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Agenda 30 BB Nosso Plano de Ação para um Futuro Sustentável

Agenda 30 BB · 2020-04-08 · O BB vem participando das principais ações em apoio ao desenvolvimento sustentável Como Chegamos Até Aqui 01 A Sustentabilidade no Tempo 1972 O

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Agenda 30 BBNosso Plano de Açãopara um Futuro Sustentável

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As transformações comportamentais co-meçam a se fazer visíveis no cotidiano, principalmente entre as novas gerações. Nas economias desenvolvidas, os jovens estão cada vez mais atentos aos aspectos socioambientais daquilo que compram; também consideram esses critérios ao eleger as empresas em que vão trabalhar e com as quais vão se relacionar. A socie-dade civil vem pressionando os governos para que adotem padrões regulatórios mais restritos. Verifica-se o grande cres-cimento das carteiras sustentáveis nas bolsas de valores ao redor do mundo e a exigência de investidores institucionais por informações não financeiras para a toma-da de decisão na alocação de recursos.

É perceptível também o agravamento das questões ambientais, presentes no topo dos riscos globais. Os desastres naturais provocados pela mudança cli-mática, a violência e os conflitos arma-dos custaram ao mundo o equivalente a 9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. Os eventos climáticos extremos demonstram que devemos aprender a produzir de outro modo. A eficiência operacional proporcionada pelas novas tecnologias e a economia circular po-dem ser caminhos viáveis para garantir nosso futuro.

O desenvolvimento do conceito de econo-mia verde e a crescente procura de em-presas e consumidores por uma produção mais responsável se convertem também em oportunidades negociais. O aumento da população mundial exige modelos de

produção sustentável para infraestrutura, alimentação e vestuário. Por outro lado, os negócios que deixam de dar atenção a esses aspectos se sujeitam a mais riscos financeiros e regulatórios.

Vale lembrar que a economia verde não é apenas desejável: ela é indispensável para a estabilidade financeira e para a prosperidade. Incentivadas por ques-tões regulatórias, as instituições do setor financeiro têm papel essencial na tran-sição para esse novo modelo de econo-mia e no gerenciamento de riscos que antes eram considerados secundários.

O que os líderes empresariais podem fazer nessas circunstâncias? Segundo o relatório Better Business, Better World, da Comissão de Desenvolvimento Em-presarial e Sustentável, organismo in-ternacional amparado por grandes em-presas e pela Organização das Nações Unidas (ONU), os líderes empresariais devem ter a coragem de abraçar um mo-delo econômico que seja ambientalmen-te sustentável e também promova novas oportunidades de mercado para uma economia inteligente, inclusiva e lucrati-va. O documento salienta que até 2030 a sustentabilidade e o atingimento dos Ob-jetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU serão fundamentais em todos os setores, tanto quanto as tecno-logias digitais se tornaram nos últimos 15 anos. Essas duas forças disruptivas, que já estão revolucionando áreas como as de energia e agricultura, devem con-vergir ainda mais.

Apresentação É assim que chegamos ao conceito de Sustentabilidade 4.0, no qual a susten-tabilidade se torna um ativo estratégico de longo prazo na criação de valor das empresas e está fortemente associada à economia digital, compartilhada e co-operativa. Nesse contexto, as empre-sas podem encontrar novas soluções, investir em inovação e desenvolver es-tratégias de negócios alinhadas às prio-ridades globais.

No Banco do Brasil (BB), estamos fa-zendo a lição de casa. Há 14 anos, nossas ações são orientadas por nos-so Plano de Sustentabilidade, que mais recentemente passou a se chamar

Agenda 30 BB. Assim, manifestamos alinhamento aos ODS como parte do processo de construção da nossa es-tratégia em sustentabilidade.

Com esse compromisso, contribuímos com a agenda de desenvolvimento sustentável e trilhamos o caminho da transição para uma economia verde e inclusiva. E é com esse olhar que re-fletimos sobre os riscos e as oportuni-dades apresentados nesta publicação. Convidamos você a nos acompanhar nesse percurso tão necessário para o futuro do Banco e de todos nós.

Boa leitura!

#publica

Riscos

Oportunidades negociais

Textos em negrito: informações em destaque

32 Agenda 30 BBBanco do Brasil

Guia de Leitura

Para facilitar a leitura e a navegação, destacamos informações sobre riscos, oportunidades negociais e casos de boas práticas de outras empresas, conforme legenda a seguir:

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COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI 6

A Sustentabilidade no Tempo 7

Contexto e Tendências em Sustentabilidade 11

Riscos Globais 12

Evolução da Sustentabilidade 17

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 20

Engajamento do Setor Financeiro 23

Compromissos e Regulamentações 24

02

ESTRATÉGIA DA SUSTENTABILIDADE BB 28

A Construção de um Novo Plano de Sustentabilidade 30

Matriz de Materialidade 32

Plano de Sustentabilidade – Agenda 30 BB 2019–2021 42

Contribuição da Agenda 30 BB aos ODS 50

Sumário

#publica

4 5Agenda 30 BB

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O BB vem participando das

principais ações em apoio ao

desenvolvimento sustentável

Como ChegamosAté Aqui

01 A Sustentabilidade no Tempo

1972 O Clube de Roma lança o relatório Os Limites do Crescimento, estudo que questiona a viabilidade de cres-cimento contínuo com base em seu impacto nos recursos naturais. A Or-ganização das Nações Unidas (ONU) cria o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e os chefes de estado comprometem-se com questões socioambientais na Declaração de Estocolmo.

1976 Elaboração, pela Organização para a Cooperação e o Desen-volvimento Econômico (OCDE), das Diretrizes para Empresas Multinacionais que estabele-cem compromisso político com padrões para conduta empre-sarial responsável em questões sociais e ambientais.

1987 Lançamento do relatório Nos-so Futuro Comum pela Co-missão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimen-to da ONU, no qual se conso-lida o conceito de desenvolvi-mento sustentável.

1992 A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvol-vimento (Eco-92) é realizada no Rio de Janeiro e resulta na elaboração da Agenda 21. O Pnuma cria o grupo Ini-ciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambien-te (UNEP FI, sigla em inglês), que dá origem à Declaração Internacional dos Bancos para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

1995 É firmado o Protocolo Verde, carta de princí-pios adotada por ban-cos oficiais brasileiros, entre eles o Banco do Brasil (BB).

1988 O Pnuma e a Organização Meteo-rológica Mundial criam o Painel In-tergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) para tratar das mudanças climáticas. O Protocolo de Montreal congrega países para banir o uso de clorofluo-rocarbonetos (CFC).

1997 O Protocolo de Quioto estabe-lece compromissos internacio-nais para mitigação do efeito estufa. É criado o modelo de balanço social do Instituto Bra-sileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), no mesmo ano adotado pelo BB.

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6 7Agenda 30 BB

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2003 São estabelecidos os Prin-cípios do Equador como um conjunto de critérios socioambientais adotados mundialmente na análise de produtos financeiros especí-ficos. O BB adere ao Pacto Global e cria sua Carta de Princípios de Responsabili-dade Socioambiental.

2004 O Novo Acordo de Capitais – Basileia II determina novos critérios de requerimento de ca-pital regulamentar que inclui ris-cos ambientais. O BB estabele-ce sua Agenda 21 Empresarial e recebe o Selo Abrinq.

2005 Lançamento do Índice de Susten-tabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo. O BB é listado no ISE, adere aos Princípios do Equador e ao Pacto Nacional pela Erradicação do Tra-balho Escravo e faz seu primeiro relato de informações ao CDP.

2006 São criados os Princípios para o In-vestimento Responsável (PRI, sigla em inglês) com apoio da ONU. O BB elabora seu primeiro relatório de sustentabilidade no modelo da Glo-bal Reporting Initiative (GRI).

2007 O BB se torna membro-funda-dor do Programa Brasileiro GHG Protocol. No mesmo ano, recebe o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça e divulga seu Código de Governança Corporativa.

2009 O Stockholm Resilience Cen-tre, juntamente com um grupo de cientistas internacionais, apresenta os Limites Plane-tários. O BB adere às plata-formas Caring for Climate e Empresas pelo Clima.

2010 O BB é a primeira instituição financei-ra a aderir à plataforma The CEO Wa-ter Mandate. No mesmo ano, adota os Princípios de Empoderamento das Mulheres e, por meio da BB DTVM, adere aos PRI, ambos da ONU. O Banco Nacional de Desenvolvimen-to Econômico e Social (BNDES) e a BM&FBOVESPA (atual B3) lançam o Índice Carbono Eficiente (ICO2), do qual o BB faz parte até hoje.

2012 A Rio+20 cria as bases para os Obje-tivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O BB ingressa na carteira World do DJSI e se alinha, por meio do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, aos Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI, sigla em inglês) da ONU. Recebe ainda o selo do pro-grama Empresa Pró-Ética e adere ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, bem como à Carta Empresarial pelos Direitos Humanos e pela Promoção do Trabalho Decente.

2013 O Acordo de Basileia III entra efe-tivamente em vigor no Brasil em resposta às principais vulnerabi-lidades apresentadas pelo setor bancário durante a crise financei-ra de 2008. O BB é associado ao Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS).

2014 O Banco Central do Brasil (Bacen) edita a Resolução nº 4.327, do Con-selho Monetário Nacional (CMN), que dispõe sobre as diretrizes que devem ser observadas no estabelecimento e na implementação da Política de Res-ponsabilidade Socioambiental (PRSA) pelas instituições financeiras. As Dire-trizes da OCDE para Empresas Multi-nacionais são adotadas pelo BB.

2015 A ONU lança a Agenda 2030 Glo-bal e os ODS. O Financial Stability Board (FSB) cria, a pedido do G20, a Task Force on Climate-related Fi-nancial Disclosures (TCFD) para orientar a avaliação de riscos finan-ceiros relacionados ao clima. O BB lança sua PRSA.

2017 A TCFD publica recomendações para empresas e instituições fi-nanceiras divulgarem informações sobre os impactos financeiros das mudanças climáticas. É aprovada a Agenda 30 BB – Plano de Sus-tentabilidade do Banco do Brasil para o período 2017–2019.

2018 A Agenda 30 BB é revi-sada e atualizada para o período 2019–2021.

2019 O BB é reconhecido pelo Global 100 como o banco mais susten-tável do mundo e o oitavo entre todas as empresas no Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça). O BB é classificado na 2ª posição da carteira World do DJSI no setor Bancos.

1999 Criação do Índi-ce Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI) na Bolsa de Nova Iorque.

2000 A ONU realiza a Cúpula do Milênio, encontro que dá origem aos oito Obje-tivos de Desenvolvimen-to do Milênio (ODM), e lança o Pacto Global. É fundado o Carbon Dis-closure Project (CDP).

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8 9Banco do Brasil Agenda 30 BB

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Ao longo das últimas décadas, os temas socioambientais conquis-taram espaço entre as principais preocupações das lideranças glo-bais. Essa inquietação crescente é visível nas edições anuais do rela-tório sobre riscos globais do Fórum Econômico Mundial (WEF, sigla em inglês). Os riscos relaciona-dos ao meio ambiente estão no topo dos resultados da pesquisa global de percepção de risco do WEF publicada em 2019.

Na percepção dos entrevistados, os eventos climáticos extremos encabeçam a lista de riscos glo-bais. Todos os cinco temas am-bientais que a pesquisa acom-

panha aparecem na categoria de alto impacto e alta probabilidade. Além dos eventos climáticos, são mencionados, entre as ameaças mais prováveis e impactantes, a falha na mitigação e adaptação às mudanças do clima, a perda de biodiversidade e o colapso do ecossistema, os desastres provo-cados por seres humanos e as ca-tástrofes naturais. Questões so-ciais também recebem atenção: a crise hídrica e as migrações in-voluntárias em larga escala estão entre as principais inquietações dos aproximadamente mil espe-cialistas e tomadores de decisão que responderam à pesquisa.

Contexto e Tendências em Sustentabilidade

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Top 5 Riscos por Probabilidade

1. Eventos climáticos extremos 2. Fracasso na mitigação e na adaptação às alterações climáticas3. Grandes catástrofes naturais4. Incidentes massivos de fraude/roubo de dados5. Ataques cibernéticos em grande escala

Riscos Globais

Os temas socioambientais estão no topo dos resultados do relatório sobre riscos globais do Fórum Econômico Mundial. Dos dez maiores riscos em termos de proba-bilidade e impacto, atualmente sete são socioambientais. Dez anos atrás, dos dez maiores riscos nesses termos, sete eram financeiros.

Evolução do Panorama de Riscos – Probabilidade

Top 5 Riscos por Impacto

1. Armas de destruição em massa2. Fracasso na mitigação e na adaptação às alterações climáticas3. Eventos climáticos extremos 4. Crise hídrica 5. Grandes catástrofes naturais

#publica

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

1ºColapso do preço das ações

Colapso do preço das ações

Tempes-tades e ciclones

Grave disparidade de renda

Grave disparidade de renda

Disparidade de renda

Conflito interestatal com consequências regionais

Migração involuntária em larga escala

Eventos climáticos extremos

Eventos climáticos extremos

Eventos climáticos extremos

Desacele-ração da economia chinesa (<6%)

Desacele-ração da economia chinesa (<6%)

InundaçõesDesequilí-brios fiscais crônicos

Desequilí-brios fiscais crônicos

Eventos climáticos extremos

Eventos climáticos extremos

Eventos climáticos extremos

Migração involuntária em larga escala

Desastres naturais

Falha na mitigação e na adaptação às mudanças climáticas

3º Doenças crônicas

Doenças crônicas Corrupção

Aumento da emissão de gases de efeito estufa

Aumento da emissão de gases de efeito estufa

Desempre-go e subem-prego

Colapso da governança nacional

Falha na mitigação e na adaptação às mudanças climáticas

Grandes desastres naturais

Ataques cibernéticos

Desastres naturais

4ºLacunas na governança global

Crises fiscais

Perda de biodiversi-dade

Ataques cibernéticos

Crises de abaste-cimento de água

Mudanças climáticas

Colapso ou crise estatal

Conflito interestatal com consequências regionais

Ataques terroristas em larga escala

Fraude ou roubo de dados

Fraude ou roubo de dados

5º Retração da globalização

Lacunas na governança global

Mudanças climáticas

Crises de abaste-cimento de água

Má gestão governa-mental

Ataques cibernéticos

Desemprego ou subempre-go estruturais elevados

Grandes catástrofes naturais

Grandes incidentes de fraude ou roubo de dados

Falha na mitigação e na adaptação às mudanças climáticas

Ataques cibernéticos

Econômico Ambiental Geopolítico Social Tecnológico

12 Banco do Brasil Agenda 30 BB 13

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Evolução do Panorama de Riscos – Impacto#publica

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

1ºColapso do preço das ações

Colapso do preço das ações

Crises fiscais

Grande falha financeira sistêmica

Grande falha financeira sistêmica

Crises fiscais Crises hídricas

Falha na mitigação e na adaptação às mudanças climáticas

Armas de destruição em massa

Armas de destruição em massa

Armas de destruição em massa

2ºRetração da globalização (desenvolvido)

Retração da globalização (desenvolvido)

Mudanças climáticas

Crises de abastecimen-to de água

Crises de abastecimen-to de água

Mudanças climáticas

Disseminação rápida e maciça de doenças infecciosas

Armas de destruição em massa

Eventos climáticos extremos

Eventos climáticos extremos

Falha na mitigação e na adaptação às mudanças climáticas

Aumento súbito do preço do petróleo e do gás

Aumento súbito do preço do petróleo e do gás

Conflitos geopolíticos

Crises de escassez de alimentos

Desequilí-brios fiscais crônicos

Crises hídricas

Armas de destruição em massa

Crises hídricas Crises hídricas Desastres naturais

Eventos climáticos extremos

4º Doenças crônicas

Doenças crônicas

Colapso do preço das ações

Desequilí-brios fiscais crônicos

Difusão de armas de destruição em massa

Desempre-go e subemprego

Conflito interestadual com con-sequências regionais

Migração involuntária em larga escala

Grandes desas-tres naturais

Falha na mitigação e na adaptação às mudanças climáticas

Crises hídricas

5º Crises fiscais

Crises fiscais

Volatili-dade ex-trema do preço da energia

Extrema volatilidade nos preços de energia e agricultura

Falha na mitigação e adap-tação às mudanças climáticas

Colapso das infraes-truturas de informação críticas

Falha na mitigação e adaptação às mudanças climáticas

Choque severo no preço de energia

Falha na mitigação e adaptação às mudanças climáticas

Crises hídricas Desastres naturais

Econômico Ambiental Geopolítico Social TecnológicoFonte: World Economic Forum 2009–2019, Global Risks Report.Nota: Riscos globais podem não ser exatamente comparáveis ao longo dos anos, tendo em vista que as definições e o conjunto de riscos globais evoluíram de acordo com as novas questões que surgiram nos últimos dez anos. Por exemplo, ataques cibernéticos, disparidade de renda e desemprego entraram no conjunto de riscos globais em 2012. Alguns riscos globais foram reclassificados: crises hídricas e crescimento da disparidade de renda foram recategorizados, primeiramente como riscos sociais e depois como tendências nos Relatórios de Riscos Globais de 2015 e 2016, respectivamente.

14 15Agenda 30 BBBanco do Brasil

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Evolução da Sustentabilidade No cenário atual, “satisfazer as neces-sidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessi-dades” – conceito de desenvolvimento sustentável apresentado em relatório da ONU em 1987 – continua sendo o grande desafio global.

A segunda metade do século 20 foi mar-cada por fatores de crescimento humano, financeiro e tecnológico sem precedentes na história. A expansão acelerada das economias e o aumento do consumo em larga escala alinharam-se à explosão de-mográfica: a população mundial passou de 1,6 bilhão em 1900 para 6,0 bilhões de pessoas no ano 2000 (e deve avançar dos atuais 7,7 para 9,7 bilhões em 2050).

Gradualmente, os impactos desses fato-res despertaram a atenção de governos e organizações internacionais para os riscos ambientais decorrentes de cresci-mento tão veloz. Já na década de 1970, o Clube de Roma, grupo independente

de cientistas, economistas e empresários dedicado à análise de problemas globais, discutia a viabilidade de crescimento eco-nômico contínuo diante da limitação dos recursos naturais.

Essas questões se acentuaram nas déca-das seguintes com a inclusão de pautas socioeconômicas e a preocupação com a pobreza em nível global. Ao mesmo tempo, Eco-92 colocou o Brasil no mapa da sustentabilidade. Na oportunidade, foi divulgada a Agenda 21, documento com um compromisso das nações participan-tes com o objetivo de construir socieda-des sustentáveis em diferentes regiões do planeta, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econô-mica. Em 1995, a Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social reconheceu também a relação entre pobreza, de-gradação ambiental e sustentabilidade.

O movimento ocorreu em sintonia com o conceito de triple bottom line no meio em-presarial, que estimulou as companhias a

O Brasil está entre os 18 países com maiores perdas econômicas decor-rentes de desastres climáticos. Se-gundo estudo apresentado na COP-24, em dezembro de 2018, o País perdeu, nas últimas duas décadas mais de R$ 6,5 bilhões por ano. Em relação ao número de mortes ligado a esse tipo de

evento, o Brasil ocupa a 24ª posição do ranking com média de 145,6 mortes anuais. Para um dos autores do estudo, a situação pode ser ainda pior já que o levantamento não inclui fenômenos como a seca, que causa prejuízos indi-retos, como no abastecimento de água e na agricultura.

Em 2019, o quadro de instabilidade política, associado aos impactos do clima e à perda acelerada de biodiver-sidade, parece apontar um momento difícil em todo o planeta. Os eventos climáticos resultantes do aquecimento global têm causado prejuízos anuais de bilhões de dólares, entre inunda-ções, tempestades, secas e incêndios.

As crescentes iniciativas de mitigação e adaptação são cerceadas por fundos públicos limitados. Por outro lado, há enfraquecimento da economia global, e fatores ambientais e políticos aumen-tam os conflitos no Oriente Médio, na América Central e na África, o que gera migrações em massa.

Panorama de Riscos Globais de 2019

4,0

3,5

2,53,0

3,53,41

Média

Deflação Comércio ilícito

Colapso de infraestruturas críticas

Consequências adversas de avanços tecnológicos

Instabilidade social profunda

Armas de destruição em massa

Ataques cibernéticos

Desastres naturais

Bolhas de ativos nas principais economias

Desastres naturais causados pela atividade humana

Fraude ou roubo de dados

Migrações involuntárias de larga escala

Colapso da governança nacional

Colapso da governança regional ou global

Eventos climáticos extremos

Conflitos interestaduais

Inflação descontrolada

Choque no preço da energia

Colapso de infraestruturas críticas

Desemprego ou subemprego

Colapso ou crises de estados

Colapso dos mecanismos ou das instituições financeiras

Colapso das infraestruturas de informação críticas

Perda de biodiversidade e colapso de ecossistemas

Propagação de doenças infecciosas

Falha na mitigação e na adaptação às mudanças climáticas

Ataques terroristas

Crises fiscais

Crises hídricas

Crises alimentares

3,46Média

4,0

3,0

Impa

cto

Probabilidade4,5

Fonte: WEF, 2019.

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16 Banco do Brasil Agenda 30 BB 17

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Segundo o relatório de tendências para 2019, da consultoria SustainAbility, embora a escala e a complexidade dos desafios de sustentabilidade que en-frentamos sejam assustadoras, há mo-

tivos para otimismo. O relatório aponta cinco tendências, com destaque para liderança e inovação sem precedentes, impulsionadas por cidades, regiões e empresas.

avaliarem seu desempenho não apenas com base em critérios financeiros, como também em aspectos sociais e ambien-tais. O entendimento de que o setor priva-do também tinha uma responsabilidade social – não mais embasada na filantro-pia, e sim relacionada a valores éticos, qualidade de vida no trabalho e respeito às comunidades – emergiu em diversas ações em âmbito internacional, com des-taque para o Pacto Global em 2000.

De forma evolutiva, doações e inves-timento social privado deixaram de ser suficientes para que as empresas de-sempenhassem seu papel na socieda-

de; assim, a governança empresarial passou a integrar os aspectos da susten-tabilidade na estratégia e nos negócios. No início dessa nova onda, os critérios ASG (ambientais, sociais e de governan-ça) serviram para apontar os riscos no processo de avaliação de investimentos – como nos desastres causados por em-presas, que abalam o preço das ações e geram bilhões de prejuízos. Atualmente, são também oportunidades de geração de valor, como no caso dos títulos ver-des (green bonds) e dos financiamentos voltados para infraestrutura de produção de energia limpa.

Tendências em Sustentabilidade

Crise climática: a previsão é de prejuízos gigantescos e de muitas vidas perdidas em ra-zão de eventos climáticos ex-tremos. Resiliência, adaptação

e responsabilidade em relação à falta de infraestrutura adequada devem ser prio-ridades para governos e empresas. O setor privado vai acelerar os investimen-tos para se preparar para os impactos climáticos nas operações diretas e em suas cadeias de suprimentos. As tecno-logias de geoengenharia podem receber mais atenção e investimento.

Poder cidadão: o ativismo liderado por cidadãos mante-rá a pressão sobre governos e empresas para abordar questões sociais e ambien-

tais urgentes. Continuarão a crescer as pressões para que as empresas considerem as mudanças climáticas, o uso de plástico e a equidade de gê-nero. Os clientes, especialmente os jovens, serão cada vez mais fiéis aos negócios que entreguem valor social e ambiental à sociedade.

Ameaças à segurança: ha-verá convergência das agen-das de desenvolvimento geo-político e sustentável com o agravamento das ameaças

econômicas, físicas e digitais. O núme-ro crescente de violações de segurança cibernética e conflitos comerciais de-

vem agravar as tensões geopolíticas e gerar prejuízos. Possível desacelera-ção econômica global pode retardar o progresso em sustentabilidade se as empresas optarem por reduzir seus or-çamentos na área.

Proteção aos ecossistemas: a extinção de espécies e a perda de biodiversidade estão gerando danos profundos aos ecossistemas terrestres e ma-

rinhos. A decisão da China de proibir as importações de plástico e lixo eletrônico no início de 2018 aumentou a pressão para que as empresas reduzam o uso de materiais; em 2016, o país havia im-portado dois terços dos resíduos plásti-cos do mundo. Organizações públicas e privadas enfrentarão expectativas cres-centes de desempenhar papel mais ati-vo na preservação dos ecossistemas.

Nova liderança: devem-se fortalecer a liderança e a am-bição das cidades, dos gover-nos regionais e das empresas, com a contínua diminuição da

confiança nos governos nacionais. A in-certeza na Europa em razão do Brexit e a polarização nos Estados Unidos po-dem reduzir ainda mais a confiança nos sistemas políticos. Os consumidores vão buscar cada vez mais empresas que ajam de acordo com seus valores e defendam ativamente as questões so-ciais e ambientais.

Fonte: SustainAbility, 2019.

#publica

Evolução da Sustentabilidade nas Empresas

18 Banco do Brasil 19Agenda 30 BB

FilantropiaInvestimento Social Privado (ISP)

Sustentabilidade como fator de risco

Sustentabilidade como geração de valor

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Em perspectiva com as conquistas al-cançadas por meio dos ODM, a Agenda 2030 Global para o Desenvolvimento Sustentável foi apresentada pelas Na-ções Unidas durante a Cúpula de De-senvolvimento Sustentável em 2015,

composta pelos 17 ODS e por suas 169 metas. Os novos compromissos foram estabelecidos com base em consulta pública e discussões especializadas, com especial atenção às contribuições das comunidades mais vulneráveis.

Aceitos e aplicáveis a todos os países, os ODS se mostram mais abrangentes que seus antecessores, tanto em seu escopo quanto no engajamento de di-ferentes públicos, inclusive o setor em-presarial. Abordam, em igual dimensão, os fatores sociais, ambientais e eco-nômicos e ampliam o foco de atenção geopolítico, antes voltado aos países em desenvolvimento e agora direciona-do a todas as nações.

As empresas são chamadas a utili-zar sua criatividade e inovação para encontrar soluções para os desafios mundiais – o que, com base em vi-são de sustentabilidade, pode aju-dar a moldar estratégias de negócios alinhadas às prioridades globais. Ao defender o crescimento econômico sustentável, os ODS preveem o incen-tivo a mecanismos que proporcionem um mercado mais justo, especialmente

úteis para os negócios de médio e pe-queno portes. Por outro lado, todo o se-tor produtivo é beneficiado pela iniciativa ao ser considerado parceiro das ações necessárias para o alcance das metas, que também abrem caminho para novas oportunidades de negócios. A agenda proporciona ainda um ambiente propí-cio à produção por meio de mercados regulamentados e sistemas financeiros transparentes e bem administrados.

Por todas essas características, os ODS foram incorporados inclusi-ve pelo mercado de capitais. Para a RobecoSAM (1), os ODS “oferecem uma estrutura útil para ajudar as empresas a direcionar e alinhar seus programas de responsabilidade social com as ne-cessidades econômicas, sociais e am-bientais que a sociedade e os investi-dores mais valorizam”. O questionário de 2017 do DJSI, da Bolsa de Nova Iorque, passou a incentivar as empre-sas a abordarem como estão usando os ODS em sua estratégia e, mais espe-cificamente, como estão medindo seu desempenho e seu impacto com base nos principais indicadores sociais e de negócios. A RobecoSAM orienta que as empresas se concentrem nos ODS que estão próximos do seu core business.

No Brasil, o ISE da B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão (B3) agregou os ODS a seus critérios em 2016. Na 14ª cartei-ra do ISE, em vigor em 2019, 83% das companhias possuem processos defini-dos e em andamento para integração dos ODS às estratégias, às metas e aos resultados almejados.

A PricewaterhouseCoopers (PwC) (2), na pesquisa Make It Your Business: Engaging with the Sustainable Deve-lopment Goals, ranqueou os ODS re-levantes por setor, sendo os seguintes para o setor financeiro:

Trabalho Decente e Crescimento Econômico Indústria, Inovação e Infraestrutura Igualdade de Gênero Ação contra a Mudança Global do Clima Educação de qualidade

Assim, os ODS incentivam as empresas a reduzir os seus impactos negativos en-quanto aumentam a sua contribuição po-sitiva à agenda do desenvolvimento sus-tentável. Trabalhar para o alcance desses objetivos a fim de tornar o mundo melhor para as gerações futuras é uma missão de governos, empresas e sociedade.

(1) HENGERER, Roland. Capitalism Coming of Age: Using the SDGs to Bridge Business Strategy and Social Responsibility. RobecoSAM, janeiro de 2018. Disponível em: https://yearbook.robecosam.com/articles/capitalism-coming-of-age-using-the-sdgs-to-bridge-business-strategy-and-social-responsibility.

(2) PWC. Make It Your Business: Engaging with The Sustainable Development Goals. 2015.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

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20 Banco do Brasil Agenda 30 BB 21

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Os ODS e as Empresas

Iniciativa lançada em Davos em 2016, a Comissão de Desenvolvimento Empre-sarial e Sustentável reuniu líderes de em-presas, finanças, sociedade civil, trabalha-dores e organizações internacionais para mapear as vantagens econômicas obti-das se os ODS forem alcançados e para descrever como o setor empresarial pode contribuir para atingir esses objetivos.

Segundo o relatório Better Business, Better World, publicado pela comissão, os ODS oferecem estratégia de cresci-

mento atraente para o setor empresarial e para a economia mundial, pois abrem oportunidades novas e significativas de mercado. As empresas que antecipam esse futuro nas escolhas estratégicas têm maior probabilidade de prosperar, pois cada vez mais capital será dire-cionado para infraestrutura sustentá-vel. O documento salienta ainda que as incertezas e turbulências decorren-tes dos fracassos do modelo atual de desenvolvimento tornam difícil para as empresas enxergar um caminho para o crescimento e para a prosperidade.

Oportunidade Negocial

Os ODS, se alcançados, indicam um merca-do de, no mínimo, US$ 12 trilhões para o setor privado até 2030, bem mais da metade dele localizado em países em desenvolvimento, e com potencial para ser até três vezes maior. Esse montante representa cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) global previsto para 2030. Alcançar os ODS nos quatro sis-temas econômicos analisados pela comissão – alimentação e agricultura; cidades; energia e materiais; e saúde e bem-estar – poderia criar 380 milhões de novos empregos – qua-se 90% deles em países em desenvolvimen-to. Só o setor de habitação a preços acessí-veis seria responsável por quase um quinto (70 milhões) dessas vagas.

A comissão destacou também a parceria crescente entre sustentabilidade e tecno-logias digitais, inclusive como força trans-formadora em vários setores. “No setor de energia, a combinação de inovação

técnica, boa parte dela digital, e regulação de longo prazo está tornando possíveis a energia limpa e a eficiência energética, o que aumenta rapidamente os desafios ao combustível fóssil em países do mundo todo. Na agricultura, as soluções digitais podem aumentar os rendimentos, reduzir o desperdício de alimentos e transformar o gerenciamento de água.”

Por outro lado, cada vez mais os investi-dores valorizam as empresas que se des-tacam em sustentabilidade. Além disso, os novos empreendimentos estão elaborando as bases dos negócios do futuro associados aos ODS em cinco modelos: compartilha-mento, economia circular, serviços enxutos, big data e empreendimentos sociais. Entre as empresas que aderiram aos ODS da ONU, já existem mais de 30 “unicórnios” (startups cuja avaliação de preço de merca-do supera US$ 1 bilhão).

Oportunidade Negocial

A criação da UNEP FI, em 1992, foi fun-damental para que o setor financeiro aprofundasse sua participação na dis-cussão da sustentabilidade. A Decla-ração Internacional dos Bancos para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável, elaborada pelo novo ór-gão, comprometeu as instituições sig-natárias com os aspectos socioambien-tais de seus negócios.

A Assembleia Geral das Nações Unidas traz em 2019 um novo marco: o lança-

Engajamento do Setor Financeiro

Em 2006, a UNEP FI e o Pacto Glo-bal publicaram os PRI, elaborados por investidores, com o objetivo de con-siderar as questões socioambientais como elementos fundamentais para a geração de valor dos investimentos. No início de 2019, o volume de ativos gerenciados sob os princípios já atingia US$ 83 trilhões, com mais de 2.250 ins-tituições signatárias. A BB DTVM fez a adesão aos PRI em 2010.

Seis anos depois, o mercado de seguros, intrinsicamente envolvido com os riscos socioambientais e de governança, também se posicionou publicamente por meio dos PSI. O documento é um manifesto de as-pirações e serve como plano de ação para aprimorar a gestão de riscos e soluções pelas seguradoras, em consonância com os valores do desenvolvimento sustentá-vel. Em 2012, o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre Brasil adota posiciona-mento em linha com os princípios e, em 2019, com a reestruturação societária des-sa parceria, a BB Seguros endossa os PSI.

mento dos Princípios para Responsabi-lidade Bancária (PRB). Segundo a UNEP FI, os bancos devem ser transparentes e claros sobre como seus produtos e servi-ços criarão valor para os clientes, investi-dores e sociedade. Os novos princípios, alinhados aos ODS e ao Acordo do Clima de Paris, devem ajudar todos os bancos a alinhar suas estratégias de negócios com os objetivos da sociedade. Isso preparará a estrutura para o sistema bancário sus-tentável do futuro e auxiliará a indústria a demonstrar os impactos positivos resul-tantes das atividades e operações.

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22 23Agenda 30 BBBanco do Brasil

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Diversas iniciativas passaram a nortear a atuação dos bancos na busca do desen-volvimento sustentável e no gerenciamen-to de impactos socioambientais. Em 2003, a International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial, criou os Princí-pios do Equador, incorporando a responsa-bilidade socioambiental à concessão de fi-nanciamentos de projetos de grande porte.

Já o Acordo de Capital Basileia II, de 2004, determinou que as instituições de-veriam conferir se as garantias do crédito de seus clientes estavam adequadas em relação à contaminação e à degradação ambiental, inserindo no acordo o risco ambiental, ainda que vinculado apenas

ao caráter legal. Basileia III, por outro lado, respondeu à crise global de 2008 com regulações relacionadas à gover-nança, elevação da qualidade e da quan-tidade do capital regulatório, aperfeiçoa-mento dos fatores para a ponderação de ativos pelo risco, entre outros aspectos.

No Brasil, a regulamentação pioneira nos aspectos socioambientais foi o Protocolo Verde, celebrado pelos bancos oficiais em 1995. A carta de princípios, revisada em 2008, indica a criação de políticas e práticas de inclusão da dimensão am-biental nas operações bancárias. Em 2009, os bancos privados brasileiros tam-bém aderiram ao protocolo.

Oportunidade Negocial

Mediante convite da UNEP FI, a FEBRABAN promoveu levantamento sobre o papel das instituições financeiras na busca pela econo-mia verde. Segundo a pesquisa, conduzida pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV), as ins-tituições participantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN), bem como suas associa-ções de classe, estão engajadas na com-preensão das questões socioambientais e de seus impactos.

Como resultado dessa parceria, em 2015, foi publicada a primeira edição do estudo

Mensurando Recursos Financeiros Aloca-dos na Economia Verde, que anualmente apresenta os montantes totais de finan-ciamentos para setores representativos da economia verde e para setores cujas ativi-dades são potencialmente causadoras de impactos ambientais. Em 2017, as 15 maio-res instituições do Brasil liberaram R$ 412,3 bilhões para a economia verde, 27,6% de toda a carteira de empréstimos dessas ins-tituições para pessoas jurídicas. O montan-te representou aumento de 33,4% na com-paração com o ano anterior (3).

Em 2014, o Bacen publicou a Resolução CMN nº 4.327 com diretrizes para a im-plementação da PRSA pelas instituições financeiras no País. Entre os requisitos estipulados pela normativa, está a consi-deração dos riscos socioambientais com a criação de mecanismos para gerencia-mento e registros de perdas efetivas em razão de danos socioambientais. Em feve-reiro de 2017, foi publicada a Resolução CMN nº 4.557, que dispõe sobre a estrutu-ra e o gerenciamento integrado de riscos, o que inclui o Risco Socioambiental.

Com atuação intersetorial, a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), prin-cipal representante do setor bancário nacional, tem mantido o setor na van-guarda das práticas de sustentabilidade, trabalhando eixos relacionados a trans-parência, compliance e incentivo à eco-nomia verde. Para seguir o estabelecido pelo Bacen, a Federação também publi-cou em 2014 o normativo de Autorregu-lação SARB 014/2014, que formalizou diretrizes e procedimentos fundamentais para as práticas socioambientais dos seus signatários nos negócios e nas re-lações com as partes interessadas.

Compromissos e Regulamentações

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(3) FEBRABAN. O Sistema Financeiro e a Sustentabilidade: Mensurando Recursos Financeiros Alocados na Economia Verde. São Paulo, agosto de 2018. Disponível em: https://cmsportal.febraban.org.br/Arquivos/documentos/PDF/MENSURA%C3%87%C3%83O%20DE%20RECURSOS%20-%20AGOSTO%202018.pdf.

24 Banco do Brasil 25Agenda 30 BB

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Tendências em Sustentabilidade – Serviços Financeiros

Coalizões fortes, como os Princípios para Responsabilidade Ban-cária (PRB) e a US Alliance for Sustainable Finance, devem trazer ação, engajamento e resultados para o setor financeiro. As institui-ções serão pressionadas para se unirem a essas parcerias.

Os bancos gradualmente começarão a implementar as recomenda-ções da Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD) à medida que aprenderem como avaliar e divulgar o risco climático. Gestores de ativos, investidores e bancos continuarão a envolver as empresas do portfólio em tópicos prioritários, como clima e gênero.

Deve aumentar o volume de produtos com critérios ASG e haver maior transparência em relação aos impactos desses produtos.

O setor financeiro continuará impulsionando ações sobre temas como capitalismo inclusivo, mudanças climáticas, com-bate à violência armada e diversidade.

Consolida-se o uso de critérios ASG (ambientais, sociais e de governança) nas tomadas de decisão do setor financeiro.

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A FEBRABAN também tem desempe-nhado papel importante na orientação dos bancos brasileiros para atender às prerrogativas da TCFD. A força-tarefa surgiu como iniciativa do FSB a pedido dos ministros de finanças do G20 para estudar sobre como o setor financeiro pode levar em conta os aspectos re-lacionados às mudanças climáticas. Dessa forma, a TCFD desenvolve reco-mendações de relato mais efetivas para questões climáticas a fim de promover informação para as decisões de investi-mento, crédito e asseguração.

A metodologia da TCFD apresenta qua-dro de relato sobre os impactos financei-ros decorrentes de riscos climáticos de transição e físicos. Esse relato requer que as organizações amadureçam a incor-poração de aspectos climáticos em sua estrutura, desde o nível estratégico (ela-boração de modelo de negócio e posicio-namento no mercado) até a sua gestão (adoção de metas baseadas em ciência).

Em tese, tais informações permitem que as partes interessadas possam entender melhor a concentração de ativos emisso-res de Gases de Efeito Estufa (GEE) no setor financeiro e, consequentemente, a exposição do sistema financeiro aos ris-cos climáticos.

De modo geral, a TCFD busca fomen-tar que as organizações explorem os riscos e as oportunidades decorrentes das mudanças climáticas, que conside-rem cenários para a tomada de decisão e estabeleçam metas e métricas para orientar a gestão das emissões.

A Marsh & McLennan Companies elen-ca os principais desafios das organiza-ções em adotar as recomendações de relato climático da TCFD: Garantia de apoio da liderança para aprimoramento do relato Revisão dos processos de avaliação de riscos Aplicação de análise de cenário à mu-dança climática

Fonte: SustainAbility, 2019.

26 Banco do Brasil 27Agenda 30 BB

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#publica

Estratégia da SustentabilidadeBB

02

Incorporamos os princípios da

sustentabilidade nos negócios

e nas práticas administrativas

Atuamos em linha com as melho-res práticas mundiais de susten-tabilidade corporativa e focamos a criação de valor para os nossos públicos de relacionamento

Desde nossa fundação, somos uma em-presa com forte papel na construção e no desenvolvimento do País. Assim, de forma ativa e transparente, conciliamos a competitividade empresarial com a responsabilidade socioambiental.

Nosso primeiro Plano de Sustentabilida-de foi elaborado em 2005 e intitulado, à época, Agenda 21 BB, em sintonia com a Agenda 21 global, lançada na Confe-rência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Eco-92). Desde então, o plano tem como objetivo principal aprimorar nossos negócios e processos, em alinhamento às melhores práticas mundiais e contribuindo para que a sustentabilidade permeie todas as nossas atividades.

Dada a complexidade e a competitivi-dade do atual ambiente de negócios, o setor financeiro precisa estar atento à inovação, antecipando e gerenciando os riscos e as oportunidades futuras de modo que gere valor no longo prazo. As-sim, trabalhamos em processo contínuo de aprimoramento do tema.

Revisado a cada dois anos, o Plano de Sustentabilidade tem como característi-ca o engajamento de nossas lideranças com o tema, o que influencia de forma transversal nossa estratégia e nossos negócios. Ordenado em desafios em sustentabilidade, desdobra-se em com-promissos relacionados aos desafios mapeados com base na avaliação de tendências nacionais e internacionais de sustentabilidade, em índices de mercado e nas demandas da sociedade em geral.

Em 2016, realizamos o sexto (4) ciclo de atualização do Plano de Sustentabilidade, que, a partir do ano seguinte, passou a ser denominado Agenda 30 BB, em alinha-mento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento re-flete as premissas da Agenda 2030 global e atende ao chamado internacional para a construção de um mundo direcionado por gestão adequada dos recursos naturais, respeito aos direitos humanos e geração de resultados sustentáveis.

Dessa forma, demonstramos nosso ali-nhamento às tendências da gestão in-tegrada e à importância de nosso papel transformador no oferecimento de pro-dutos e serviços, na promoção da transi-ção para uma economia verde e inclusi-va e na ampliação de nossa atuação em busca de criação de valor.

(4) Como parte do processo de atualização, realizamos amplo processo de consulta aos nossos públicos de relacionamento, com a participação de 7.145 stakeholders, entre os quais 7.117 participaram de consulta on-line e 28 foram entrevistados. Essa expressiva adesão dos convidados permitiu que fossem capturadas contribuições importantes para o processo.

Agenda 30 BB 2928

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Revisão dos desafios:avaliação de tendências e demandas de sustentabilidade.

Realização do VII Workshop Sustentabilidade com a presença de representantes da alta administração do Banco do Brasil (BB) e das Entidades Ligadas ao Banco do Brasil (ELBB), em que foram apresentados o resultado da Matriz de Materialidade e a proposta de indicadores e metas que promovam o alcance aos desafios para os próximos três anos.

Comunicação semestral ao Conselho DiretorComunicação anual ao Conselho de AdministraçãoComunicação anual aos stakeholders por meio do Relatório Anual

Resultado: aprovação pelo Conselho Diretor das ações, dos indicadores e das metas da Agenda 30 BB 2019–2021.

Resultado: o público interno avaliou o conjunto de desafios e propôs ajustes e redefinição na priorização de alguns deles.

Processo de análise:avaliação do processo de materialidade realizado em 2016 e dos desafios em sustentabilidade elencados nesse processo; análise de documentos internos, setoriais e benchmarking; e análise e alinhamento com a EstratégiaCorporativa Banco do Brasil 2019–2023.

01Revisão da Matriz de Materialidade

0235º Fórum de Sustentabilidade BB

03VII Workshop Sustentabilidade

04Prestação de contas

Validação dos desafios em sustentabilidade e proposição e priorização de ações para a Agenda 30 BB 2019–2021, pelos executivos no 35º Fórum de Sustentabilidade BB.

A atualização das ações constantes da Agenda 30 BB é um processo sistemático que envolve toda a organização e nossos principais públicos de relacionamento

2019–2023), de estudos e benchmarking setoriais e da análise de índices de mer-cado, com o objetivo de orientar a cons-trução do novo Plano de Sustentabilidade – Agenda 30 BB 2019–2021.

Com base nas conquistas e nos avanços obtidos em 2016, os principais tópicos econômicos, sociais e ambientais foram reavaliados em 2018, sob a ótica da Estra-tégia Corporativa Banco do Brasil (ECBB

A Construção de um Novo Plano de Sustentabilidade

3130 Banco do Brasil Agenda 30 BB

O processo de revisão também considerou as diretrizes da Global Reporting Ini-tiative (GRI), dando importância ao contexto de sustentabilidade na definição de temas mais relevantes para nortear a nossa gestão e o relato.

Para esse ciclo, foram desenvolvidas as seguintes etapas:

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Organizações possuem uma ampla gama de questões econômicas, sociais e ambientais que precisam ser geridas com vistas a evitar, mitigar e/ou reduzir possíveis impactos na geração de valor, tanto para o negócio quanto para a so-ciedade. A decisão de dar maior foco a essas questões pode ser orientada por um processo de materialidade.

Em 2018, verificou-se que os desafios em sustentabilidade identificados no processo de materialidade de 2016 continuavam pertinentes. Foi neces-sário refinamento com base nos cri-térios similaridade dos temas e ajuste de redação.

No 35º Fórum de Sustentabilidade BB, os desafios em sustentabilidade foram revistos por nossos Gerentes Execu-tivos, o que possibilitou eventuais ele-vações ao status de material. Dos 21 desafios elencados, 11 foram conside-rados relevantes.

Tema material

Tema promovido a material

Outros temas geridos e monitorados

Desafio 1: Alinhar a governança do Banco do Brasil às melhores práticas a fim de reforçar o papel da alta administração na estratégia de sustentabilidade.

Desafio 2: Identificar e gerenciar os riscos não financeiros e/ou emergentes de médio e longo prazos que possam impactar significativamente os negócios do Banco do Brasil.

Desafio 3: Identificar as inovações no setor financeiro (modelos de negócios e tecnologias) e se antecipar às tendências a fim de garantir a perenidade e a longevidade do Banco do Brasil.

Desafio 4: Aprimorar a gestão do relacionamento com o cliente e aumentar os índices de satisfação e retenção.

Desafio 5: Aprimorar a gestão da estratégia fiscal do Banco do Brasil, com foco na governança, nos riscos de tributação e na transparência.

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Impacto

governança corporativa

capital humano

economia verde

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Os desafios que abordam

foram os mais relevantes no ciclo

Matriz de Materialidade

Desafio 6: Reforçar as iniciativas do Banco do Brasil em prol do desenvolvimento produtivo, do empreendedorismo e da promoção da inclusão social e financeira, contemplando os negócios sociais.

Desafio 7: Fortalecer a gestão do tema sustentabilidade nas ELBB.

Desafio 8: Aprimorar o papel do Banco do Brasil como orientador para a educação financeira.

Desafio 9: Garantir maior proporcionalidade da representatividade de gênero e raça em todos os níveis hierárquicos do Banco do Brasil.

Desafio 10: Reforçar ações de educação e sensibilização em sustentabilidade para o público interno e a sociedade.

Desafio 11: Aprimorar o modelo de remuneração variável dos funcionários, inclusive da alta administração, ampliando os critérios socioambientais e contemplando o desempenho individual.

Desafio 12: Reforçar a atuação do Banco do Brasil em relação ao capital humano, contemplando a gestão de saúde, segurança e bem-estar, o desenvolvimento e a retenção de talentos.

Desafio 13: Fortalecer a atuação do Banco do Brasil em relação ao tema ética e às práticas de combate à corrupção, de atos ilícitos e de lavagem de dinheiro.

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Desafio 14: Desenvolver soluções financeiras e modelos de negócios que promovam a transição para uma economia verde e inclusiva.

Desafio 15: Aprimorar a governança e a gestão dos riscos e das oportunidades relacionadas às questões climáticas.

Desafio 16: Aprimorar o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e as práticas de ecoeficiência na busca pela redução da pegada ecológica do Banco do Brasil.

Desafio 17: Aprimorar a gestão do risco socioambiental na cadeia de fornecedores, na concessão de crédito, nos financiamentos, em investimentos próprios e na gestão de ativos de terceiros, considerando também os assuntos polêmicos.

Desafio 18: Desenvolver processo de due diligence socioambiental (inclui direitos humanos e práticas trabalhistas) para avaliar os impactos das operações e relações comerciais do Banco do Brasil.

Desafio 19: Aprimorar as práticas de gestão e de relato do Banco do Brasil sobre o desempenho em sustentabilidade.

Desafio 20: Aprimorar a integração entre o Investimento Social Privado e a estratégia de negócios.

Desafio 21: Garantir a transparência na comunicação e na comercialização de produtos e serviços.

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32 Banco do Brasil32 33Agenda 30 BB

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Alinhar a governança do Banco do Brasil (BB) às melhores práticas a fim de reforçar o papel da alta administração na estratégia de sustentabilidade.

A governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais or-ganizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas e envolve os relacio-namentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fis-calização e controle e demais partes interessadas. Por isso, é fundamental o aprimoramento desses sistemas em

assuntos estratégicos para a organiza-ção e em linha com seus objetivos de longo prazo. O papel da alta administra-ção na estratégia de sustentabilidade é fundamental para guiar as decisões na direção do desenvolvimento sustentá-vel, alinhando prioridades de sustenta-bilidade ao modelo de gestão e desem-penho dos negócios a fim de promover a visão de longo prazo no planejamento estratégico e integrar a temática sus-tentabilidade na estratégia de riscos e incentivos. É importante que esteja cla-ra a estrutura de governança para sus-tentabilidade dentro da organização, incluindo os comitês do mais alto órgão de governança e também os responsá-veis pelo assessoramento do conselho. O mais alto órgão de governança e executivos seniores devem ser ca-pazes de compreender, discutir e responder eficazmente aos impactos econômicos, ambientais e sociais (5).

(5) Fonte: Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Diretrizes da GRI, Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI).

Prosperidade

Os desafios da Agenda 30 BB estabelecidos para o período 2019–2021 estão estruturados sobre os cinco pilares dos ODS (Prosperidade, Parceria, Pessoas, Planeta e Paz).

Riscos e oportunidades estão relaciona-dos aos principais impactos da organiza-ção sobre a sustentabilidade e seus efei-tos para os públicos de relacionamento, inclusive sobre direitos previstos na le-gislação nacional e em normas interna-cionalmente reconhecidas. É importante que a organização tenha uma abordagem definida para priorização desses riscos e dessas oportunidades, além de conhe-cer o progresso nos seus processos de gestão, avaliando os resultados obtidos.

A incorporação de um modelo de gestão de riscos emergentes dentro de uma organização ajuda a reduzir incertezas e diminuir a volatilidade de receitas, o que aumenta a confiança de investidores e outros stakehol-ders. Nesse sentido, as atividades en-volvidas na gestão de riscos devem ser compatíveis às diretrizes e práticas sus-tentáveis, o que contribui para a longevi-dade da organização e para a tomada de decisões estratégicas de forma tempes-tiva. Também devem ser consideradas perspectivas de longo prazo, mecanis-mos de governança, desempenho finan-ceiro, relevância para a estratégia orga-nizacional, vantagem competitiva, metas e desempenho. Uma das abordagens de gestão que a organização pode dar aos seus riscos é considerar o princípio da precaução a fim de mitigar a possibilida-de de os riscos ocorrerem. Ações reali-zadas para influenciar o comportamen-to de clientes, empresas controladas e parceiros de negócios também devem ser acompanhadas para evitar possíveis riscos em toda a cadeia de valor (6).

Identificar e gerenciar os riscos não financeiros e/ou emergentes de médio e longo prazos que possam impactar significativamente os negócios do Banco do Brasil.

(6) Fonte: Diretrizes da GRI, ISE, DJSI e Guia de Orientação para Gerenciamento de Riscos Corporativos do IBGC.

Banco do Brasil Agenda 30 BB 3534

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Identificar as inovações no setor financeiro (modelos de negócios e tecnologias) e se antecipar às tendências a fim de garantir a perenidade e a longevidade do Banco do Brasil.

Inovações tecnológicas podem ser apli-cadas em várias áreas da organização, o que traz inúmeros benefícios. Redesenho de processos, mudanças operacionais, conversões e modernizações de equi-pamentos podem alterar por completo a

forma como a empresa se relaciona com seus mais variados públicos. Relaciona-mento com clientes e geração de produ-tos e serviços são áreas em que inova-ções tecnológicas são muito bem-vindas uma vez que, por meio de inovações, são desenvolvidos produtos e serviços diferenciados, modernos e adaptados às necessidades dos clientes, atendendo às demandas de mercado com maior efi-ciência. Nem todas as tendências, vale ressaltar, estão relacionadas a inovações tecnológicas. Elas podem estar ligadas a práticas de mercado e a mudanças no modelo de negócio, caso do crowdfunding (financiamento coletivo) e do desenvolvi-mento de ferramentas para economias colaborativas. Estar atento às possíveis mudanças do mercado garante às or-ganizações maior capacidade de so-brevivência no longo prazo (7).

Dados e ferramentas de gerenciamen-to de relacionamento com o cliente for-necem informações relevantes, opor-

Aprimorar a gestão do relacionamento com o cliente e aumentar os índices de satisfação e retenção.

(7) Fonte: Diretrizes da GRI e DJSI. (8) Fonte: Diretrizes da GRI, ISE e DJSI.

tunas e abrangentes que, analisadas atentamente, proporcionam um servi-ço personalizado de alta qualidade, o que aumenta a satisfação e, portanto, a retenção do cliente. Relações bem estruturadas levam ao aumento da fi-delidade do cliente. Considera-se que um consumidor retido é mais rentável, exige menos serviço, fornece mais negócios e contribui para a aquisição de novos clientes, assim, oferece refe-rências positivas. Portanto, deve-se monitorar a satisfação do cliente e relatar os resultados de pesquisas.

Muitas pessoas ainda não têm acesso aos serviços financeiros básicos, tais como seguros ou serviços bancários. Por meio de serviços como o microsseguro ou o microfinanciamento, as instituições financeiras podem estender suas ofer-tas para alcançar clientes de baixa ren-da, o que traz maior inclusão social e representa oportunidades para o setor. Essas iniciativas geram uma economia local estável, atendem às necessidades sociais e facilitam o desenvolvimento local sustentável, o que favorece também os negócios da organização pelo aumento da base de clientes potenciais. Serviços assim também suprem a necessidade dos investidores que buscam, além de rentabi-lidade financeira, o comprometimento com o desempenho socioeconômico. É neces-sário estabelecer indicadores de monito-ramento das ações das companhias em prol da inclusão financeira e social e apre-sentar periodicamente o desempenho das ações à alta administração (8).

Reforçar as iniciativas do Banco do Brasil em prol do desenvolvimento produtivo, do empreendedorismo e da promoção da inclusão social e financeira, contemplando os negócios sociais.

Parceria

Banco do Brasil Agenda 30 BB 3736

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#publica

Aprimorar o modelo de remuneração variável dos funcionários, inclusive da alta administração, ampliando os critérios socioambientais e contemplando o desempenho individual.

Como parte de uma estrutura de atração e retenção de talentos de uma organi-zação, processos predefinidos de ava-liação de desempenho e remuneração devem ser desenvolvidos para todos os níveis de funcionários. A remuneração variável deverá estar vinculada ao de-sempenho individual e ao da companhia, devendo refletir os níveis de responsa-bilidade dentro da organização, sendo aplicada de forma diferenciada entre os grupos de funcionários. É fundamental incorporar metas socioambientais aos programas de incentivo de longo prazo a fim de garantir que os interes-ses da organização estejam alinhados aos princípios de sustentabilidade (10).

(9) Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).(10) Fonte: DJSI.

(11) Fonte: Diretrizes da GRI, ISE e DJSI.(12) Fonte: DJSI e Relatório Anual 2018 do BB.

O desempenho de uma organização em saúde e segurança ocupacional tem impacto direto sobre os custos do trabalho, na produtividade dos funcio-

Reforçar a atuação do Banco do Brasil em relação ao capital humano, contemplando a gestão de saúde, segurança e bem-estar, o desenvolvimento e a retenção de talentos.

nários e na sua reputação. É primordial que as empresas tenham uma estrutura de gestão de saúde e segurança ocupa-cional que avalie os riscos e problemas de saúde dos funcionários e atue para mitigá-los ou resolvê-los. Além disso, é importante que as empresas capa-citem seus funcionários sobre o tema, buscando minimizar riscos de saúde e segurança associados ao trabalho. Ao mesmo tempo, programas de bem-es-tar, preparação para a aposentadoria, reconhecimento e desenvolvimento de talentos bem formulados e gerenciados trazem para a organização um ambiente de trabalho saudável, harmonioso e de-safiador, o que contribui para o aumento da satisfação, motivação e realização profissional dos funcionários (11).

empresa no processo de disseminação de seus valores e princípios, é fundamental para a atuação sustentável da organiza-ção definir e aprimorar mecanismos que busquem reforçar o compromisso dos funcionários e evitar desvios de conduta. É esperado que as organizações sejam transparentes quanto à divulgação de políticas e processos que previnam ca-sos de corrupção e práticas antiéticas, assim como os eventuais atos ilícitos. Na prevenção à lavagem de dinheiro, os procedimentos definidos por órgãos regu-ladores demandam permanentes ajustes de procedimentos e de sistemas informa-tizados, além de ações de comunicação e capacitação dos funcionários (12).

Fortalecer a atuação do Banco do Brasil em relação ao tema ética e às práticas de combate à corrupção, de atos ilícitos e de lavagem de dinheiro.

Como o Código de Ética e as Normas de Conduta são instrumentos relevantes da

Garantir maior proporcionalidade da representatividade de gênero e raça em todos os níveis hierárquicos do Banco do Brasil.

PessoasO estabelecimento de um padrão de representatividade da sociedade local em termos de gênero e raça permite o surgimento de oportunidades similares a todos os funcionários da organização. A diversidade no local de trabalho pode ter um impacto positivo por meio de satisfação, atração e reten-ção de talentos, na inovação em pro-dutos e serviços e na comunidade. A diversidade pode impactar também a reputação e a valorização da marca da organização uma vez que esta pode ser vista por seus públicos de relacio-namento como uma organização que valoriza a integridade e as práticas em-presariais éticas (9).

Banco do Brasil Agenda 30 BB 3938

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#publica

(14) Fonte: Diretrizes da GRI, ISE, DJSI, PRI e Resolução CMN nº 4.327.

Aprimorar a gestão do risco socioambiental na cadeia de fornecedores, na concessão de crédito, nos financiamentos, em investimentos próprios e na gestão de ativos de terceiros, considerando também os assuntos polêmicos.

Ao engajar sua cadeia de valor, pro-movendo a capacitação e a dissemi-nação de práticas sustentáveis, uma companhia possibilita a otimização de seus resultados em prol da sustentabi-lidade e evita danos à sua reputação. Para tal, ela deve possuir processos e procedimentos implementados para a aplicação de critérios socioambientais na identificação, no mapeamento, na análise de riscos, no acompanhamen-to, na due diligence e na gestão de seus fornecedores críticos por meio de planos de ação.

(13) Fonte: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e Iniciativa Economia Verde (IEV, ou Green Economy Initiative – GEI).

Economia verde e inclusiva é aquela que resulta em melhoria do bem-estar

Planeta

Desenvolver soluções financeiras e modelos de negócios que promovam a transição para uma economia verde e inclusiva.

humano e da igualdade social ao mes-mo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e a escassez ecos-sistêmica. Três são as características principais da economia verde e inclusi-va: ser pouco intensiva em carbono, ser eficiente no uso de recursos naturais e ser socialmente inclusiva. Ao fomentar a economia verde, as instituições fi-nanceiras devem avaliar os riscos e as oportunidade negociais, ou seja, desenvolver produtos e serviços que ajudem a mitigar riscos socioam-bientais, oferecendo retorno para os negócios. Para isso, é necessário que fatores essenciais ligados às questões ASG (ambientais, sociais e de gover-nança) passem a ser considerados nas análises e decisões econômicas (13).

Também como provedoras de capital, as instituições financeiras causam impactos positivos ou negativos no meio ambiente e na sociedade e são cada vez mais cobradas pela socie-dade civil e por outros públicos de relacionamento sobre a considera-ção de parâmetros socioambientais em sua estratégia de negócios.

Para que a instituição entenda completa-mente os riscos envolvidos nas diferentes operações, é necessário que ela integre os impactos no ecossistema (biodiversi-dade) e na sociedade em seu modelo de riscos e negócios. A Resolução nº 4.327 do Conselho Monetário Nacional (CMN), de 25 de abril de 2014, dispõe sobre as diretrizes que devem ser observadas no estabelecimento e na implementação da Política de Responsabilidade Socioam-biental (PRSA) pelas instituições finan-ceiras. A resolução prevê ainda que a PRSA deve estabelecer diretrizes sobre as ações estratégicas relacionadas à sua governança, inclusive para fins de geren-ciamento do risco socioambiental.

Na gestão de recursos de terceiros, o capital é investido em uma ampla varie-dade de classes de ativos. Os Princí-pios para o Investimento Responsável (PRI), com o apoio da ONU, trouxeram maior clareza para a relevância finan-ceira dos temas ASG, fornecendo um modelo para que a comunidade mun-dial de investimento contribua com o desenvolvimento de um sistema finan-ceiro mais estável e sustentável.

As instituições financeiras podem en-frentar sérios riscos de reputação por não possuírem diretrizes sólidas quan-to ao financiamento de atividades de alto impacto socioambiental ou à co-mercialização de produtos ou serviços considerados polêmicos. Para confe-rir maior credibilidade à instituição e diminuir seus riscos de reputação, é preciso que tais temas sejam geren-ciados de forma transparente e que as diretrizes de sustentabilidade e de assuntos polêmicos garantam o efetivo alinhamento com tendências e preocu-pações atuais da sociedade (14).

Banco do Brasil Agenda 30 BB 4140

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Pilar Prosperidade

Desafio 1:Alinhar a governança do Banco do Brasil às melhores práticas a fim de reforçar o papel da alta administração na estratégia de sustentabilidade.

Indicador: Proposição de avaliação periódica independente do Conselho de Ad-ministração (CA).

Prazo: 31/12/2019.

Indicador: Estudo de revisão da composição do Conselho de Administração para verificar a possibilidade de aumento do percentual de membros independentes.

Prazo: 31/12/2020.

Plano de Sustentabilidade – Agenda 30 BB 2019–2021 O Plano de Sustentabilidade – Agenda 30 BB 2019–2021 conta com 50 ações e 86 indicadores, vinculados aos 21 desafios elencados, que impactam positivamente a agenda global do desenvolvimento sustentável com a contribuição aos ODS e às metas do Acordo de Paris.

A seguir destacamos os indicadores não confidenciais e vinculados aos desafios considerados relevantes.

Indicador: Apresentação de estudo dos riscos emergentes de longo prazo com impacto nos negócios do BB no Fórum de Sustentabilidade.

Prazo: 30/06/2019.

ODS impactado:

Desafio 2:Identificar e gerenciar os riscos não financeiros e/ou emergentes de médio e longo prazos que possam impactar significativamente os negócios do Banco do Brasil.

ODS impactado:

Desafio 3:Identificar as inovações no setor financeiro (modelos de negócios e tec-nologias) e se antecipar às tendências a fim de garantir a perenidade e a longevidade do Banco do Brasil.

Indicador: Apresentação de proposta de modelo de relacionamento com startups.

Prazo: 31/12/2019. Indicador: Apresentação de estudo de análise de viabilidade de implementação de plataforma que possibilite a interação entre investidores e projetos sustentáveis, em um modelo de crowdfunding ou startups no Fórum de Sustentabilidade.

Prazo: 30/06/2020.

ODS impactados:

Banco do Brasil Agenda 30 BB 4342

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Page 23: Agenda 30 BB · 2020-04-08 · O BB vem participando das principais ações em apoio ao desenvolvimento sustentável Como Chegamos Até Aqui 01 A Sustentabilidade no Tempo 1972 O

ODS impactado:

ODS impactado:

Indicador: Apresentação de reporte das iniciativas implementadas para o público PF Varejo e Private, Atacado PJ, MPE e Setor Público.

Prazo: contínuo anual (31/12/2019, 31/12/2020 e 31/12/2021).

Desafio 4:Aprimorar a gestão do relacionamento com o cliente e aumentar os índices de satisfação e retenção.

Pilar Parceria

Desafio 6:Reforçar as iniciativas do Banco do Brasil em prol do desenvolvimento produtivo, do empreendedorismo e da promoção da inclusão social e financeira, contemplando os negócios sociais.

Indicador: Apresentação de estudo de viabilidade de financiamento de projetos para eficiência no uso de recursos naturais por meio do MPO.

Prazo: 31/12/2019.

ODS impactados:

Acordo de Paris:NDC Brasil

Pilar Pessoas

Desafio 9:Garantir maior proporcionalidade da representatividade de gênero e raça em todos os níveis hierárquicos do Banco do Brasil.

Indicador: Ampliação do percentual de mulheres em cargos de gerência.

Prazo: contínuo anual (31/12/2019, 31/12/2020 e 31/12/2021).

ODS impactados:

Desafio 11:Aprimorar o modelo de remuneração variável dos funcionários, inclusive da alta administração, ampliando os critérios socioambientais e contem-plando o desempenho individual.

Indicador: Aumento do percentual de funcionários abrangidos pelo uso sistemático de metas mensuráveis acordadas com o superior direto com impacto na recompensa.

Prazo: contínuo anual (31/12/2019, 31/12/2020 e 31/12/2021).

Indicador: Aumento do percentual de funcionários abrangidos pela avaliação de desempenho multidimensional com impacto na recompensa.

Prazo: contínuo anual (31/12/2019, 31/12/2020 e 31/12/2021).

Banco do Brasil Agenda 30 BB 4544

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Desafio 12:Reforçar a atuação do Banco do Brasil em relação ao capital humano, con-templando a gestão de saúde, segurança e bem-estar, o desenvolvimento e a retenção de talentos.

Indicador: Aumento do percentual de funcionários engajados na pesquisa de engajamento.

Prazo: contínuo anual (31/12/2019, 31/12/2020 e 31/12/2021).

Indicador: Aumento da cobertura da pesquisa de engajamento.

Prazo: contínuo anual (31/12/2019, 31/12/2020 e 31/12/2021).

Indicador: Contratação da verificação externa independente de saúde, segurança e bem-estar.

Prazo: 30/06/2020.

Indicador: Apresentação de relatório do processo de verificação emitido por um terceiro independente.

Prazo: 31/12/2020.

ODS impactado:

Desafio 13:Fortalecer a atuação do Banco do Brasil em relação ao tema ética e às práticas de combate à corrupção, de atos ilícitos e de lavagem de dinheiro.

Indicador: Disponibilização de conteúdo específico sobre Código de Ética e Nor-mas de Conduta para compartilhamento com fornecedores.

Prazo: 31/12/2019.

ODS impactado:

Pilar Planeta

Desafio 14:Desenvolver soluções financeiras e modelos de negócios que promovam a transição para uma economia verde e inclusiva.

Indicador: Apresentação de estudo de viabilidade da implementação de nova(s) solu-ção(es) financeira(s) que promovam a transição para uma Economia Verde e Inclusiva.

Prazo: 31/12/2019.

Indicador: Implementação de nova(s) solução(es) financeira(s) proposta(s).

Prazo: 30/06/2020.

ODS impactados:

Acordo de Paris:NDC Brasil

Banco do Brasil Agenda 30 BB 4746

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Page 25: Agenda 30 BB · 2020-04-08 · O BB vem participando das principais ações em apoio ao desenvolvimento sustentável Como Chegamos Até Aqui 01 A Sustentabilidade no Tempo 1972 O

Indicador: Avaliação de atributos ou oferta de condições negociais diferenciadas para produtos/serviços voltados à transição para uma economia verde.

Prazo: 31/12/2019.

Indicador: Implementação de atributos ou condições negociais diferenciadas para produtos/serviços voltados à transição para uma economia verde.

Prazo: 30/06/2021.

ODS impactados:

Acordo de Paris:NDC Brasil

Indicador: Incorporação dos dados de perdas por rating socioambiental no processo de precificação das operações de crédito.

Prazo: 31/12/2019.

Indicador: Revisão do questionário socioambiental incluindo análise por setor e por cliente para avaliar exposição ao risco socioambiental das operações de crédito/finan-ciamento e impacto no limite de crédito do cliente.

Prazo: 31/12/2019.

Indicador: Publicação das Diretrizes BB de Sustentabilidade para o Crédito revisadas.

Prazo: contínuo anual (31/12/2019, 31/12/2020 e 31/12/2021).

Indicador: Publicação das Diretrizes Socioambientais para Assuntos Polêmicos revisadas.

Prazo: 30/06/2020.

ODS impactados:

ODS impactados:

Desafio 17:Aprimorar a gestão do risco socioambiental na cadeia de fornecedores, na concessão de crédito, nos financiamentos, em investimentos próprios e na gestão de ativos de terceiros, considerando também os assuntos polêmicos.

Banco do Brasil Agenda 30 BB 4948

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Contribuição da Agenda 30 BB aos ODS

O Banco do Brasil, ao desenvolver e aprimorar negócios e práticas administrativas relacionadas à sustentabilidade corporativa, confirma o seu compromisso com os objetivos globais da sociedade. Assim, apresentamos um resumo quantitativo das ações da Agenda 30 BB que impactam positivamente os ODS.

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4 ações

4 ações

5 ações

5 ações

4 ações

4 ações

2 ações

1 ação

1 ação

2 ações

7 ações

9 ações

12 ações

13 ações

22 ações

5150 Banco do Brasil Agenda 30 BB

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