recebedor dos recursos objeto da descentralizao,

    identificando-se como recursos de convnios ou similares.

    No entanto, ao contrrio das transferncias voluntrias realizadas aos demais

    entes da Federao que, via de regra, devem ser classificadas como

    operaes especiais, as descentralizaes de crditos oramentrios devem ocorrer em projetos ou atividades. Assim, nas transferncias voluntrias

    devem ser utilizados os elementos de despesas tpicos destas: 41-

    Contribuies e 42-Auxlios; enquanto nas descentralizaes devem ser

    usados os elementos denominados tpicos de gastos: 30-Material de Consumo,

    39-Outros Servios de Terceiros Pessoa Jurdica, 51-Obras e Instalaes,

    52-Material Permanente, etc.

    12. DVIDA PBLICA

    A dvida pblica a decorrncia natural dos emprstimos. So consideradas

    fundamentais para o equilbrio entre receitas e despesas, em virtude de seu

    potencial para causar danos s contas pblicas. O assunto to importante

    que o art. 34 da CF/1988 dispe que a Unio no intervir nos Estados nem no Distrito Federal, exceto, entre outros motivos, para reorganizar as finanas da unidade da Federao que suspender o pagamento da dvida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de fora maior; ou deixar de

    entregar aos Municpios receitas tributrias fixadas na Constituio, dentro dos

    prazos estabelecidos em lei.

    A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu regras mais rgidas para o

    endividamento pblico, at mesmo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964 e

    do Decreto 93.872/1986. A LRF adota no art. 29 as definies relacionadas ao

    crdito pblico e ao endividamento.

    A dvida pblica consolidada ou fundada corresponde ao montante total,

    apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao,

    assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao

    de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses.

    Tambm ser includa na dvida pblica consolidada da Unio a relativa

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    emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil - BACEN e

    as operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham

    constado do oramento. Ainda, para fins de aplicao dos limites ao

    endividamento, os precatrios judiciais no pagos durante a execuo do

    oramento em que houverem sido includos integram a dvida consolidada.

    A dvida pblica mobiliria a dvida pblica representada por ttulos emitidos pela Unio, inclusive os do BACEN, Estados e Municpios. uma

    especificao da dvida consolidada geral para que ocorra um maior controle.

    Considera-se operao de crdito o compromisso financeiro assumido em razo de mtuo, abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo, aquisio

    financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda

    a termo de bens e servios, arrendamento mercantil e outras operaes

    assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. Equiparam-se

    operao de crdito a assuno, o reconhecimento ou a confisso de dvidas

    pelo ente da Federao, sem prejuzo do cumprimento das exigncias dos arts.

    15 e 16 da LRF, relacionados gerao de despesa.

    A concesso de garantia corresponde a compromisso de adimplncia de obrigao financeira ou contratual assumida por ente da Federao ou

    entidade a ele vinculada.

    O refinanciamento da dvida mobiliria corresponde emisso de ttulos

    para pagamento do principal acrescido da atualizao monetria.

    O refinanciamento do principal da dvida mobiliria no exceder, ao trmino

    de cada exerccio financeiro, o montante do final do exerccio anterior, somado

    ao das operaes de crdito autorizadas no oramento para este efeito e

    efetivamente realizadas, acrescido de atualizao monetria.

    Nas restries s despesas de pessoal, se no alcanada a reduo no prazo

    estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente no poder contratar,

    entre outros, operaes de crdito, ressalvadas as destinadas ao

    refinanciamento da dvida mobiliria e as que visem reduo das

    despesas com pessoal.

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    Reconduo da dvida aos limites

    Consoante o art. 31 da LRF, se a dvida consolidada de um ente da Federao

    ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, dever ser a ele

    reconduzida at o trmino dos trs subsequentes, reduzindo o excedente em

    pelo menos 25% no primeiro.

    Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se submeter

    s seguintes sanes:

    I estar proibido de realizar operao de crdito interna ou externa, inclusive

    por antecipao de receita, ressalvado o refinanciamento do principal

    atualizado da dvida mobiliria. Tais restries so aplicadas imediatamente se

    o montante da dvida exceder o limite no primeiro quadrimestre do ltimo ano

    do mandato do Chefe do Poder Executivo.

    II obter resultado primrio necessrio reconduo da dvida ao limite,

    promovendo, entre outras medidas, limitao de empenho.

    Vencido o prazo para retorno da dvida ao limite, e enquanto perdurar o

    excesso, o ente ficar tambm impedido de receber transferncias voluntrias

    da Unio ou do Estado. Ressalto que, para fins da aplicao das sanes de

    suspenso de transferncias voluntrias constantes da LRF, excetuam-se

    aquelas relativas a aes de educao, sade e assistncia social.

    As normas sero observadas nos casos de descumprimento dos limites da

    dvida mobiliria e das operaes de crdito internas e externas.

    Excees aos prazos do art. 31 para reconduo da dvida aos limites

    Suspenso: na ocorrncia de calamidade pblica reconhecida pelo Congresso

    Nacional, no caso da Unio, ou pelas Assembleias Legislativas, na hiptese

    dos Estados e Municpios; e em caso de estado de defesa ou de stio

    decretado na forma da constituio, enquanto perdurar a situao, sero

    suspensas a contagem dos prazos e as disposies estabelecidas no artigo.

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    Duplicao: j em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por perodo igual ou superior

    a quatro trimestres, os prazos do artigo sero duplicados. Entende-se por

    baixo crescimento a taxa de variao real acumulada do PIB inferior a 1%, no

    perodo correspondente aos quatro ltimos trimestres.

    Ampliao: ainda, na hiptese de se verificarem mudanas drsticas na

    conduo das polticas monetria e cambial, reconhecidas pelo Senado

    Federal, o prazo poder ser ampliado em at quatro quadrimestres.

    13. OPERAES DE CRDITO

    Regras gerais para as operaes de crdito

    O Ministrio da Fazenda verificar o cumprimento dos limites e condies

    relativos realizao de operaes de crdito de cada ente da Federao,

    inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indiretamente. O ente

    interessado formalizar seu pleito fundamentando-o em parecer de seus

    rgos tcnicos e jurdicos, demonstrando a relao custo-benefcio, o

    interesse econmico e social da operao e o atendimento das seguintes

    condies:

    I existncia de prvia e expressa autorizao para a contratao, no texto da

    lei oramentria, em crditos adicionais ou lei especfica;

    II incluso no oramento ou em crditos adicionais dos recursos provenientes

    da operao, exceto no caso de operaes por antecipao de receita;

    III observncia dos limites e condies fixados pelo Senado Federal;

    IV autorizao especfica do Senado Federal, quando se tratar de operao

    de crdito externo;

    V atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988);

    VI observncia das demais restries estabelecidas na LRF.

    Ateno: os contratos de operao de crdito externo no contero clusula

    que importe na compensao automtica de dbitos e crditos.

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    A instituio financeira que contratar operao de crdito com ente da

    Federao, exceto quando relativa dvida mobiliria ou externa, dever

    exigir comprovao de que a operao atenda s condies e limites

    estabelecidos.

    A operao realizada com infrao do disposto na LRF ser considerada nula,

    procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devoluo do principal,

    vedados o pagamento de juros e demais encargos financeiros. Se a devoluo

    no for efetuada no exerccio de ingresso dos recursos, ser consignada

    reserva especfica na lei oramentria para o exerccio seguinte.

    Enquanto no efetuado o cancelamento, a amortizao, ou constituda a

    reserva, aplicam-se as sanes previstas nos incisos do 3.o do art. 23 (as

    mesmas para despesas com pessoal). Tambm se constituir reserva, no

    montante equivalente ao excesso, se no atendido o disposto na LRF sobre a

    regra de ouro.

    Das operaes de crdito por antecipao de receita oramentria

    Segundo o art. 38 da LRF, a operao de crdito por antecipao de receita

    destina-se a atender insuficincia de caixa durante o exerccio financeiro e

    cumprir as exigncias para as operaes de crdito (tpico anterior) e as

    seguintes:

    I realizar-se- somente a partir do dcimo dia do incio do exerccio;

    II dever ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, at o dia dez

    de dezembro de cada ano;

    III no ser autorizada se forem cobrados outros encargos que no a taxa de

    juros da operao, obrigatoriamente prefixada ou indexada taxa bsica

    financeira, ou que vier a esta substituir;

    IV estar proibida enquanto existir operao anterior da mesma natureza no

    integralmente resgatada, bem como no ltimo ano de mandato do Presidente,

    Governador ou Prefeito Municipal.

    As operaes de crdito por antecipao de receita oramentria no sero

    computadas para efeito do que dispe a regra de ouro, desde que liquidadas

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    com juros e outros encargos incidentes, at o dia 10 de dezembro de cada ano.

    As operaes de crdito por antecipao de receita realizadas por Estados ou

    Municpios sero efetuadas mediante abertura de crdito junto instituio

    financeira vencedora em processo competitivo eletrnico promovido pelo

    Banco Central do Brasil, o qual manter um sistema de acompanhamento e

    controle do saldo do crdito aberto e, no caso de inobservncia dos limites,

    aplicar as sanes cabveis instituio credora.

    14. VEDAES

    Segundo o art. 34 da LRF, o Banco Central do Brasil no emitir ttulos da

    dvida pblica a partir de dois anos aps a publicao da LRF, o que significa

    que tal determinao j est produzindo efeitos h vrios anos.

    Consoante o art. 35, vedada a realizao de operao de crdito entre um

    ente da Federao, diretamente ou por intermdio de fundo, autarquia,

    fundao ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da

    administrao indireta, ainda que sob a forma de novao, refinanciamento ou postergao de dvida contrada anteriormente. Essa vedao no impede

    Estados e Municpios de comprar ttulos da dvida da Unio como aplicao de

    suas disponibilidades.

    Excetuam-se da vedao citada as operaes entre instituio financeira

    estatal e outro ente da Federao, inclusive suas entidades da administrao

    indireta, que no se destinem a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes; e a refinanciar dvidas no contradas junto prpria instituio concedente.

    Segundo o art. 36, proibida a operao de crdito entre uma instituio

    financeira estatal e o ente da Federao que a controle, na qualidade de

    beneficirio do emprstimo. Essa vedao no probe instituio financeira

    controlada de adquirir, no mercado, ttulos da dvida pblica para atender

    investimento de seus clientes, ou ttulos da dvida de emisso da Unio para

    aplicao de recursos prprios.

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    Ainda, de acordo com o art. 37, I a IV, da LRF:

    Art. 37. Equiparam-se a operaes de crdito e esto vedados:

    I captao de recursos a ttulo de antecipao de receita de tributo

    ou contribuio cujo fato gerador ainda no tenha ocorrido, sem pre-

    juzo do disposto no 7.o do art. 150 da Constituio;

    II recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Pblico

    detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto,

    salvo lucros e dividendos, na forma da legislao;

    III assuno direta de compromisso, confisso de dvida ou operao

    assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou servios, mediante

    emisso, aceite ou aval de ttulo de crdito, no se aplicando esta vedao a

    empresas estatais dependentes;

    IV assuno de obrigao, sem autorizao oramentria, com fornecedores

    para pagamento a posteriori de bens e servios.

    O inciso I acima faz referncia ao 7.o do art. 150 da CF/1988, o qual dispe

    que a lei poder atribuir a sujeito passivo de obrigao tributria a condio de

    responsvel pelo pagamento de imposto ou contribuio, cujo fato gerador

    deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituio

    da quantia paga, caso no se realize o fato gerador presumido.

    15. BANCO CENTRAL DO BRASIL

    Quanto s operaes com o Banco Central do Brasil, a LRF dispe que nas

    suas relaes com ente da Federao, o BACEN est sujeito s vedaes do

    art. 35 (estudamos no tpico sobre vedaes) e s seguintes:

    emisso de ttulos da dvida pblica; compra de ttulo da dvida, na data de sua colocao no mercado. S

    poder comprar diretamente ttulos emitidos pela Unio para refinanciar

    a dvida mobiliria federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda,

    tal operao dever ser realizada taxa mdia e condies alcanadas

    no dia, em leilo pblico;

    permuta, ainda que temporria, por intermdio de instituio financeira

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    ou no, de ttulo da dvida de ente da Federao por ttulo da dvida

    pblica federal, bem como a operao de compra e venda, a termo,

    daquele ttulo, cujo efeito final seja semelhante permuta. No se aplica

    ao estoque de Letras do Banco Central do Brasil, Srie Especial,

    existente na carteira das instituies financeiras, que pode ser

    refinanciado mediante novas operaes de venda a termo;

    concesso de garantia.

    vedado ao Tesouro Nacional adquirir ttulos da dvida pblica federal existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com clusula de

    reverso, salvo para reduzir a dvida mobiliria.

    16. GARANTIA E CONTRAGARANTIA

    Consoante o art. 40 da LRF, os entes podero conceder garantia em

    operaes de crdito internas ou externas, observados o disposto neste artigo,

    as normas do art. 32 (so as normas sobre operaes de crdito previstas na

    LRF) e, no caso da Unio, tambm os limites e as condies estabelecidos

    pelo Senado Federal.

    O 1. do art. 40 determina que a garantia estar condicionada ao

    oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser

    concedida, e adimplncia da entidade que a pleitear relativamente a suas

    obrigaes junto ao garantidor e s entidades por este controladas, observado

    o seguinte:

    no ser exigida contragarantia de rgos e entidades do prprio ente; a contragarantia exigida pela Unio a Estado ou Municpio, ou pelos

    Estados aos Municpios, poder consistir na vinculao de receitas

    tributrias diretamente arrecadadas e provenientes de transferncias

    constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para ret-las e

    empregar o respectivo valor na liquidao da dvida vencida.

    No caso de operao de crdito junto a organismo financeiro internacional, ou

    a instituio federal de crdito e fomento para o repasse de recursos

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    externos, a Unio s prestar garantia a ente que atenda, alm do disposto

    no 1.o, as exigncias legais para o recebimento de transferncias

    voluntrias (estudada no tpico Transferncias Voluntrias). Ainda, nula a

    garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal.

    Quando honrarem dvida de outro ente, em razo de garantia prestada, a

    Unio e os Estados podero condicionar as transferncias constitucionais ao

    ressarcimento daquele pagamento. O ente da Federao cuja dvida tiver

    sido honrada pela Unio ou por Estado, em decorrncia de garantia

    prestada em operao de crdito, ter suspenso o acesso a novos crditos

    ou financiamentos at a total liquidao da mencionada dvida.

    vedado s entidades da administrao indireta, inclusive suas empresas

    controladas e subsidirias, conceder garantia, ainda que com recursos de

    fundos. Tal vedao no se aplica concesso de garantia por:

    I empresa controlada a subsidiria ou controlada sua, nem prestao de

    contragarantia nas mesmas condies;

    II instituio financeira a empresa nacional, nos termos da lei.

    Excetua-se das regras dispostas na LRF a garantia prestada por instituies

    financeiras estatais, que se submetero s normas aplicveis s instituies

    financeiras privadas, de acordo com a legislao pertinente; bem como a

    prestada pela Unio, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira

    por ela controladas, direta e indiretamente, quanto s operaes de seguro de

    crdito exportao.

    E assim terminamos nosso curso - resumo. E voc que chegou aqui j um

    vitorioso, pela persistncia e fora de vontade.

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    Segui estritamente o edital do MPU aprofundando nos temas de acordo com o

    que vem aparecendo nos concursos, para levar ao estudante o que h de mais

    importante e as maiores possibilidades de exigncias na nossa prova.

    Agradeo sinceramente os elogios, as crticas e as sugestes. dessa forma

    que o professor aprimora seu trabalho, enfatizando o que est dando certo e

    melhorando o que no est bom.

    Desejo a voc timos estudos e uma excelente prova!

    Lembro que estarei com voc no frum at o fim de semana da prova e sempre

    que necessitar no e-mail [email protected].

    Para aqueles que querem se aprofundar nos estudos, indico a leitura dos meus

    artigos na parte aberta do site e os outros cursos on-line de minha autoria no

    Ponto dos Concursos. Ainda, relembro o lanamento do Livro Administrao Financeira e Oramentria Teoria e Questes, Srgio Mendes, Editora Mtodo.

    E aguardo voc no servio pblico federal, buscando contribuir para o

    desenvolvimento de nosso pas.

    Forte abrao!

    Srgio Mendes