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Afonso Costa Afonso Augusto da Costa (Seia – 6 de Março de 1871 – Paris, 11 de Maio de 1937) foi advogado, professor universitário, político republicano e estadista português. Fez o ensino secundário no Liceu da Guarda e mais tarde no Colégio de Nossa Senhora da Glória, no Porto, tendo depois ingressado na Universidade de Coimbra onde concluiu o curso de Direito com distinção, em 1894. Foi também na Universidade de Coimbra que se doutorou com um trabalho sobre o tema “A Igreja e a Questão Social ” e foi nomeado docente, tornando-se o mais novo de todo o corpo catedrático. Salientou-se pelas suas ideias políticas, afirmando-se como um republicano convicto Publicou em 1890, com António José de Almeida, o jornal anti-monárquico Ultimatum e esteve implicado nas revoltas de 31 de Janeiro de 1891 e de 28 de Janeiro de 1908, tendo então sido preso. Ainda durante a monarquia, foi deputado pelo Partido Republicano (1899, 1906-07, 1908 e 1910), e desempenhando um importante papel na agitação política que antecedeu a sua queda Com a implantação da República a 5 de Outubro de 1910, ntegrou o Governo Provisório da República Foi Ministro entre os períodos: Janeiro de 1913 a Fevereiro de 1914; Novembro de 1915 a Março de 1916 e Abril de 1917 a Dezembro de 1917; Os seus opositores deram-lhe a alcunha de "mata-frades", pela legislação laicista que mandou publicar - Lei da Separação da Igreja do Estado, expulsão dos jesuítas, registo civil, lei da

Afonso Costa

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Afonso Costa

Afonso Augusto da Costa (Seia – 6 de Março de 1871 – Paris, 11 de Maio

de 1937) foi advogado, professor universitário, político republicano e

estadista português.

Fez o ensino secundário no Liceu da Guarda e mais tarde no Colégio de

Nossa Senhora da Glória, no Porto, tendo depois ingressado na

Universidade de Coimbra onde concluiu o curso de Direito com distinção, em 1894. Foi também na

Universidade de Coimbra que se doutorou com um trabalho sobre o tema “A Igreja e a Questão

Social” e foi nomeado docente, tornando-se o mais novo de todo o corpo catedrático.

Salientou-se pelas suas ideias políticas, afirmando-se como um republicano convicto Publicou em

1890, com António José de Almeida, o jornal anti-monárquico Ultimatum e esteve implicado nas

revoltas de 31 de Janeiro de 1891 e de 28 de Janeiro de 1908, tendo então sido preso. Ainda

durante a monarquia, foi deputado pelo Partido Republicano (1899, 1906-07, 1908 e 1910), e

desempenhando um importante papel na agitação política que antecedeu a sua queda

Com a implantação da República a 5 de Outubro de 1910, ntegrou o Governo Provisório da

República Foi Ministro entre os períodos: Janeiro de 1913 a Fevereiro de 1914; Novembro de 1915

a Março de 1916 e Abril de 1917 a Dezembro de 1917;

Os seus opositores deram-lhe a alcunha de "mata-frades", pela legislação laicista que mandou

publicar - Lei da Separação da Igreja do Estado, expulsão dos jesuítas, registo civil, lei da família e lei

do divórcio, abolição do delito de opinião em matéria religiosa, legalização das comunidades

religiosas não católicas, privatização dos bens da Igreja Católica, proibição das procissões fora do

perímetros das igrejas, proibição do uso das vestes religiosas fora dos templos, entre outras.

Afastado, em 1917, pelo golpe de Sidónio Pais, esteve preso durante algum tempo, mas no ano

seguinte, com o assassinato do presidente e o fim do Sidonismo chefiou a delegação portuguesa

que assinou o tratado de Versalhes, que terminou a Primeira Guerra Mundial. Foi também

representante português na Sociedade das Nações. Nos últimos anos da I República, foi algumas

vezes convidado a formar Governo, mas recusou sempre. Com o 28 de Maio de 1926, o golpe

militar que deu origem a uma prolongada ditadura militar, e deu origem ao Estado Novo, Afonso

Costa exilou-se acabando por morrer em Paris, em 1937Trabalho realizado por:

Alexandra Vaz, 9ºA