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Agenda Digital: Telefones inteligentes e telecomandos ...ulisses.sibul.ul.pt/cde/docs/AgendaDigitalTelefones.pdfuma vida digna, autónoma e de alta qualidade é um dos principais objectivos

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Page 1: Agenda Digital: Telefones inteligentes e telecomandos ...ulisses.sibul.ul.pt/cde/docs/AgendaDigitalTelefones.pdfuma vida digna, autónoma e de alta qualidade é um dos principais objectivos

Agenda Digital: Telefones inteligentes e telecomandos simples ajudam os idosos e os

deficientes a gerirem as suas casas

Com um financiamento da UE de 2,7 milhões de euros, investigadores de Portugal, da

República Checa, da Alemanha, da Espanha e da Suécia desenvolveram uma solução que

permite aos idosos e aos deficientes comandarem mais facilmente os vários aparelhos e

serviços electrónicos nas suas casas utilizando o telemóvel ou outros dispositivos. O projecto

"I2HOME" desenvolveu uma interface URC (Universal Remote Console – consola remota

universal) personalizada e simplificada, baseada em normas abertas actuais e na sua

evolução. Esta interface pode estar instalada num telecomando universal, num telefone

móvel, num computador ou noutros dispositivos e ser utilizada para, por exemplo, ligar e

programar máquinas de lavar, luzes, aquecimento, ar condicionado, televisões, leitores /

gravadores de DVD e outros aparelhos domésticos. A tecnologia pode igualmente ser

aplicada fora de casa. Pôr as tecnologias da informação e das comunicações ao serviço dos

idosos, dos deficientes visuais ou das pessoas com incapacidade cognitiva permitindo-lhes

uma vida digna, autónoma e de alta qualidade é um dos principais objectivos da Agenda

Digital para a Europa, adoptada pela Comissão Europeia em Maio de 2010 (IP/10/581,

MEMO/10/199, MEMO/10/200).

Nas palavras de Neelie Kroes, Vice-Presidente da Comissão Europeia, responsável pela Agenda

Digital: «É com prazer que vejo que projectos de investigação financiados pela UE, como o

projecto I2HOME, podem tirar partido das tecnologias da informação para tornar a vida mais fácil

a todos os cidadãos da UE, incluindo os idosos, os deficientes e as pessoas com incapacidade

visual.»

À medida que aumentam as vendas de televisores, de leitores de DVD e de outros aparelhos

domésticos, as interfaces através das quais são operados são cada vez mais concebidas tendo

exclusivamente em mente consumidores perspicazes ou conhecedores das tecnologias digitais. Em

consequência disso, muitas pessoas consideram difícil utilizar as tecnologias modernas em casa. A

menos que este problema seja solucionado, estas pessoas serão cada vez mais impedidas de

participar e de beneficiar plenamente da sociedade digital.

Investigadores de universidades, institutos e empresas da República Checa, da Alemanha, de

Portugal, da Espanha e da Suécia adaptaram as tecnologias de acesso, como os telecomandos, às

necessidades dos invisuais, das pessoas com problemas cognitivos, dos doentes com Alzheimer e

dos idosos. A tecnologia ajuda, por exemplo, as pessoas com deficiências cognitivas a serem mais

independentes, simplificando-lhes a execução de tarefas como a mudança de canal de televisão ou

lembrando-lhes actividades quotidianas obrigatórias, inclusivamente quando estão de viagem ou

de visita à família. Para as pessoas com deficiência visual, os comandos visuais são substituídos

por uma interface de voz.

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Desenvolvendo e aplicando a norma aberta ISO para consolas remotas universais, em combinação

com orientações personalizadas, a solução I2HOME propõe uma interface de utilizador

personalizada e coerente que pode ao mesmo tempo operar e comandar diferentes dispositivos e

serviços, como o aquecimento, o ar condicionado e a ventilação, fogões, máquinas de lavar e

luzes.

O I2HOME foi testado em centros de dia e em lares em 4 locais-piloto da República Checa,

Alemanha, Espanha e Suécia e mais de 100 organizações e empresas da Europa já utilizam ou

trabalham com a tecnologia I2HOME.

Outras aplicações desta tecnologia são utilizadas no projecto BrainAble, financiado pela UE, que

também ajuda as pessoas com deficiência, melhorando a sua interacção directa e indirecta com os

aparelhos graças a sensores cerebrais que podem detectar estados de espírito como o

aborrecimento, a confusão, a frustração ou a sobrecarga de informação.

A tecnologia I2HOME também se aplica às economias de energia, com projectos como o «Smart

Energy for All (SEFA)». Para promover a sustentabilidade, o SEFA visa reduzir a pegada

energética das empresas e dos cidadãos fornecendo uma consola que permite a monitorização e o

comando centrais de todos os aspectos do consumo de energia e água.

Contexto

O I2HOME foi financiado a título do Sexto Programa-Quadro de Investigação da União

Europeia, que contribuiu com 2,7 milhões de euros.

Para mais informações sobre o I2HOME:

http://www.i2home.org/