Agências Reguladoras - Aula 03

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Aula sobre agencia reguladoras para concursos.

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  • Agncias Reguladoras para Todos os Cargos da ANTAQ Aula 03

    Prof. Fernando Graeff

    Aula 03

    Prezado Aluno,

    Dando continuidade ao nosso curso "Agncias Regu ladoras" para todos os cargos (TCNICO, ANALISTA e ESPECIALISTA EM REGULAO) do concurso da Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (ANTAQ), vamos falar hoje sobre as seguintes abordagens regulatrias : teoria econmica da regulao, teoria da captura e teoria do agente principal (Parte II).

    Dito isto, mos obra ...

    Sumrio

    Abordagens econmicas .... ............. ............. ......... .... ......... ............. ......... .... ......... ............. ............ 2 Teoria da Captura ......... ............... ........... ......... .... ......... ............. ......... .... ......... ............. ............. ......... .... 7

    A teoria econmica da regulao ........ ............. ............. ......... .... ......... ............. ............. ......... ............. ... 9

    Teoria agente-principa l .. ........ ......... ............. ............. ......... ............. ............. ......... .... ......... ............. ...... 15

    Questes comentadas ........ ............. ............. ......... .... ......... ............. ......... .... ......... ............. .......... 19 Lista de Questes ............ ......... .... ......... ............. ......... .... ......... ............. ............. ......... .... ......... ...... 28 Bibl iografia ...... ......... .... ......... ............. ............. ......... .... ......... ............. ......... .... ......... ............. ........... 32

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    Abordagens econmicas

    Na aula passada estudamos alguns conceitos econmicos, hoje, com base

    naqueles conceitos, vamos estudar as seguintes abordagens: teoria econmica da regulao, teoria da captura e teoria do agente principal, mas antes vamos

    falar um pouco sobre as falhas de governo.

    Falhas de governo

    Como veremos quando tratarmos a seguir das abordagens da teoria econmica

    da regulao, a atuao do Estado por meio da regulao para corrigir as falhas

    de mercado encontra seu contraponto nas chamadas falhas de governo.

    A seguir so descritos alguns desses problemas recorrentes que caracterizam

    restries para a atuao do governo na economia:

    Captura ocorre quando os organismos regulatrios se encontram muito prximos dos regulados ou do governo, favorecendo o aumento dos riscos

    de interferncia de interesses particulares nas decises pblicas, consequentemente afetando a independncia e a qualidade da regulao.

    A captura tambm pode ocorrer quando o governo propriamente faz

    que a agncia reguladora assuma posies que reforam sua poltica para determinado setor. Alm disso, existe ainda a captura

    burocrtica, que ocorre quando os objetivos da agncia passam a refletir os interesses de seu staff.

    Rent-seeking (busca de renda) um tipo de captura que ocorre quando grupos de interesse se envolvem com a poltica, visando a obter

    vantagens sobre os demais grupos. Grupos de interesse so caracterizados como associaes que visam promover o interesse comum

    de seus membros, muitas vezes em detrimento do interesse pblico.

    Segundo Stigler quanto menor o nmero de membros potenciais, maior a probabilidade de que alguma quantidade de bem pblico

    venha a ser oferecida e, portanto, que o grupo de interesse venha a ser constitudo. Isso parece bem lgico, pois quanto menor o nmero

    de interessados, mais fcil seria a coordenao do grupo na busca de determinado objetivo.

    Uma fonte de ineficincia semelhante na esfera pblica ocorre em funo

    de os ganhos, a partir dos projetos de governo, ficarem geralmente concentrados nas mos de poucos beneficirios, enquanto os custos so

    divididos entre muitos. Isto significa que os beneficirios muitas vezes

    tm um poderoso incentivo para organizar e fazer lobby em favor de

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    projetos pblicos. Os contribuintes individuais, ao contrrio, tm pouco acesso a qualquer projeto pblico e, portanto, tm poucos incentivos para

    incorrer no curso de mobilizar-se na oposio.

    Falhas institucionais esse tipo de falha ocorre quando o governo intervm em decises sobre a alocao de recursos, de modo a atingir

    objetivos de equidade e distribuio de renda.

    Veja que a falha institucional no ocorre por causa da interveno do

    governo com o objetivo de atingir a equidade e a distribuio de renda, ela ocorre por causa da forma como essa interveno feita. Ou seja,

    existe a "falha institucional" porque o Governo toma decises erradas, que no trazem a melhor relao custo x benefcio para a sociedade.

    Segundo a teoria econmica clssica o mercado por si se ajusta, alcana o

    equilbrio, se o Governo intervm no mercado, mesmo com boa inteno, ele est afetando esse equilbrio. Quando mais interveno, maior o

    desequilbrio causado.

    A crtica feita que essa seria uma falha porque os objetivos do governo poderiam ser mais bem atendidos a partir de uma poltica de impostos,

    subsdios ou transferncia monetria, e no pela interveno direta em preos ou equivalentes. Um bom exemplo seria a destinao de recursos

    provenientes da tributao ao servio pblico de sade, servio que

    mais utilizado por indivduos de menor renda.

    Patronagem caracteriza-se precisamente pela distribuio de cargos e um dos recursos do clientelismo.

    A atividade regulatria tende a ser complexa e muito especfica. Um

    quadro de pessoal qualificado para efetuar servios em regulao seria ento um requisito. Todavia, no lugar de preencher os cargos disponveis

    por meio de recrutamento de pessoal qualificado, os governos tendem muitas vezes a ver a criao das novas organizaes como oportunidade

    para trocar apoio ou pagar favores polticos, comprometendo por vezes o quadro de pessoal das agncias.

    Em economia, compreender adequadamente o conceito de falhas de governo

    no tarefa to simples como o estudo das falhas de mercado: enquanto o

    ltimo se fundamenta em uma discusso dos obstculos consecuo de um timo de Pareto pelo mercado; a anlise de falhas de governo obviamente no

    pode recorrer ao mesmo tipo de suporte terico-analtico, pelo simples fato de que a atuao do governo no orientada pela obteno de lucro.

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    Abordagens econmicas

    Inicialmente temos que saber que a Teoria Econmica da Regulao uma

    abordagem surgida nos Estados Unidos da Amrica no final da dcada de 60 e

    incio da dcada de 70, caracterizada pela utilizao da anlise econmica

    para o estudo do comportamento poltico, associada ao debate sobre

    falhas de mercado e falhas de governo promovido pela Escola de Chicago.

    Vamos voltar um pouco mais no tempo para contextualizar esse debate.

    Segundo Mattos (2004), nos Estados Unidos, a dcada de 30 foi marcada pela

    implementao do New Deal (1933-1939), programa de recuperao da

    economia que, por meio da ampla reforma da administrao pblica daquele

    pas, produziu o fortalecimento da administrao federal. Isto foi possvel, em

    parte, devido criao de um nmero significativo de novas agncias

    reguladoras.

    At a dcada de 1960, a grande justificativa econmica para a ampliao da

    regulao conduzida pelo New Deal era a correo das falhas de mercado

    com vistas promoo do bem-estar econmico. Contra esse pressuposto,

    porm, diversas crticas s agncias reguladoras seriam desferidas na tentativa

    de mostrar que, ao contrrio do que se esperava, elas no estavam corrigindo

    falhas de mercado nem tampouco incrementando o bem-estar econmico.

    Essas crticas foram conduzidas principalmente pela Teoria Econmica da

    Regulao da Escola de Chicago. Essa teoria argumentou que falhas de

    governo coexistiam com falhas de mercado sobrepujando-as, por vezes.

    Isso invalidaria e tornaria incuo o esforo do Estado dirigido correo das

    falhas de mercado.

    O resultado, segundo a Escola de Chicago, era uma regulao que protegia

    os interesses da indstria regulada e no promovia o bem-estar social.

    Feita essa contextualizao e antes de entrarmos propriamente na Teoria

    Econmica da Regulao, para melhor entend-la, vamos falar um pouco sobre

    a Teoria do Interesse Pblico (NPT). Essa teoria dominava a abordagem do

    comportamento do regulador antes do surgimento da Teoria Econmica da

    Regulao da Escola de Chicago.

    A principal diferena entre essas duas teorias que a NPT estuda basicamente

    como deveria ser feita a interveno na economia enquanto que a Teoria

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    Econmica da Regulao procura entender como a regulao de fato feita,

    incluindo as variveis polticas.

    Teoria do interesse pblico

    A NPT (Normative Analysis as a Positive Theory) se propunha a tratar a

    regulao de uma forma um tanto peculiar: os aspectos normativos (como

    deveria se comportar o regulador) at ento no eram claramente separados

    dos aspectos positivos (como ele de fato se comportava) nas abordagens

    tericas. Ou seja, era um modelo eminentemente terico que no se refletia na

    prtica.

    Como j dissemos, a existncia de falhas de mercado eram as principais

    razes para a regulao de determinada indstria. As falhas de mercado, tais

    como monoplios naturais e externalidades, eram a justificativa para a

    interveno reguladora.

    Partia-se do pressuposto que os reguladores buscam maximizar o bem-

    estar da sociedade como um todo e que sempre determinam suas polticas

    tendo em vista o interesse pblico.

    A NPT tem como hiptese fundamental que as regulamentaes so produzidas

    por presses pblicas de modo a corrigir distores que no podem ser

    eliminadas pela ao das livres foras do mercado. Centra na ideia de que

    aqueles que esto buscando instituir uma regulao o fazem com o objetivo de

    perseguir o interesse pblico relacionado a determinados objetivos sociais (ao

    invs dos objetivos de um grupo ou setor especfico).

    Portanto, o objetivo da regulao o de alcanar certos resultados

    desejados em circunstncias onde o mercado falha. A principal nfase

    desta teoria que os reguladores agem perseguindo os interesses pblicos e

    no privados.

    Nesta viso, a regulamentao potencialmente desejvel quando os

    resultados de mercados no regulados so ineficientes, visto que a

    interveno por meio da regulao em teoria - seria socialmente benfica.

    Ainda hoje, a regulao econmica justificada

    pela existncia as falhas de mercado, contudo,

    como veremos adiante, por vezes, mesmo na

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    existncia delas, a regulao econmica no indicada (o seu custo pode ser

    maior que o benefcio gerado).

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    Teoria da Captura

    J falamos um pouco sobre captura de forma geral, agora vamos aprofundar

    um pouco essa teoria que muito cobrada em provas.

    Em sentido oposto NPT, de acordo com a teoria da captura (capture theory,

    na doutrina americana), a regulao constitui resposta s demandas dos

    grupos de interesse organizados, atuando para maximizar os interesses

    de seus membros.

    Assim, ao longo do tempo, as agncias reguladoras, ainda que criadas com

    bons propsitos, tenderiam a ser dominadas, "capturadas" pelas indstrias

    reguladas, que se apresentam como os grupos de interesses mais fortes

    atuando sobre o processo de elaborao e aplicao das leis.

    Embora a maioria dos assuntos regulados seja de interesse do grande pblico,

    este no tem as mesmas condies de organizar-se como a indstria regulada

    (lembre-se de que quanto maior o grupo, maiores sero os custos de

    transao). Os custos para a mobilizao de grandes e dspares setores da

    populao so reconhecidamente elevados (lembre-se do que falamos sobre os

    grupos de interesse).

    Assim, as empresas reguladas, dispondo de maiores recursos e maior

    organizao, tendem a "capturar", influenciando as decises e a

    atuao da agncia reguladora, levando-a assim a atender mais aos seus

    interesses do que os dos usurios do servio, isto , do que os interesses

    pblicos. Dessa forma, a agncia reguladora se afasta daquela equidistncia

    que falamos na aula passada.

    A captura se configura plenamente quando a agncia perde a condio de

    autoridade comprometida com a realizao do interesse coletivo e passa a

    produzir atos destinados a legitimar a realizao dos interesses egosticos de

    um, alguns, ou todos os segmentos empresariais regulados.

    Relao da Teoria da Captura com a Assimetria de Informao

    J falamos sobre isso, mas no custa repetir. A relao entre o rgo

    regulador e as empresas reguladas envolve assimetria de informaes,

    essa situao agravada quando o mercado em questo sensvel

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    evoluo tecnolgica, cujo exemplo t pico o nosso setor de telecomunicaes.

    O rgo regulador para efetuar a regu lao normalmente depende das informaes produzidas pelas prprias empresas reguladas e existe um custo muito alto para ele verificar se essas informaes esto corretas. Por outro lado, interessante para as empresas reguladas repassar somente as informaes que lhes favoream e omitir aquelas que lhes sejam desfavorveis com o intuito de obter uma regulao mais benfica.

    Assim, quando isso ocorre, quando as informaes repassadas pelas empresas reguladas esto enviesadas e a agncia regu ladora faz a regulao sem criticar essas informaes, sem aud it-las, ocorre sua captura, que resulta em uma regulao tendente a favorecer o regulado em detrimento dos consumidores.

    Crticas teoria da captura

    Segundo Posner, no seu artigo "Teorias da Regu lao Econmica", a interao entre agncia e empresas no pode ser caracterizada por meio da metfora da captura. Isso porque a teoria no apresenta qualquer razo que explique por que o mercado regulado deveria ser o nico grupo de interesse capaz de influenciar as agncias. Grupos de consumidores, por exemplo, teriam forte interesse em "capturar" a agncia.

    Ainda, segundo Posner, a existncia do fenmeno do subsdio cruzado, isto , a prestao compulsria de servios para determinados consumidores a preos mais baixos e, muitas vezes, aba ixo do preo de custo tambm demonstrou a fragilidade da genera lizao emprica da Teoria da Captura.

    Apesar de incomum, teoricamente, a agncia escl~! tambm pode ser capturada pelos usurios, ~ ~ bastaria que eles fossem organ izados ao ponto

    de exercer presso sobre as decises das agncias. A captura pode ocorrer, ainda, quando a agncia cede ingerncia pol t ica, ou seja, deixa de tomar decises tcnicas para seguir alguma orientao voltada a interesses dos polticos. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando a agncia congela artificialmente tarifas de servios como a energia eltrica para segurar a inf lao e favorecer uma possvel reeleio.

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    A teoria econmica da regulao

    A literatura que se tornou conhecida como teoria econmica da regulao teve

    seu incio com Stigler, e sua principal caracterstica a integrao dos

    processos polticos e econmicos na anlise da interveno do Estado

    na economia. Ela surgiu em oposio viso que at ento reinava, a qual

    no distinguia entre os aspectos normativos e os aspectos positivos do processo

    de regulao econmica.

    Segundo Mattos (2004), Stigler procura demonstrar empiricamente a premissa

    de que, em regra, a regulao adquirida pela indstria, alm da

    concebida e operada fundamentalmente em seu benefcio. Stigler

    questiona os pressupostos das correntes que associam aos reguladores a

    imagem de eficincia tcnica apoltica, posta a servio da correo

    desinteressada de falhas de mercado (teoria do interesse pblico).

    Apesar de no chegar a concluses muito diferentes daquelas da Teoria da

    Captura, seu trabalho inovou ao integrar a anlise da economia e do

    comportamento poltico.

    Conforme Posner (1974): primeira vista, a teoria econmica da regulao parece uma verso refinada da Teoria da Captura. Entretanto, ela

    rejeita o inexplicado, e frequentemente falso, pressuposto do propsito virtuoso e probo da legislao; admite a possibilidade de captura por outros grupos de interesse que no as empresas reguladas; e substitui a metfora captura, com seu teor inapropriadamente militarista, por uma terminologia mais neutra de oferta e procura. Ela insiste, todavia, juntamente com os cientistas polticos, que a regulao econmica favorece

    interesses privados de grupos politicamente influentes.

    A tese de Stigler que a ao regulatria resultado da maximizao de seus

    benefcios: interesses das indstrias reguladas demandando regulao para

    protegerem-se da competio de outras firmas; interesses do regulador

    disposto a atender a essas demandas, ofertando regulao em troca de apoio

    poltico. Assim, segundo Stigler, ter-se-ia um verdadeiro comrcio

    regulatrio, totalmente estranho a qualquer ideia de interesse pblico.

    Assim, a teoria econmica da regulao est relacionada ao controle do

    funcionamento de determinados setores da atividade econmica, considerados

    essenciais ou bsicos para a vida econmica e social nas sociedades e que

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    fazem com que a relao entre produtor e usurio (ou consumidor) requeira

    alguma forma de interveno pblica.

    A teoria econmica da regulao uma teoria positiva para a existncia da

    regulao, pois ela prov hipteses testveis referentes ao porque e

    como as indstrias so reguladas aplicando conceitos econmicos para

    explicar entre outras coisas:

    quem ir receber os benefcios e quem ir arcar com os custos da

    regulao;

    qual a forma e a natureza da interveno regulatria;

    quais os efeitos sobre a alocao de recursos.

    Os custos da regulao podem ser de dois tipos:

    diretos so os custos associados com a implementao dos mecanismos

    regulatrios. Eles incluem os gastos para criar e operar a agncia regulatria e os

    custos da firma e outros interventores para participar do processo regulador;

    indiretos - so os custos que incluem qualquer ineficincia induzida pela regulao que induza a uma m alocao de recursos, visto que no processo regulatrio no h uma completa harmonizao entre os objetivos da firma

    (maximizao dos lucros) e da sociedade (maximizao do excedente social).

    Segundo a teoria econmica da regulao: o recurso bsico do Estado o

    seu poder de coero; os agentes econmicos so racionais e so

    maximizadores de utilidade; a legislao regulatria redistribui renda; o

    comportamento dos polticos (legisladores) guiado por seu desejo de

    permanecer nos cargos, o que implica que a legislao estruturada para

    maximizar a sustentao poltica; e os grupos de interesse competem

    oferecendo sustentao poltica em troca de uma legislao favorvel.

    Stigler aponta os modos pelos quais o Estado pode beneficiar determinada

    indstria e especula sobre o que determinaria a escolha de uma indstria como

    beneficiria dos favores estatais. Para tal ele prope uma teoria da oferta e da

    demanda da regulao: a indstria que demanda a regulao deve procurar o

    vendedor desse produto, ou seja, o partido poltico. A organizao dos partidos

    polticos gera custos, o que por si s j um incentivo para o partido captar

    recursos da indstria.

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    Dessa forma, a teoria parte da premissa que o governo tem um monoplio

    sobre os recursos escassos da coero legal e que a demanda das

    firmas torna este produto (regulao) valioso. A demanda por regulao,

    portanto, se origina das firmas que compreendem que ele pode ser usado para

    aumentar os seus lucros do seguinte modo:

    imposio de impostos sobre outros setores e usar os recurso para

    subsidiar a firma regulada;

    tornar a entrada ilegal e aumentar as barreiras a entrada na

    indstria para reduzir a competio;

    regular a produo de produtos substitutos e assim restringir a

    competio;

    regular os preos para eliminar a competio de preos dentro da

    indstria.

    Segundo Stigler, o processo poltico prov incentivos para o governo ofertar

    regulao. Os polticos, por sua vez, estariam dispostos a ofertar regulao em

    troca de ajuda para obter e manter poder poltico. Usando a regulao para

    restringir a competio no processo de mercado e restringir a entrada de novas

    empresas, as firmas provm aos polticos e aos partidos dinheiro e votos.

    Nesse sentido, os polticos no utilizariam seu poder para promover o bem

    comum, mas seriam, como todos os agentes, maximizadores de uma funo

    utilidade.

    Assim sendo, a oferta de regulao obtida do processo poltico, ofertada pelos

    partidos e pelos polticos. Referido autor observou que, devido ao processo

    poltico, temos que o resultado gerado pode levar a uma alocao ineficiente de

    recursos visto que os benefcios so concentrados e significativos, mas os

    custos so distribudos de forma difusa. Ela ineficiente por que os

    benefcios de poucos so menores do que os custos de muitos.

    Normalmente, nesse tipo de relao, os grandes grupos esto em

    desvantagem para obter regulamentao devido ao efeito de free rider.

    Os grupos de interesse, por sua vez, por serem compactos e bem

    organizados tendem a se favorecer mais da regulao do que grupos

    amplos e difusos.

    Em suma, os grupos de interesse poderiam influenciar a regulao fornecendo

    ajuda financeira ou de qualquer outro tipo para os polticos. nesse contexto

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    que a noo de falhas de governo ganha espao na discusso terica sobre a

    regulao.

    A noo de falhas de governo importante no s para se tentar aprimorar a

    atuao do regulador (discusso de autonomia das agncias, por exemplo),

    mas para bem selecionar aqueles setores que devem ser regulados.

    Antes do desenvolvimento da Teoria Econmica da Regulao, a determinao

    de uma indstria a ser regulada se dava apenas pela observao das falhas de

    mercado e dos custos de regulao (entendidos no seu sentido direto, ou seja,

    os custos de implementao da regulao e de operao da agncia).

    Com o desenvolvimento da ideia de falhas de governo, a seleo dos

    setores que necessitam de regulao se torna to realista quanto

    complexa: os objetivos do governo, que tm a sua importncia

    reconhecida na nova abordagem, so certamente mais complexos do

    que os de uma firma.

    Modelos de Peltzman e de Becker

    Os modelos que surgiram subsequentemente ao de Stigler se esforaram por

    superar o dilema regulador benevolente-capturado, estabelecendo parmetros

    econmicos de anlise mais sofisticados.

    Peltzman, por exemplo, estabelece um modelo em que a hiptese que o

    agente regulador procura conquistar o mximo de apoio possvel de

    ambos os grupos:

    dos consumidores mantendo a tarifa to baixa quanto puder; e

    da indstria garantindo a maior taxa de lucro vivel.

    O modelo supe que existe um limite nas possibilidades que o regulador pode

    "trocar" uma maior tarifa por um retorno maior, ou um retorno menor por uma

    tarifa menor, e permanecer com o mesmo nvel de apoio que antes.

    Segundo o modelo de Peltzman, o agente regulador no ir estabelecer a

    tarifa nem ao nvel equivalente ao que vigoraria se a indstria fosse

    competitiva, nem ao nvel que vigoraria caso a indstria se

    comportasse como monopolista, mas em algum nvel intermedirio

    entre os dois.

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    A concluso realmente interessante do modelo de Peltzman diz respeito a quais

    indstrias sero reguladas. O regulador, em troca de apoio, no estabeleceria

    um valor de tarifa mais ou menos equidistante daquele que vigoraria caso a

    indstria fosse concorrencial ou monopolista. A justificativa para essa afirmao

    que qualquer um dos dois grupos (consumidores ou indstria) teria pouco a

    ganhar com a imposio da regulao, quer em termos de reduo da tarifa,

    quer em termos de aumento da taxa de retorno.

    O caso diferente na hiptese do apoio ser em troca de uma tarifa situada

    muito prximo do nvel de concorrncia ou do nvel de monoplio. Na primeira

    situao, os consumidores teriam muito a ganhar da imposio da regulao,

    na segunda situao, o ganho seria dos monopolistas. Assim, o modelo

    estabelece critrio para teste da hiptese acerca de quais as indstrias sero

    reguladas, a partir da considerao explcita dos grupos de interesse.

    Outro modelo interessante o de Becker, que possui um enfoque bastante

    distinto do modelo de Peltzman: o agente regulador apenas responde ao

    volume de presso exercido pelos diferentes grupos de interesse.

    Segundo o modelo, o volume de presso que um dado grupo de interesse pode

    exercer depende:

    (a) inversamente do nmero de seus membros, e

    (b) diretamente dos recursos utilizados.

    O volume de riqueza transferido de um grupo a outro dependeria ento

    positivamente da presso do grupo que exerce o rent-seeking e negativamente

    do volume de presso por parte do grupo que sofre a transferncia de parte de

    sua renda.

    A novidade no modelo de Becker reside no fato de que, para que um dado

    montante de renda seja obtido por um grupo, um montante de renda tem de

    ser transferido de outro.

    Isto se deve ao fato de que h uma perda de bem estar originada da prpria

    atividade regulatria, e, por conseguinte, o grupo de presso vitorioso em rent-

    seeking obtm na realidade menos do que o valor que transferido do grupo

    perdedor, a diferena representa o "peso morto" da atividade regulatria, que

    acaba por servir como uma limitao s atividades regulatrias ineficientes.

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    A teoria econmica da regulao deslocou o

    eixo do debate sobre regulao econmica

    para um ponto muito distante da mera

    correo de "falhas de mercado". A

    caracterizao de grupos de interesse em uma dada indstria, que se formam

    visando rent-seeking passou a ser uma etapa fundamental do processo de

    compreenso das caractersticas da atividade de regulao econmica.

    Por fim, vamos estudar outra teoria, muito cobrada em provas, que est

    intimamente ligada com o problema da assimetria de informaes e do risco

    moral: a teoria do agente-principal.

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    Teoria agente-principal

    Outra abordagem terica da regulao, chamada de teoria principa l-agente ou relao de agncia , trata dos problemas de delegao de autoridade para as agncias e das assimetrias de recursos e informao .

    O modelo bsico da teoria considera a existncia de dois atores : o principal e o agente.

    O principal o indivduo que emprega um ou mais agentes para atingir um objetivo; o agente o indivduo empregado por um principal para atingir os objetivos deste ltimo. O problema surge quando os agentes (os administradores de uma empresa, por exemplo) perseguem suas prprias metas em vez das metas dos principais (os donos da empresa, por exemplo) .

    E, na presena de informaes assimtricas, muito custoso e ineficaz para o principa l acompanhar todas as aes dos agentes pa ra que o seu objetivo do principal seja alcanado.

    '~ as quais so agravadas pela dinmica dos mercados.

    A teoria do agente-principal se aplica a relao entre os rgos reguladores e as empresas reguladas, pois os primeiros necessitam de informaes dos ltimos para regular o mercado e isso sempre envolve assimetrias de informao -evoluo tecnolgica que normalmente afeta a

    Na realidade, os setores regulados da economia so repletos de relaes desse tipo. Por exemplo, na regulao de concesses de servios pblicos, uma comisso encarregada de fiscalizar o servio pode ser vista como agente e os representantes dos cidados-consumidores, como principais; a autoridade fiscalizadora pode ser vista como principa l e o concessionrio, como o agente; dentro da prpria empresa que explora a concesso, a gerncia pode ser vista como agente e os acionistas, como o principal.

    A re lao agente-principal pode ser amenizada se o principal conseguir sinalizar aos seus agentes quais so os seus objetivos e estabelecer incentivos adequados para a rea lizao de mais esforo por parte dos agentes. De forma semelhante, os agentes tambm podem indicar ao principa l quais so os seus desgnios. Desse modo, a sinalizao pode melhorar a eficincia dos mercados.

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    Lembre-se, contudo, que os incentivos podem ser positivos, uma recompensa,

    ou negativos, uma penalizao.

    Exemplos de sinalizao em um ambiente de informaes assimtricas so os

    certificados e as garantias que as empresas de bens durveis oferecem para

    atestar a qualidade de seus produtos. Lembre-se do exemplo

    Teoria agente-principal x regulao

    O problema agente-principal ocorre na regulao pois a empresa estar mais

    informada que o regulador acerca das condies de custo, aquisio de

    insumos, organizao da produo, tecnologias empregadas e outros

    parmetros do processo de gerao de valor e formao de preos de tarifas, e

    o regulador, por sua vez, tratar de induzir a empresa a tomar suas decises de

    preos, produo e investimento de acordo com os objetivos pblicos, dadas as

    condies de custo existentes.

    Entretanto, a empresa est interessada muito mais na maximizao de seus

    prprios benefcios, procurando agir em seu prprio interesse, qualquer que

    seja o esquema regulatrio.

    A questo bsica, ento, o estabelecimento de incentivos que faam com que

    os agentes atendam os anseios do principal, considerando as divergncias de

    interesses entre eles. Devem ser consideradas as dificuldades de gerenciamento

    das atividades do agente pelo principal j que aquele dispe de informaes

    mais precisas sobre o negcio do que este.

    Desta maneira, o agente pode manipular certas informaes de que

    dispe sobre seus processos internos para interferir a seu favor nos

    mecanismos de regulao e assim obter ganhos. Trata-se do uso

    informaes privilegiadas (internas firma) em sua relao com o agente

    regulador (principal).

    Bom, pessoal, acabamos os estudos sobre as abordagens, vamos fazer agora

    um pequeno resumo e depois resolver algumas questes sobre os assuntos

    tratados.

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    Resumo

    Falhas de governo problemas que caracterizam restries para

    a atuao do governo na economia. As falhas de governo podem

    tornam a regulao econmica muito custosa, mesmo na presena

    de falhas de mercado.

    i. Captura falha de governo que ocorre quando os

    organismos regulatrios se encontram muito prximos dos

    regulados ou do governo, favorecendo o aumento dos riscos

    de interferncia de interesses particulares nas decises

    pblicas, consequentemente afetando a independncia e a

    qualidade da regulao.

    ii. Rent-seeking (busca de renda) falha de governo (um

    tipo de captura) que ocorre quando grupos de interesse se

    envolvem com a poltica, visando a obter vantagens sobre os

    demais grupos. Grupos de interesse so caracterizados como

    associaes que visam promover o interesse comum de seus

    membros, muitas vezes em detrimento do interesse pblico.

    Quanto menor o nmero de membros potenciais, maior a

    probabilidade de que alguma quantidade de bem pblico

    venha a ser oferecida e, portanto, que o grupo de interesse

    venha a ser constitudo.

    iii. Falhas institucionais esse tipo de falha ocorre quando o

    governo intervm em decises sobre a alocao de recursos,

    de modo a atingir objetivos de equidade e distribuio de

    renda.

    iv. Patronagem caracteriza-se precisamente pela distribuio

    de cargos e um dos recursos do clientelismo. A atividade

    regulatria tende a ser complexa e muito especfica. Um

    quadro de pessoal qualificado para efetuar servios em

    regulao seria ento um requisito. Todavia, no lugar de

    preencher os cargos disponveis por meio de recrutamento de

    pessoal qualificado, os governos tendem muitas vezes a ver a

    criao das novas organizaes como oportunidade para

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    trocar apoio ou pagar favores polticos, comprometendo por

    vezes o quadro de pessoal das agncias.

    Teoria Econmica da Regulao uma abordagem surgida

    nos Estados Unidos da Amrica no final da dcada de 60 e incio da

    dcada de 70, caracterizada pela utilizao da anlise econmica

    para o estudo do comportamento poltico, associada ao debate

    sobre falhas de mercado e falhas de governo promovido pela

    Escola de Chicago. Argumenta que falhas de governo coexistiam

    com falhas de mercado sobrepujando-as, por vezes. Segundo

    essa teoria, ter-se-ia um verdadeiro comrcio regulatrio,

    totalmente estranho a qualquer ideia de interesse pblico.

    Modelo de Peltzman Peltxman aprimorou a teoria econmica

    da regulao de Stigler, concluindo que o agente regulador no ir

    estabelecer a tarifa nem ao nvel equivalente ao que vigoraria se a

    indstria fosse competitiva, nem ao nvel que vigoraria caso a

    indstria se comportasse como monopolista, mas em algum nvel

    intermedirio entre os dois.

    Teoria da captura (capture theory, na doutrina americana)

    segundo essa teoria, a regulao constitui resposta s demandas

    dos grupos de interesse organizados, atuando para maximizar os

    interesses de seus membros. Assim, as empresas reguladas,

    dispondo de maiores recursos e maior organizao, tendem a

    "capturar", influenciando as decises e a atuao da agncia

    reguladora, levando-a assim a atender mais aos seus interesses do

    que os dos usurios do servio, isto , do que os interesses

    pblicos.

    Teoria agente-principal O modelo bsico da teoria considera a

    existncia de dois atores: o principal e o agente. O principal o

    indivduo que emprega um ou mais agentes para atingir um

    objetivo; o agente o indivduo empregado por um principal para

    atingir os objetivos deste. A dificuldade, derivada da assimetria de

    informaes, surge da incapacidade do principal de monitorar as

    atividades realizadas pelos agentes, e esses (os administradores de

    uma empresa, por exemplo) perseguem suas prprias metas em

    vez das metas dos principais (os donos da empresa, por exemplo).

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    Questes comentadas

    01. (Cespe/MEC/Todos os cargos/2014) No que se refere teoria do agente principa l, teoria econmica da regu lao e teoria da captura, julgue os itens a segu ir.

    Com forme a teoria da captura, a regulao ofertada como resposta demanda da indstria por regu lao, podendo haver o favorecimento de determinados grupos.

    Resoluo:

    Vimos que de acordo com a teoria da captura a regulao constitui resposta s demandas dos grupos de interesse organizados, atuando para maximizar os interesses de seus membros. Assim, as agncias tendem a ser dominadas, "capturadas" pelas indstrias reguladas, que se apresentam como os grupos de interesses ma is fortes atuando sobre o processo de elaborao e aplicao das leis.

    Gabarito: C

    02. (Cespe/MEC/Todos os cargos/2014) No que se refere teoria do agente principa l, teoria econmica da regu lao e teoria da captura, julgue os itens a seguir.

    De acordo com o modelo do principal agente, o principal delega funes ao agente, estabelecendo-se, assim, uma relao hierrquica.

    Resoluo:

    A teoria agente-principal ou principal-agente baseada na assimetria de informaes que ocorre quando o principa l, que aquele que exerce uma posio superior em relao a um agente, faz uma demanda para este ltimo que deveria cumpri-la despendendo o esforo necessrio para tanto .

    Contudo, devido ao problema do risco mora l, muitas vezes o principal incapaz de induzir que o agente realize suas tarefas com esforo timo para que o principal alcance seu objetivo.

    Gabarito : C

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    03. (Cespe/Especialista em Regulao de Sade Suplementar ANS/2013) Um caso especia l de risco moral associado assimetria de informao a teoria agente-principa l, em que o principal a parte mais informada e o agente a parte menos informada em uma transao .

    Resoluo:

    Na teoria agente-principal, o principa l o indivduo que emprega um ou mais agentes para atingir um objetivo; o agente o indivduo empregado por um principal para atingir os objetivos do principal.

    O problema associado ao r isco moral ocorre, pois o agente a parte mais informada e o principal a parte menos informada, ao contrrio do que afirma o enunciado da questo.

    Gabarito: E Ju lgue os itens subsequentes, relativos teoria econmica e ao modelo do principal-agente.

    04. (Cespe/Especialista em Regulao de Sade ANS/2013) O problema de principal-agente um tipo caracterizado por um esforo que no pode ser mon itorado principal e, portanto, no pode ser diretamente recompensado.

    Resoluo:

    Suplementar de problema

    e med ido pelo

    De fato, na teoria agente-principa l, devido assimetria de informao existente, muito custoso para o principal monitorar e medir as aes do agente e, dessa forma, no pode recompens-lo de acordo com o esforo feito no atingimento dos objetivos acordados.

    O mais correto seria o enunciado ter fa lado " incentivo" ao invs de "recompensa", pois lembre-se que o "incentivo" pode ser tanto no sentido de recompensar quanto de penalizao.

    Gabarito: C

    OS. (Cespe/Especialista em Regulao de Sade Suplementar ANS/2013) Um ponto importante da teoria da captura consiste na hiptese de que as regu lamentaes econmicas existem com o objetivo de favorecer um grupo especfico .

    Resoluo:

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    De acordo com a teoria da captura (capture theory, na doutrina americana), a regulao constitu i resposta s demandas dos grupos de interesse organizados, atuando para maximizar os interesses de seus membros.

    Gabarito : C 06. (Cespe/Especialista em Regulao/ ANTT /2013) Uma das formas de implementar a teoria do agente principal consiste na busca por uma regulao tarifria que atenda a interesses de consumidores e investidores, estimu lando a eficincia do setor.

    Resoluo:

    A teoria agente-principa l diz respeito dificuldade do principal, que o indivduo que emprega o agente para atingir um objetivo, de controlar as aes desse agente, que o indivduo empregado por um principal para ating ir os objetivos deste. Isso ocorre, pois na presena de informaes imperfeitas, acompanhar todas as aes dos agentes para que o objetivo do principal seja alcanado pode ser dispendioso e ineficaz.

    A implementao de regulao tarifria deve, de fato, buscar o equ ilbrio entre os interesses dos consumidores e dos investidores por meio de uma tarifa justa, de acordo com os custos para produzir o servio. Contudo, essa tarifa justa encontra obstculo justamente na assimetria de informaes existente entre o regulador (principa l) e o regulado (agente). Portanto, justamente o contrrio do que afirma o enunciado, a teoria do agente principal dificulta a aplicao de uma regulao tarifria justa. Gabarito: E Com base nas teorias que norteiam a atuao reguladora do Estado e nas formas de regulao, julgue os itens subsecutivos. 07. (Cespe/Tcnico de Regulao/ ANTT /2013) A teoria do agente principal tem apl icao com o estabelecimento de uma agncia reguladora principal que atua em diversos setores da economia e estabelece as normas a serem seguidas pelas reas regu ladas.

    Resoluo:

    No no sentido do enunciado que a teoria agente- principal aplicada na regulao. A agncia no o principal, da teoria agente principa l, porque ela

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    a principal agncia . Ela o principa l da teoria agente principa l simplesmente porque ela uma agncia reguladora .

    A teoria agente- principa l aplica-se no sentido de que a agncia reguladora faz s vezes do principa l, pois para estabelecer as normas a serem seguidas e f iscalizar a sua aplicao, necessita de informaes que esto em posse dos regulados, que fazem s vezes do agente.

    Gabarito : E

    08. (CESPE/ANP/Especialista em Regulao-rea 1/2012) A edio de ato normativo que disponha sobre matria de competncia da ANP, mas efetivada por outra agncia reguladora, um exemplo da teoria da captura.

    Resoluo:

    Esse no um exemplo de captura, mas de ilegalidade, pois houve usurpao de competncia. Alm disso, a captura no ocorre entre agncias regu ladoras, pois cada uma atua em determinado mercado, a captura ocorre, na realidade, quando a agncia cede presso de um grupo de interesse do mercado regulado e passa a regu lar em benefcio dele.

    Gabarito: E

    09. (CESPE/ ANP /Especialista em Regulao-rea 11/2012) Atinge-se a eficincia econmica da regu lao quando o retorno socia l desejado pelo Estado obtido pelo mximo lucro de uma empresa concessionria de um monoplio natu ral.

    Resoluo:

    Em linhas gera is, a regulao econmica eficiente quando proporciona a mxima eficincia de mercado. O enunciado represente a situao em que h equi lbrio ent re o lucro do privado e o benefcio socia l que o produto/servio prestado pode proporcionar.

    Lendo rapidamente a expresso "mximo lucro de uma empresa concessionria de um monoplio natu ral" pode assustar, mas, perceba que o parceiro privado deve sempre buscar o lucro mximo em qualquer atividade, para tanto ele tem que ser eficiente, produzindo pelo menor custo . E o monoplio natural representa uma situao em que as economias de esca la e de escopo justificam a inexistncia de concorrncia .

    A que entra a regulao . Pois o que no pode ocorrer o concessionrio buscar o lucro mximo por meio de irregularidades como, por exemplo,

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    comprometendo a qualidade da prestao do servio . Ento, o mximo lucro do monoplio entendido como o lucro que atingido com a conduo de forma eficiente de determinada atividade dentro das regras estabelecidas.

    A regu lao busca que o concessionrio busque o mximo de lucro possvel dentro das regras estabelecidas nos contratos, isso no quer dizer que o regulador esteja beneficiando o particular, mas, apenas dando condies de que ele atinja os objetivos estabelecidos. Veja que o enunciado afirma que a eficincia econom1ca atingida quando o "retorno social desejado pelo Estado" obtido pelo "mximo lucro da empresa", ento, os dois lados esto felizes: o consumidor, j que houve o retorno social desejado pelo Estado, e o particular, j que obteve o mximo lucro. Gabarito: C

    10. (Cespe/ ANAC/ Especialista em Regulao de Aviao Civil - rea 4/2012} O r isco mora l, re lacionado presena de informao assimtrica, engloba o denominado problema agente-principal, que ocorre no caso em que o agente, devendo agir no interesse do principal, incentivado a ag ir de forma contrria ao que espera o principal. Isso ocorre porque o agente tem mais informaes sobre suas aes do que o principa l e, tambm, porque o principal no pode monitorar perfeitamente o agente.

    Resoluo:

    O enunciado est perfeito, autoexplicativo.

    Gabarito: C 11. (Cespe/ ANAC/Tcnico em Regulao de Aviao Civil - rea 2/2012} Configura-se a teoria do agente principal quando a agncia perde sua condio de autoridade comprometida com a realizao do interesse coletivo e passa a reproduzir atos destinados a leg itimar a consecuo de interesses privados do segmento.

    Resoluo:

    O enunciado da questo inverte os conceitos da teoria do agente principal com o da teoria da captura .

    Gabarito : E 12. (Cespe/ ANAC/Tcnico em Regulao de Aviao Civil - rea 2/2012} A teoria do agente principa l considera a existncia de dois atores,

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    denominados principal e agente . Nessa teoria, o primeiro um ator cujo retorno depende de ao ou de informao de propriedade exclusiva do agente.

    Resoluo:

    exatamente isso o que ocorre na re lao agente-principa l. O principal depende da atuao do agente para a consecuo de seus objetivos, por sua vez, o agente detentor dos meios e das informaes necessrias para isso.

    Nesse meio, a presena de comportamentos inadequados por parte dos agentes, ocasionada por essa assimetria informacional, pode resu ltar em problemas na relao agente-principal, principalmente o risco mora l.

    Gabarito: C

    13. (Cespe/ ANAC/Tcnico em Regulao de Aviao Civil - rea 2/2012} A principal consequncia da captura consiste na ampliao da independncia do rgo de regu lao.

    Resoluo:

    A principal consequencia da captura de uma agncia reguladora a perda de independncia, pois ela perde a equidistncia necessria para exercer suas atividades, atuando em benefcio de determinados grupos de interesses.

    Gabarito: E 14. (Cespe/Especialista em Regulao de Sade Suplementar ANS/2013} O modelo do principa l-agente depende da re lao hierrqu ica entre os ind ivduos e, principalmente, da existncia de aes ocu ltas.

    Resoluo:

    Como v imos, o modelo bsico da teoria considera a existncia de dois atores. Estes so denominados principal e agente, entre eles existe uma relao hierrquica . O principa l o ind ivduo que emprega um ou mais agentes para atingi r um objetivo; o agente o indivduo empregado por um principal para atingi r os objetivos deste. O problema surge quando os agentes (os administradores de uma empresa, por exemplo) perseguem suas prprias metas em vez das metas dos principais (os donos da empresa, por exemplo) . E isso ocorre por meio de aes ocultas que so de difci l percepo pelo principal.

    Gabarito : C

    15. (Cespe/Especialidade: Administrao, Cincias Contbeis e

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    Economia/ Ancine/2005} A questo das interaes entre o governo e os mercados privados e, em particular, as discusses sobre os marcos regu latrios so tpicos relevantes para a anlise dos fenmenos econmicos. A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir. No processo regulatrio, os custos de agncia incluem tanto os custos com insumos e fatores de produo, como aqueles destinados a garantir que os agentes atuem de acordo com o interesse do principal - a agncia reguladora - , como, por exemplo, os custos de informao e de monitoramento das empresas reguladas.

    Resoluo:

    Os custos de agncia so aqueles custos em que o principal incorre para alinhar seus interesses aos do agente, englobam, entre outros: i) custos de criao e estruturao de contratos entre o principal e o agente; ii) gastos de mon itoramento das atividades dos gestores pelo principal; ii i) gastos promovidos pelo prprio agente para mostrar ao principal que seus atos no lhe sero prejudiciais; iv) perdas residuais, decorrentes da diminuio da r iqueza do principal por divergncias entre as decises do agente e as decises que iriam maximizar a riqueza do principal.

    Portanto, entre esses custos no esto os custos normais de produo como insumos e fatores.

    Gabarito: E

    16. {FCC/ ARCE -Anai.Reg.Economista/ 2012} - Adaptada - A respeito da evoluo da discusso doutrinria a partir do surgimento da Teoria da Captura (captura regu latria na teoria econmica) correto afirmar que seu fundamento manteve-se na denominada Normative Ana/ysis as a Positive Theory - NPT, sustentando que as falhas de mercado so as principais razes para a regu lao de determinado setor.

    Resoluo:

    A teoria da captura no manteve o fundamento da NPT, segundo esta lt ima, o comportamento do regulador seria sempre em prol do interesse pblico.

    Gabarito : E

    17. {FCC/ ARCE -Anai.Reg.Economista/ 2012} - Adaptada - A respeito da evoluo da discusso doutrinria a partir do surgimento da Teoria da Captura (captura regulatria na teoria econmica) correto afirmar que a mesma cinge-se s situaes caracterizadas como monoplio natura l, onde a atividade, dado

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    o nvel de demanda e a estrutura de custos envolvida, impede a entrada no mercado de outros competidores.

    Resoluo:

    A teoria da captura no se restringe s situaes caracterizadas como monoplio natura l, mas a todas as formas de regulao .

    Gabarito : E

    18. {FCC/ ARCE -Anai.Reg.Economista/ 2012) - Adaptada - A respeito da evoluo da discusso doutrinria a partir do surgimento da Teoria da Captura (captura regulatria na teoria econmica) correto afirmar que tericos como Stigler e Peltzman passaram a abordar a noo de falhas de governo e no apenas de falhas de mercado, enfocando a atuao de grupos polticos que utilizam seu poder para influenciar a regulao.

    Resoluo:

    De fato, a partir da teoria econom1ca da regu lao os tericos passaram a abordar a noo de fa lhas de governo e no apenas de falhas de mercado, enfocando a atuao de grupos polticos que utilizam seu poder para influenciar a regulao.

    Gabarito: C

    19. {FCC/ ARCE -Anai.Reg.Economista/ 2012) - Adaptada - A respeito da evoluo da discusso doutrinria a partir do surgimento da Teoria da Captura (captura regulatria na teoria econmica) correto afirmar que deu origem aos conceitos de fa lha de mercado e de governo e baseia-se, de acordo com a denominada Normative Analysis as a Positive Theory - NPT, no conceito de assimetria de informaes desenvolvido por Becker.

    Resoluo:

    A NPT baseia-se na existncia somente de fa lhas de mercado, a partir da teoria econmica da regulao que foi abordada a existncia de falhas de governo.

    Gabarito: E

    20. {FCC/ ARCE -Anai.Reg.Economista/ 2012) - Adaptada - A respeito da evoluo da discusso doutrinria a partir do surgimento da Teoria da Captura (captura regulatria na teoria econmica) correto afirmar que tericos como Stigler e Becker conclu ram pela impossibilidade de grupos pol t icos

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    influenciarem a atividade de regu lao, enveredando para a tica das falhas de mercado.

    Resoluo:

    Pelo contrrio, os tericos concluram que grupos polticos podem inf luenciar a atividade de regulao.

    Gabarito : E

    Fina lizo, aqui, a nossa aula de hoje. Um grande abrao, Fernando.

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    Lista de Questes

    01. (Cespe/MEC/Todos os cargos/2014) No que se refere teoria do agente principa l, teoria econmica da regu lao e teoria da captura, julgue os itens a seguir.

    Conforme a teoria da captura, a regu lao ofertada como resposta demanda da indstria por regulao, podendo haver o favorecimento de determinados grupos.

    0 2. (Cespe/MEC/Todos os cargos/2014) No que se refere teoria do agente principa l, teoria econmica da regu lao e teoria da captura, julgue os itens a seguir.

    De acordo com o modelo do principal agente, o principal delega funes ao agente, estabelecendo-se, assim, uma relao hierrquica.

    03. (Cespe/Especialista em Regulao de Sade Suplementar ANS/2013) Um caso especia l de risco mora l associado assimetria de informao a teoria agente-principal, em que o principal a parte mais informada e o agente a parte menos informada em uma transao.

    Ju lgue os itens subsequentes, relativos teoria econmica e ao modelo do principal-agente.

    04. (Cespe/Especialista em Regulao de Sade ANS/2013) O problema de principal-agente um tipo caracterizado por um esforo que no pode ser mon itorado principa l e, portanto, no pode ser diretamente recompensado .

    Suplementar de problema

    e med ido pelo

    OS. (Cespe/Especialista em Regulao de Sade Suplementar ANS/2013) Um ponto importante da teoria da captura consiste na hiptese de que as regu lamentaes econmicas existem com o objetivo de favorecer um grupo especfico.

    06. (Cespe/Especialista em Regulao/ ANTT /2013) Uma das formas de implementar a teoria do agente principal consiste na busca por uma regulao tarifria que atenda a interesses de consumidores e investidores, estimu lando a eficincia do setor.

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    Com base nas teorias que norteiam a atuao regu ladora do Estado e nas formas de regu lao, julgue os itens subsecutivos. 07. (Cespe/Tcnico de Regulao/ ANTT /2013) A teoria do agente principal tem aplicao com o estabelecimento de uma agncia reguladora principal que atua em diversos setores da economia e estabelece as normas a serem seguidas pelas reas regu ladas.

    08. (CESPE/ANP/Especialista em Regulao-rea 1/2012) A edio de ato normativo que disponha sobre matria de competncia da ANP, mas efetivada por outra agncia reguladora, um exemplo da teoria da captura.

    09. (CESPE/ ANP /Especialista em Regulao-rea 11/2012) Atinge-se a eficincia econmica da regu lao quando o retorno social desejado pelo Estado obtido pelo mximo lucro de uma empresa concessionria de um monoplio natural.

    10. (Cespe/ ANAC/ Especialista em Regulao de Aviao Civil - rea 4/2012) O r isco mora l, re lacionado presena de informao assimtrica, engloba o denominado problema agente-principal, que ocorre no caso em que o agente, devendo agir no interesse do principal, incentivado a agir de forma contrria ao que espera o principal. Isso ocorre porque o agente tem mais informaes sobre suas aes do que o principa l e, tambm, porque o principal no pode monitorar perfeitamente o agente.

    11. (Cespe/ ANAC/Tcnico em Regulao de Aviao Civil - rea 2/2012) Configura-se a teoria do agente principal quando a agncia perde sua condio de autoridade comprometida com a realizao do interesse coletivo e passa a reproduzir atos destinados a leg itimar a consecuo de interesses privados do segmento.

    12. (Cespe/ ANAC/Tcnico em Regulao de Aviao Civil - rea 2/2012) A teoria do agente principa l considera a existncia de dois atores, denominados principal e agente . Nessa teoria, o primeiro um ator cujo retorno depende de ao ou de informao de propriedade exclusiva do agente . 13. (Cespe/ ANAC/Tcnico em Regulao de Aviao Civil - rea 2/2012) A principal consequncia da captura consiste na ampliao da independncia do rgo de regu lao.

    14. (Cespe/Especialista em Regulao de Sade Suplementar

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    ANS/2013) O modelo do principa l-agente depende da re lao hierrquica entre os indiv duos e, principalmente, da existncia de aes ocu ltas.

    15. (Cespe/Especialidade: Administrao, Cincias Contbeis e Economia/ Ancine/2005) A questo das interaes entre o governo e os mercados privados e, em particular, as discusses sobre os marcos regu latrios so tpicos relevantes para a anlise dos fenmenos econmicos. A respeito desse assunto, julgue os itens a segu ir. No processo regulatrio, os custos de agncia incluem tanto os custos com insumos e fatores de produo, como aqueles destinados a garantir que os agentes atuem de acordo com o interesse do principal - a agncia reguladora -, como, por exemplo, os custos de informao e de monitoramento das empresas reguladas.

    16. (FCC/ ARCE -Anai.Reg.Economista/ 2012) - Adaptada - A respeito da evoluo da discusso doutrinria a partir do surgimento da Teoria da Captura (captura regu latria na teoria econmica) correto afirmar que seu fundamento manteve-se na denominada Normative Analysis as a Positive Theory - NPT, sustentando que as falhas de mercado so as principais razes para a regu lao de determinado setor.

    17. (FCC/ ARCE -Anai.Reg.Economista/ 2012) - Adaptada - A respeito da evoluo da discusso doutrinria a partir do surgimento da Teoria da Captura (captura regulatria na teoria econmica) correto afirmar que a mesma cinge-se s situaes caracterizadas como monoplio natura l, onde a atividade, dado o nvel de demanda e a estrutura de custos envolvida, impede a entrada no mercado de outros competidores.

    18. (FCC/ ARCE -Anai.Reg.Economista/ 2012) - Adaptada - A respeito da evoluo da discusso doutrinria a partir do surgimento da Teoria da Captura (captura regulatria na teoria econmica) correto afirmar que tericos como Stigler e Peltzman passaram a abordar a noo de fa lhas de governo e no apenas de falhas de mercado, enfocando a atuao de grupos pol t icos que utilizam seu poder para inf luenciar a regulao.

    19. (FCC/ ARCE -Anai.Reg.Economista/ 2012) - Adaptada - A respeito da evoluo da discusso doutrinria a partir do surgimento da Teoria da Captura (captura regu latria na teoria econmica) correto afirmar que deu origem aos conceitos de falha de mercado e de governo e baseia -se, de acordo com a

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    denominada Normative Ana/ysis as a Positive Theory - NPT, no conceito de assimetria de informaes desenvolvido por Becker.

    20. {FCC/ ARCE -Anai.Reg.Economista/ 2012) - Adaptada - A respeito da evoluo da discusso doutrinria a partir do surgimento da Teoria da Captura (captura regulatria na teoria econmica) correto afirmar que tericos como Stigler e Becker concluram pela impossibilidade de grupos polticos influenciarem a atividade de regu lao, enveredando para a tica das falhas de mercado.

    GABARITOS:

    01 02 03 04 os 06 07 08 09 10

    c c E c c E E E c c

    11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

    E c E c E E E c E E

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