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1 AGENDA CULTURAL Maio Junho 2012 Glaciar Perito Moreno (Argentina)2006/Roberto Giugliani

agenda maio junho

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Agenda Cultural do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS

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Glaciar Perito Moreno (Argentina)2006/Roberto Giugliani

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M A I O E J U N H O 2 012

Espaços vazios, lugares para a cultura

Nenhuma identidade é fixa, estável e perene. Toda identidade, como toda cultura, está em constante mutação, dissolvendo-se e liquefazendo-se para se recompor e refazer em seguida sob aparência pouco ou muito diferente. Toda cultura, em outras palavras, foge de si mesma...

Teixeira Coelho

No mês de março parece que tudo começa e na Universidade não é diferente; começam as aulas, os cursos de extensão, os espetáculos culturais, e nosso campus-cidade é novamente acordado por esta agenda de eventos científico-culturais e pela profusão de rostos, percepções, sorrisos e experimentações.

Começar as atividades culturais “para se recompor e refazer em seguida sob aparência pouco ou muito diferente” é o que pretendemos, mantendo projetos antigos e lançando outros novos. Procuramos, com este conjunto de iniciativas, ocupar os espaços vazios transformando-os em lugares essenciais para a cultura, reinventando o cotidiano na Universidade.

“A cultura foge de si mesma...” Este é o dilema com o qual lida diariamente o gestor cultural em uma Universidade ao propor ações que fogem do convencional. E mesmo que este fazer nos leve a um espaço movediço – no qual a incerteza é mais forte do que a certeza de pisar firme e seguir em frente – é justamente nesse ambiente flutuante que acreditamos que nosso trabalho se realiza.

Propusemos ações, nos meses de março e abril, que confirmaram que a cultura “foge de si mesma” ao levar Lia de Itamaracá ao litoral norte para o lançamento do Festival de Inverno Maré de Arte. Estes movimentos incertos constroem as pontes necessárias pautadas na atuação, partindo de princípios de reconhecimento mútuo e busca de relações de confiança com a comunidade.

Para os meses de maio e junho, novas proposições e novas recomposições se fazem: o espaço vazio de circulação do saguão da reitoria se transforma em espaço expositivo e Roberto Giuliani, professor-fotógrafo, inaugura este novo lugar de cultura. Dissolvendo-se e liquefazeando-se para se recompor. O Unimúsica ousa ao propor para sua programação anual grandes formações instrumentais, trazendo a Porto Alegre, de forma inédita, Orquestras e Big Bands.

A Universidade possibilita ao gestor, e também ao público, todas estas experimentações: ousar, apostar, e desacomodar para além da cultura. Estes são os meios pelos quais o conhecimento e a criatividade são capazes de impulsionar cada um de nós como um agente do processo. Possibilidades que não se esgotam, mas que se renovam e se multiplicam.

Claudia Boettcher

Diretora

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3Vale doze e trinta(Abril 2012)/ Marielen Baldissera

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U N I M Ú S I C A 2 012S É R I E O R Q U E S T R A S E B I G B A N D S

Spokfrevo Orquestra

M Ú S I C A

Sob a regência de maestro Spok, o frevo muda de forma quando tocado pela Spokfrevo Orquestra. Com clara influência do jazz, a orquestra formada por 18 jovens músicos pernambucanos transfigura frevos-de-rua e frevos-canções através de arranjos contemporâneos e improvisos surpreendentes. Criada em 2011, a Spokfrevo tem no currículo inúmeras apresentações no Brasil e no exterior e dois álbuns gravados: Passo de anjo (2004) e Cem anos de frevo (2007). Nesse último, a Spok foi responsável pelo instrumental que acompanhou artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Alceu Valença, Silvério Pessoa e Chico Buarque.

ENSAIO ABERTO

Data: 13 de junho – quarta-feira – 20h

Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)

Inscrições pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br a partir de 14 de maio

ESPETÁCULO

Data: 14 junho – quinta-feira – 20h

Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)

A retirada de senhas pode ser realizada através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso, a partir de 11 de junho, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocul-tural.ufrgs.br

Spokfrevo/Nik Neves

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Maio de 2011. Estava em Brasília, participando de um congresso acadêmico, música e cognição. Lá pelas tantas alguém sugere aos participantes do congresso uma programação não-oficial, uma ida a um show no Clube do Choro. A atração da noite: Spok, tocando com seu Quinteto. Aderi imediatamente à ideia. Já conhecia a Spok Frevo Orquestra tanto por gravações de disco como gravações de shows, tinha profunda admiração pelo grupo e, portanto, parecia uma oportunidade imperdível assistir ao vivo pela primeira vez – ainda que fosse o Spok solista e não o mestre de banda.

Não me arrependi. Em um ambiente pequeno, que convém à observação detalhada das sutilezas musicais, pude acompanhar uma performance memorável. Tão memorável que uma ideia rapidamente tomou forma e força: trazer Spok para uma apresentação na UFRGS em 2012, aproveitando a novidade representada por ser este o ano de ingresso da primeira turma da ênfase Música Popular do Bacharelado em Música.

Explico. Em maio de 2011 estavam bem vivas, embora já sedimentadas, as discussões riquíssimas havidas na comissão que eleborara o projeto de criação da ênfase Música Popular. Desde justificativas, acadêmicas e técnicas, bem embasadas, passando por questões de natureza mais ampla, como o papel e o espaço da(s) música(s) na Universidade e a contribuição da Universidade ao universo musical. Dali da comissão saiu um conjunto de concepções que, acredito, resistirá ao tempo e frutificará na forma de troca mútua de contribuições musicais profundas entre a academia e a sociedade, entre a Universidade e as Músicas que a cercam.

E o Spok? Bom, o que vi entusiasmado no Clube do Choro é que ali, naquele show, estava demonstrada a sua maturidade musical, expressa na forma de quatro vieses complementares: performance, composição, arranjo e pesquisa. A performance de um músico muito preciso tecnicamente. Velocidade, sonoridade, expressão – tudo em tamanho justo, tudo, mesmo quando exuberante, a serviço da música, longe, muito longe, de qualquer tipo de exibicionismo virtuoso estéril. Ainda, a habilidade de improvisador coerente e despido de clichês e frases feitas.

Mas não era só, como se isso pudesse ser pouco. Havia o compositor criativo, original. Parte de um gênero e passeia por muitos outros. Um compositor cujas músicas se tem vontade de ouvir de novo, e creio que pouco mais possa ser dito de elogio a um compositor. O arranjador que sabe usar os instrumentos de que dispõe, que consegue criar um conjunto onde os papeis se alternam constantemente e onde não há nenhum músico sub-aproveitado, que faz parecer que as músicas arranjadas foram efetivamente escritas para aquela formação. Por fim, mas não menos importante, o pesquisador que vai fundo no seu repertório. Que sabe as histórias e os detalhes que só quem vai fundo no seu objeto pode descobrir. Que volta do fundo da pesquisa apto a transformar o que aprendeu em música.

Minha admiração completa, ali estava personificado o músico que imaginamos na comissão. Os quatro vieses que identifiquei no Spok eram as quatro modalidades de TCC do currículo recém elaborado. Por isso decidi fazer o convite ali mesmo, logo depois do show. Não que eu tivesse o poder decisório, não tinha, mas tinha certeza que algum jeito haveria de ser dado. Fui conversar com ele e então veio a cereja do bolo: o sujeito é um baita cara. Simpático, atencioso, que sabe o seu valor, mas não é nem de longe arrogante. Ele quer é tocar, as burocracias se resolvem e ele tira do caminho todos os empecilhos que puder.

Pra encurtar a história: de volta a Porto Alegre fui falar com o Departamento de Difusão Cultural e aqui está o Spok, no Unimúsica. Não com o Quinteto, mas com a Orquestra. Tanto melhor. Parabéns à equipe do Unimúsica pela grande jogada. Sorte do público de Porto Alegre. Sorte a minha, como professor do curso de música da UFRGS, e dos alunos do curso, que estaremos todos na plateia. Temos muito a aprender com o Spok.

Luciano Zanatta

Músico e compositor, professor do Departamento de Música da UFRGS

U N I M Ú S I C A 2 012S É R I E O R Q U E S T R A S E B I G B A N D S

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Guinga/divulgação

I V F E S T I VA L D E V I O L Ã OD A U F R G S

Reunindo alguns dos maiores expoentes do violão brasileiro, o IV Festival de Violão da UFRGS acontece de 3 a 6 de junho, em Porto Alegre. Coordenado pelo professor Daniel Wolff, o evento contará com a partici-pação dos violonistas Guinga e Fábio Zanon, além do premiado instrumentista chileno José Antonio Escobar.

Os concertos, oficinas, palestras e mesas redondas que compõem a programação ocuparão diversos espaços da UFRGS, como o Salão de Atos e Sala Fahrion, no Campus Central, e Auditorium Tasso Corrêa, do Institu-to de Artes. Participam também os professores Gilson Antunes (UFPB), Eduardo Meirinhos (UFG), Fernando Araújo (UFMG), Márcio de Souza e Thiago Colombo (UFPEL), além dos docentes do setor de violão da UFRGS.

O IV Festival de Violão da UFRGS é uma parceria entre o Departamento de Música/ Instituto de Artes e Depar-tamento de Difusão Cultural/PROREXT.

M Ú S I C A

GUINGA

Data: 03 de junho – domingo – 20h

Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)

JOSÉ ANTONIO ESCOBAR E THIAGO COLOMBO

Data: 05 de junho – terça-feira – 20h

Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)

FÁBIO ZANON E DUO MÔNICA E FERNANDO ARAÚJO

Data: 06 de junho – quarta-feira – 20h

Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)

GILSON ANTUNES E EDUARDO MEIRINHOS

Data: 04 de junho – segunda-feira – 20h

Local: Auditorium Tasso Corrêa (Rua Senhor dos Passos, 249)

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N Ú C L EO D A C A N Ç Ã O

Richard Serraria/ Ane Franke

Audição comentada do álbum Pampa Esquema Novo, de Richard Serraria

AUDIÇÃO COMENTADA DE PAMPA ESQUEMA NOVO

Data: 28 de maio – segunda-feira – 19h

Local: Sala Fahrion (segundo andar da Reitoria – Av. Paulo Gama, 110)

Inscrições pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br

Pampa Esquema Novo, segundo álbum individual do compositor Richard Serraria, é o tema de audição co-mentada no Núcleo de Estudos da Canção, em maio. Gravado em Montevidéu, Buenos Aires, Pelotas, São Paulo e Porto Alegre ao longo de 2009 e 2010, Pampa Esquema Novo leva adiante o projeto de mestiça-gem musical do autor. Ao unir samba, samba-rock, candombe, milonga, bossa-tango, maçambique, ijexá, maracatu e coco, Richard Serraria sintetiza no espaço de doze canções a herança multicultural pampiana e brasileira, com destaque para as raízes africanas de uma e de outra.

O disco, cujo título faz referência ao LP Samba Esque-ma Novo, de Jorge Ben Jor lançado em 1963, conta com participações especiais de Zeca Baleiro, Daniel Drexler, Juan Schellemberg, Sérgio Astengo, Pablo Grinjot Sebastian Jantos, Marcelo Delacroix e Vanessa Longoni. Serraria assina a produção ao lado de Ângelo Primon e a direção de percussões é de Lucas Kinoshita.

Compositor, músico e poeta, Serraria considera que o trabalho do artista deve se aproximar ao máximo da atuação de um ativista cultural. Assim, a audição comentada de Pampa Esquema Novo promete vir acompanhada de reflexões sobre os conceitos de cultura e tradição. O álbum completo está disponível para download no site oficial do músico: http://richard-serraria.blogspot.com.br.

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I N T E R L Ú D I O

M Ú S I C A

O Interlúdio, idealizado pelo Departamento de Música do Instituto de Artes e pelo Departamento de Difusão Cultural, em 2010, propõe dar maior visibilidade à música de câmara produzida por alunos da universidade, além de levar diferentes repertórios a novos espaços e públicos além dos habituais. Com um dia-a-dia cada vez mais intenso, o DDC lança o desafio à comunidade universitária, que pare por alguns minutos e se dê o direito de apreciar um pouco de música. Se interlúdio significa trecho de música instrumental que se intercala entre as várias partes de uma longa composição, você pode pensar nessa composição como a sua rotina.

De abril a novembro, a cada última sexta-feira do mês, a Sala João Fahrion (2º andar da Reitoria da UFRGS), recebe um recital do projeto Interlúdio. Sempre às 12h30.

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Arte e resgate histórico nas vozes de Ursula Collis-chonn, Letícia Grützmann, Lucas Alves e Francis Padilha. Formado no início de 2009, o Quarteto se dedica à pesquisa, interpretação e divulgação da música renascentista. Lembrado pelo valor artístico e histórico de seu trabalho, sua trajetória inclui a participação em importantes eventos, como a aber-tura do Congresso de História Medieval na UFRGS e concerto no Museu de História da Medicina.

ANONIMMY QUARTTUOR

Data: 25 de maio – sexta-feira – 12:30

Local: Sala Fahrion ( segundo andar da Reitoria – Av. Paulo Gama, 110)

Com participação em diversos concertos e recitais importantes, Maria Benincá e Pamela Ramos apre-sentam-se no recital de junho do projeto Interlúdio. Alunas de graduação e pós-graduação no Institu-to de Artes da UFRGS, respectivamente, Maria e Pamela executarão obras clássicas para o piano no palco do Salão de Atos da UFRGS.

RECITAL DE PIANO

Data: 15 de junho - sexta-feira - 12:30

Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)

Anonimmy Quarttuor – Quarteto Vocal Renascentista Recital de piano com Maria Benincá e Paula Ramos

Orquestra Popular da UFRGS 5º CBEU/Marielen Baldissera

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A canção de banda – Sinuca de Bico e Apanhador Só

SINUCA DE BICO E APANHADOR SÓ

Data: 25 de junho – segunda-feira – 19h

Local: Sala Fahrion (segundo andar da Reitoria – Av. Paulo Gama, 110)

Inscrições pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br

Bandas são uma fonte costumeira de canções. Do trabalho coletivo surgem as mais variadas formas de elaboração do gênero músico-literário brasileiro por excelência. Mas como trabalham as bandas? São redes cujos nós são portas de entrada para referências, vivências, visões e opiniões. A banda é a soma dos indivíduos e é também onde se dissolvem as indi-vidualidades. A banda tem uma cara, um jeito, uma personalidade que lhe é própria, para além das dos seus integrantes. Ou não. Pode também estar a serviço de um líder, de um projeto que é mais individual do que coletivo. Pode ter uma estrutura de decisões bem dividida em quem cuida do que, e quem dá palpite nesse cuidar. Ou pode ser só pretexto pra fazer música junto e se divertir, nessa ou em qualquer ordem. Desse ou daquele jeito.

O que esta edição dos encontros do Núcleo da Canção pretende é dar uma olhada de perto no modo como as bandas produzem. Convidamos logo duas, represen-tantes de diferentes gerações das bandas de Porto Ale-gre: Sinuca de Bico e Apanhador Só. Sinuca de Bico é o desdobramento atual de um constante configurar-se

e reconfigurar-se e um grupo de músicos, cujo trabalho conjunto já passou por diversas encarnações e incon-táveis bandas. Apanhador Só é uma relativa novidade no cenário, a nova geração (ao menos em comparação com a Sinuca).

Haverá um traço geracional a dividir as abordagens destes grupos em relação à canção? E à música em geral? E à vida em mais geral ainda? O Núcleo quer saber, e por isso convida as duas bandas para conver-sar, contar e mostrar. Sinuca de Bico e Apanhador Só no Núcleo da Canção. Vai faltar lugar no sofá.

N Ú C L EO D A C A N Ç Ã O

M Ú S I C A

Apanhador Só/Roberta Sant’Anna

Sinuca de Bico/Carlos Contreras

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DIFUSÃO SONOR A DE OBR A S MUSICAIS ELE TROACÚSTICA S

A sonoridade desta peça remete fortemente às primeiras composições eletrônicas dos anos 1950. Nela o compo-sitor procura provocar no ouvinte a sensação atmosférica experimentada por uma pessoa ao caminhar no crepúscu-lo por alguns minutos, numa floresta repleta de mafagafos de diferentes espécies.Sergio Lemos, natural de Salvador, iniciou seus estudos musicais com o piano ainda na infância. Estudou violão clássico com diversos professores de Porto Alegre, e atu-almente é aluno do curso de Bacharelado em Composição Musical da UFRGS, sob orientação do Prof Antônio Carlos Borges Cunha.

Passeio na Floresta dos Mafagafos (2012)Estreia - Sergio Lemos

O Primeiro Estudo Eletrônico foi criado a partir de cortes e colagens de materiais musicais provenientes de um amplo catálogo de sons sintetizados através do software Nord Modular. Os sons foram processados e a afinação modificada para produzir sensação de direcionalidade. O Segundo estudo é constituído por sons concretos e eletrônicos transformados. Esta peça é caracterizada pela presença de texturas obtidas através de procedimentos para a criação de metaformose sonora gradual. André Dillenburg Pilla iniciou seus estudos musicais com o violão aos 12 anos. Em 2005 estudou e aprofundou seus conhecimentos em gravação e reprodução sonora. Em 2007 ingressou no curso de graduação em compo-sição, entrou em contato com a música contemporânea instrumental e eletroacústica, realizando composições em ambas as áreas ao longo do curso.

Dois estudos eletroacústicos(2009) Estreia - André Pilla

O software Nord Modular G2 foi utilizado para a criação de instrumentos virtuais. A partir desses instrumentos foi ela-borado um catálogo de sons que, posteriormente, foram organizados, processados e espacializados no sistema 7.1 através do programa Steinberg Nuendo.Josemir Valverde, natural de Salvador. Graduou-se em 2003 em Composição e Regência pela Universidade Fede-ral da Bahia (UFBA).

Hi Light (2010) – Josemir Valverde

Data: 08 de maio – terça-feira

Horário: 18h

Local: Sala dos Sons (Av. Paulo Gama, 110 – 2 andar – Campus Central)

DIFUS ÃO SONOR A DE OBR A S MUSICA IS ELE TROACÚS TICA S

Noahs’ Return tem origem em um trabalho de campo no qual sons emitidos por animais foram captados no Zoo-lógico de Sapucaia – RS. A peça oferece um trajeto entre paisagens sonoras baseado na escuta referencial, em que os sons são associados a suas fontes emissoras originais. A audição inicia pela cidade, ruidosa e movimentada, sendo sucedida por uma paisagem contrastante formada essencialmente por sonoridades naturais.Rodrigo Meine (1976) é bacharel em Cordas - Violão (2003) e Composição (2009) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instituição na qual atualmente cursa Mes-trado em Composição sob orientação do Prof. Dr. Antônio Borges-Cunha.

Noahs Return (2009) – Rodrigo Meine

A peça Papel foi construída a partir da idéia de criar diferen-tes narrativas para uma mesma “fonte sonora” constituída por sons concretos produzidos com papel por meio de transformação sonora. Ricardo S. Eizirik (1985). É compositor com atuação extensa na área de produção transdisciplinar e música erudita contemporânea. Em 2010 graduou-se em Composição Musical sob orientação do maestro Prof. Dr. Antonio Carlos Borges Cunha. Atualmente realiza dois Mestrados em Zuri-que, na Suíça – Composição Musical, orientação de Isabel Mundry e Transdiciplinaridade na Zürcher Hochschule der Künste. www.ricardoeizirik.com

PAPEL (2009) - Ricardo Eizirik

Obra mista para sons eletroacústicos e flauta, que, a partir de um processo de lenta transformação de sonoridades procura representar uma ambiência misteriosa e melan-cólica. Com a utilização de um instrumento solista que, em certos momentos aparece automatizado por plug-ins e in-corporado aos sons eletroacústicos, e em outros com sua sonoridade característica, o compositor procura sensações de aproximação e afastamento com o ouvinte. Gabriel Penido, compositor, flautista e violonista. Atual-mente é orientando pelo professor Antônio Carlos Borges Cunha, no curso de Mestrado em Composição pela UFR-GS. Iniciou seus estudos musicais no Núcleo Villa-Lobos de Educação Musical. Em 2006, ingressou na UFMG pela qual se formou em Composição no ano de 2010. Estudou também na California State University, Chico, em 2008, com o professor de composição Dr. Warren Pinckney.

Lamúria (2011-2012) Estreia – Gabriel Penido

Data: 12 de junho – 3 feira

Horário: 18h

Local: Sala dos Sons (Av. Paulo Gama, 110 – 2 andar – Campus Central)

DIFUS ÃO SONOR A DE OBR A S MUSICA IS ELE TROACÚS TICA S

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VA L E D OZ E T R IN TA

Abertura Vale Doze e Trinta – Pata de Elefante

M Ú S I C A

O céu limpo e ensolarado, os sorrisos abertos e a sintonia entre a banda e o público marcaram o show de abertura da quarta temporada do projeto Vale Doze e Trinta, com o rock instrumental dos gaúchos da Pata de Elefante. O clima era de comemorações: em 2012, o trio formado por Daniel Mossmann (guitarra e baixo), Gabriel Guedes (guitarra e baixo) e Gustavo Telles (bateria) completa dez anos de carreira, e o Vale Doze e Trinta ganha um novo palco, que receberá as bandas da comunidade acadêmica a partir de maio.

Sentadas na grama ao redor do palco, ou em pé, marcando a batida da música com o corpo, cerca de quinhentas pessoas partilharam esse momento com a Pata de Elefante. E quando Gustavo – baterista e líder da banda – convidou o público para dançar, ninguém pensou duas vezes. Durante 45 minutos, a praça central do Campus do Vale parecia cenário de um festival de rock, mas sem desrespeitar as normas da universidade: quando o público pediu bis, já era hora de voltar para a sala de aula. Foi o espaço universitário dando mostras de suas múltiplas possibilidades – alunos e servidores partilhando de um momento lúdico; a cultura em manifestação descontraída conciliada com as exigências do conhecimento formal.

Isso é um pouco do que o Vale Doze e Trinta propõe, além de oportunizar à comunidade universitária um espaço para divulgar seu trabalho musical. O edital para inscrição de bandas abriu dia 10 de abril e segue recebendo propostas até 21 de maio, quando devem ser escolhidos os grupos que comporão a programação do Vale até novembro, com shows mensais, teerças-feiras, às 12h30 no Campus do Vale.

Em maio, a edição fica por conta dos Irish Fellas, banda de música irlandesa tradicional, formada por Caetano Maschio Santos (bandolim, banjo, tin whistle e irish flute), Victor De Franceschi e Renato Müller (gaita ponto). A iniciativa de formar o grupo foi de Caetano, depois de uma temporada morando no Wicklow County e viajando pelo litoral sul da Irlanda. Já admirava há muito tempo a música irlandesa e de tradição celta, mas foi a viagem que lhe garantiu a motivação, além do material didático, os instrumentos e a experiência de ter presenciado ao vivo as sessões tradicionais nos pubs e nas ruas. Pra quem não conhece o estilo musical, basta dizer que o show do trio é animação constante. Para não esquecer: dia 22 de maio, às 12h30. Em caso de chuva, o show será transferido para o dia 23.

Acesse o Edital do Vale na página do DDC: difusaocultural.ufrgs.br

Irish Fellas/Caetano Santos

IRISH FELLAS

Data: 22 de maio – terça-feira – 12h30

Local: Praça Central – Campus Vale UFRGS

EDITAL VALE DOZE E TRINTA 2012

Data: até 21 de maio

Onde: através do e-mail [email protected]

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A geração nascida no final da ou após a Segunda Guerra Mundial ficou conhecida como baby boom. Foi ao mesmo tempo testemunha e protagonista da ascendência dos jovens como categoria social. Em localidades diversas como os ricos centros urbanos estadunidenses e as renascentes metrópoles da Europa ocidental (plano Marshall para afastar o fantasma da revolução e do socialismo), os jovens ocuparam espaços e propuseram mudanças. Foram testemunhas da consolidação do modelo econômico que ainda era tangido pela preocupação de garantir o mínimo do bem-estar social nos EUA e na Europa patrocinadas pelo não desinteressado capital americano e, ao mesmo tempo, acalentados pelo pesadelo nuclear cotidiano Nesse cenário, as novas gerações cresceram e deram voz aos seus anseios, espalhando-se pelo mundo. Percebidos como mercado, educados para o consumo, divididos em classes e grupos étnicos, os novos protagonistas usaram a cultura como matriz para uma revolução de valores que se multiplicaram por prismas muito diferentes dos pontos de vista tradicionais. A tônica da contestação teve diversos campos: da família, com seus dogmas conservadores; da religião ocidental, que tudo vigiava; da sexualidade, com o amor livre, casamentos abertos, homossexualidade, feminismo; do uso de drogas, como uma expansão da percepção da realidade e das dimensões sensoriais; da política, com a constatação das contradições do capitalismo, e da lógica perversa do sistema em um mundo dividido em dois campos em permanente luta. A realidade permeou o mundo artístico, inundando-o com uma visão muito mais despojada e de liberdade, modificando as artes plásticas, a música, passando pelo teatro e chegando ao cinema. Foi justamente

em 24 quadros por segundo que se pode fundir boa parte dos questionamentos. Ocupando com destaque o espaço destinado ao lazer, e ao mesmo tempo, constituído como importante agente de socialização, o cinema foi mediador e construtor dessa realidade por meio de documentários, fantasia verossímil e de delírio audiovisual. Como um agente determinante na elaboração das sociedades contemporâneas, fundindo a ilustração da realidade com o devaneio político, poético ou lisérgico dos roteiristas, embalado pelas trilhas sonoras de protesto ou pela agressividade do rock, o cinema realizou o casamento perfeito com a contracultura e com seus vários efeitos econômicos, políticos e sociais. Chocada diante da negação da até então estética dominante e com o experimentalismo radical, a indústria cinematográfica, assim como a cultural em geral, em um primeiro momento submergiu frente à avalanche crítico criativa, para logo em seguida reagir e digerir a contracultura transformando-a em mais um de seus produtos. Mesmo que a oposição e a rebeldia tenham terminado por se tornar em mercadoria, as marcas e o protagonismo dos que viveram ou filmaram aquela época ficaram como parte da história. O ciclo da Sala Redenção pretende ilustrar aspectos da contracultura por meio de um ir e vir por épocas diferentes nas quais a produção da imagem foi, de certa forma, a criação de um presente. Durante todo o mês de maio, a Sala exibirá filmes que tratam do nascimento, do apogeu e, também, de um certo desencantamento com as conquistas de um movimento que marcou a história do cinema e a do mundo.

Curadoria de Tânia Cardoso de Cardoso e

Nilo Piana de Castro.

Cinema e Contracultura

M A I O

C I N E M A

Hair

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J U N H O

Em junho a Sala Redenção – Cinema Universitário conta com uma programação especial. O ciclo Na contramão de Hollywood tem a curadoria de Gil Tuchtenhagen, estudante de comunicação da UFRGS, ex-bolsista do Departamento de Difusão Cultural, após seu retorno de estudo em Buenos Aires, dedicado ao cinema. O tema escolhido por ele, espinhoso por sinal, é cinema alternativo americano. Trata-se de um tema espinhoso justamente por ser uma tarefa difícil – senão impossível – definir o conceito de “alternativo”. A partir da apresentação do estilo de alguns diretores, no texto que segue, Gil Tuchtenhagen apresenta um possível recorte a respeito do tema.

O cinema alternativo americano pode ser comparado, na grande casa de bonecas cinematográfica estadunidense, como a ovelha negra da família. Por ser ousado e arriscado demais para ser entendido – já que não tem vergonha de falar sobre tabus e se alinhar a uma estética fora dos padrões do cinema clássico americano –, parece estar muitas vezes na contramão. Esta é a opção, a resistência à indústria de entretenimento hollywoodiana, que lança sem parar, e não parece cansada, filmes de temática mais palpável, narrativa mastigada e abordagem superficial, agradando e conservando uma plateia que é considerada

apática e necessitada de ajuda para ser guiada na sala de cinema. Crítica social ou de costumes. Leves, flutuantes, densos e pesados. Não há uma maneira de se fazer cinema alternativo. Ao contrário da cartilha hollywoodiana, esse estilo de fazer cinema é o réquiem de diretores que ainda veem a possibilidade de se fazer cinema como expressão artística. Um cinema que vem para contrapor-se ao modus operandi da ainda velha indústria de sonhos de Los Angeles. Uma resistência que vem de dentro, guerrilheira. Usando muitas vezes os mesmos atores. As mesmas ferramentas técnicas. Porém sem medo de transgredir, de ir e levar o espectador mais além. O ciclo tenta montar um painel sobre estilos de diretores originalmente americanos (ainda que outros diretores radicados em solo americano sejam tão expressivos quanto) e sobre temáticas abordadas nesse modo de fazer cinema. John Cassavetes, primo artístico de Truffault, e que foi professor de teatro em Nova York, aparece com 3 filmes que podem resumi-lo como pai do cinema alternativo, como é considerado por recusar os moldes hollywoodianos afastando-se do american way of life. Sombras (1959), seu primeiro filme vem justamente da bagagem teatral de improvisação, abordando o preconceito ao falar dos negros e sua busca de identificação na Nova York do jazz e do blues.

Na contramão de Hollywood

C I N E M A

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Logo após exibiremos Faces (1968), que traz um retrato da decadente sociedade estadunidense, e encerramos com Uma mulher sob influência (1974), um de seus filmes mais conhecidos. De Todd Solondz e sua ácida crítica sobre a classe média americana, selecionamos 3 filmes: Bem-vindo à casa de bonecas (1995), Felicidade (1998) e Histórias proibidas (2000). Seguimos a lista com Spike Lee e sua análise sobre o delicado tema do racismo. Amor e ódio. Brancos e negros. Martin Luther King ou Malcon X. Pizza ou não pizza. Em Faça a coisa certa (1989), Lee mostra a complexidade dos guetos norte-americanos, destruindo maniqueísmos ao mostrar como há talvez preconceito e intolerância entre as várias etnias. Miranda July – roteirista, atriz e diretora – aparece na cena mais recente de bons diretores e, com seu clima de fábula poética sobre o amor, nos apresenta Eu, Você e Todos Nós (2005). Ao contrário das expectativas habituais, no filme de July os personagens não sucumbem frente ao mundo, mesmo quando a solidão e a inadequação são os elementos que os unem. Completando o ciclo: Wes Anderson, Richard Kelly, Jim Jarmusch, Gus Van Sant, Kevin Smith, Richard Linklater, Spike Jonze e Paul Thomas Anderson, cada um a sua maneira, apresentam personagens problemáticos, excêntricos e questionadores, sempre em conflito

com seu eu interior, mas justamente por isso com o poder de ver a vida e as coisas da vida de outra forma. Na última sessão do ciclo, faremos uma sessão única de um dos grandes roteiristas do cinema atual e agora também diretor. Com parcerias na direção de seus roteiros com Michel Gondry e Spike Jonze, que faz parte do ciclo, Charlie Kaufmann terá exibido seu Sinédoque, Nova York (2008), seu primeiro mergulho na direção, que fala sobre processos criativos e de como, na verdade, muitas vezes somos “grandes universos disfarçados de pessoas”, já que a vida de cada um é matéria-prima para a criação. Filmes esteticamente ousados, originais, ácidos, belos ou contestadores demais para serem classificados e aceitos dentro dos parâmetros conservadores da indústria de Hollywood. Muitas vezes aproximando-se da velha maneira de filmar europeia, assim se configura essa onda alternativa americana. Esperemos que a resistência continue e que o cinema dito alternativo nos brinde com outros filmes como os que apresentamos neste ciclo.

Curadoria de Gil Tuchtenhagen

Viagem a Darjeeling

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MAIO

Cinema

BONNIE E CLYDE - UMA

RAJADA DE BALAS 03 de maio – 5ª feira – 16h07 de maio – 2ª feira – 19h(Bonnie and Clyde, EUA, 1967, 111min.) Dir. Arthur PennDurante a época da grande de-pressão norte-americana, Clyde Barrow e Bonnie Parker perambu-lam pelo interior do país come-tendo uma série de crimes. O que era apenas uma aventura acaba gerando algo realmente brutal.

SYMPATHY FOR THE DEVIL 03 de maio – 5ª feira – 19h04 de maio – 2ª feira – 16h(Sympathy for the Devil, Reino Unido, 1968, 100min ) Dir. Jean--Luc GodardJean-Luc Godard, um dos cineas-tas mais importantes do cinema francês, examina a contracultura dos Panteras Negras – grupo revolucionário fundado nos EUA na década de 60 –, abordando temas como a música, o papel da mídia, a liberação das mulheres, a revolução cultural francesa nessa década e o poder da linguagem. Godard também aborda o papel dos revolucionários na cultura ocidental.

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A BATALHA DE ARGEL 04 de maio – 6ª feira – 19h - 08 de maio – 3ª feira – 16h(The battle of algiers/La battaglia di Algeri, Argélia/Itália, 1965, 121min) Dir. Gillo PontecorvoO filme retrata a revolução que houve na Argélia na década de 50. A população desse país queria se libertar dos franceses, que por sua vez queriam manter a Argélia como colônia. A tortura realizada pelos soldados da França contrasta com as bombas caseiras utilizadas pelos argeli-nos. Após a sessão, o filme será comentado pelos professores Nilo Piana de Castro e Alexandre Andrades.

SE... 08 de maio – 3ª feira – 19h10 de maio – 5ª feira – 16h(If..., Reino Unido, 1968, 111min) Dir. Lindsay AdersonO filme foi rodado por um diretor ligado ao Novo Cinema Britânico na mesma época com a rebelião estudantil em Paris em maio de 1968, e inclui diversos diálogos e frases tidas como contesta-doras do sistema e apologistas da violência como a violência e a revolução são os únicos atos puros, com diversas tomadas surrealistas e alegóricas.

YELOW SUBMARINE 10 de maio – 5ª feira – 19h11 de maio – 6ª feira – 16h(The Beatles - Yelow submarine, Inglaterra, 1968, 90min) Dir. George DunningEra uma vez... ou quem sabe duas, em um distante paraíso cha-mado Pepperland – um lugar onde a felicidade e a música reinavam totalmente. Mas tudo isso ficou ameaçado quando os terríveis Blue Meanies declararam guerra e enviaram um exército liderado pela ameaçadora Luva Voadora para destruir tudo o que era bom. Mas John, Paul, George e Ringo apareceram para salvar o dia!

SEM DESTINO 11 de maio – 6ª feira – 19h14 de maio – 2ª feira – 16h31 de maio – 5ª feira – 16h(Easy rider, EUA, 1969, 91min) Dir. Dennis Hopper Este é o clássico filme dos anos 60, que refletiu as atitudes e o comportamento de uma geração inteira. Dois motoqueiros (Peter Fonda e Dennis Hopper) partem numa odisséia de costa a costa em busca da América verda-deira, encontrando ao longo do caminho as muitas faces das cidades grandes e das pequenas, uma comunidade hippie, drogas e sexo num bordel de Nova Orleans.

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BILLY JACK 14 de maio – 2ª feira – 19h15 de maio – 3ª feira – 16h(Billy Jack, EUA, 1971, 114min) Dir. Tom LaughlinEle é um guerreiro, um místi-co, um mártir, que capturou o coração e a alma de toda uma geração. Simbolizando tudo isso e muito mais. Billy Jack rapidamente se tornou um dos mais excepcionais e fascinantes filmes de heroísmo de todos os tempos.

JESUS CRISTO SUPERSTAR 15 de maio – 3ª feira – 19h16 de maio – 4ª feira – 16h(Jesus Christ Superstar, EUA, 1973, 108min) Dir. Norman Jewison Musical baseado na ópera-rock feita para o teatro por Andrew Lloyd Webber e Tim Rice. O filme narra os últimos seis dias na vida de Jesus Cristo (Ted Neeley), sob o ponto de vista de Judas Iscariotes (Carl Anderson).

UM ESTRANHO NO NINHO 16 de maio – 4ª feira – 19h17 de maio – 5ª feira – 16h31 de maio – 5ª feira 19h(One Flew Over the Cuckoo’s Nest, EUA, 1975, 129min.) Dir. Milos FormanRandle Patrick McMurphy (Jack Nicholson), um prisioneiro, simula estar insano para não trabalhar e vai para uma institui-ção para doentes mentais, onde estimula os internos a se revol-tarem contra as rígidas normas impostas pela enfermeira-chefe Ratched (Louise Fletcher). Mas ele não tem idéia do preço que irá pagar por desafiar uma clíni-ca “especializada”.

HAIR17 de maio – 5ª feira – 19h18 de maio – 6ª feira – 16h(Hair, EUA, 1979, 160min.) Dir. Millos Forman Claude (John Savage), um jovem do Oklahoma que foi recruta-do para a guerra do Vietnã, é “adotado” em Nova York por um grupo de hippies comandados por Berger (Treat Williams), que como seus amigos tem concei-tos nada convencionais sobre o comportamento social e tenta convencê-lo dos absurdos da atual sociedade.

CORRIDA CONTRA O DESTINO 18 de maio – 6ª feira – 19h21 de maio – 2ª feira – 16h(Vanishing Point, EUA, 1971, 98min.) Dir. Richard C. SarafianKowalski é um ex-piloto de corri-das, ex-policial e ex-combatente do Vietnã. Trabalha como entre-gador de carros, e aposta com um amigo que entregará um Su-per Dodge Challenger R/T 1970 de Denver, no Colorado, para São Francisco, na Califórnia, em menos de 15 horas. Com isso ele corre muito pelas estradas, o que faz com que a polícia comece a persegui-lo a fim de prendê-lo.

ANOS DE REBELDIA 21 de maio – 2ª feira – 19h22 de maio – 3ª feira – 16h(Out of the blue, EUA, 1980, 94 min.) Dir. Dennis HopperRetrato de uma família caindo aos pedaços, a partir do dia a dia da adolescente punk CeBe (Linda Manz) e de seus pais, Don (Hopper) e Kathy (Sharon Farrell). Vestida de jaqueta jeans e disparando slogans contra os hippies e a discoteca, CeBe é a revolta personificada contra tudo e contra todos. A única coisa que a faz se sentir bem no mundo é sua adoração por Elvis Presley e Sid Vicious (o baixista dos Sex Pistols), além de uma bateria que ela massacra incessantemente no seu quarto.

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THE DOORS 22 de maio – 3ª feira – 19h24 de maio – 5ª feira – 16h(The Doors, EUA, 1991, 140min.) Dir. Oliver StoneBiografia do The Doors, banda chave na cena rock dos anos 60. O filme mostra a ascensão e queda de seu líder, Jim Morrison, pela visão do diretor Oliver Sto-ne. Morrison, que foi encontrado morto numa banheira de um hotel em Paris aos 27 anos.

ZABRISKIE POINT 23 de maio – 4ª feira – 19h(Zabriskie Point, USA, 1970, 110min.) Dir. AntonioniO filme conta a história de um jo-vem casal — uma jovem secretá-ria idealista e um militante radical — para passar uma mensagem anti-establishment. O filme é assim chamado em lembrança ao monumento natural Zabriskie Point, no Vale da Morte, na Cali-fórnia, EUA.

BLOW UP – DEPOIS DAQUELE BEIJO 24 de maio – 5ª feira – 19h25 de maio – 6ª feira – 16h(Blow up, Reino Unido, 1966, 111min) Dir. Antonioni Thomas é um fotógrafo de moda que não suporta mais o mundo em que vive, no qual jovens mu-lheres o perseguem para serem fotografadas na esperança de se tornarem grandes modelos. Um dia, ao passar por um parque de Londres, ele vê um casal à dis-tância e resolve fotografá-los. Ao revelar as fotos, Thomas percebe que pode ter documentado, sem querer, um assassinato.

ACONTECEU EM WOODSTOCK 25 de maio – 6ª feira – 19h28 de maio – 2ª feira – 16h(Taking Woodstock, EUA, 2009, 110min) Dir. Ang LeeEm 1969, o jovem Elliot Tiber abandona sua carreira em Nova York para ajudar os pais a administrar o pequeno hotel da família no interior, que está falido e prestes a ser confiscado pelo banco. Ao ouvir boatos de que um festival de música hippie teve sua licença cassada numa cidade vizinha, Elliot decide oferecer a propriedade aos produtores, para salvar os negócios da família.

APOCALYPSE NOW 28 de maio – 2ª feira – 19h29 de maio – 3ª feira – 16h(Apocalypse now, EUA, 1979, 153min) Dir. Francis Ford Cop-polaDurante a guerra do Vietnã, o capitão Willard (Martin Sheen), enlouquecido, desaparece na selva do Camboja à procura do coronel Kurtz (Marlon Brando). Durante sua busca, o agente se depara com situações estarre-cedoras e testemunha absurdos mostrados com dramaticidade, em uma odisséia muitas vezes surrealista que mostra a devasta-ção e o horror da guerra.

TEMPESTADE DE GELO 29 de maio – 3ª feira – 19h30 de maio – 4ª feira – 19h(The Ice Storm, EUA, 1997, 113min) Dir. Ang Lee Em New Canaan na época do Dia de Ação de Graças de 1973, a família Hood está a beira da de-sintegração, pois Benjamin não está se relacionado bem com Elena, sua esposa, e tem um caso Janey Carver, sua vizinha e amiga íntima da família. Enquan-to isto Paul, o filho do casal, sente-se atraído por uma colega de colégio. Já sua irmã Wendy é bem mais precoce que seus pais imaginam.. Até que numa noite extremamente fria os membros da família Hood terão suas vidas marcadas de diversas formas.

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CineDHebate UNIT

MINHAS TARDES COM

MARGUERITTE 07 de maio - 2ª feria – 14h (La Tête en friche, França, 2010, 82min) Dir. Jean BeckerUma história sobre os encontros inesperados da vida – um filme doce e terno sobre a beleza e a profundidade que as relações hu-manas podem alcançar. Centrali-za-se na relação entre Germaine - um homem simplório,de poucos recursos intelectuais e Margue-ritte – uma simpática nonagená-ria apaixonada por livros. O filme fala das diferenças que comple-mentam as pessoas; fala das belas e simples coisas da vida. Tem poesia,o calor e a ternura de uma tarde na praça.Após a sessão, as professoras Liliane froemming e Odair P. de Castro comentarão o filme.

CineDHebate em Direitos Hu-manosO CineDHebate em Direitos Humanos surgiu com o objetivo principal de socializar junto à co-munidade universitária – alunos, professores, técnicos, egressos – e a comunidade em geral, a produção de obras que tratam de temas e dilemas humanos, como fios condutores para pro-vocar uma reflexão crítica sobre a realidade humana e social. Coordenação Giancarla Brunetto. Curadoria: Eduardo Maraninchi e Nykolas Friedrich Von Peters Correia Motta

+ A FÁBULA DA CORRUPÇÃO (Je vais bien, net’en fais pas, França, 2006, 92 min.)Dir.Philippe LioretGarota de 19 anos volta para casa depois das férias e descobre que seu irmão gêmeo, apósviolenta discussão com seu pai, fugiu sem deixar respostas. Cul-pando o pai pelo ocorrido, elaadoece, até receber um cartão postal do irmão. A ida em seu reencontro fará da garota umamulher.

+ X CORAÇÃO (Brasil, 2007, 12min) Dir. Lisandro Santos X coração conta a história do amor platônico de Alex, o cha-pista que faz o melhor Xis da cidade, por Val, a band-lider que freqüenta a lanchonete onde ele trabalha.

+ O RETORNO DE SATURNO(Brasil, 2010, 12min) Dir. Lisandro SantosUm momento de mudança na vida de um homem que comple-ta 29 anos. Segundo a astrolo-gia, o retorno de Saturno é um período de grandes mudanças na vida de uma pessoa. E é o que acontece com um homem que se vê sem emprego, sem namorada e com três filhos para cuidar.

PARCEIROS DA

SALA REDENÇÃOCineDHebate Cineastas A América de Frank Capra em 4 filmes: um olhar emersoniano

A MULHER FAZ O HOMEM 02 de maio – 4ª feira – 16h(Mr. Smith goes to Washington, EUA, 1939, 129min) Dir. Frank CapraUm inocente homem do interior é convidado a se tornar senador dos Estados Unidos e aos pou-cos descobre-se em um mar de lama que ameaça tudo o que ele acreditava em relação à bondade e ao caráter dos comandantes de seu país. Após a sessão, debate com Nycolas Friedrich, mestrando em filosofia.

Com AD – Sessões com audio-descrição

A PRINCESA E O VIOLINISTA 02 de maio – 4ª feira – 19h(Brasil, 2008, 10min) Dir. Guto BozzetiUm rei resolve trancar sua filha numa torre no castelo até o dia do seu casamento, mas ela é seqüestrada por um misterioso violinista mascarado.

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MELANCOLIA09 de maio – 4ª feira- 19h(Melancholia, Dinamarca/Suécia/França/Alemanha, 2011, 136min) Dir. Lars Von Trier Um planeta chamado Melanco-lia está prestes a colidir com a Terra, o que resultaria em sua destruição por completo. Neste contexto Justine (Kirsten Dunst) está prestes a se casar com Michael (Alexander Skarsgard). Ela recebe a ajuda de sua irmã, Claire (Charlotte Gainsbourg), que juntamente com seu marido John (Kiefer Sutherland) realiza uma festa suntuosa para a come-moração.

Água, da escassez a abundância – Mostra de Documentários Etnográficos, Mesas-Redondas e DebatesA Mostra tem o patrocínio da FA-PERGS e apoio do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (CAPES PROEX).

A experiência da escassez de água - Documentário : L’ARGENT DE L’EAU09 de maio – 4ª feira – 16h (França, 60min) Dir. Christian LallierO documentário acompanha o processo de instalação de uma rede de água potável em comunidades do Mali através da observação filmada da gestão e negociação dos responsáveis pela implantação do projeto e os atores locais.

A questão da água e as formas de vida nas grandes cidades - ACQUAMÍDIA23 de maio – 4ª feira – 16h(Brasil, 40min)Programa de televisão que su-blinha a problemática da relação Natureza/Cultura – homem/ambiente, construído a partir de uma abordagem plural sobre os temas da poluição e escassez dos recursos hídricos na cidade de Porto Alegre.

+Memória ambiental e os con-flitos de usos das águas - DVD interativo: Habitantes do arroio, ESTUDO DE CONFLITO DE USOS DE ÁGUAS URBANAS, RISCO E SAÚDE PÚBLICA (Brasil, 2012, 20min) Dir. Ana Luiza Carvalho da Rocha/Rafae DevosHabitantes do arroio apresenta coleções de vídeos de curta duração produzidos em 2009 e 2010, reunindo dados etnográ-ficos, documentos de acervo e entrevistas realizadas pelos pesquisadores durante seus des-locamentos pela bacia do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre - RS.

+Conflitos de usos de águas urbanas e comunidades éticas - DVD interativo: A QUESTÃO AMBIENTAL SOB A ÓTICA DOS GRUPOS URBANOS NAS ILHAS DO PARQUE ESTADUAL DELTA DO JACUÍ (Brasil, 2007, 20min) Dir. Rafael DevosO DVD apresenta o capítulo 2 da tese de doutorado de Ra-fael Devos. Através de menus e sub-menus, navega-se por crônicas em vídeo, animações de fotografias e imagens de satélite que apresentam as diferentes di-mensões da ética e da memória ambiental que envolve o conflito ambiental investigado.

A água como fonte de alimento – Documentário: HOULA-KO ET LE FILS DU SOLEIL ET DU VENT 30 de maio – 4ª feira – 16h(França , 1991, 75min) Dir. Jean Arlaud e Geneviève Delbos (Uni-versité Paris 7-Denis Diderot)Entre os produtores de sal, na orla de uma laguna, em Bénin, na Africa, as mulheres fabricam o sal na sua forma tradicional, ou seja, através do processo de evaporação das águas salgadas aquecidas través da queima de troncos das arvores locais. Os produtores de sal de Guérande, vem ao auxilio desta população que sofre com o desmatamento.

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Fim do homem, início dos mor-tos - TERRA DOS MORTOS 26 de maio – sábado – 15h30(Land of the Dead, 2005, 97min) Dir. George RomeroOs zumbis tomaram o controle do planeta. Os poucos humanos que conseguiram sobreviver vivem agora em uma cidade cer-cada por muros, que impedem a invasão dos zumbis.. Em meio às brigas internas na cidade os zum-bis planejam um novo ataque, já que estão atualmente em uma forma mais evoluída da espécie.Comentadores: César Almeida e Duda Falcão (ULBRA).

Guerra Fria, horror quente: a bomba, de novo... - DR. FANTÁS-TICO 12 de maio – sábado – 15h30(Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb, 1964, 95min) Dir. Stanley KubrickAs possíveis consequências caso um anticomunista e louco general americano (Peter Sellers) desse a ordem de bombardear a União Soviética com o objetivo de ficar livre dos “vermelhos”, sem se dar conta de que este ato seria provavelmente o início da Terceira Guerra Mundial. Comentadores: Luiz Dario Tei-xeira Ribeiro (UFRGS) e Charles Sidarta Machado Domingos (IFSUL).

A busca da cura antes do fim - CONTÁGIO 19 de maio – sábado – 15h30(Contagion, 2001, 106min) Dir. Steven SoderberghContágio segue o rápido pro-gresso de um vírus letal, trans-missível pelo ar, que mata em poucos dias. Como a epidemia se espalha rapidamente, a comunidade médica mundial inicia uma corrida para encontrar a cura e controlar o pânico que se espalha mais rápido do que o próprio vírus. Comentadores: Beatriz Weber (UFSM) e Nikelen Witter (UNIFRA).

2012 e o fim do mundo: os 13 cavaleiros do apocalipse Cinema, História e Educação.

Maias: os criadores do fim? - APOCALYPTO05 de maio – sábado – 15h30(Apocalypto, 2006, 139 min) Dir. Mel GibsonJaguar Paw (Rudy Youngblood) levava uma vida tranquila, que foi interrompida devido a uma invasão. Os governantes de um império maia em declínio acreditavam que a chave para a prosperidade seria construir mais templos e realizar mais sacrifícios humanos. Jaguar é capturado para ser um destes sacrifícios, mas consegue escapar por aca-so. Agora, ele realiza uma corrida desesperada para chegar em casa e salvar sua família.Comentadores: Cesar Augusto Barcellos Guazzelli (UFRGS) e Sílvia Moehlecke Copé (UFRGS).

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JUNHOCinema

SOMBRAS01 de junho – 6ª feira – 16h(Shadows, EUA, 1959, 81 min.) Dir. John Cassavetes Primeiro filme de John Cassa-vetes, em 1959, ambientado no mundo do jazz de Nova York. Um jovem branco rejeita a namorada quando descobre que ela é de

uma família de negros.

FACES01 de junho – 6ª feira – 19h04 de junho – 2ª feira – 16h(Faces, EUA, 1968, 130 min.) Dir. John Cassavetes Richard Frost (John Marley) resolveu deixar sua esposa, Maria (Lynn Carlin), para se encontrar com a jovem Jeannie Rapp (Gena Rowlands), que conheceu recente-mente em um bar. Maria, por sua vez, decide ir a uma boate, onde se deixa seduzir por um garoto de programa.

UMA MULHER SOB

INFLUÊNCIA 04 de junho – 2ª feira – 19h05 de junho – 3ª feira – 16h(A woman under the influence, EUA, 1974, 155 min.) Dir. John CassavetesNick Longhetti (Peter Falk) está sobrecarregado, devido ao seu trabalho em um estaleiro. Sua esposa Mabel (Gena Rowlan-ds) passa por uma fase difícil, vivendo em constante desequi-líbrio emocional, o que a leva à depressão. Quando os filhos começam a ser afetados pelo estado de Mabel, Nick é obrigado a hospitalizá-la. Só que isto faz com que ele tenha também que assumir o controle de sua casa

FAÇA A COISA CERTA 05 de junho – 3ªfeira – 19h08 de junho – 6ªfeira – 16h(Do the right thing, EUA, 1989, 120 min.) Dir. Spike LeeSal (Danny Aiello), um ítalo-americano, é dono de uma pizzaria em Bedford-Stuyvesant, Brooklyn. Sal cultua decorar seu estabelecimento com fotografias de ídolos ítalo-americanos dos esportes e do cinema. No dia mais quente do ano, Buggin’ Out (Giancarlo Esposito), o ativista local, vai até lá e se desentende com Sal por não existirem negros na “Parede da Fama” dele. Este incidente trivial é o ponto de partida para um efeito dominó, que vai gerar vários problemas.

ADAPTAÇÃO08 de junho – 6ªfeira – 19h11 de junho – 2ªfeira – 16h(Adaptation, EUA, 2002, 114 min.) Dir. Spike JonzeCharlie Kaufman (Nicolas Cage) precisa de qualquer maneira adaptar para o cinema o roman-ce The orchid thief, de Susan Orlean (Meryl Streep). Porém, além das dificuldades naturais da adaptação de um livro em roteiro de cinema, Charlie precisa lidar também com sua baixa auto--estima, sua frustração sexual e ainda Donald, seu irmão gêmeo que vive como um parasita em sua vida e sonha em também se tornar um roteirista.

ONDE VIVEM OS MONSTROS 11 de junho – 2ªfeira – 19h12 de junho – 3ªfeira – 16h(Where the wild things are, EUA, 2009, 101 min.) Dir. Spike JonzeMax (Max Records) é um garoto que está fantasiado de lobo, provocando sua mãe com mal-criações (Catherine Keener) por ciúme devido à presença de um amigo dela (Mark Ruffalo). Como castigo, ele é mandado para o quarto sem janta. Desta forma, Max resolve fugir da casa e usa a imaginação para criar uma misteriosa ilha.

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BEM-VINDO À CASA DE

BONECAS 14 de junho – 5ªfeira – 19h15 de junho – 6ªfeira – 16h(Welcome to the dollhouse, EUA, 1995, 89 min.) Dir. Todd SolondzDawn Weiner (Heather Matara-zzo) não tem motivos para gostar da escola, na qual estuda na sétima série. Ela é uma adoles-cente complexada e há moti-vos para isto. No seu colégio é ridicularizada pelos colegas, que a chamam de “Salsicha”, e seu relacionamento com sua família não é dos melhores. Ela deseja ser aceita de qualquer jeito e para isto planeja namorar um rapaz mais velho, que é muito popular, apesar disto ser total-mente improvável.

FELICIDADE15 de junho – 6ªfeira – 19h18 de junho – 2ªfeira – 16h(Happiness, EUA, 1998, 134 min.) Dir. Todd SolondzAmbientado em Nova Jersey, o núcleo central do filme forma-do por três irmãs: a mais velha malcasada com um psicotera-peuta homossexual e pedófilo, a do meio uma ninfomaníaca, e a mais jovem tenta vencer a timidez com a ajuda das canções que compõe. As três se unem a vários outros personagens, aparentemente desconexos, em busca da felicidade pura e simples.

EMBRIAGADO DE AMOR 12 de junho – 3ª feira – 19h13 de junho – 4ª feira – 16h(Punch-drunk Love, EUA, 2002, 95 min.) Dir. Paul Thomas AndersonBarry Egan (Adam Sandler) é um pequeno empresário que passa por dificuldades financeiras. Tendo sido criado ao lado de 7 ir-mãs, a infância de Barry foi difícil e repleta de abusos, deixando--o com medo de amar. Até que entra em sua vida Lena Leonard (Emily Watson), uma misteriosa mulher por quem Barry se apai-xona. Mas para ficar ao lado de sua amada Barry precisará viajar para o Havaí e enfrentar uma quadrilha de mafiosos.

MAGNÓLIA14 de junho – 5ª feira – 16h(Magnolia, EUA, 1999, 188min.) Dir. Paul Thomas AndersonUm filme complexo onde nove histórias de nove diferentes pes-soas, aparentemente desconhe-cidas entre si, acabam cruzando--se em um dia qualquer no vale de San Fernando, na Califórnia. Contando com um elenco estelar, o filme tem um clímax extrema-mente intenso e arrebatador, onde tudo se conecta de forma perfeita.

HISTÓRIAS PROIBIDAS 18 de junho – 2ªfeira – 19h(Storytelling, EUA, 2001, 87 min.) Dir. Todd SolondzDividido em dois episódios, inti-tulados “Ficção” e “Não-ficção”. O primeiro conta a história de um casal de namorados adolescen-tes que tem como professor de redação um vencedor do prêmio Pulitzer. O namoro termina pelo fato de o rapaz (Leo Fitzpatrick), que sofre de paralisia cerebral, pensar que a garota (Selma Blair) se sente atraída pelo professor. O segundo é sobre Scooby (Mark Webber), um garoto de família rica que não sabe o que fazer da vida. Um documentarista (Paul Giamatti) vai à sua escola para realizar um filme e decide usá-lo como seu personagem central.

ELEFANTE19 de junho – 3ªfeira – 16h(Elephant, EUA, 2003, 81 min.) Dir. Gus Van Sant Um dia aparentemente comum na vida de um grupo de adoles-centes, todos estudantes de uma escola secundária de Portland, no estado de Oregon, interior dos Estados Unidos. Enquanto a maior parte está engajada em atividades cotidianas, dois alunos esperam, em casa, a chegada de uma metralhadora semi-auto-mática, com altíssima precisão e poder de fogo.

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WAKING LIFE 19 de junho – 3ª feira – 19h20 de junho – 4ª feira – 16h(Waking life, EUA, 2001, 100 min.) Dir. Richard LinklaterApós não conseguir acordar de um sonho, um jovem passa a encontrar pessoas da vida real em seu mundo imaginário, com quem têm longas conversas sobre os vários estados da consciência humana e discussões filosóficas e

religiosas.

DEAD MAN 21 de junho – 5ª feira – 16h(Dead Man, EUA, 1995, 121min) Dir. Jim JarmuschDead Man é a história da viagem fí-sica e espiritual, de um jovem, num território hostil e selvagem. William Blake (Johnny Depp) viaja para as mais longínquas fronteiras do oeste americano, perdido, gravemente ferido. Perseguido por pistoleiros, encontra um nativo americano chamado “Ninguém”, que acredita que Blake seja na realidade o poeta inglês. Belíssimo road movie do oeste, com características existen-cialistas e ritmo hipnótico, moldura-do por paisagens deslumbrantes e atemporal.

FLORES PARTIDAS 21 de junho – 5ª feira – 19h22 de junho – 6ª feira – 16h(Broken flowers, EUA, 2005, 105min.) dir. Jim JarmuschDon Johnston é um solteirão convicto, que terminou recente-mente mais um namoro. Repen-tinamente ele recebe uma carta cor-de-rosa, que diz que ele pos-sui um filho de 19 anos. Surpre-so e curioso, Don decide então partir pelos Estados Unidos em busca do filho desconhecido.

EU, VOCÊ E TODOS NÓS 22 de junho – 6ª feira – 19h25 de junho – 2ª feira – 16h(Me and you and everyone we know, EUA, 2005, 91min) Dir. Miranda JulyChristine Jesperson (Miranda July) é uma solitária artista plás-tica, que divide seu tempo entre suas criações e seu trabalho como motorista para pessoas idosas ou que não possam diri-gir. Ao levar um de seus clientes a uma loja ela conhece Richard Swersey (John Hawkes). Richard se separou recentemente e agora mora com seus dois filhos, com quem tem um relacionamento distante. Logo Christine se inte-ressa por Richard, mas ele ainda tem receio de iniciar um novo relacionamento.

O BALCONISTA 25 de junho – 2ª feira – 19h26 de junho – 3ª feira – 16h(Clerks., EUA, 1994, 92 min.) Dir. Kevin SmithUm dia surrealista na vida de Dan-te (Brian O’Halloran), um balco-nista de loja de conveniência que vive às voltas com duas namora-das, um colega cínico e uma série de excêntricos clientes.

DONNIE DARKO 26 de junho – 3ª feira – 19h27 de junho – 4ª feira – 16h(Donnie Darko, EUA, 2001, 113 min.) Dir. Richard KellyDonnie (Jake Gyllenhaal) é um jovem brilhante e excêntrico, que cursa o colegial, mas despreza a grande maioria dos seus colegas de escola. Donnie tem visões, em especial de um coelho monstruoso o qual apenas ele consegue ver, que o encorajam a realizar brincadeiras destrutivas e humilhantes com quem o cerca. Até que um dia uma de suas visões o atrai para fora de casa e lhe diz que o mundo acabará dentro de um mês.

C I N E M A

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SINÉDOQUE, NOVA YORK 29 de junho – 6ª feira – 19h(Synecdoche, New York, EUA, 2008, 124min) Dir. Charlie Kauff-manCaden Cotard (Philip Seymour Hoffman) é um diretor de teatro que está preparando uma nova peça, ao mesmo tempo em que enfrenta problemas pessoais. Sua esposa, Adele Lack (Cathe-rine Keener), resolveu deixá-lo para morar em Berlim, levando consigo a filha Olive (Sadie Gol-dstein). Madeleine Gravis (Hope Davis), sua terapeuta, aparenta estar mais interessada em divul-gar seu best-seller do que em ajudá-lo. Preocupado com a vida e seu estado de saúde, cada vez mais debilitado, Caden decide reunir um grupo de atores em um armazém de Nova York.

VIAGEM A DARJEELING 27 de junho – 4ª feira – 19h28 de junho – 5ª feira – 16h(The Darjeeling limited, EUA, 2007, 91 min.) Dir. Wes AndersonFrancis (Owen Wilson), Peter (Adrien Brody) e Jack (Jason Schwartzman) são irmãos, mas não se falam há um ano. Eles, decidem realizar uma viagem de trem pela Índia, na inten-ção de acabar com a barreira existente entre eles e também para auto-conhecimento. Devido a incidentes, a viagem logo muda de rumo e faz com que o trio fique perdido no meio do deserto, tendo apenas 11 malas, uma impressora e uma máquina plastificadora.

O FANTÁSTICO SR. RAPOSO 28 de junho – 5ª feira – 19h29 de junho – 6ª feira – 16h(Fantastic Mr. Fox, EUA/Ingla-terra, 2009, 87 min.) Dir. Wes AndersonO Sr. Raposo (George Clooney), a Sra. Raposa (Meryl Streep) e seu filho vão morar em uma árvore, localizada em uma colina. Lá eles têm como vizinhos o Co-elho (Mario Batali), o Texugo (Bill Murray) e a Doninha (Wes Ander-son), todos com suas respectivas famílias. O Sr. Raposo prometeu à esposa que deixaria a vida de roubos de galinhas. Porém, a proximidade do novo lar com as fazendas de Boggis (Brian Cox), Bunce (Hugo Guinness) e Bean (Michael Gambon) faz com que volte à velha vida, às escondidas.

PARCEIROS DA

SALA REDENÇÃO

Com AD – Sessões com audiodes-crição06 de junho – 4ª feira – 9h

+ DONA CRISTINA PERDEU A MEMÓRIA (Brasil, 2002, 13min) Dir. Ana Luiza AzevedoAntônio, um menino de 8 anos, descobre que sua vizinha Cristi-na, de 80, conta histórias sempre diferentes sobre a sua vida, os nomes de seus parentes e os santos do dia. E Dona Cristi-na acredita que Antônio pode ajudá-la a recuperar a memória perdida.

+ O SANDUÍCHE (Brasil, 2000, 13min) Dir. Jorge FurtadoOs últimos momentos de um casal: a hora da separação. Mas o fim de alguma coisa pode ser o começo de outra. Outro casal, os primeiros momentos: a hora da descoberta. Encontros, separa-ções e um sanduíche. No cinema, o sabor está nos olhos de quem

vê.

+ CÃO GUIA (Brasil, 1999, 18min) Dir. Gustavo AcioliMoça cega salva rapaz de atropela-mento e assim iniciam um contur-bado relacionamento.

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CineDHebate Cineastas – A Amé-rica de Frank Capra em 4 filmes: um olhar emersoniano

ADORÁVEL VAGABUNDO 06 de junho – 4ª feira – 16h(Meet John Doe, EUA, 1941, 122min) Dir. Frank CapraDepois de ser demitida pelo novo editor do jornal onde trabalhava, Ann Mitchell (Barbara Stanwyck) publica uma menti-rosa coluna em seu último dia, dizendo que um homem irá se suicidar em plena noite de natal. Inesperadamente, a coluna tem uma incrível repercussão.Após a sessão, debate com Nycolas Friedrich, mestrando em filosofia.

CineDHebate Coletivo LGTB - Pro-jeto de sessão comentada Sexuali-dades em Trânsito

SHORTBUS 06 de junho – 4ª feira – 19h(Shortbus, EUA, 2005, 97min) Dir. John Cameron MitchellVários jovens de Nova York encontram-se num abjeto salão underground chamado Shortbus, onde se deparam com situações cômicas e trágicas envolvendo amor, música, política e sexo. O filme sugere uma forma de diminuir a pressão pós-ataques terroristas de 2001 e assim reconciliar melhor as pessoas. A trilha sonora leva a assinatura de Michael Hill e do grupo de indie rock de vanguarda Yo La Tengo, de Nova Jersey. Após a sessão, o filme será comentado por membros do Coletivo LGBT UFRGS.

CineDHebate Direitos Humanos

O SÉTIMO SELO 13 de junho – 4ª feira – 19h(det sjunde inseglet, Suécia, 1957, 96min) Dir. Ingmar Berg-man Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois che-gou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não.

Ciclo de filmes sobre História da Arte e Cinema

CARAVAGGIO20 de junho – 4ª feira – 19h(Caravaggio, EUA, 1986, 88min) Dir. Derek JarmanMichelangelo Merisi da Carava-ggio (1571-1610) deixou como legado uma obra original que exerceu enorme influência na arte do século XVII. O uso que ele fazia do chiaroscuro para impregnar suas pinturas de um realismo dramático foi persegui-do e adotado por muitos. Pinta uma luz inovadora que acentua a presença do corpo na intenção de criar nas imagens um efeito de realidade intensa e detalha-da. Artista polêmico, muitas de suas pinturas de caráter religioso foram recusadas por terem sido consideradas indecorosas sob o ponto de vista teológico e da representação das figuras. Esse traço polêmico de Caravaggio percorre o filme do diretor Derek Jarman, que explora a biografia tumultuada desse pintor bar-roco ao mesmo tempo em que tenta recriar o ambiente de seus quadros. Comentadores: Daniel Cândido de Bem (graduado em Comu-nicação Social – habilitação Realização Audiovisual pela UNISINOS), e Elvio Antônio Rossi (bacharel em história pela UFRGS.

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2012 e o fim do mundo: os 13 cavalei-ros do apocalipse - Ciclo de Cinema, História e Educação.

A esperança é a última que morre - A ÚLTIMA ESPERANÇA DA TERRA 02 de junho – sábado – 15h30(The Omega Man, EUA, 1971, 98min) Dir. Boris SagalO mundo trava uma guerra com armas biológicas e parece pró-ximo da aniquilação. O médico Robert Neville (Charlton Heston), que havia tomado uma vacina experiental, é o único sobre-vivente. Uma vez que a praga biológica matou todos, mas manteve vivas algumas cente-nas de pessoas completamente deformadas, estas crêem que a ciência e tecnologia do homem foram responsáveis pela guerra e agora querem punir o único homem que sobrou.

O Demônio em busca do fim – O ADVOGADO DO DIABO 09 de junho – sábado – 15h30(The devil’s advocate, EUA/Ale-manha, 1997, 144min) Dir. Taylor Hackford Kevin Lomax (Keanu Reeves), ad-vogado de uma pequena cidade da Flórida que nunca perdeu um caso, contratado John Milton (Al Pacino), dono da maior firma de advocacia de Nova York. Kevin recebe um alto salário e várias mordomias, apesar da desapro-vação de Alice Lomax (Judith Ivey), sua mãe e uma fervorosa religiosa, que compara Nova York a Babilônia. No início tudo parece correr bem, mas logo Mary Ann (Charlize Theron), a esposa do advogado, sente saudades de sua antiga casa e começa a testemunhar aparições demoníacas. Comentadores: Arthur Lima de Avila (UFPEL) e Nilza Silva (UFRGS)

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T E A T R O

O espetáculo O Feio dá continuidade à tempora-da 2012 do Teatro Pesquisa e Extensão (TPE). A entrada é franca e a peça sobe ao palco todas as quartas-feiras do mês de maio na Sala Alziro Azeve-do, em dois horários – às 12h30 e às 19h30.

A composição dramática baseia-se no texto con-temporâneo do alemão Marius von Mayenburg.Lette, um criativo engenheiro de sistemas elétri-cos, pensava ser “normal” mas no dia em que a empresa na qual trabalha o proíbe de participar da promoção de sua mais recente invenção industrial, a Tomada de alta tensão 2CK, ele descobre que é “feio”. Convencido – inclusive por sua mulher – da sua catastrófica feiúra, Lette acaba se dirigindo a um cirurgião plástico que lhe cria o rosto ideal, tornando-o irresistível à sua mulher, a uma série de admiradoras no circuito de palestras e até mesmo à chefe de uma grande empresa e ao seu filho gay.

T E AT R O P E S Q U I S A E E X T E N S Ã O

O Feio

O FEIO

Data: Quartas-feiras de maio - às 12:30 e às 19:30

Local: Sala Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340)

Duração: 60 minutos

Classificação: 16 anos

O feio/divulgação

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O espetáculo O Coração Delator abre a temporada de junho do Teatro Pesquisa e Extensão (TPE). O espetáculo tem entrada franca e será apresentado sempre às quartas-feiras, em dois horários – às 12h30 e às 19h30.

Texto de Edgar Allan Poe, poeta e contista ameri-cano, conhecido sobretudo por suas histórias de mistério e horror, conta em O Coração Delatador a história de um homem que está decidido a provar sua sanidade. O espetáculo, baseado na obra deste escritor, traz à tona os limites do homem diante de seus medos.

O TPE é uma mostra de teatro universitário resul-tante da união de esforços entre a Pró-Reitoria de Extensão, a Pró-Reitoria de Pesquisa e o Depar-tamento de Arte Dramática – Instituto de Artes. A atividade tem por objetivo propor o questionamen-to de temas, metodologias, processos e resultados de investigações. Assim, grupos de alunos do curso de Arte Dramática da UFRGS se apresentam na Sala Alziro Azevedo.

O Coração Delator

O CORAÇÃO DELATOR

Data: Quartas-feiras de junho - às 12:30 e às 19:30

Local: Sala Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340)

Duração: 30 minutos

Classificação: 14 anos

O Coração Delator/divulgação

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Esta iniciativa do Grupo da Gávea faz parte de uma mobilização maior da sociedade em prol da con-servação da memória da ditadura e de sua contes-tação, movimento que se observa no Brasil dentro do processo de redemocratização a partir de 1985. Além da peça, a UFRGS também promoverá em 2012 um ciclo de cinema sobre o regime ditatorial brasileiro, organizado pelo Departamento de Edu-cação e Desenvolvimento Social da Pró-Reitoria de Extensão, previsto para o segundo semestre.

Em Maio, a UFRGS recebe no Salão de Atos o espetáculo teatral A Prova de Fogo, uma montagem do grupo da Casa da Gávea para a peça escrita por Consuelo de Castro em 1968. Consuelo foi uma das dramaturgas de maior destaque da geração de artistas contestadores surgida sob a ditadura militar. A Prova de Fogo resgata o emblemático ano de 1968, encenando a ocupação do prédio do IFCH da USP, na rua Maria Antônia, às vésperas da promulgação do AI-5. O texto foi censurado pelo regime militar e acabou sendo encenado a primeira vez apenas em 1993. Isso, contudo, não impediu que fosse lido e se tornasse uma das obras artísticas tida como referência estética e política do movimento social e cultural de contestação brasileira ao regime militar. Além do valor artístico da obra, elogiada por críticos teatrais por sua riqueza cênica, a espontaneidade dos diálogos e a capacidade de sensibilização e inquietação trazida por sua abordagem; “A Prova de Fogo” também possui valor documental. Registra um dos acontecimentos marcantes do movimento estudantil contra a ditadura, representando o fervor político, as contradições sociais, o medo, a opressão do período militar, mas também a esperança, a crença no coletivo e a luta pela liberdade e pela democracia. As apresentações na UFRGS são parte do circuito nacional que ela irá percorrer, especialmente em universidades e escolas, com o objetivo de conscientizar os jovens que não viveram o regime ditatorial brasileiro. Assim, para compreender o presente como continuidade do passado, exige de nós a escolha daquilo que queremos ou não repetir, por isso é preciso preservar a memória dos fatos de maneira crítica e reflexiva.

T E A T R O

A P R O VA D E F O G O

A Prova de Fogo

A PROVA DE FOGO

Data: 2 e 3 de maio - sempre às 19h

Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)

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Acervo Museu da UFRGS

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S A G UÃ O R E I T O R I A D A U F R G S

O Departamento de Difusão Cultural da UFRGS abre um novo espaço cultural no saguão da Reitoria, destinado para fotografia. O que se pretende com este novo projeto é a ressignificação de um espaço de circulação para um espaço permanente de convi-vência cultural. Um espaço no qual a arte propicie o encontro e o diálogo por meio de inclusão de temas diversos, diferentes linguagens e perspectivas. Um espaço no qual possamos nos ver também como produtores de cultura e não apenas como consumi-dores e espectadores. Neste sentido, a exposição de Roberto Giuliani traduz tal conceito, inaugurando este novo espaço cultural com curadoria de Luiz Carlos Felizardo que nos apresenta a exposição no texto que segue.

Por uma dessas coincidências que costumam acon-tecer – tão comuns que já vou me acostumando –, quase ao mesmo tempo em que aceitava colaborar na exposição de fotografias do Giugliani um amigo me emprestou o livro da Vivian Meier. Uma senhora completamente desconhecida do mundo da fotogra-fia que, quando não estava cumprindo suas funções profissionais – como babá dos filhos de uma família de Chicago na década de ’50 – dedicava-se inten-samente à fotografia. Felizmente foi descoberta: as imagens que ela produziu são notáveis.

Guardadas todas as proporções, o Giugliani faz a mesma coisa: seu trabalho como reconhecido pesquisador em sua área, a medicina, se mescla, nas múltiplas viagens que ele faz, com o exercício da antiga paixão pela fotografia. Paixão que nasceu quando ainda menino, no Colégio de Aplicação, onde nos conhecemos no ano longínquo de 1964. Pouco depois de nos encontrarmos (eu tinha 15 anos!) ele começou. Chegou a trabalhar como fotógrafo, deu aulas de fotografia no colégio, acabou sendo absorvido pela medicina.

As fotografias dele são coloridas, as minhas são em preto-e-branco; ele faz cortes ao ampliar seus nega-tivos, eu sou quase doentio em preservar os meus como foram feitos; elegi a fotografia como minha profissão, ele decidiu-se pela pesquisa científica. Em suma, ele é um fotógrafo amador, eu sou um pro-fissional. Quê coisas, se é que existem, nos aproxi-mam, ao Giugliani e eu? A fotografia, é claro – ainda que ele a pratique eventualmente, quase sempre em suas viagens, e eu a viva em tempo integral.

E isto é o que me interessou ao aceitar o convite do Giugliani: as relações entre os chamados amadores e os chamados profissionais. Faz tempo que o as-sunto me interessa, em especial porque não consigo entender ou aceitar as distinções feitas entre uns e

Sombras e Lugares – Fotografias de Roberto Giugliani

A R T E S V I S U A I S

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outros; para mim só existem bons e maus fotógra-fos.

No também longínquo (todas as datas vão ficando longe...) ano de 2001, eu escrevi:

(...) Amador, portanto, é aquele que faz o que faz por prazer, para sua satisfação – por amor – e profissio-nal o sujeito que assume a obrigação de fazer o que faz e “ganha sua vida” com esse trabalho.

Agora, cá entre nós: você conhece alguém que “exerça uma arte” a não ser por prazer? Ganhando a vida ou não, você já viu um músico não gostar do seu instrumento, ou um escritor ter horror de escrever, ou um fotógrafo detestar fotografias? Deve haver, mas serão muito poucos. E existem músicos profissionais, escritores profissionais e fotógrafos profissionais.

Ao menos nos limites das atividades que podem ser consideradas artísticas, ou capazes de produzir arte, a conclusão possível é que a distinção entre profissionais e amadores é inadequada ou desneces-sária, e não serve para julgar nem deveria limitar as atividades de cada um. (...)

A este trecho do que foi escrito, devo acrescen-tar, falando deste caso aqui, que, mesmo que não existam médicos amadores (para nossa sorte), é

mais ou menos isto, eu creio, que o Giugliani é: seja fotografando, seja pesquisando os mistérios da genética, sua competência resulta de fazer o que faz por exclusivo amor.

Luiz Carlos Felizardo, curador

SOMBRAS E LUGARES

Artista: Roberto Giugliani

Visitação: 3 a 31 de maio – das 9h às 18h

Local: Saguão da Reitoria da UFRGS

(Av. Paulo Gama 110/ térreo)

Paris(França)2005/Roberto Giugliani

LANÇAMENTO DE CATÁLOGO E VISITA COM

AUDIODESCRIÇÃO

Artista: Roberto Giugliani

Data: 16 de maio – 18h

Local: Saguão da Reitoria da UFRGS

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E D U C A Ç Ã O N O P E R C U R S O P E R C U R S O D O A R T I S TA

A R T E S V I S U A I S

CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Data:25 de maio - 14h

Local: Sala Fahrion – Prédio da Reitoria da UFRGS

(Av. Paulo Gama 110/ 2°andar)

PERCURSO DO ARTISTA COM FLÁVIO GONÇALVES

Visitação: 23 de abril - 3 de agosto, de segunda a sexta-feira

Horário: das 09h às 18h

Dentro de uma Universidade, embora tudo acabe setorizado em unidades, programas e departamen-tos, há projetos que mostram as ricas interseções dos eixos da pesquisa, ensino e extensão. O percur-so de um professor artista talvez seja a expressão mais rica que essa quebra de fronteiras possibilita. Inserir neste projeto uma ação educativa reforça as conexões que a extensão universitária tem com o ensino, assim como mostra o quanto o ensino se faz junto a pesquisas, sendo o Departamento de Difusão Cultural um vetor de propagação desse propício desfronteiramento. Flávio Gonçalves, artista e professor, encarna em sua trajetória perpassada pela sua formação e atuação na UFRGS, o quanto as divisões sistematizadas constantemente se traem. Isto não apenas no que tange aos segmentos com os quais compreendemos as ações universitárias, mas entre os papéis que, dentro da Universidade, assumimos. Mesmo que um artista se torne pro-fessor e a diferença entre essas funções sejam já estabelecidas, não há como separar, na perspectiva do projeto Percurso do artista, o professor do artista. Ser professor é sempre se esparramar num outro. E não é o artista, o outro que se esparrama pelos nos-sos sentidos quando encontramos sua obra? Flávio encarna, numa obra cheia de insistências, o quanto um professor de artes não consegue desistir de fazer arte, sendo, como ele mesmo diz, possível procurar o sutil equilíbrio entre ensinar arte e fazer arte.

Iniciamos, com a exposição de Flávio Gonçalves, uma ação educativa dentro do projeto Percurso do artista. Levar a obra de um artista próximo, cujas riquezas em função da docência são pouco explo-radas, para a escola, implica trazer a escola para o espaço expositivo da Universidade. Diálogos são abertos, professores aprendem concepções que muitas vezes ficam restritas às classes de ateliê, abrem-se a múltiplas possibilidades de significação, podem adentrar no estudo de linguagens específicas e jogos interpretativos passam a ser exploradas. E, conjuntamente com o que o artista pensa, temos a chance de trabalhar a recorrência do desenho como eterno mote em sala de aula e sua reinvenção como recurso corriqueiro na vida escolar.

Uma efetiva educação para uma vida com arte quer tudo com o que a obra de Flávio Gonçalves nos ensi-na e a multiplicidade de signos que seu tranbalho faz proliferar. Uma educação com arte quer tudo com isso e com outros artistas professores e professoras porvir dentro das mostras desse projeto. Afirmamos, com sua mostra, uma ação educativa de âmbito ex-tensionista, a qual articula pesquisas de professores de unidades diferentes junto a pesquisas poéticas que podem ensinar, muito, nas redes de ensino e nos vários tipos de ambientes onde uma educação com arte, para as artes, pela arte, acontece.

Paola Zordan (FACED/UFRGS)

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Os modos de ver o mundo, as orientações morais e valorativas, os comportamentos sociais são frutos de uma herança cultural. Eagleton sintetizou bem quanto escreve que dentre os termos mais complexos está o termo “cultura”. Talvez a honra de o ser mais ainda esteja reservada ao seu oposto, a “natureza”. O dilema que acompanha esta reflexão está posto: como conciliar a unidade biológica e a imensa diversidade cultural da espécie humana.

Essa é a natureza da cultura: fazemos parte de uma mesma grande família humana, mas nos diferenciamos pelo nosso modo de vida. Compreender a diversidade é tarefa que exige o que chamarei de “tempo de acolhimento”, pois são muitas as possibilidades dos encontros embora as lentes usadas estejam desencontradas.

Uma ameaça à diversidade é a subordinação simbólica que afeta grande parte das culturas e reforça a preeminência de uma cultura globalizante.

Vivemos tempos em que a existência – esta cria da modernidade – está sendo questionada, complexificada. Par i passu a um individualismo crescente observamos a busca por anterioridades, por pertencimentos.

Nas palavras de Néstor Canclini, o século XX foi o século da ascensão e do fracasso das revoluções contra a desigualdade. Foi, entretanto, também

o século do reconhecimento da diversidade. Avançamos na aceitação da pluralidade étnica, das orientações de gênero e sexualidades e também na possibilidade de uma pessoa ter mais de uma nacionalidade. Contudo, estes movimentos não estão sendo suficientes para tornar o mundo mais habitável. Nossos objetos de análise também migraram de uma diversidade como riqueza a uma interculturalidade como desordem. Talvez o espaço de sentido cultural esteja nos interstícios da continuidade e da ruptura das tradições.

As Conferências UFRGS 2012 , nesse sentido, coloca-se como um espaço em que será debatida a função social da academia de fazer a mediação simbólica entre a não-ciência e a ciência. Entre a Lente e o Lápis.

Curadoria de Sinara Robin

Entre a Lente e o Lápis: as mediações possíveis.

C O N F E R Ê N C I A S U F R G S 2 012

R E F L E X Ã O

Marielen Baldissera/Espetáculo Lia de Itamaracá

CONFERÊNCIAS UFRGS 2012

Data: 27 de junho - quarta-feira - 19h

Local: Sala Fahrion – Prédio da Reitoria da UFRGS

(Av. Paulo Gama 110/ 2° andar)

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AV. PAULO GAMA

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CAMPUS CENTRAL

A – Sala Qorpo SantoB – Sala Redenção – Cinema UniversitárioC – Salão de FestasD – Sala FahrionE – Salão de Atos

Entradas PrincipaisEntradas Secundárias

ENDEREÇOS

Sala Qorpo Santo / Sala Redenção – Cinema Universitário – Av. Eng. Luiz Englert, s/n°, Centro Histórico

Salão de Festas / Sala Fahrion – Av. Paulo Gama, 110, 2° andar da Reitoria – Campus Central

Salão de Atos – Av. Paulo Gama, 110

CAMPUS DO VALE

A – Parada de ÔnibusB – Praça Campus do Vale

Caminho da Parada até a Praça do Campus

INFORMAÇÕES GERAIS DEPARTAMENTO DE DIFUSÃO CULTURAL

Endereço: Av. Paulo Gama, 110 – Mezanino do Salão de Atos – Campus CentralFone: (51) 3308 3933 ou (51) 3308 3034E-mail: [email protected]: www.difusaocultural.ufrgs.brEntrada e inscrição em eventos: agendamento pelo site ou no localHorário de Funcionamento: das 8h às 18h, aberto ao meio-dia

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

ReitorCarlos Alexandre Netto Vice-Reitor e Pró-Reitor de Coordenação AcadêmicaRui Vicente Oppermann Pró-Reitora de ExtensãoSandra de Deus

Vice-Pró-Reitora de ExtensãoJussara Smidt Porto

Diretora do Departamento de Difusão Cultural Claudia Mara Escovar Alfaro Boettcher

Equipe do DDCCarla Bello – Coordenadora de Projetos EspeciaisEdgar Wolfram Heldwein – Administrador da Sala Redenção – Cinema UniversitárioJuliana Mota – Coordenadora e curadora do Projeto Vale Doze e TrintaLígia Petrucci – Coordenadora e curadora do Projeto UnimúsicaSinara Robin – Coordenadora do Projeto ReflexãoTânia Cardoso de Cardoso – Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário

BolsistasDiego CarneiroFernanda CastilhosGabriela MalafaiaGiulia BarãoGiuliana HeberleJúlia CabralLucas FerreiraMarielen BaldisseraMarina AlvarezMaurício LoboPriscila Monteiro

Projeto gráfico Katia Prates

DiagramaçãoMarina Alvarez

Edição de ConteúdoInterlúdio, Vale Doze Trinta, Prova de Fogo, Maré de Arte - Giulia Barão

Crédito imagensp. 11 - cena do filme Hair; p. 12 e 13 - cenas do filme Viagem a Darjeeling;

Programação sujeita a alterações.

Sala Redenção - Cinema Universitário Apoio

Difunda essa culturade forma conscienteLEIA E PASSE ADIANTE

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O Festival de Inverno Maré de Arte é um encontro para viver a diversidade cultural do Litoral Norte do Estado através das experiências artísticas e culturais, produzidas na universidade e nas comunidades. Durante oito dias, uma onda cultural tomará conta da cidade litorânea de Tramandaí, onde serão oferecidas oficinas e espetáculos para os participantes de todas as idades, que terão acesso a diversos suportes artístico-culturais.

As inscrições para Projetos de Extensão da UFRGS, que queiram ministrar oficinas no Festival, ainda estão abertas. Mais informações, entre em contato com o DDC pelo telefone (51) 33083933 ou pelo e-mail [email protected]

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Departamento de Difusão CulturalUniversidade Federal do Rio Grande do SulMezanino do Salão de Atos UFRGSAv. Paulo Gama, 110 Porto Alegre – RS (51) 3308.3034 e [email protected] www.difusaocultural.ufrgs.br