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Perito Coordenador: A.Manuel de Oliveira Duarte

Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

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Perito Coordenador: A.Manuel de Oliveira Duarte

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Plano de Acção para a Promoção daEmpregabilidade no Norte de Portugal

AGENDA REGIONAL PARA A EMPREGABILIDADE

Pacto Regional para a Empregabilidade do Norte de Portugal

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Ficha técnica

TÍTULOPlano de Acção para a Promoção da Empregabilidade no Norte de Portugal

EDIÇÃOComissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N)

COORDENAÇÃO GERALPacto Regional para a Empregabilidade do Norte de PortugalPaulo Gomes (Vice-Presidente da CCDR-N)Júlio Pereira (Director de Serviços de Desenvolvimento Regional da CCDR-N)

APOIO TÉCNICO À COORDENAÇÃO GERALMário Neves (CCDR-N)Estela Alegria (CCDR-N)Nídia Alves (CCDR-N)Eduardo Pereira (CCDR-N)Vasco Leite (CCDR-N)Josefina Gomes (CCDR-N)

EQUIPA TÉCNICAA. Manuel de Oliveira Duarte (Perito Coordenador responsável pelo Plano de Acção para a Empregabilidade no Norte de Portugal)Sónia Campos

ACOMPANHAMENTOMembros do Comité de Pilotagem: CCDRN; DREN;IEFP Norte; MCTES; MEI; AEPÂmbito de Actuação Nacional: POPH – Programa Operacional Potencial Humano; ANQ – Agência Nacional de Qualificação.Âmbito de Actuação Regional: Representantes do Conselho Regional.Ensino Superior: Universidade de Aveiro; Universidade Católica; Universidade do Minho; Universidade do Porto; Uni-versidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; Instituto Politécnico de Bragança; Instituto Politécnico do Cavado e Ave; Instituto Politécnico do Porto; Instituto Politécnico de Viana do Castelo; Instituto Politécnico de Viseu; Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto; Escola Superior de Enfermagem de D. Ana Guedes; Escola Superior de Enfermagem de S. João; AURN – Associação das Universidades da Região Norte; Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos; APESP – Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado.Associações de Escolas: ANESPO – Associação Nacional das Escolas Profissionais.Associações Empresariais Territoriais: AEP – Associação Empresarial de Portugal; UERN – União da Associações de Empresariais da Região Norte; AIMinho – Associação Industrial do Minho; PME Portugal – Associação das Micro, Pe-quenas e Médias Empresas de Portugal; ANJE – Associação de Jovens Empresários; CEVAL – Conselho Empresarial dos Vales do Lima e Minho; AECOA – Associação Empresarial e Comercial de Oliveira de Azeméis; AEPF – Associação Empresarial de Paços de Ferreira.Associações Empresariais Sectoriais: ATVP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal; ANITT-LAR – Associação Na-cional das Indústrias de Tecelagem e Têxteis Lar; APICCAPS – Associação Portuguesa da Indústria do Calçado, Com-ponentes e Artigos de Pele e seus Sucedâneos; APIMA – Associação Portuguesa da Indústria de Mobiliário e Afins; AIMMP – Associação Industrial de Madeira e Mobiliário de Portugal; APCOR – Associação Portuguesa de Cortiça; AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal; Associação de Turismo do Norte de Portugal; AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel; AEVP – Associação das Empresas de Vinho do Porto; AIORN – Associação dos Industriais de Ourivesaria e Relojoaria do Norte.Associações Sindicais: CGTP-IN; UGT – União Geral de Trabalhadores.Sistema Científico e Tecnológico: RECET – Associação de Centros Tecnológicos de Portugal, CEIIA – Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel; INESC Porto – Instituto de Engenharia e Sistemas e Computadores do Porto; IDIT – Instituto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (Feira); TecMinho

COORDENAÇÃO EDITORIALGabinete de Marketing e Comunicação da CCDR-N

DESIGNFurtacores Design e Comunicação

PAGINAÇÃOLoja das Ideias

PRODUÇÃOTecniforma

ISBN978-972-734-279-2

DEPÓSITO LEGAL298476/09

DATAAgosto 2009

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Os desafios da empregabilidade são complexos. Relacionam-se com as competências que o indivíduo deve ter para exercer uma profissão e, consequentemente, com o grau de ajustamento das suas qualificações às necessidades e oportunidades do mercado de trabalho. Por esta via entrecruzam-se vários outros factores tais como, por exemplo, a adequação das ofertas de ensino e formação face às necessidades do tecido económico, as esco-lhas vocacionais e a capacidade de adaptação à mudança em contexto de rápidas alterações na ordem económica regional e internacional. Fenómenos tais como a deslocalização das em-presas e a precariedade do trabalho são factores adicionais a ter em conta.

A questão da empregabilidade adquire uma importância primor-dial no actual quadro socioeconómico do Norte de Portugal. De uma Região com elevados níveis de emprego durante várias dé-cadas, o Norte sofreu desde 2001 um crescimento acentuado do desemprego. Em paralelo, o seu tecido económico tem sido sujeito a profundas mutações estruturais e tecnológicas, num contexto de concorrência globalizada, agravada nos últimos tem-pos por uma avassaladora crise económica com repercussões dramáticas no mercado de emprego. De tudo isto resulta clara a necessidade de uma atenção muito especial às condições que as populações do Norte (jovens e activos) têm para conseguir obter, manter ou readquirir um emprego.

Estas questões têm sido objecto de continuada atenção por par-te da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, nomeadamente em sede de preparação do Quadro de Referência Estratégica Nacional (2007-2013) e no amplo exer-cício de diagnóstico e reflexão que o precedeu – Norte 2015 – onde foram caracterizados os aspectos marcantes da actualida-de regional e definida uma visão de desenvolvimento para um horizonte alargado. Tal visão pretende fazer com que a Região

Nota de Abertura

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Nota de Abertura

do Norte seja capaz de recuperar a trajectória de convergência a nível Europeu, assegurando, de forma sustentável, acréscimos de rendimento e de emprego da sua população e promovendo a coesão económica, social e territorial. Esta visão passa pela operacionalização de um Pacto Regional para a Competitividade do Norte de Portugal, integrando um conjunto de Agendas Te-máticas Prioritárias. Neste âmbito foi criada a Agenda Prioritária para a Empregabilidade.

O trabalho que aqui se apresenta é o resultado de uma abor-dagem organizada, partilhada e amplamente participada por um vasto leque de actores institucionais. Tem as suas raízes nos resultados do exercício de reflexão e diagnóstico Norte 2015 e apoia-se nos contributos das entidades que integram o Comité de Pilotagem e a Comissão de Acompanhamento da Agenda Re-gional para a Empregabilidade.

O conteúdo e os objectivos desta Agenda constituem um qua-dro de referência de políticas de formação e emprego para todos os actores envolvidos na região, quer de âmbito nacional, quer regional ou local. Só uma perfeita articulação entre todos pode garantir a utilidade e a eficácia desta Agenda.

CARLOS LAGEPresidente da CCDR-N

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NOTA DE ABERTURA

1. A EMPREGABILIDADE NAS POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS NACIONAIS E

INTERNACIONAIS

2. DIAGNÓSTICO SINTÉTICO

2.1 NOTA PRÉVIA ACERCA DO CONCEITO DE EMPREGABILIDADE

2.2 DIAGNÓSTICO: TRAÇOS DOMINANTES

2.2.1 Dinâmicas de Emprego

2.2.2 Pessoas e Qualificações

2.2.3 Sistema de Ensino e Formação

2.2.4 Factores Transversais

2.2.5 Disparidades Intra-Regionais

2.2.6 Boas Práticas de Empregabilidade na Região Norte

2.3 DIAGNÓSTICO: BALANÇO GERAL

3. EMPREGABILIDADE NA REGIÃO NORTE: VISÃO, ESTRATÉGIA E METAS

3.1 VISÃO

3.2 PRINCÍPIOS ORIENTADORES

3.3 ESTRATÉGIA REGIONAL PARA A EMPREGABILIDADE

3.4 METAS

4. AGENDA REGIONAL DA EMPREGABILIDADE: MISSÃO E OBJECTIVOS

4.1 MISSÃO:

4.2 OBJECTIVOS GERAIS:

4.3 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

4.4 OBJECTIVOS OPERACIONAIS

5. PLANO DE ACÇÃO

5.1 LINHA 1: PROMOÇÃO DE REDES DE CONCERTAÇÃO TERRITORIAL

PARA A EMPREGABILIDADE

5.2 LINHA 2: PROMOÇÃO DA EMPREGABILIDADE NOS PRINCIPAIS CLUSTERS

REGIONAIS E PÓLOS DE COMPETITIVIDADE E TECNOLOGIA

5.3 LINHA 3: DINAMIZAÇÃO E SEGUIMENTO DA AGENDA REGIONAL

PARA A EMPREGABILIDADE

Índice

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5.4 ESTRATÉGIA REGIONAL E PLANO DE ACÇÃO DA AGENDA PARA A

EMPREGABILIDADE: MATRIZ DE ARTICULAÇÃO

6. CERTIFICAÇÃO AGENDA REGIONAL PARA A EMPREGABILIDADE

7. MODELO DE GOVERNAÇÃO

8. INSTRUMENTOS DISPONÍVEIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA AGENDA

REGIONAL PARA A EMPREGABILIDADE

8.1 VISÃO SINTÉTICA

8.2 UMA VISÃO COMPARATIVA COM O QREN

8.3 UMA VISÃO COMPARATIVA COM O POPH

9. ANEXO 1: ELEMENTOS DE DIAGNÓSTICO

9.1 DIAGNÓSTICO NACIONAL E REGIONAL

9.2 DIAGNÓSTICO COMPARATIVO INTERNACIONAL

9.3 BOAS PRÁTICAS NA PROMOÇÃO DA EMPREGABILIDADE:

UMA VISÃO ALARGADA

9.3.1 Iniciativas Nacionais

9.3.2 Iniciativas Internacionais

10. ANEXO 2: MODELO ORIENTADOR PARA A EXECUÇÃO DOS PROJECTOS A

ENQUADRAR NAS DIFERENTES LINHAS DE ACÇÃO

AGRADECIMENTOS

BIBLIOGRAFIA

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1 A Empregabilidade

nas Políticas e Estratégias Nacionais

e Internacionais

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A Empregabilidade nas Políticas e Estratégias Nacionais e Internacionais

1. A Empregabilidade nas Políticas e Estra-tégias Nacionais e Internacionais

A questão da empregabilidade tem vin-do a marcar presença crescente quer no discurso político quer nos meios de co-municação social, aparecendo associada tanto à análise do sistema de educação e formação como à dos mercados de trabalho.

No contexto da União Europeia a empre-gabilidade tem sido objecto de definição de políticas e estratégias, constando num conjunto de diplomas orientadores do desenvolvimento e crescimento. Um exemplo desta visibilidade encontra-se na actual Estratégia Europeia para o Em-prego em que a empregabilidade é um dos quatro pilares (associada à adapta-bilidade, à igualdade de oportunidades e ao espírito empresarial). Já em 1997 o Conselho Europeu do Luxemburgo havia identificado a promoção da em-pregabilidade entre as populações como um dos vectores centrais de actuação da Estratégia Europeia para o Emprego. Mais recentemente também as Nações Unidas fizeram da empregabilidade uma das suas quatro prioridades para as po-líticas nacionais de emprego jovem (em conjunto com o empreendedorismo,

a igualdade de oportunidades entre jo-vens, homens e mulheres e a criação de emprego).

Importa ainda referir que documentos da União Europeia como a Declaração de Bolonha (1999), o Comunicado de Praga (2001), a Declaração de Bergen (2005), a Estratégia de Lisboa e a Nova Estratégia de Lisboa, entre muitos ou-tros, têm também vindo a reforçar me-didas e estratégias de apoio às áreas do emprego, educação e formação, e, con-sequentemente, à empregabilidade.

À semelhança do que acontece a nível internacional, a nível nacional a ques-tão da empregabilidade tem vindo a ser integrada nas principais políticas e documentos orientadores para o de-senvolvimento e crescimento, designa-damente no Programa Nacional para o Crescimento e Emprego (PNACE), no Plano Nacional para o Emprego (PNE), no Plano Tecnológico para a Educação, na Iniciativa Novas Oportunidades e no Plano Nacional para a Inclusão (PNAI). Em termos de medidas instrumentais destacam-se diversos Programa do 3º

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Quadro Comunitário de Apoio (QCA III) e do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). Merece ainda menção especial a Iniciativa Emprego 2009, que traduz um conjunto de políticas activas de emprego procurando ir ao encontro dos actuais desafios conjunturais atra-vés da requalificação e adaptabilidade dos trabalhadores em sectores estraté-gicos, na resposta a problemas de po-pulações desfavorecidas perante o mer-cado de trabalho e no apoio à transição

para a vida activa de jovens à procura do primeiro emprego.

A nível regional as preocupações com as questões relacionadas com a empregabi-lidade têm sido reflectidas nos diferentes Programas Operacionais Regionais e nal-gumas iniciativas como os Pactos Territo-riais para o Emprego, as Redes Regionais para o Emprego e os Planos de Desenvol-vimento Social de diversas Redes Sociais de âmbito concelhio ou supra-concelhio.

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2 Diagnóstico

Sintético

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Diagnóstico Sintético

2. Diagnóstico Sintético

2.1 Nota Prévia Acerca do Conceito de Empregabilidade

O conceito de empregabilidade tem sido amplamente tratado na literatura1 e diversas propostas foram feitas no sentido da sua definição. No contexto deste documento o conceito de empregabilidade será entendido como a capacidade de um indivíduo obter, manter ou readquirir um emprego2.

Sendo algo que fundamentalmente diz respeito ao indivíduo, a empregabilidade é fortemente influenciada e condicionada por diversos factores que lhe são externos, nomeadamente pelos sistemas de ensino e formação e pelo mercado de trabalho.

Em termos de factores individuais destacam-se as habilitações escolares e as qualifi-cações profissionais bem como um conjunto de competências de natureza transver-sal, como é caso, das competências sociais, comportamentais e de adaptação a novas situações.

No que se refere aos factores externos ao indivíduo merecem especial destaque os seguintes:

> Factores externos de envolvente próxima – esta dimensão diz respeito, essen-cialmente, a circunstâncias tais como o ambiente familiar, o meio social em que se insere e o acesso a recursos – financeiros, culturais, infra-estruturais, etc.

1 Destacam-se vários autores e abordagens de organismos tais como a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a União Europeia (em particular através do CEDEFOP - European Centre for the Development of Vocational Education and Training), a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) e a ONU (Organização das Nações Unidas). A lista bibliográfica anexa a este Plano referencia alguns desses documentos. 2 O conceito de empregabilidade é também utilizado, frequentemente, como um atributo de um determinado curso ou formação, capaz de conferir ao seu detentor condições de acesso ou permanência no mercado de trabalho.

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> Factores externos de envolvente alargada – esta dimensão diz respeito a factores tais como, por exemplo, as tendências económicas, as dinâmicas do mercado de trabalho e o seu enquadramento regulamentar, as políticas de recrutamento, o sistema de ensino e formação e a adequabilidade das suas ofertas.

Realça-se o importante papel reservado ao sistema de governação, através da imple-mentação de políticas de dinamização, concertação, regulação e avaliação capazes de promover o ajustamento coerente entre as necessidades e oportunidades do merca-do, as ofertas formativas e as escolhas vocacionais. Ao sistema de governação está ainda reservado um papel crucial na promoção de políticas activas de emprego ajusta-das aos desafios conjunturais e estruturais da sociedade.

A figura seguinte ilustra a visão das relações enunciadas a propósito do conceito de empregabilidade aqui utilizado.

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Figura 1: O indivíduo como elemento primordial na problemática da empregabilidade.

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Diagnóstico Sintético

2.2 Diagnóstico: Traços Dominantes

Para preparar uma intervenção consistente no domínio da Empregabilidade torna-se necessário, como ponto de partida, dispor de uma imagem nítida do que é actual-mente a problemática da Empregabilidade na Região Norte. É este o propósito desta secção.

A Região Norte tem sido particularmente afectada pela evolução desfavorável do de-semprego verificada desde o início da década.

A questão da empregabilidade adquire aqui um significado especial. Presentemente trata-se da Região mais populosa do País (acolhe cerca de 37% da população de Portugal), da Região com população mais jovem (concentra cerca de 40% dos jovens do País) e da Região onde a taxa de desemprego tem sido consistentemente mais elevada ao longo dos últimos tempos (manteve-se acima de 9% ao longo de todo o ano de 2007 e, depois de uma pequena melhoria em 2008, entrou em agravamento no fim desse ano).

Nesta problemática cruzam-se questões como o perfil económico da Região e a es-trutura do emprego, os níveis de educação e de qualificação dos jovens e dos activos, o ajustamento das ofertas formativas às necessidades do mercado de trabalho e um conjunto de factores transversais onde se incluem a dignificação das qualificações profissionalizantes e a valorização das profissões técnicas.

De seguida apresentam-se os traços dominantes do diagnóstico desta problemática. A secção 9 “Anexo 1: Elementos de Diagnóstico”, complementa estes traços com um conjunto mais alargado de informação.

2.2.1 Dinâmicas de Emprego

> A Região Norte tem registado uma tendência desfavorável de agravamento do desemprego ao longo da última década. Este agravamento tem-se traduzido em taxas de desemprego com níveis elevados e crescentes ao longo de vários anos consecutivos, apresentando divergência crescente em relação ao resto do país (e da Europa). As figuras seguintes ilustram esta evolução.

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Gráfico 1 - Evolução da Taxa de Desemprego em Continente vs Região Norte3 (%)

Nota:Após o terceiro trimestre de 2007 a tendência da taxa de desemprego foi de decréscimo até ao segundo trimestre de 2008, tanto na Região Norte como no resto do país. A partir daí, e embora de forma irregular, registaram-se generalizadamente acentuadas subidas, situação a que não será estranho o agravamento da conjuntura económica verificado nos últimos tempos.

3 Fonte: INE, Estatísticas do Emprego

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Diagnóstico Sintético

> A situação de elevado desemprego no Norte é de natureza estrutural, não sen-do possível considerar o agravamento da conjuntura económica verificado nos últimos tempos como a sua razão principal. Outros factores estão presentes destacando-se os seguintes:

- A perda de postos de trabalho nas indústrias transformadoras (que são ainda a base dominante da Região Norte);

- A pouca qualificação e baixa remuneração do emprego no Norte, factor de baixa atractividade para quadros qualificados;

- O aumento da precariedade do emprego;

- A insuficiência dos sectores emergentes (nomeadamente os de base tecno-lógica) que sendo promissores ainda não conseguem compensar a perda de emprego nos sectores tradicionais.

2.2.2 Pessoas e Qualificações

Em termos dos níveis de qualificação a Região Norte compara-se também negati-vamente, de uma forma geral, com o resto do panorama nacional que, já de si, é marcado por aspectos muito negativos. Quando tal posição relativa não se verifica os números são ainda assim muito gravosos como a seguir se ilustra:

> A nível nacional (2008)4, quase metade da população activa (cerca de 49,6%) não tinha sequer o 9º ano; no Norte essa percentagem é de 55,6%.

> A nível nacional (2008)6, a proporção da população activa que tinha pelo menos o 12º ano era de 30,1%; Na Região do Norte, essa percentagem não passava dos 25,7%.

> A nível nacional (ano lectivo 2006/2007)7 a taxa de retenção/desistência no 9º ano de escolaridade foi de cerca de 20%; no Norte essa percentagem rondou os 21%.

4 Fonte: CAPER-CCDRN5 Ibidem6 Fonte: Estatísticas da Educação 2006/2007, Gabinete de Estatísticas e Planeamento da Educação, Ministério da Educação, disponível em: http://www.gepe.min-edu.pt; Tratamento de dados: CAPER e Equipa da Agenda Regional para a Empregabilidade, CCDRN7 Ibidem

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> A nível nacional (ano lectivo 2006/2007)8 a taxa de retenção/desistência no 10º ano foi de cerca de 20 %; no Norte essa percentagem, embora ligeiramente inferior, teve um valor que rondou os 19%.

> A nível nacional (ano lectivo 2003/2004) a taxa de retenção/desistência no 12º ano foi de cerca de 37%; no Norte essa percentagem, embora ligeiramente in-ferior, rondou os 35%.

A estes aspectos acresce ainda o muito reduzido número de estudantes que optam por escolhas vocacionais orientadas para formações de natureza profissionalizante. Aqui emergem factores como os seguintes:

> Insuficiente valorização social do ensino técnico e profissionalizante. Isto mani-festa-se tanto em termos do cidadão comum como das entidades empregado-ras.

> Fortes desajustes motivacionais:

- Jovens mal informados sobre os seus possíveis percursos vocacionais;

- Famílias ausentes do processo de envolvimento e motivação dos jovens;

- Quadros profissionais (empregados ou desempregados) pouco sensibilizados para a necessidade de actualização de saberes como condição básica de ma-nutenção da empregabilidade;

> Tendência para o abandono escolar prematuro em troca do imediatismo de uma actividade remunerada, prática ainda muito frequente e demonstradora do baixo nível de consciencialização colectiva para as profundas alterações do emprego nos sectores dominantes na região e das competências necessárias para o man-ter e/ou ganhar.

> Falta de sensibilidade de alguns empregadores em relação à necessidade de ele-var os níveis de formação e de qualificação dos seus quadros, medida essencial para garantir a produtividade das organizações e a sustentabilidade das empre-sas em mercados cada vez mais abertos e concorrenciais.

8 Tratamento de dados: CAPER e Equipa da Agenda Regional para a Empregabilidade, CCDRN

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Diagnóstico Sintético

2.2.3 Sistema de Ensino e Formação

Apesar dos esforços desenvolvidos nos últimos anos, subsistem ainda desajustamen-tos entre a oferta de ensino e formação, as escolhas vocacionais e as necessidades do mercado de trabalho:

> Desajustes Temáticos: Existem áreas de competências profissionais com gran-de relevância para o mercado de trabalho da Região ainda não cobertas ou mal cobertas pela oferta de ensino e formação actualmente disponível. Isto é parti-cularmente sentido nas áreas técnicas e tecnológicas ao nível da qualificação intermédia.

> Desajustes Geográficos: Existem áreas geográficas sem oferta de ensino e for-mação em determinados domínios e existem áreas geográficas onde a oferta de determinadas formações é largamente redundante.

2.2.4 Factores Transversais

Na base das anteriores realidades existe um conjunto de factores transversais com especial destaque para os seguintes:

> Falta de tradições de cooperação entre as Escolas e as Empresas:

- De um modo geral, a Escola não vai às Empresas e as Empresas não vão à Escola.

- As (poucas) acções de aproximação existentes têm um carácter ad hoc e rara-mente são apoiadas por mecanismos formais de concertação.

Existem notáveis excepções mas não chegam para quebrar aquilo que tem sido a tendência dominante. É necessário criar mecanismos e práticas de articulação entre a oferta escolar e a procura pelo mercado de Trabalho.

> Pouca qualidade em muitas ofertas formativas:

- Referenciais desajustados às necessidades.

- Corpo docente flutuante.

- Fracos ou inexistentes recursos laboratoriais, oficinais e bibliográficos

- Falta dum projecto institucional credível pela parte de muitas entidades forma-doras (mesmo quando credenciadas pelos organismos mandatados para tal).

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> Debilidade dos mecanismos de orientação vocacional com rara articulação entre o sistema de ensino e formação e o tecido empresarial.

> Persistência do preconceito social negativo em relação ao ensino técnico e pro-fissionalizante:

- Preconceito de classe económica: ensino destinado a alunos de “classe eco-nómica inferior”.

- Preconceito de nível cognitivo: ensino destinado a alunos de “nível académico inferior”.

> Necessidade de intensificar os esforços de articulação entre as redes de oferta de ensino e formação.

O sistema de ensino e formação divide-se em dois subsistemas que, embora se interpenetrando, têm tido lógicas e culturas muito diferentes:

- O espaço na dependência do Ministério da Educação (principalmente ocupado pelas Escolas Secundárias e pelas Escolas Profissionais) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (ocupado pelas instituições de Ensino Superior, público e privado).

- O espaço na dependência de outros Ministérios com intervenção nas activida-des de formação (Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, Ministério da Economia, etc.) principalmente ocupado pelos Centros de Formação Pro-fissional, Escolas Tecnológicas e por muitas empresas actuando na área da formação.

Embora seja claramente visível a melhoria dos processos de articulação entre estes subsistemas, há ainda um longo caminho a percorrer.

> Diferentes atitudes dos actores do lado da oferta de ensino e formação:

- Por parte de um número significativo de pessoas responsáveis pela gestão e dinamização das Escolas Secundárias, um sentido de desânimo e impotência perante a magnitude dos desafios e a falta de apoios de que julga padecer.

- Uma postura recorrentemente estandardizada na definição das ofertas forma-tivas, nem sempre adaptadas às reais necessidades e oportunidades do mer-cado de trabalho.

Conforme o anteriormente referido, a secção 9, “Anexo 1: Elementos de Diagnóstico”, complementa estes traços com um conjunto mais alargado de informação estatística.

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Diagnóstico Sintético

2.2.5 Disparidades Intra-Regionais

Os números apresentados dão uma ideia geral acerca do estado da Região em termos da evolução do desemprego, dos níveis de qualificação das suas populações e de alguns aspectos marcantes do sistema de ensino e formação. Importa observar que quadro global apresentado para a região Norte tem ainda consideráveis disparidades a nível intra-regional. Apresentam-se de seguida alguns exemplos dessas disparidades.

População Jovem Residente:

O mapa da figura seguinte apresenta os números relativos à População Jovem Resi-dente em percentagem da População Total para o ano de 2007.

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Figura 2 - População Residente Jovem (0-24) em % da População Total (2007)9

9 Fonte: INE, Estimativas da População Residente a 31/12/2007, cálculos CAPER-CCDRN.

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Taxa de conclusão do 9º ano (grupo etário de 25-29 anos)

Outro exemplo das acentuadas disparidades intra-regionais é o apresentado no mapa da Figura 3 onde se apresenta a distribuição territorial da taxa de conclusão do 9º ano de escolaridade no grupo etário de 25-29 anos por concelho da Região do Norte refe-rente ao ano de 2007 [6, com dados actualizados a 2007].

A observação desta figura, das correspondentes figuras para as taxas de conclusão do 6º e do 12º anos [6] e de vários outros indicadores relativos ao capital humano, ressalta que a situação desfavorável da Região do Norte é particularmente vincada

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Figura 3 - Taxa de conclusão do 9º ano de escolaridade no grupo etário de10)

10 Fonte: INE, Estimativas da População Residente a 31/12/2007, cálculos CAPER-CCDRN.

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Diagnóstico Sintético

numa faixa do seu território aproximadamente correspondente aos Concelhos da “cin-tura” circundante do Grande Porto, precisamente aquela onde se localizam alguns das densidades mais altas de população em idade escolar. Esta situação perdura há várias décadas e evidencia os contornos de uma “área crítica” [6].

Desemprego na população com idades entre ao 15 e os 64 anos

O mapa da figura seguinte ilustra a média anual para 2008 do desemprego registado na população residente com idades compreendidas entre ao 15 e os 64 anos nos vá-rios Concelhos da região Norte.

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Figura 4 - Desemprego Registado em % da População Residente 15-64 anos HM - Média Anual 200811

11 Fonte: IEFP, Desemprego Registado por concelhos, INE, Estimativas de População média Residente; cálculos CAPER-CCDRN

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Mais uma vez é bem patente o carácter problemático de uma “cintura” de Concelhos circundantes do Grande Porto.

Em conclusão, pode-se afirmar que, em termos de desemprego e níveis de qualifi-cação, a região Norte apresenta indicadores mais desfavoráveis que o resto do país. Dentro desta região, um conjunto de Concelhos correspondendo aproximadamente à área circundante do Grande Porto tem indicadores ainda mais gravosos. Esta circuns-tância é particularmente gravosa se se atentar que nesta mesma área se concentram também as maiores percentagens de população jovem.

2.2.6 Boas Práticas de Empregabilidade na Região Norte

Para completar o diagnóstico iniciado, interessa dar também a conhecer um conjunto de boas práticas em termos de empregabilidade na Região Norte.

Trofa Comunidade de Aprendentes12

O projecto Trofa Comunidade de Aprendentes (TCA) consiste numa comunidade edu-cativa de cidadãos que, tendo como base territorial o município, tem como objectivo conseguir que todos os trofenses possam encontrar o apoio e as condições necessá-rias para aprender – o que precisarem e desejarem, a qualquer hora do dia, ao longo da sua vida.

A dinâmica TCA é impulsionada pela participação e pelo compromisso de uma plu-ralidade de actores sociais e parte dos seguintes pressupostos: (i) todas as pessoas estão aptas a aprender e a ser mais; (ii) aprende-se em todos os espaços e tempos do viver; (iii) em todas as áreas profissionais existe um capital de conhecimento que importa desenvolver e partilhar; (iv) todas as comunidades possuem uma pluralidade de recursos de educação e de formação que podem, e devem, ser aproveitados numa base de compromisso e solidariedade social.

12 http://www.trofatca.pt

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28

Diagnóstico Sintético

O TCA é promovido pela Câmara Municipal da Trofa, em colaboração com o Instituto de Educação da Universidade Católica Portuguesa, entidade responsável pela coorde-nação científica e pedagógica do projecto (Unidade de Pedagogia Social).

Escola de Segunda Oportunidade

A Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos é a primeira escola portuguesa integrada na rede europeia “2nd chance Schools” e destina-se a acolher jovens dos 16 aos 25 anos, que não obtiveram qualificações mínimas para aceder a um emprego ou a novos percursos de formação.

A Escola de Segunda Oportunidade oferece uma resposta sócio educativa alternativa em relação à experiência escolar não sucedida dos jovens, um ambiente motivacional e programas de formação flexíveis, promovendo competências pessoais, sociais e vocacionais, com especial enfoque nas tecnológicas e nas artes.

Na génese de Escola da Segunda Oportunidade estão envolvidas três entidades: a Associação para a Educação de Segunda Oportunidade, a Direcção Regional de Edu-cação do Norte e a Câmara de Matosinhos.

Programa TII – Tecnologia, Inovação e Iniciativa13

O Programa TII em Portugal teve origem numa parceria entre o Citeve e a Microsoft e tem como objectivo apoiar o combate ao desemprego. O público-alvo do Programa é a população desempregada do sector têxtil, com baixa taxa de escolaridade, idade superior a 45 anos e sem conhecimentos de informática.

O Programa pretende dotar desempregados do sector têxtil de competências básicas ao nível das TIC, através de um curriculum de formação adaptado às suas especificida-des. Este plano de formação é complementado por sessões específicas de motivação para a formação/emprego e pela divulgação de mecanismos de inserção profissional. Além disso, o CITEVE promove a frequência de módulos com carácter tecnológico relacionados com o sector, com vista a potenciar a empregabilidade dos participantes.

13 http://www.microsoft.com/portugal/presspass/press/2006/jan06/01-16ProgramaTII.mspx e http://www.cite-ve.pt/WriteDoc.asp?sid={C8ACD108-6E83-444D-80D1-763F9A6CB4C4}&cntx=,01,0C,3C,0B,04,00XKGB,11WG,1AD,32,07,0A,18W,16,18U,08,00,05,1D,5ABC,03,02,32,1DU,03,2C,08,06,15,05,13,18Y,0B8&ver=ciberSTORE_2.1.128

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29

O Programa conta com três centros de formação – Vila Nova de Famalicão, Covilhã e Santo Tirso – e divide-se em três níveis: UP Acesso, UP Elementar e UP Completo.

CICCOPN – Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção e Obras Pú-blicas do Norte14

O CICCOPN tem a sua principal aposta na formação profissional para a valorização dos recursos humanos do sector da Construção Civil e Obras Públicas e tem como destinatários primordiais os activos das empresas associadas da AICCOPN e todos os candidatos às profissões que se enquadram no âmbito deste sector.

O CICCOPN dinamiza acções para Jovens, Activos e Desempregados, promovendo a inserção no mercado de trabalho e a melhoria das competências e conhecimentos técnicos e promovendo percursos de dupla certificação (uma certificação profissional acrescida da equivalência escolar).

A oferta formativa do CICCOPN visa minimizar as lacunas existentes no sector da Construção Civil e Obras Públicas em termos de formação, níveis de escolaridade e certificação, no sentido de superar os défices de qualificação através de uma interven-ção devidamente estruturada.

Cidade das Profissões15

Desenvolvido no Grande Porto, a Cidade das Profissões é um projecto de apoio aos cidadãos, nas áreas da informação e do aconselhamento sobre o mundo das profis-sões, do trabalho, do emprego e do desenvolvimento pessoal. Tem como principais objectivos:

> Informar sobre oportunidades de formação, estágios nas empresas, evolução do mundo das profissões e sobre certificação de competências.

> Aconselhar os cidadãos que necessitem de orientação nas suas escolhas esco-lares ou de formação.

> Aconselhar os trabalhadores e outros profissionais em processos de reorientação profissional e requalificação.

14 http://www.ciccopn.pt15 http://cdp.portodigital.pt/

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Diagnóstico Sintético

> Aproximar os jovens das empresas e do mundo do trabalho reforçando a sua empregabilidade e a sua capacidade empreendedora.

Os promotores do Projecto são cinco: Câmara Municipal do Porto; Universidade do Porto; AEP - Associação Empresarial de Portugal; Metro do Porto; e o IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional

Rede Concelhia para a Qualificação – Paços de Ferreira16

Integrada na Rede Social de Paços de Ferreira, a Rede Concelhia para a Qualificação de Paços de Ferreira teve na sua origem a candidatura ao QREN de um mapa de oferta formativa para a qualificação da população do Concelho. Esta Rede congrega entidades acreditadas para a formação públicas e privadas, com e sem fins lucrativos e teve como objectivo a definição de uma rede de oferta com base num diagnóstico comum e participado por todos.

O diagnóstico anteriormente referido teve na sua base inquéritos realizados a pessoas desempregadas, inscritos no Centro Novas Oportunidades da Profisousa, inscritos para formação e alunos do 3º Ciclo das Escolas do Concelho de Paços de Ferreira. Com base na informação obtida através dos inquéritos foi realizada a elencagem das prioridades e foram criadas as condições necessárias para que cada entidade sina-lizasse as suas pretensões ao nível da oferta formativa, ficando, assim, claramente definidos o mapa de oferta formativa e a Rede para a Qualificação do Concelho.

Universidade de Aveiro – Programa Aveiro Norte17

O Programa Aveiro Norte é uma experiência lançada pela Universidade de Aveiro na zona norte do distrito de Aveiro (alargando-se posteriormente a outras zonas), com o objectivo de contribuir para a dignificação da educação de natureza profissionalizante, desincentivar o abandono escolar prematuro e encorajar a actualização e a requalifi-cação dos activos.

Tendo como principais instrumentos de intervenção a oferta de Cursos de Especializa-ção Tecnológica e de Cursos de Actualização e Requalificação de Activos, o Programa procurou promover um sistema diversificado mas articulado de percursos formati-

16 http://www.redesocialpf.com/CM-default.aspx?control=noticiasDetalhe&noticiasID=8517 http://www.ua.pt/esan/pageimage.aspx?Id=4497

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16 http://alumni.uminho.pt/

vos creditados, possibilitando diferentes esquemas de prosseguimento de estudos e capitalização de créditos. São três os destinatários do Programa: (i) os jovens, que precisam de ensino e formação qualificante e profissionalizante; (ii) os quadros em-presariais, que precisam de actualização e requalificação; (iii) as empresas e demais organizações, que precisam de maior robustez económica e produtividade.

As ofertas formativas do Programa resultaram de um exercício aprofundado de diag-nóstico de necessidades de competências no tecido económico da região. Este diag-nóstico influenciou de forma determinante a configuração do Programa e propiciou uma muito boa receptividade no mercado de trabalho aos seus diplomados. Este exercício e a acção geral do Programa tiveram também um efeito regulador entre os diferentes agentes do sistema educativo e formativo da região, provocando um maior equilíbrio temático e geográfico das ofertas formativas disponibilizadas nos últimos anos.

Universidade do Porto

A Universidade do Porto, através das diferentes Faculdades, para além da formação a nível graduado e pós-graduado, oferece aos estudantes alguns serviços de apoio à empregabilidade e à transição para a vida activa:

> Bolsa de emprego - Bolsas de Emprego especializadas de acordo com a Faculdade e respectiva área de formação;

> Gabinetes de Integração na Vida Activa – Gabinetes constituidos com o objectivo de responder às necessidades de apoio à adaptação académica e de integração profis-sional dos estudantes (sendo áreas prioritárias de actuação a Orientação Escolar e Profissional e a Promoção da Inserção na Vida Activa).

Universidade do Minho - Portal alumniUM18

O portal alumniUM foi criado pela Universidade do Minho para servir de elo de comuni-cação e reforçar a ligação entre a Universidade e os seus antigos alunos, quer através de uma Bolsa de Emprego, quer facultando o acesso a um conjunto de serviços da Instituição.

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Diagnóstico Sintético

Com o objectivo de acompanhar de perto o trajecto profissional dos diplomados da Universidade do Minho, para melhor avaliar os resultados da sua formação e melhor poder ajustar o perfil da oferta formativa à evolução das necessidades do mercado de trabalho, os utilizadores do alumniUM são convidados a preencher um questionário destinado a avaliar o impacto da sua formação universitária na procura e obtenção do primeiro emprego e no seu percurso profissional, bem como para apurar as dificulda-des associadas à integração no mercado de trabalho.

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro disponibiliza aos seus alunos o Gabi-nete de Saídas Profissionais19. O GASP tem como objectivos:

> Apoio aos estudantes e recém-licenciados em todo o processo da procura activa de emprego, nomeadamente na elaboração de Curriculum Vitae, Cartas de Can-didatura, Preparação para Entrevistas, entre outros;

> Orientação e informação aos estudantes e recém-licenciados, no sentido de de-finir o percurso formativo e profissional;

> Apoio à frequência de estágios curriculares e profissionais, cursos de formação profissional e a promoção de outras formas de contacto com o mercado de tra-balho;

> Recolha e divulgação de ofertas de emprego e de formação profissional;

> Contactos regulares com as empresas e com outras entidades empregadoras no sentido de promover a articulação entre estas entidades e o ensino superior;

> Implementar acções de informação e formação com vista a facilitar a integração de recém-licenciados;

> Analisar de forma sistemática o comportamento do mercado de emprego face à procura das várias áreas de licenciatura, pretendendo assim contribuir, em última análise, para a definição/redefinição da política de criação de licenciaturas.

Universidade Católica Portuguesa - Projecto PIC – Portfolio Individual de Competências20

O Projecto PIC está em curso na Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica Portuguesa e é um projecto-piloto que pretende potenciar as competências

19 http://www.utad.pt/pt/instituicao/vice_reitorias/av_qua_ensino/gasp/index.html 20 http://www.porto.ucp.pt/site/custom/template/ucptplfac.asp?SSPAGEID=900&lang=1&artigoID=2067

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transversais dos alunos, proporcionado ferramentas de desenvolvimento intencional e sistemático de competências, facilitador da sua explicitação:

> Pelo desenvolvimento curricular - A maior parte das aprendizagens no ensino superior conduzem ao desenvolvimento de competências, mas as metodologias de avaliação usadas muitas vezes não explicitam essas competências. O projecto pretende identificar as boas práticas já existentes, bem como identificar necessi-dades e oportunidades de uma maior integração das competências no currículo.

> Pela plataforma de balanço de competências - O processo de Balanço de Com-petências pode ser crucial para ajudar os alunos a identificarem e a potenciarem as suas experiências, académicas ou não, incluindo por exemplo experiências de trabalho em part-time ou experiências de aprendizagem em contexto de trabalho.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto

Iniciativa “Ano Zero”21

A Iniciativa Ano Zero tem os seguintes objectivos:

> Preparação dos alunos para a realização do Exame Nacional do Ensino Secundário - Matemática A;

> Dotar os alunos de ferramentas, metodologias e conhecimentos que lhes permi-tam uma boa transição para o ensino superior;

> Promover a integração no ensino superior através de uma vivência académica responsável: livre acesso a bibliotecas, salas de estudo, cantinas, consultas psi-co-pedagógicas, cursos e seminários técnicos, etc., nos mesmos moldes dos restantes alunos da instituição ISEP.

No caso de ter uma frequência igual ou superior a 80% do tempo total da formação e com aproveitamento positivo, os alunos que ingressarem no ISEP poderão requerer equivalências a algumas disciplinas de alguns cursos do próprio ISEP.

Bolsa de Emprego22

O ISEP disponibiliza aos seus alunos e entidades empregadoras uma Bolsa de Empre-go focalizada nas áreas de formação superior oferecidas pelo próprio ISEP. Através

21 http://www.isep.pt/v_html/pdfs/anozero20082009.pdf22 https://www.bolsadeemprego.isep.ipp.pt/be_isep/index.asp?

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Diagnóstico Sintético

desta Bolsa de Emprego os alunos poderão consultar ofertas de emprego e registar e disponibilizar o seu curriculum vitae online. As entidades empregadoras, por sua vez, poderão pesquisar os diferentes curricula dos alunos e poderão deixar na plataforma as suas ofertas de emprego.

AIMINHO - Academia de Negócios23

A AIMinho e a Escola de Gestão do Porto - University of Porto Business School (EGP-UPBS), com o apoio da Optimus e da Sonaecom, criaram a Academia de Negócios do Minho. A oferta formativa da Academia pretende responder às necessidades das em-presas da Região e está focalizada em áreas como: Gestão Geral/Estratégia e Compe-tências e Liderança Empresarial.

As formações anteriormente referidas contam com a parceria da EGP-UPBS desde a fase de concepção dos programas até à sua execução e avaliação.

AEP

A AEP dinamiza uma oferta alargada de formações a diferentes níveis24:

> Formação Pós-Graduada e Especializada em cooperação com diferentes entida-des de ensino superior

> Formação Contínua em diferentes áreas de competência (por exemplo: Ges-tão, Finanças Empresariais, Comercial / Marketing, Gestão de Recursos Huma-nos, Gestão Industrial, Turismo, Secretariado e Práticas Administrativas, etc.) A operacionalização destas formações é complementada com diversos serviços às empresas (por exemplo: diagnóstico de necessidades de formação: organi-zação de acções de formação inter e intra-empresas: elaboração de planos de formação; consultoria e assistência técnica a projectos de formação; avaliação da formação).

23 http://www.aiminho.pt/aiminho/noticias/VerNoticia.po?noticiaID=64311&ts=1230646139443 24 http://aepformacao.aeportugal.pt/

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25 Adaptada e actualizada a partir dos trabalhos de José Matias Alves [1], José Manuel Varejão [65] e da Agenda Regional para a Empregabilidade da CCDRN.26 Há, no entanto, concelhos na região do Douro e de Basto que, à data de elaboração deste documento, ainda possuem níveis muito baixos de ofertas formativas desta natureza.

Tabela 1 - Empregabilidade na Região Norte: Balanço Geral de um Diagnóstico Sintético25

Pontos Fortes Pontos Fracos

- Tendência para o crescimento do número de jovens a frequentar sistemas de qualificação profissional (embora, a percentagem seja ainda pequena);

- Existência de capacidade e diversidade de ofer-ta formativa de natureza qualificante26:

- Cursos de Educação Formação;

- Cursos de Aprendizagem;

- Cursos Profissionais;

- Cursos Tecnológicos;

- Cursos de Especialização Tecnológica;

- Bons níveis de empregabilidade de algumas ofertas formativas;

- Existência de uma rede de Instituições de En-sino Superior, Centros Tecnológicos, Centros de Formação, Escolas Profissionais e Escolas Se-cundárias, com orientação técnica ou tecnológi-ca, crescentemente relacionada com a estrutura produtiva da Região.

- Elevadas taxas de retenção e abandono em pra-ticamente todos os níveis de escolaridade;

- Larga preferência social pela frequência dos cursos gerais do ensino secundário;

- Elevado índice de desemprego de diplomados;

- Baixa qualificação da população activa e pouca sensibilidade para as necessidades de requalifi-cação e de formação ao longo da vida;

- Estrutura empresarial dominada por micro e pequenas empresas com empresários maiorita-riamente pouco qualificados;

- Proliferação de ofertas formativas em função de fenómenos “modistas” ou apenas por fácil aces-so ao financiamento;

- Debilidade dos dispositivos de detecção das ne-cessidades de qualificação;

- Défice de articulação entre o tecido económico, o sistema de ciência e tecnologia e o sistema de ensino e formação;

- Elevadas e persistentes disparidades intra-regionais;

- Fragilidades em algumas áreas de concentra-ção, derivadas da mono especialização sectorial, particularmente ao nível da vulnerabilidade do emprego e do equilíbrio social;

- Deficiente capacidade de fixação de recursos humanos mais qualificados.

2.3 Diagnóstico: Balanço Geral

A conjugação do diagnóstico sintético apresentado nas secções anteriores com os elementos adicionais incluídos na secção 9, “Anexo 1: Elementos de Diagnóstico”, permite construir o seguinte balanço geral sobre a problemática da empregabilidade na região do Norte:

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Diagnóstico Sintético

Oportunidades Ameaças

- Elevado índice de desemprego de diplomados – que, através de programas de integração profis-sional, poderá ter reflexos positivos em termos da renovação das empresas;

- Focos emergentes de especialização de base tecnológica (por exemplo, TICs e Electrónica, Biotecnologia, Saúde, Energia e Eficiência Ener-gética, etc.);

- Reconversão das indústrias tradicionais por in-corporação de inovação e novas tecnologias, por exemplo, TIC;

- Existência de alguns exemplos bem sucedidos de colaboração entre o sistema científico e tec-nológico e as empresas;

- Qualificações de largo número de emigrantes de países que tradicionalmente têm níveis de qualificações mais elevados que em Portugal (por exemplo, Países de Leste).

- Arrefecimento das expectativas de mobilidade social ascendente através da frequência dos sis-temas de educação e formação existentes, dado o desemprego de diplomados (com cursos se-cundários e superiores);

- Dificuldade crescente de fixação na Região de recursos humanos qualificados;

- Actividades “mão-de-obra intensiva” em des-localização por serem mais caras que noutros países. Recursos humanos ainda pouco signifi-cativos para atrair actividades do tipo “conheci-mento-intensivo”;

- Actuações sectoriais, em matéria de emprego-formação-educação, com lacunas de articulação interinstitucional e com fragilidades ao nível da territorialização das intervenções;

- Postura recorrentemente estandardizada na definição das ofertas formativas com riscos de desajustamento face às necessidades do merca-do de trabalho;

- Risco de alguns esforços de formação de pes-soas em situação de desemprego poderem de-generar de medida temporária para expediente permanente.

Tabela 1 - Empregabilidade na Região Norte: Balanço Geral de um Diagnóstico Sintético (cont.)

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3 Empregabilidade na

Região Norte: Visão, Estratégia e Metas

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Empregabilidade na Região Norte: Visão, Estratégia e Metas

3. Empregabilidade na Região Norte: Visão, Estratégia e Metas

3.1 Visão

O diagnóstico acabado de efectuar permite percepcionar os traços dominantes da pro-blemática da empregabilidade na Região Norte. A evolução que se pretende conseguir é determinada pela seguinte visão:

A Região Norte deverá, até 2015, ser capaz de atingir níveis de empregabilidade que permitam um alinhamento com as regiões mais desenvolvidas da Europa, em benefí-cio dos jovens à procura do primeiro emprego, da capacidade dos activos na manuten-ção ou recuperação de emprego e das empresas no que respeita ao recurso a quadros com as competências que efectivamente necessitam.

3.2 Princípios Orientadores

O caminho para se atingir a visão acima enunciada deve ser balizado pelos seguintes princípios orientadores:

a) A capacidade de um indivíduo para o exercício de uma profissão está intima-mente relacionada com as suas competências27 e com as qualificações que lhes servem de base;

27 O conceito de competência (e a sua caracterização segundo diversas tipologias) tem sido amplamente tra-tado na literatura [ver p.ex. referências 14, 16 e 50 da lista bibliográfica apresentada no fim deste documento]. No âmbito deste Plano adopta-se uma tipologia que se pretendeu simples, tentando não ser redutora. Consi-deram-se basicamente três grandes tipos de competências: (i) as competências disciplinares (o saber), (ii) as competências técnicas (o saber fazer) e (iii) as competências comportamentais (o saber ser).

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b) As qualificações de um indivíduo são maioritariamente fruto do ensino e forma-ção que recebeu e do meio social em que desenvolveu a sua personalidade; a escola e a família têm aqui um papel de grande importância;

c) O ajustamento entre o ensino e a formação recebidos e o perfil de competências associado à profissão a desempenhar têm uma influência relevante nas condi-ções de empregabilidade do indivíduo.

Estes princípios orientadores não devem ser interpretados como significando uma necessidade absoluta de subordinação das escolhas do indivíduo (enquanto sujeito aprendente) e da escola (enquanto entidade ensinante) a uma mera lógica de procura-oferta determinada por algum tipo de leis de mercado.

Reconhece-se a liberdade de o indivíduo fazer as escolhas que entender mais corres-ponderem à sua vocação e de o sistema de ensino e formação decidir as suas ofertas de acordo com as respectivas estratégias de intervenção na comunidade. O que não pode deixar de acontecer é que todas as partes envolvidas neste processo (o indiví-duo, a escola, o mercado de trabalho, os decisores políticos) tenham conhecimento pleno das implicações de tais opções e das suas correspondentes consequências a diversos níveis, entre eles, o da capacitação dos indivíduos e do apetrechamento do tecido económico com os recursos humanos que necessita para a sua sustentabilida-de e competitividade.

3.3 Estratégia Regional para a Empregabilidade

Os traços distintivos da problemática da empregabilidade na região do Norte anterior-mente diagnosticados permitem identificar os seguintes grandes desafios:

> Fazer com que mais jovens decidam estudar e que os que tomem essa decisão o façam cada vez mais em direcção a formações qualificantes e com oportunida-des no mercado de trabalho;

> Fazer com que mais activos decidam actualizar os seus saberes profissionais;

> Fazer com que haja menos insucesso e abandono escolar;

> Fazer com que o sistema de ensino e formação se aproxime mais do que são as reais necessidades do mercado de trabalho e não das modas do momento ou das oportunidades de financiamento.

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Empregabilidade na Região Norte: Visão, Estratégia e Metas

Estes desafios conjugados com a visão de evolução pretendida neste domínio permi-tem identificar os seguintes vectores prioritários de actuação da Estratégia Regional para a Empregabilidade no Norte de Portugal:

> Melhorar os níveis de qualificação da população

> Aumentando o número de jovens que optam por prosseguir estudos para além da escolaridade obrigatória.

> Combatendo o abandono escolar.

> Combatendo o insucesso escolar.

> Promovendo a formação ao longo da vida, tanto nos sectores tradicionais como nos sectores emergentes e na administração pública.

> Aproveitando períodos de inactividade das empresas ou de desemprego dos activos para acções de requalificação ou de actualização.

> Melhorar o ajustamento entre as formações e o mercado de trabalho

> Fazendo com que as escolhas vocacionais dos jovens se orientem mais para percursos qualificantes e o número de diplomados fora do mercado de trabalho decresça.

> Promovendo a prática regular de diagnósticos de necessidades de formação a nível territorial e sectorial.

> Promovendo uma maior vinculação das ofertas formativas às necessidades e oportunidades do mercado de trabalho.

> Apoiar a transição para a vida activa

> Promovendo a aproximação entre a escola e as entidades empregadoras.

> Apoiando a integração crescente dos jovens em ambientes de formação em contexto de trabalho.

> Intensificar e diversificar o emprego social

> Como forma de primeira integração no mercado de trabalho a diplomados de-sempregados.

> Como alternativa a períodos de desemprego ou de reduções de laboração nas empresas.

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43

3.4 Metas

A materialização da visão e das prioridades estratégicas anteriormente delineadas pas-sa por um conjunto de metas intermédias. Os indicadores associados a essas metas são de duas naturezas distintas:

> Melhoria dos níveis de qualificação geral da população.

> Criação de processos, essencialmente ao nível de redes de concertação territorial e sectorial e da sua operacionalização com o envolvimento de todos os actores relevantes.

Interessa ainda referir que as metas adiante estabelecidas tomam também em con-sideração a complementaridade da Agenda para Empregabilidade com os diferentes Programas Operacionais, nomeadamente com o POPH (Programa Operacional para o Potencial Humano) e com o PO Norte (Programa Operacional Norte). As grandes orientações definidas em instrumentos tais como o Plano Nacional de Emprego (PNE), o Plano Nacional para o Crescimento e o Emprego (PNACE), o Plano Tecnológico (PT) e a Iniciativa Emprego 2009 foram igualmente tomadas em conta.

Tendo em consideração as prioridades estratégicas da Agenda para a Empregabili-dade, o enquadramento de política nacional de valorização do potencial humano e as especificidades da região do Norte apresentam-se de seguida as metas consideradas necessárias para permitir alinhar esta região com os padrões de empregabilidade de-sejados.

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Empregabilidade na Região Norte: Visão, Estratégia e Metas

Prioridades Estratégicas Indicadores Ponto dePartida

Metas

2007 2010 2015

Melhorar os níveis de qualificação da população.

Aumentando o número de jovens que optam por prosseguir estudos para além da escolaridade mínima obrigatória.

População do grupo etá-rio 20-24 anos com o en-sino secundário.

53,4%28 65% 80%

Combatendo o abandono e o insu-cesso escolar.

Taxa de retenção/desis-tência.

23,71%29 15% 10%

Promovendo a formação ao longo da vida, tanto nos sectores tradicio-nais como nos sectores emergen-tes e na administração pública.

Activos em acções de formação.

4,4%30 6% 15%

Aproveitando períodos de inactivi-dade das empresas ou de desem-prego dos activos para acções de requalificação ou de actualização.

Empresas aderentes a programas formação.

18,9%31 25% 35%

Melhorar o ajustamento entre as formações e o mercado de traba-lho.

Fazendo com que as escolhas vo-cacionais dos jovens se orientem mais para percursos qualificantes e o número de diplomados fora do mercado de trabalho decresça.

Escolha vocacional pro-fissionalizante.

23,9%32 32,5% 40%

Promovendo a prática regular de diagnósticos de necessidades de formação a nível territorial.

NUTS III com processos de diagnóstico regular de necessidades de forma-ção implementados.

25% 75%

Promovendo uma maior vincu-lação das ofertas formativas às necessidades e oportunidades do mercado de trabalho.

Ofertas fundamentadas por diagnósticos de ne-cessidades de formação.

15% 75%

Metas e Indicadores

28 Plano Tecnológico, Plano Nacional de Emprego29 GEP-ME30 Plano Tecnológico, Plano Nacional de Emprego31 DGEEP-MTSS32 Anuário Estatístico de Portugal 2007; dados tratados pela Agenda para a Empregabilidade

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Metas e Indicadores (cont.)

Apoiar a transição para a vida ac-tiva.

Promovendo a aproximação entre a escola e as entidades emprega-doras.

Escolas com protocolos de cooperação com em-presas.

10% 75%

Apoiando a integração crescente dos jovens em ambientes de for-mação em contexto de trabalho.

Jovens em acções de estágio (curricular ou profissionalizante).

26,7% 32,5% 40%

Intensificar e diversificar o empre-go social

Como forma de primeira integra-ção no mercado de trabalho a di-plomados desempregados.

Diplomados enquadra-dos em acções de em-prego social.

5% 25%

Como alternativa a períodos de desemprego ou de reduções de laboração nas empresas.

Desempregados enqua-drados em acções de emprego social.

10% 33%

Prioridades Estratégicas Indicadores Ponto dePartida

Metas

2007 2010 2015

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4 Agenda Regional da

Empregabilidade: Missão e Objectivos

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Agenda Regional da Empregabilidade: Missão e Objectivos

4. Agenda Regional da Empregabilidade: Missão e Objectivos

4.1 Missão

Tendo em conta a visão e a estratégia anteriormente definidas, a Agenda Regional para a Empregabilidade assume como missão identificar orientações e propor cami-nhos que possam promover a melhoria da empregabilidade na Região do Norte.

A natureza da Agenda Regional para a Empregabilidade não é a de um Programa Ope-racional. Os instrumentos disponíveis para a materialização do Plano de Acção que adiante se apresenta são os proporcionados pelos diferentes Programas Operacionais, de natureza temática ou territorial, integrados no QREN ou noutro tipo de iniciativas de desenvolvimento económico, social e territorial, bem como os meios próprios dos diferentes intervenientes. A estes instrumentos a Agenda Regional para a Emprega-bilidade acrescenta uma acção de concertação ao nível regional e central, explorando sinergias e complementaridades, identificando oportunidades e mobilizando actores.

O cumprimento da missão da Agenda Regional para a Empregabilidade envolve, as-sim, dois vectores fundamentais:

> A promoção da Estratégia Regional para a Empregabilidade anteriormente enun-ciada;

> A implementação de um Plano de Acção a executar no quadro da própria Agenda Regional para a Empregabilidade com o intuito de criar as condições envolventes adequadas para a concretização da referida Estratégia Regional para a Emprega-bilidade através, nomeadamente da (i) adopção de práticas de regular rastreio e diagnóstico de necessidades de formação e de evolução do mercado de trabalho, (ii) adopção de sistemas de indicadores amplamente partilhados e (iii) disponi-bilização dos respectivos dados através de sistemas de informação de acesso generalizado.

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Em síntese, a Agenda Regional para a Empregabilidade procura contribuir para con-gregar as vontades e estabelecer as redes de cooperação e de eficiência colectiva necessárias à concretização das iniciativas, das políticas e das estratégias acima iden-tificadas, bem como fortalecer os instrumentos de monitorização que possibilitem o seu aparecimento e consolidação ao longo do tempo.

4.2 Objectivos Gerais

Os objectivos gerais da Agenda Regional para a Empregabilidade são os seguintes:

> Contribuir para melhoria da empregabilidade na Região Norte através da definição de uma Estratégia Regional para a Empregabilidade;

> Contribuir para a mobilização dos meios materiais e humanos necessários à con-cretização da referida Estratégia Regional para a Empregabilidade.

4.3 Objectivos Específicos

A intervenção da Agenda Regional para a Empregabilidade assenta no seguinte con-junto de objectivos específicos:

1) Promoção do diagnóstico regular da situação relativa à problemática da emprega-bilidade:

a) Identificação de necessidades e oportunidades de formação. Particular ênfase deve ser dada aos perfis profissionais associados aos empregos que pela sua importância para alguns sectores vitais da região assumem uma natureza crítica.

b) Identificação atempada de situações de risco decorrentes de mutações tecnoló-gicas, organizacionais ou económicas com impacto significativo no emprego re-gional, nomeadamente ao nível dos empregos sensíveis cuja continuidade pode estar em risco.

2) Promoção de boas práticas de regular recolha, actualização, disponibilização e in-tercâmbio de dados nos sistemas de informação utilizados na cadastragem das

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50

Agenda Regional da Empregabilidade: Missão e Objectivos

ofertas de ensino, formação e emprego33. O recurso a um adequado sistema de indicadores, capaz de reflectir as dinâmicas de oferta de educação e formação em confronto com as solicitações do mercado de trabalho é um requisito fundamental na prossecução deste objectivo.

3) Criação de uma base de conhecimento regional sobre a problemática da emprega-bilidade, nomeadamente no que se refere aos perfis profissionais mais represen-tativos na região incluindo os que estão associados a dinâmicas emergentes, por exemplo (i) as indústrias criativas, (ii) as indústrias da moda, a (iii) energia e eficiên-cia energética, (iv) a saúde, etc.

Esta base de conhecimento deve incluir, entre outros aspectos, os respectivos referenciais de formação a incluir no Catálogo Nacional de Qualificações e as taxas de empregabilidade das diferentes formações ao longo do tempo.

4) Promoção da concertação entre os agentes envolvidos na formação e no emprego.

5) Intensificação das acções de orientação vocacional e de dignificação do ensino e formação de natureza técnica e profissionalizante.

6) Intensificação das acções de sensibilização dos activos para a necessidade de for-mação ao longo da vida.

7) Implementação de mecanismos de rastreabilidade do impacto do ensino e da for-mação no tecido económico (ganhos de inovação, ganhos de produtividade, etc.).

8) Identificação e difusão de práticas de excelência.

4.4 Objectivos Operacionais

A Agenda Regional da Empregabilidade pretende contribuir para a materialização da visão a longo prazo anteriormente delineada através do seguinte conjunto de objecti-vos operacionais:

33 A importância deste tipo de intervenções é reconhecida por vários organismos internacionais como atestam, por exemplo, os estudos: “European Commission (2001b) Final report: High-level task force on skills and mo-bility” (disponível em http://europa.eu.int/comm/employment_social/publications/2001/ke4302082_en.html); e “Systems, institutional frameworks and processes for early identification of skill needs”, Cedefop Panorama series; 135, Luxembourg: Office for Official Publications of the European Communities, 2007.

Page 52: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

51

> Até ao fim de 2010 dinamizar e acompanhar acções em pelo menos 25% das NUT III da região Norte tendo em vista a implementação de processos de diag-nóstico regular da situação relativa à empregabilidade: necessidades de forma-ção, ofertas formativas, taxas de adesão, sucesso e empregabilidade, tendências de evolução da empregabilidade nos sectores económicos dominantes. Em 2015 uma percentagem de 75% das NUT III da região Norte deveria estar coberta por estes processos. A colaboração intermunicipal para alcançar estas metas deverá ser encorajada.

> Dinamizar e acompanhar acções que garantam, num horizonte de 2010, que a generalidade dos jovens em idade escolar possa ter acesso a informação sobre as ofertas de ensino e formação, de natureza profissionalizante, disponíveis na Região do Norte: cursos, perfis profissionais para que visam preparar e respecti-vos referenciais de competências, referenciais de formação, taxas de emprega-bilidade de ofertas anteriores, taxas de sucesso, etc. Até 2015 esta percentagem deveria ser também atingida para as demais ofertas de ensino e formação.

> Dinamizar e acompanhar acções que garantam, num horizonte de 2010, que para a generalidade dos sistemas de informação das entidades públicas com respon-sabilidade no acompanhamento das questões de emprego, na definição das ofer-tas de ensino e formação e na dinamização das actividades económicas foram identificados os mecanismos necessários para a troca e partilha de informação. Com isto tem-se em vista a necessidade de disponibilizar ao público em geral, informação integrada sobre necessidades, oportunidades e tendências do mer-cado de trabalho, ofertas de ensino e formação bem como as respectivas taxas de empregabilidade. Esta evolução deveria garantir a capacidade de federação34 da generalidade destes sistemas de informação até 2015.

A prossecução de tais objectivos envolve naturalmente, e em primeira mão, todos os Organismos e Entidades Públicas (Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Ministério da Educação, Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), que têm nesta matéria missões fundamentais e insubstituíveis. Por conseguinte, a Agenda para a Empregabilidade só atingirá plenamente tais metas mediante a convergência e a cooperação destas entidades com outras à escala regional e local.

34 O conceito de federação de sistemas de informação não implica a integração dos sistemas nem a perda da sua identidade própria. A federação de sistemas de informação implica tão só a capacidade de inter-funciona-mento entre sistemas, troca de informação pré-definida, concordância no estabelecimento de algumas normas comuns para descrição e arquivo de informação bem como eventual necessidade de harmonização de alguns procedimentos.

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Page 54: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

5 Plano de Acção

Page 55: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

54

Plano de Acção

5. Plano de Acção

A Estratégia Regional para a Emprega-bilidade anteriormente apresentada es-tabelece as grandes prioridades que a Região deve adoptar para poder atingir as metas estabelecidas e concretizar a visão de empregabilidade desejada para as populações do Norte. Trata-se de um desígnio para a Região que deve envol-ver todos os actores com responsabili-dades na área da empregabilidade.

Neste contexto a Agenda Regional para a Empregabilidade propõe-se dinami-zar um conjunto de acções de apoio à implementação da Estratégia Regional para a Empregabilidade. Esse conjunto de acções constitui o Plano de Acção da Agenda Regional para a Empregabi-lidade. Este Plano de Acção pretende ser um referencial para o investimento público e privado financiado pelos Pro-gramas Operacionais temáticos, pelo FEADER, pelo FEP e por outros instru-mentos de financiamento nacionais ou comunitários em matérias que tenham a ver com a promoção da empregabilidade no Norte de Portugal.

A lógica subjacente à elaboração do Pla-

no de Acção da Agenda Regional para

a Empregabilidade foi a de identificar

orientações e propor caminhos.

O Plano de Acção da Agenda Regional

para a Empregabilidade apresenta, em

muitos aspectos, uma natureza com-

plementar e transversal em relação aos

eixos e medidas dos diferentes Progra-

mas Operacionais.

Os instrumentos disponíveis para a ma-

terialização do Plano de Acção da Agen-

da Regional para a Empregabilidade são

os proporcionados pelos diferentes Pro-

gramas Operacionais, de natureza temá-

tica ou territorial, integrados no QREN

ou noutro tipo de iniciativas de apoio ao

desenvolvimento económico, social e

territorial.

Apresentam-se de seguida as linhas ge-

rais das Acções consideradas prioritários

para a concretização deste Plano e que a

Agenda Regional para a Empregabilida-

de se propõe operacionalizar.

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55

5.1 Linha 1: Promoção de Redes de Concertação Territorial para a Empregabilidade

Pretende-se promover a consolidação de uma rede equilibrada de oferta de ensino e formação à escala supra-municipal através de processos de concertação envolvendo todos os actores relevantes.

Objectivos

São objectivos específicos desta linha de acção:

(i) A montagem de processos de concertação à escala supra-municipal envolvendo actores representativos dos órgãos de governação local e regional, do tecido eco-nómico e do sistema de ensino e formação. Com este objectivos tem-se em vista a construção de uma rede equilibrada e coerente de oferta de ensino e formação, em particular, de natureza profissionalizante.

(ii) O estímulo às economias de aglomeração, de proximidade, de rede e de escala.

(iii) A capacitação dos Agentes das Redes de Concertação Regional e Territorial a en-volver na implementação de práticas regulares de (i) diagnóstico de necessidades de formação, (ii) quantificação de taxas de empregabilidade das ofertas formativas, (iii) identificação de situações de risco decorrentes de mutações tecnológicas, or-ganizacionais ou económicas com impacto significativo no emprego regional.

(iv) A identificação das necessidades de ensino e formação num horizonte de, pelo menos, 3 anos através do envolvimento conjunto das Escolas, das Empresas e das Autarquias e da consequente definição e implementação de um Programa de Acção Intermunicipal para a Empregabilidade.

(v) A celebração de Pactos Territoriais para a Empregabilidade, vinculando os agentes com maior relevância na construção de redes equilibradas de oferta de ensino e formação.

Tipologia de Acções

- Criação de Redes de Concertação Territorial:

As Redes de Concertação Territorial têm por objectivo a organização de fóruns à escala intermunicipal, envolvendo actores representativos dos órgãos de governa-

Page 57: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

56

Plano de Acção

ção local e regional, do tecido económico, do sistema de ensino e formação e do sistema de ciência e tecnologia, tendo em vista:

> Promover o debate sobre as estratégias de desenvolvimento local e regional, sobre as tendências de evolução dos sectores económicos dominantes, e sobre as estratégias de intervenção do sistema de ensino e formação e ciência e tecno-logia e o seu ajustamento às necessidades do tecido económico.

> Fazer o tratamento e a sistematização da informação dos fóruns territoriais e sec-toriais e promovendo a organização de acções de debate e sensibilização sobre os referidos temas prioritários (Encontros, Jornadas, Seminários, Conferências, etc.).

> Fazer a identificação de necessidades de ensino e formação num horizonte de, pelo menos, 3 anos, ao nível dos sectores económicos dominantes e da admi-nistração pública, através de estudos de diagnósticos de necessidades de ensino e formação destinados a apoiar a definição de ofertas de formação inicial de natureza técnica e profissionalizante ou de formação contínua para activos. Tanto quanto possível estes estudos devem ter um carácter prospectivo, procurando acautelar possíveis mutações do mercado de trabalho. Neste âmbito, estão pre-vistas acções exploratórias para algumas NUT, bem como para a Administração pública desconcentrada (neste caso ao nível da NUTS II).

> Definir, implementar e monitorizar o subsequente Programa de Acção Intermu-nicipal para a Empregabilidade, onde, numa perspectiva plurianual se estrutu-ram os principais projectos e acções a desenvolver no sentido de melhorar o ajustamento da oferta de ensino e formação às necessidades que emergem do diagnóstico efectuado.

As Redes de Concertação Territorial são constituídas pelos agentes com maior rele-vância na construção de redes de oferta de ensino e formação e são governadas por Pactos Territoriais para a Empregabilidade, vinculando os seus agentes e a CCDRN.

As acções destas redes devem ser objecto de Planos de Actividades e de Relatórios de Execução de carácter anual onde constem os diagnósticos de necessidades de ensino e formação relativas ao respectivo território.

Page 58: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

57

5.2 Linha 2: Promoção da Empregabilidade nos principais Clusters Regionais e Pólos de Competitividade e Tecnologia

Com esta linha de acção pretende-se potenciar a promoção da Empregabilidade nos principais Clusters Regionais e Pólos de Competitividade e Tecnologia, nomeadamen-te através das seguintes actividades:

Objectivos

> Identificação de necessidades de formação com carácter prospectivo e a estru-turação de programas de acção sectoriais, no contexto dos principais pólos e clusters presentes na Região.

> Compreensão da evolução nos sectores industriais dominantes na Região Norte e, consequentemente, da evolução dos respectivos perfis profissionais (emer-gência de novos perfis profissionais, mutação e/ou extinção dos perfis já existen-tes), ajudando a perspectivar quais as competências mais importantes (actuais e emergentes) para esses sectores.

> Realização de iniciativas destinadas à informação e orientação vocacional, à pro-moção da formação ao longo da vida profissional e à dignificação do ensino de na-tureza técnica e profissionalizante, no âmbito desses mesmos pólos e clusters.

> Celebração de Pactos Sectoriais para a Empregabilidade, vinculando os agentes com maior relevância na construção de redes equilibradas de oferta de ensino e formação.

Tipologia de Acções

- Programas de Acção para a Empregabilidade / Estudos Sectoriais de Diagnósticos de Necessidades de Formação

> Estudos que melhorem a compreensão da evolução e dinâmica dos sectores in-dustriais dominantes na Região Norte e, consequentemente, a evolução dos res-pectivos perfis profissionais (emergência de novos perfis profissionais, mutação e/ou extinção dos perfis já existentes). Estes estudos deverão ajudar a perspec-tivar quais as competências mais importantes (actuais e emergentes) para esses sectores e compreender os ajustamentos que o Sistema de Ensino e Formação deverá introduzir nas suas ofertas de modo a dar resposta a essas necessidades.

> Estudos que melhorem a compreensão da evolução e dinâmica do sector da Administração Pública na Região Norte e, consequentemente, a evolução dos

Page 59: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

58

Plano de Acção

respectivos perfis profissionais (emergência de novos perfis profissionais, muta-ção e/ou extinção dos perfis já existentes). Estes estudos deverão ajudar a pers-pectivar quais as competências mais importantes (actuais e emergentes) para o sector e compreender os ajustamentos que o Sistema de Ensino e Formação deverá introduzir nas suas ofertas de modo a dar resposta a essas necessidades.

> Programas de Acção Sectoriais para a Empregabilidade que permitam, através de uma abordagem prospectiva e plurianual, estruturar e celebrar verdadeiros contratos de objectivos com referenciais standard e metas quantificadas de ensi-no e formação para cada um dos principais Pólos de Competitividade e Clusters Regionais do Norte de Portugal.

Os Programas de Acção Sectoriais para a Empregabilidade destinam-se a ser exe-cutados por Redes de Concertação Sectorial constituídas pelos agentes com maior relevância nesse contexto e são governadas por Pactos Sectoriais para a Empregabili-dade, vinculando os seus agentes e a CCDRN, não apenas nos processos de diagnós-tico, mas também e sobretudo, na definição, implementação e monitorização desses Programas de Acção para a Empregabilidade. As acções destas redes devem ser ob-jecto de Relatórios Sectoriais da Empregabilidade com carácter anual.

No âmbito da dinamização e seguimento destas redes de concertação sectoriais – em particular, definição e implementação e monitorização dos referidos Programas de Acção Sectoriais para a Empregabilidade, pode, ainda, ser considerada a dinamização das seguintes actividades:

- Acções de Orientação Vocacional;

> Feiras de Profissões e de Emprego.

> Mostras de Ensino e Formação.

> Outras acções de informação e sensibilização sobre actividades profissionais, com particular destaque para as novas profissões de base tecnológica.

> Visitas de estudo (empresas, laboratórios de investigação, parques de ciência, Centros Ciência Viva, etc.).

- Acções para a Promoção da Formação ao Longo da Vida;

> Acções de Sensibilização: Informação prospectiva sobre tendências tecnológicas e organizacionais e respectivos impactos nos empregos.

> Acções para a dignificação da formação.

Page 60: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

59

> Apoio a empresas/organizações que promovam a requalificação e actualização de activos (incluindo a Administração Pública).

> Apoio a empresas/organizações que implementem sistemas de reconhecimen-to da formação dos seus empregados, incluindo a Administração Pública.

- Acções de fomento à colaboração Escola-Empresa;

- Apoio à celebração de acordos de acompanhamento Escola-Empresa tendo por objectivo a melhoria de qualidade de um Curso, a promoção do sucesso escolar dos Alunos ou acções de intercâmbio, tais como;

> Envolvimento de quadros das Empresas em acções de ensino, formação ou demonstração nas Escolas.

> Envolvimento de professores das Escolas em acções a desenvolver no seio das empresas (preparação de visitas de estudo, acções de sensibilização para renovação de saberes junto dos activos das empresas, etc.).

> Envolvimento dos alunos em actividades a desenvolver no seio das empresas.

> Apoio técnico a acções de promoção da oferta de prémios e de bolsas de incentivo.

- Organização de Eventos (Encontros, Jornadas, Seminários, Conferências, etc).

5.3 Linha 3: Dinamização e seguimento da Agenda Regional para a Empregabilidade

Pretende-se com esta linha de acção promover a organização com carácter periódico (anual) de um Fórum Regional para a Empregabilidade e incentivar a valorização dos Sistemas de Informação Regionais relativos ao Mercado de Trabalho e às Ofertas de Ensino e Formação.

Objectivos

> Organização com carácter periódico (anual) de um Fórum Regional para a Empre-gabilidade. Este evento tem os seguintes objectivos;

- Divulgação de casos de boas práticas a nível internacional (CEDEFOP, OCDE, OIT, casos específicos de diversos países/ regiões).

Page 61: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

60

Plano de Acção

- Debate e monitorização das iniciativas e projectos na área da Empregabilidade e o cruzamento com outras Agendas Temáticas relacionadas com área.

> Consolidação de um Sistema Indicadores sobre Emprego e Empregabilidade.

> Federação dos sistemas de informação existentes relativos ao Sistema de Ensino e Formação (ME/DREN, ME/Escolas, MTSS/IEFP/OEFP, MEI/Escolas Tecnológi-cas, MCTES/DGES, Autarquias, Conselhos Municipais de Educação, Observa-tórios Locais/Regionais de Emprego, etc.) de modo a constituir uma base de informação integrada, actualizada e utilizável de ofertas formativas.

> A gestão, acompanhamento, avaliação e dinamização das actividades e projectos em desenvolvimento através das diferentes Linhas de Acção da Agenda Regional para a Empregabilidade. Procura-se também, por esta via, alargar a mobilização dos diferentes tipos de actores e estimular o aparecimento de novas iniciativas locais complementares à Agenda para a Empregabilidade.

Tipologia de Acções/Projectos

- Fórum para a Empregabilidade;

- Fóruns temáticos e sectoriais;

- Valorização dos Sistemas de Informação Relativos ao Mercado de Trabalho e às Ofertas de Ensino e Formação.

Page 62: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

61

5.4 Estratégia Regional e Plano de Acção da Agenda para a Empregabilidade: Matriz de Articulação

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Linhas de Acção da Agenda Regional para a Empregabilidade

Page 63: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)
Page 64: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

6Certificação Agenda

Regional para a Empregabilidade

Page 65: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

64

Certificação Agenda Regional para a Empregabilidade

6. Certificação Agenda Regional para a Empregabilidade

As iniciativas a integrar no Plano de Ac-

ção da Agenda Regional para a Empre-

gabilidade serão objecto de atribuição

do “Certificado Agenda Regional para a

Empregabilidade – CCDRN”. A certifica-

ção acima mencionada é utilizável como

forma de demonstrar o alinhamento das

iniciativas das acções com os objectivos

da Agenda e, dessa forma, potenciar o

seu enquadramento complementar em

noutros programas de apoio ao desen-

volvimento humano, económico e terri-

torial.

A atribuição do “Certificado Agenda

Regional para a Empregabilidade” pode

processar-se de duas formas:

> Certificação Ex-ante

Este processo de certificação des-

tina-se a iniciativas e projectos que

antes de serem lançados decidem

qualificar-se com a chancela da

Agenda Regional para a Emprega-

bilidade.

> Certificação Ex-poste

Este processo de certificação des-

tina-se a iniciativas já em curso ou

concluídas e que tenham potencial

para ser consideradas boas práti-

cas.

Para este efeito serão, em primeiro lu-

gar, definidas as tipologias de acções

que poderão, caso o entendam, vir a ser

objecto da mencionada certificação, sen-

do, de seguida, produzidas pela Agenda

Regional para a Empregabilidade os cri-

térios de pré-avaliação do enquadramen-

to das referidas tipologias de acções nos

referenciais standard de certificação da

Agenda Regional para a Empregabilida-

de no Norte de Portugal.

Page 66: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)
Page 67: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)
Page 68: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

7Modelo de

Governação

Page 69: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

68

Modelo de Governação

7. Modelo de Governação

A Empregabilidade, embora sendo algo

que diz respeito fundamentalmente ao

indivíduo, é fortemente influenciada e

condicionada por diversos factores que

lhe são externos, nomeadamente pelos

sistemas de ensino e formação, pelo

mercado do trabalho e pela economia.

Por esta razão, torna-se necessário arti-

cular iniciativas e projectos, estratégias

e políticas de forma a garantir a máxima

eficácia e eficiência na sua implemen-

tação.

No sentido de ir ao encontro destas pre-

ocupações o modelo organizativo defini-

do para a Agenda Regional para a Em-

pregabilidade é o ilustrado da figura 5.

Figura 5 - Modelo Organizativo da Agenda Regional para a Empregabilidade

CCDRN

Perito Coordenador+

Equipa de Apoio TécnicoComité de Pilotagem

Comissão deAcompanhamento

Linha de Acção 1 ...

A Agenda Regional para a Empregabilidade é, assim, liderada pela Presidência da CCDRN e coordenada por um perito que, com o apoio de uma equipa técnica, orienta todas as actividades a desenvolver no âmbito da Agenda, coadjuvado por dois órgãos de consulta e apoio à respectiva governação:35 (i) o Comité de Pilotagem; (ii) a Comis-são de Acompanhamento.

35 Reportando à Presidência da CCDRN, recebendo contributos do Comité de Pilotagem e prestando informa-ção periódica à Comissão de Acompanhamento, o Coordenador e a Equipa Técnica terão reuniões de coor-denação frequentes para planeamento de actividades, distribuição de tarefas e monitorização de resultados.

Linha de Acção 2

Page 70: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

69

Figura 6 - Modelo de Governação do Plano de Acção para a Empregabilidade no Norte de Portugal – Agenda Regional para a Empregabilidade

O modelo de governação da Agenda Regional para a Empregabilidade e do Plano de Acção para a Empregabilidade é o que se apresenta na figura 6.

MODELO DE GOVERNAÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO PARA A EMPREGABILIDADE NO NORTE DE PORTUGAL – AGENDA REGIONAL PARA A EMPREGABILIDADE

Comité de Pilotagem

Áreas Chave

Educação

Ensino Superior

Trabalho

Economia

Actores: CCDRN (Chefe de Fila); Direcção Regional de Educação do Norte; Delegação Regional do Norte do Instituto do Emprego e Formação Profissional; Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior; Ministério da Economia e da Inovação; Associação Empresarial de Portugal

Comissão de Acompanhamento

Entidades de âmbito Nacional, Regional e Local (de vários sectores) e representações do sector privado – sempre que aplicável, serão actores chave na dinamização e concretização de acções integradas/ projectos e iniciativas integradas no Plano de Acção.

Elementos da Comissão de Acompanhamento

Membros do Comité de Pilotagem:

- CCDRN; DREN;IEFP Norte; MCTES; MEI; AEP

Âmbito de Actuação Nacional:

- POPH – Programa Operacional Potencial Humano; ANQ – Agência Nacional de Qualificação.

Âmbito de Actuação Regional:

- Representantes do Conselho Regional.

Ensino Superior:

- Universidade de Aveiro; Universidade Católica; Universidade do Minho; Universidade do Porto; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; Instituto Politécnico de Bragança; Instituto Poli-técnico do Cavado e Ave; Instituto Politécnico do Porto; Instituto Politécnico de Viana do Castelo; Instituto Politécnico de Viseu; Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto;; Escola Superior de Enfermagem de D. Ana Guedes; Escola Superior de Enfermagem de S. João; AURN – Associação das Universidades da Região Norte; Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos; APESP – Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado.

Associações de Escolas:

- ANESPO – Associação Nacional das Escolas Profissionais.

Centros Tecnológicos:

- RECET – Associação de Centros Tecnológicos de Portugal.

Page 71: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

70

Modelo de Governação

Associações Empresariais Territoriais:

- AEP – Associação Empresarial de Portugal; UERN – União da Associações de Empresariais da Região Norte; AIMinho – Associação Industrial do Minho; PME Portugal – Associação das Micro, Pequenas e Médias Empresas de Portugal; ANJE – Associação de Jovens Empresários; CEVAL – Conselho Empresarial dos Vales do Lima e Minho; AECOA – Associação Empresarial e Comercial de Oliveira de Azeméis; AEPF – Associação Empresarial de Paços de Ferreira.

Associações Empresariais Sectoriais:

- ATVP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal; ANITT-LAR - Associação Nacional das Indústrias de Tecelagem e Têxteis Lar; APICCAPS - Associação Portuguesa da Indústria do Calçado, Com-ponentes e Artigos de Pele e seus Sucedâneos; APIMA - Associação Portuguesa da Indústria de Mobiliário e Afins ; AIMMP - Associação Industrial de Madeira e Mobiliário de Portugal; APCOR - Associação Portuguesa de Cortiça; AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalo-mecânicos e Afins de Portugal; Associação de Turismo do Norte de Portugal; AFIA - Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel; AEVP - Associação das Empresas de Vinho do Porto; AIORN - Associação dos Industriais de Ourivesaria e Relojoaria do Norte.

Associações Sindicais:

- CGTP-IN; UGT - União Geral de Trabalhadores.

Sistema Científico e Tecnológico:

- CEIIA - Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel; INESC Porto - Instituto de Engenharia e Sistemas e Computadores do Porto; IDIT - Instituto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (Feira); TecMinho / Universidade do Minho

Comissão de Acompanhamento

Cont.

O Comité de Pilotagem é um órgão constituído por um número restrito de institui-ções em áreas consideradas chave, capazes de colaborar activamente na dinamização e execução de Programas de Acção/ Medidas/ Projectos para as questões da Empre-gabilidade na Região Norte. A natureza deste órgão é, fundamentalmente, de âmbito estratégico-operacional.

As competências inerentes ao Comité de Pilotagem são, nomeadamente, as seguin-tes:

1. Coordenar, gerir e dinamizar o Plano de Acção;

2. Promover a elaboração do Plano de Acção;

3. Preparar e elaborar propostas de desenvolvimento, em concreto, de todas as di-ligências tendentes à boa execução física e financeira e seguimento dos progra-mas de acção, projectos e iniciativas integradas no Plano de Acção, articulando, para o efeito, com todas as entidades públicas e privadas relevantes;

4. Propor e desenvolver soluções de enquadramento financeiro e regulamentar para a concretização dos programas, projectos e iniciativas integradas no Plano de Acção;

Page 72: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

71

5. Desenvolver, em concreto, o processo de elaboração da proposta de progra-mação financeira anual do Plano de Acção e seu envio, dentro dos prazos que venham a ser estabelecidos, para apreciação do Conselho de Coordenação Inter-sectorial;

6. Elaborar relatórios semestrais de progresso do Plano de Acção e seu envio, den-tro dos prazos que venham a ser estabelecidos, para apreciação do Conselho de Coordenação Inter-sectorial, após parecer da Comissão de Acompanhamento do Plano de Acção;

7. Debater, preparar e propor as decisões do Conselho de Coordenação Inter-sec-torial necessárias aos eventuais ajustamentos, reorientações ou mesmo novas acções a inscrever no Plano de Acção;

8. Coordenar a preparação de contributos relativamente aos documentos de enqua-dramento regulamentar de operacionalização do Plano de Acção;

9. Desenvolver, em concreto, as condições de base do sistema de monitorização do respectivo Plano de Acção;

10. Adoptar a constituição de grupos de trabalho de âmbito multisectorial envol-vendo, nomeadamente, os responsáveis pelos serviços desconcentrados (ou, em sua substituição, técnicos da administração pública por eles designados) e representantes de instituições públicas e privadas directamente interessadas nos temas prioritários do Plano de Acção, com vista a desenvolver as acções tendentes à respectiva dinamização e seguimento (por exemplo, elaborar os termos de referência de estudos, apoiar a montagem técnica, financeira e ins-titucional de iniciativas e projectos âncora, propor metodologias de intervenção integradas em sectores com especiais problemas ou definir critérios e metodo-logias de seguimento e monitorização do Plano de Acção);

11. Desenvolver diligências tendentes a assegurar o respeito de todos os compro-missos nos prazos previstos, bem como a solução de eventuais disfunções nos dispositivos previstos e/ ou dificuldades de execução do Plano de Acção, nos tempos ou nos moldes previstos.

Os trabalhos de coordenação e apoio técnico-científico e operacional ao Comité de Pilotagem para as questões da Empregabilidade no Norte de Portugal e, em particular, ao respectivo Plano de Acção, serão assegurados por um Perito-Coordenador e estru-tura de apoio técnico permanente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

Page 73: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

72

Modelo de Governação

A Comissão de Acompanhamento é um órgão constituído por um painel de entida-des com capital de conhecimento, experiência e actuação em áreas consideradas de extrema importância para a Empregabilidade no Norte de Portugal. Este Órgão visa, essencialmente, ser um espaço de reflexão e acompanhamento das dinâmicas da Empregabilidade regional, cabendo-lhe, nomeadamente, fornecer contributos para a definição e execução de estratégias na área a nível regional. A composição desta Co-missão de Acompanhamento procurou, tanto quanto possível, respeitar os seguintes critérios: (i) representação das diferentes NUTS III; (ii) representação do Sistema de Ensino e Formação; (iii) representação do Sistema Científico e Tecnológico; (iv) repre-sentação do Sistema Económico e Mercado do Trabalho.

As competências deste órgão são, nomeadamente, as seguintes:

1. Monitorização da execução do Plano de Acção e das respectivas iniciativas e projectos, quer numa perspectiva qualitativa, quer no que se refere ao grau de convergência apresentado em relação às principais metas quantificadas, indica-dores de realização e de resultado;

2. Pronunciar-se sobre os relatórios de progresso anuais e final do Plano de Acção, apreciando os resultados intercalares e finais do mesmo;

3. Pronunciar-se sobre a proposta de Plano de Acção, bem como sobre as respec-tivas propostas de reprogramação e de implementação;

4. Fornecer sugestões e apresentar propostas no âmbito do processo de elabora-ção e de execução do Plano de acção, bem como sobre os respectivos mecanis-mos de implementação;

5. Efectuar recomendações para o desenvolvimento da Empregabilidade no Norte de Portugal, constituindo-se como um espaço de reflexão e acompanhamento das dinâmicas que lhe são inerentes e fornecendo contributos e orientações para a definição e execução de estratégias para o sector, ao nível da região.

As actividades a desenvolver no âmbito da Agenda Regional para a Empregabilidade regem-se pela lógica do Pacto Regional para a Região Norte, sendo o seu desenvol-vimento enquadrado pelos instrumentos financeiros actualmente disponíveis (QREN, Programas de Cooperação Transfronteiriça, etc.).

Em termos operacionais, o Comité de Pilotagem e a Comissão de Acompanhamento regem-se por regulamentos internos aprovados pelos seus membros.

Page 74: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)
Page 75: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)
Page 76: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

8Instrumentos

disponíveis para a implementação da

Agenda Regional para a Empregabilidade

Page 77: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

76

Instrumentos disponíveis para a implementação da Agenda Regional para a Empregabilidade

8. Instrumentos disponíveis para a implementação da Agenda Regional para a Empregabilidade

8.1 Visão Sintética

A matriz seguinte apresenta uma visão sintética dos instrumentos financeiros com po-tencial para enquadramento da Agenda para a Empregabilidade. Em cada cruzamento indica-se um ou mais eixos dos diferentes Programas Nacionais, Regionais ou Temáti-cos onde a afinidade com o presente Plano de Acção é mais evidente.

Eixos dos diferentes Programas Operacionais com potencial para enquadramento das Linhas de Acção da Agenda Regional para a Empregabilidade

Linhas PO Região Norte

PO Potencial Humano

PO Factores de Competitividade

PO Cooperação Transfronteiriça Portugal/Es-panha

Programa Coop. Trans. SUDOE

Programa Coop. Trans. Espaço Atlântico

L1 – Promoção de

Redes de Concer-

tação Territorial

para a Empregabi-

lidade.

Eixos:

V – Governação e

Capacitação Insti-

tucional

VI – Assistência

Técnica

Eixos:

I – Qualificação

Inicial

II – Adaptabili-

dade e Aprendi-

zagem ao Longo

da Vida

III – Gestão e

Aperfeiçoamento

Profissional

IV – Formação

Avançada

VI – Cidadania,

Inclusão e Desen-

volvimento Social

X – Assistência

Técnica

Eixos:

IVI – Assistência

Técnica

Área de Coo-peração Norte-Castela e Leão

- Cooperação e

Gestão Conjunta

para o fomento da

Competitividade

e a Promoção do

Emprego

Prioridade:

I - Promoção da

Inovação e cons-

tituição de redes

estáveis de coo-

peração em maté-

ria tecnológica

Eixos:

I - Promover redes

regionais de em-

preendedorismo e

inovação

Tabela 2 - Instrumentos disponíveis para a implementação da Agenda Regional para a Empregabilidade

Page 78: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

77

Eixos dos diferentes Programas Operacionais com potencial para enquadramento das Linhas de Acção da Agenda Regional para a Empregabilidade

Linhas PO Região Norte

PO Potencial Humano

PO Factores de Competitividade

PO Cooperação Transfronteiriça Portugal/Es-panha

Programa Coop. Trans. SUDOE

Programa Coop. Trans. Espaço Atlântico

L2 – Promoção da

Empregabilidade

nos principais

Clusters Regio-

nais e Pólos de

Competitividade e

Tecnologia

Eixos:

V – Governação e

Capacitação Insti-

tucional

VI – Assistência

Técnica

Eixos:

I – Qualificação

Inicial

II – Adaptabili-

dade e Aprendi-

zagem ao Longo

da Vida

III – Gestão e

Aperfeiçoamento

Profissional

IV – Formação

Avançada

V – Apoio ao Em-

preendedorismo e

à Transição para a

Vida Activa

VI – Cidadania,

Inclusão e Desen-

volvimento Social

VII – Igualdade de

Género

X – Assistência

Técnica

Eixos:

IV – Uma Admi-

nistração Pública

Eficiente de Qua-

lidade

V – Redes e Ac-

ções Colectivas de

Desenvolvimento

Empresarial

VI – Assistência

Técnica

Área de Coo-peração Norte-Castela e Leão

- Cooperação e

Gestão Conjunta

para o fomento da

Competitividade

e a Promoção do

Emprego

Prioridade:

I - Promoção da

Inovação e cons-

tituição de redes

estáveis de coo-

peração em maté-

ria tecnológica

Eixos:

I - Promover redes

regionais de em-

preendedorismo e

inovação

Tabela 2 - Instrumentos disponíveis para a implementação da Agenda Regional para a Empregabilidade (cont.)

Page 79: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

78

Instrumentos disponíveis para a implementação da Agenda Regional para a Empregabilidade

Eixos dos diferentes Programas Operacionais com potencial para enquadramento das Linhas de Acção da Agenda Regional para a Empregabilidade

Linhas PO Região Norte

PO Potencial Humano

PO Factores de Competitividade

PO Cooperação Transfronteiriça Portugal/Es-panha

Programa Coop. Trans. SUDOE

Programa Coop. Trans. Espaço Atlântico

L3 – Dinamização

e seguimento da

Agenda Regional

para a Empregabi-

lidade

Eixos:

V – Governação

e Capacitação

Institucional

VI – Assistência

Técnica

Eixos:

I – Qualificação

Inicial

II – Adaptabili-

dade e Aprendi-

zagem ao Longo

da Vida

III – Gestão e

Aperfeiçoamento

Profissional

IV – Formação

Avançada

V – Apoio ao Em-

preendedorismo e

à Transição para a

Vida Activa

VI – Cidadania,

Inclusão e Desen-

volvimento Social

VII – Igualdade de

Género

X – Assistência

Técnica

Eixos:

IV – Uma Admi-

nistração Pública

Eficiente de Qua-

lidade

V – Redes e

Acções Colectivas

de Desenvolvi-

mento Empre-

sarial

VI – Assistência

Área de Coo-peração Norte-Castela e Leão

- Cooperação e

Gestão Conjunta

para o fomento da

Competitividade

e a Promoção do

Emprego

Prioridade:

I - Promoção

da Inovação e

constituição de

redes estáveis de

cooperação em

matéria tecno-

lógica

Eixos:

I - Promover redes

regionais de em-

preendedorismo e

inovação

Tabela 2 - Instrumentos disponíveis para a implementação da Agenda Regional para a Empregabilidade (cont.)

Page 80: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

79

8.2 Uma visão comparativa com o QREN

De entre os vários instrumentos financeiros com potencial para enquadramento da Agenda para a Empregabilidade o QREN assume, naturalmente uma importância pri-mordial.

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Page 81: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

80

Instrumentos disponíveis para a implementação da Agenda Regional para a Empregabilidade

8.3 Uma visão comparativa com o POPH

A Agenda para a Empregabilidade tem afinidades óbvias com o Programa Operacional para o Potencial Humano(POPH). Por esta razão importa deixar bem clara a relação de complementaridade entre estes dois instrumentos. É esse o propósito da tabela seguinte.

Prioridades Estratégicas Eixo Prioritário 1 – Quali-ficação Inicial

Eixo Prioritário 2 – Adapta-bilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida

Eixo Prioritário 3 – Gestão e Aperfeiço-amento Profissional

Melhorar os níveis de qualificação da população

Aumentando o número de jovens que optam por prosseguir estudos

para além da escolaridade mínima obrigatória e promovendo as esco-

lhas vocacionais profissionalizantes

R

Combatendo o abandono e o insucesso escolar. R

Promovendo a formação ao longo da vida, tanto nos sectores tradicio-

nais como nos sectores emergentes e na administração públicaR

Aproveitando períodos de inactividade das empresas ou de desempre-

go dos activos para acções de requalificação ou de actualização.R

Melhorar o ajustamento entre as formações e o mercado de trabalho

Fazendo com que as escolhas vocacionais dos jovens se orientem mais

para percursos qualificantes e o número de diplomados fora do merca-

do de trabalho decresça.

A A

Promovendo a prática regular de diagnósticos de necessidades de for-

mação a nível territorialA A

Promovendo a prática regular de diagnósticos de necessidades de for-

mação a nível sectorial.A A

Promovendo uma maior vinculação das ofertas formativas às necessi-

dades e oportunidades do mercado de trabalho.A A A

Apoiar a transição para a vida activa

Promovendo a aproximação entre a escola e as entidades emprega-

doras.

Apoiando a integração dos jovens em ambientes de formação em con-

texto de trabalho.

Intensificar e diversificar o emprego social

Como forma de primeira integração no mercado de trabalho a diploma-

dos desempregados.

Como alternativa a períodos de desemprego ou de reduções de labo-

ração nas empresas.

R= Relacionado com o eixo X do POPH

A = Adicional em relação ao POPH

Page 82: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

81

Eixo Prioritário 4 – For-mação Avançada

Eixo Prioritário 5 – Apoio ao Empreendedorismo e à Tran-sição para a Vida Activa

Eixo Prioritário 6 – Cidada-nia, Inclusão e Desenvolvi-mento Social

Eixo Prioritário 7 – Igualda-de de Género

Eixo Prioritário 10 – Assis-tência Técnica

A A

A A

A A A

A

R

R

R

R

Page 83: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)
Page 84: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

9Anexo 1: Elementos

de Diagnóstico

Page 85: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

84

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

9. Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Ao longo dos últimos anos foram efec-tuados diversos estudos de diagnóstico que retrataram segundo diversos ângu-los a situação do Norte de Portugal no que respeita à problemática da educação e do emprego [1, 6, 46, 62, 65]. A estes trabalhos juntam-se outras abordagens com uma abrangência mais ampla, à es-cala internacional [56], nacional [12, 51], ou mais focados em determinadas sub-regiões [2, 40].

Com base nesses trabalhos e nos ele-mentos que regularmente são disponibi-lizados por organismos tais como o Eu-

rostat, a OCDE, o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Ministério do Traba-lho e Segurança Social (MTSS), o Minis-tério da Economia (ME) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regio-nal do Norte (CCDRN), é possível extrair uma imagem elucidativa do panorama do emprego e das qualificações na Re-gião Norte. Essa imagem é apresentada de forma sintética nas próximas sec-ções e engloba os seguintes elementos:

– Demografia;

– Educação e Qualificação;

– Mercado de Trabalho

9.1 Diagnóstico Nacional e Regional

Demografia

A Região Norte caracteriza-se por ser a mais populosa do País, representando em 2007 cerca de 37% da população residente em Portugal. É também a região com população mais jovem (<25 anos), concentrando cerca de 40% dos jovens do País.

Page 86: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

85

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Gráfico 2 - População Residente por NUTS II, segundo o Grupo Etário, 200736

Gráfico 3 – População Residente por NUTS II, segundo o Grupo Etário (%), 200737

36 Fonte: Anuário Estatístico de Portugal 2007, INE, 2008.37 Ibidem

Page 87: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

86

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

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Gráfico 4 – População Jovem Residente por NUTS II (%), 200738

Gráfico 5 – Pirâmide Etária de Portugal (Continente), 200739

Gráfico 6 – Pirâmide Etária da Região Norte, 200740

38 Fonte: Anuário Estatístico de Portugal 2007, INE, 2008.39 Ibidem40 Ibidem

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Em termos da pirâmide etária a situação é ilustrada pelas seguintes figuras:

Page 88: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

87

Gráfico 7 - População Residente na NUTS II – Região Norte, nas diferentes NUTS III desta Região e Grupo Etário, 200741

Gráfico 8 - População Residente por NUTS III da Região Norte e Grupo Etário, 200742

41 Fonte: Anuário Estatístico de Portugal 2007, INE, 2008.42 Ibidem

Em termos de distribuição pelas diferentes NUT III que integram a Região Norte, o cenário é o que os dois gráficos seguintes ilustram:

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Page 89: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

88

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Embora a Região do Grande Porto sobressaia como o grande centro agregador popu-lacional, da Região Norte é bem patente a significativa dispersão demográfica pelas várias NUT.

Importa ainda referir que cerca de 37% da população activa do País está concentrada da Região Norte.

Gráfico 9 – População Activa por NUTS II (%), 200843

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Educação e Qualificação

Tal como referido em anteriores secções, a Região Norte concentra cerca de 40% da população jovem do País (<25 anos) e 37% da população activa. Importa compreender quais são os níveis de educação e qualificação desta população.

População Jovem

A Região Norte concentra cerca de 1/3 dos alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico, do Ensino Secundário e do Ensino Superior.

43 Fonte: INE, Estatísticas do emprego.

Page 90: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

89

Gráfico 10 – Alunos Matriculados por Nível de Ensino, por NUTS II44

Gráfico 11 – Alunos Matriculados no 3º ciclo do Ensino Básico, no ano lectivo, por NUTS II45

Vejam-se outros dados a este respeito:

> Alunos matriculados no 3º ciclo do Ensino Básico: 151 636 no Norte vs 375 978 no Continente;

43 Fonte: Anuário Estatístico de Portugal 2007, INE, 2008.44 Ibidem

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Page 91: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

90

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

> Alunos matriculados no Ensino Secundário: 123 113 no Norte vs. 336 929 no Continente.

Gráfico 12 – Alunos Matriculados no Ensino Secundário, por NUTS II46

Gráfico 13 – Alunos Matriculados no Ensino Superior, por NUTS47

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> Alunos matriculados no Ensino Superior: 113 690 no Norte vs 360 288 no Con-tinente

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46 Fonte: Anuário Estatístico de Portugal 2007, INE, 2008.47 Ibidem

Relativamente às Taxas de Retenção/Desistência na Região Norte, quando compa-radas com a média do Continente, são mais baixas, no entanto, ainda acima do que seria desejável:

Page 92: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

91

48 Estatísticas da Educação, GEPE, 2003/2004, disponível em: http://www.gepe.min-edu.pt/np3/estatisticas;49 Ibidem

Gráfico 14 – Taxa de Retenção e Desistência no 3º Ciclo do Ensino Básico, por NUTS II, ano lectivo 2003/2004 (%)48

Gráfico 15 – Taxa de Retenção e Desistência no Ensino Secundário, segundo o ano de escolari-dade (cursos gerais e tecnológicos), por NUTS II, ano lectivo 2003/2004 (%)49

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> Taxa de retenção/desistência no Ensino Secundário (Cursos Gerais e Tecnológi-cos) 2003-2004: 31,3% no Norte vs 33,6% no Continente

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> Taxa de retenção/desistência no 3º Ciclo do Ensino Básico (ano lectivo 2003/2004): 17,1% no Norte vs 17,4% no Continente.

Page 93: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

92

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

> A análise do gráfico permite chegar às seguintes conclusões:

– 32% dos jovens que frequentaram o 10º ano, reprovaram/desistiram. Para o Continente este valor atingiu os 33,4%;

– No Norte 46,4% dos jovens que frequentaram o 12ºano, reprovaram/desisti-ram. No Continente, esse valor, atinge os 48,2%. Ou seja, quase metade dos jovens que frequentaram o 12ºano reprovou/desistiu.

População Activa50

Como já foi anteriormente referido, cerca de 37% da população activa do País está concentrada da Região Norte, no entanto, esta população apresenta baixos níveis de escolaridade em relação à média nacional.

Gráfico 16 – Activos com pelo menos a Escolaridade obrigatória no total da População, por NUTS II, 2007 (%)51

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50 Conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que, no período de referência, constituíam a mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no circuito económico (empregados e desempregados) – fonte INE (http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Detalhe.aspx?cnc_cod=1476&cnc_ini=29-04-2006, consultado em, 11 de Dezembro de 2008). Este conceito é por vezes designado por População em Idade Activa.51 Fonte: Anuário Estatístico de Portugal 2007, INE, 2008.

Page 94: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

93

Gráfico 17 – População Activa segundo o nível de escolaridade (%), 200852

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A Região mantém, assim, um diferencial de partida relativamente à média nacional, que lhe é desfavorável, apresentando uma elevada percentagem de trabalhadores com baixos níveis de escolaridade (1º ciclo) e uma baixa percentagem de trabalhado-res com o Ensino Superior.

Relativamente à Formação Profissional, vejam-se alguns dados recolhidos pelo DGE-EP, através do Inquérito à Execução das Acções de Formação Profissional:

52 Fonte: INE, Estatísticas do Emprego.

Page 95: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

94

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Tabela 3 – Percentagem de Empresas com Acções de Formação Profissional em 2004, relativa-mente ao Total de Empresas, por Actividade Económica segundo a NUT53

N.U.T. (2002TOTAL NORTE CENTRO LISBOA ALENTEJO ALGARVE

ACTIVIDADES (CAE REV-2)

TOTAL 24,6 18,9 27,7 30,7 23,2 22,9

C IND. EXTRACTIVAS 39,6 40,2 30,1 16,0 77,0 10,0

D IND. TRANSFORMADORAS 19,2 14,2 29,5 24,4 13,6 9,5

DA IND. ALIMENTARES, DAS BEBIDAS

E DO TABACO21,6 14,4 21,5 43,7 14,0 9,9

DB IND TÊXTIL 10,8 9,9 20,9 2,4 20,0 -

DC IND. COURO E DOS PROD. COURO 6,3 5,8 18,1 - - -

DD IND. MADEIRA E DA CORTIÇA 11,6 13,4 9,6 16,8 3,8 4,8

DE IND. PASTA, PAPEL, CARTÃO, EDI-

ÇÃO E IMPRESSÃO24,0 20,0 54,5 14,0 14,1 6,3

DF FAB. COQUE, PROD. PETROLÍF. RE-

FIN. E COMBUSTÍVEL NUCLEAR- - - - - -

DG FAB. PROD. QUÍMICOS, FIBRAS

SINTÉTICAS OU ARTIFICIAIS57,0 68,1 66,2 40,7 80,0 50,0

DH FAB. ART. BORRACHA E MAT. PLÁS-

TICAS46,9 39,5 64,2 23,6 31,3 33,3

DI FAB. OUT. PROD. MINERAIS NÃO

METÁÇICOS19,2 10,5 29,8 10,0 2,4 3,6

DJ IND. METALÚRGICAS DE BASE E

PROD. METÁL.15,1 13,7 16,0 18,8 3,7 13,0

DK FAB. MÁQUINAS E EQUIPAMENTO,

N.E.40,0 23,8 55,2 49,5 20,7 -

DL FA. EQUIPAMENTO ELÉCTRICO E DE

ÓPTICA54,5 61,0 68,4 32,8 42,9 100,0

DM FAB. DE MATERIAL DE TRANSPOR-

TE31,8 39,3 32,9 24,2 26,9 -

DN IND. TRANSFORMADORA N.E. 15,5 15,8 19,7 3,8 16,1 -

E PROD. DISTRIB. ELECTRICID., GÁS

E ÁGUA77,4 50,8 100,0 100,0 100,0 66,7

F CONSTRUÇÃO 16,5 14,0 16,0 23,8 1,6 20,0

G COM. GROSSO E RETALHO; REP.

VEÍC. AUTO., MOTOC. E BENS USO

PESS. E DOMEST.

26,8 21,3 26,7 31,3 27,3 36,5

53 Fonte: Inquérito à Execução das Acções de Formação Profissional 2004 – DGEEP, Julho de 2006.

Page 96: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

95

G50 Com. manut e reparação veículos

automóveis e motociclos; com. Re-

talho combustíveis p/ veículos

30,8 20,1 42,0 38,0 22,5 24,1

G51 Com. grosso e agentes com. exc/

veíc auto. Motoc.25,8 22,3 12,4 35,8 27,8 36,3

G52 Com. retalho; reparação de bens

pess. Domésticos25,9 20,8 34,6 21,8 30,3 40,5

H ALOJAMENTO E RESTAURAÇÃO 11,4 12,2 7,2 12,3 0,6 15,8

I TRANSPORTES, ARMZ. E COMUN-

CAÇOES24,8 24,5 14,7 29,8 57,3 6,8

I60/63 Transportes e armazenagem 24,1 24,7 14,7 27,7 58,1 6,9

I64 Correios e Telecomunicações 59,1 - - 81,3 - -

J ACTIVIDADES FINANCEIRAS 80,1 62,7 91,8 81,3 87,9 100,0

J65 Intermed. financ. Exc/ Seg. e Fun-

dos de Pensões96,9 92,7 97,8 100,0 90,2 100,0

J66 Seguros, Fundos de Pensões e ou-

tras actividades complementares da

Segurança Social

85,0 75,0 - 87,6 - -

J67 Actividades auxiliares de interme-

diação financeira37,6 4,5 - 48,5 100,0 -

K ACTIVIDADES IMOBILIÁRIAS, ALU-

GUERES E SERVIÇOS PRESTADOS

ÁS EMPRESAS

41,1 40,3 53,0 39,4 37,3 39,3

K70 Actividades Imobiliárias 23,9 - 28,0 36,5 - 18,6

K71 Alug. máq. equip. s/pess. e bens

pess. domésticos13,8 - 29,7 4,5 50,0 29,4

K72 Actividades Informáticas e conexas 35,1 36,1 55,0 32,7 100,0 33,3

K73 Investigação e desenvolvimento 56,0 75,0 71,4 30,6 100,0 -

K74 Out. activ. De serv. prestados às

empresas45,3 46,3 56,4 42,6 36,5 55,1

M EDUCAÇÃO 43,0 32,5 41,9 46,2 84,3 24,8

N SAÚDE E ACÇÃO SOCIAL 42,4 46,2 46,4 36,7 42,2 23,8

O OUT. ACT. DE SERVI. COLECT. SOC.

E PESSOAIS37,4 27,1 40,1 44,7 32,9 24,4

Tabela 3 – Percentagem de Empresas com Acções de Formação Profissional em 2004, relativa-mente ao Total de Empresas, por Actividade Económica segundo a NUT (cont.)

N.U.T. (2002TOTAL NORTE CENTRO LISBOA ALENTEJO ALGARVE

ACTIVIDADES (CAE REV-2)

Page 97: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

96

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

A Região Norte é aquela que detém a menor percentagem de empresas com Acções de Formação Profissional. Veja-se o seguinte gráfico:

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Gráfico 19 – Participantes em Acções de Formação Profissional, por NUTS II, 2004 (milhares)55

No que se refere à participação dos activos em Acções de Formação Profissional o diferencial entre o número de activos (cerca de 2 milhões, INE) e o número de activos participantes em Acções de Formação Profissional (cerca de 200 mil, DGEEP) conti-nua a ser demasiado elevado.

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Page 98: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

97

Gráfico 20 – Participantes em Acções de Formação Profissional, por NUTS II, 2004 (%)56

54 Fonte: Inquérito à Execução das Acções de Formação Profissional 2004 – DGEEP, Julho de 2006.55 Ibidem56 Fonte: Inquérito à Execução das Acções de Formação Profissional 2004 – DGEEP, Julho de 2006.

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Vejam-se alguns dados recolhidos pelo DGEEP, através do Inquérito à Execução das Acções de Formação Profissional – 2004:

Page 99: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

98

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Tabela 4 – Número de Participantes* em Acções de Formação Profissional em 2004, por Área de Formação, segundo a NUT57

N.U.T. (2002) TOTAL NORTE CENTRO LISBOA ALENTEJO ALGARVEÁREAS DE FORMAÇÃO

TOTAL 766,4 198,0 101,9 437,0 18,0 11,5

0 PROGRAMAS GERAIS

01 010 Programas de base 0 - - 0 - -

08 080 Alfabetização - - - - - -

09 090 Desenvolvimento Pessoal 55,4 12,8 6,9 34,5 0,3 0,9

1 EDUCAÇÃO

14 Form.prof/formadores e cienc.educação 13,6 5,9 3,5 4,0 0,1 0,1

2 HUMANÍSTICAS E ARTES

21 Artes

211/212 Belas Artes/ Artes do Espectáculo 0 - 0 0 - -

213 Audiovisuais e produção dos media 2,2 0,6 0,2 1,4 0 0

214 Design 0,3 0,2 0,1 0,1 0 0

215 Artesanato 0,1 0 0,1 0 - -

22 Humanidades

221 Religião e Teologia 0,3 - - 0,3 - -

222/223 Línguas e literaturas 25,2 6,2 2,7 15,9 0,2 0,1

224/226 História e Filosofia 0,3 0 - 0 0 -

3 CIÊNCIAS SOCIAIS, COMÉRICIO E DIREITO

31 310 Ciências Sociais e do Comportamento 0,2 - - 0,2 0 -

32 Informação e jornalismo

321 Jornalismo e reportagem 0 - - 0 - -

322 Bibliotc., arquivo e documentação 0,2 0 0 0,2 0 0

34 Ciências Empresariais

341 Comércio 88,5 31,1 6,8 44,4 2,9 3,3

342 Marketing e publicidade 33,5 4,0 1,7 27,1 0,4 0,3

343 Finanças, banca e seguros 79,1 12,9 0,7 65,1 0,1 0,3

344 Contabilidade e fiscalidade 13,7 3,0 1,6 8,3 0,4 0,3

345 Gestão e administração 47,1 10,0 5,0 30,6 0,8 0,8

346 Secretariado e trabalho administrativo 13,6 2,2 0,9 10,0 0,4 0,2

347 Enquadramento na Organiz./ empresa 56,7 23,4 10,0 21,9 0,7 0,7

38 380 Direito 9,8 2,6 1,2 5,6 0,2 0,2

4 CIÊNCIAS

42/44/46 Cien. da vida/C. físicas/Matem.e Estatística 4,2 1,4 0,3 2,4 0 -

48 Informática

481 Ciências Informáticas 16,6 3,5 0,8 11,7 0,4 0,1

482 Informática na óptica do utilizador 41,2 12,2 6,1 21,4 0,9 0,6

Page 100: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

99

Tabela 4 – Número de Participantes* em Acções de Formação Profissional em 2004, por Área de Formação, segundo a NUT57 (cont.)

5 ENGENHARIA, IND. TRANSFORM. E CONSTRUC

52 Engenharia e técnicas afins

521 Metalurgia e Metalomecânica 12,5 4,9 3,1 3,9 0,5 0,1

522 Electricidade e Energia 8,2 1,2 2,4 4,3 0,2 0,2

523 Electrónica e automação 19,2 3,6 1,0 13,6 0,6 0,4

524 Tecnologia dos processos químicos 4,2 2,2 0,3 1,3 0,3 0

525 Construção e reparação de veículos a motor 22,2 5,5 4,4 12,0 0,2 0,2

54 Indústrias Transformadoras

541 Indústrias alimentares 14,1 4,5 4,2 4,8 0,3 0,4

542Têxtil, vestuários, calçados e couro 2,8 2,5 0,2 0 0,1 -

543 Mat. (madeira, cortiça, papel, plástico, vidro) 11,0 2,0 4,7 3,2 1,0 -

544 Indústrias extractivas 0,3 0 0,1 0 0,1 0

58 Arquitectura e Construção

581 Arquitectura e Urbanismo 0,1 0 - 0,1 0 -

582 Construção e Engenharia Civil 6,5 1,8 1,1 3,4 0,1 0,1

6 AGRICULTURA

62 Agricultura, Silvicultura e Pescas - - - - - -

64 640 Ciências Veterinárias - - - - - -

7 SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL

72 Saúde 20,9 6,3 3,8 10,1 0,4 0,2

76 Serviços Sociais 19,5 5,3 4,9 6,7 2,3 0,3

8 SERVIÇOS

81 Serviços Pessoais

811 Hotelaria e restauração 6,2 0,8 0,1 4,8 0 0,4

812/813 Turismo e Lazer/Desporto 0,3 0,2 0 0 - 0

814/815 Serviços domésticos/ cuidados de beleza 0,4 0 - 0,3 - -

84 840 Serviços de Transporte 34,1 3,4 3,3 26,9 0,6 0

85 850 Protecção do Ambiente 13,7 3,3 4,2 4,8 1,2 0,2

86 Serviços de Segurança

861 Protecção de pessoas e bens 17,4 0,8 1,6 13,2 1,4 0,4

862 Segurança e Higiene no Trabalho 51,1 17,5 14,2 18,0 0,6 0,9

9 99 999 NÃO CONHECIDO OU NÃO ESPECIFICADO - - - - - -

57 Fonte: Inquérito à Execução das Acções de Formação Profissional 2004 – DGEEP, Julho de 2006.

N.U.T. (2002) TOTAL NORTE CENTRO LISBOA ALENTEJO ALGARVEÁREAS DE FORMAÇÃO

TOTAL 766,4 198,0 101,9 437,0 18,0 11,5

* Nota: os participantes são contabilizados tantas vezes quantas as acções em que participam

Page 101: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

100

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

No que diz respeito às áreas de formação as discrepâncias são grandes, sendo a área geral das Ciências Sociais, Comércio e Direito a área que registou mais participantes em acções de Formação Profissional. No lado oposto, está a área geral das Humanís-ticas e Artes.

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Gráfico 21 – Participantes em Acções de Formação Profissional em 2004, por Área de Formação, segundo a NUT II (milhares)58

58 Fonte: Inquérito à Execução das Acções de Formação Profissional 2004 – DGEEP, Julho de 2006; Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN

Page 102: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

101

59 Fonte: Inquérito à Execução das Acções de Formação Profissional 2004 – DGEEP, Julho de 2006.

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Gráfico 22 – Participantes em Acções de Formação Profissional em 2004, por Sub-Área de For-mação (milhares)59

Page 103: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

102

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Mercado do Trabalho

De acordo com um dos trabalhos que serviu de apoio a esse exercício de diagnóstico Norte 201560:

“…uma das características distintivas do mercado de trabalho português quando comparado com os dos restantes países Europeus é a ausência de sinais de histe-rese seja na taxa de emprego, seja na taxa de desemprego cuja evolução acompa-nha de perto o ciclo económico. Apesar disso, a evolução do emprego na Região Norte manifesta, desde a última retoma, uma maior dificuldade de recuperação em fases de retoma de crescimento (sobretudo, no seu início) e, também, uma maior velocidade de destruição de emprego nas fases de recessão.”

O emprego na Região Norte conheceu nas últimas duas décadas alterações signifi-cativas a vários níveis, merecendo especial destaque o aumento da escolaridade da população activa. Apesar disso, a Região mantém o diferencial de partida relativamen-te à média nacional, que lhe é desfavorável, sendo a Região que apresenta o maior número de desempregados.

No que se refere às questões do desemprego por grupos etários, verifica-se que, uma vez mais, os valores do desemprego na Região Norte estão acima da média nacional em todos os grupos etários.

60 Varejão, José Manuel, “NORTE 2015, Grupo de Prospectiva: As Pessoas, Emprego e Desemprego – Relatório Final”, Novembro 200561 Fonte: INE, Estatísticas do Emprego.

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Gráfico 23 – Desempregados por NUTS II, 2008 (milhares)61

Page 104: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

103

62 Fonte: INE, Estatísticas do Emprego.63 Anuário Estatístico de Portugal, 2007, INE, 2008.64 A população desempregada com “pelo menos a escolaridade obrigatória” diz respeito aos desempregados que atingiram o 3º ciclo, estando, por isso, excluídos aqueles que atingiram qualificações superiores.

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Gráfico 24 – Desempregados por NUT II, segundo o Grupo Etário (milhares)62

Gráfico 25 – População Desempregada por NUT II, segundo o Tipo de Desemprego (milhares)6364

No que se refere ao número de desempregados por tipo de desemprego, uma vez mais, a Região Norte se destaca, apresentando os números mais altos de desempre-gados para todos os tipos de desemprego.

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Page 105: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

104

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

A tabela seguinte apresenta alguns dados relativos à variação da População Activa, População Empregada e População Desempregada no período 1998-2008 na Região Norte.

Tabela 5 - População Activa, Empregada e Desempregada no período 1998-2008 (milhares) 65

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

População activa 1.816,3 1.828,2 1.850,7 1.895,1 1.908,0 1.924,6 1.942,8 1.971,9 1.981,2 1.986,7 1.983,4

Empregada 1.726,7 1.747,7 1.774,7 1.824,6 1.815,4 1.793,8 1.794,0 1.797,9 1.805,4 1.800,7 1.811,7

Desempregada 89,6 80,6 76,0 70,5 92,6 130,9 148,8 174,0 175,8 186,0 171,7

Os números do desemprego reflectem-se, claro está, nas próprias Taxas de Desem-prego, sendo a Região Norte também a este nível, a líder. Em 2008, para uma Taxa de Desemprego no Continente de 7,7%, a Região Norte apresenta uma Taxa de De-semprego de 8,7%.

Gráfico 26 – Taxa de Desemprego por NUTS II (%)66

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65 Fonte: INE, Estatística do Emprego.66 Ibidem

Page 106: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

105

67 Fonte: INE, Estatísticas do Emprego.68 Ibidem

Gráfico 27 – Taxa de Desemprego por Grupos Etários - Região Norte vs. Continente (%), 200867

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No período 1998-2008, apenas em 2001-2002 a Taxa de Desemprego na Região Norte foi menor que a da média nacional, sendo que, a partir de 2003, a diferença entre as duas taxas começou a aumentar significativamente. Em 2008, a diferença entre as duas taxas, pelo contrário, reduziu-se. Esta tendência nos últimos meses voltou a inverter-se.

Tabela 6 - Taxa de Desemprego por NUTS II, no período 1998-2008 (%) 68

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Continente 5 4,5 4 4,1 5,1 6,4 6,8 7,8 7,8 8,1 7,7

Norte 4,9 4,4 4,1 3,7 4,9 6,8 7,7 8,8 8,9 9,4 8,7

Centro 2,9 2,4 2,2 2,8 3,1 3,6 4,3 5,2 5,5 5,6 5,4

Lisboa 6,1 5,9 5,3 5,1 6,7 8,1 7,6 8,6 8,5 8,9 8,2

Alentejo 8,1 6,4 5,3 6,9 7,5 8,2 8,8 9,1 9,2 8,4 9,0

Algarve 6 4,7 3,5 3,8 5,2 6,1 5,5 6,2 5,5 6,7 7,0

Page 107: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

106

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Gráfico 28 – Taxa de Desemprego Continente vs. Região Norte (%)69

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Gráfico 29 - Taxa de Desemprego por NUTS II, no período 1998-2008 (%)70

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66 Ibidem 70 Fonte: Estatísticas do Emprego, INE.

Page 108: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

107

71 Ibidem

Se se analisar a taxa de desemprego ao longo dos oito últimos trimestres, verificam-se as seguintes tendências de evolução: após o terceiro trimestre de 2007, quer para a Região Norte quer para Portugal a tendência da taxa de desemprego foi de decrésci-mo até ao segundo trimestre de 2008, tanto na Região Norte como no resto do país. A partir daí, e embora de forma irregular, registaram-se generalizadamente acentuadas subidas, situação a que não será estranho o agravamento da conjuntura económica verificado nos últimos tempos.

Gráfico 30 - Evolução da Taxa de Desemprego (%)71

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Relativamente ao ganho médio mensal dos trabalhadores, o valor referente à Região Norte encontra-se entre os mais baixos das diferentes Regiões, principalmente no que diz respeito ao nível de habilitações igual ou inferior ao 3º Ciclo do Ensino Básico:

Page 109: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

108

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Tabela 7 - Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem nos estabelecimentos, segundo o nível de habilitações em 200672

TotalNível de habilitações

Inferior 1º Ciclo Ens. Básico

1º Ciclo Ens. Básico

2º Ciclo Ens. básico

3º Ciclo Ens. Básico

Ens. Se-cundário Bach. Licenc.

Continente 935,97 590,54 679,88 689,90 803,63 1 029,54 1 653,58 1 946,46

Norte 805,70 568,01 638,69 630,97 723,00 929,19 1 490,57 1 701,21

Centro 805,06 574,94 663,83 682,93 750,00 865,04 1 367,4 1 544,73

Lisboa 1 207,70 619,89 757,92 817,83 942,00 1 208,24 1 935,59 2 246,81

Alentejo 831,81 590,28 683,66 717,96 782,24 920,73 1 512,70 1 675,98

Algarve 817,80 623,47 699,15 704,62 749,47 912,34 1 383,22 1 467,44

Unidade: €

Gráfico 31 – Ganho Médio Mensal, por NUT II, e valor de referência 935,97€ (Continente), 200673

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A tabela seguinte sintetiza os indicadores mais significativos na caracterização da situ-ação do Mercado de Trabalho da Região Norte vs. Continente.

72 Fonte: Anuário Estatístico de Portugal 2007, INE, 2008 73 Ibidem

Page 110: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

109

74 A População empregada segundo o sector de actividade principal

2008 2003 1998

Continente (*) Norte Continente

(*) Norte Continente (*) Norte

População Total (milhares) 10.132,3 3.749,6 9.962,90 3.708,40 9.648,70 3.595,10

População Inactiva (milhares) 4.751,1 1.766,2 4.714,70 1.779,60 4.753,70 1.773,40

População Activa (milhares) 5.381,3 1.983,4 5.238,90 1.924,60 4.882,50 1.816,30

População Empregada (milhares) 4.968,2 1.811,7 4.903,6 1.793,8 4.638,9 1.726,7

População Desempregada (milhares) 413,1 171,7 335,30 130,80 243,60 89,60

Taxa de Actividade 53,1% 52,9% 52,6% 51,9% 50,6% 50,5%

Taxa de Desemprego 7,7% 8,7% 6,4% 6,8% 5,0% 4,9%

Taxa de Actividade Feminina 48,3% 47,5% 47,1% 46,1% 44,1% 43,6%

Taxa de Desemprego Feminina 8,9% 10,1% 7,3% 8,0% 6,2% 6,1%

Taxa de Actividade por Idades

15-24 anos 41,5% 45,5% 45,3% 50,0% 47,2% 54,0%

25-64 anos 81,0% 78,9% 79,8% 77,7% 77,3% 75,8%

65 e mais anos 17,8% 16,8% 19,0% 17,6% 17,4% 16,8%

Taxa de Desemprego Jovem 16,6% 16,2% 14,8% 13,6% 10,4% 8,8%

Estrutura Sectorial do Emprego74

Primário 11,4% 12,1% 12.6% 12,4% 13,3% 13,6%

Secundário 29,5% 37,4% 32.5% 41.8% 35,5% 47,0%

Terciário 59,1% 50,4% 54.9% 45.7% 51,2% 39,4%

Estrutura do Desemprego por situação

Desempregado (1º emprego) 13,6% 15,4% 13,3% 15,5% 17,4% 19,3%

Desempregado (novo emprego) 86,4% 84,6% 86,7% 84,5% 82,6% 80,7%

por duração da procura

< 1 ano 49,9% 46,9% 62,1% 61,5% 54,4% n.d.

>= 1 ano 50,1% 53,1% 37,9% 38,5% 45,6% n.d.

Por nível de Escolaridade

Até ao Básico – 3º Ciclo 70,7% 71,8% 74,6% 79,5% 78,5% n.d.

Secundário 15,8% 14,5% 14,6% 12,1% 15,4% n.d.

Superior 13,5% 13,7% 10,8% 8,4% 6,1% n.d.

Tabela 8 - Indicadores da Situação no Mercado do Trabalho – Continente e Região Norte

(*) – Os dados da “Estrutura do Desemprego” por duração da procura e por níveis de escolaridade referem-se na verdade a Portugal e não ao Continente.

Fonte: INE, Estatísticas do Emprego

Page 111: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

110

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

9.2 Diagnóstico Comparativo Internacional

Obtidos os traços dominantes do diagnóstico relativo aos vários factores presentes na problemática da empregabilidade na região do Norte e, de forma mais sucinta, no país, interessa agora compreender como é que essa situação se compara com a de alguns países potenciais parceiros ou concorrentes de Portugal, em termos de intercâmbio de mão-de-obra ou deslocalização de empresas.

Este diagnóstico comparativo começa com a situação de Portugal versus demais pa-íses da OCDE no que respeita à população com ensino secundário e evolui depois para vários outros indicadores aplicados aos seguintes países: Espanha, Eslovénia, Marrocos, Polónia e Roménia.

Ensino Secundário:

Apresentam-se os resultados da OCDE com o objectivo de aferir a percentagem de pessoas nas faixas etárias 25-34 e 45-54 que tinham terminado pelo menos o nível secundário. Portugal aparece nos últimos lugares!

Page 112: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

111

Gráfico 32 – População que atingiu o Nível Secundário de Escolaridade (%)75

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População

Dos países em análise, Espanha, Polónia e Marrocos são aqueles com maior popula-ção, já Eslováquia e Portugal são os países com menor população76. Quanto à carac-terização da população segundo o sexo, verifica-se que, para todos os países, a popu-lação do sexo feminino é relativamente maior do que a população do sexo masculino.

75 Fonte: OECD, disponível em http://www.oecd.org/edu/eag2007/ , consultado em 9 de Dezembro de 200876 Estas diferenças em termos de população devem ser tidas em contas para a análise de alguns indicadores que se vão apresentar nas páginas seguintes.

Page 113: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

112

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Gráfico 33 - População segundo o Sexo (milhares)77

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Relativamente à população segundo os Grandes Grupos Etários, veja-se o seguinte gráfico:

Gráfico 34 - População segundo os grandes Grupos Etários (milhares)78

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77 Fonte: Base de dados Eurostat (2007), para os países membros da União Europeia (disponível em http://nui.epp.eurostat.ec.europa.eu/nui/show.do?wai=true&dataset=demo_pjan, consultado em 15 de Dezembro de 2008). Les Indicateurs Sociaux du Maroc en 2006 para Marrocos. Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.78 Ibidem – disponível em http://nui.epp.eurostat.ec.europa.eu.nui/show.do?wai=true&dataset=demo_pjan

Page 114: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

113

79 Fonte: Base de dados Eurostat (2007), para os países membros da União Europeia (disponível em http://epp.eurostat.ec.europa.eu/pls/portal/url/page/PGP_QUEEN/PGE_QUEEN_DETAIL?screen=detailref&language=en&product=REF_TB_population&root=REF_TB_population/t_popula/t_pop/t_demo_pop/tps00010, consultado em 15 de Dezembro de 2008). Les Indicateurs Sociaux du Maroc en 2006 para Marrocos. Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.80 Fonte: Base de dados Eurostat (2007), para os países membros da União Europeia (disponível em http://nui.epp.eurostat.ec.europa.eu.nui/show.do?wai=true&dataset=demo_pjan consultado em 15 de Dezembro de 2008). Les Indicateurs Sociaux du Maroc en 2006 para Marrocos. Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.

Marrocos apresenta a maior percentagem de jovens, cerca de metade da população (50,3%) tem menos de 25 anos. Portugal surge nos últimos lugares com 27,4% de população jovem, logo seguido da Espanha com 26%.Estes dados reflectem-se na percentagem de população com 65 e mais anos, invertendo-se, no entanto, os países com maior e menor percentagem: Portugal (17,3%) e Espanha (16,7%) apresentam as maiores percentagens e Marrocos (3,9%) a menor.

Relativamente à percentagem de população com idades compreendidas entre os 25 e os 65 anos, Marrocos continua a apresentar os valores mais elevados (44,1%), estan-do, no extremo oposto a Roménia (35,7%), apenas 0,2% abaixo de Portugal (35,9%).79

Gráfico 35 - População segundo os grandes Grupos Etários (%)80

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Page 115: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

114

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Portugal apresenta a maior percentagem de população activa81, cerca de 53%, corres-pondendo a mais de metade do total da população. Segue-se Espanha com 49,9% e Eslováquia com 49,2%. A percentagem de população activa de Marrocos é a menor entre os países em análise (37,0%)

Para todos os países em análise, a população activa do sexo masculino é maior do que a população activa do sexo feminino, ainda que, tal como se verificou anteriormente, o total da população do sexo feminino seja maior. Marrocos é o país em que esta di-ferença de percentagem em função do sexo é mais acentuada: a população feminina activa corresponde a menos de metade da população masculina activa.

Gráfico 36 - População Activa segundo o Sexo (milhares)82

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81 “Indivíduos com idade mínima de 15 anos que (…) constituíam a mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no circuito económico (empregados e desempregados)”.Meta-informação do INE, disponível em: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Detalhe.aspx?cnc_cod=1476&cnc_ini=29-04-2006, consultado em 15 de Dezembro de 2008 82 Fonte: Base de dados Eurostat (2007), para os países membros da União Europeia (disponível em: http://nui.epp.eurostat.ec.europa.eu/nui/show.do?wai=true&dataset=lfsi_act_a, consultado em 15 de Dezembro de 2008). Para Marrocos, Les Indicateurs Socieux du Maroc en 2006. Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.

Page 116: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

115

83 Fonte: Base de dados Eurostat (2007), para os países membros da União Europeia (disponível em: http://nui.epp.eurostat.ec.europa.eu/nui/show.do?wai=true&dataset=lfsi_act_a, consultado em 15 de Dezembro de 2008). Para Marrocos, Les Indicateurs Socieux du Maroc en 2006. Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.

No que concerne à evolução da população activa, em Espanha, Portugal e Marrocos, a mesma tem vindo a aumentar desde 1998 até 2007, ainda que, no primeiro país este crescimento tenha sido mais expressivo. Nos três países do Leste Europeu não se verifica uma tendência tão estável, existindo períodos em que a população activa dimi-nui. Estes períodos são mais frequentes na Roménia e na Polónia, nos quais, inclusive, a população activa em 2007 é inferior à registada em 1998.

Gráfico 37- Evolução da População Activa no período 1998-2007 (milhares)83

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O cenário da Educação nos países em análise é ilustrado pelo seguinte gráfico:

Page 117: Agenda Empregabilidade CCDRN(Com a)

116

Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Gráfico 38 - Alunos Matriculados por Nível de Ensino, 2006 (milhares)84

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Legenda:

Nível 0 – Pré-primária

Nível 1 – Primária ou Primeira Etapa da Educação Básica

Nível 2 – Primeira Etapa do Ensino Secundário ou Segunda Etapa da Educação Básica

Nível 3 – Segunda Etapa do Ensino Secundário ou Ensino Secundário

Nível 4 – Ensino Pós-secundário

Nível 5 – Ensino Superior

Em termos percentuais o cenário é o que a tabela seguinte ilustra:

Tabela 9 - Distribuição percentual dos Alunos Matriculados por Nível de Ensino85

ES PL PT RO SL MA

Nível 0 16,8% 9,4% 12,8% 14,5% 11,9% 9,8%

Nível 1 28,2% 29,0% 36,7% 20,9% 19,3% 54,8%

Nível 2 22,3% 17,8% 18,6% 21,4% 28,2% 18,8%

Nível 3 12,6% 19,1% 13,8% 23,5% 24,2% 9,9%

Nível 4 __ 0,8% 0,1% 1,1% 0,2% 1,4%

Nível 5 20,2% 23,9% 18,0% 18,6 16,2% 5,3%

84 Fonte: Base de dados Eurostat (2007), para os países membros da União Europeia (disponível em: http://nui.epp.eurostat.ec.europa.eu/nui/show.do?wai=true&dataset=educ_enrl1tl consultado em 15 de Dezembro de 2008). Para Marrocos, Base de dados do Alto-Comissário de Planeamento de Marrocos (2007). Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.85 Ibidem

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117

86 Os CET nasceram da crescente necessidade de quadros intermédios no tecido económico português e fo-ram «criados por despacho conjunto dos Ministros da Educação e do Trabalho e da Solidariedade e do Ministro da tutela do sector de actividade económica em que se insere a formação proposta». Estes cursos têm como finalidades aprofundar o nível de conhecimentos científicos e tecnológicos e desenvolver competências pesso-ais e profissionais adequadas ao exercício profissional, visando, em primeira instância, a qualificação e inserção profissional. Não obstante, existe a possibilidade de prosseguimento dos estudos no ensino superior, desde que prevista na proposta e protocolos iniciais do CET. A conclusão do CET com aproveitamento é conferente de diploma de especialização tecnológica e certificação profissional de nível IV.87 Fonte: Base de dados UNESCO (2006). Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa para a Agenda da Empregabilidade, CCDRN.

Para parte significativa dos países em análise, é no ensino primário que se concentra a per-centagem mais elevada de alunos inscritos (talvez justificado pelo facto deste nível de ensi-no estar contemplado na escolaridade obrigatória de cada país). Excepções são a Eslováquia e a Roménia que apresentam a maior percentagem de alunos inscritos, respectivamente, na primeira etapa do ensino secundário/segunda etapa da educação básica e na segunda etapa do ensino secundário/ensino secundário. No entanto, importa ainda referir que a duração do ensino primário (Tabela 10, Gráfico 39) é nestes dois países não 6 mas 4 anos.

No que se refere à percentagem de alunos inscritos no ensino secundário (nível 3), constata-se que é nos três países da Europa de Leste que esta percentagem é maior – embora a escolaridade obrigatória de cada país possa influenciar estes valores, não é, por si só, determinante, pois apenas na Eslováquia um dos anos do ensino secundário faz parte da escolaridade obrigatória. Na Polónia a duração da escolaridade obrigatória é de 9 anos e na Roménia de 8, ou seja, igual ou mesmo menor que a de Portugal.

O nível de ensino pós-secundário é aquele que, em todos os países, a percentagem de alunos inscritos é menor. No sistema educativo português, este nível de ensino integra os cursos de especialização tecnológica (CET).86

No que concerne ao ensino superior, a maior percentagem de alunos inscritos encon-tra-se na Polónia (23,9%), seguindo-se Espanha (20,2%) e Roménia (18,6%). Portugal posiciona-se em quarto lugar.

Tabela 10 - Duração da Escolaridade Obrigatória nos diferentes Níveis de Ensino (anos)87

ES PL PT RO SL MA

Duração da escolaridade obrigatória 11 9 9 8 10 9

Duração do Nível 1 3 4 3 4 3 2

Duração do Nível 2 6 6 6 4 4 6

Duração do Nível 3 4 3 3 4 5 3

Duração do Nível 4 2 3 3 4 4 3

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Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Gráfico 39 - Duração da Escolaridade Obrigatória, 2006 (anos)88

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Os países de Leste Europeu apresentam as maiores percentagens de jovens matri-culados em cursos técnicos e vocacionais nos níveis de ensino correspondentes, em Portugal, ao 3º Ciclo do Ensino Básico e ao Ensino Secundário. Em Portugal, esses valores (16,7%) não atingem sequer metade dos valores para a Eslováquia (34,3%). Marrocos é o país que tem a menor percentagem de jovens em cursos técnicos e vocacionais (5,8%) – talvez consequência da ausência de cobertura total de educação em níveis de ensino anterior.

Em Portugal, é possível que estes valores venham a aumentar, como consequência da diversificação da oferta educativa, em especial de cursos técnicos e profissionais, que resultou da última reestruturação do Ensino Secundário (Decreto-Lei n.º 74/2004). Aliás, como é possível verificar através do Gráfico 42, em 2005 e 2006 o número de estudantes a frequentar este tipo de cursos aumenta significativamente, ao contrário do que aconteceu em 2004 - estes dados podem reflectir o facto de 2004 ter coinci-dido com o ano da Reforma no Ensino Secundário, optando-se em algumas escolas por já não se iniciar o ano com os cursos que seriam extintos. Aliás, em termos de percentagem, o aumento da percentagem dos alunos matriculados em cursos técni-cos e vocacionais de 2003 (16%) para 2005 (16,7%) é apenas de 0,7%, mantendo-se o mesmo valor para o ano de 2006 (16,7%).

88 Ibidem

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89 Fonte: Base de dados UNESCO (2006). Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa para a Agenda da Empregabilidade, CCDRN.90 Ibidem

Tabela 11 - Alunos matriculados nos níveis 2 e 3 em Programas técnico / vocacionais89

ES PL PT RO SL MA

Nível 2 e 3 Prog. Técn/Voc 482.220 779.359 110.647 682.531 219.575 118.515

Nível 2 e 3 Total 3.091.036 3.316.939 661.748 2.013.016 640.120 2.061.046

% 15,6% 23,5% 16,7% 33,9% 34,3% 5,8%

Gráfico 40 - Alunos Matriculados nos Níveis 2 e 3 em Programas Técnicos e Vocacionais (milhares)90

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Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Gráfico 41 - Alunos Matriculados nos Níveis 2 e 3 em Programas Técnicos/ Vocacionais (%) 91

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Gráfico 42 - Evolução do Número de Alunos Matriculados em Programas Técnicos / Vocacionais nos Níveis de Ensino 2 e 3, em Portugal (milhares)92

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Tendo em consideração os sectores tradicionais da Região Norte e mesmo do País será pertinente observar o número, e respectiva percentagem, de alunos do ensino superior matriculados em cursos na área da Engenharia, Indústria Transformadora e Construção.

Portugal apresenta um lugar modesto no número de alunos do ensino superior ma-triculados em cursos na área de Engenharia, Indústria Transformadora e Construção (21,9%), atrás da Roménia e da Espanha . Marrocos surge em último lugar.

91 Fonte: Base de dados UNESCO (2003-2006). Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.88 Ibidem

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93 Fonte: Base de dados UNESCO (2006). Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.

De acordo com estes dados, Portugal apresenta grandes fragilidades competitivas em termos de mão-de-obra qualificada nestas áreas estritamente relacionadas com o sector automóvel.

Gráfico 43 - Alunos matriculados no Ensino Superior, em cursos nas áreas de Engenharia, Indús-tria Transformadora e Construção (milhares)93

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No que se refere à percentagem de alunos repetentes, Portugal apresenta a segunda maior percentagem de alunos repetentes no nível correspondente ao 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico (10,2%). Apenas Marrocos apresenta uma percentagem superior (13,2%). O país com a menor percentagem de alunos repetentes neste nível de ensi-no é a Polónia, não chegando sequer a um ponto percentual (0,6%).

É notória a diferença percentual entre Portugal e alguns dos países em análise, tradu-zida em: 9,6% quando comparado com Eslováquia, 7,6% pontos quando comparado com Espanha e apenas 3% quando comparado com Marrocos. Estes dados são ainda mais preocupantes por se referirem aos primeiros níveis de ensino.

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Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Gráfico 44 - Percentagem de Alunos Repetentes por Nível de Ensino (%)94

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Relativamente aos níveis de ensino correspondentes em Portugal, ao 3º Ciclo do En-sino Básico e ao Ensino Secundário, o país que apresenta menor percentagem de alunos repetentes é a Eslováquia (1,4%), já Marrocos (17,6%) e Portugal (17,4% para 3º Ciclo e nos 33,6% no Ensino Secundário) apresentam percentagens bastante su-periores.95 96

A duração da escolaridade obrigatória não parece ser um factor condicionador desta diferenciação de resultados, uma vez que apenas na Espanha e na Eslováquia esta é superior à de Portugal (Tabela 10, Gráfico 39).

Segundo os dados disponibilizados pela UNESCO97, Marrocos é o país onde a per-centagem de despesas governamentais em educação é maior (27,8%). Seguem-se

94 Fonte: Base de dados UNESCO (2004). Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.95 cf. Com os Gráficos 14 e 15 deste Plano.96 Os valores apresentados para Portugal, quando comparados com os restantes Países, devem ser cuidado-samente analisados já que incluem também os alunos desistentes (o que poderá explicar os valores bastante altos para o Ensino Secundário – altura em que os alunos deixam de estar abrangidos pela escolaridade obri-gatória)97 Fonte: Base de dados UNESCO (2005). Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.

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98 A distanciação de Marrocos em relação aos restantes países Europeus pode estar relacionada com a situa-ção mais fragilizada da cobertura da educação nesse país e, por isso, com um necessário maior investimento nesta área.99 Fonte: Base de dados UNESCO (2006). Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.

Polónia e Portugal, com, respectivamente, 12,7% e 11,5% do orçamento destinado à educação. Eslováquia (10,8%) e Roménia (8,6%) apresentam as menores percen-tagens. 98

Gráfico 45 - Despesas Públicas em Educação como percentagem do Total de Despesas Gover-namentais99

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Mercado de Trabalho

No que concerne à escolaridade da população com idade compreendida entre os 25 e os 64 anos (População em Idade Activa), os países de Leste Europeu apresentam as percentagens mais elevadas da população dessa faixa etária que completou pelo menos o nível correspondente, em Portugal, ao ensino secundário. Após os países de Leste Europeu surge a Espanha (50,4%) que apresenta uma percentagem quase duas vezes superior à de Portugal (27,5%), que se encontra apenas à frente de Mar-rocos (17,7%). Portugal apresenta, assim, percentagens que o aproximam mais de Marrocos do que dos restantes países Europeus, distanciando-se, por exemplo da Eslováquia, em 61,7%.

Os dados apresentados permitem concluir que, em termos globais, a mão-de-obra de países como Eslováquia, Polónia e Roménia apresenta habilitações académicas

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Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

superiores às de Portugal. Dados bastante relevantes quando se discute e se assiste à deslocalização de empresas portuguesas ou com sede em Portugal para outros pa-íses, nomeadamente, de Leste Europeu. No entanto, têm vindo a ser tomadas medi-das para combater esta situação (por exemplo, a iniciativa Novas Oportunidades) e é muito provável que os estudos estatísticos dos próximos anos indiquem um aumento da escolaridade da população portuguesa, em especial da sua população activa.

Gráfico 46 - População com idade compreendida entre os 25 e os 64 anos que completou pelo menos o Nível 3 de Escolaridade (%)100

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No que se refere à taxa de desemprego e tomando como referência o ano de 2007, o país que apresenta o valor mais elevado é a Eslováquia (11,1%), no extremo oposto está a Roménia (6,4%), já Portugal é o segundo país com uma menor taxa de desem-prego (8,1%), no entanto, distinguindo-se da Espanha (8,3%) apenas por 0,2%.

Cruzando estes dados com os relativos à percentagem de população entre os 25 e os 64 anos que completou pelo menos o ensino secundário, percebe-se que este último

100 Fonte: Base de dados Eurostat (2007), para os países membros da União Europeia (disponível em: http://nui.epp.eurostat.ec.europa.eu/nui/show.do?wai=true&dataset=educ_iatt, consultado em 15 de Dezembro de 2008). Para Marrocos, base de dados Banco Mundial. As informações sobre este último país reportam-se à soma dos indicadores percentagem de força de trabalho com ensino secundário e percentagem de força de trabalho com ensino superior, e são referentes ao ano, entre 2000 e 2005, de que dispõem informações mais recentes. Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.

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101 Estes dados reafirmam a importância de se atender a um conjunto mais vasto de factores (situação política, demográfica, económica, social, educacional e cultural do país) quando em estudo está a problemática empre-go/desemprego.102 Fonte: Base de dados Eurostat (2007), para os países membros da União Europeia (disponível em: http://nui.epp.eurostat.ec.europa.eu/nui/show.do?wai=true&dataset=une_rt_a, consultado em 15 de Dezembro de 2008). Para Marrocos, Base de dados do Alto-Comissário de Planeamento de Marrocos (2007). Tratamento de dados e apresentação gráfica: Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empre-gabilidade, CCDRN.103 Importa, no entanto, não esquecer que, em termos globais, uma parte significativa da população com idade inferior a 25 anos, mas em idade activa, ainda se encontra a estudar.

factor não é suficiente para explicar a taxa de desemprego. Veja-se por exemplo, a situação de Espanha e Portugal que apesar de integrarem o grupo de países com uma menor percentagem de população com idades entre os 25 e os 64 anos que comple-tou pelo menos o ensino secundário, correspondem a dois dos três países com menor taxa de desemprego não só nessa faixa etária como no total da população activa.101

Gráfico 47- Taxa de Desemprego (%)102

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A variação da taxa de desemprego segundo o grupo etário é expressiva para todos os países Europeus, podendo ser de duas (Eslováquia) a cinco vezes superior (Roménia) na população com menos de 25 anos. Deste modo, constata-se a existência de um desemprego sobretudo jovem nos países Europeus em análise.103

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Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Gráfico 48 - Taxa de Desemprego segundo o Grupo Etário (%)104

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Comparando, para cada país, a taxa de desemprego em 1998 e em 2007, verifica-se que apenas em Portugal a taxa de desemprego em 2007 é maior do que a mesma taxa em 1998, nos restantes países em análise esta taxa é menor em 2007.

Analisando o percurso de evolução da taxa de desemprego em cada país não é pos-sível identificar uma tendência global, ainda assim, Portugal é o país que apresenta um percurso mais estável, mais longo e recente de progressivo aumento da taxa de desemprego, nomeadamente a partir do ano 2000.

104 Fonte: Base de dados Eurostat (2007), disponível em: http://nui.epp.eurostat.ec.europa.eu/nui/show.do?wai=true&dataset=une_rt_a, consultado em 15 de Dezembro de 2008. Tratamento de dados e apresenta-ção gráfica: Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.

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105 Fonte: Base de dados Eurostat, para os países membros da União Europeia (disponível em: http://nui.epp.eurostat.ec.europa.eu/nui/show.do?wai=true&dataset=une_rt_a, consultado em 15 de Dezembro de 2008). Para Marrocos, Base de dados do Alto-Comissário de Planeamento de Marrocos (2007). Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN..

Gráfico 49 - Evolução da Taxa de Desemprego no Período de 1998 a 2007 (%)105

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Relativamente ao salário mínimo mensal, o mesmo é, em Espanha (666,0€ em 2007), significativamente superior ao dos restantes países, sendo 1,7 vezes superior ao es-tabelecido em Portugal (403,0€) e mais do quíntuplo do estabelecido na Roménia (121,0€). Ainda assim, o salário dos países de Leste Europeu pode ser entre 1,6 e 3,3 vezes inferior ao de Portugal – o que pode pesar na opção pelo investimento nesses países, por exemplo, através da deslocalização de empresas (como tem acontecido em Portugal).

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Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Gráfico 50- Salário Mínimo Mensal (€)106

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Quando se analisa os valores médios mensais por actividade económica, nomeada-mente daquelas que mais se relacionam com o sector automóvel, e por nível de esco-laridade, constata-se que, quando se trata de trabalhadores com uma formação a nível do ensino superior, o ganho médio mensal dos portugueses aproxima-se bastante mais dos valores auferidos em média pelos trabalhadores espanhóis com o mesmo nível de habilitações, ultrapassando-os, inclusive, quando a actividade económica em questão é o comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e mo-tociclos e bens pessoais e de agregado familiar.

A análise do Gráfico 51, permite também verificar que, independentemente da activi-dade em análise, o ganho médio mensal é maior à medida que o nível de escolaridade dos trabalhadores aumenta. Constata-se, no entanto, uma excepção: em Espanha, na área da indústria transformadora, um trabalhador com o ensino secundário recebe em média mais do que um trabalhador com o ensino superior. Quando comparados com Portugal, estes dados podem induzir a existência de uma menor valorização (com re-percussões monetárias) do ensino superior em Espanha, pelo menos nas actividades económicas em análise.

106 Fonte: Para Portugal, informações disponíveis no site oficial da Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho. Para os restantes países membros da União Europeia, base de dados Eurostat. Para Marrocos, Indicateurs Socieux du Maroc en 2006. Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.

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107 Fonte: Base de dados Eurostat (2002). Tratamento de dados e apresentação gráfica: Equipa da Agenda para a Empregabilidade, CCDRN.108 http://www.atec.pt

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Gráfico 51 - Ganho Médio Mensal (€) por Nível de Escolaridade e Actividade107

Legenda:

A – Indústria

B – Indústria transformadora

C – Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos e bens pessoais e familiares.

9.3 Boas Práticas na Promoção da Empregabilidade: uma visão alargada

Para além dos casos de boas práticas na promoção da empregabilidade na Região Norte anteriormente apresentados, interessa documentar alguns outros casos num contexto territorial mais alargado.

9.3.1 Iniciativas Nacionais

ATEC – Associação de Formação para a Indústria108

A ATEC direcciona a sua área de intervenção no âmbito da formação profissional, ofe-recendo cursos para jovens de várias profissões, de nível III ao nível V, com especial predominância para cursos que conferem dupla certificação (escolar e profissional).

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Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

Um dos principais objectivos da ATEC consiste em criar e gerir uma estrutura de formação que, com a transferência do know-how das entidades Promotoras (Volkswa-gen Autoeuropa, Siemens, Bosch, Câmara do Comércio Luso-Alemã), permita qualifi-car novos trabalhadores com capacidades para corresponder às necessidades próprias de formação e das demais empresas dos sectores onde se inserem.

No que se refere à colaboração com outras entidades a ATEC tem estabelecidos pro-tocolos e parcerias com várias Universidades e Institutos Politécnicos, com o Instituto de Emprego e Formação Profissional e várias entidades e associações.

Instituto de Emprego e Formação Profissional

O Instituto de Emprego e Formação Profissional disponibiliza alguns projectos que vi-sam a integração social e proporcionar condições para a melhoraria da empregabilida-de, das oportunidades de emprego e formação dos cidadãos. Em seguida destacam-se alguns.

Programa Vida-Emprego109

O Programa Vida-Emprego visa permitir ao indivíduo equacionar a reinserção social e profissional como parte integrante do seu processo de tratamento, quer através da participação num estágio de integração sócio profissional, quer da criação do próprio emprego.

Bolsa de Formação da Iniciativa do Trabalhador110

A Bolsa de Formação da Iniciativa do Trabalhador tem como objectivo melhorar as con-dições de empregabilidade e de realização do trabalhador através da frequência de ac-ções de formação contínua, com salvaguarda do normal funcionamento da empresa.

A Bolsa tem como destinatários trabalhadores desempregados e empregados que pretendam aumentar as suas qualificações com vista à manutenção do seu emprego e/ou à sua reinserção profissional.

109 http://www.iefp.pt/apoios/candidatos/ProgramaVidaEmprego/Paginas/ProgramaVidaEmprego.aspx 110 http://www.iefp.pt/apoios/candidatos/FormacaoEmprego/Paginas/BolsaFormIniciativaTrabalhador.aspx

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Criação do Próprio Emprego ou Empresa111

São três as medidas de apoio à criação do próprio emprego ou empresa disponibiliza-das pelo IEFP:

> Apoios a Iniciativas Locais de Emprego – têm como objectivo incentivar e apoiar projectos que dêem lugar à criação de novas entidades, independentemente da forma jurídica, e que originem a criação líquida de postos de trabalho, contribuin-do para a dinamização das economias locais, mediante a realização de investi-mentos de pequena dimensão.

> Programa Iniciativas Locais de Emprego de Apoio à Família – tem como objec-tivo incentivar o surgimento de novas entidades que originem a criação líquida de postos de trabalho e contribuam para a dinamização de economias locais, no âmbito dos serviços de apoio à família.

> Apoios a Projectos de Emprego promovidos por beneficiários das prestações de desemprego.

9.3.2 Iniciativas Internacionais

Inglaterra

FRESA – Framework for Regional Employment and Skills Action

O objectivo do FRESA112 é disponibilizar um plano simples, baseado em informação coerente, válida e acessível sobre o mercado de trabalho e as competências que o mesmo necessita. Este plano centra-se naquilo que é necessário acontecer numa re-gião para que a mesma mantenha um mercado de trabalho em robusto crescimento.

O FRESA recolhe, assim, informação em duas áreas-chave:

111 ht http://www.iefp.pt/apoios/candidatos/CriacaoEmpregoEmpresa/Paginas/PróprioEmpregoEmpresa.aspx 112 O grupo de trabalho do FRESA é constituído por: English RDAs; Confederation of British Industry; Depart-ment for Education & Skills; Skills for Employment Division; Department for Work & Pensions; Department of Trade & Industry; East Midlands Development Agency; Employment Service; Government Office for the South East; Learning & Skills Council; Local Government Association; London Development Agency; Trades Union Congress; Yorkshire Forward.

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Anexo 1: Elementos de Diagnóstico

> O lado da oferta – é recolhida informação acerca das Pessoas (demografia, esta-tísticas do mercado de trabalho, competências e qualificações) e oferta de Ensino e Formação (quem são as entidades que oferecem Ensino e Formação e quais os cursos oferecidos);

> O lado da procura – é recolhida informação acerca do Emprego (sectores chave e empregadores, dimensão dos empregadores, salários, dificuldades de recruta-mento, etc), e da procura de Ensino e Formação (pelas pessoas e pelos empre-gadores atendendo às necessidades de competências);

No centro do processo FRESA estão um conjunto de elementos de análise, consulta, comunicação e planeamento de acções. O principal output do processo é um Plano de Acção para a região alvo.

O FRESA é um projecto governamental que teve o seu início em 2001 mas que é leva-do a cabo nas diferentes regiões agências de desenvolvimento regional, em conjunto com os respectivos parceiros, com o objectivo de dar resposta às necessidades de emprego e competências das economias regionais.

França

PRDF - Plan Regional de Développement des Formations Profissionnelles en Bour-gogne

O PRDF é um projecto da Região Francesa de Bourgogne que visa estruturar a oferta regional de formação profissional em função das grandes tendências que podem in-fluenciar as evoluções necessárias dessa oferta. Partindo deste pressuposto os gran-des objectivos são então:

> Assegurar a igualdade de acesso à formação profissional e, consequentemente, assegurar emprego e integração no mercado de emprego;

> Responder às necessidades de competências da economia de Bourgogne a fim de assegurar condições para um desenvolvimento duradouro, por si só garantia de progresso social;

> Credibilizar a formação ao longo da vida;

> Ter em conta os territórios;

> Prever e antecipar.

O PRDF é promovido pelo Conseil Régional de Bourgogne.

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Espanha

Plan Galego de Voluntariado de Galicia 2006-2010

O Plan Galego de Voluntariado de Galicia 2006-2010 tem por base um amplo processo de participação, iniciado com um conjunto de jornadas de âmbito regional, que teve o seu culminar no Congreso Galego de Voluntariado e a sua continuidade numa série de grupos temáticos, que abriram a participação a diferentes agentes públicos e de inicia-tiva social, para recolher o saber e o sentir da sociedade no que respeita à mobilização solidária da cidadania.

Entre os objectivos definidos para o Plan de Voluntariado de Galicia destacam-se os seguintes:

> Fortalecer as entidades de acção voluntária na gestão dos processos e na gestão das pessoas voluntárias;

> Reforçar a coordenação a nível local, regional ou sectorial: coordenação informa-tiva, de programas, integração em redes, etc.

> Implicar toda a Administração Autónoma no projecto de desenvolvimento de uma cidadania activa: Bem-estar, Educação, Meio Ambiente, Indústria, etc.

> Criar uma estrutura global de informação, formação, sensibilização, dinamização e gestão do voluntariado na Galiza;

> Promover a participação voluntária dos grupos com maiores dificuldades sociais ou menos representados no âmbito do voluntariado;

> Estabilizar os projectos de voluntariado, os técnicos ou responsáveis e o conheci-mento sobre a identidade, organização e funcionamento do voluntariado;

> Melhorar, sistematizar a qualificação do voluntariado.

O Plan Galego de Voluntariado é promovido pela Xunta de Galicia: Vicepresidencia da Igualdade e do Benestar, Secretaría Geral do Benestar e Dirección Xeral de Xuventude e Solidariedade.

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10 Anexo 2:

Modelo Orientador para a Execução dos

Projectos a enquadrarnas diferentes

Linhas de Acção

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Anexo 2: Modelo Orientador para a Execução dos Projectos a enquadrar nas diferentes Linhas de Acção

Anexo 2: Modelo Orientador para a Execução dos Projectos a enquadrar nas diferentes Linhas de Acção

Os projectos a enquadrar nas diferentes linhas de acção deverão orientar-se, pre-ferencialmente, pelo seguinte modelo de execução:

Âmbito Geográfico

A área geográfica de incidência dos pro-jectos é a Região Norte.

Projectos que envolvam cooperação com outras regiões nacionais ou projec-tos de natureza transfronteiriça poderão ser também aqui enquadrados.

Entidades Titulares

As entidades titulares dos projectos po-derão ser

a) Municípios, Associações de Municí-pios e Áreas Metropolitanas;

b) Empresas Públicas municipais, inter-municipais e metropolitanas e Servi-ços Municipalizados;

c) Agências de Desenvolvimento Regio-nal;

d) Organismos da Administração Pública Central directa ou indirecta;

e) Outras entidades públicas;

f) Outras pessoas colectivas de direito público e de direito privado sem fins lucrativos, bem como outras entida-des públicas ou privadas similares;

g) Outras entidades que se proponham contribuir para os objectivos identifi-cados em cada Linha de Acção.

Perfil dos Consórcios

Serão privilegiados projectos e iniciativas que demonstrem cooperação inter-insti-tucional entre municípios ou associação de municípios ou áreas metropolitanas, escolas ou redes de escolas e empresas ou associações empresariais.

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Agradecimentos

Agradecimentos

A elaboração do Plano de Acção da Agenda Regional para a Empregabilidade só foi possível graças a um grande número de contributos de que se destacam os prestados pelas seguintes entidades:

> Membros do Comité de Pilotagem;

> Membros da Comissão de Acompanhamento;

> Autores de trabalhos com influência marcante na preparação deste Plano de Acção

- Fernanda Rodrigues

- José Manuel Varejão

- José Maria Azevedo;

- José Matias Alves,

- Pilar Gonzalez

> Trabalho de Estágio desenvolvido no âmbito da Agenda Regional para a Empre-gabilidade por Carina Coelho, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto.113

É devido também um agradecimento vários Serviços da CCDRN que disponibilizaram dados e informação utilizados neste documento (DSDR, CAPER; Documentação, etc).

Ao longo do período de elaboração deste Plano foram muitas as reuniões com a Pre-sidência da CCDRN e com os Directores de vários Serviços. Os contributos recebidos foram de grande importância na construção das ideias aqui apresentadas. Um agra-decimento especial é assim devido ao Dr. Carlos Lage, ao Professor Doutor Paulo Gomes, à Professora Doutora Teresa Lehmann, e ao Eng. Júlio Pereira.

113 Este estágio foi orientado pela Professora Doutora Manuela Terraseca.

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21. Comissão Europeia (2001): Conclusões da Presidência, Conselho Europeu de Göteborg, 15 e 16 de Junho de 2001

22. Comissão Europeia (2005a): Communication to the Spring European Council: Working together for growth and jobs – integrated guidelines for growth and jobs (2005-08), Luxembourg, Office for Official Publications of the European Communities.

23. Comissão Europeia (2005b): Comunicação (do Presidente Barroso) ao Conselho Europeu da Primavera, Trabalhando juntos para o crescimento e o emprego: um novo começo para a Estratégia de Lisboa – COM (2005) 24.

24. Comissão Europeia (2005c): Conclusões da Presidência, Conselho Europeu de Bruxelas, 22 e 23 de Março de 2005.

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34. Communiqué of the meeting of European Ministers in charge of Higher Education, Bergen, May 2005

35. Comunicado da Conferência de Ministros responsáveis pelo Ensino Superior, Ber-lim, Setembro 2003

36. Conselho da União Europeia (2007) – Resolução do Conselho de 15 de Novembro de 2007 sobre a educação e a formação como motor essencial da Estratégia de Lis-boa, Jornal Oficial da União Europeia (2007/C 300/01).

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38. Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março.

39. Dias, Mariana (coord.) et alii (2005), Concepção Estratégica das Intervenções Ope-

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