AG1{ADECIMENTOS - Biblioteca Digital de Teses e ... · ocorreriam -lesões na ativação e implicados. interação ... consequente diminuição da regeneração do ATP. ... mecanismos

Embed Size (px)

Citation preview

  • Amigo

    AG1{ADECIMENTOS

    Ao Professor Dr.Srgio Miguel Zucas - Pessoa que

    nos iniciou na vida acadmico-cientifica, a quem devemos o

    lugar que hoje ocupamos.

    Ao Professor Dr. Rui Curi Pela amizade nos

    momentos mais dificeis, ateno, disponibilidade de seu

    laboratrio, e sobretudo, pela orientao deste trabalho Bem

    a qual no seria possivel sua execuo.

    Ao professor Dr. Eduardo Kokubun

    inestimvel pela discusso dos ~esultados e sugestes ao

    trabalho.

    Ao Marcos Barbosa Recco o amigo com quem

    dividimos a autoria deste trabalho.

    A Ivette de Almeida Dirani Pela ajuda

    fundamental na coleta de dados.

    Aos amigos do Laboratrio de Fisiologia Celular -

    Pela discusso do trabalho e pelas "risadas" necessrias

    para o desenvolvimento de um estudo srio.

  • l-INTRODUAO:

    1.1 Fontes Energticas

    No organismo, varias so as fontes energticas

    existentes para atender a demanda metablica. Analisando o

    complexo orgnico pela sua menor estrutura, -a clula,

    veremos que esta, possui diversas vias produtoras de energia

    para atender suas necessidades. A eficincia do organismo

    torna-se evidente quando requisio energtica feita de

    1

    maneira rpida. Existe na clula pequenos estoques

    energticos na forma de tri-fosfato de Adenosina (ATP). Esta

    substncia ento fracionada, pela ao de enzimas (ATPase)

    espalhadas pelo citoplasma celular(vide figura-i). A quebra

    das ligaQes fosfato com a adenosina, promove a libera~o de

    energia e a formao de dois compostos: difosfato de

    Adenosina(ADP) e fosfato inorgnico. Esta situa~o permite

    ao organismo imediata liberao energtica, porm com

    pequeno rendimento; 1 moI de ATP fracionado rende 20.000

    calorias (Junqueira & Carneiro 1987). Por sua vez, o ADP

    pode ser ressintetizado a ATP pela degradao do comPqsto\

    Creatina Fosfato (CP) que libera a energia necessria para

    que um fosfato inorgnico seja incorporado ao difosfato de

    Adenosina.

    A ingesta alimentar promove libera~o de

    nutrientes ao organismo. Por sua vez, estes chegam at as

    Clulas onde ficam armazenados, para posterior fornecimento

    de energia, como os carboidratos (estocados como glicognio)

  • e os lipideos(sob a forma de triglicerideos). Estes estoques

    2

    representam acmulo de energia sob forma estvel e

    concentrada e acessvel em condies de jejum e de demanda

    energtica aumentada. O rendimento energtico liquido da

    degradao de um moI de glicose(gliclise) a dois d~

    piruvato fornece, igualmente, 40.000 calorias. Porm, este

    processo, denominado de gliclise anaerbica, gera

    substratos para a usina celular(mitocondria). Os dois

    moles de piruvato formados so ento degradados

    completamente a C02 e H20, ge~ando por moI de glicose

    aproximadamente 690.000 cal que corresponde a 36 moles de

    ATP (Lehninger 1988).

    A utilizao do piruvato como fonte energtica

    ocorre no interior mitocondrial atravs da fosforilao

    oxidativa. Neste processo participam como precursores

    energticos no apenas os carboidratos mas tambm os cidos

    graxos e os aminocidos. Pode-se dividir a fosforilao

    oxidativa em trs etapas: l)produo de Acetil Coenzima A

    (Acetil CoA) pela piruvato desidrogenase ou beta-oxidao

    2)ciclo de Krebs e 3)sistema transportador de eltron~. O

    ciclo de Krebs apresenta um rendimento final lquido de 2

    moles de ATP e a cadeia de transporte de eletrons de 32

    moles de ATP(Stryer 1988)(vide- figura-l).

    /

  • Figura 1 - Vias de Fornecimento de Energia

    0llC088

    \

    [iiJATPaS8

    CITOPLASMA

    ,,"./

    .... 2ATP

    A.G.L.

    CJ.J

  • .1.2-Tipos de Exercicio Fsico e Demanda Energtica

    Durante a atividade fsica, as fontes energticas

    utilizadas variam de acordo com a intensidade e durao do

    4

    esforo. Nos momentos iniciais do exerccio, ocorre

    metabolizao das fontes energticas primrias ATP e CP. Com

    o prosseguimento da atividade, passa a responder com maior

    suprimento energtico a degradao dos carbo.idratos;

    glicognio celular e glicose circulante (Hultman 1967). A

    converso de um moI de glic05e circulante em 2 de piruvato

    forma 2 de ATP, conforme j mencionado. Contudo, a converso

    de 1 moI de glicose do glicognio a piruvato forma 3 de ATP,

    pois esta g1icose no precisa ser fosforilada, resultando em

    ~conomifl. de 1 moI de ATP. Ef-lte pi. rllvato 8.0 Bel' convert i.eio

    em acetil CoA, pela aco da piruvato desidrogenase, no

    interior da matriz mitocondrial, d inicio ao processo

    oxidativo final da glicose.

    Como descrito anteriormente, a degradao da

    glicose ou glicognio a piruvato no constitui forma

    eficiente de produo de energia(ATP). Na fosforilao

    oxlduLlvu, em fun80 dos processos aerbicos ocorre ~~ior\

    utilizao dos cidos graxos livres (A.G.L.) (Ahlborg et aI

    1974, Pirnay et a1 1977; Ravussin et aI 1979) que passam a

    responder pelo maior aporte energtico nas atividades

    fsicas de longa durao. Desta forma, as atividades de

    longa durao e baixa intensidade utilizam a via aerbica

    como principal fonte energAticA. Esta via possui como fonte

    de substratos piruvato, aminocidos e cidos graxos livres

  • (Felig & Wahren 1975). Durante as atividades mais longas e

    menos intensas, a degradao dos cidos graxos livres pela

    Beta-oxidao preferivel pela maior eficincia na formao

    de ATP (a degradao completa de um moI de palmitoil CoA at

    C02 fornece 131 moles de ATP no total). A Beta-oxidao

    ocorre no interior da mitocndria e fornece acetilCoA que,

    atravs do ciclo de Krebs, libera C02. Entre os fatores que

    controlam a utilizao dos cidos graxos, o transporte

    . atravs da membrana mitocondrial de extrema importncia. A

    carnitina atua ligando-se ao abilCoA formando o complexo

    acil-carnitina. Com a ao da carnitina palmitoil

    transferase, este complexo atravessa a membrana

    mltocondrial(Rebouche & Paulson 1986). Assim, o fornecimento

    reduzido de carnitina pode diminuir a utilizao de cidos

    graxos pelos tecidos.

    As atividades de curta durao e alta intensidade

    apresentam, por sua vez, alteraes metablicas bem

    distintas que as de longa durao e baixa intensidade.Nessas

    atividades, a fonte energtica predominante a degradao

    do glicognio muscular. O proceso glicolitico anaerbico, a\

    via preferencial pela rapidez com que conseguem fornecer

    energia e atender as solicitaes energticas imediatas da

    clula muscular.

    1.3-Diferenciaco dos TecJ.,ctos Musculares

    Esquelticos.

    Como citado por Keul et al(1972) j em 1678,

    Lorenzini diferenciou as fibras musculares de coelhos em

  • brancas e vermelhas. Mais tarde, cerca de dois sculos aps,

    Ranvier em 1873 e Grutzner em 1884, demonstraram que os

    vertebrados possuem dois tipos extremos de fibras musculares

    6

    que foram denominadas de fibras musculares escuras(tnicas)

    e plidas(fsicas). Estas apresentariam adaptaes

    metablicas de acordo com o "treinamento" a que fossem

    submetidos. Mais recentemente, Saltin et al (1977)

    demonstraram existir trs tipos distintos de fibras

    musculares. Estas fibras foram ento classificadas como:

    l)fibra do tipo I(contrao - lenta), 2)fibra do tipo

    IIA(contrao rpida oxidativa) , 3)fibra do tipo

    IIB(contrao rpida - glicoltica). Saltin descreve ainda

    as caracteristicas metRblicas especificas de cada uma como

    demonstrado na tabela 1.

    Como pode-se observar (vide tabela 1), as fibras

    musculares do tipo I possuem caractersticas fundamentais

    para a manuteno de esfros de longa durao e baixa

    intensidade, devido a sua alta capacidade oxidativa e sua

    baixa velocidade de contrao. Nessas as principais vias de

    gt~ ru(..~u de enel'g.lu sto as decorrentes dos proce~SOB\

    oxidativos mitocondriais. Desta forma, estas fibras possuem

    grande capacidude de utilizar os cidos graxos livres devido

    a sua elevada capilaridade e alto estoque de triglicerdeos.

    De modo oposto, aS fi1::).ras do tipo IIE, que possuem uma alta

    capacidade glicoltica e tambm alta velocidade de

    contrao, PBt~n envnlvir1Rfl pm FI i". i v 1dw)eA de fllt.fI

    intensidade e curta durao. A gliclise favorecida pela

  • alta capacidade glico11tica e alto estoque de glicognio. J

    as fibras do tipo lIA possuem alta resposta adaptativa ao

    esforo ou seja podem responder, quando solicitadas, de

    modo semelhante s fibras do tipoI ou tipoIIB.

    TABELA 1 -CARACTERISTICAS DAS FIBRAS MUSCULARES HUMANAS

    7

    Propriedade Tipo I TipoIIA TipoIIB

    Velocidade de Lenta Rpida RpidaContrao

    Capacidade Baixa tvloderacla AltaGlicolitica

    Capacidade Alta Moderada BaixaOxidativa

    Estoque de Moderado Moderado ModeradoGlicognio Alto Alto Alto

    Estoque de Alto Moderado BaixoTriglicerideos

    Capilaridade Boa Moderada Pobre

    Modificado de Saltin et al(1977)

    1.4-Fatores t1etabl iCQ.fLJlll.e-fte.S-ul..anL_AJ...adiBa-aQ

    Exerccio Fisico '~""~. \

    A fadiga ao exercicio pode ter sua ocorrncia em

    vrios pontos do organismo. Segundo Edwards (1983), a fadiga

    pode acontecer durante a atividade fsica a partir do

    sistema nervoso central pela reduo da motivao e

    consequente alterao no recrutamento das unidades motoras.

    Na coluna espinhal pode ocorrer alterao da conduo dos

    reflexos. J nas inervaes perifricas, a alterao na

  • conduo neuro-muscular provocaria no sarcolema modificao

    do potencial de ao tendo como consequncia, desbalano de

    NaT , KT e H20 no sistema tubular transverso. Ainda, a

    alterao na excitao e a consequente modificao na

    8

    actina-miosina, nas pontes transversas e ne

    ocorreriam -leses na

    ativao e

    implicados.

    interao

    no fornecimento de

    Como resultado disto,

    energia podem estar

    sarc6meros, provocadas pelo calor, com consequente reduo

    da fora. O efeito de todas estas alteraes levaria

    instalao do estado de fadiga. - Desta forma, a fadiga pode

    ocorrer como consequncia de eventos centrais e/ou

    perifricos.

    06 mecaniemOB perifricoB que levam fadiga foram

    descritos por Sahlin (1986). Este autor descreve que a

    reduo do pH intracelular causa reduo da glic6lise e

    consequente diminuio da regenerao do ATP. Isto

    provocaria aumento nas concentraes de ADP, reduo da

    atividade da Na-K-ATPase, aumento da concentrao de KT

    extracelular e finalmente fadiga muscular.

    Percebe-se nitidamente' que o entendimento"'\dos

    mecanismos causadores de fadiga bastante complexo. Estudos

    de Bergstrom et aI (1967) e Hermansen et aI (1967)

    demonstraram que possvel, atravs de manipulao

    nutricional associada atividade fisica, aumentar a

    quantidade de glicognio acumulada no msculo eBqueltico e

    que este aumento causa elevao proporcional no tempo de

    resistncia ao esforo. Esta manipulao nutricional

    ./

  • 9

    refere-se utilizao de dieta hiperproteica por periodo de

    dois dias associada atividade fsica intensa e posterior

    oferta de dieta rica em carboidratos por dois dias. O

    intuito da primeira etapa, promover a reduo dos estoques

    de glicognio muscular. Este fato, eleva a atividade da

    enzima glicognio sintetase, que com a oferta aumentada de

    glicose passa a sintetizar glicognio rapidamente. Isto

    ocorre na segunda etapa quando os indivduos recebem a dieta

    hiperglic1dica, com treinamento moderado. A resposta a esta

    manobra nutricional e de atividade f1sica, a elevao dos

    estoques de glicognio em aproximadamente 100%, com

    proporcional elevao do tempo de resistncia ao esforo,

    como j descrito anteriormente. Entretanto, os mecaniemoe

    precisos que envolvem este efeito no foram esclarecidos.

    Por exemplo, como o aumento do contedo de glicognio

    muscular pode elevar a resistncia ao esforo se este no

    a principal fonte energtica nas atividades fsicas de longa

    durao? O contedo de glicognio muscular suficiente para

    a manuteno de esforo moderado por aproximadamente 71

    minutos (Newsholme & Leech 1988). Quais seriam, ento'\ os

    mecanismos de utilizao do glicognio que garantiriam o

    fornecimento energtico por longo perodo de atividade?

    Como pode-se explicar os resultados obtidos por Lancha,

    Bergstromproposta

    Jr.et al(1986)

    nutricional

    que, utilizando

    por

    a mesma

    et

    manipulao

    al(1967),

    demonstraram que os teores de A.G.L. plasmticos esto

    elevados aps dieta hiperglicdica, pr e ps-exerccio,

    /

  • COlllPUl'itivi1111eIlLe iO(; va.1oreu du dieL hiperproteica? I:!: qUt~

    10

    isto ocorre Bem 8.1 terr.:iio da g.1 icemia (Simes et aI 1986)?

    Se o aumento do glicognio muscular promove maior

    resistncia ao esforo pela sua converso a acetil CoA,

    porque ocorreria elevao dos nveis de A.G.L. quando da

    dieta hiperglicidica?

    1.5-AQQ.ectQs-Envolvidos na Euncionalidade do Ciclo

    de_.Krebs no t1.llaQulo Egu.eltico ....

    o glicognio degradado piruvato e este

    posteriormente a acetil CoA. O acetil CoA condensa-se ao

    oxaloacetato e forma citrato; reao catalisada pela citrato

    sintase. O citrato, se no for metabolizado atravs do ciclo

    de Krebs, inibe alostricamente a citrato sintase (Smith &

    Williamson, 1971; Johnson & Hansford, 1975) e

    fosfofrutoquinase (Underwood & Newsholme 1965; Dunaway &

    Weber 1974; Tornheim & Lowenstein 1976; Newsholme et aI

    1977; Uyeda 1979). Dessa forma, a gerao de citrato poderia

    bloquear a utilizao de glicose e cidos graxos (Rennie &

    Holloszy, 1977).\

    O msculo esqueltico libera par a

    corrente sangunea entre outras a glutamina que produzida

    a partir de oxoglutarato (Newsholme & Leech 1988). Este fato

    provoca o "escape" de metablitos do ciclo de Krebs e

    aumenta o CCH1GUlllO dt~ citr'nl.o (vlt~ figur1-

  • 12

    A

    importante no

    cidos graxos

    atividade da piruvato carboxilase no

    msculo somente para a metabolizao dos

    livres. J foi mencionado anteriormente que,

    em vrios pontos do ciclo dos cidos tricarboxlicos, ocorre

    escape" de seus produtos. Alm daqueles descritos outros

    precisam ser mencionados. O citrato que pode permear a

    membrana mitocondrial reagindo com a CoA e ATP no citossol;

    catalisada pela citrato liase, formando acetil CoA. Este,

    por sua vez, pode-se constituir em precursor da biossntese

    de lpides. (ocorrncia pouco provvel durante o esforo).

    Outro ponto de "escape" a converso de oxaloacetato

    fosfoenolpiruvato (catalisada pela fosfoenolpiruvato

    carboxiquinase) que, sob a ao da piruvato guinase, ser

    convertido a piruvato (Curi 1988); e este alanina ou

    lactato. Existe tambm o escape do ciclo de Krebs na

    biossntese de glutamina conforme j mencionado. Esta

    formada a partir do 2-oxoglutarato e da transaminao com

    valina que forma o glutamato. Reagindo com a amonia, oriunda

    da desaminao de leucina, o glutamato convertido

    glutamina (Newsholme & Leech 1988). Este mecanismo atl'(ado

    durante a atividade fsica de baixa intensidade e longa

    durao (Rennie et aI 1981;Millward et aI 1982)

    O sistema de lanadeira Aspartato/Malato

    representa ponto de "escape" do ciclo de Krebs (vide figura-

    2). Este mecanismo promove a remoo de aspartato e 2-

    oxoglutarato do interior m\tocondrinl EHteH.

    regio citoplasmtica, pela ao da

    reagem, na

    aspartato

  • aminotransferase dando origem ao oxaloacetato e glutamato. O

    glutamato, por sua vez, permeia a membrana mitocondrial e

    II

    reage com o oxaloacetato,

    aminotransferase, gerando

    reiniciam o ciclo. O

    novamente pela ao da aspartato

    aspartato e 2-oxoglutarato que

    oxaloacetato, formado na regio

    citosslica, convertido a malato, pela ao da malato

    deoidrogenase com consumo de NADH. O malato formado,

    atravessa a membrana mitocondrial e novamente pela ao da

    malato desidrogenase, convertido a oxaloacetato gerando

    NADH. Este mecanismo considerado de extrema importncia

    para a oxidao do NADH citoplasmtico(Crabtree & Newsholme

    1972 Williamson et aI. 1973). Acreditamos,

    particularmente, que este mecanismo deva ocorrer

    principalmente durante o estado de recuperao da atividade

    fsica. Entretanto, alguns autores sugerem sua ocorrncia

    durante a atividade fsica de baixa intensidade (Wasserman

    et aI 1986; Palma et aI 1989).

    \\

  • Figura 2 - Lanadeira Aspartato - Malato

    ndria

    se

    ~rlalO

    ato NAD~~

    Ma/atoDesidrogenase

    / "aloacetato NADH~

    ,

    Glutamato Glutamato

    ~ ~ar tato Aspart.'ansferase Amlnotran

    " ~2-oxoglutarato 2-oxoglutarato

    sma Mitoco

    /Aspartato

    Citopla

    Am

    NAD Malato

    ~Ms/ato

    Desidro(/enase

    /,NADH Oxaloacetat

    ~

    ,,/

    ;-,L::.,

    tv1odificado de Newsholme and Leech 1988

  • Como consequncia dos escapes citados, a

    atividade do ciclo de Krebs regulada pela quantidade de

    seus prprios substratos. Assim, a partir do momento em que

    ocorre reduo de seus substratos/produtos, sua velocidade

    cai, diminuindo, com isto, o aporte energtico muscular de

    origem oxidativa. Como consequncia, o mscu~ paSSB B

    utilizar as fontes citoplasmticas para atender a demanda

    energtica da atividade fisica., A produo de energia pelo

    compartimento citoplasmtico basicamente representada pela

    gliclise anaerbica gerando cido ltico. O cido ltico

    formado dissocia-se em lactato e H+. O acmulo de H+ no

    citoplasma celular e portanto a reduo do pH, inibe a

    atividado da foafofrutoquinaae reduzindo a atividade da via

    glico11tica. Este fato diminui o fornecimento energtico

    celular provocando a interrupo da atividade fsica e

    fadiga (Sahlin 1986). Para se opor a isto, seria necessria

    a manuteno de grande quantidade de precursores metablicos

    dos componentes do ciclo de Krebs. Como j mencionado

    anteriormente, possvel que o glicognio alimente o

    ciclo via converso de piruvato oxaloacetato. ~\\

    2.HIPOTESE DO PRESENTE ESTUDO

    15

    de oxaloacetato (Newsholme

    Os

    precursores

    aminocidos asparagina e aspartato so

    e Leech 1988).

    Possivelmerlte, o aumento no aporte desses aminocidos eleve

    68 concentraes de oXBloBcetBto no interior da mitocondria.

    Assim, haveria substrato suficiente para metabolizar o

  • grande volume de acetil CoA oriundo da oxidao dos A.G.L.

    facilitada pela ao da carnitina. Reforando esta idia,

    sabe-se que, os nveis de asparagina, aspartato e carnitina

    circulantes so inferiores em ratos sedentrios quando

    comparados com animais exercitados (Miller et aI 1987), o

    que sugere estimulo da sntese destes no figado.Reforando

    16

    este raciocnio, temo-se (j'Lle os animais treinados e em

    repouso possuem valores de asparagina, aspartato e carnitina

    circulantes superiores aos seus pares treinados sacrificados

    aps a atividade fsica (Miller et aI 1987).

    A atividade da enzima aspartato aminotransferase,

    que promove a sntese de oxaloacetato a partir de Bspartato,

    estA aumentada no tecjdo muscular, quando fatores como

    anmia e atividade fsica de longa durao esto presentes

    (Ohira et aI 1987). Evidentemente, o aumento da atividade

    das enzimas do sistema oxidatlvo, bem como da enzima

    aspartato amiotransferase quando do estado anmico, difere

    em muito da elevao provocada pela atividade fsica. Esta

    caracteriza-se pela maior produo de ATP, via ciclo de

    Krebs, 1Jara supr 11' a reduzida capac idade do si tema>, de\

    transporte de eletrons, prejudicado a nvel de citocromo

    pela ausncia de ferro (Johnson et aI, 1990). J durante a

    atividade fisica, o aumento -das atividades das enzimas

    oxidativas da-se pelo aumento da biogenese de mitocondrias

    provocado pelos processos de esquemia e reperfuso

    resu 1tanteR ciA (~ont rfl'o mURr" 1 'ir (Oh i rFl et, Fll

    Johnson et aI 1990)

    1:-:lR7 t~

  • ~m vista das evidncias apresentadas, o

    17

    fornecimento suplementar de asparagina e aspartato deve

    provocar aumento da quantidade de oxaloacetato no interior

    mitocondrial, garantindo a alta atividade do ciclo de Krebs.

    Por sua vez, o fornecimento adicional de carnitina

    promoveria eleva~o no contedo intramitocondrial de acetil

    CoA pelo aumento de transporte de A.G.L .. Assim, a

    Bssocia~o destes fatores poderia contribuir para aumentar a

    eficincia do sist.ema fornecedor de energia e

    consequentemente da resistncia 60 esforo.

    Para verificar se esta hiptese verdadeira, o

    presente trabalho foi desenvolvido. o objetivo foi

    determinar se a admini8tra~o cr6nica de uma solu~o

    contendo carnitina, asparagina e aspartato promove maior

    resistncia ao esforo de longa durao e baixa intensidade.

    Os A.G.L. representam a mais importante fonte de energia no

    exerccio de longa durao e baixa intensidade (Newsholme &

    Start 1973). Entretanto, que fator'es limitariam a sua

    nti lizao pe lo msculo, caufwncio exausto?

    Alguns estudos realizados anteriormente tent~ram\

    avaliar esta questo. Soop et aI (1988), trabalhando com

    suplementao nutricional de carnitina (beta-hidroxy-gama-

    trimetilaminobutirato), demonstraram que no ocorre melhoria

    na performance nem alterao da fonte energtica utilizada

    quando esta substncia administrada isoladamente. Da mesma

    forma, Negro(1985) demonstrou n~o ocorrer aumento da

    mobilizao de A.G.L. atravs da suplementao nutricional,

    /

  • 'lpp.rHlf:;. d(~ c,\t'nitin"I.l\nnim, , \ c; fi r n -i 1-, i n fi n i1 () f ()1'11 t-, (I r'

    lR

    limitante para a oxidao dos cidos graxos nessas

    condies. Sahlin (1990) demonstrou que, em exerccios de

    alta intensidade, o contedo muscular de acetilcarnitina

    aumenta proporcionalmente com o aumento dos teores de

    lactato e piruvato. Este fato sugere que a acetilcarnitina

    desempenha o papel de "sequestrador" de acetil CoA (Harris

    et aI 1987). Desta forma, a razo acetilcarnitina/carnitina

    atuaria como reguladora das concentraes de acetilCoa/CoA

    (Bieber 1988)

    aumento no

    . Pelos fatos apresentados, acredita-se que o

    contedo de oxaloacetato no interior

    mitocondrial, provocado pelo fornecimento suplementar de

    seus precursores, promoveria elevao na atividade do ciclo

    de Krebs. Esta aumentaria o consumo de acetil CoA. Assim o

    fornecimento suplementar de carnitina com aspartato e

    asparagina garantiria que o aporte de acetil CoA fosse

    compatvel com a atividade elevada do ciclo de Krebs. Esta

    a proposio dest;e estudo. As informaes bioqumicas

    descritas esto apresentadas na figura 3.

  • GLICOONIO

    BIOSSINTESE

    DE LlPOEOS

    I :>Vias citadas no texto

    i

    ---~Vias da Proposico

    CoTRATO c:=:::=;:>

    OLUTAMINA

    A.O.L.

    CARNlffTINA

    ASPARAGffNAASPARrATO

    )

    1 (P~~O~CETIL CoA

    LACTATO~ ~ \ALANINA OXALOACETATO~

  • 3-MATERIAL e METODOS

    .3... 1 Animj s

    Foram utilizados ratos machos albinos pesando 250g

    20

    provenientes do Instituto de Cincias Biomdicas - USP. Os

    animais torlIl1 mantidos em grupos de cinco por gaiola (com

    exceo dos animais da atividade espontnea) mantidos a

    temperatura de 23C e pf~rlod(j c.l.aro/cucuro de l~Vl~horas. OB

    animais foram alimentados com rao comercial (Nuvilab CR

    I,Nuvital Nutrientes LTDA. Estrada da Ribeira 3001, Km 3,

    Curitiba) de composio aproximda de 52% de carboidratos,

    21% de proteinas e 4% de gorduras.

    Os reagentes para a preparao dos tampes foram

    obtidos da Reagen, So Paulo. Lactato Desidrogenase, NAD,

    DTNB (5,5-Dithio-bis-2-nitrobenzoic acid), Triton X-I00,

    Piruvato e Acetil CoA foram obtidos da Sigma Chemical, USA.

    ~ Suple~

  • experimentais: a) antes da natao para avaliar o efeito do

    treinamento, b) aps uma hora de natao e c) no momento da

    exausto.

    ~~A-H~tQ_~~dBnt~Q

    Foram utilizados vinte animais, divid1dos em dois

    grupos (C) e (S).Os dez animais de cada grupo foram

    divididos em duas gaiolas. Cada gaiola(17cm de altura, 33cm

    de largura e 44cm de comprimento) contendo cinco animais.

    Estes animais foram mantidos nas condies experimentais

    durante cinco semanas sem serem submetidos a treinamento,

    apenas manuseados de modo semelhante aos animais treinados.

    3.5 Atividade Espontnea

    21

    Os animais

    gaiolas rotatrias

    foram mantidos individualmente em

    (Vieira et aI 1987) durante cinco

    semanas. Esta condio permitiu ao animal desenvolver

    atividade de baixa intensidade e durao prolongada.

    ;.LlLTrei~ll1.!.L~

    Para adaptao ao meio liquido e ao sistema de

    natao (Vieira et aI 1987), os animais foram exercitados

    por cinco dias com sobrecargas crescentes at 5% do peso

    corporal. Aps a primeira semana de adaptao, os animais

    dos dois grupos(C e S) foram treinados por cinco semanas,

    cinco dias por BAnlnno, dllrantA \1lnf\ h( )rA por c1la com a

    sobrecarga de 5% do peso corporal. Os ratos treinados em

  • na taao fO!'lrnen1,ao l3lcr J f icac!os em repouso,

    de nataQo e aps exausto. A natao foi

    temperatura de 32C entre 11:00 e 13:00 horas.

    22

    aps uma hor.q

    realizada na

    ;~ Determinaco do T~mpo de Ezausto

    Foi considerado como exausto o animal que no

    conseguia manter as narinas fora da gua. Neste momento, o

    tempo de natao foi anotado e o animal sacrificado

    imediatamente.

    3...1LEr..Q.Q~l.i~t~.EZPJ~.r..1IDen.ta.l

    Os animais foram sempre sacrificados entre 11:00 e

    13:00 horaB (com exao dos animais do grupo exausto). O

    sangue foi coletado para a determinao da glicose, cidos

    graxos livres(A.G.L.) e lactato. O fgado, corao, e

    msculos sleo e gastrocnmio(poro branca) foram removidos

    para a determinao do glicognio e atividade mxima das

    enzimas citrato sintase e piruvato carboxilase. Foi removido

    o tecido adiposo epididimal para se estabelecer a relao da

    massa adiposa com o peso corporal.

    3.9 Tecido Adiposo Epididimal

    O tecido adiposo" epididimal foi removido e

    imediatamente pesado. Este tecido utilizado como indicador

    do contedo total de lipides dos animais (Roclbell 1964). O

    peso deste tecido foi dividido pelo peso corporal do animal,

  • obter o valor relativo em percentagem.

    A glicose plasmtica foi determinada pelo mtodo

    descrito por Dubowiski(1962), lactato pelo mtodo de Engle

    e Jones(1978) e A.G.L. pelo mtodo de Falholt et .al(1973).

    o glicognio muscular(sleo e gastrocnemio-poro

    branca), heptico e cardaco foi extrado pela digesto dos

    tecidos por 30 minutos em soluo de KOH 30% em banho

    23

    fervente. A extrao final foi obtida atravs da

    precipitaQo com etano1 70% Am duas etapas. O glicognio foi

    ento determinado com a mistura antrona e cido sulfrico

    pelo mtodo descrito por Hassid e Abrahams(1957).

    J.12 Atividades Mximas da Citrato Sntase e

    Os tecidos (sleo, gastrocnemio, cardaco e

    heptico) foram dissecados e congelados. Estes f~ram\

    estocados em nitrognio lquido at as determinaes

    enzimticas serem processadas. Os tecidos

  • foram entao homogeneizados utilizando equipamento

    24

    desenvolvido por Vieira et aI (1989). O meio de extrao

    para a enzima citrato sintase(EC.4.1.3.7) consistiu de 50mM

    de Tris-HCl e lmM de EDTA com pH final de 7.4. Para a enzima

    piruvato carboxilase(E.C.6.4.1.1) o meio de extrao

    consistiu de 50mM de Tris-HCl, 300mM de Sacarose e lmM de

    EDTA com pH final de 7.4.

    A mistura de ensaio para a citrato sintase

    consistiu de: lOOmM de Tris-HCl, O,4mM de DTNB, Triton X-10a

    1% e 15mM acetil CoA . A mistura de ensaio da piruvato

    carboxilase consistia de: 400mM de Tris-HCl, lOOmM de

    MgCI2, 4mM de DTNB, 50mM de ATP, 15mM de acetil CoA,200mM de

    NaHC03, lOOmM de Creatino. fosfnLo e Triton X-100 1%.

    A atividade mxima da citrato sintase foi

    determinada baseada no fato de que a reao do acetil CoA

    com o oxaloacetato forma citrato e CoA. O DTNB reage com a

    CoA produzindo cor amarelada. A piruvato carboxilase foi

    medida da seguinte maneira. A carboxilao do piruvato forma

    oxaloacetato e este reage com acetil CoA, sob ao de

    (~XCeABO de clLralo Binta8(~, tor'InB.ndo citrato e CoA. O~'l'NB

    reage com a CoA dando cor amarelada. O complexo amarelo

    formado pela reao do DTNB com a CoA absorvido em 412nm.

    3.13 Anlise Estatstca

    As diferenas estatsticas entre os grupos (C) e

    (S) foram ca 1CII1 f:\OflA ut. i 1 i 7.l1nrln () 1,'1nt t rio St.lIdflnt p/H'H

    p

  • 4. Resultados

    OB resultadoB que sero apresentados, esto ao

    final deste captulo expressos sob a forma de grficos com

    as mdias e devidas significncias o "Apndice" apresenta

    os resultados em tabelas com as mdias, desvios padres e

    significncias.

    Os resultados

    O"

    4.1 Plasmticos

    encontrados demonstram que a

    glicemia dos animais submetidos as condies de: atividade

    espontnea, treinados, natao~or uma hora e exausto, no

    apresentaram diferenas significativas entre os grupos (C) e

    (5). J os animais sedentrios do grupo (C) apresentaram

    concentraes de glicose plasmticas maiores que o grupo

    ( 5) ( p

  • 4.-. 2 GI i c

  • (p

  • 28

    treinauos, o gt'Upo (C) apresentou maior atividade desta

    enzima em comparao ao c5) (p

  • aps natoo por umo hora e exaustos. J os animais

    submetidos condio sedentria, o grupo (5) apresentou

    L~9

    maior peso relativo deste tecido

    (p

  • Grfico 1 - Glicemia30

    mo/lOOral180

    100

    140

    120

    100

    80

    00

    40

    20o

    .........1. Allv.E ..-I_. Tlna"". " ...... 1 Ho.. E......_

    '- - Control. ~ eupl....nt.o.o I

    Grfico 2 - A.G.L...Eq/I

    0.8

    0.8

    0.4

    0.1

    o ......... AUv .EopoIlta... Trw....... N.... 1H... 1__l-con11O.. !.\\\\l 8ujWmenme.o I

    p

  • /

    Grfico 4 - Glicognio Muscular.,..1IIDI~1OOm_..::.1I --,1.a

    1.eUf.1

    f

    0..o.e0.40.1

    o..... 1H...

    I

    1_ c-... L\\\1 -...... IrzJ c........ 111 .'-o _

    ."

    31

    ........ ,.0.0.

    Grfico 5 - GlicognioHeptico e Cardaco

    1.:._=.=-....._:.:...... =_.:--"".--.:.:_:.....- ....1........ ,.0.0,

  • Grfico 6 - Citrato SintaseMuscular

    ul1lOl/gl..ln.12-,----------------------,

    10

    8

    8

    ..2

    o........10 Allv.E......'-. T......... N...... 1 Ho.. E_1ao

    32

    _ Co.tr .

    IE3 Co."''' &ui ...f'.\\'IJ 1.80..0lZ!lI 1........ I

    Grfico 7 - atrato SintaseFgado e Corao

    ul'IOI/gI..ln.80-,--=---=------------------,,--,

    80

    20

    10

    o

    ,_ Co Plgado

    c:J Co Co_

    p

  • Grfico 8 - Piruvato CarboxilaseMuscular

    umollll/mkl.0.15 .....---==--------------------,

    33

    0..

    0.3

    0.2

    0.1

    o......... Alh.E.po....... r.......... N....... 1 Hor. E_tao

    1

    _ C_trola a..oO C_I..... eM"".

    "'0.0-" ...0.01

    lI\\\'l "Fila _.L _.

    Grfico 9 - Piruvato CarboxilaseFgado e Corao

    1-iU

    .;.:mo:..:...II:...:":..-II_kl_,----------------,

    o.a

    o.e

    0.4

    0.2

    o

    1I\\\'l ..... LCor ...

    -"'\

    p

  • Grfico 10- Tecido AdiposoEpididimal

    "1.6.----;=:=:::;;----------------~1.4

    1.2

    1

    0.8

    0.6

    0.4

    0.2

    o

    34

    SedentrIo TreInados Natao 1 Hora Exausto

    p

  • 35

    .Q.--LJ:J.I:llQ.Q._...h.S-eden t r i o

    5 ..l.l Detel'JJJina{')es Plasmticas

    Como observado no captulo anterior, o grupo (5)

    apresentou maior concentrao plasmtica de A.G.L. e lactato

    e menor de glicose que o grupo CC). Este fato sugere

    aumento da utiliza~o dos A.G.L. pelos animais que .receberam

    a suplementao. E sabido, que B glicose circulante

    aumentada, reduz a utilizao dos A.G.L.(Bagby et aI. 1978).

    Este fato demonstra que os animais que receberam aspartato,

    asparagina e carnitina apresentaram maior consumo de A.G.L.

    que o grupo (C). A utilizao de piruvato pela via oxidativa

    regulada pelo contedo de acetil CoA celular, pois este

    inibe a enzima piruvato desidrogenase (Newsholme & Leech

    1988). A elevao plasmtica dos A.G.L. indica grande

    utilizao deste no fornecimento energtico. Estes

    resultados sugerem que, devido ao grande aporte de acetil

    CoA 01' lunda dOf:l A. G. L. nOtl anJnw.lf:l do grupo (S), a piruvato

    desidrogenase foi inibida, favorecendo a formao de lactato

    que se apresentou em concentraes elevadas no plasm~ do

    grupo (5) (vide tabela 2).

    5.1.2 Glicognio

    5.1.2.1 Muscular Esqueltico

    OR remI1tados fmcontrad0s de glicognio muscular

    demonstram que os animais do grupo (S) apresentaram maior

    tecidos (gastrocnmio e s61eo). A diferen~a em favor do

  • grupo (5) tu L da ordem de 160% para () msculo sleo e de 20A~

    36

    para o gastrocnmio. Esta diferena observada entre os

    tecidos nos animais do grupo (5) e justifica-se por ser o

    sleo composto de fibras do tipo revide tabela 1) e

    consequentemente alvo mais efetivo para a ao dos

    aminocidos e carnitina suplementados. Este -aumento no

    contedo de gJicognio refora a hiptese levantada no item

    anterior de maior consumo de A.G.L e reduo da gliclise.

    Na condio sedentria, sabe-se que a principal via

    energtica utilizada a oxidativa (Passmore & Eastwood

    1986). Isto favorece a utilizao dos A.G.L. nesta condio.

    o aumento no contedo de acetil CoA reduz a quebra de

    glicognio. Este fato foi demonstrado por Stanko et aI

    (1990) que suplementaram a alimentao de atletas com

    precursores de acetil CoA e verificaram aumento do contedo

    de glicognio muscular. Assim, acredita-se que o aumento na

    utilizao de A.G.L tenha, nos animais do grupo (S), elevado

    o contedo de acetil CoA inibindo a degradao do glicognio

    muscular para este fim. (vide tabela 3).

    5.1.2.2 Cardaco e Heptico \\

    Nos tecidos cardiaco e heptico no foi observada

    diferena no contedo de glicognio entre os grupos. O

    tecido cardiaco utiliza predominantemente os A.G.L. para o

    fornecimento enrgtico. Nos animais suplementados a

    utilizao dos A.G.L. pelo corao foi provavelmente

    elevada, reduzindo o consumo de lactato por esse tecido

    causando tambm aumento na concentrao de lactato

  • 37

    plamnfttlco nf':U Lf:~ grupo. E sabido que o corao constitui um

    dos principais orgos que utilizam lactato circulante para o

    fornecimento de energia. Este orgo possui a enzima lactato

    desidrogenase sob a forma de sua isoenzima H, que converte o

    lactato piruvato para posterior oxidao (Kaplan & Everse

    1972). Com o aumento da utilizao dos A.G.L. nas clulas

    cardiacas nos animais do grupo (5), o consumo de lactato

    como fonte de acetil CoA ficaria inibido. Dest~ forma, o

    lactato circulante estaria ainda mais elevado e, no interior

    oxaloacetato, pela

    celular, restaria

    fornecimento de

    a sua possivel utilizao

    ao da

    para o

    piruvato

    carboxilase nos tecidos oxidativos.

    5.1.3 Atividade Enzimtica

    5.1.3.1 Muscular Esqueltico

    No foi observada diferena significativa entre os

    grupos na atividade mxima da citrato sintase nos tecidos

    musculares dos animais sedentrios(vide tabela 5) .

    Provavelmente, o estado sedentrio no tenha induzido

    alteraes quantitativas do sistema oxidativo nas cl~las

    musculares. Entretanto, a atividade da enzima piruvato

    carboxilase apresentou-se elevada em 80% no msculo sleo

    dos animais do grupo (5) em ~omparao ao grupo (C)(Tabela

    7). Este fato refora a hiptese levantada no item 5.1.2.2

    onde pressupe-se gue o lactato formado no interior das

    clulas de capacidade oxidativa elevada, foi possivelmente

    ./

  • utlizado para a sintese de oxaloacetato, pois o fornecimento

    de acetilCoA deve ter sido suprido pelo aporte de A.G.L ..

    38

    5.1.3.2 Heptico e Cardiaco A atividade da

    enzima citrato sintase apresentou-se reduzida no tecido

    heptico dos animais do grupo (6). Acredita-se que isto

    ocorreu pela reduo, observada, da piruvato carboxilase

    para o mesmo tecido destes animaiA(tabelas 6 e 8). Os

    resultados das atividades enzimticas para o tecido cardiaco

    confirmam a hiptese levantada nos itens anteriores. A

    enzima citrato sintase ap-r-esentou-se elevada, em

    aproximadamente 60% no corao dos animais do grupo (6), em

    comparao com o grupo (C)(Tabela 6). Este fato, juntamente

    com a atividade aumentada da piruvato carboxilaee em

    52%(Tabela 8), tambm no grupo(S), sugerem que os animais

    deste grupo passaram a metabolizar acentuadamente os A.G.L.

    como fonte de acetil CoA, deslocando assim o piruvato para a

    sintese de oxaloacetato. A enzima piruvato carboxilase

    estimulada pelo aumento de piruvato e de acetil CoA

    (Newsholme & Start 1976). Desta forma, pode-se acreditar que

    o fornecimento suplementar de asparagina, asparta'tp e\

    carnitina tenha sido eficiente no fornecimento de

    oxaloacetato garantindo o aumento da atividade da citrato

    sintase nestes animais. Por sua vez, o maior aporte de

    acetil CoA, favorecido pelo consumo de A.G.L., bem como a

    disponibilidade de piruvato celula cardiaca, favoreceriam

    o aumento da atividade da enzima piruvato carboxilase

    encontrada neste tecido. Estes fatos conflitam-se com os

  • 39

    relatos de Randle et aI (1963) e Randle (1981).Estes autores

    sugeriram que, com o aumento do consumo de A.G.L., ocorre

    reduo da utilizao dos carboidratos(glicose e glicognio)

    pela clula cardaca. Se neste caso isto ocorresse, seria de

    se esperar que o contedo de glicognio estivesse mais

    elevado no corao dos animais do grupo (S), o~ue no foi

    observado em nossos resultados(Tabela 4). Acredita-se que o

    aumento no consumo de A.G.L. pela clula cardaca, faz com

    que ocorra elevao no contedo de acetil CoA, provocando

    inibio da atividade da enzma piruvato desidrogenase

    (Newsholme & Leach 1988), causando acmulo de piruvato.

    Estes dois fatores, como j mencionado, promovem o estmulo

    da enzima piruvato carboxilase, garantindo a elevao da

    atividade da citrato sintase pela formao de oxaloacetato.

    Desta maneira, o ciclo glicose-cidos graxos teria a sua

    funcionalidade alterada quando o suprimento de oxaloacetato

    para a clula estivesse elevado como no grupo (S). O maior

    aporte de oxaloacetato remove acetil CoA com mais eficincia

    e reduz o efeito inibitrio sobre a piruvato desidrogenase

    Assim, como conseqncia, ocorre degradao de A)O.L.\

    juntamente com a glicidica, provocando fornecimento

    suplementar de energia pelo ciclo dos cidos

    tricarboxilicos. Isto faz com que aumente as concentraes

    de precursores para os "escapes" deste ciclo. Na condio

    sedentria isto poderia ocorrer, por exemplo, no sentido da

    biossintesB de lipides.

    /'

  • :5.1.4 Tecido Adiposo '/!'pididilllal

    40

    o peso relativo do tecido adiposo

    epididimal(Tabela-9) encontrados nos animais sedentrios,

    apresentou-se 20% superior nos animais do grupo (S) em

    comparao com (C). Este fato refora a idia levantada no

    item anterior de que, pelo aumento das atividadeSo/da citrato

    sintase(Tabela 6) e piruvato carboxilase(Tabela 8) no

    corao dos animais do grupo (S), estes animais estariam

    metabolizando conjuntamente A.G.L. (elevado no plasma dos

    animais dOI grupo (S e glicognio, gerando maior produo

    energtica e de precursores para sntese de outros

    metablitos como os triglicerdeos do tecido adiposo.

    ~~tiyidddU-EBpQntnea

    5.2.1 Dete!~inaes Plasmticas

    Os resultados obtidos das dosagens de lactato,

    A.G.L. e glicose mostraram-se semelhantes nos grupos (C) e

    (S)(Tabela 2). A atividade fsica de intensidade moderada a

    elevada (50 a 70% V02max.)promove euglicemia, no ocorrendo

    o mesmo com os A. G. L. (Weber e't al 1990) . Desta f'x;-ma,\

    quando os animais foram submetidos a atividade fsica, a

    glicemia alterada do estado sedentrio tornou-se semelhante

    entre os grupos (C) e (S). Este fato deve ter contribuido

    para os resultados de lactato e A.G.L. encontrados.

    5.2.2 Gllcognio

    5.2.2.1 Muscular O contedo de glicognio

    muscular no apresentou diferena significativa entre os

  • animais dos grupo (C) e (S) no msculo sleo(Tabela 3). No

    msculo gastrocnemio, entretanto, o glicognio apresentou-se

    elevado em 170% aproximadamente nos animais do grupo (S), em

    comparao aos do grupo (C)(Tabela 3). Esta elevao pode

    ser entendida por ser a atividade espontnea mobilizadora

    das vias oxidativas. Isto promoveria maior atividade do

    ciclo de Krebs e conseguentemente maior produo d~ citrato

    41

    e ATP pelas clulas musculares. Como j discutido

    anteriormente, o aumento de citrato e ATP, promoveria

    inibio da enzima chave da glrclise; EEK. Esta inibio

    provocaria diminuio da degradao glicdica e,

    consequentemente, aumento dos estoques de glicognio.

    Segundo Saltin (1977) os msculos compostos de fibras do

    tipo IIE (como o gastrocnmio poro branca) possuem maior

    capacidade para a sntese de glicognio e seriam menos

    exigidos nesse tipo de esforo fsico. Assim, seria de se

    esperar que neste tecido, o aumento da atividade oxidativa

    produtora de citrato, causasse a resposta inibitria da

    degradao glicdica. Esta proposio foi comprovada pelos

    resu 1 tados encontrados ('l'abe lH ~3). '\

    5.2.2.2 - Heptico e Cardaco - O contedo de

    glicognio heptico foi semelhante nos dois grupos(Tabela

    4). J, no msculo cardiaco, os animais do grupo (C)

    tiveram o contedo de glicognio elevado em 116% comparado

    ao grupo (S)(Tabe1a 4). Pode-se analiBr estes resultados da

    seguinte maneira. Os animais do grupo (S) possuam maior

    /'

  • 42

    fornecimentu de Rubstratos para a slnteee de oxaloacetftto.

    Com o conte0do de oxaloacetato elevado, o ciclo de Krebs

    garantida pelo aumento

    mitocondrial, devido ao

    possui condies

    atividade(Rowan &

    das concentraes

    favorveis para

    Newsholme 1979),

    de acetil CoA

    o aumento de sua

    efeito da carnitina, que favoreceria a beta-oxidao dos

    cidos graxos. O aumento do contedo de acetil CoA passaria

    a atuar como ativador da via de sntese de oxaloacetato pela

    enzima piruvato carboxilase(Newsholme & Leech 1988). Pode-se

    ento concluir que a reduo dos estoques de glicognio no

    msculo cardaco deve-se possivelmente ao intenso "escape"

    de piruvato para formar oxaloacetato, exigido pelo tecido,

    na manuteno de alta atividade do ciclo de Krebs. Este fato

    confirma a hiptese levantada no tem 5.1.3.2 onde se

    discute a operacionalidade do modelo proposto por Randle et

    aI (1963) e Randle (1981) para o ciclo glicose-cidos

    graxos, que causaria inibio da degradao de glicognio

    quando o COnfH.lmO de cidos graxos estivesse elevado.

    5.2 . .) Atividade Enzm":it;ictl

    5.2.3.1 Muscular - A atividade da enzima citrato

    sintase apresentou-se 36% superior nos animais do grupo (5)

    em comparao com os animais do grupo (C) no msculu

    sleo(Tabela 5). No msculo gastrocnmjo, este aumento foi

    da ordem de 24% em favor dos animais do grupo (5)(Tabela 5).

    Os dados demonstram estar correta a hiptese levantada no

    tem 5.1.3.1 onde se afirma que a semelhana na atividade

    ./

  • 43

    enzimtica entre os grupos deve-se pela no existncia de

    estimulos externos(atividade fsica) suficientes para

    aumentar a atividade oxidativa. Nos animais da atividade

    espontnea, o aumento verificado demonstra que, quando a

    atividade motora torna-se efetiva, ocorre a mobilizao dos

    aminocidos para a ativao do c1(:10 de KrebB~'A atividade

    fsica de baixa intensidade e longa durao promove aumento

    da atividade das enzimas oxidativas bem como da enzima

    aspartato aminotransferase responsvel pela sntese de

    oxaloacetato a partir de aspartato (Cadefau et aI 1990). No

    msculo gastrocnmio, o aumento da atividade da citrato

    sintase nos animais do grupo (S)(Tabela 5) confirma a

    hiptese de que a produo de citrato e inibio da via

    glicolitica, justificaria a elevao do glicognio neste

    tecidos.

    J a enzima piruvato carboxilase apresentou-se

    semelhante em ambos os grupos(Tabela 6). Provavelmente, o

    aporte energtico exigido, pela atividade imposta, no

    exigiu, destes tecidos, maior quantidade de oxaloacetto

    oriundo de gJicose.

    5.2.3.2 Cardaco e Heptico - No tecido heptico,

    a atividade da enzima piruvatb carboxilase foi semelhante em

    ambos os grupos(Tabela 8). Provavelmente pelo fato de que a

    atividade fisica imposta no foi. suficiente para estimular a

    formao de oxaloacetato a parti 1:' eis pi ruvat,o neste tec ido.

    Nos animais do grupo (S), provavelmente ocorreu elevao no

  • contedo de oxaloacetato, pela converso a partir de

    44

    piruvato alm da produo deste pela desaminao da

    asparagina e aspartato suplementado. Assim, o contedo

    aumentado deste intermedirio do ciclo de Krebs estimularia

    a atividade oxidativa.

    No msculo cardaco, a atividade da enzima

    piruvato carboxilase apresentou-se reduzida em 560% nos

    animais do grupo (C) em relao ao grupo (S)(Tabela 8). Este

    fato refora a hiptese levantada anteriormente de que, o

    fornecimento adicional de precu~sores de oxaloacetato iriam

    estimular a degradao das fontes energticas(A.G.L. e

    Glicognio), confirmada pela reduo do glicognio cardiaco

    (Tabela 4), aumentando assim o contedo de acetil CoA

    disponvel na mitocondria. O aumento da acetil CoA eleva a

    relao acetil CoA/CoA que por sua vez inibiria a atividade

    da piruvato desidrogenase (Newsholme e Leech 1988). O

    aumento de acetil CoA, bem como a disponibilidade de

    piruvato, estimulariam a atividade da piruvato

    carboxilase(Tabela 8), que, reciprocamente, estimulariam a

    reao catalisada pela citrato sintase que apresent'lt-se\

    elevada em 34% no fgado e 63% no corao dos animais do

    grupo (S), em comparao ao (C)(Tabela 6).

    5.3 Treinados

    Este grupo difere dos demais exercitados(atividade

    espontnea, natao por uma hora e exausto) por ter sido

    sacrificado durante o periodo de recuperao, ou seja,

  • Iq.. r'ux\llll.ldillll l ;IlLtJ ~~U hUr'il~3

  • Fig

    ura

    4-

    Cic

    lod

    os

    Nu

    cleo

    tid

    eos

    Fu

    mar

    ato

    AM

    P

    H20

    NH

    s

    IMP

    /~/

    Mo

    dif

    ica

    do

    de

    Lo

    we

    nst

    eln

    1972

    Asp

    arta

    to+

    GT

    P

    Ad

    enil

    o-

    succ

    inat

    o\

    GO

    P+P

    i

    .::.

    8)

  • 5. ,:J. 2 Glicognio

    5.3.2.1 Muscular Esqueltico o contedo de

    47

    glicognio muscular no apresentou diferena entre (S) e (C)

    em ambos os tecidos nos animais treinados(Tabela 3). O

    estado de recuperao da atividade motora no causou a

    mobilizao deste.

    5.3.2.2 Cardiaco e Heptico o contedo deglicognio heptico no apresentou diferena entre os grupos

    (5) e (C).(Tabela 4) Esta ocorrncia pode ser devida

    atuao dos aminocidos suplementados no ciclo dos

    nucleotldeos, tornando a disponibilidade destes, para o

    sistema oxidativo, semelhante nos dois grupos. J o

    glicognio cardiaco, apresentou-se reduzido em 142% nos

    animais do grupo (5) em comparao ao grupo (C)(Tabela 4). E

    sabido que, o tecido muscular cardiaco possui alta atividade

    oxidativa. Desta forma pode-se acreditar que a ocorrncia do

    deslocamento dos aminocidos suplementados para o ciclo dos

    nucleotideos ou sistema de lanadeira aspartato/malato

    provocaria, drstica reduo do contedo de oxaloacetato

    para o grupo (S). Este sistema, promoveria ainda, aumen,o de

    NAD reduzido no interior mitocondrial(vide figura 2). A

    converso de piruvato a acetil CoA dependente de NAD

    oxidado(Garland & Randle 1964 e Tsai et al 1973) . Assim

    pode-se entender que os animais (S) passaram a utilizar

    efetivamente as fontes citoplasmticas para o fornecimento

    de energia palo, 8. formaeo dA ncetLL CoA oriundo de gli.cOEH':l

    estava reduzida pela maior concentrao de NADH no interior

  • mitocondrial. Este sistema atuaria reduzindo a concentrao

    de oxaloacetatomitocondrial e consequentemente a capacidade

    de consumo de acetil CoA oriundo de A.G.L. resultando em

    intensa degradao do glicognio cardaco.

    5.3.3 Atividade Ilnzil11tica

    5.3.3.1 Muscular Esqueltica - A enzima citrato

    sintase apresentou atividade semelhante em ambos os grupos

    no msculo gastrocnmio(Tabela 5), isto pode ser devido ao

    48

    envolvimento dos aminocidos - suplementados, como j

    comentado, no ciclo dos nucleotideos, mais evidente nas

    fibras do tipo IIE. A diferena de 30% na atividade da

    citrato sintese nos animais do grupo (C) em comparao ao

    grupo (S), no msculo sleo, pode ter ocorrido pela

    quantidade aumentada de citrato formado e consequente

    inibio desta enzima por acmulo de produto da reao de

    condensao(Rowan & Newsholme 1979) (vide tabela 5).

    Outra hiptese o desvio ocorrido em ambos os

    msculos do grupo (S) dos aminocidos suplementados para o

    hipteee tem-se que o

    aietema lanudeira aSpal'tHtO/lmdl.:l to. Reforando'",eta

    aumento substancial da atividade da

    enzima piruvato carboxilase no msculo sleo(242%) e no

    gastrocnmio(260%) nos animais do grupo (S) (Tabela 7). Isto

    sugere a necessidade do msculo em sintetizar oxaloacetato a

    partir de piruvato, provavelmente para compensar a reduo

    do contedo de aspartato B aspRrRginR diponjvel para este

    fim.

    "

  • 5.3.3.2 Heptica e Cardiaca

    49

    A atividade da

    enzima piruvato carboxilase no foi diferente entre os

    grupos no tecido heptico(Tabela 8). J no tecido cardaco,

    esta enzima apresentou sua atividade reduzida em 43% no

    grupo (S), em compara~o ao grupo (C)(Tabela 8). Este fato,

    juntamente com a atividade reduzida da citrato sintase neste

    grupo, ft'.lvurec(~u a pu::wibi J idade dE~ que o msculo cardiaco

    mobilizaria o glicognio como fonte energtica no estado de

    repouso.

    .5 .4 ..N.at~o._IJmf.LH.o.r..a

    5.4.1 Medidas Plasmticas

    Os animais treinados submetidos a natao por uma

    hora e sacrificados aps o esforo tiveram os resultados de

    A.G.L., glicose e lactato, semelhantes, no apresentando

    diferenas significativas entre os grupos (5) e (C)(Tabela

    2) . Nota-se com estes resultados que -os animais que

    receberam a suplementao tiveram a concentrao de lactato

    circulante semelhante ao dos animais do grupo controle~ No\

    item 5.3.1 foi discutido o contedo de lactato elevado nos

    animais treinados do grupo (S) comparado ao grupo (C)(Tabela

    2) . A concentrao elevada tJe lactato no grupo (C), nos

    animais treinados em repouso, desapareceu quando estes foram

    submetidos natao por uma hora(Tabela 2). Por sua vez,

    no ocorreu alterao da concentrao plasmtica de lactato

    nos animais do grupo (S), do estado de repouso para o

  • 5.4.3 Atividade l!.!lzi111tica

    5.4.3.1 Muscular - A atividade da enzima citrato

    sintase apresentou-se similar, para o msculo gastrocnmio,

    51

    em ambos os grupos de animais treinados e, sacrificados aps

    uma hora de atividade tisica(Tabela 5). O mesmo fal

    verificado para a atividade da piruvato carboxilase no

    msculo sJeo onde, nao foi encontrada diferew;a

    significativa para os dois grupos (S) e (C)(Tabela 7). J no

    msculo gastrocnmio, a enzima piruvato carboxilase

    apresentou'atividade 56% superiDr nos animais do grupo (S)

    em comparao ao (C)(Tabela 7). Apesar dos valores

    encontrados nos animais suplementados serem superiores,

    nota-se elevao de 220% na atividade desta enzima no (C),

    quando comparados aos animais treinados do mesmo grupo,

    contra a elevao de apenas 38% para os animais (S),

    comparados a seus pares treinados (Tabela 7). Este fate

    demonstra que o tecido em questo, nos animais do grupo (S),

    metabolizou acenduadamente os aminocidos suplementados para

    a sintese de oxaloacetato, limitando a sua sintese a partir

    de glicose e atravs da piruvato carboxilase. J a\

    atividade da enzima citrato sntase no msculo sleo

    apresentou-se 35% superior nos animais do grupo (C) em

    comparao ao grupo (S)(Tabela 5). Este fato mantm a

    diferena observada no msculo sleo para a citrato sintase

    nos animais treinados, Como demonstrado na tabela 7, os

    anima1E] do grupo (C), APf~ urnA hOT'F1 dA nAr,fH;o, I1UlTlP,ntArFtrIl

    em 214% a atividade da enzima piruvato carboxilase. Este

  • fato no ocorreu nos animais do grupo (S) que apresentaram a

    52

    mesma atividade em ambos os casos(Tabela 7). Desta maneira,

    acredita-se que a natao por uma hora no tenha solicitado,

    do msculo sleo, aumento da atividade oxidativa em ambos os

    grupos, quando comparados com os animais treinados.

    Entretanto, nota-se, um aumento da atividade >da piruvato

    carboxilas8, guarida compara-se os animais aps uma hora de

    nata~o com seus pares treinados do grupo (C)(Tabela 7).

    Isto nos leva a crer que os animais deste grupo recorreram

    em maior iproporo a via de sintese de oxaloacetato oriunda

    de g11cideos, fato no observado nos animais do grupo

    (S)(T&bela 7) que, provavelmente, utilizaram a via de

    slntese a partir dos aminocidos suplementados.

    5.4.3.2 Cardlaco e Heptico - O msculo cardiaco

    no apresentou diferena significativa na atividade das

    enzimas citrato sintase e piruvato carboxilase entre os

    grupos (C) e (S)(Tabela 6 e 8). Este fato pode ser devido a

    no alterao da atividade oxidativa deste tecido, como

    consequncia da atividade imposta(natao por uma hora). No

    tecido heptico, a enzima piruvato carboxilase', no\

    apresentou diferen~a entre os grupos(Tabela 8). No entanto,

    nota-se uma elevao da atividade da enzima citrato sintase

    no figado dos animais do grupo (6) em torno de 30%(Tabela

    6). Para explicar este resultado, olltros estudos precisam

    ser desenvolvidos.

  • .5.......Q Exausto

    5.5 ..Z Detel'JJJina6es plasmticas

    Os animais submetidos a exausto apresentaram

    valores gl icmlcos e de lactato lemelhantes entre os grupos

    (C) e (S)(Tabela 2). Por outro lado, os valores encontrados

    53

    parA os A.G.L. plAflmflt.irofl dos nn"imnifl do gruJlo un est.

  • 5.5.2.2 Cardlaco e Heptico o contedo de

    54

    glicognio cardiaco no apresentou diferena entre os grupos

    (C) e (S)(Tabela 4). Esta ocorrncia deu-se, provavelmente,

    por ser o estado exausto semelhante nos dois grupos,

    diferindo apenas pelo mecanismo de instalao e,

    consequentemente, o tempo de resistncia a eete esforo

    (Edwards 1983). J no tecido heptico, os animais/do grupo

    (S) apresentaram o contedo de, glicognio, ao final_ da

    exausto, elevado em aproximadamente 60 % comparado ao dos

    animais do/grupo (C)(Tabel 4), demonstrando maior capacidade

    de manuteno do Slicognio heptico nessa condio.

    5.5.3 Atividade EnziJlJdtica

    5.5.3.1 Muscular Esqueltico Os animais

    submetidos a exausto no apresentaram diferenas

    significativas na atividade das enzimas citrato sintase e

    piruvato carboxilase no msculo gastrocnmio(Tabelas 5 e 7).

    No msculo s61eo, no ocorreu diferena significativa na

    atividade da enzima citrato sintase entre os grupos (C) e

    (S)( Tabela 5) . Jli a atividade da enzima piruyato\

    carboxilase, apresentou-se 76% superior nos animais do grupo

    (S).(Tabela 7). Este fato, refora a hiptese levantada no

    item 5.5.2.1 de que a redua do contedo de glicognio, no

    msculo sleo(Tabela 3), dos animais do grupo (S) comparados

    ao grupo (C) e que esta devida a maior utilizao dos

    glicideos musculares para a sntese de oxaloacetato. Este

    fato seria favorecido pelo aumento da atividade da piruvato

  • jJ r' () V ii V e I Im~ Il Le , o aumellto na atividade da

    5f:i

    piruvato carboxilas8 permitiu, aos animais do grupo (S),a

    manuteno da capacidade oxidativa por maior tempo o que

    possibilitaria ao grupo suplementado suportar, por tempo

    prolongado, a atividade fsica.

    5.5.3.2 Cardaca e Heptica A enzima piruvato

    ctlrboxi lHfw Ilo apresentou diferena significativa nos

    tecidos cardiBco e heptico entre amhos os grupos(Tabela ).

    No figado, no foi observada diferena significativa na

    atividade da enzima citrato sintase entre os animais do

    grupo(C) e (S)(Tabela 6). J no corao, a atividade desta

    enzima apresentou-se elevada em 38% no grupo (S)(Tabela 6).

    Este fato demonstra que os animais (S) tiveram maior

    capacidade de ativao da citrato sintase no processo de

    exausto, provavelmente, pelo maior aporte de oxaloacetato

    favorecido

    precursores.

    pelo fornecimento suplementar de seus

    6 - Discusso Geral dos Resultados

    6.1 Determinaces plasmticas

    Como demonstrado

    \

    na Tabela 1, os animais do gr~po

    (8) apresentaram aumento do lactato e dos A.G.L. plasmticos

    e reduo da glicemia comparado com o (C) na condio

    sedentria. Esta diferena foi abolida nos ratos em

    atividade espontnea, treinadofl e n,"ltaf.io por Um1.:l hora.

    Entretanto, durante a exausto, os niveis de A.G.L. no

    plasma voltam a ser superiores no grupo (S).

    /'

  • A capta~o dos A.G.L. pelos msculos e pelo figado

    depende da sua concentra~o plasmtica (Newsholme & Start

    1976). Desta forma, nossos resultados sugerem que a

    suplementao favoreceu a utilizao de A.G.L ..

    Na condio sedentria, o aumento no fornecimento

    de acetil CoA, posAivelmente, inibiu a atividade ~a piruvato

    desidrogenase, aumentando a converso de piruvato lactato.

    Como consequncia houve reduo da glicose sangunea e

    aumento do lactato. Com a imposio da atividade fsica,

    entretanto,; a capacidade do msculo em utilizar acetil CoA

    foi aumentada, como demonstrado pelo aumento da atividade da

    citrato sintase,que converte acetil CoA + oxaloacetato

    citrato, e a diferena observada desapareceu. Os animais do

    grupo (S), entretanto, aumentaram o tempo de resistncia ao

    56

    esforo, atravs da maior mobilizao de A.G.L .. A

    importncia deste fato na manuteno da atividade fsica por

    perodos mais prolongados precisa ser investigada.

    fi.....2-.Cillc..QRfuQ

    A suplementao de asparagina, aspartato\ e

    carnitina marcadamente aumentara o contedo de glicognio

    muscular na condio sedentria. A atividade espontnea

    anulou o efeito da dieta no msculo sleo, reduziu no

    corao e manteve no gastrocnmio. O contedo de glicognio

    muscular no apresentou diferena entre os grupos nos

    animais treinados, aps natac;:fio por urna hora e exausto.

    Desta forma, apesar da suplementao aumentar o contedo de

    ./

  • gl icogim\ (J TlUU IllScuJO:"1, h d(~gr"idal~o deste durante o

    exerciclo foi semeHwntE: emtre (C) e (S). No corao, o

    glicognio no apresentou diferena entre os grupos nas

    condies de sedentarismo e de exausto. Durante a atividade

    espontnea e nos animais treinados, o glicognio cardaco

    esteve elevado para o grupo (C). Estes dados 'permite-nos

    acredi tal' que a suplement;ac,.:o alimentar provavelmente tenha

    alterado o compo~tamento do ciclo glicose-A.G.L descrito por

    Randle et aI (1963). Os dados sugerem que o fornecimento

    57

    extra de oxaloacetato ao -tecido cardiaco mobilize

    acentuadamente o glicognio nos animais da atividade

    espontnea e treinados. Quando estes animais foram

    submetidos a esforo mais intenso (natao uma hora), a

    resposta do glicognio cardaco foi alterada, passando este

    a ser armazenado no miocrdio e desta forma voltando a

    responder de acordo com o modelo proposto por Randle (1963).

    Esta hiptese requer um estudo mais detalhado e suas estapas

    esclarecidas. J o contedo de glicognio no fgado

    apresentou-se de maneira semelhante em todas as condies

    para ambos os grupos. "''', \\

    o aumento do glicognio no msculo esqueltico do

    grupo (8) na condio sedentaria deve ter ocorrido devido ao

    ciclo glicose-A.G.L .. O aumento da utilizao dos A.G.L.

    pelo msculo, provavelmente, elevou a produo de ATP e

    citrato pelo ciclo de Krebs. Estes produtos da oxidao dos

    cidos graxos livres podem ter inibido a atividade da PFK,

    ./

  • aumentando o disponibilidade de glicose-6 fosfato para a

    sintese de glicognio.

    6.3 Citrato Sintase

    A atividade espontnea elevou a atividade da

    enzima citrato sintase no msculo sleo dos animais do grupo

    (S). Entretanto, nos animais treinados e aps uma hora de

    natao, esta enzima teve sua atividade reduzida comparada

    ao controle. A atividade mxima da citrato sintase no fgado

    foi reduzida nos animais sedentrios e treinados e aumentada

    nos animais mantidos na atividade espontnea e nos ratos da

    natao por uma hora. Estes resultados da citrato sintase

    atividade mxima no fgado no podem ser esclarecidos no

    presente trabalho.

    58

    A suplementao de asparagina aspartato e

    carnitina aumentou a capacidade de sntese de citrato no

    msculo sleo sob condies aerbicas (atividade espontnea)

    mas no foi efetiva em atividades mais intensas (natao com

    5% do peso corporal de sobrecarga).

    No corao a atividade da citrato sintase

    apresentou-se mais elevada no grupo (5) nos r~tos,

    sedentrios, em atividade espontnea e exausto. Estes dados

    refletem a eficincia do aporte elevado dos precursores de

    oxaloacetato para o miocrdio na ativao do sistema

    oxidativo. Os animais em natao por uma hora no

    apresentaram diferena na atividade mxima da citrato

    sintas~ entre os grupos (5) e (C). J nos animais treinados

    ocorreu reduo da atividade da citrato sintase no grupo

  • 60

    glicOliuc. 1\ t-tLivldude db piruvato carl:Joxilase foi maior no

    cora~o do (5) para os animais sedentrios e atividade

    espontnea. DestR forma, o fornecimento adicional de

    precursores de oxaloacetato aumentou a capacidade do msculo

    de produo de oxaloacetato como indicado pela atividade

    da piruvato carboxilase. E possivel que a gera~o aumentada

    de oxaloacetato estimule a atividade do ciclo de .krebs e a

    produo de ATP; e isto, sabido, aumenta a atividade da

    piruvato carboxilase (Rowan & Newsholme 1979). Estas

    afirma~es requerem ainda mais investigaes para serem

    comprovadas.

    6.5 Tempo de Exausto

    Os animais (5) nadaram por um periodo superior que

    o grupo (C) at a exausto. Os valores obtidos em minutos

    foram: 423.8 27.7 e 297.8 42.2 (mdia e erro padro)

    para (5) e (C), respectivamente. Isto representou um aumento

    de 42% em favor do grupo (5) com diferena significativa de

    p

  • 7. Concluses

    A suplementao de asparagina, aspartato e

    61

    carnitina eleva a capacidade do msculo em utilizar os

    A.G.L. e poupar o glicognio; como indicam os resultados de

    glicemia, A.G.L., lactato e glicognio muscular. O contedo

    de glicognio muscular apresenta-se estritamente relacionado

    COIJI l. res lsLIlcia ao (~Sf(H'4'O de longl durao (Bergstrom et

    aI 1967 e Hermansen et aI 1967). Assim, este resultado do

    glicognio muscular, por si s demonstra que os animais (5)

    possuem maior capacidade de - resistncia ao esforo

    comparados ao controle.

    A importncia do oxa~oacetato para os resultados

    da exausto descritos, foi enfatizada pelo fato de, apesar

    da suplementao de seus precursores(asparagina e

    aspartato), ocorreu tambm aumento da atividade da enzima

    produtora de oxaloactato a partir de piruvato; piruvato

    carboxilase. Acredita-se que a resistncia ao esforo

    aumentada pela elevao do glicognio muscular d-se pelo

    maior fornecimento de oxaloacetato oriundo do glicognio

    para a oxidao dos A.G.L .. Desta forma, a redu\ do\

    glicognio torna o msculo inapto para metabolizar o

    acetilCoA oriundo dos A.G.L. levando exausto.

    Outros experimentos precisam ser realizados para

    detalhar alguns pontos levantados neste ~studo. Certamente,

    entretanto, os resultados aqui reportados contribuem para o

    entendimento do controle do metabolismo perifrico para o

    estabelecimento da exausto no exerccio fisico.

    /'

  • *REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

    AHLBOHG, G.; FELIG, P.; HAliENFELDT, L. HENDLER, R.; WAHREN,J. Substrate turnover during prolonged exercise in man:Splanchnic and leg metabolism of glucose, free fattyBcide, and amino acide. J.Clin.lnvest., fra:l0S0-90, 1974.

    BAGBY, G.J.; GREEN, H.J.; KATSUTA, S.; GOLLNICK, P.D.Glycogen depletion in exerclslng rats infused withglucose, lactate, or pyruvat,e. ~L--..8.I?QL.EhysiQL,.45:425-29, 1978. ..;

    BALDWIN, K.M.; W1NDER, W.W.; TERJUNG, R.L. Glycolyticenzymes in different types of skeletal muscle inadaptation to exercise. Am.J.Physi~, ZZQ:962-6, 1973.

    BALLARD, F.J.; HANSON, R.W.; RESHEF, L. Immunochemicaletudies with soluble and mitocondrial pyruvatecarboxylase activities from rat tissues. Biochem.J.,119:735-42, 1970.

    BERGSTROM, J.; HERMANSEN, L.; HULTMAN, E. AND SALTIN, B.Diet, muscle glycogen and physical performance. ~Phvsiol. Scand., Ll:140-50, 1967.

    BIEBER, L.L. Carnitine. ~~v.Bioche~, li1:261-283, 1987.

    CADEFAU, J.; CASADEMONT, J; GRAU, J.M.; FERNANDEZ, J.;BALAGUER, A.; VERNET, M.; CUSSO, R.; MARQUEZ , U.Biochemical and histochemical adaptation to sprinttraining in young athle-tes. Ac..:t..Q.... Physiol. Scand., lAQ.: 341-51, 1990.

    CHANG, T.W.produced in1978.

    & GOLDBERG, A.L. Tho origin of alanineskeletal muscle. J.BiQl.Chem., .2.5..3:3677-84,

    CRABTREE, B, & NEWSHOLME, E.A. The activities ofp.hosphor i lase, hexoldnnse, phospho f ruc tok lnnse , lac,tatedehydrogenase and glycerol 3-phosphate dehydrogenase inmuscles from vertebrates and invertebrates. Biochem J.,.1Z6:49-58, 1972.

    CURI, R.; NEWSHOLME, R.; NEWSHOLME, E.A. Intracelulardistribution of same enzyme-s of the glutamine utilizationpathway in rat lymphocytes. Ei~~~.Biophys.Re6.Com.,lBfi:318-22, 1986.

    * De acordo com: Associao Brasileira de Normas Tcnicas,Referncias bibliogrficas. 1n:---. Normas brasileira emdocumentao. Rio de Janeiro, 1978. p.13-29. Serial Sourcesfor the HiolJil3 Data BaBo. Phylndelphia 8ios18, 1888.

  • 63

    CURI, R. Does PEPCK play a key role in amino acidoxidation? BraziLian J.Med.Biol.Rea., .2.1:27-30, 1988.

    CURI,R.; WILLIAMS, F.; NEWSHOLME, E.A. Formation of ketonebodies by resting lynphocyties. Int.J.Biochem., .2.1:1133-6, 1989a.

    CURI,R.; WILLIAMS, F.; NEWSHOLME, E.A. Pyruvate metabolismby lymphocyties: Evidence for an additional Ketogenictissue. Biochem.lnt., 19:755-767, 1989b.

    DUBOWISKI, K.H. An O-toluidine method for body fluidglucose determination. Clin.Chem., ti:215-35, 196f.

    EDWARDS, R.H.T. Biochemical bases of fatigue in exerciseperformance: Catastrofe theory of muscular fatigue.In:Biochemietrv of exercise. Ed.J.Poortmans, G. Niset.Baltimore Univ. Park Press, 1983 p:3-28.

    ENGLE, P.C. & JONES, J.B. Causes and elemination of erraticblanks in enzymatic metabolite assays involving the useof NAD in alkalyne hidrazine buffers: improved conditionsfor the assay for L-glutamate, L-lactate and othermetabolites. Anal.Biochem., 8E:475-484, 1978.

    DUNAWAY, G.A. & WEBER, G. Rat liver phosphpfrutokuinaseisoenzymes. Arch.Biochem.Biophys., ~:62-35, 1974.

    FELIG, P. & WAHREN, J. Amino acid metabolism in exercisingman. J.Clin.lnvest., liQ:273-12, 1971.

    FELIG, P.; WAHREN, J. Fuel homeostasis in exercise.N.Engl.J.Med. 2a3:178-84, 1975.

    FALHOLT, K.; LUND, B.; FALHOLT, W. An easy colorimetricmicromethod for routine determination of free fatty acidsin plasma. Clin.Chim.Acta., ~:105-11, 1973.

    GARLAND, P.B.; HANDLE, P.J. Control of pyru~atedehydrogenase in perfused heart by the intracell~larconcentration of acetyl CoA. BiQcbem.J., al:6-7C, 1964.

    GRUTZNER, P. Uber physiologishe Verschiedenheiten derSkelettmuskeln. Zentralbl.Med.Wse., 22:375-379, 1884.

    HARRIS, R.C.; FOSTER, C.V.L. E HULTMAN, E .. Acetylcarnitineformation during intense muscular contraction in humans.J.Appl.Physol., ~:44-442, 1987.

    HASSID, W.Z. & ABRAHAM, S. Chemical procedures for analysisof polisaccarides. Me~~~EnzymQl., J:34-50. 1957 .

    ./

  • 64

    HERMANSEN, L.; HUUrMAN, E.; E SALTIN, B. Muscle glycogenduring prolonged sever exercise. fu::.ta Phy..f2icl......5..c.an.d...._L1:129-39, 1967.

    HULTMAN, E. Studies onactive phosphate inexercise and diet.(suppl.94):1-63, 1967.

    muscle metabolism of glycogen andman with special reference toScand.J.Clin.Lab.lnve~, lE

    JOHNSON, R.N. & HANSFORD,tricarboxylate-cycle oxidationsBiochern.. J... 116: f'i?7 -8fi, 1W(fl

    R.G. The control ofin blowfly f~!ght muscle

    JOHNSON, J.A.; WILLIS, W.T.; DALLMAN, P.R.; BROOKS, G.A.Muscle mitochondrial ultraatructure in exercfse-trainediron-deficient rata. J.Appl.Phvsio~ fi8:113-8, 1990.

    JUNQUEIRA, L.C.U. & CARNEIRO, J. Biologia celular emolecular. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 1987.

    KAPLAN,N.O. & EVERSE, J. Regulatory characteristics oflactate dehydrogenases. Adv.Enz.Regul., ~:323-336, 1972.

    LANCHA, JR., A.H.; AMIL, A.M:; TAVARES, M.S.; HlRATA, M.;ZUCAS, S.M. Influncia da dieta no teor de A.G.L. etrigIicerideos. In: SIMPOSIO DE CIENCIAS DO ESPORTE 14.So Caetano do Sul, 1986. ANAIS. FEC do ABC. 1986 p.61.

    LEHNINGER, A.L.Sarvier. 1988.

    Principios de Bioquimica. So Paulo.

    LOWENSTEIN, J.M. Ammonia production in muscle and othertissues: the purine nucleotide cycle. Physiol.Rey.,fr2:382-414, 1972.

    MARTIN, B.R. & DENTON, R.M. The intracelular localisationof enzymes in white adipose tissue fat cells andpermeability properties of fat cell mitochondria.Biochem. J., .l.lI: 861-77, 1970. . '\

    MILLER, R.H.; NAGLE, F.J.; LARDY,H.A.; STRATMAN, F.W. Aminoacid metabolism in trained rate: The potential role ofcarnitine in the metabolic fate of branched-chain amino-aclde. Metabolism, ~:748-752, 1987.

    MILLWARD, D.J.; DAVIES, C.T.M.; HALLIDAY, D.,; WOLMAN, S.L.;MATTHEW5, D.; RENNIE, M.J. The effec:!:- of exercise onprotein metabolism in man as. explored with stableisotopee. Fed.Pr~, ~:2686-91, 1982.

    MOMMSEN, T.; HOCHACHKA, P.W. The purine nucleotide cycle astwo temporally separated metabolic uoits: A etudy 00trout muscle. Metabolism, 37:552-556, 1988.

  • 65

    NEGRAO, C.E. Metabolic consequences of D- and L-Carnitineadministration in cronically trained and untrainedrats.Madison, 1885. (PhD Thesis Univ. of Wisconsin).

    NEWSHOLME, E.A. & START, C. Regulation in metabolismo NewYork. John Willey. 1976.

    NEWSHOLME, E.A.;SUGDEN, P.H.; WILLIAMS, T. Effect ofcitrate on the activities of 6 phosphofrutokinase fromdifferent animaIs and its relantionship to the regulationof glycolysis. Biochem.J. 166:123-34, 1977. ~

    NEWSHOLME, E.A.; LEACH, A.R. Bioche~DecUcalsciences. New York. John Willey. 1988.

    CARTIER, L.J.; CHEN, M.; HOLLOSZY, J.O.of an increase mitochondrial matrix enzymes in

    iron-deficient rats. Affi.J.Physiol.,2lia:C639-

    OHlRA, Y.;Inductionmuscle of44, 1987'.

    PASSMORE, R.; EASTWOOD, M.W.nutrition and dietetics.Livingstone. 1986. 21p.

    Dayidson and Passmore Human8ed. New York., Churchill

    PALMA, M. S.; KdKUBUN, E.; SI BUYA, C. Y.; SANTOS, J . W.; FRE I RE ,P.M. Regulatory mechanisms of blood lactate productionduring exercise in mano Braz.J.Med.Biol.Res., 22:1329-32,1989.

    PIRNAY, F.; LACROIX, M.; MOSORA, F.; LUYCKX, A.;P. Effect of glucose ingestion on energyutilization during prolonged muscularEur.J.Appl.Physiol., ~:247-54, 1977.

    LEFEBVRE,substrateexercise

    RANDLE, P.J.; GARLAND, P.B.; HALES, C.N. The glucose fattyacid cycle. Its role in insulin sensitivity and themetabolic disturbances of diabetes mellitus. Lanceti:785-9, 1963.

    RANDLE, P.J. Molecular mechanism~ regulating fue! selec~ionin muscle. In:Biochemistry of exercise, ed.J.Poortmans, GNiset, Baltimore Univ. Park Press, 1981, p:13 -32.

    RANVIER, L. Prorpits, et structures diffrentes desmuscles rouges et des muscles blancs chez les lapins etchez les raies. C.R.Acad.Sci., TI: 1030-33,- 1873.

    RAVUSSIN, E,; PAHUD, P.; DORNER, A_;ARNUD, M.S.; JEQUIER,E. Substrate utilization during prolonged exercisepreceded by ingestion of 13C glucose in glycogen depletedand control subjects. Pflugers Ar..ch.... , .aB..3:197-22, 1979.

    REBOUCHE, C.J.; PAULSON, D.J. Carnitin metabolism andfunction in humans. Ann.Rev.Nutr., fi:41-66, 1986 .

    .7

  • J.O. Inhibition of glucose uptakeavaiIiability of oleate in well-skeletal muscle. Biochem. J.,

    66

    RENNIE, M.J.; HOLLOSZY,and glycogenolysis byoxygenated perfused~:161-70, 1977

    RENNIE, M.J.; EDWARDS, R.H.T.; KRYWAWYCH, S.; DAVIES,C.T.M.; HLLIDAY, D.; WATERLOW, J.C.; MILLWARD, D.J.Effect of exercise on protein turnover in man. ClinicaIScience, Ql:627-39, 1981.

    ROWAN, A.N.; NEWSHOLME, E.A.; SCRUTTON, M.~. Partialpurification and some proportiea of pyruvatecarboxylasefrom the flisht muscle of the f locust

    I

    (Schistocerca Gregaria) Biochem.Biophis.Acta., 552:270-5,1978. '

    ROWAN, A.N.; NEWSHOLME, E.A. Changes of contents of adeninenucleotides and intermediates of glycolysis and citricacid cycIe in fIight muscIe of the Iocust upon flight andtheir ;reIationship to the control of the cycle.Biochem.J~, 12B:209-16, 1979.

    RODBELL, M. Metabolism of isol~ted fat cells. J.Biol.Chem.,2a9:375-80, 1964.

    SAHLIN, K. Muscle fatigue and lactic acid accumulation.Acta.Physiol.Scand. 128:82-91, 1986.

    SAHLIN, K. Muscle carnitine metabolism during incrementaIdynamic exercise in humans. Acta Physiol.Scand. ~:25962, 1990.

    SALTIN,B.; HENRIKSSON,J.; NYGAARD,E. Fibre types andmetabolic potenciaIs of skeIetal muscles in sedentary manand endurance runners. Ann.N.Y.Acad.Sci., ~:3-29, 1977.

    SIMOES,A.J.B.; LANCHA, JR.,A.H.; SILVA, F., CANCILLIERO, R.HlRATA,M., ZUCAS, S.M. Alteraes da taxa de glicosesanguinea antes e aps ~ atividade flsica c~ autilizao de trs dietas. In: SIMPOSIO DE CIENCIAS DOESPORTE, 14. So Caetano do Sul, SP 1986. ANAIS. FEC doABC. p.32.

    SOAR, K.; DAVIES, M.; FENTEM, H.; NEWSHOLME, E.A. Theeffect of endurance training on the maximum activities ofhexokinase, 6-phosphofurctokinase, citrate synthase, andoxoglutarate dehydrogenase in red and white muscles ofthe rato EiQ6~ience Rep'orts, ~:831-35, 1983.

    SOOP, M.; BJORKMAN, G.; CEDERBLAD, G.; HAGENFELDT, L. ANDWAHREN, J. Influence of carnitine supplementation onmuscle aubstrate and carnitine metabolism duringexerciae. J.Appl.Physiol, fi1:2394-9, 1988.

  • ~;TI?Ylt:l(, L. UiQ.l;~heillitl...tI-Y. New York. W.H. FreemHl. 19fL

    67

    SUDGEN, P.H. & NEWSHOLME, E.A. Effects of ammonium,inorganic phosphate and potassium ions on the activity ofphosphofrutokinases from muscle and nervous tissue ofvertebrates and invertebrates. Eiochem.J., ~:113-22,1975.

    TORNHEIM, K.; LOWENSTEIN, J.M. Control ofphosphofrutokinase from rat skeletal muscle.~~~L' 251:7322-36, 1976.

    'l'SAI, C.S.; BURGETT, M.W.;dehydrogenase complexes. Adehydrogenase complex from245:8348-52, 1973.

    RERD, L.J. Alfa-Keto acidkinetic study of the pyruvatebovine kidney . ..l.....l3.i.Ql.... Chem.,

    VILLELA, F.G.; MACHADO,wheel cage for rats

    and drinking. Braz.

    UNDERWOOD, A.H. & NEWSHOLME, E.A. Properties ofphosphofrutokinase from rat iiver and their relation tothe control of glycolisis and gluconeogenesis. Biochem.J.95:868-81, 1965.

    UYEDA, K. Phosphofrutokinase. Adv.Enzjmol., ~:193-224.1979.

    WASSERMAN, K.; BEAVER, W.L.; WHIPP, B.J. Mechanisms andpatterns of blood lactate increase during exercise inman. Med.Sci. Sports Exercise. 1B:344-52, 1986.

    WILLIAMSON, D.H. Tissue-specific direction of bloodmetabolites. Symp.Soc.Expt.Bi~, 27:283-98, 1973.

    VIEIRA, R.; DUARTE, A.M.; CURI, R.;U.F.; CARPINELLI, A. A rotatingallowing free movement, feeding~~ed.Biol.Res., ZQ:825-8, 1987.

    VIEIRA, R.; HAEBISCH, H.; KOKUBUN, E.; HELL, N.S.; CURI, R.Swimming system for physical exercise of -~~ts.Arq.Biol.Tecnol., Bl:387-94, 1988. \

    VIEIRA, R.; VECCHIA, M.G.; BITTENCOURT JR.,P.I.H.; ALMEIDA,A.F.; FERNANDES, L.C.; CURI,R. Desenvolvimento dehomogenizador de alta velocidade para tecidos.Arq . Bio1. Te.QllQ.L.. .32: 495-05 ;1989 .

    . WEBER, J.M.; KLEIN, S.; WLFE, R.R. Role ofcycle in control of net glucose flux inhumans. J.Appl.PhysiQl~, QB:1815-9, 1990.

    the glucoseexercising

  • /

    Tabe~as

    "

    68

    APNDICE

    \

  • 69

    Tabela 2 - Determinaes plasmticas dos grupos controle(C)e Buplement{H.~fo (S) submetidos as seguintes condioes:sedentrio, atividade espontnea, treinados, natao 1 horae exausto. Os valores so apresentados por media desviopadro de 10 animais por grupo *(p

  • 70

    Tabela 3 - Contedo de glicognio muscular - gastrocnmio eeleo cio fI erllpOS controle (C) e suplementa(;:o (~;) Bubmetic!o('3as seguintes condies: sedentrio, atividade espontnea,treinados, natao 1 hora e exausto. Os valores soapresentados por media desvio padro de 10 animais porgrupo *(p

  • 71

    Trd)cd.ll '1 CUlILedo de gU cugnio heptico e cnrdlaco dOBgrupos controle(C) e suplementao(S) submetidos asseguintes condies: sedentrio, atividade espontnea,treinados, natao 1 hora e exausto. Os valores soapresentados por media desvio padro de 10 animais porgrupo *(p

  • 72

    Tabela 5 - Atividade mAxima da enzima citrato sintase notecido muscular gastrocnmio e sleo dos gruposcontro le (C) e suplemen tao (S) fiubmet.idos as seguinteE.\condies: sedentrio, atividade espontnea, treinados,natao 1 hora e exausto. Os valores so apresentados pormedia desvio padro de 10 animais por grupo *(p

  • '73

    Tabela 6 - Atividade maXlma da enzima citrato sintase nostecidos heptico e cardiaco dos grupos controle(C) esuplementao(S) submetidos as seguintes condies:sedentrio, atividade espontnea, treinados, natao 1 horae exausto. Os valores so apresentados por media desviopadro de 10 animais por grupo *(p

  • 74

    Tabela '7 Atividade mxima da enzima piruvato carboxilasenos tec ido(3 Oll.wculf.ll'el3 - gastrocnmio e sleo dos gruposcontrole(C) e suplementao(S) submetidos as seguintescondies: sedentrio, atividade espontnea, treinados,natao 1 hora e exausto. Os valores so apresentados pormedia + desvio padro de 10 animais por grupo *(p

  • , ,

    75

    Tabela 8 -Atividade mxima da enzima piruvato carboxilasenos tecidos heptico e cardaco dos grupos controle(C) esuplementao(S) submetidos as seguintes condies:sedentrio, atividade espontnea, treinados, natao 1 horae exausto. Os valores so apresentados por media desviopadro de 10 animais por grupo *(p

  • Tabela 9 - Peso relativo do tecido adiposo epididimal dosgrupos controle(C) e suplementao(S) submetidos asseguintes condies: sedentrio, atividade espontnea,treinados, natao 1 hora e exausto. Os valores soapresentados por media desvio padro de 10 animais porgrupo *(p