Afrfb Auditoria Aula 3

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Introduo ...................................................................................... Amostragem Estatstica ..................................................................... Carta de Responsabilidade da Administrao ........................................ Lista de questes comentadas............................................................. Questes propostas........................................................................... Bibliografia ...................................................................................... Introduo Caro Aluno, Vamos dar continuidade ao nosso curso de Auditoria em exerccios para o concurso de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. Na aula passada tratamos dos tipos de teste em reas especficas das demonstraes contbeis. Hoje, abordaremos os assuntos: amostragem estatstica e carta de responsabilidade da administrao. Voc ver que o primeiro assunto bastante cobrado em provas, j o assunto carta de responsabilidade nem tanto. Lembramos mais uma vez que, por se tratar de um curso de exerccios, e tambm pela prpria inter-relao entre os assuntos, podemos fazer referncia de um mesmo tpico mais de uma vez. Contudo, esperamos fazer disso um mecanismo de facilitao a memorizao do contedo. Pois voc sabe que para memorizar necessria a repetio. Outra coisa: no esquea que sempre colocamos as questes discutidas durante a aula no final do arquivo, caso voc queira tentar resolver as questes antes de ver os comentrios e, alm disso, tem algumas questes adicionais para voc ir treinando... E, por ltimo, nos vemos no Frum de dvidas! Chega de papo e mos obra... 01 02 32 43 49 52

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Amostragem Estatstica

1 - (ESAF / 2005 / SEFAZ/ RN AFTE) Das assertivas a seguir, identifique a que no est relacionada determinao da amostra a) estratificao b) tamanho c) erro tolervel d) erro esperado e) seqncia Resoluo: No se assuste! Como de costume nessas primeiras questes ns vamos falar bastante... Bom, para responder a essa primeira questo, ns precisamos conhecer alguns conceitos de amostragem, ento, vamos a eles. O que amostragem de auditoria? A amostragem de auditoria a aplicao de um procedimento de auditoria a menos de 100% dos itens, ou seja, sobre somente uma parte da totalidade da populao que compem um saldo de conta ou classe de transaes, permitindo que o auditor obtenha e avalie a evidncia de auditoria sobre algumas caractersticas dos itens selecionados, para formar, ou ajudar a formar, uma concluso sobre o todo. Com esse procedimento o auditor chega a uma concluso sobre aquela parcela da populao testada e extrapola essa concluso para toda a populao. O item 11.11.1.3 da NBC T 11 define a amostragem como a utilizao de um processo para obteno de dados aplicveis a um conjunto, denominado universo ou populao, por meio do exame de uma parte deste conjunto denominada amostra. Mas, porque utilizar a amostragem? Ora, seria extremamente custoso aplicar os testes de auditoria na totalidade dos itens de uma populao muito grande, assim, o auditor, a seu critrio, pode utilizar o mtodo da amostragem ao determinar a extenso de um teste de auditoria ou mtodo de seleo de itens a testar.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Imagine s, por exemplo, circularizar uma populao de 10.000 clientes, o custo x benefcio desse procedimento seria invivel, ento, por tcnicas estatsticas selecionada uma amostra dessa populao, digamos, 5% (=500 clientes), aplica-se os testes nessa amostra, as concluses tiradas desses testes so consideradas no s para a amostra, mas, com a devida interpretao, para toda a populao, ou seja, para os 10.000 clientes. Porm, devemos saber que a tcnica de amostragem, por implicar na no realizao dos testes de auditoria na totalidade dos itens, envolve alguma incerteza. Se, o auditor necessitasse obter total certeza sobre alguma populao, teria de aplicar testes em todos os seus componentes, mas, como j foi falado, isso na maioria das vezes invivel. Ento, quando recorrer amostragem? Justifica-se que o auditor aceite essa incerteza quando o custo e tempo de se fazer um exame em 100% dos dados so, ao seu julgamento, maiores que as consequncias adversas de possivelmente emitir um parecer errneo ao examinar apenas uma amostra. Tudo bem at aqui? Ento, vamos falar um pouco sobre a amostra, ou seja, sobre a parcela da populao selecionada. A amostra selecionada deve ter relao direta com o volume de transaes realizadas pela entidade na rea ou na transao objeto de exame, como tambm com os efeitos nas posies patrimoniais e financeiras da entidade e o resultado por ela obtido no perodo. Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve levar em considerao os seguintes aspectos: 1) Os objetivos especficos da auditoria; De acordo com os objetivos especficos de auditoria deve-se avaliar quais procedimentos de auditoria tm maior probabilidade de proporcionar o alcance desses objetivos. Ora, o intuito ser o mais eficiente possvel, vamos testar aquilo que realmente significante para alcanar o objetivo especfico da auditoria (nesse caso, objetivo especfico o que o auditor quer descobrir testando aquela rea ou conta especfica). 2) A populao da qual o auditor deseja extrair a amostra; Voc j sabe que a populao representa a totalidade dos itens do qual o auditor deseja tirar uma amostra para obter as evidncias que o permita chegar a uma concluso.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 O auditor, inicialmente, precisa determinar se a populao apropriada para o objetivo especfico da auditoria. Por exemplo, se o objetivo testar a existncia de superavaliao no contas a receber, a populao pode ser a listagem das faturas em aberto dos clientes (devedores da empresa), em contraponto, no teria cabimento, utilizar as faturas a pagar de fornecedores (credores da empresa). Por outro lado, se o objetivo for testar a existncia de subavaliao de contas a pagar, a populao no deve ser a listagem de contas a pagar, mas, sim, pagamentos subseqentes, faturas no-pagas, extratos de fornecedores, relatrios de recebimentos de mercadorias ou outras populaes que forneceriam evidncia de auditoria de que as contas a pagar estariam subavaliadas. 3) A estratificao da populao; Estratificar nada mais do que separar a populao em classes que tenham caractersticas homogneas ou similares. Essa definio tem que ser feita de tal forma que cada unidade de amostragem somente possa pertencer a um estrato. Por exemplo, se forem separadas em dois estratos as contas contbeis de acordo com o seu saldo, um contendo as contas com saldo de R$ 1,00 at R$ 1.000,00 e o outro de R$ 1.000,01 acima, uma conta com saldo de R$ 500,00, s poder pertencer ao primeiro estrato. Esse processo muito til quando a populao apresenta muita diversidade em seus valores individuais, reduzindo a possibilidade de variao dos itens de cada estrato. Portanto, a estratificao permite que o auditor dirija esforos de auditoria para os itens que contenham maior potencial de erro, por exemplo, selecionar os itens de maior valor que compem o saldo de contas a receber, para detectar distores relevantes por avaliao a maior. Alm disso, a estratificao pode resultar em amostra com tamanho menor. 4) O tamanho da amostra; Guarde bem isso Para determinar o tamanho da amostra, o auditor deve considerar o risco de amostragem, bem como os erros tolerveis e os esperados. O tamanho da amostra afetado pelo nvel do risco de amostragem que o auditor est disposto a aceitar dos resultados da amostra. QuantoDavi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 mais baixo o risco que o auditor estiver disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra. Portanto, a relao inversa entre tamanho e risco, quando um cresce o outro cai. Adicionalmente, fatores como a avaliao de risco de controle, a reduo no risco de deteco devido a outros testes executados relacionados com as mesmas asseres, o nmero de itens da populao e o valor envolvido afetam o tamanho da amostra e devem ser levados em considerao pelo auditor. J em outra aula, afirmamos que as incertezas inerentes a uma auditoria so conjuntamente denominadas risco de auditoria. A amostragem se relaciona com dois componentes desse risco: (1) risco de controle e (2) risco de deteco (=risco de testes de detalhes). Risco de controle o risco de que controles internos no detectem ou impeam erros ou irregularidades materiais nas demonstraes contbeis. Riscos de deteco o risco de que erros ou irregularidades materiais no sejam descobertos por testes de aplicao do prprio auditor.

De uma forma geral, as incertezas que envolvem o trabalho de auditoria podem resultar de fatores associados diretamente com a utilizao de amostras (=risco de amostragem) e no associados a amostras (=riscos no relacionados com amostragem). Outro ponto importante a ser destacado que: para que a concluso a que chegou o auditor, utilizando uma amostra, seja corretamente planejada para aplicao populao necessrio que a amostra seja representativa da populao e que todos os itens da populao tenham oportunidade idntica de serem selecionados. 5) O risco da amostragem; Ateno para essa definio: O risco de amostragem surge da possibilidade de que a concluso do auditor, com base em uma amostra, possa ser diferente da concluso que seria alcanada se toda a populao estivesse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. So os seguintes os riscos relacionados amostragem:

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Quanto aos testes de observncia Risco de subavaliao da Risco de superavaliao da confiabilidade: o risco de que, confiabilidade: o risco de que, embora o resultado da aplicao de embora o resultado da aplicao de procedimentos de auditoria sobre a procedimentos de auditoria sobre a amostra no seja satisfatrio, o amostra seja satisfatrio, o restante da populao possua restante da populao possua menor nvel de erro do que aquele maior nvel de erro do que aquele detectado na amostra. detectado na amostra. Ou seja, o auditor acha um Ou seja, o auditor acha um resultado ruim na amostra e resultado bom na amostra e extrapola esse resultado para o extrapola esse resultado para o resto da populao, mas, h a resto da populao, mas, h a possibilidade do resto da possibilidade do resto da populao, na verdade, ter um populao, na verdade, ter um resultado melhor que aquela resultado pior que aquela parcela parcela analisada. Assim, o analisada. Assim, o resultado resultado encontrado para o todo encontrado para o todo no reflete no reflete a realidade, est pior do a realidade, est melhor do que que realmente . realmente . Quanto aos testes substantivos Risco de rejeio incorreta: o Risco de aceitao incorreta: risco de que, embora o resultado o risco de que, embora o resultado da aplicao de procedimentos de da aplicao de procedimentos de auditoria sobre a amostra leve auditoria sobre a amostra leve concluso de que o saldo de uma concluso de que o saldo de uma conta ou classe de transaes conta ou classe de transaes registradas est, relevantemente, registradas no est, distorcido, mas, efetivamente, no relevantemente, distorcido, mas, est. efetivamente, est. Ou seja, a amostra aponta para um Ou seja, a amostra aponta para um resultado ruim, mas, se fosse resultado bom, mas, se fosse analisada toda a populao seria analisada toda a populao seria verificado que no to ruim verificado que no to bom assim. assim. Voc pode estar se perguntando: Como esses riscos afetam a auditoria? Um risco pior que o outro? Bom, o risco de subavaliao da confiabilidade e o risco de rejeio incorreta (coluna da esquerda) afetam a eficincia da auditoria, visto que, normalmente, conduziriam o auditor a realizar trabalhos adicionais, o que estabeleceria que as concluses iniciais eram incorretas. Ou seja, tornariam a auditoria mais onerosa (mais horas de trabalho, mais $$).Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 O risco de superavaliao da confiabilidade e o risco de aceitao incorreta (coluna da direita) afetam a eficcia da auditoria e tm mais probabilidade de conduzir a uma concluso errnea sobre determinados controles, saldos de contas ou classe de transaes do que o risco de subavaliao da confiabilidade ou o risco de rejeio incorreta. Parece-nos que esse ltimo tipo de risco mais problemtico, pois tem maior probabilidade de afetar as concluses da auditoria e nesse caso os efeitos podem ser muito danosos. 6) O erro tolervel (=aceitvel); o erro mximo na populao que o auditor est disposto a aceitar e, ainda assim, concluir que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. O auditor sabe que est sujeito a algum erro, no tem jeito, ento deve determinar at que ponto esse erro no comprometer seus trabalhos. O erro tolervel considerado durante o estgio de planejamento e, para os testes substantivos, est relacionado com o julgamento do auditor sobre relevncia. Quanto menor o erro tolervel, maior deve ser o tamanho da amostra. Ora, se o saldo de uma conta contbil irrelevante em relao ao total de todas as contas, o auditor no dever perder tempo e energia com essa conta, e sim, com outras mais significativas, ento a taxa de erro que ele estar disposto a tolerar nessa conta especfica ser maior do que nas outras. Esse conceito est vinculado eficincia da auditoria. Assim: Tipo de teste Observncia Erro tolervel taxa mxima de desvio de um procedimento de controle estabelecido que o auditor est disposto a aceitar, baseado na avaliao preliminar de risco de controle. erro monetrio mximo no saldo de uma conta ou uma classe de transaes que o auditor est disposto a aceitar, de forma que, quando os resultados de todos os procedimentos de auditoria forem considerados, o auditor possa concluir, com segurana razovel, que as Demonstraes Contbeis no contm distores relevantes

Substantivo

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 7) O erro esperado; Se o auditor espera que a populao contenha erro, necessrio examinar uma amostra maior do que quando no se espera erro, para concluir que o erro real da populao no exceda o erro tolervel planejado. Ou seja, o auditor verifica os controles da empresa, constata que no so adequados ou que no funcionam bem, ento, a probabilidade de encontrar erros maior e, consequentemente, os cuidados tero que ser maiores, tero que ser aplicados mais testes. Tamanhos menores de amostra justificam-se quando se espera que a populao esteja isenta de erros. Ao determinar o erro esperado em uma populao, o auditor deve considerar aspectos como, por exemplo, os nveis de erros identificados em auditorias anteriores, mudana nos procedimentos da entidade e evidncia obtida na aplicao de outros procedimentos de auditoria. Bom, vamos agora resolver a questo. Ficou fcil, no . Ah! se todas as questes de amostragem fossem assim... Ns s no falamos do item E sequencia, todos os outros so fatores a serem considerados na determinao da amostra: estratificao, tamanho, erro tolervel e erro esperado. Gabarito: E 2. (ESAF / 2002 / AFPS - Auditor-Fiscal da Previdncia Social) determinao da amostra, o auditor no deve levar em considerao o(a): a) erro esperado. b) valor dos itens da amostra. c) tamanho da amostra. d) populao objeto da amostra. e) estratificao da amostra. Resoluo: Mais uma questo de determinao da amostra para voc treinar. Falamos sobre o erro esperado (a), tambm falamos sobre populao objeto da amostra (d), sobre o tamanho (c) e a estratificao (e) da amostra. Mas, espera a, o item b fala do valor dos itens da amostra, ns no podemos estratificar os itens por valor? Sim, podemos.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Ento, o valor dos itens da amostra tambm pode ser considerado na determinao da amostra? Na verdade, o valor pode ser considerado como um critrio de estratificao, desse estrato sair a amostra, ento, no momento da definio da amostra no se leva mais em considerao o valor de cada item, qualquer dos indivduos pertencentes ao estrato deve ter a mesma chance de ser escolhido. Gabarito: B 3. (ESAF / 2001 / Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF) O risco que o auditor corre por considerar, como resultado de uma amostra que suporte sua concluso, que o saldo de uma conta ou classe de transaes registradas esto relevantemente corretos, quando de fato no esto, denominado: a) risco de aceitao incorreta b) risco de superavaliao de confiabilidade c) risco de rejeio incorreta d) risco de subavaliao de confiabilidade e) risco de estimativa contbil Resoluo: Essa questo trata do risco de amostragem. Ns vimos que o risco de amostragem um dos aspectos que o auditor deve levar em considerao ao planejar e determinar a amostra de auditoria. Vimos tambm que esse risco pode estar relacionado aos testes de observncia - risco de subavaliao da confiabilidade ou de superavaliao da confiabilidade; ou aos testes substantivos risco de aceitao incorreta ou de rejeio incorreta. Ora, o enunciado nos diz que o risco est relacionado ao saldo de uma conta ou classe de transaes, portanto, j sabemos que se trata de um teste substantivo, ou seja, com essa informao j sabemos que ou um risco de aceitao incorreta ou de rejeio incorreta. O enunciado no diz tambm que se trata da possibilidade do saldo ser considerado relevantemente correto quando de fato no est, ento, estamos falando de um risco de aceitao incorreta. Lembrando: Risco de aceitao incorreta o risco de que, embora o resultado da aplicao de procedimentos de auditoria sobre a amostra leve concluso de que o saldo de uma conta ou classe de transaes registradas no est, relevantemente, distorcido, mas, efetivamente, est.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Obs.: dizer que: no est, relevantemente, distorcido, mas, efetivamente, est; o mesmo que dizer: est, relevantemente, correto, quando de fato no est. um jogo de palavras utilizado pela banca para confundir, ento, temos que ficar atentos, por isso importante entender o conceito e no s decor-lo. Gabarito: A 4. (ESAF / 2006 / MP Contador) A amostragem estratificada consiste em a) gerar diretamente o resultado estatstico final da amostra. b) eliminar a possibilidade de erro na definio da amostra. c) dividir a populao em grupos relativamente homogneos. d) determinar o risco de rejeio incorreta ou erro aceitvel. e) avaliar a populao total por meio de amostra nica. Resoluo: No que consiste a estratificao? Para que serve? A estratificao permite o direcionamento dos esforos de auditoria para os itens mais relevantes e, alm disso, pode diminuir o tamanho da amostra. Mas como? Simples, separando a populao em classes que tenham caractersticas homogneas ou similares. Vamos analisar as assertivas: Item A: errado. O que isso? Gerar diretamente o resultado estatstico da amostra? Sem comentrios. Item B: errado. Havendo amostragem h a possibilidade de erro. Item C: certo. Ento, dividir a populao em grupos relativamente homogneos o que falamos: estratificar separar a populao em classes que tenham caractersticas homogneas ou similares. Item D: errado. A definio dos riscos nada tem a ver com a estratificao.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Item E: errado. Essa a definio, mais ou menos, de amostragem. Gabarito: C

5. (FCC / 2006 / PMJAB - Auditor Tributrio) Ao definir a amostra, o auditor deve estabelecer a) uma relao inversa ao volume de operaes efetuadas pela entidade na rea a ser auditada. b) procedimentos que no permitam a estratificao da amostra pela empresa a ser auditada. c) um modelo de seleo que no permita haver erro tolervel, visto que o mesmo permite erro de deteco. d) uma relao direta com o volume de transaes realizadas pela entidade na rea a ser auditada. e) uma paridade ao modelo estabelecido conjuntamente com a empresa a ser auditada em suas operaes. Resoluo: Permita-nos utilizar essa questo da FCC para lembr-los da relao entre a amostra e o volume de transaes. Dissemos l no incio que a amostra selecionada deve ter relao direta com o volume de transaes realizadas pela entidade na rea ou na transao objeto de exame. Desta forma: Letra a errada: pois afirma que a relao inversa, e ns vimos que direta. Letra b errada: vimos que a estratificao um dos aspectos a ser avaliado pelo auditor na definio da amostra. Letra c errada: a seleo de uma amostra implica erro, para que no exista a possibilidade de erro o auditor deveria aplicar os testes em toda a populao. Letra d correta: o auditor deve estabelecer uma relao direta com o volume de transaes realizadas pela entidade na rea a ser auditada ao definir a amostra. Letra e errada: nada a ver.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Gabarito: D 6. (ESAF / 2006 / CGU AFC Auditoria e Fiscalizao) Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor independente deve levar em considerao os seguintes aspectos: a) os objetivos especficos da auditoria. b) a populao da qual se deseja extrair a amostra. c) a estratificao da populao. d) a necessidade de comprovar que as demonstraes financeiras auditadas esto corretas. e) o risco da amostragem. Resoluo: Inicialmente est questo apontava o como gabarito a letra d, posteriormente, foi anulada. Ora a necessidade de comprovar que as demonstraes financeiras auditadas esto corretas o objeto da auditoria, portanto, deve ser levada em considerao em qualquer procedimento e em todas as fases da auditoria. Mas, cremos que a ESAF queria que essa alternativa fosse a errada, j que as outras esto certas, ou seja, devem ser levadas em considerao pelo auditor: objetivos especficos de auditoria, a populao, a estratificao da populao, o tamanho da amostra, o risco de amostragem, o erro tolervel e o erro esperado. S que a ESAF se esqueceu de colocar um no no enunciado: Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor independente no deve levar em considerao os seguintes aspectos, deixando assim a questo com quatro respostas corretas, j que, como vimos, as letras a, b, c e e, correspondem aos aspectos que o auditor deve levar em considerao ao planejar e determinar a amostra de auditoria. GABARITO: ANULADA

7. (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF) Ao determinar o tamanho de uma amostra, o auditor deve considerar: a) tamanho da populao, risco de amostragem e erro esperado. b) tamanho da populao, erro tolervel e erro esperado. c) risco da populao, risco de controle e erro esperado. d) risco de amostragem, erro tolervel e erro esperado. e) risco de deteco, tamanho da populao e desvio aceitvel. Resoluo:Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Ns vimos que ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve levar em considerao diversos aspectos, dentre eles, o tamanho da amostra. Tanto para planejar e determinar a amostra de auditoria quanto para determinar o tamanho da amostra o auditor deve considerar o risco de amostragem, o erro tolervel e o erro esperado. Portanto, o gabarito a letra d. Os itens a, b e e citam o tamanho da populao, temos que ter cuidado com isso, pois a questo anterior Resoluo n 1.102/05, que hoje no item 11.11.2.5.2 trar assim o assunto: Adicionalmente, fatores como a avaliao de risco de controle, a reduo no risco de deteco devido a outros testes executados relacionados com as mesmas asseres, nmero de itens da populao e valor envolvido, afetam o tamanho da amostra e devem ser levados em considerao pelo auditor. Ento, hoje, de acordo com a norma o tamanho da populao deve ser levado em considerao pelo auditor ao definir o tamanho da amostra, portanto, a questo teria mais de uma resposta correta. GABARITO D 8. (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF) O auditor utiliza o mtodo de seleo aleatria de uma amostra quando: a) o intervalo entre as selees for constante. b) sua amostra for representativa da populao toda. c) os itens da populao tm igual chance de seleo. d) os itens menos representativos so excludos da populao. e) no confiar nos controles internos mantidos na populao. Resoluo: Vamos aproveitar essa questo para falar sobre os tipos de amostragem e mtodos de seleo da amostra. Ao executar os testes de auditoria o auditor pode utilizar tanto a amostragem estatstica, quanto a no-estatstica (por julgamento), ou ambas, ou no aplicar. A amostragem estatstica aquela em que a amostra selecionada cientificamente com a finalidade de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a teoria da probabilidade ou as regras estatsticas.

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Ateno: O emprego de amostragem estatstica recomendvel quando os itens da populao apresentam caractersticas homogneas. J, a amostragem no-estatstica (por julgamento) aquela em que a amostra determinada pelo auditor utilizando sua experincia, critrio e conhecimento da entidade. A utilizao tanto da amostragem estatstica quanto da no-estatstica visa proporcionar evidncia de auditoria suficiente e apropriada, portanto, exigem que o auditor faa o julgamento adequado no planejamento e na execuo do plano de amostragem, bem como, na avaliao dos resultados. Ambos os tipos podem fornecer material de evidncia suficiente, ambos os tipos esto sujeitos a algum risco de amostragem e, tambm, risco no relacionado com amostragem. Ateno: A principal diferena entre os dois tipos que, no caso da amostragem estatstica, as leis das probabilidades so utilizadas para controlar ou minimizar o risco de amostragem. A escolha entre os dois tipos envolve principalmente a considerao de custo / benefcio. A amostragem estatstica pode ser particularmente adequada quando a populao a ser auditada grande em confirmao de contas a receber, por exemplo, onde seria extremamente caro fazer a confirmao com todos os clientes que devem para a empresa. Na amostragem no-estatstica, o auditor determina o tamanho da amostra e avalia os resultados inteiramente com base em critrios subjetivos e sua prpria experincia. Assim, existe um grau maior de risco envolvido, pois, o auditor pode inadvertidamente utilizar uma amostra grande demais em uma rea e pequena demais em outra. Uma vez que a suficincia da evidncia baseia-se em uma amostra, o auditor pode, por sua vez, obter mais (ou menos) evidncias do que realmente necessrio para ter uma base razovel para emisso do parecer. Em outras palavras, pode tornar o processo mais oneroso (menos eficiente) do que deveria ser no caso da utilizao de uma amostra grande demais, ou pode comprometer as evidncias (menos eficaz) no caso de uma amostra pequena demais. Contudo, uma amostra no-estatstica adequadamente desenhada pode ser to eficaz quanto uma amostragem estatstica.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Fique atento de acordo com o conceito de amostragem, se for selecionada a totalidade da populao, no estamos falando de amostragem. E, mais, mesmo que no seja selecionada toda a populao, mas, todos os itens que tenham uma caracterstica particular dentro dessa populao, tal procedimento, da mesma forma, no se qualifica como amostragem de auditoria. Isto porque todos os itens da populao no tiveram a mesma chance de serem selecionados. Assim, os itens que foram selecionados podem indicar uma tendncia ou uma caracterstica da parcela restante da populao, mas no constituem, necessariamente, uma base adequada para a concluso sobre a toda a populao. Por sua vez, a seleo das amostras pode ser feita utilizando-se trs mtodos: seleo aleatria ou randmica; seleo sistemtica, observando um intervalo constante entre as transaes realizadas; e, seleo casual, a critrio do auditor, baseada em sua experincia profissional. A Seleo aleatria ou randmica a que assegura que todos os itens da populao ou do estrato fixado tenham idntica possibilidade de serem escolhidos. Exemplo: voc tem um conjunto com 1.000 notas fiscais numeradas de 1 a 1.000, ento, voc sorteia, uma a uma, quais notas sero testadas por intermdio de algum mecanismo aleatrio, como por exemplo, aqueles globos utilizados nos sorteios da loteria. A Seleo sistemtica ou por intervalo aquela em que a seleo de itens procedida de maneira que haja sempre um intervalo constante entre cada item selecionado, seja a seleo feita diretamente da populao a ser testada, ou por estratos dentro da populao. Ou seja, no exemplo anterior, voc estabelece qual o intervalo a ser aplicado por exemplo, 100 faz o sorteio da primeira nota, digamos que seja a de nmero 225, ento, as notas selecionadas para a amostra sero as de nmero 025, 125, 225, 325 ... 925. A Seleo casual aquela feita a critrio do auditor, baseada em sua experincia profissional. Esse mtodo pode ser uma alternativa aceitvel para a seleo, desde que o auditor tente extrair uma amostra representativa da populao, sem inteno de incluir ou excluir unidades especficas. Bom, depois de toda essa teoria, j temos condies de responder questo.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Voc deve estar lembrado que o enunciado refere-se ao mtodo de seleo aleatria da amostra. Item A errado. caracterstica do mtodo de seleo sistemtica ou por intervalo. Item B errado. uma caracterstica de qualquer dos mtodos, a inteno que a amostra sempre seja representativa da populao. Item C correto. O mtodo da seleo aleatria ou randmica a que assegura que todos os itens da populao ou do estrato fixado tenham idntica possibilidade de serem escolhidos. Item D errado. No mtodo de seleo aleatria, todos os itens tm a mesma chance de serem escolhidos. Item E errado. Isso tem a ver com risco e no com os mtodos de seleo da amostra. GABARITO C 9. (ESAF / 2002 / AFPS - Auditor-Fiscal da Previdncia Social) Nas alternativas de escolha da amostra, um dos tipos a ser considerado pelo auditor a seleo: a) direcionada e padronizada dos itens que compem a amostra. b) dirigida e padronizada dos itens que comporo a base da amostra a ser utilizada. c) casual, a critrio do auditor, baseada em sua experincia profissional. d) casual, a critrio da empresa auditada, para determinao da amostra a ser utilizada. e) dirigida em comum acordo entre a empresa auditada e o auditor. Resoluo: Mais uma questo que versa sobre os mtodos de seleo de amostra. Talvez os termos dirigido, direcionado, trazidos pelos itens a, b e e possam trazer alguma confuso com o mtodo de seleo sistemtico, mas no tem nada a ver, o mtodo sistemtico no direcionado ou dirigido, pois, a escolha do ponto de partida aleatria, bem como, o intervalo deve ser definido sem nenhuma pr-disposio para selecionar itens especficos. A letra d est errada ao afirmar que a seleo casual feita a critrio da empresa auditada, sabemos que a critrio do auditor. Portanto, o gabarito a letra c.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Gabarito: C

10. (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF) Executados, para cada item da amostra, os procedimentos de auditoria apropriados aos seus objetivos, os resultados da amostra devem ser avaliados pelo auditor conforme a seqncia a seguir: a) projetar os erros encontrados na amostra para a populao, analisar qualquer erro detectado na amostra, reavaliar o risco de amostragem. b) reavaliar o risco de amostragem, analisar qualquer erro detectado na amostra, projetar os erros encontrados na amostra para a populao. c) analisar qualquer erro detectado na amostra, reavaliar o risco de amostragem, projetar os erros encontrados na amostra para a populao. d) reavaliar o risco de amostragem, projetar os erros encontrados na amostra para a populao, analisar qualquer erro detectado na amostra. e) analisar qualquer erro detectado na amostra, projetar os erros encontrados na amostra para a populao, reavaliar o risco de amostragem. Resoluo: Essa questo trata da avaliao dos resultados da amostra, esse assunto objeto da Resoluo CFC n 1.102/95 (item 11.11.4.). Depois de selecionada a amostra o auditor ir aplicar nela os procedimentos de auditoria adequados, em seguida dever (1) analisar qualquer erro detectado na amostra; (2) extrapolar os erros encontrados na amostra para a populao; e, por ltimo, (3) reavaliar o risco de amostragem. A primeira coisa que o auditor deve fazer ao analisar os erros detectados na amostra verificar se o item em questo , de fato, um erro, de acordo com o objetivo do procedimento que est realizando. Por exemplo, se o objetivo confirmar o saldo da conta clientes a receber, um lanamento contbil feito na conta do cliente errado no deve ser considerado como erro, pois no afeta o objetivo do procedimento que avaliar se o saldo da conta est correto. Mas cuidado, o exemplo acima no considerado erro para aquele objetivo especfico de verificar se o saldo da conta clientes a receber est correto, porm, pode ser considerado um erro para outros objetivos, como por exemplo, para avaliar se a proviso para devedores duvidosos (PDD) est calculada corretamente. Quando o auditor no conseguir as evidncias de auditoria esperadas por intermdio da aplicao de determinado procedimento, ele deve procurar executar procedimentos alternativos. 17 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Se o auditor no puder aplicar esses procedimentos ou se aplicados, mesmo assim, no permitirem que o auditor obtenha evidncia de auditoria suficiente e apropriada, o item deve ser tratado como um erro. Alm dos aspectos quantitativos, o auditor deve considerar os aspectos qualitativos dos erros. Esses aspectos incluem a natureza e a causa do erro e o possvel efeito do erro sobre outras fases da auditoria. Ento, no basta s saber quantos erros ocorreram, necessrio avaliar tambm qual o efeito desses erros nas outras reas, qual o efeito no saldo de outras contas, etc. Se o auditor verificar que muitos dos erros descobertos tm caractersticas comuns, ele pode decidir separar a populao originalmente analisada em subpopulaes com caractersticas em comum para ampliar os procedimentos de auditoria nessa rea. Depois de analisar os erros encontrados, o auditor deve extrapolar os resultados da amostra para a populao. Ou seja, com base no resultado obtido na amostra o auditor vai chegar a uma concluso quanto a toda populao. Deve-se observar que quando a populao tiver sido dividida em subpopulaes, a extrapolao de erros feita separadamente para cada subpopulao e os resultados sero combinados. Para a reavaliao do risco de amostragem, o erro projetado para a populao deve ser considerado em conjunto com os demais erros identificados durante a aplicao dos outros procedimentos de auditoria. Quando o erro projetado exceder o erro tolervel, o auditor deve reconsiderar sua avaliao anterior do risco de amostragem e, se esse risco for inaceitvel, considerar a possibilidade de ampliar o procedimento de auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternativos. Bem, vamos voltar questo. O enunciado pede qual a sequencia que o auditor deve percorrer para avaliar os resultados da amostra. As alternativas dadas fazem uma mistura entre as trs etapas que ns vimos. Perceba, que mesmo se no soubssemos exatamente o que significa cada etapa, ainda assim, teramos grandes chances de acertar a questo utilizando o encadeamento lgico dessas etapas. Veja que reavaliar o risco antes de saber qual o erro da amostra no parece ser lgico, ento poderamos eliminar as assertivas b, c e d, da mesma forma, projetar o erro antes de analislo, eliminamos a alternativa a.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Portanto, sobraria a letra e, que coloca exatamente, literalmente, a sequencia prevista na norma. Gabarito: E 11. (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF) O auditor deve reavaliar o risco de amostragem quando o: a) erro tolervel excede os erros da populao. b) risco de controle excede o risco de rejeio. c) erro da populao excede o erro tolervel. d) risco de aceitao excede o de rejeio. e) erro tolervel excede o risco de deteco. Resoluo: Com o que aprendemos na questo anterior podemos resolver tranquilamente esta questo. Primeiro devemos perceber que o erro da populao a que a ESAF se refere nada mais do que o erro projetado, ou seja, o erro encontrado na amostra considerado em conjunto com os demais erros identificados durante a aplicao dos outros procedimentos de auditoria passa a ser considerado como o erro da populao. Vimos que sempre que o erro projetado superar o erro tolerado o auditor deve reavaliar o risco de amostragem. ERRO PROJETADO > ERRO TOLERADO = REAVALIO DO RISCO DE AMOSTRAGEM Ento, gabarito letra c. Gabarito: C 12. (FCC / 2007 / TCE AM Auditor) Em relao amostragem estatstica em auditoria, correto afirmar: a) A sua principal caracterstica estar baseada na experincia pessoal do auditor. b) Ela deve ser utilizada em todos os casos, inclusive quando a populao pequena ou quando h necessidade de alta preciso nas estimativas. c) Na amostragem estratificada, cada elemento da populao tem a mesma chance de pertencer amostra, pois esto distribudos de maneira uniforme.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 d) O objetivo da ao de controle irrelevante para a elaborao do plano amostral. e) O grau de preciso das estimativas est relacionado ao percentual mximo que se admitir de erros para os resultados obtidos na amostra. Resoluo: Vamos analisar cada assertiva: Item a errado. A assertiva traz a principal caracterstica da amostragem no-estatstica. Item b errado. A assertiva afirma que a amostragem estatstica deve ser utilizada em todos os casos, o que est errado, tem casos em que pode ser usada a amostragem no-estatstica ou, ainda, que no utilizada amostragem. Inclusive, nos casos indicados na assertiva no aconselhvel a utilizao da amostragem estatstica. Item c errado. A assertiva trata da amostragem estratificada, nesse tipo de amostragem cada elemento da populao s pode estar em um dos estratos, para ficar bem simples: separando a populao em homens e mulheres, se pegarmos o estrato composto por mulheres, no ter chance alguma de ali conter um homem, nesse caso, o elemento homem no tem a mesma chance de pertencer amostra que o elemento mulher. Item d errado. Vimos que a amostragem se relaciona com dois componentes de risco: (1) risco de controle e (2) risco de deteco (=risco de testes de detalhes). Item e certo. O enunciado est perfeito, o grau de preciso das estimativas est relacionado ao percentual mximo que se admitir de erros (=erro tolervel) para os resultados obtidos na amostra. GABARITO E

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 13. (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF) Quando da aplicao da tcnica de amostragem estatstica em testes substantivos, quanto menor o tamanho da amostra: a) a taxa de desvio aceitvel ser maior. b) a quantificao do erro tolervel ser maior. c) a taxa de desvio aceitvel ser menor. d) a quantificao do erro tolervel ser menor. e) esta no afeta o erro tolervel nem o esperado. Resoluo: Vamos aproveitar essa questo para falarmos mais um pouco sobre o tamanho da amostra. Definio do tamanho da amostra em testes de controle Normalmente, o auditor se vale de programas computadorizados que fazem o clculo estatstico ou, ainda, de tabelas que vo determinar o tamanho da amostra que seja significativo em relao ao tamanho da populao. No entraremos nos detalhes do clculo estatstico, pois no ser objeto de sua prova, nos limitaremos a aprender a interpretar tabelas (mais adiante veremos uma questo que trata disso, voc ver que bem fcil). O que voc precisa saber que para determinar o tamanho da amostra para cada atributo de controle a ser testado, o auditor precisa considerar os seguintes fatores:

risco de avaliar o risco de controle em muito baixo; taxa aceitvel de desvios; e, taxa esperada de desvios da populao.

Vejamos cada um deles: a) Risco de avaliar o risco de controle em muito baixo (=risco de superavaliao da confiabilidade): Obs.: observe que estamos falando do risco do risco (risco de avaliar o risco de controle em nvel muito baixo) que equivale simplesmente ao risco de superavaliao da confiabilidade, isso pode parecer um pouco confuso, ento, voc deve estar se perguntando: porque no colocam simplesmente risco de superavaliao da confiabilidade, em vez de, risco de avaliar o risco de controle em muito baixo? A resposta simples: porque a banca pode cobrar assim. Pois, assim que aparece na literatura. Ento, pacincia, temos que nos acostumar com esses termos. (para que facilitar, se d para complicar, no ?) 21 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 J vimos que existem dois tipos de risco que relacionam-se com testes de controle (= testes de observncia):

o risco de avaliao do risco de controle em nvel alto demais (=risco de subavaliao da confiabilidade), que se associa com a eficincia da auditoria, ou seja, com maiores custos; e, o risco de avaliao do risco de controle em nvel baixo demais (=risco de superavaliao da confiabilidade), que se relaciona com a eficcia, ou seja, com as evidncias e, consequentemente, com concluses prejudicadas.

Em vista das consequncias potencialmente srias que uma auditoria no eficaz pode trazer, guarde bem isso, o auditor deseja que o risco de avaliao do risco de controle em nvel baixo demais seja o menor possvel. Lembre-se que j falamos disso quando tratamos do risco de superavaliao da confiabilidade. Ou seja, o auditor deseja que o risco que se relaciona com a eficcia da auditoria seja o menor possvel. O risco de avaliao do risco de controle em nvel muito baixo tem um efeito inverso em relao amostra. Assim, para um nvel de risco estabelecido em 5%, o tamanho da amostra ser maior, que para 10%. Ou seja, se o auditor opta por correr mais risco, por aceitar um risco maior, ele pode fazer amostras menores. Em outras palavras, quanto menor o risco de superavaliao da confiabilidade, maior ser a amostra. Ateno Ento, quanto menor o risco de avaliao do risco de controle em nvel baixo demais, maior a amostra (relao inversa). b) Taxa aceitvel de desvios: A taxa aceitvel de desvios a taxa mxima de no-atendimento a um controle que o auditor est disposto a aceitar, sem alterar o risco de controle planejado. Para decidir sobre ela, o auditor deve considerar a relao de cada no-atendimento com: - os registros contbeis que esto sendo testados; - quaisquer controles internos relacionados ao controle em anlise; e, - a finalidade de avaliao do auditor. O auditor deve estar consciente de que no-atendimento a controles aumentam o risco, mas, no necessariamente a quantidade de erros nosDavi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 registros contbeis. Por exemplo, a falta de aprovao de um voucher (=autorizao para realizar determinado gasto em nome de algum) um no-atendimento; o voucher, contudo, pode referir-se a uma transao vlida que, como tal, precisa ser contabilizada. Taxas tolerveis de no atendimento a controles variam diretamente com o risco de controle planejado para determinado procedimento de controle quanto mais baixo o nvel planejado, mais baixa a taxa tolervel. Taxa aceitvel de desvios tem efeito inverso sobre o tamanho da amostra. Ou seja, quanto maior a taxa aceitvel de desvios, menor o tamanho da mostra. c) Taxa esperada de desvios da populao: O auditor utiliza um ou mais dos seguintes critrios para estimar a taxa esperada de desvios da populao, para cada controle:

taxa de desvio observada na amostra do ano anterior; ajustada devido as alteraes na eficcia dos controles introduzidos no ano corrente, esse ajuste feito pelo julgamento do prprio auditor; estimativa baseada em avaliao inicial do controle realizada no ano corrente; e, taxa encontrada numa amostra preliminar de aproximadamente 50 itens.

A taxa esperada de desvios da populao tem efeito significativo e direto sobre o tamanho da amostra. Quando o risco de avaliao do risco de controle em nvel baixo demais e a taxa aceitvel de desvios so mantidos constantes, aumentos e diminuies em relao dada taxa esperada de desvios da populao restaro maiores ou menores tamanhos de amostras, respectivamente (observe as tabelas da questo 14). Esses efeitos refletem os aspectos de que, medida que a taxa esperada de desvios da populao se aproxima da taxa aceitvel, informaes mais precisas so necessrias e, consequentemente, uma amostra de maior tamanho. Quadro resumo testes de controle: Fator Efeito sobre tamanho da amostra Risco de avaliao do risco de Inverso controle em nvel baixo de mais Taxa aceitvel de desvios Inverso Taxa esperada de desvios da Direto populaoDavi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Avaliao dos resultados da amostra Bom, aps o plano de amostragem ter sido desenhado, os itens da amostra so selecionados e examinados, para que a natureza e a frequncia dos desvios sejam determinados, e possam ento ser extrapolados para toda a populao. Desvios incluem falta de documentos, ausncia de assinaturas que indiquem que determinado controle foi realizado, discrepncia entre detalhes de documentos e correspondente, registros contbeis e preos no autorizados e erros aritmticos. Os desvios encontrados na amostra devem se adequadamente tabulados, resumidos e avaliados. A concluso geral envolve julgamento profissional na avaliao dos seguintes fatores: a) Clculo da taxa de desvios da amostra: Para cada controle testado, o auditor calcula uma taxa de desvio da amostra (=que percentual): que o quociente da diviso entre a quantidade de desvios e o tamanho da amostra examinada. Exemplo: tamanho da amostra = 100; notas com problemas (desvios) = 1; 1 / 100 = 0,01, ou seja, taxa de 1%. b) Determinao do limite superior dos desvios (LSD): Indica a taxa mxima de desvios da populao, baseada na quantidade de desvios encontrados na amostra. expresso percentualmente com o auxlio de tabelas ou programas estatsticos. O que voc precisa saber aqui que quanto maior for o tamanho da amostra, menor ser o limite em relao a quantidade real de desvios encontrados, para exemplificar veja a tabela exemplo: 5% de risco de avaliao do risco de controle em nvel baixo demais Quantidade real de desvios encontrados Tamanho da 0 1 2 3 amostra 100 3,0 4,7 6,2 7,6 125 2,4 3,7 4,9 6,1 150 2,0 3,1 4,1 5,1 200 1,5 2,3 3,1 3,8 Da anlise da tabela acima conclumos que para uma taxa de 5% de risco de avaliao do risco de controle em nvel baixo demais, utilizando-se um tamanho de amostra 100, com um nmero real de desvios encontrados nessa amostra de 1, o limite superior de desvios ser de 4,7%, j para esseDavi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 mesmo nmero de desvios encontrados, utilizando-se um tamanho de amostra de 200, o LSD ser 2,3%, ento, quanto maior a amostra, menor o LSD, para um mesmo nmero de desvios. c) Determinao da proviso para risco de amostragem (PRA): Lembre-se que o risco de amostragem relaciona-se com a possibilidade de que uma amostra adequadamente selecionada no seja representativa da populao. Na fase de avaliao dos desvios, a proviso a diferena entre o limite superior dos desvios e a taxa de desvios da amostra, ou, pode ser considerada, ainda, como a parcela adicionada a taxa de desvios da amostra, gerando um limite superior de desvios que ser superior taxa verdadeira de desvios da populao. Assim, utilizando o exemplo acima: LSD 4,7% Taxa de desvios 1% 4,7% - 1% = 3,7% A proviso para risco de amostragem relaciona-se diretamente com a quantidade de desvios encontrados na amostra, veja que se pegarmos o mesmo tamanho de amostra do exemplo anterior (100) e encontrarmos 3 desvios (3/100 = 3%) a proviso ser de 7,6% - 3% = 4,6%. d) Aspectos qualitativos dos desvios: O auditor alm de se preocupar com a frequncia dos desvios deve tambm analis-los para determinar sua natureza e causa (=aspectos qualitativos dos desvios). Desvios podem resultar de fatores passageiros, tais como, um empregado novo, um substituto inexperiente, um empregado de frias ou de licena, esse fatores devem ser levados em conta para no distorcer os resultados finais. Definio do tamanho da amostra em testes substantivos No caso especfico da amostragem em testes substantivos, o fator que determina o tamanho da amostra o Fator de Confiabilidade (FC), este determinado de acordo com o risco de aceitao incorreta especificado pelo auditor. A confiabilidade o grau de segurana que o auditor espera obter em termos percentuais.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

PRA 3,7%

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Ao especificar um nvel desejvel de aceitao incorreta, o auditor deve considerar:

o nvel de risco de auditoria que deseja assumir de que um erro ou irregularidade relevante que a conta contenha no seja detectado; o nvel avaliado de risco de controle; e, os resultados dos testes de deteco procedimentos de reviso analtica. (=testes substantivos) e

Ento, como o risco de aceitao incorreta tem efeito inverso sobre o tamanho da amostra quanto mais baixo, maior o tamanho da amostra, o mesmo acontece com o FC, quanto menor o fator de confiabilidade, maior o tamanho da amostra. Quanto menos o auditor confiar, maior ter que ser a amostra. Como no caso dos testes de controle, onde o auditor verifica o limite superior de desvios (LSD), nos testes substantivos, ao avaliar os resultados da amostra o auditor deve calcular o Limite Superior de Erro (LSE) com base nos dados da amostra. Se forem encontrados erros na amostra, o auditor deve calcular o EP (erro projetado para a populao) e a PRA (atravs de clculos estatsticos), para calcular o limite superior de erro para superavaliaes. Desta forma, o limite superior de erro (LSE) para superavaliaes ser o resultado da equao: EP + PRA. LSE = EP + PRA Se o LSE for igual ou inferior ao erro aceitvel, os resultados da amostra do suporte concluso de que o valor contbil da populao no contm erros ou irregularidades de valor superior ao erro aceitvel. Mas, se no forem encontrados erros na amostra? Nesse caso, o erro projetado (EP) para a populao ser igual a zero e a proviso para risco de amostragem (PRA) ser calculada de acordo com o Fator de Confiabilidade (FC). Quadro resumo (testes substantivos): Fator Relao com o tamanho da amostra Valor contbil Direta Risco de aceitao incorreta Inversa Erro aceitvel InversaDavi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Bom, vamos analisar a questo: O enunciado pede para relacionar a aplicao da tcnica de amostragem estatstica em testes substantivos com o tamanho da amostra. Vamos analisar as assertivas: Item a correto. Vimos que a taxa aceitvel de desvios tem efeito inverso sobre o tamanho da amostra. Ou seja, quanto maior a taxa aceitvel de desvios, menor o tamanho da mostra. Item b errado. O item parece correto, mas, no . Vimos que quanto menor o erro tolervel, maior deve ser o tamanho da amostra; e, portanto, quanto maior o erro tolervel, menor pode ser o tamanho da amostra. Porm, o erro tolervel considerado durante o estgio de planejamento, portanto, quantificado antes da definio da amostra. O erro da assertiva est em afirmar que a quantificao do erro tolervel funo do tamanho da amostra, quando na verdade, o contrrio, o tamanho da amostra funo da quantificao do erro tolervel. Item c errado. O item afirma exatamente o contrrio do item a. Item d errado. Trata-se do mesmo erro da questo b, ou seja, afirmar de que a quantificao do erro tolervel funo do tamanho da amostra. Alm disso, fazer a seguinte relao: erro tolervel menor = tamanho da amostra menor, quando o correto o contrrio quanto menor o erro tolervel, maior deve ser a amostra. Item e a ESAF considerou errado. Vimos que se o auditor espera encontrar erro ele deve estabelecer uma amostra maior, no entanto, a questo parece estar correta, pois o tamanho da amostra no afeta o erro tolervel nem o esperado, o erro tolervel e o erro esperado que afetam o tamanho da amostra. Apesar disso a ESAF considerou a assertiva errada.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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GABARITO A 14. (ESAF / 2004/2005 / AFTE - RN - Auditor-Fiscal do Tesouro Estadual) Dadas as tabelas fornecidas a seguir, responda: Tabela I: 5% de risco de Avaliao do Risco de Controle em Nvel Baixo Taxa aceitvel de desvios Taxa Esperada de desvio da populao (%) 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2% 151 3% 101 159 4% 76 119 158 5% 61 95 95 126 6% 51 80 80 105 90

Tabela II: 10% de risco de Avaliao do Risco de Controle em Nvel Baixo Taxa aceitvel de desvios Taxa Esperada de desvio da populao (%) 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 2% 116 196 3% 78 131 178 4% 59 98 98 134 160 5% 47 79 79 107 134 160 6% 40 66 66 66 90 112 132

Ao analisar a rea de Contas a Receber, constata-se um risco de avaliao de 10%. No ano anterior a empresa de auditoria constatou desvio de 4% e a taxa esperada do desvio da populao do ano foi de 1,0%. Determine o tamanho da amostra a ser utilizada. a) 200 b) 107 c) 158 d) 178 e) 98Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Resoluo: A questo ilustra um tipo de tabela que o auditor pode utilizar para determinar o tamanho da amostra. O procedimento para definir o tamanho o seguinte:

Escolher a tabela que corresponde ao nvel especificado de risco de avaliao do risco de controle em nvel baixo demais. O enunciado nos trouxe que o risco de avaliao do risco de controle em nvel baixo demais de 10%, portanto, vamos selecionar a tabela II.

Localizar a coluna referente ao nvel especificado da taxa aceitvel de desvios. O enunciado nos trouxe que a taxa de desvio no ano anterior foi de 4%. De acordo com as diretrizes trazidas pelas normas internacionais de auditoria esta taxa est dentro de um risco de controle baixo, veja: Risco de controle planejado Baixo Moderado Alto Faixa de Taxa Aceitvel de Desvios (%) 27 6 12 11 20

Como o enunciado no trouxe outras informaes e a taxa de 4% est de acordo com as normas internacionais a utilizaremos para resolver a questo. Portanto, selecionaremos a 3 coluna da tabela (veja tabela abaixo).

Localizar a linha que contm a taxa esperada de desvios da populao. Vimos que o auditor ao determinar o erro esperado em uma populao, deve considerar aspectos como, por exemplo, os nveis de erros identificados em auditorias anteriores, mudana nos procedimentos da entidade e evidncia obtida na aplicao de outros procedimentos de auditoria. Esta taxa foi determinada pelo enunciado em 1%, ou seja, escolheremos a 3 linha da tabela (veja tabela abaixo).

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Ler o tamanho da amostra, na interseco da coluna com a linha escolhidas, no caso, coluna 3 e linha 3.

Tabela II: 10% de risco de Avaliao do Risco de Controle em Nvel Baixo Taxa aceitvel de desvios Taxa Esperada de desvio da populao (%) 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 2% 116 196 3% 78 131 178 4% 59 98 98 134 160 5% 47 79 79 107 134 160 6% 40 66 66 66 90 112 132

Portanto, o tamanho adequado da amostra para os dados informados 98. GABARITO E 15. (ESAF / 2008 / SEFIN/NATAL Auditor de Tributos Municipais) No processo de determinao e avaliao da amostra, para que o auditor obtenha o limite superior de erro para superavaliaes, deve-se: a) subtrair do risco total projetado o fator de confiabilidade para o limite. b) calcular a regresso linear das probabilidades de ocorrncia dos erros. c) estabelecer o intervalo entre o erro projetado e o erro no estimvel. d) somar o erro projetado e a proviso para risco de amostragem. e) estimar o erro projetado e calcular o seu desvio padro. Resoluo: Vimos que existe uma frmula bsica para que o auditor obtenha o limite superior de erro (LSE) para superavaliao: LSE = EP + PRA, ou seja, o limite superior de erro (LSE) o resultado da soma do erro projetado (EP) com a proviso para risco de amostragem (PRA). GABARITO D

16. (ESAF / 2008 / SEFIN/NATAL Auditor de Tributos Municipais) A relao existente entre o fator de confiabilidade com a amostra :Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 a) quanto mais baixo for o fator de confiabilidade, maior ser o tamanho da amostra. b) no existir no modelo a expectativa de risco de aceitao incorreta. c) o fator de confiabilidade e a amostra devem ter correlao positiva. d) independente do fator de confiabilidade, o tamanho da amostra no varia. e) no correlacionar o fator de confiabilidade da amostra com o seu tamanho. Resoluo: Ns estudamos que a definio do tamanho da amostra no caso dos testes substantivos leva em considerao o fator de confiabilidade (FC) que tem relao com o risco de aceitao incorreta. A correlao entre o FC e a amostra inversa, ou seja, quanto mais baixo o FC, maior dever ser o tamanho da amostra. Portanto, o item correto o a. GABARITO A

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Carta de Responsabilidade da Administrao 17. (ESAF / 2001 / Auditor do Tesouro Municipal - Prefeitura de Natal RN) O dever do auditor independente de demonstraes contbeis de obter a Carta de Responsabilidade da Administrao consta a) nas Normas Profissionais de Auditor Independente NBC-P-1. b) da Escriturao Contbil NBC-T-2. c) da Divulgao das Demonstraes Contbeis NBC-T-6. d) dos Aspectos Contbeis Especficos em Entidades Diversas NBC-T-10. e) nas Normas de Auditoria Independente das Demonstraes Contbeis NBC-T-11. Resoluo: O assunto que vamos tratar agora, Carta de Responsabilizao da Administrao, disciplinado pela Resoluo CFC 1.054/05 de aprovou o item 11.17 da NBC T 11. Este um assunto que no traz maiores dificuldades, bem intuitivo, ento, vamos dar um panorama geral antes de responder a questo. Como o prprio nome sugere, a carta de responsabilidade da administrao um documento emitido pelos administradores da entidade, cujas Demonstraes Contbeis esto sendo auditadas. A administrao da entidade deve encaminhar a carta ao auditor independente, confirmando as informaes e os dados a ele fornecidos, assim como as bases de preparao, apresentao e divulgao das Demonstraes Contbeis submetidas para exame de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstraes Contbeis. Ns veremos na prxima aula que o auditor em seu parecer deve mencionar a diviso de responsabilidades entre ele e a administrao. Deve ficar claro que a administrao responsvel pela preparao e pelo contedo das demonstraes contbeis, cabendo ao contabilista que as assina a responsabilidade tcnica. Muito bem, o auditor deve obter evidncia dessa responsabilidade. Deve ter documentado, por intermdio da carta de responsabilidade, que a administrao reconhece a responsabilidade pela preparao e apresentao adequada, assim como pela aprovao das Demonstraes Contbeis deDavi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 acordo com as prticas contbeis adotadas no Brasil ou outro conjunto de normas contbeis que sejam aplicveis nas circunstncias. Alm disso, sempre que o auditor no possa ter uma expectativa razovel quanto existncia de outra evidncia de auditoria pertinente, ele deve obter declaraes por escrito da administrao sobre os assuntos significativos para as Demonstraes Contbeis. As declaraes sempre que possvel devem ser feitas por escrito, pois declaraes verbais so de difcil comprovao e a possibilidade de malentendidos entre o auditor e a administrao reduzida quando so escritas. Desta forma, uma declarao por escrito uma evidncia de auditoria melhor do que uma declarao verbal. Por uma questo de eficincia e praticidade as declaraes por escrito solicitadas da administrao podem estar limitadas aqueles assuntos considerados, individual ou coletivamente, como significativos para as Demonstraes Contbeis. Nesse sentido, muitas vezes caber ao auditor esclarecer a administrao a necessidade da carta, visto entender relevante o assunto em relao s Demonstraes Contbeis tomadas em conjunto. A norma determina que o auditor deve obter a declarao por escrito da administrao em que ela:

reconhece sua responsabilidade pela elaborao e implementao de controles internos para prevenir e identificar erros; e acredita que os efeitos agregados de distores no-ajustadas so irrelevantes, individualmente ou em conjunto, para as Demonstraes Contbeis como um todo.

Sempre que, no decorrer da auditoria, a administrao da entidade auditada fizer declaraes ao auditor, espontaneamente ou em resposta a indagaes especficas, sobre assuntos significativos para as Demonstraes Contbeis, ele deve (o auditor deve ser prudente, por natureza um ser desconfiado...):

buscar evidncia comprobatria de auditoria com base em fontes dentro e fora da entidade; avaliar se as declaraes feitas pela administrao so razoveis e consistentes com outras evidncias de auditoria obtidas, incluindo outras declaraes; e

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analisar se as pessoas que fazem as declaraes podem ser consideradas bem informadas sobre assuntos especficos sob os quais emitiram suas declaraes.

Importante As declaraes da administrao no substituem outras evidncias de auditoria. O auditor no pode deixar de realizar os procedimentos necessrios de auditoria para obter as evidncias em troca de cartas da administrao. (O auditor no pode ser preguioso...) Assim, constituir uma limitao de escopo da auditoria o fato do auditor no conseguir obter uma evidncia de auditoria adequada e suficiente, que seja esperado que esteja disponvel, sobre um item que tenha ou possa ter um efeito significativo sobre as Demonstraes Contbeis, mesmo que a administrao emita uma declarao sobre isso. Porm, em certos casos, uma declarao da administrao pode ser a nica evidncia de auditoria que, normalmente, est disponvel, como por exemplo, para corroborar a inteno da administrao de manter um investimento especfico a longo prazo. Ns j vimos na aula 00 que cabe a administrao da entidade a responsabilidade primria na preveno e identificao de fraudes e erros, atravs da implementao e manuteno de adequado sistema contbil e de controle interno. Assim, devido natureza das fraudes (que resultam de aes deliberadas, de conluios) e das dificuldades inerentes em detect-las, o auditor deve obter declaraes formais da Administrao de que ela reconhece sua responsabilidade na elaborao e na implementao dos controles para prevenir e detectar sua ocorrncia. Alm disso, o auditor deve obter a declarao da entidade de que ela no tem conhecimento de qualquer fraude ou suspeita de fraude que pudesse ter efeito relevante nas Demonstraes Contbeis. Caso a declarao da administrao seja conflitante com outra evidncia de auditoria, o auditor deve investigar as circunstncias e, se necessrio, reconsiderar a confiabilidade de outras declaraes feitas pela administrao. As declaraes por escrito podem assumir diversas formas, entre elas:

carta com as declaraes de responsabilidade da administrao; carta do auditor descrevendo, resumidamente, seu entendimento das declaraes da administrao, devidamente reconhecidas e confirmadas pela administrao; ou 34

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atas de reunies do conselho de administrao, dos scios ou de rgo da administrao com funo semelhante.

Ns falamos bastante sobre carta de responsabilidade, no entanto, para responder a questo bastava ler o primeiro pargrafo, o dever de obter a carta de responsabilidade est prevista na nossa velha conhecida NBC T 11, mais fcil do que essa, s vindo com o gabarito assinalado... Gabarito, letra e. GABARITO E 18. (ESAF / 2004/2005 / AFTE - RN - Auditor-Fiscal do Tesouro Estadual) O auditor, ao no solicitar carta de responsabilidade da administrao empresa auditada, no estaria atendendo a) ao contedo dos papis de trabalho. b) aos princpios contbeis brasileiros. c) ao processo de emisso de parecer adequado. d) s demonstraes contbeis. e) aos procedimentos ligados aos testes de superavaliao. Resoluo: Entendemos que at no seria necessrio, mas por prudncia, ao resolver essa questo vamos falar um pouquinho (prometemos) dos papis de trabalho referente Resoluo CFC n 1.024/05 (esse item no consta do seu edital, mas, pode ser cobrada na relao com outros assuntos, como nesse caso, da carta de responsabilidade). Assim, resumidamente, os papis de trabalho so compostos pela documentao considerada importante para proporcionar as evidncias e comprovar que a auditoria foi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstraes Contbeis. Ou seja, papis de trabalho so os registros mantidos pelo auditor sobre os procedimentos aplicados, os testes realizados, as informaes obtidas e as concluses tiradas durante a auditoria, a fim de apoiar seu parecer sobre as demonstraes financeiras. Voc sabe que cada auditoria tem suas peculiaridades, uma diferente da outra, ento os papis de trabalho de uma auditoria sero diferentes dos de outra, pois so elaborados, estruturados e organizados para atender s circunstncias do trabalho e satisfazer as necessidades do auditor para cada uma. Mas, de onde vem os papis de trabalho?

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Eles resultam da documentao preparada pelo auditor (tabelas, anotaes, grficos, relatrios, etc.) e/ou fornecida a este pela administrao (carta de responsabilidade, declaraes, balancetes, balanos, razo, atas, contratos, etc.) ou por terceiros (cartas de confirmaes, respostas a entrevistas, etc.) durante a execuo da auditoria. Assim, nesse emaranhado de informaes, a elaborao dos papis de trabalho deve integrar um processo organizado de registro de evidncias da auditoria por intermdio de informaes em papel, filmes, fotos, meios eletrnicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam. Ou seja, papis de trabalho no so s papis, representam na verdade qualquer meio idneo de transmisso de informaes. Mas, o que deve ser registrado nos papis de trabalho? Ateno O auditor deve registrar nos papis de trabalho informao relativa ao planejamento da auditoria, natureza, oportunidade e extenso dos procedimentos aplicados, os resultados obtidos e suas concluses da evidncia da auditoria. Ou seja, Como foi planejada a auditoria; Quanto aos procedimentos (mnemnico: naopex) o Natureza (o que fazer, quais aplicar); o Oportunidade (quando aplicar); o Extenso (at onde aplicar, quanto aplicar); Quanto s evidncias: o Resultados; e, o Concluses. J sabemos que os papis de trabalho so o instrumento de trabalho do auditor e futuramente serviro de prova do trabalho realizado em todas as fases da auditoria, desde o planejamento, passando pela execuo, indo at a emisso do parecer. Mas, alm disso, os papis de trabalho de auditoria cumprem outros objetivos, tais como: a) ajudar, pela anlise dos documentos de auditorias anteriores, ou pelos coligidos quando da contratao de uma primeira auditoria, no planejamento e execuo da auditoria; b) registrar as evidncias do trabalho executado, para fundamentar o parecer do auditor independente; c) atender as normas de auditoria;Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 d) facilitar a reviso por parte do auditor responsvel, para que ele assegure-se de que o servio foi efetuado de forma correta; e) servir como base para avaliao dos auditores; e, f) resguardar o auditor no caso de aes na justia. Bom, vimos que os papis de trabalho so extremamente importantes e tem muita utilidade, tanto para o auditor no trabalho atual de auditoria, quanto para outros auditores em trabalhos futuros. Ento, os papis de trabalho constituem a memria da auditoria. Constituemse no roteiro, no mapa do caminho que leva s concluses. A partir de sua anlise, outro auditor deve poder chegar s concluses que o auditor que os elaborou chegou. Desta forma, como os papis de trabalho so a base para as concluses do auditor, eles devem incluir seu juzo acerca de todas as questes significativas, principalmente nas reas que envolvem questes de princpio ou de julgamento difcil. Os papis de trabalho devem registrar os fatos pertinentes que eram do conhecimento do auditor no momento em que chegou s suas concluses. S assim, outro auditor conseguir entender essas concluses. Portanto, o auditor, ao no solicitar a carta de responsabilidade da administrao empresa auditada, no estaria atendendo ao contedo dos papis de trabalho, pois ela parte integrante dos mesmos. Gabarito, letra a. GABARITO A

19. (ESAF / 2004/2005 / AFTE - RN - Auditor-Fiscal do Tesouro Estadual) A carta de responsabilidade da Administrao deve ser emitida com a data a) do encerramento das demonstraes contbeis. b) em que for redigida e emitida pela administrao. c) em que o auditor iniciou os trabalhos na entidade. d) do parecer emitido pelo auditor. e) da publicao das demonstraes contbeis. Resoluo:

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Vamos aproveitar essa questo para falar um pouco sobre o contedo da carta de responsabilidade. A Carta de Responsabilidade da Administrao com as suas declaraes devem ser endereadas aos auditores independentes e deve conter, no mnimo, as seguintes informaes especficas, sempre que, a juzo destes, essas informaes sejam significativas para formar opinio sobre as Demonstraes Contbeis que esto auditando, a saber: No se preocupe em decorar esses itens (at porque seria impossvel), na verdade, eles so bem intuitivos e se referem a quase tudo relacionado ao trabalho de auditoria, d uma ateno especial aos itens grifados, cremos que so aqueles que tm mais chances de serem cobrados na prova.

fazer referncia s Demonstraes Contbeis cobertas pelo parecer de auditoria, incluindo seus principais valores (ativo total, passivos, patrimnio lquido, lucro lquido ou outros julgados importantes para a identificao); mencionar que a administrao est ciente de sua responsabilidade pela adequada preparao e apresentao das Demonstraes Contbeis de acordo com as prticas contbeis adotadas no Brasil (ou outro conjunto de normas que seja aplicvel), divulgando as principais bases de avaliao dos ativos e dos passivos e de reconhecimento de receitas e despesas; mencionar que a administrao cumpriu regulamentos a que a entidade est sujeita; com as normas e os

mencionar que o sistema contbil e de controle interno adotado pela entidade auditada de responsabilidade da administrao e adequado ao seu tipo de atividade e volume de transaes; confirmar que todas as transaes efetuadas no perodo coberto pelas Demonstraes Contbeis foram devidamente registradas nos livros contbeis; confirmar que as estimativas contbeis foram efetuadas sob responsabilidade da administrao, com base em dados consistentes e que os riscos e incertezas existentes foram divulgados nas Demonstraes Contbeis; confirmar que no existem contingncias ambientais, fiscais, trabalhistas, previdencirias ou de outras naturezas que possam afetar, substancialmente, a situao patrimonial e financeira da entidade auditada alm daquelas que foram divulgadas nas Demonstraes Contbeis; 38

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 confirmar a relao de todos os consultores jurdicos externos que representaram ou patrocinaram causas envolvendo a entidade auditada at a data da carta; confirmar que no existe nenhum fato conhecido que possa impedir a continuidade normal das atividades da entidade; confirmar que todos os livros contbeis e os registros auxiliares, inclusive atas de reunies de acionistas ou scios, diretores ou conselheiros e outros documentos comprobatrios, foram colocados disposio dos auditores, e que no existem outros alm daqueles disponibilizados. Quanto mais especfica for a carta melhor ser a sua utilidade. Portanto, o auditor independente deve considerar a hiptese de serem listados as atas e os outros documentos que a seu julgamento sejam importantes; confirmar que a administrao tem responsabilidade em manter controles que permitam identificar os saldos e as transaes com partes relacionadas, e que as Demonstraes Contbeis incluem todas as divulgaes requeridas para essas transaes; confirmar que: o a entidade auditada proprietria dos ativos apresentados nas Demonstraes Contbeis; o no existem quaisquer outros ativos que apresentados nessas demonstraes; no tenham sido

o a administrao tem responsabilidade em manter controles que permitam identificar os compromissos de compra e venda, os acordos para a recompra de ativos anteriormente vendidos ou a revenda de ativos anteriormente comprados; o as garantias prestadas a terceiros, os nus ou outros gravames existentes sobre os ativos foram, adequadamente, divulgados; o as transaes envolvendo instrumentos financeiros derivativos que possam no estar registrados em contas patrimoniais foram, adequadamente, divulgadas nas Demonstraes Contbeis;

confirmar que no existem planos ou intenes que possam afetar, substancialmente o valor ou a classificao de ativos ou passivos constantes das Demonstraes Contbeis;

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confirmar que no existem irregularidades, envolvendo a administrao ou os empregados, que possam ter efeito significativo sobre as Demonstraes Contbeis; confirmar que a administrao est ciente de sua responsabilidade quanto elaborao e implementao de controles para prevenir e detectar fraudes, e que no tem conhecimento de qualquer fraude ou suspeita de fraude que pudesse ter efeito significativo nas Demonstraes Contbeis; confirmar que no so de conhecimento da administrao quaisquer questes pendentes perante os rgos reguladores e fiscalizadores que pudessem ter efeito significativo sobre as Demonstraes Contbeis; confirmar que os seguros efetuados foram contratados de acordo com as necessidades operacionais da entidade auditada; confirmar que no so conhecidos conflitos de interesse envolvendo a administrao ou os seus empregados graduados; confirmar que a administrao no tem conhecimento de eventos ou circunstncias ocorridos ou esperados que levem a crer que os ativos, em particular o ativo imobilizado, possam estar apresentados nas Demonstraes Contbeis por valores superiores ao seu valor de recuperao; declarar que as eventuais distores contbeis (ajustes) noreconhecidas nas Demonstraes Contbeis so irrelevantes, tanto individualmente quanto em agregado, em relao essas Demonstraes Contbeis tomadas em conjunto (a prpria carta ou seu anexo, devidamente rubricado pela administrao, deve listar tais distores); confirmar que a administrao responsvel pela destinao do lucro de acordo com o estatuto social ou seu instrumento legal e pela observncia da legislao societria que trata do assunto e que foi dado cumprimento ao estabelecido; informar os planos de penso formais ou no-formais, detalhando os compromissos assumidos pela entidade auditada; confirmar que no existe qualquer evento subsequente que pudesse afetar de forma significativa a posio patrimonial e financeira ou o resultado do perodo coberto pelas Demonstraes Contbeis.

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 A data da carta com as declaraes de responsabilidade da administrao da entidade deve ser a mesma data do parecer dos auditores independentes sobre as Demonstraes Contbeis a que dizem respeito. No entanto, em determinadas circunstncias, uma carta contendo declaraes sobre certas transaes ou outros eventos especficos tambm pode ser obtida no decorrer da auditoria ou em data posterior quela do parecer dos auditores, por exemplo, na data de uma oferta pblica. A carta de responsabilidade da administrao deve ser assinada pelos membros da administrao que sejam os principais responsveis pela entidade e sua movimentao financeira, assim como pelo contabilista responsvel pelas Demonstraes Contbeis, de forma a cobrir os aspectos contbeis com base no melhor entendimento e juzo desses executivos. Em determinadas circunstncias, o auditor pode considerar necessrio obter cartas com declaraes de responsabilidade de outros membros da administrao. Por exemplo, o auditor pode requerer uma declarao por escrito de que todas as atas das assemblias dos acionistas, do conselho de administrao e dos comits relevantes lhe foram disponibilizadas. A recusa da administrao em fornecer parcial ou totalmente a carta de responsabilidade constitui-se numa limitao de escopo, nesse caso, o auditor deve expressar parecer com ressalva ou com absteno de opinio. Obs. No se preocupe ainda em entender os tipos de pareceres, ns falaremos sobre isso na prxima aula. No caso de declarao parcial ou de declarao conflitante com outras evidncias encontradas, o auditor deve reavaliar a confiana depositada em outras declaraes feitas pela administrao no decorrer da auditoria. Resoluo: A questo quer saber qual a data em que deve ser emitida a carta de responsabilidade. Vimos que a regra geral que seja emitida com a mesma data do parecer emitido pelo auditor. Gabarito, letra d. GABARITO D

20. (ESAF / 2005 / AFRE - Auditor-Fiscal da Receita Estadual MG) O no fornecimento, pela administrao da empresa auditada, da Carta de Responsabilidade ao auditor independente caracterizaDavi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 a) limitao de escopo. b) impossibilidade de auditoria. c) suspenso da auditoria. d) fraude em auditoria. e) a renncia ao trabalho. Resoluo: J temos condies de responder essa questo com o que vimos sobre a carta de responsabilidade. Ns aprendemos que a recusa da administrao em fornecer parcial ou totalmente a carta de responsabilidade representa uma limitao de escopo da auditoria. Portanto, gabarito letra a. GABARITO A

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 Questes Comentadas

1 - (ESAF / 2005 / SEFAZ/RN AFTE) Das assertivas a seguir, identifique a que no est relacionada determinao da amostra a) estratificao b) tamanho c) erro tolervel d) erro esperado e) seqncia 2 - (ESAF / 2002 / AFPS - Auditor-Fiscal da Previdncia Social) Na determinao da amostra, o auditor no deve levar em considerao o(a): a) erro esperado. b) valor dos itens da amostra. c) tamanho da amostra. d) populao objeto da amostra. e) estratificao da amostra. 3 - (ESAF / 2001 / Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF) O risco que o auditor corre por considerar, como resultado de uma amostra que suporte sua concluso, que o saldo de uma conta ou classe de transaes registradas esto relevantemente corretos, quando de fato no esto, denominado: a) risco de aceitao incorreta b) risco de superavaliao de confiabilidade c) risco de rejeio incorreta d) risco de subavaliao de confiabilidade e) risco de estimativa contbil 4 - (ESAF / 2006 / MP Contador) A amostragem estratificada consiste em a) gerar diretamente o resultado estatstico final da amostra. b) eliminar a possibilidade de erro na definio da amostra. c) dividir a populao em grupos relativamente homogneos. d) determinar o risco de rejeio incorreta ou erro aceitvel. e) avaliar a populao total por meio de amostra nica. 5 - (FCC / 2006 / PMJAB - Auditor Tributrio) Ao definir a amostra, o auditor deve estabelecer a) uma relao inversa ao volume de operaes efetuadas pela entidade na rea a ser auditada.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 b) procedimentos que no permitam a estratificao da amostra pela empresa a ser auditada. c) um modelo de seleo que no permita haver erro tolervel, visto que o mesmo permite erro de deteco. d) uma relao direta com o volume de transaes realizadas pela entidade na rea a ser auditada. e) uma paridade ao modelo estabelecido conjuntamente com a empresa a ser auditada em suas operaes. 6 - (ESAF / 2006 / CGU AFC AUDITORIA E FISCALIZAO) Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor independente deve levar em considerao os seguintes aspectos: a) os objetivos especficos da auditoria. b) a populao da qual se deseja extrair a amostra. c) a estratificao da populao. d) a necessidade de comprovar que as demonstraes financeiras auditadas esto corretas. e) o risco da amostragem. 7 - (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF) Ao determinar o tamanho de uma amostra, o auditor deve considerar: a) tamanho da populao, risco de amostragem e erro esperado. b) tamanho da populao, erro tolervel e erro esperado. c) risco da populao, risco de controle e erro esperado. d) risco de amostragem, erro tolervel e erro esperado. e) risco de deteco, tamanho da populao e desvio aceitvel. 8 - (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF) O auditor utiliza o mtodo de seleo aleatria de uma amostra quando: a) o intervalo entre as selees for constante. b) sua amostra for representativa da populao toda. c) os itens da populao tm igual chance de seleo. d) os itens menos representativos so excludos da populao. e) no confiar nos controles internos mantidos na populao. 9 - (ESAF / 2002 / AFPS - Auditor-Fiscal da Previdncia Social) Nas alternativas de escolha da amostra, um dos tipos a ser considerado pelo auditor a seleo: a) direcionada e padronizada dos itens que compem a amostra. b) dirigida e padronizada dos itens que comporo a base da amostra a ser utilizada. c) casual, a critrio do auditor, baseada em sua experincia profissional.Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 d) casual, a critrio da empresa auditada, para determinao da amostra a ser utilizada. e) dirigida em comum acordo entre a empresa auditada e o auditor. 10 - (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF) Executados, para cada item da amostra, os procedimentos de auditoria apropriados aos seus objetivos, os resultados da amostra devem ser avaliados pelo auditor conforme a seqncia a seguir: a) projetar os erros encontrados na amostra para a populao, analisar qualquer erro detectado na amostra, reavaliar o risco de amostragem. b) reavaliar o risco de amostragem, analisar qualquer erro detectado na amostra, projetar os erros encontrados na amostra para a populao. c) analisar qualquer erro detectado na amostra, reavaliar o risco de amostragem, projetar os erros encontrados na amostra para a populao. d) reavaliar o risco de amostragem, projetar os erros encontrados na amostra para a populao, analisar qualquer erro detectado na amostra. e) analisar qualquer erro detectado na amostra, projetar os erros encontrados na amostra para a populao, reavaliar o risco de amostragem. 11 - (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF) O auditor deve reavaliar o risco de amostragem quando o: a) erro tolervel excede os erros da populao. b) risco de controle excede o risco de rejeio. c) erro da populao excede o erro tolervel. d) risco de aceitao excede o de rejeio. e) erro tolervel excede o risco de deteco. 12 - (FCC / 2007 / TCE AM Auditor) Em relao amostragem estatstica em auditoria, correto afirmar: a) A sua principal caracterstica estar baseada na experincia pessoal do auditor. b) Ela deve ser utilizada em todos os casos, inclusive quando a populao pequena ou quando h necessidade de alta preciso nas estimativas. c) Na amostragem estratificada, cada elemento da populao tem a mesma chance de pertencer amostra, pois esto distribudos de maneira uniforme. d) O objetivo da ao de controle irrelevante para a elaborao do plano amostral. e) O grau de preciso das estimativas est relacionado ao percentual mximo que se admitir de erros para os resultados obtidos na amostra. 13 - (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF) Quando da aplicao da tcnica de amostragem estatstica em testes substantivos, quanto menor o tamanho da amostra:Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 a) a taxa de desvio aceitvel ser maior. b) a quantificao do erro tolervel ser maior. c) a taxa de desvio aceitvel ser menor. d) a quantificao do erro tolervel ser menor. e) esta no afeta o erro tolervel nem o esperado. 14 - (ESAF / 2004/2005 / AFTE - RN - Auditor-Fiscal do Tesouro Estadual) Dadas as tabelas fornecidas a seguir, responda: Tabela I: 5% de risco de Avaliao do Risco de Controle em Nvel Baixo Taxa aceitvel de desvios Taxa Esperada de desvio da populao (%) 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2% 151 3% 101 159 4% 76 119 158 5% 61 95 95 126 6% 51 80 80 105 90

Tabela II: 10% de risco de Avaliao do Risco de Controle em Nvel Baixo Taxa aceitvel de desvios Taxa Esperada de desvio da populao (%) 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 2% 116 196 3% 78 131 178 4% 59 98 98 134 160 5% 47 79 79 107 134 160 6% 40 66 66 66 90 112 132

Ao analisar a rea de Contas a Receber, constata-se um risco de avaliao de 10%. No ano anterior a empresa de auditoria constatou desvio de 4% e a taxa esperada do desvio da populao do ano foi de 1,0%. Determine o tamanho da amostra a ser utilizada. a) 200Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br

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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 03 b) 107 c) 158 d) 178 e) 98 15 - (ESAF / 2008 / SEFIN/NATAL Auditor de Tributos Municipais) No processo de determinao e avaliao da amostra,