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AGÊNCIA DE INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO – I9/UNIFAL-MG

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PROPRIEDADE

INTELECTUAL

Patentes

Marcas

Direitos do Autor

Programa de Computador

Alfenas, 2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS – UNIFAL-MG

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Reitor

Paulo Márcio de Faria e Silva

Vice-Reitor

Edmêr Silvestre Pereira Junior

AGÊNCIA DE INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO – I9/UNIFAL-MG Diretora Marcia Paranho Veloso

Realização

Equipe I9/UNIFAL-MG

Luciana Maria Baiocco Ikegaki

Michele Bettelli Lutf Rocha

Sueli Pereira Perpétua

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO........................................................................................................4 PROPRIEDADE INTELECTUAL ..................................................................................5 PROPRIEDADE INDUSTRIAL....................................................................................6 Patentes.............................................................................................................. ..6 Marcas.................................................................................................................12 DIREITOS DO AUTOR ...........................................................................................14 PROGRAMA DE COMPUTADOR............................................................................19 AGÊNCIA DE INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO – I9/UNIFAL-MG...........................22

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... ..23

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INTRODUÇÃO

A presente cartilha visa difundir conceitos na área da Propriedade Intelectual, de

maneira didática e objetiva, voltada principalmente para esclarecer dúvidas surgidas no

cotidiano.

Uma vez que se trata de um assunto complexo, mas de suma importância nos dias

atuais, necessário se faz estabelecer o que é propriedade intelectual, quais suas modalidades,

seus principais aspectos e também quais são os direitos e deveres envolvidos nesta questão, a

fim de garantir uma proteção adequada para cada caso.

Com isso, a Agência de Inovação e Empreendedorismo da Universidade Federal de

Alfenas – I9/UNIFAL-MG, órgão suplementar vinculado à Reitoria e responsável pela

disseminação da cultura da Propriedade Intelectual na Universidade, lança esta cartilha que

trata, de forma resumida, dos principais aspectos envolvidos em Patentes, Marcas, Direitos do

Autor e Programa de Computador, modalidades estas da propriedade intelectual que mais têm

sido solicitadas junto à I9/UNIFAL-MG.

Desta forma, este material foi especialmente elaborado para a comunidade acadêmica

da UNIFAL-MG interessada em conhecer e aprender um pouco mais sobre Propriedade

Intelectual, levando em consideração suas dúvidas mais frequentes......................................

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PROPRIEDADE INTELECTUAL

De acordo com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI),

Propriedade Intelectual consiste na soma de todos os direitos relativos à atividade intelectual

humana nos domínios científico, industrial, literário e artístico.

MODALIDADES DA PROPRIEDADE INTELECTUAL

É possível dividir a Propriedade Intelectual em 3 grandes grupos:

1 - Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/96) que abrange:

Patentes;

Desenho Industrial;

Marcas;

Indicações Geográficas;

Repressão à Concorrência Desleal.

2 - Direitos Autorais compostos por:

Direitos do Autor (Lei nº 9.610/98);

Direitos Conexos (Lei nº 9.610/98) e

Programa de Computador (Lei nº 9.609/98).

3 - Proteção sui generis que engloba:

Proteção de Cultivares (Lei nº 9.456/97);

Topografia de Circuitos Integrados (Lei nº 11.484/2007) e

Proteção e Acesso aos Conhecimentos Tradicionais.

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

A Propriedade Industrial corresponde à modalidade de Propriedade Intelectual que

trata das criações intelectuais voltadas para as atividades de indústria, comércio e prestação

de serviço (IDS, 2005).

No Brasil, a Propriedade Industrial é um direito constitucional, garantido pelo art. 5º,

inciso XXIX da Constituição Federal de 1988, que dispõe: “a lei assegurará aos autores de

inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações

industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos,

tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País”.

Este dispositivo constitucional encontra-se regulamentado pela Lei n.º 9.279 de 14 de

maio de 1996, conhecida como Lei da Propriedade Industrial (LPI). O Art. 2º da LPI determina

que a proteção dos direitos relativos à Propriedade Industrial efetua-se mediante: A concessão

de patentes de invenção e de modelo de utilidade; a concessão de registro de desenho

industrial e de marca e a repressão às falsas indicações geográficas e à concorrência desleal.

PATENTES

Patente é um direito temporário concedido pelo Estado para a exploração exclusiva

de uma Invenção ou de um Modelo de Utilidade, mediante solicitação de seu titular, em troca

da revelação da sua criação, visando o desenvolvimento do país.

A patente é também um direito territorial, uma vez que é válida somente no

território do país que a concede, devendo seu titular depositar um pedido de proteção em

cada país onde deseja ver protegido seu direito.

TITULARIDADE

Pela Lei da Propriedade Industrial, a patente poderá ser requerida pelo inventor em

seu próprio nome, pelos seus herdeiros ou sucessores, pelo cessionário ou ainda por aquela

pessoa a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de prestação de serviços determinarem que

pertença a titularidade.

NA UNIFAL-MG, a titularidade dos direitos de propriedade intelectual decorrentes de

atividades desenvolvidas por docentes, servidores técnico-administrativos, discentes, bolsistas,

estagiários e assemelhados, utilizando-se recursos, dados, meios, materiais, instalações ou

equipamentos da Universidade, pertencerá à Universidade Federal de Alfenas, ficando

resguardado a estas pessoas o direito de serem nomeados como inventores das criações.

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INVENTOR X TITULAR

Inventor: é aquele que desenvolveu ou realizou a pesquisa até obter os resultados

passíveis de serem patenteados.

Titular: é o proprietário da patente, em nome de quem a patente é concedida. Pode

ser o próprio inventor, a empresa ou a instituição em que trabalha, resguardados os direitos

de terceiros tais como órgãos financiadores e de fomento (nestes casos a titularidade é

compartilhada).

“PRIMEIRO A DEPOSITAR”

Um aspecto muito importante quanto à titularidade das patentes é que, pelo Art. 7º

da Lei da Propriedade Industrial, se dois ou mais inventores tiverem realizado a mesma

invenção ou modelo de utilidade, de forma independente, o direito de obter a patente será

assegurado àquele que provar o depósito mais antigo, independentemente das datas de

invenção ou criação. Com isso, no Brasil foi adotado o Princípio do Primeiro a Depositar.

POR QUE PROTEGER UMA INVENÇÃO?

Sabe-se que durante o processo de pesquisa e desenvolvimento de uma nova criação

são consumidos consideráveis recursos financeiros, anos de trabalho e muita dedicação de

seus criadores. Assim, não seria razoável que diante da invenção já concluída, uma terceira

pessoa se apoderasse destes resultados, repassando-os ao mercado, na maioria das vezes a

um preço muito mais baixo, uma vez que não teve gastos com pesquisa e desenvolvimento,

além de impedir seu verdadeiro criador de explorar sua própria criação, com ou sem intuito de

lucro.

A patente representa uma forma de proteção do conhecimento gerado na

Universidade e uma forma de estímulo a novas invenções, contribuindo para o

desenvolvimento do país. No entanto, a opção pela busca da proteção por meio das patentes

deve ser feita pelo pesquisador juntamente com a Universidade, considerando a viabilidade

econômica do pedido de proteção, a viabilidade comercial da criação protegida, a existência

de mercado e a possibilidade de transferência desta tecnologia para empresas interessadas.

Importante salientar que se a opção for pela não proteção, as criações desenvolvidas

não serão protegidas, apenas serão divulgadas, podendo ser livremente utilizadas por

qualquer interessado.

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QUAL A PROTEÇÃO CONFERIDA PELA PATENTE?

A patente confere ao seu titular o direito de impedir terceiros, sem o seu

consentimento, de produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar o produto objeto de

patente ou o processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado (art. 42 da

LPI).

A exploração de uma patente por terceiros se dará somente por meio de licença ou

cessão de seu proprietário.

TIPOS DE PATENTE

A Patente pode, de acordo com suas peculiaridades, ser classificada em dois tipos

principais: Patente de Invenção e Patente de Modelo de Utilidade.

PATENTE DE INVENÇÃO

Ato original da mente humana, a invenção fornece uma solução nova a um problema

técnico já existente. Assim, poderíamos definir a Patente de Invenção, como a proteção a um

novo produto ou processo ainda não existente e que apresente um progresso considerável no

seu setor tecnológico, a ponto de solucionar um antigo e específico problema técnico da

humanidade.

A patente de invenção corresponde também a uma das formas mais conhecidas de

propriedade industrial podendo ser requerida como forma de proteção das invenções

pertencentes aos mais variados campos tecnológicos.

INVENÇÃO X DESCOBERTA

Em Propriedade Industrial, a diferenciação entre Descoberta e Invenção é de

extrema importância, uma vez que descobertas não são patenteadas, invenções sim.

Invenção: consiste na criação humana de algo até então inexistente na natureza. Na

invenção, o homem expressa sua criatividade chegando a soluções reais que satisfaçam suas

necessidades. Estas sim, poderão ser protegidas pela Propriedade Industrial. Exemplos: o

telescópio, a insulina recombinante, o telefone.

Descoberta: é a revelação ou encontro casual de algo já existente na natureza. Como

inexiste criação, a descoberta não é protegida pela Propriedade Industrial, ou seja, não é

patenteável. Exemplo: Descoberta de uma propriedade química de um determinado elemento,

isolamento de um microorganismo, leis da natureza, entre outras.

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PRAZO DE PROTEÇÃO

Para a Patente de Invenção é concedido o prazo de vinte anos para a sua utilização

pelo seu titular. Tal prazo é computado a partir da data do depósito junto ao Instituto Nacional

da Propriedade Industrial (INPI), sendo que após seu término, a criação cai em domínio

público, ou seja, qualquer pessoa pode fazer uso daquela invenção sem a obrigação de obter a

autorização de seu titular.

PATENTE DE MODELO DE UTILIDADE

A Patente de Modelo de Utilidade protege um aperfeiçoamento introduzido em um

objeto já existente e, que devido a esta nova forma ou disposição, tenha resultado em uma

melhoria funcional deste objeto, tanto no seu uso como em sua fabricação. Ocorre uma

melhoria funcional sem, contudo, ocorrer uma mudança na tecnologia empregada. Por este

motivo, não corresponde a uma nova invenção.

PRAZO DE PROTEÇÃO

Para a Patente de Modelo de Utilidade é concedido o prazo de quinze anos contado a

partir da data do depósito junto ao INPI. Decorrido este prazo, o modelo de utilidade também

entra em domínio público.

NÃO PODEM SER PATENTEADOS

Não são consideradas invenções nem modelo de utilidade (art.10 da LPI) e, portanto,

não podem ser patenteados:

I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;

II - concepções puramente abstratas;

III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis financeiros, educativos,

publicitários, de sorteio e de fiscalização;

IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética;

V - programas de computador em si;

VI - apresentação de informações;

VII - regras de jogo;

VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de

diagnósticos, para aplicação no corpo humano ou animal; e

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IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou

ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os

processos biológicos naturais.

NÃO SÃO PATENTEÁVEIS (art. 18 da LPI):

I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas;

II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como

a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou

modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico; e

III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que atendam aos

três requisitos de patenteabilidade novidade, atividade inventiva e aplicação industrial, e que

não sejam mera descoberta.

REQUISITOS PARA PROTEÇÃO

Depois de verificar se a criação é ou não patenteável, de acordo com o disposto na

lei, para se depositar um pedido de patente, ainda é necessário atender a três requisitos

básicos de patenteabilidade:

1 - Novidade: A criação deve ser inédita, no Brasil e no exterior;

2 - Atividade Inventiva: O invento não deve ser uma solução evidente ou óbvia

quando analisada por um técnico no assunto;

3 - Aplicação Industrial: A criação tem potencialidade de ser produzida ou utilizada

em algum tipo de indústria.

BUSCAS EM BASES DE PATENTES

Para verificar se a criação desenvolvida atende ao requisito da novidade, antes do

depósito de um pedido de patente, deve ser realizada uma busca prévia em bancos de

patentes disponíveis gratuitamente na Internet. Por meio desta busca, também chamada de

Busca de Anterioridades, torna-se possível verificar a existência de produtos ou processos

idênticos ou semelhantes àqueles que serão submetidos à proteção por patente.

Recomenda-se também aos pesquisadores, que antes mesmo de escrever seus

projetos de pesquisa, consultem além das revistas especializadas, as bases de patentes

disponíveis.

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O banco de patentes oficial do Brasil é disponibilizado pelo Instituto Nacional de

Propriedade Industrial - INPI no endereço: http://www.inpi.gov.br, que também disponibiliza

acesso a outros bancos de patentes oficiais internacionais e gratuitos.

Além da busca em bases gratuitas, é possível realizar buscas utilizando serviços pagos

no edifício sede do INPI, no Rio de Janeiro como também em outros sítios na Internet.

PERÍODO DE GRAÇA

Ainda quanto ao requisito da novidade, por uma disposição da própria Lei da

Propriedade Industrial, o inventor pode proteger sua criação por um período de 12 meses após

a sua publicação ou divulgação. É o chamado Período de Graça.

No entanto, recomenda-se que primeiro seja depositado o pedido de patente e

somente depois publicados ou divulgados os resultados da pesquisa já protegidos, pois não

são todos os países que adotam este período de graça.

ONDE PROTEGER?

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI é uma autarquia federal

vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com sede na

cidade do Rio de Janeiro, responsável pela análise e concessão de patentes no Brasil.

COMO PROCEDER NA UNIFAL-MG?

Os membros da comunidade acadêmica interessados em proteger os resultados de

suas pesquisas devem visitar a página da Agência http://www.unifal-mg.edu.br/i9unifal para

orientações sobre as modalidades de proteção. Se os resultados da pesquisa forem passíveis

de proteção e se a titularidade pertencer à Universidade, o invento, após elaboração da

documentação formal necessária, será depositado junto ao INPI.

Importante salientar que todas as informações prestadas à equipe da Agência são

consideradas sigilosas.

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MARCAS

Marca é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que distingue e identifica um

produto ou serviço de outros semelhantes ou certifica sua conformidade de acordo com

normas ou especificações técnicas.

CLASSIFICAÇÃO

As marcas podem ser classificadas em três tipos de acordo com a finalidade de uso:

Marca de Produto ou Serviço: É a marca usada para diferenciar produtos ou

serviços de outros idênticos, semelhantes ou afins, de origem diversa;

Marca de Certificação: Aquela que se destina a atestar a conformidade de um

produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, quanto

à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada;

Marca Coletiva: Aquela utilizada para identificar produtos ou serviços provindos

de membros de uma determinada entidade.

Quanto à forma de apresentação, as marcas podem ser classificadas em:

Nominativa: Constituída por uma ou mais palavras do alfabeto romano,

compreendendo, também, os neologismos e as combinações de letras e/ou

algarismos, desde que esses elementos não se apresentem sob a forma

figurativa;

Figurativa: É constituída por desenho, imagem, figura, símbolo ou qualquer

forma estilizada de letra e número;

Mista: Constituída pela combinação de elemento nominativo e figurativo, ou

aquela em que a grafia dos elementos nominativos se apresente de forma

estilizada;

Tridimensional: Constituída pela forma plástica de produto ou de embalagem,

cuja forma tenha capacidade distintiva em si mesma, sem qualquer efeito

técnico.

PARA QUE SERVE UMA MARCA?

A marca serve, principalmente, para distinção e identificação de um determinado

produto ou serviço de uma empresa ou instituição específica, diferenciando este produto ou

serviço de empresas ou instituições concorrentes.

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REGISTRO DA MARCA E PRAZO DE PROTEÇÃO

No Brasil, o registro da marca é realizado junto ao INPI e assegura o seu uso exclusivo

pelo titular, em todo território nacional, por um prazo de 10 anos contados a partir da data de

concessão, prorrogável indefinidamente, por períodos iguais e sucessivos. Sem pedido de

prorrogação dentro do prazo, o registro é extinto e a marca fica disponível.

O registro da marca evita a presença de marcas idênticas ou semelhantes no

mercado, evitando-se assim que ocorra a confusão dos seus consumidores e também a prática

de concorrência desleal.

QUEM PODE REQUERER O REGISTRO DA MARCA?

Podem requerer o registro de uma marca tanto as pessoas físicas como as jurídicas

de direito público ou de direito privado.

Somente a UNIFAL-MG pode requerer o registro de suas marcas junto ao INPI.

NÃO PODEM SER REGISTRÁVEIS COMO MARCAS

Não são registráveis como marcas aqueles sinais proibidos pela Lei da

Propriedade Industrial, tais como:

brasões, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo e monumentos oficiais,

públicos, nacionais, estrangeiros ou internacionais;

letra, algarismo e data, isoladamente;

expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário à moral e aos bons

costumes;

sinal de caráter genérico, necessário, comum, vulgar ou simplesmente descritivo,

quando tiver relação com o produto ou serviço a distinguir;

cores e suas denominações, salvo se dispostas ou combinadas de modo peculiar e

distintivo;

pseudônimo ou apelido notoriamente conhecidos, nome artístico singular ou

coletivo, salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores;

obra literária, artística ou científica, assim como os títulos que estejam protegidos

pelo direito autoral e sejam suscetíveis de causar confusão ou associação, salvo

com consentimento do autor ou titular;

entre outros (para outras exclusões, consultar o art. 124 da Lei nº 9.279/96).

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NOME COMERCIAL X MARCA

Nome Comercial é o nome completo de uma empresa, identificando seu negócio e

sua situação jurídica. É sua razão social. Seu registro é feito na Juntas Comerciais de cada

Estado e não garante proteção ao seu nome como marca.

Marca é um sinal que distingue os produtos ou serviços específicos que são

produzidos ou fornecidos por aquela empresa. Algumas empresas utilizam seu próprio nome

comercial ou parte dele como marca. Seu registro é feito no INPI e é válido em todo território

nacional. Assim, uma empresa com uma razão social pode ter inúmeras marcas registradas.

O QUE SIGNIFICAM OS SÍMBOLOS ® E ™ ?

® significa que uma marca já está registrada junto ao INPI.

™ é um termo em inglês que significa “Trade Mark” e indica que é uma marca de

fábrica ou de comércio.

O uso destes símbolos ao lado de uma marca não é obrigatório, mas tornou-se uma

forma eficiente de informação de que aquele sinal visualmente perceptível já é uma marca e

tem um titular.

DIREITOS DO AUTOR

Os Direitos Autorais, regulados pela Lei nº 9.610/98 (Lei dos Direitos Autorais) trata

dos direitos de autor e dos direitos que lhe são conexos.

Os Direitos de Autor correspondem aos direitos que o autor detém sobre sua obra.

Pelo Art. 5º, inciso XXVII da Constituição Federal “aos autores pertence o direito

exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros

pelo tempo que a lei fixar”.

De modo geral, o direito de autor compreende dois tipos de direito: os Direitos

Morais e os Direitos Patrimoniais.

DIREITOS MORAIS

Os Direitos Morais referem-se aos direitos de personalidade do autor, ou seja, diz

respeito ao vínculo permanente do autor com sua obra, como por exemplo:

o direito de reivindicar a autoria da obra;

o de ter seu nome indicado como sendo o autor da obra;

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o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a qualquer modificação que

possa prejudicá-la ou atingi-lo, como autor, em sua reputação ou honra, entre

outros.

DIREITOS PATRIMONIAIS

Os Direitos Patrimoniais conferem ao autor o direito exclusivo de utilizar e dispor da

sua obra, explorando-a comercialmente. Somente os direitos patrimoniais podem ser total ou

parcialmente transferidos para terceiros, por meio de licenciamento, concessão ou cessão.

Mesmo cedendo ou licenciando sua obra para exploração econômica, o autor ainda detém os

direitos morais sobre sua criação.

AUTORIA X TITULARIDADE

Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica.

Titular pode ser a pessoa física ou jurídica legitimada a exercer os direitos

econômicos sobre a obra intelectual do autor.

OBRAS INTELECTUAIS QUE PODEM SER PROTEGIDAS:

I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;

II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza;

III - as obras dramáticas e dramático-musicais;

IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito

ou por outra qualquer forma;

V - as composições musicais, tenham ou não letra;

VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas;

VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da

fotografia;

VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética;

IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza;

X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia,

topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência;

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XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais,

apresentadas como criação intelectual nova;

XII - os programas de computador;

XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de

dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu

conteúdo, constituam uma criação intelectual.

NÃO SÃO OBJETO DE PROTEÇÃO COMO DIREITOS AUTORAIS:

I - as ideias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos

matemáticos como tais;

II - os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios;

III - os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de

informação, científica ou não, e suas instruções;

IV - os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões

judiciais e demais atos oficiais;

V - as informações de uso comum tais como calendários, agendas, cadastros ou

legendas;

VI - os nomes e títulos isolados.

O QUE É PERMITIDO, SEM OFENSAS AOS DIREITOS AUTORAIS:

a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado de

quem está copiando, feito por este, sem intuito de lucro;

a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de

passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, indicando-se

o nome do autor e a origem da obra;

o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se

dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e

expressa de quem as ministrou;

a representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso

familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabelecimentos de ensino,

não havendo intuito de lucro;

a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes,

de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que

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a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não

prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo

injustificado aos legítimos interesses dos autores.

REGISTRO

Pela Lei dos Direitos Autorais, a proteção aos direitos do autor independe de registro

uma vez que este direito nasce juntamente com a a obra. No entanto, o registro da obra nos

órgãos oficiais pode representar uma importante forma de comprovação de autoria.

Na tabela a seguir estão indicados os locais de registro para alguns tipos de obras

intelectuais, no Brasil.

ONDE REGISTRAR CADA TIPO DE OBRA INTELECTUAL?

Tipo de Obra Intelectual Onde Registrar?

Registro de Obras Literárias (Livros, textos) Escritório de Direitos Autorais da Fundação

Biblioteca Nacional – EDA

http://www.bn.br/eda

Registro de Obras Musicais Escola de Música da Universidade Federal do

Rio de Janeiro

http://www.musica.ufrj.br

Registro de Obras de Artes Visuais (obras

artísticas)

Escola de Belas Artes da Universidade Federal

do Rio de Janeiro

http:// www.eba.ufrj.br

Registro de Obras de Engenharia,

Arquitetura e Urbanismo

Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia – CONFEA

http://www.confea.org.br

Registro de Programas de Computador Instituto Nacional da Propriedade Industrial –

INPI

http:// www.inpi.gov.br

http://www.cultura.gov.br/site/2008/03/08/orgaos-de-registro-de-obras-intelectuais/

PRAZO DE PROTEÇÃO

No Brasil, os direitos patrimoniais do autor têm um prazo de proteção por toda a vida

do autor mais 70 anos contados do ano subseqüente ao do seu falecimento. Decorrido este

prazo, a obra cai em domínio público, ou seja, qualquer pessoa pode se utilizar desta obra,

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inclusive economicamente, sem necessidade de autorização do seu titular. O único direito que

sempre permanecerá é o direito moral de ter o nome do autor indicado na obra.

O QUE SIGNIFICA O SÍMBOLO © ?

Este símbolo significa “Copyright”, termo em inglês que pode ser traduzido como

“direito de copiar”, indicando que os direitos sobre aquela obra estão reservados ao seu

titular.

Em algumas obras aparecem ainda as expressões: “All Rights Reserved” ou “Todos os

Direitos Reservados” em que fica proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou

processo.

A violação dos direitos autorais é punível como crime de acordo com o Art. 184 do

Código Penal Brasileiro, com pena de prisão e multa em conjunto com busca e apreensão e

indenizações (Lei dos Direitos Autorais).

ISBN X DIREITOS AUTORAIS

O ISBN - International Standard Book Number - corresponde a um sistema

internacional padronizado, criado em 1967 por editores ingleses, que identifica

numericamente os livros segundo o título, o autor, o país, a editora, individualizando-os por

edição. Utilizado também para identificar software, seu sistema numérico é convertido em

código de barras, eliminando barreiras linguísticas, facilitando a sua circulação e

comercialização e simplificando a busca e atualização bibliográfica. Atualmente, o sistema ISBN

é controlado pela Agência Internacional do ISBN, que delega poderes às Agências Nacionais em

cada país. No Brasil, desde 1978, a Fundação Biblioteca Nacional é a agência que detém a

função de atribuir o número de identificação aos livros editados no país.

(Fonte: http://www.bn.br).

O Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional trata apenas do

registro da obra para fins de proteção dos direitos do autor. E isso não tem qualquer relação

com a obtenção do número ISBN desta obra registrada. Para obter o ISBN deve-se procurar a

Agência Brasileira do ISBN.

COMO PROCEDER NA UNIFAL-MG?

Os membros da comunidade acadêmica interessados em orientações sobre direitos

autorais e seus procedimentos devem visitar a página da Agência: http://www.unifal-

mg.edu.br/i9unifal.

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De acordo com a Resolução nº 38/2007 do Conselho Superior da UNIFAL-MG e em

conformidade com a Lei º 9.610/98, os direitos autorais pertencerão integralmente aos seus

respectivos autores.

PROGRAMA DE COMPUTADOR

De acordo com a Lei nº 9.609/98, entende-se por Programa de Computador “a

expressão de um conjunto organizado de instruções em linguagem natural ou codificada,

contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas

automáticas de tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos

periféricos, baseados em técnica digital ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e para

fins determinados”.

O regime jurídico de proteção de programa de computador é o conferido pela Lei nº

9.609/98 que trata especificamente de programa de computador juntamente com a Lei nº

9.610/98 que trata dos direitos autorais e conexos. Sua proteção assegura ao autor o direito

de exclusividade nas atividades de produção, uso e comercialização.

Diferentemente das patentes e das marcas, a proteção para programas de

computador tem abrangência internacional e o título do programa é protegido juntamente

com o programa em si. Desta maneira, com apenas um registro, protege-se tanto o produto

como seu nome comercial.

AUTORIA X TITULARIDADE

Autor é a pessoa física criadora do programa de computador.

Titular pode ser a pessoa física ou jurídica que detém os direitos de exploração da

criação. Em se tratando de programa de computador, pertencerão exclusivamente ao

Empregador, Contratante de Serviços ou Órgão Público, os direitos relativos ao programa de

computador, desenvolvido e elaborado durante a vigência de contrato ou de vínculo

estatutário, expressamente destinado à pesquisa e desenvolvimento. O disposto também se

aplica se o programa de computador for desenvolvido por bolsistas, estagiários ou afins.

ONDE PROTEGER?

Embora seja tratado como obra literária, artística e científica, seu registro deve ser

realizado junto ao INPI. Pode ser depositado o código-fonte ou o código-objeto ou ainda

trechos do programa considerados suficientes para caracterizar a criação.

Importante: Por estar sob a tutela dos direitos autorais e conexos, a proteção dos

direitos de programa de computador independe de registro. No entanto, o registro junto ao

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INPI representa uma forma de comprovação de autoria diante de uma eventual violação dos

diretos do titular.

REQUISITOS PARA PROTEÇÃO

Para ser protegido o programa de computador deve atender a dois requisitos essenciais:

Deve haver distinção entre ideia e expressão, ou seja, a proteção é conferida ao

programa de computador como um todo e não às ideias nele contidas. Neste

caso, o algoritmo seria a ideia e, portanto, não passível de proteção, mas, quando

transformado em expressão, no programa, torna-se passível de proteção;

Deve ter alguma originalidade. Isso não significa que o programa de computador

tenha que ser inteiramente novo, pois na maioria das vezes, o autor do programa

utiliza-se de alguma ideia preconcebida para criar um novo programa.

Fonte: http://daleth.cjf.jus.br/revista/numero3/artigo18.htm

PRAZO DE PROTEÇÃO

O prazo de proteção aos direitos relativos a programa de computador é de 50 anos,

contados a partir do ano subsequente ao da sua publicação ou criação.

É PERMITIDO, SEM OFENDER DIREITOS DE PROGRAMA DE COMPUTADOR:

a reprodução, em um só exemplar, de cópia legitimamente adquirida, desde que

se destine à cópia de salvaguarda ou armazenamento eletrônico;

a citação parcial do programa, para fins didáticos, desde que identificados o

programa e o titular dos direitos respectivos;

a ocorrência de semelhança de programa a outro, preexistente, quando se der

por força das características funcionais de sua aplicação, da observância de

preceitos normativos e técnicos, ou de limitação de forma alternativa para a sua

expressão.

COMO PROCEDER NA UNIFAL-MG?

Os membros da comunidade acadêmica interessados em proteger seus programas de

computador devem visitar a página da Agência http://www.unifal-mg.edu.br/i9unifal para

orientações sobre este tipo de proteção.

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Se for passível de proteção, após elaboração da documentação técnica e formal

necessárias, o programa de computador será depositado junto ao INPI.

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AGÊNCIA DE INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO – I9/UNIFAL-MG

A Agência de Inovação e Empreendedorismo da Universidade Federal de Alfenas –

I9/UNIFAL-MG, órgão suplementar diretamente vinculado à Reitoria, corresponde ao Núcleo

de Inovação Tecnológica (NIT) da UNIFAL-MG e foi criada a partir da reestruturação do Núcleo

de Inovação e Propriedade Intelectual (NIPI/UNIFAL-MG), instituído na Universidade desde o

ano de 2007, no intuito de ampliar as atividades e competências do NIT, integrando todas as

iniciativas voltadas para inovação e proteção da propriedade intelectual.

A I9/UNIFAL-MG é responsável pela gestão da política de inovação na UNIFAL-MG,

proteção da propriedade intelectual (Patentes, Marcas e Programa de Computador) e

transferência de tecnologia, atuando ativamente também no fortalecimento, apoio e

coordenação de ações empreendedoras e na articulação de parcerias entre Entidades de

Ciência Tecnologia e Inovação.

Integra a Rede Mineira de Propriedade Intelectual (RMPI), associação que apoia e

auxilia na implantação, gestão e desenvolvimento dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT)

junto às Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT) do estado. Conta com uma equipe em

contínua capacitação, permitindo alcançar a competência e o profissionalismo esperado no

desempenho das atividades propostas.

Assim, cada vez mais engajada em seus propósitos, I9/UNIFAL-MG vem participando

da constante ascensão conquistada pela Universidade e contribuindo para o desenvolvimento

de nossa sociedade.

Para outras informações e orientações sobre o trabalho desenvolvido pela

I9/UNIFAL-MG entre em contato pelo telefone (35)3299-1403, pelo e-mail inovacao@unifal-

mg.edu.br, ou acesse também nosso link no site da UNIFAL-MG: http://www.unifal-

mg.edu.br/i9unifal, onde você encontra maiores esclarecimentos sobre a proteção e

transferência do conhecimento......................................................................................................

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______.Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI. Disponível em

http://www.inpi.gov.br.

______. Lei nº 9.279/96 de 14 de maio de 1996. Regula direitos e obrigações

relativos à propriedade industrial. Disponível em

ttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9279.htm.

______.Lei nº 9.456, de 25 de abril de 1997. Institui a Lei de Proteção de Cultivares e

dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9456.htm.

______.Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a proteção da

propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização no país e dá outras

providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9609.htm.

______.Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a

legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Disponível em

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9610.htm.

______.Lei nº 11.484, de 31 de maio de 2007. Dispõe sobre os incentivos às

indústrias de equipamentos para TV Digital e de componentes eletrônicos semicondutores e

sobre a proteção à propriedade intelectual das topografias de circuitos integrados, e dá outras

providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-

2010/2007/Lei/L11484.htm

______.Ministério da Cultura. Disponível em http://www.cultura.gov.br

______.Ministério da Cultura. Órgãos de Registro. Disponível em

http://www.cultura.gov.br/site/2008/03/08/orgaos-de-registro-de-obras-intelectuais/

IDS - Instituto Dannemann Siemsen de Estudos de Propriedade Intelectual.

Comentários à Lei da Propriedade Industrial. Rio de Janeiro: Renovar, 2005. 548 p.

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JUNGMANN, Diana de Mello; BONETTI, Esther Aquemi. Inovação e Propriedade

Intelectual. Brasília: SENAI, 2010. 93p.

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http://www.wipo.int

______. A Criação de Uma Marca. OMPI, 2003. Disponível em

http://www.wipo.int/freepublications/pt/sme/900/wipo_pub_900.pdf

SOUZA, Márcia Cristina Pereira. Proteção jurídica do software. Disponível em

http://daleth.cjf.jus.br/revista/numero3/artigo18.htm

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