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AGRICU VE EIXO 5 ULTURA URBA ERSÃO PRELIMINAR BANA

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EIXO 5

AGRICULTURA URBANA

VERSÃO PRELIMINAR

EIXO 5

AGRICULTURA URBANA

VERSÃO PRELIMINAR

EIXO 5

AGRICULTURA URBANA

VERSÃO PRELIMINAR

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PLANO MUNICIPAL DE AGRICULTURA URBANADesenvolvimento Integrado, Sustentável e Solidário

Eixo: Dinamização Econômica e Inclusão ProdutivaEconomia local dinamizada e competitiva • Pequenos negócios fortalecidos • Ampliação dasoportunidades econômicas e sociais • Padrões de agricultura urbana assegurados paraconsumo e produtos sustentáveis, promoção da inclusão social, produtiva, reeducaçãoalimentar e educação ambiental da comunidade. • Melhor distribuição territorial deoportunidades de geração de emprego e renda

Tema/Assunto: Agricultura Urbana

1. Contexto

Uma cidade se caracteriza pelo estilo de vida dos seus habitantes, pela urbanização e pelaconcentração de atividades econômicas. Portanto, uma cidade existe na medida em que ela serelaciona com a sua população. Quando não há uma boa relação entre a cidade e as pessoas -os desafios crescem, os objetivos se tornam cada vez mais segmentados e individualizados, asestratégias se fragmentam e, consequentemente, os resultados continuam sendo menores doque a gestão pública tem o dever de realizar e a população o direito de compartilhar. Aconvergência de forças ocorre quando a população fala e a cidade executa. Quando entre ume o outro, o sinal de interligação é igual a diálogo, igual a bem comum, igual à visão de futuro.E planejar o futuro, pressupõe: ousadia para elaborar estratégias capazes de espelhar acapacidade de realizar sonhos e, requer coragem para operar, cirurgicamente, a favor de umacidade que seja o reflexo de oportunidades de inclusão, preservação e crescimento. Aagricultura urbana em si contempla ousadia e coragem; sonhos e oportunidades. Mas, quandoo município a transforma em política pública, ela transforma a cidade, porque respondequalitativamente a inúmeros desafios sociais, econômicos e ambientais que se agravam,diariamente; contribuindo com a diversificação das estratégias de planejamento, ordenamentoe gestão da cidade.

A agricultura urbana, como estratégia pública de enfrentamento as adversidadescontemporâneas, já é realidade em muitos lugares do mundo. Mais de 800 milhões de pessoasse dedicam a ela e são responsáveis por 15% da produção de alimentos mundial. Quandoinvestimos inteligentemente em ações e atividades inerentes a agricultura urbana - estamos:Semeando - vínculos territoriais e de pertencimento, fortalecimento dos laços familiares;valorização da cultura local; segurança alimentar e incremento nutricional; mudança dehábitos alimentares e de higiene; construção de pactos socioambientais entre os três setores:governamental, entidades civis e empresarial e a integração dos programas sociais municipais,estaduais e federais;

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Cultivando - melhoria na qualidade de vida das populações vulneráveis; redução dos custoscom a saúde pública; aumento da oferta de alimentos saudáveis; coesão comunitária;autoestima; visibilidade construtiva de áreas deprimidas; educação ambiental – profilática enutricional; regeneração de espaços/ocupações urbanas; melhora na biodiversidade e nomicroclima; umidificação do ar; redução das ilhas de calor; redução da erosão; aumento dapermeabilidade do solo; conservação dos recursos hídricos urbanos; esverdeamento dacidade; estimulo a economia solidária e criativa e, a redução dos índices de criminalidade eexploração sexual infanto-juvenil nas comunidades vulneráveis integradas as ações eatividades de agricultura urbana.Colhendo - sujeitos ecológicos que mudam hábitos e comportamentos; reciclagem do lixoorgânico; cumprimento da Lei de Resíduos Sólidos; empreendedorismo social autosustentável;qualificação profissional; geração de trabalho e renda; aumento da circulação de riqueza locale resgate e valorização patrimonial.

No Brasil, 81% da população vivem em cidades; 07 milhões de pessoas passam fome; 3,4milhões são subalimentadas. Um em cada 04 lares brasileiros vive com algum grau deinsegurança alimentar. Nos últimos 50 anos, as hortas urbanas surgiram, timidamente, emdiversos pontos do país e muitas delas, já deixaram de existir. Na segunda década desteséculo, movimentos isolados na cidade de São Paulo se organizaram em redes em prol daagricultura urbana, forçando uma reflexão sobre a resignificação e o uso socioambiental dosespaços públicos. Entretanto, elas atuam como uma célula fora do organismo. A atividade, nasua grande maioria, é realizada pela sociedade civil, não tem expressão socioeconômica, nãohá continuidade e são bastante flexíveis em relação aos preceitos agroecológicos, essenciaispara a prática em meio urbano. As contradições são inúmeras – de um lado há recursosoficiais disponíveis (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome/ programa fomezero) e do outro – não há marcos legais – de relevância casual (regulamentação e zoneamentodo solo, planejamento municipal e plano diretor); setorial (promoção da agricultura, segurançaalimentar, saúde pública) e específica (programas de agricultura urbana, incentivos fiscais elinhas de crédito) e; não há marcos institucionais – estruturas e espaços específicos para aimplementação das políticas públicas e a aplicação da legislação; o que gera sobreposição desecretarias e descontinuidade das atividades.

A Agricultura Urbana é um conceito multi dimensional que inclui a produção, o agroextrativismo e a coleta, a transformação e a prestação de serviços, gerando produtos agrícolas(hortaliças, frutas, ervas medicinais, plantas ornamentais, mudas, etc.) e pecuários (animais depequeno, médio e grande porte), voltados ao autoconsumo, trocas e doações e/oucomercialização, (re) aproveitando, de forma eficiente e sustentável, os recursos e insumoslocais (solo, água, resíduos sólidos, mão-de-obra, saberes etc.). As atividades podem serpraticadas nos espaços intra-urbanos ou periurbanos, estando vinculadas às dinâmicasurbanas e articuladas com a gestão territorial e ambiental das cidades. A Agricultura Urbana,praticada por indivíduos ou organizações, formais ou informais, nas mais diversas condiçõessociais - contribui, efetivamente, na construção de cidades produtivas e ecológicas; o quepromove:

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O fomento ao desenvolvimento econômico local com foco na implantação de políticasde geração de trabalho e melhoria de rendas complementares, na perspectiva daeconomia popular solidária e do comércio justo;

A integração com as políticas de gestão territorial, de uso do espaço, de gestão deresíduos sólidos, de águas residuais tratadas e de chuva, buscando a diminuição daimpermeabilização do solo e o enverdecimento da cidade, na perspectiva de reduçãodos desequilíbrios ecológicos;

A valorização de políticas de inclusão étnica, sociocultural e de gênero, com atençãoaos grupos vulneráveis (mulheres, desempregados, jovens, idosos, migrantes rurais,portadores de necessidades especiais, comunidades tradicionais, entre outros), naperspectiva de respeito à diversidade social, equidade e promoção da governabilidadeparticipativa;

A impulsão de políticas de combate à fome e de complementos alimentares enutricionais, favorecendo o acesso e a disponibilidade de alimentos e à forma deprodução, na perspectiva de promoção da Segurança Alimentar e Nutricional.

Em 2007 foi realizada uma pesquisa para identificar e caracterizar as iniciativas brasileiras deagricultura Urbana. O Estudo realizado pela Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativascom a participação do IPES (Promoción del Desarrollo Sostenible /Peru), contou com o apoiodo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome - MDS; Organização das NaçõesUnidas para a Agricultura e Alimentação – FAO; Secretaria de Segurança Alimentar eNutricional – SESAN e o Departamento de Promoção de Sistemas Descentralizados – DPSD. Apesquisa foi aplicada em 11 regiões metropolitanas - Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), PortoAlegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Brasília (DF), Goiânia (GO), Belém (PA),Fortaleza (CE), Recife (PE) e Salvador (BA) - locais que desenvolvem atividades de agriculturaurbana, isoladas e pontuais. No levantamento inicial foram identificadas 600 iniciativas, mas orecorte da pesquisa priorizou 160 experiências em 52 municípios das regiões metropolitanas,incluindo metrópoles (com mais de 02 milhões de habitantes), municípios medianos epequenos (com população entre 10.000 e 30.000 habitantes); com taxas de urbanizaçãopróximas dos 100% e com níveis de pobreza relativamente altos (em alguns casos, ultrapassa a30%).

O documento “Panorama da Agricultura Urbana e Periurbana no Brasil e Diretrizes Políticaspara sua Promoção: Identificação e Caracterização de Iniciativas de AUP em RegiõesMetropolitanas Brasileiras”, gerado através da pesquisa é considerado um marco na discussãonacional para a elaboração da Política Nacional de Agricultura Urbana. O estudo revelou que75% das experiências de agricultura urbana estão localizadas nas capitais das regiõesmetropolitanas, o que representa uma característica relevante, já que as cidades concentramgrandes contingentes populacionais e índices elevados de urbanização. O estudo tambémidentificou a inexpressiva presença de marcos legais - incluindo a legislação de relevânciacasual, setorial e especifica; de marcos institucionais e de políticas públicas. A diversidade e amultiplicidade de atividades (hortas comunitárias) é a principal característica das experiênciasanalisadas: 72% delas tem a produção como atividade, 49% a comercialização e apenas 16%desenvolve atividade de transformação semi-industrial ou artesanal. Com relação às práticasorgânicas ou agroecológicas - o percentual muda de acordo com a região analisada: 50% (Sul e

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SE); 60% (NE) e 15% (CO). A ausência de regulamentação e de fiscalização das atividades, nãopermite avaliar se todos os preceitos dessas práticas agrícolas estão sendo respeitados. OGoverno Federal por intermédio de diversos ministérios e agencias é um financiador ativo dasiniciativas de agricultura urbana, promovidas pelas prefeituras ou pela sociedade civil. Oestudo mostrou que os governos locais e estaduais também financiam uma grande diversidadede experiências, em especial, onde existem atividades consolidadas. Já as Ongs e asUniversidades atuam de forma mais restrita, destinando recursos e formulando projetos decurto e médio prazo para apoiar os agricultores urbanos em experiências diferenciadas. Apesquisa mostrou a forte presença dos movimentos sociais no desenvolvimento da agriculturaurbana e a emergência de novos atores, como o setor empresarial. Entretanto, é asustentabilidade econômica de algumas iniciativas que tem garantido a continuidade dasexperiências. O estudo questiona a ausência das Agências e Organismos de CooperaçãoInternacional nas experienciais brasileiras analisadas. O que merece reflexão para a proposiçãode projetos que atendam as exigências e as expectativas das Organizações que atuam,mundialmente, em programas de Desenvolvimento Local e Segurança Alimentar.

A pesquisa também identificou o perfil dos agricultores urbanos por Região. No Nordeste, amulher aparece como o elemento central das iniciativas, seguido pelos jovens e idosos, comforte presença de pardos, negros e indígenas; assim como migrantes internos e públicos deinclusão social (desempregados, subempregados, ambulantes, domésticas). Em geral a rendadesse público é baixa e a escolaridade média oscila entre o ensino fundamental e médioincompleto. A presença masculina foi identificada nas ações de mutirão que requerem forçafísica. A falta de valorização da prática agrícola em meio urbano colaborou para que os atuaisagricultores não se autodenominassem como tal, porque não havendo definição conceitual dapratica e nem formulação de políticas setoriais, eles não se reconhecem como grupo,reforçando a visão estigmatizado do trabalho agrícola na cultura brasileira.

Uma análise, ainda que breve, das experiências de agricultura urbana e periurbana revela umconjunto de situações em que se entrelaçam os aspectos sociais, políticas, econômicos eculturais, de acordo com as dinâmicas de cada lugar; em função da multiplicidade de práticas,expressões, espaços, atores e vocabulários. A agricultura urbana é praticada em diversoslocais, como: residências, quintais, lajes, terraços, telhados, lotes, chácaras, sítios, terrenosbaldios, laterais de estradas, ruas e áreas públicas não ocupadas por residências ou outrosequipamentos urbanos tradicionais. Também é comum em ambientes coletivos, tais comoescolas, creches, asilos, penitenciárias, centros de saúde, associações, comunidades enfiminstituições públicas ou privadas, nas quais se registram a existência de hortas comunitárias,jardins e pomares urbanos, corredores verdes ecológicos, sistemas florestais urbanos, dentreoutros. As estratégias para obter insumos vão desde a reutilização de materiais (potes, vasos,pneus) até a transformação dos resíduos orgânicos através da compostagem. Durante muitotempo essas práticas não foram classificadas como agricultura urbana. O conceito surge emmeados da década de 80, a partir do Programa das Nações Unidas para os AssentamentosHumanos (UNHABITAT) que propôs uma agenda para repensar as cidades.

Uma década depois, o Brasil começa a ensaiar ações de agricultura urbana, chegando noperíodo de 2003 à 2012 a financiar 503 projetos, num total de R$ 149.282.862, para 138.070

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beneficiários diretos. Em 2012, foram executados 23 projetos em 23 municípios, atendendocerca de 7.800 famílias, atuando nas seguintes linhas: produção de alimentos (hortas, lavouras,ervas medicina), criação de pequenos animais, beneficiamento, mini-agroindústria ecomercialização em feiras livres. Em 2009, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combateà Fome (MDS) criou o Centro de Apoio à Agricultura Urbana e Periurbana (CAAUP), cujoprimeiro edital foi inspirado na experiência desenvolvida pela organização Rede deIntercâmbio de Tecnologias Alternativas (REDE) e pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), emMinas Gerais – Centro de Vivência Agroecológica (Cevae).Os principais desafios apresentados pelos agricultores na pesquisa apontam a importância dopoder público atuar, diretamente, na promoção da atividade de forma a propor diretrizes querespondam aos seguintes obstáculos: Baixa compreensão do setor público em relação ao potencial da Agricultura Urbana,

enquanto estratégia de gestão municipal do desenvolvimento social, econômico eambiental, dificultando a viabilidade de interlocução com outras políticas municipais;

Ausência de Políticas Públicas específicas para a Agricultura Urbana; Ausência ou dificuldade de acesso a financiamentos e linhas de crédito, como o

PRONAF; Necessidade de estruturar a logística do setor para as atividades de autogestão,

transporte, armazenamento e comercialização; Diferenciação dos produtos da Agricultura Urbana em relação à fiscalização sanitária e

certificações; Divulgação, propaganda e marketing com foco em campanhas de educação alimentar; Disponibilidade de água de qualidade subsidiada, em contrapartida a contaminação

urbana das fontes de água subterrânea, rios e lagoas; Acesso às sementes e mudas; Identificação, caracterização e regulamentação de uso dos espaços públicos para a

promoção da Agricultura Urbana, em articulação com as políticas municipais de saúdee ambiental;

Ausência ou deficiência dos serviços de assistência técnica qualificada; comacompanhamento sistêmico em todos os processos da cadeia produtiva, visando àindependência dos agricultores e pautada nos paradigmas da agroecologia, do usosustentado dos recursos locais, com respeito às vocações locais e regionais e;preparada para a gestão de conflitos nas relações de grupo e de trabalho coletivo;

Interlocução entre as instâncias Federal, Estadual e Municipal com foco na integraçãoe gestão de projetos, programas e políticas de fomento a Agricultura Urbana;

Transferência de tecnologias apropriadas a (re) utilização de recursos naturais,aproveitamento de materiais reciclados e incremento da produção.

A prática da agricultura urbana promove a reflexão sobre o conceito de cidade e a funçãosocial da propriedade; reconhecida e garantida no Estatuto das Cidades. Através dela, a gestãopública direciona suas ações para uma cidade inclusiva e plural, promovendo a equidade ereduzindo as injustiças socioambientais. Historicamente, a agricultura urbana é uma forma deresistência de um povo, em defesa do seu modo de vida e dentro do seu território. No atualconceito, ela resgata territórios invisíveis e desrespeitados, reconstrói os sentimentos depertencimento e de autoestima, promove a segurança alimentar e nutricional e estimula a

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economia justa, solidária e criativa. Portanto, o Plano Municipal de DesenvolvimentoIntegrado, Sustentável e Solidário da Agricultura Urbana é uma estratégia publica dedesenvolvimento social, ambiental e econômico, que integra um conjunto de políticaspúblicas, especificas e complementares; que inspire sonhos - modifique a visão de futuro egere oportunidades. Lavrar a terra com sabedoria é promover o diálogo entre o conhecimentoe os saberes; respeitar a diversidade étnica, racial e cultural; nutrir a igualdade de gênero e ajustiça socioambiental; estimular a economia familiar; promover o consumo responsável ehábitos saudáveis; e, sobretudo, favorecer a participação, o emponderamento e a autonomiados agricultores urbanos com a gestão descentralizada e participativa.

2. Políticas Públicas Relacionadas

POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - Lei N° 11.346/2006Princípios Norteadores

Intersetorialidade; Ações conjuntas entre Estado e sociedade; Eqüidade, superando as desigualdades econômicas, sociais, de gênero e étnicas - que

vêm gerando discriminações principalmente contra os negros e indígenas; Articulação entre orçamento e gestão; Abrangência e articulação entre ações estruturantes e medidas emergenciais;

Diretrizes da Política

Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridadepara as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional;

Promoção do abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis edescentralizados, de base agroecológica, de produção, extração, processamento edistribuição de alimento;

Instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional, pesquisa eformação nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do direito humano àalimentação adequada;

Promoção, universalização e coordenação das ações de segurança alimentar enutricional voltadas para quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais deque trata o art. 3o, inciso I, do Decreto no 6.040, de 7 de fevereiro de 2007, povosindígenas e assentados da reforma agrária;

Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção àsaúde, de modo articulado às demais ações de segurança alimentar e nutricional;

Promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade suficiente, comprioridade para as famílias em situação de insegurança hídrica e para a produção dealimentos da agricultura familiar e da pesca e aqüicultura;

Apoio a iniciativas de promoção da soberania alimentar, segurança alimentar enutricional e do direito humano à alimentação adequada em âmbito internacional e anegociações internacionais baseadas nos princípios e diretrizes da Lei no 11.346, de2006

Monitoramento da realização do direito humano à alimentação adequada.

Objetivos

Promover a segurança alimentar e nutricional, bem como assegurar o direito humano

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à alimentação adequada em todo território nacional; Identificar, analisar, divulgar e atuar sobre os fatores condicionantes da insegurança

alimentar e nutricional no Brasil; Articular programas e ações de diversos setores que respeitem, protejam, promovam

e provejam o direito humano à alimentação adequada, observando as diversidadessocial, cultural, ambiental, étnico-racial, a equidade de gênero e a orientação sexual,bem como disponibilizar instrumentos para sua exigibilidade;

Promover sistemas sustentáveis de base agroecológica, de produção e distribuição dealimentos que respeitem a biodiversidade e fortaleçam a agricultura familiar, ospovos indígenas e as comunidades tradicionais e que assegurem o consumo e oacesso à alimentação adequada e saudável, respeitada a diversidade da culturaalimentar nacional; e

Incorporar à política de Estado o respeito à soberania alimentar e a garantia dodireito humano à alimentação adequada, inclusive o acesso à água, e promovê-los noâmbito das negociações e cooperações internacionais.

Comentários

Na 3ª CNSAN – Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional foramapresentados avanços significativos no sentido de formular, por meio de propostasclaras, as bases de uma Política Nacional de Agricultura Urbana, com diretrizes dearticulação dos temas de SAN, com preocupação em relação à assessoria, formação ecapacitação de pessoas, incluindo o ciclo de produção-comercialização-consumo dealimentos e produtos com bases agroecológicas, bem como a transversalidade destapolítica, alcançando os temas do urbanismo e os planos diretores, dodesenvolvimento sustentável e da inclusão social através da melhoria de renda naeconomia solidária;

Na 4ª CNSAN – Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em 2010,a agricultura urbana e periurbana se consolida nas proposições aprovadas no Eixo 02para o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan).

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS - Lei N° 12.305/2010Princípios Norteadores

A prevenção e a precaução; Poluidor-pagador e o protetor-recebedor; A visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis

ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; O desenvolvimento sustentável; A ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços

competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidadeshumanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e doconsumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade desustentação estimada do planeta;

A cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial edemais segmentos da sociedade;

A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico

e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; O respeito às diversidades locais e regionais;

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O direito da sociedade à informação e ao controle social; A razoabilidade e a proporcionalidade.

Diretrizes da Política

Art. 9º Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos deve ser observada a seguinteordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dosresíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.§ 1º Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduossólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica eambiental e com a implantação de programa de monitoramento de emissão de gasestóxicos aprovado pelo órgão ambiental.§ 2º A Política Nacional de Resíduos Sólidos e as políticas de resíduos sólidos dosestados, do Distrito Federal e dos municípios serão compatíveis com o disposto nocaput e no § 1º deste artigo e com as demais diretrizes estabelecidas nesta lei.

Art. 10. Incumbe ao Distrito Federal e aos municípios a gestão integrada dos resíduossólidos gerados nos respectivos territórios, sem prejuízo das competências decontrole e fiscalização dos órgãos federais e estaduais do Sisnama, do SNVS e doSuasa, bem como da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de resíduos,consoante o estabelecido nesta lei.

Art. 11. Observadas as diretrizes e demais determinações estabelecidas nesta lei e emseu regulamento, incumbe aos estados:I – promover a integração da organização, do planejamento e da execução dasfunções públicas de interesse comum relacionadas à gestão dos resíduos sólidos nasregiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, nos termos da leicomplementar estadual prevista no § 3º do art. 25 da Constituição Federal;II – controlar e fiscalizar as atividades dos geradores sujeitas a licenciamentoambiental pelo órgão estadual do Sisnama.Parágrafo único. A atuação do estado na forma do caput deve apoiar e priorizar asiniciativas do município de soluções consorciadas ou compartilhadas entre dois oumais municípios.

Art. 12. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios organizarão emanterão, de forma conjunta, o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dosResíduos Sólidos (Sinir), articulado com o Sinisa e o Sinima.Parágrafo único. Incumbe aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios fornecerao órgão federal responsável pela coordenação do Sinir todas as informaçõesnecessárias sobre os resíduos sob sua esfera de competência, na forma e naperiodicidade estabelecidas em regulamento.

Art. 13. Para os efeitos desta lei, os resíduos sólidos têm a seguinte classificação:I – quanto à origem:a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residênciasurbanas;b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros evias públicas e outros serviços de limpeza urbana;c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas a e b;d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os geradosnessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas b, e, g, h e j;e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades,excetuados os referidos na alínea c;f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instala- ções industriais;Política Nacional de Resíduos Sólidos 2ª edição 17g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido

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em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos edemolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação eescavação de terrenos para obras civis;i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuá- rias esilviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais

alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração oubeneficiamento de minérios;

II – quanto à periculosidade:a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características deinflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade,carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo riscoà saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou normatécnica;b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea a.Parágrafo único. Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos referidos na alínea d doinciso I do caput, se caracterizados como não perigosos, podem, em razão de suanatureza, composição ou volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelopoder público municipal.

Objetivos

I – proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; II – não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos,

bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; III – estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e

serviços; IV – adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma

de minimizar impactos ambientais; V – redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos; VI – incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-

primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados; VII – gestão integrada de resíduos sólidos; VIII – articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor

empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada deresíduos sólidos;

IX – capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; X – regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos

serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção demecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dosserviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional efinanceira, observada a Lei nº 11.445, de 2007;

XI – prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:a) produtos reciclados e recicláveis;b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões deconsumo social e ambientalmente sustentáveis;XII – integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações queenvolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;XIII – estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;XIV – incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial

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voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dosresíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;XV – estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.

Comentários

A Lei estabelece uma diferenciação entre resíduo e rejeito num claro estímulo aoreaproveitamento e reciclagem dos materiais, admitindo a disposição final apenasdos rejeitos. A implantação do sistema de coleta seletiva é instrumento essencial parase atingir a meta de disposição final ambientalmente adequada dos diversos tipos derejeitos;

O marco legal exige uma abordagem diferenciada para ações de compostagem e decoleta seletiva, pois abre novas possibilidades para se obter escala desustentabilidade para a prestação dos serviços, transformando o reaproveitamentode materiais numa exigência e não apenas uma opção, uma decisão da administraçãomunicipal. A adoção de atividades de compostagem pelos municípios é, portanto,uma imposição legal, e não mais uma escolha tecnológica ou uma opção para destinodos resíduos orgânicos gerados;

A Lei 11.445/2007 ao conceituar os serviços públicos de manejo de resíduos sólidos,em seu artigo 7º, estabelece entre suas atividades o tratamento dos resíduosdomésticos e daqueles oriundos da limpeza de logradouros e vias públicas, “inclusivepor compostagem”;

A Lei 12.305/2010 considera, em suas definições, a compostagem como uma formade destinação final ambientalmente adequada para os resíduos sólidos e coloca comoatribuição do titular dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduossólidos a compostagem dos resíduos sólidos orgânicos e a articulação com agenteseconômicos e sociais formas de utilização do composto produzido.

Art. 36. No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dosprodutos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo deresíduos sólidos, observado, se houver, o plano municipal de gestão integrada deresíduos sólidos:V - implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articularcom os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido;

Os resíduos sólidos domiciliares no Brasil apresentam alto percentual de resíduosorgânicos formados por restos de comida e casas de frutas e legumes e mesmoresíduos de jardinagem. A matéria orgânica presente no lixo, na presença de ar eágua, é digerida por microrganismos e se transforma em composto utilizado paramelhorar a qualidade do solo.

POLÍTICA NACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR - Lei N° 11.326/2006 PRONAFPrincípios Norteadores

Art. 4o A Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos FamiliaresRurais observará, dentre outros, os seguintes princípios:I - descentralização;II - sustentabilidade ambiental, social e econômica;III - eqüidade na aplicação das políticas, respeitando os aspectos de gênero, geração eetnia;IV - participação dos agricultores familiares na formulação e implementação da

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política nacional da agricultura familiar e empreendimentos familiares rurais.

Diretrizes I - crédito e fundo de aval; II - infra-estrutura e serviços; III - assistência técnica e extensão rural; IV - pesquisa; V - comercialização; VI - seguro; VII - habitação; VIII - legislação sanitária, previdenciária, comercial e tributária; IX - cooperativismo e associativismo; X - educação, capacitação e profissionalização; XI - negócios e serviços rurais não agrícolas; XII - agroindustrialização.

Comentários

Art. 3o Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e empreendedorfamiliar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo,simultaneamente, aos seguintes requisitos:I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais;II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividadeseconômicas do seu estabelecimento ou empreendimento;III - tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicasvinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento;IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família.

§ 2o São também beneficiários desta Lei:I - silvicultores que atendam simultaneamente a todos os requisitos de que trata ocaput deste artigo, cultivem florestas nativas ou exóticas e que promovam o manejosustentável daqueles ambientes;II - aqüicultores que atendam simultaneamente a todos os requisitos de que trata ocaput deste artigo e explorem reservatórios hídricos com superfície total de até 2ha(dois hectares) ou ocupem até 500m³ (quinhentos metros cúbicos) de água, quando aexploração se efetivar em tanques-rede;III - extrativistas que atendam simultaneamente aos requisitos previstos nos incisos II,III e IV do caput deste artigo e exerçam essa atividade artesanalmente no meio rural,excluídos os garimpeiros e faiscadores;

PROGRAMA NACIONAL DE ASSISTENCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL NA AGRICULTURAFAMILIAR- Decreto N° 7.215/2010 PLANAPO

Diretrizes

Promover a soberania e segurança alimentar e nutricional e do direito humano àalimentação adequada e saudável;

Promover o uso sustentável dos recursos naturais; Apoiar na conservação e recomposição dos ecossistemas modificados por meio de

sistemas de produção que reduzam os resíduos poluentes e a dependência deinsumos externos para a produção;

Promover sistemas justos e sustentáveis de produção, distribuição e consumo de

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alimentos; Promover a valorização da agrobiodiversidade e dos produtos da sociobiodiversidade

e estímulo às experiências locais de uso, conservação e manejo dos recursosgenéticos vegetais e animais;

Ampliar a participação da juventude rural na produção orgânica e de baseagroecológica;

Contribuir na promoção da redução das desigualdades de gênero, por meio de açõese programas que promovam a autonomia econômica das mulher

Objetivos

Articular e implementar programas e ações indutoras da transição agroecológica, daprodução orgânica e de base agroecológica, como contribuição para odesenvolvimento sustentável, possibilitando à população a melhoria de qualidade devida por meio da oferta e consumo de alimentos saudáveis e do uso sustentável dosrecursos naturais

Comentários

As ações articuladas dos dez ministérios parceiros no Plano formam um conjunto de134 iniciativas, distribuídas em 14 metas e organizadas a partir eixos estratégicos:Produção;Uso e Conservação de Recursos Naturais;Conhecimento;Comercialização e Consumo.

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AGRICULTURA FAMILIAR PEAAFPrincípios Norteadores

Justiça social e ambiental: os cidadãos precisam se constituir enquanto sujeitoscoletivos de direitos, com direito igual de acesso e uso da terra, dos recursosambientais e dos meios de produção necessários a sua sobrevivência.

Intersetorialidade, pluralidade e interdisciplinaridade: a articulação dos diferentesórgãos públicos, a diversidade de pontos de vista e o intercêmbio entre diferentescampos de conhecimento devem ser fatores a propiciar transversalidade ecapilaridade na expansão do PEAAF. Envolve respeito às diferentes tradições eexperiências dos agrupamentos humanos, na pluralidade de canais para o diálogo ena troca livre de informações.

Interdependência entre campo e cidade: o rural e o urbano fazem parte de umatotalidade e não se pode subjugar um ao outro. Isso implica considerar e valorizar amultifuncionalidade da agricultura familiar e do território rural e compreender acomplementaridade e reciprocidade que deve existir na relação campo-cidade,inclusive em suas dimensões socioculturais e simbólicas, e não apenas enquantoprovedores de alimentos ou de serviços ambientais, por um lado, e merosconsumidores, por outro.

Gestão democrática e participativa: requer decisões construídas em diálogo, de formacoletiva, e compartilhadas entre todos os sujeitos sociais. Para tanto, cabeestabelecer e consolidar mecanismos e espaços que garantam o envolvimento e aintervenção dos diversos sujeitos sociais em instâncias de participação conectadas emâmbito nacional, estadual, local e regional. Da mesma forma, a implementação das

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ações requer a participação, corresponsabilidade e compartilhamento com os demaisentes federados e suas respectivas instituições (órgãos, entidades) e sociedade civilorganizada.

Diretrizes

Adotar a agroecologia, o agroextrativismo, os sistemas agroflorestais e demaispráticas produtivas sustentáveis como referências para uma economia rural maisintegrada, envolvendo a produção agrosilvopastoril e a recuperação de áreas dePreservação Permanente (APPs), Reservas Legais e outras áreas degradadas,difundindo o uso de tecnologias sociais no âmbito da agricultura familiar;

Articular órgãos e entidades governamentais e organizações da sociedade civilrelacionadas às pautas do desenvolvimento rural, meio ambiente e educação, parapromover ações integradas e em rede;

Promover a reflexão crítica sobre as atuais articulações campo-cidade, e entre asdimensões local e global, favorecendo dinâmicas de corresponsabilidade esolidariedade;

Articular a educação ambiental em seu caráter formal e não-formal, incorporando ocomponente de educação ambiental não-formal em projetos e políticas públicasvoltadas para o desenvolvimento rural e inserindo os espaços formais de educaçãonos processos pedagógicos a serem propostos;

Garantir o diálogo intergeracional e o equilíbrio de gênero nas ações do Programa,buscando fortalecer as pautas dos movimentos sociais de juventude e de mulheres docampo e trabalhar questões geracionais e de gênero nas políticas públicas de meioambiente, educação e desenvolvimento rural;

Incorporar às suas ações as estratégias, programas, plano e políticas traçados paratemas correlatos, como mudanças climáticas, conservação da biodiversidade,conservação de solo e água, segurança alimentar, saneamento, resíduos sólidos,alternativas ao uso de agrotóxicos; educação do campo, assistência técnica, produçãoe consumo sustentável.

Objetivos

Contribuir para o desenvolvimento rural sustentável; Apoiar a regularização ambiental das propriedades rurais do país, no âmbito da

agricultura familiar; Fomentar processos educacionais críticos e participativos que promovam a formação,

capacitação, comunicação e mobilização social; Promover a agroecologia e as práticas produtivas sustentáveis.

PLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGANICA- Decreto N° 7.215/2010PRONATER

Princípios Norteadores

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O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica busca integrar suas ações com: Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e o Plano Nacional de Direitos

Humanos, Código Florestal, Plano de Ação Nacional de Combate à Desertificação Plano Nacional sobre Mudança do Clima.

Diretrizes

Promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional e do direito humano àalimentação adequada e saudável, por meio da oferta de produtos orgânicos e debase agroecológica isentos de contaminantes que ponham em risco a saúde;

Promoção do uso sustentável dos recursos naturais, observadas as disposições queregulem as relações de trabalho e favoreçam o bem-estar de proprietários etrabalhadores;

Conservação dos ecossistemas naturais e recomposição dos ecossistemasmodificados, por meio de sistemas de produção agrícola e de extrativismo florestalbaseados em recursos renováveis, com a adoção de métodos e práticas culturais,biológicas e mecânicas, que reduzam resíduos poluentes e a dependência de insumosexternos para a produção;

Promoção de sistemas justos e sustentáveis de produção, distribuição e consumo dealimentos, que aperfeiçoem as funções econômica, social e ambiental da agricultura edo extrativismo florestal e priorizem o apoio institucional aos beneficiários da Lei nº11.326, de de 24 de julho de 2006;

Valorização da agrobiodiversidade e dos produtos da sociobiodiversidade e estímuloàs experiências locais de uso e conservação dos recursos genéticos vegetais e animais,especialmente àquelas que envolvam o manejo de raças e variedades locais,tradicionais ou crioulas;

Ampliação da participação da juventude rural na produção orgânica e de baseagroecológica;

Contribuição na redução das desigualdades de gênero, por meio de ações eprogramas que promovam a autonomia econômica das mulheres.

Objetivo

Ampliar e fortalecer a produção, manipulação e processamento de produtosorgânicos e de base agroecológica, tendo como público prioritário agricultores/asfamiliares, assentados/as da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais esuas organizações econômicas, micros e pequenos empreendimentos rurais,cooperativas e associações, considerando também os da agricultura urbana eperiurbana.

PROJETO EDUCANDO COM A HORTA ECOLAR E GASTRONOMIA – MEC/FAOPrograma Nacional de Alimentação Escolar –PNAE – Lei Nº11.947/2009

Princípios Norteadores

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Controle Social Universalidade Continuidade Equidade Descentralização

Diretrizes Emprego da alimentação saudável e adequada; Educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem; Universalidade do atendimento aos alunos matriculados na rede pública de educação

básica; Participação da comunidade no controle social; Apoio ao desenvolvimento sustentável; Direito a alimentação escolar, visando garantir segurança alimentar e nutricional dos

alunos.

Objetivo Contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem,

o rendimento escolar e à formação de hábitos alimentares saudáveis dos alunos.

ComentáriosAvanços com a Lei 11.947: Efetivação pelo Governo Federal de uma Política Nacional de Alimentação Escolar.

Independente da escola - ser pública ou privada, se esta, oferece alimentos a seusalunos, estes alimentos têm que estar enquadrados nas 06 diretrizes estipuladas poressa política;

Incorporação da Educação Alimentar no processo de ensino e aprendizagem; Universalização da Alimentação Escolar para todos os alunos da rede pública de

ensino da educação básica (incluindo todos os alunos do ensino médio e do EJA); Apoio ao desenvolvimento sustentável, através da aquisição de gêneros alimentícios

diversificados e produzidos em âmbito local, preferencialmente pela AgriculturaFamiliar e empreendedores familiares priorizando as comunidades tradicionais;

O acesso à alimentação escolar de forma igualitária é um Direito, de que sejarespeitada as diferentes faixas etárias, as condições de saúde dos alunos quenecessitam de atenção específica e os que se encontram em estado devulnerabilidade social;

A Política de Alimentação Escolar, expressa na Lei, é uma política estruturante deSegurança Alimentar e, portanto, a demanda que dela se expressa , exige açõesintegradoras de ações e de programas das instituições públicas nelas envolvidas com:a saúde, a educação, a da área de produção agrícola, a dos assentamentos doPrograma de Reforma Agrária como o de comercialização da produção da AgriculturaFamiliar.

POLITICA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS – Decreto 5.813/2006Princípios Norteadores

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Ampliação das opções terapêuticas e melhoria da atenção à saúde aos usuários doSistema Único de Saúde – SUS;

Uso sustentável da biodiversidade brasileira; Valorização e preservação do conhecimento tradicional das comunidades e povos

tradicionais; Fortalecimento da agricultura familiar; Crescimento com geração de emprego e renda, redutor das desigualdades regionais; Desenvolvimento tecnológico e industrial; Inclusão social e redução das desigualdades sociais e; Participação popular e controle social.

Diretrizes Regulamentar o cultivo, o manejo sustentável, a produção, a distribuição e o uso de

plantas medicinais e fitoterápicas, considerando as experiências da sociedade civil nassuas diferentes formas de organização;

Promover a formação técnico-científica e capacitação no setor de plantas - medicinaise fitoterápicos;

Incentivar a formação e a capacitação de recursos humanos para o desenvolvimentode pesquisas, tecnologias e inovação em plantas - medicinais e fitoterápicos;

Garantir e promover a segurança, a eficácia e a qualidade no acesso às plantas-medicinais e fitoterápicos;

Estimular a produção de fitoterápicos em escala industrial; Fomentar pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação com base na

biodiversidade brasileira, abrangendo espécies vegetais nativas e exóticas adaptadas,priorizando as necessidades epidemiológicas da população;

Promover a interação entre o setor público e a iniciativa privada, universidades,centros de pesquisa e organizações não governamentais na área de plantasmedicinais e desenvolvimento de fitoterápicos;

Apoiar a implantação de plataformas tecnológicas piloto para o desenvolvimentointegrado de cultivo de plantas medicinais e produção de fitoterápicos;

Incentivar a incorporação racional de novas tecnologias no processo de produção deplantas medicinais e fitoterápicos;

Promover a inclusão da agricultura familiar nas cadeias e nos arranjos produtivos dasplantas medicinais, insumos e fitoterápicos;

Objetivo Garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais

e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimentoda cadeia produtiva e da indústria nacional.

POLITICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO – Portaria Nº710/1999PNAN- formula os requisitos básicos para a promoção e a proteção à saúde, atestando ocompromisso do Ministério da Saúde em controlar os males relacionados à alimentação enutrição.

Diretrizes Estímulo às ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos; Garantia de segurança e qualidade dos alimentos e da prestação de serviços nesse

contexto; Monitoramento da situação alimentar e nutricional; Promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis;

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Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e doenças nutricionais; Promoção do desenvolvimento de linhas de investigação e desenvolvimento; Capacitação de recursos humanos em saúde e nutrição.

POLÍTICA NACIONAL DE AGRICULTURA URBANA - Projeto de Lei 906/15Princípios Norteadores

Art. 1º A agricultura urbana é a atividade agrícola e pecuária desenvolvida nos limitesda cidade e integrada ao sistema ecológico e econômico urbano, destinada àprodução de alimentos e de outros bens para o consumo próprio ou para acomercialização em pequena escala.

Parágrafo único. A agricultura urbana deverá atender às exigências estabelecidas naslegislações sanitária e ambiental pertinentes às fases de produção, processamento ecomercialização de alimentos.

A agricultura urbana deverá estar prevista nos institutos jurídicos, tributários efinanceiros contidos no planejamento municipal, especialmente nos planos diretoresou nas diretrizes gerais de uso e ocupação do solo urbano, com o objetivo deabranger aspectos de interesse local e garantir as funções sociais da propriedade e dacidade.

Art. 4º A Política Nacional de Agricultura Urbana será planejada e executada de formadescentralizada e integrada às políticas sociais e de desenvolvimento urbano, eimplementada mediante a cooperação entre a União, os estados e os municípios.

Diretrizes Apoiar os municípios na definição de áreas aptas ao desenvolvimento de agricultura

urbana comunitária e individual, e das condicionantes para sua implantação; Viabilizar a aquisição de produtos da agricultura urbana para os programas

governamentais de aquisição de alimentos — Programa de Aquisição de Alimentos(PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE);

Auxiliar técnica e financeiramente as prefeituras municipais para a prestação deassistência técnica e o treinamento dos agricultores urbanos na produção,beneficiamento, transformação, embalagem e comercialização dos produtos;

Estimular a criação e apoiar o funcionamento de feiras livres e de outras formas decomercialização direta entre agricultores urbanos e consumidores;

Estabelecer linhas especiais de crédito para agricultores urbanos e suas organizações,visando ao investimento na produção, no processamento e na estrutura decomercialização;

Prestar apoio técnico para a certificação de origem e de qualidade dos produtos daagricultura urbana;

Promover campanhas de valorização e de divulgação de alimentos e produtosprovenientes da agricultura urbana.

Objetivo Ampliar a segurança alimentar e nutricional das populações urbanas vulneráveis; Propiciar a ocupação de espaços urbanos ociosos; Gerar alternativa de renda e de atividade ocupacional à população urbana; Articular a produção de alimentos nas cidades com os programas institucionais de

alimentação em escolas, creches, hospitais, asilos, restaurantes populares,estabelecimentos penais e outros;

Estimular o trabalho familiar, de cooperativas, de associações e de organizações daeconomia popular e solidária voltado para a agricultura urbana;

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Promover a educação ambiental e a produção orgânica de alimentos nas cidades; Difundir o uso de resíduos orgânicos e águas residuais das cidades na agricultura

Comentário A proposta, que tramita em caráter conclusivo, já foi aprovada pela Comissão de

Desenvolvimento Urbano e ainda precisa da análise da Comissão de Constituição eJustiça e Cidadania.

ESTATUTO DAS CIDADES - Lei no 10.257/2001Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988, que conformam o capítulorelativo à Política Urbana. O artigo 182 estabeleceu que a política de desenvolvimento urbano, executada pelo

poder público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivoordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estarde seus habitantes, definindo que o instrumento básico desta política é o PlanoDiretor.

O artigo 183 institui o usocapião urbano, possibilitando a regularização de extensasáreas ocupadas por favelas, vilas, alagados, invasões ou loteamentos clandestinos.

Princípios Norteadores

Gestão democrática - por meio da participação da população e de associaçõesrepresentativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução eacompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;

Garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, àmoradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e serviçospúblicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

Ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: a utilização inadequada dosimóveis urbanos; o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ouinadequados em relação à infraestrutura urbana; a retenção especulativa de imóvelurbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização; a deterioração das áreasurbanizadas;

Diretrizes da Política I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra

urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transportee aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

II – gestão democrática por meio da participação da população e de associaçõesrepresentativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução eacompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;

III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores dasociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;

IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial dapopulação e das atividades econômicas do município e do território sob sua área deinfluência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seusefeitos negativos sobre o meio ambiente;

V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicosadequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;

VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:A utilização inadequada dos imóveis urbanos;

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A proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;O parcelamento do solo,A edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infraestrutura urbana;A instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólosgeradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente;A retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou nãoutilização;A deterioração das áreas urbanizadas; a poluição e a degradação ambiental

VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo emvista o desenvolvimento sócio-econômico do Município e do território sob sua áreade influência;

VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansãourbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômicado Município e do territó- rio sob sua área de influência;

IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização. X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos

gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar osinvestimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentessegmentos sociais;

XI – recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado avalorização de imóveis urbanos;

XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, dopatrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;

XIII – audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processosde implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmentenegativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança dapopulação;

XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixarenda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso eocupação do solo e edificação - consideradas a situação socioeconômica da populaçãoe as normas ambientais;

XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e dasnormas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da ofertados lotes e unidades habitacionais;

XVI – Isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção deempreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido ointeresse social.

Comentários A população detém o direito de intervir diretamente na organização de seu espaço de

vida, em sua cidade. Os instrumentos previstos promovem uma nova cultura política,embasada na complementariedade entre democracia participativa e representativa;

A responsabilidade não é só do poder público, a democracia pressupõe direitos edeveres, portanto, uma gestão democrática será aquela que apresentar acoparticipação de todos os agentes e atores responsáveis pelo desenvolvimentoenvolvidos diretamente nas variadas e permanentes questões apresentadas noquotidiano da cidade.

A Constituição Federal determina que o instrumento básico da política dedesenvolvimento e expansão urbana é o Plano Diretor – que deve ser aprovado porlei municipal e deve estar integrado ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias eao orçamento anual.

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PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE FORTALEZA - LEI COMPLEMENTAR N. 0009/2008Princípios Norteadores

Art. 3º São princípios da Política Urbana:I — as funções socioambientais da cidade;II — a função social da propriedade;III — a gestão democrática da cidade;IV — a equidade

Diretrizes da Política Art. 5º São diretrizes da política de habitação e regularização fundiária:

Objetivos Art. 4º São objetivos deste Plano Diretor:

I — considerar, no processo de planejamento e execução das políticas públicas, aintegração social, econômica, ambiental e territorial do Município e da RegiãoMetropolitana;II — construir um sistema democrático e participativo de planejamento e gestão da

cidade;III — garantir a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo deurbanização, recuperando e transferindo para a coletividade parte da valorizaçãoimobiliária decorrente de ações do poder público;IV — regular o uso, a ocupação e o parcelamento do solo urbano a partir dacapacidade de suporte do meio físico, da infraestrutura de saneamento ambiental edas características do sistema viário;V — combater a especulação imobiliária;VI — preservar e conservar o patrimônio cultural de interesse artístico, estético,histórico, turístico e paisagístico;VII — preservar os principais marcos da paisagem urbana;VIII — ampliar a oferta de áreas para a produção habitacional de interesse social comqualidade, dirigida aos segmentos de baixa renda;IX — promover a urbanização e a regularização fundiária das áreas irregularesocupadas por população de baixa renda;X — induzir a utilização de imóveis não edificados, não utilizados e subutilizados;XI — distribuir equitativamente os equipamentos sociais básicos, de acordo com as

necessidades sociais das regiões, de forma que a distribuição dos respectivos recursosa estas seja diretamente proporcional à população e inversamente proporcional aonível de renda;XII — preservar os ecossistemas e os recursos naturais;XIII — promover o saneamento ambiental em seus diferentes aspectos;XIV — reduzir os riscos urbanos e ambientais;XV — promover a reabilitação da área central da cidade;XVI — promover a acessibilidade e a mobilidade universal, garantindo o acesso detodos os cidadãos a qualquer ponto do território, através da rede viária e do sistemade transporte coletivo.

Comentários Diversos aspectos do Plano Diretor do Município reforçam o papel ambiental, social e

econômico da agricultura urbana no desenvolvimento de uma sociedade equitativa,justa e solidária. Muitas das diretrizes para as Zonas de Especiais de Interesse Socialressaltam a produção agrícola urbana como um arranjo produtivo capaz de responderaos desafios da geração de trabalho renda, da segurança alimentar, da inclusão social

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e do incentivo às economias solidaria e criativa. CAPÍTULO VIII Da Política deDesenvolvimento Econômico:

Art. 50. São diretrizes da política de desenvolvimento econômico:VII — apoio e estímulo às iniciativas de produção cooperativa e de economiasolidária, em estruturas familiares de produção, como a agricultura urbana, bemcomo as atividades que se caracterizam como micro e pequenos empreendimentos;IX — apoio e estímulo a centros públicos de promoção à economia solidária;X — apoio e incentivos à agricultura urbana, através de unidades produtivasfamiliares, inclusive com incentivos fiscais.

Art. 51. São ações estratégicas da política de desenvolvimento econômico:IV — desenvolver cooperativas sociais e arranjos de economia solidária para osegmento de pessoas em situação de desvantagem social, em especial nas ZonasEspeciais de Interesse Social (ZEIS);V — desenvolver programas de incentivo à geração de trabalho e renda locais, apartir das potencialidades econômicas e culturais e ambientais dos bairros,priorizando as zonas habitadas pela população de baixa renda;VI — elaborar e implementar programa de apoio e suporte ao desenvolvimento equalificação das feiras livres como centros de distribuição popular;VII — criar mecanismos de escoamento da produção familiar e dos pequenosempreendedores;XI — desenvolver estudos técnicos para a delimitação das Zonas Especiais deDinamização Urbanística e Socioeconômica (ZEDUS);XII — elaborar e implementar planos e projetos de desenvolvimento socioeconômico;XIII — promover o fortalecimento da geração de trabalho e renda e o apoio aodesenvolvimento de arranjos produtivos através de programas de microcrédito eincentivos fiscais, especialmente nas Zonas Especiais de Dinamização Urbanística eSocioeconômica (ZEDUS);XIV — criar um programa de fomento às experiências laborais comunitárias com abase no cooperativismo e associativismo

USO E COUPAÇÃO DO SOLO FORTALEZA– LEI Nº 7987/1996 – CONSOLIDADA – 2006Objetivos

Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre a divisão do Município em Microzonas de Densidade eZonas Especiais, regula o uso e a ocupação do solo considerando as características daszonas citadas, como também a classificação viária, tendo em vista os seguintesobjetivos:I - a ordenação das funções da cidade através da utilização racional do território, dosrecursos naturais, e do uso dos sistemas viário e de transporte, quando doparcelamento do solo, da implantação e do funcionamento das atividades industriais,comerciais, residenciais e de serviços;II - a preservação e a proteção do ambiente natural e cultural;III - a racionalização do uso da infra-estrutura instalada, inclusive sistema viário etransportes, evitando sua sobrecarga ou ociosidade;IV - a compatibilidade da densidade das atividades urbanas com as condiçõesnaturais, bem como com a infra-estrutura instalada e projetada;V - a intensificação do processo de ocupação do solo, à medida que houver ampliaçãoda capacidade da infra-estrutura preservando-se a qualidade de vida da coletividade;VI - a compatibilidade do uso do solo à função da via garantindo a segurança, afluidez, a circulação, o conforto e as restrições físico-operacionais da mesma;VII - o atendimento à função social da propriedade imobiliária urbana, preconizado na

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Constituição Federal;VIII - o incentivo para as áreas com concentração e com tendência à concentração deatividades, possibilitando o desenvolvimento de núcleos alternativos aos existentes,através da aplicação dos instrumentos urbanísticos e fiscais.

LEI ORGANICA DO MUNICIPIO DE FORTALEZA – LEI Nº 7987/1996 – CONSOLIDADA – 2006Principios Norteadores

O Município de Fortaleza, unidade integrante do Estado do Ceará, pessoa jurídica dedireito público interno, organiza-se de forma autônoma em tudo que diz respeito aseu peculiar interesse, regendo-se por esta Lei Orgânica e as demais leis que adotar,observados os princípios da Constituição Federal a Estadual.

O Município, entidade autônoma e básica da República Federativa do Brasil, garantirávida digna aos seus Munícipes e será administrado com transparência em seus atos eações, moralidade, participação nas decisões e descentralização administrativa.

Todo cidadão tem direito de requerer informações sobre os atos da administraçãomunicipal, sendo parte legítima para pleitear, perante os Poderes Públicoscompetentes, a declaração de nulidade ou anulação de atos lesivos ao patrimôniopúblico.

O Município protegerá o consumidor, estabelecendo, por leis, sanções de naturezaadministrativa, econômica e financeira às violações ou ofensas aos seus direitos.

O plebiscito, o referendo e a iniciativa popular são formas de assegurar a participaçãodo povo, nas definições das questões fundamentais de interesse da coletividade.

São símbolos oficiais do Município: a bandeira, o hino e o brasão, além de outrosestabelecidos em lei representativos de sua cultura e história.

Diretrizes Art.7º compete ao município:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;II - suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber;III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suasrendas;IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação federal e estadual;V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, osserviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráteressencial;VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programasde educação pré - escolar e de ensino fundamental;VII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, medianteplanejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;VIII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços deatendimento à saúde da população;IX - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horário para funcionamentode estabelecimentos industriais, comerciais, empresas prestadoras de serviços esimilares;X - promover a proteção do patrimônio histórico cultural local, observada a legislaçãoe ação fiscalizadora federal e estadual;XI - incentivar e gerar empregos, no próprio Município, desenvolvendo mão-de-obraqualificada;XII - regulamentar e fiscalizar a circulação e o estacionamento de transporte de carga;XIII - instituir a Guarda Municipal, destinada à proteção de seus bens, serviços

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instalações, conforme dispuser lei complementar;XIV - incentivar a cultura e promover o lazer;XV - realizar programas de apoio às práticas desportivas;XVI - realizar atividades de defesa civil, inclusive as de combate a incêndios eprevenção de acidentes naturais, em coordenação com a União e o Estado;XVII - fixar tarifas dos serviços públicos, inclusive às dos serviços de táxi, obedecendoà proporcionalidade de quinhentos habitantes por unidade, de acordo com a projeçãodo IBGE;XVIII - sinalizar as vias públicas urbanas e rurais, regulamentando e fiscalizando autilização de vias e logradouros públicos;XIX - elaborar e executar o plano plurianual;XX - efetuar a drenagem e a pavimentação de todas as vias de Fortaleza;XXI - criar mecanismos que combatam a discriminação à mulher, a criança eadolescente em situação de risco, às pessoas portadoras de deficiência e de doençascontagiosas, ao homossexual, ao idoso, ao índio, ao negro, ao ex - detento epromovam a igualdade entre os cidadãos.(Redação dada pela Emenda à LOM nº006/97 de 27 junho de 1997)

POLÍTICA AMBIENTAL DO MUNICIPIO DE FORTALEZAPrincipios Norteadores

Políticas de Planejamento e Gestão dos Sistemas Naturais, envolvendoprincipalmente as áreas verdes (onde se incluem os parques, as praças, as unidadesde conservação, a arborização da cidade, as matas ciliares, etc) e também as águas(contemplando rios, riachos, lagoas, açudes e a orla);

Políticas de Sustentabilidade, as quais contribuirão para que ambientes natural econstruído sejam geridos de maneira sustentável, de modo a garantir a continuidadedos processos de crescimento e desenvolvimento da cidade em consonância com orespeito e a valorização do ambiente natural, dentro dos limites estabelecidos pelaslegislações ambiental e urbanística. Abrangem essencialmente os grandes PlanosMunicipais (de saneamento; de drenagem; de arborização; dentre outros), além dasconstruções sustentáveis; preservação da biodiversidade; e o controle da poluição(das águas, do solo, atmosférica, sonora, visual);

Políticas de Educação Ambiental, promovendo o processo de mudança cultural nacidade de Fortaleza, no que se refere à valorização e preservação da natureza. Estaspolíticas objetivam alcançar todos os cidadãos em todas as faixas etárias de modo apromover conscientização para a realização de ações ambientalmente adequadas.

Objetivo Estabelecer uma gestão estratégica do território considerando seus ambientes

construído e natural de modo integrado, com planejamento e implantação deprojetos de cunho urbanístico e ambiental visando valorizar as potencialidades domunicípio, além de promover a recuperação da qualidade ambiental de Fortaleza

3. Visão de Futuro; Objetivos, Metas e Diretrizes.

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3.1 Visão de Futuro Fortaleza 2040A Agricultura Urbana inserida no planejamento urbano - ambiental, social e econômico;com base nos princípios da agroecologia, do desenvolvimento territorial, da inclusão sociale da geração de renda, baseada nos valores culturais da promoção do consumo conscientee do respeito aos diferentes saberes, orientada para a segurança alimentar e nutricional,fundamentada na gestão participativa e com 06 fazendas urbanas produzindo 20% dehortifrutigranjeiros da demanda local.

Princípios Norteadores Promoção da agroecologia; Promoção da Soberania e da Segurança Alimentar e Nutricional; Efetivação do direito humano a alimentação adequada; Promoção da economia justa, solidária e familiar e do consumo responsável; Estímulo aos circuitos curtos de comercialização, reaproximando produtores e

consumidores; Promoção da equidade de gênero; Respeito à diversidade étnica, cultural, social e racial; Conservação ambiental e justiça socioambiental; Construção e socialização de conhecimentos (diálogo de saberes); Participação, empoderamento e autonomia dos agricultores urbanos; Direito à cidade.

3.2 Eixo e Objetivos Estratégicos RelacionadosEixo 01 Cidade Conectada, Acessível e Justa Cidade compacta, acessível e conectada; Oportunidades de emprego e renda distribuídas no conjunto do território

municipal; Espaços públicos equipados, seguros e integradores.

Eixo 02 Vida Comunitária, Acolhimento e Bem Estar Comunidades valorizadas e integradas à sociabilidade urbana; Comunidade acolhedora, inclusiva com valorização e respeito à diversidade; Comunidade com elevado senso de pertencimento e afeição a cidade; Comunidade saudável (saúde, esporte, lazer e educação alimentar);

Eixo 03 Desenvolvimento da Cultura e do Conhecimento Educação de qualidade e capacitação para o trabalho;

Eixo 04 Qualidade do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Recursos naturais recuperados; conservados, com gestão sustentável; Conforto ambiental;

Eixo 05 Dinamização Econômica e Inclusão Produtiva

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Atividades promotoras de inclusão produtiva dinamizadas;

Eixo 06 Governança Municipal Marcos regulatórios adequados ao desenvolvimento;

3.3 Objetivos Específicos

Objetivo Geral:Constituir políticas públicas de promoção da Agricultura Urbana Agroecologica para odesenvolvimento socioeconômico territorial, sustentável, integrado e inclusivo.

Objetivo 1 – Promover a agroecologia em espaços urbanos públicos e privados,contribuindo para o desenvolvimento de cidades inclusivas, produtivas, ecológicas esustentáveis, equipadas com sistemas próprios de produção de alimentos e outrosprodutos da sociobiodiversidade.

Objetivo 2 – Implantar 06 Fazendas Urbanas nos bairros: Manoel Dias Branco; Itaperi;Passaré; Messejana; Jangurussu e Siqueira para produzir 20% de hortifrutigranjeiros dademanda local.

Objetivo 3 - Fomentar atividades contínuas de educação com vistas à estruturação desistemas justos e sustentáveis de produção, comercialização e consumo de alimentoslocais e saudáveis.

3.4 Metas e Resultados EsperadosIndicadores de Efetividade

Meta 01 Inclusão produtiva de 40 mil pessoas em ações e atividades promovidas pela

agricultura urbana.2017-2020 2021-2024 2025 -2028 2029 -2032 2033-20361 2037-2040

3.000Pessoas

7.000Pessoas

15.000Pessoas

21.000Pessoas

30.000Pessoas

40.000Pessoas

Meta 02 06 Comunidades vulneráveis valorizadas e integradas ao meio urbano, com senso de

pertencimento e autoestima.2017-2020 2021-2024 2025 -2028 2029 -2032 2033-20361 2037-204001 Fazenda

UnidadePiloto

02 fazendasem operação

03 fazendasem operação

04 fazendasem operação

05 fazendasem operação

06 fazendasem operação

Meta 03

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Zerar o déficit alimentar e nutricional das comunidades inseridas nas fazendas urbanase nas hortas escolares e coletivas.

2017-2020 2021-2024 2025 -2028 2029 -2032 2033-20361 2037-204010% redução

déficitalimentar

20% reduçãodéficit

alimentar

40% reduçãodéficit

alimentar

60% reduçãodéficit

alimentar

80% reduçãodéficit

alimentar

100%reduçãodéficit

alimentar

Meta 04 Produção local de 20% da demanda de hortifrutigranjeiros, orgânicos e com preços

competitivos.2017-2020 2021-2024 2025 -2028 2029 -2032 2033-20361 2037-2040

1% dademanda

3% dademanda

6% dademanda

10% dademanda

15% dademanda

20% dademada

Meta 05 Produção de 500 mil sementes e mudas nativas para o reflorestamento urbano da

cidade de Fortaleza, melhorando a qualidade de vida da população, reduzindo as ilhasde calor e a emissão de gases de efeito estufa.

2017-2020 2021-2024 2025 -2028 2029 -2032 2033-20361 2037-204010 mil mudase sementes

50 mil mudase sementes

70 mil mudase sementes

100 milmudas e

sementes

120 milmudas e

sementes

150 milmudas e

sementes

.3.5 Diretrizes Gerais Reconhecimento da multifuncionalidade e da transversalidade política, social, cultural,

econômica e ambiental da agricultura urbana como base para o desenvolvimento epromoção de ações intersetoriais, geridas de forma descentralizada e participativa.

Inclusão da Agricultura Urbana com base agroecologica na planificação física municipale no ordenamento do terrirtório;

Fortalecimento da agricultura urbana pela promoção de ações específicas de fomentoà produção, distribuição, comercialização, consumo, agroempreendedorismo epublicidade;

Promoção de acesso facilitado a linhas especiais de financiamento para atividades eprojetos relacionados à agricultura urbana;

Fortalecimento da institucionalidade da agricultura urbana por meio da elaboração demarcos institucional, legal e normativo; que promovam a articulação intersetorial eintergovernamental e garantam a continuidade das ações;

Fortalecimento da consciência cidadã em torno dos benefícios gerados pela agriculturaurbana em termos sociais, políticos, econômicos, sanitários e ambientais;

Promoção de processos de construção do conhecimento e desenvolvimento decapacidades técnicas e de gestão dos agricultores urbanos, com ênfase em tecnologiassociais, incluindo o apoio a pesquisas que validem o conhecimento gerado eacumulado pelas organizações da sociedade civil que desenvolvem ou apoiam aagricultura urbana;

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Fomentar a participação e o controle social como fundamento das atividades eprojetos públicos de promoção da agricultura urbana.

4. Plano de Ação

4.1 Escopo do Plano

O Plano Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Integrado e Solidário de AgriculturaUrbana, por sua natureza transversal e intersetorial, contribui de forma propositiva com asações públicas de enfrentamento as adversidades contemporâneas, intensificadas peloprocesso de ocupação descontrolado e predatório, o que se confirma na presença de 843assentamentos precários (74% são favelas), onde vivem mais de 01 milhão de pessoas, comcerca de 270 mil famílias – correspondendo a 32% dos domicílios de Fortaleza. A distribuiçãoespacial da miséria, com degradação ambiental e urbana e a deficiência dos serviços desaneamento (água, esgoto, drenagem e lixo) caracterizam a desigualdade territorial entre os119 bairros de Fortaleza; que em 2013 foi considerada a 5ª cidade mais desigual do mundo.Em 2010 a taxa de Concentração de Renda estava em 0,619 e o índice de Extrema Pobreza em13,61. Indicadores que afirmam a relevância e a urgência de políticas públicas que se reforcemmutuamente nos diferentes órgãos do governo, para gerar sinergia capaz de promover odesenvolvimento humano de base territorial, sustentável e equitativo.

Hoje, a maior parte da cidade vive apartada da vida coletiva, sem laços de vizinhança e semvínculos de pertencimento comunitário, o que impede a troca de saberes e a construção deobjetivos coletivos. Com 2.452.185 habitantes (IBGE, 2010), Fortaleza é a cidade com o maioradensamento demográfico do país – algo em torno de 7.786,52 habitantes por km². A baixaqualificação profissional propicia empregos desqualificados e o aumento da informalidade;que também são impulsionados pela desigualdade de acesso à educação e aos serviços sociais.A realidade no público jovem, de 15 a 24 anos é ainda mais alarmante; 11,48% não trabalhame nem estudam, reproduzindo um ciclo de miséria e violência que contribui para que Fortalezaseja considerada a 7ª cidade mais violenta do mundo. A curva ascendente do envelhecimentoda população; a ameaça permanente de aumento do fluxo migratório campo-cidade emfunção da instabilidade agrícola do semiárido, intensificada com as mudanças climáticasmundiais e, a atual crise política e econômica brasileira, com aumento expressivo dodesemprego; são fatores que pressionam o poder público em busca de soluções para ageração de trabalho e renda.

Os níveis elevados de urbanização estão diretamente relacionados aos níveis de pobreza einsegurança alimentar da população. As polí cas públicas voltadas para o incen vo e aimplementação da agricultura urbana favorecem e promovem o desenvolvimento local dasperiferias e comunidades. A produção de alimentos de boa qualidade nutricional e semagrotóxicos, desenvolvida a custo relativamente baixo, pode contribuir não só para melhorar aqualidade de vida em todos os seus aspectos, como também para aumentar a renda familiar.Nessa perspectiva, o desenvolvimento da agricultura no meio urbano ultrapassa as fronteirastradicionais da economia, meio ambiente, urbanismo e cultura; como revelam estudosmundiais que; reconhece na agricultura urbana um dos vetores para repensar as cidades como

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sistemas de ecologia urbana resilientes às mudanças climáticas, econômicas e sociais numcontexto de urbanização globalizada.

Em 30 anos, a cidade perdeu grande parte da sua vegetação nativa, restam apenas 7,06% - oque significa que em Fortaleza a área verde por habitante é de 2,66m², quando a OMS(Organização Mundial da Saúde) recomenda no mínimo 12m²por habitante. A fragilidade dosrecursos hídricos também foi ampliada em função do desordenamento urbano - impulsionadopela especulação imobiliária e o não cumprimento das leis que regulamentam o Uso e aOcupação do Solo. Fortaleza também desperdiça água por não ter uma política de captação daágua de chuva; de preservação dos efluentes, pelo alto índice de degradação da mata ciliar epela ausência de programas públicos que incentivem o reuso da água. O Plano Municipal deAgricultura Urbana contempla ações de equilíbrio ambiental, inovações tecnológicas,qualificação do espaço urbano, (re) uso dos resíduos orgânicos e dos restos de poda, campinae roçagem para a produção de composto agrícola, além de medidas preventivas de saúdepública (educação ambiental e alimentar, profilaxia e coleta seletiva do lixo orgânico). A saúdeda população está diretamente ligada às condições alimentares e ambientais e, no contexto decomunidades vulneráveis, os níveis de doença intensificam-se diante da pouca disponibilidadee da baixa qualidade dos alimentos e da exposição aos agentes externos. A maior parte dosquintais domésticos e terrenos baldios são destinados ao acúmulo de lixo e entulho. A limpezadessas áreas e a sua utilização para plantio e criação de pequenos animais proporcionammelhoria considerável ao ambiente local, diminuindo a proliferação de vetores das principaisdoenças, como roedores e insetos.

Hoje, 74.8% dos domicílios em Fortaleza têm canteiros ou árvores plantadas o que sinaliza adisponibilidade da população em aderir aos Programas de Agricultura Urbana, seja comoatividade de integração e lazer ou inclusão produtiva, contribuindo para a recuperação dasáreas verdes, da vegetação, dos rios, lagoas e demais fontes hídricas. O estimulo a produçãode hortas caseiras e coletivas transformará os hábitos alimentares, de higiene e de convivênciasocial na vizinhança. Os novos conceitos urbanísticos, que se consolidam no Brasil e no mundo,propõem uma cidade solidária, tolerante e com respeito às diferenças e aos direitos humanose civis, formada por uma sociedade organizada, com vida integrada e participativa, capaz depromover vínculos de pertencimento e afetos e, que cumpre a função social da propriedade evaloriza os seus saberes, vocações e potencialidades. Se somar a esta visão a capacidadeempreendedora de Fortaleza, o seu capital humano competitivo e a presença de Centros dePesquisa - chegasse às diretrizes, objetivos e metas do Plano Municipal de DesenvolvimentoSustentável, Integrado e Solidário de Agricultura Urbana. Um caminho bastante diferente dohistórico da cidade em relação às iniciativas isoladas de agricultura urbana, que não tiveramcontinuidade e nem foram monitoradas e sistematizadas. A memória dessas experiências estáfragmentada entre os atores envolvidos, naquele dado momento, dificultando o acesso aosdocumentos de registro.

A ação mais recente foi realizada entre 2012 e 2014 pela Secretaria de DesenvolvimentoAgrário do Estado Ceará. O projeto foi implantado na Região Metropolitana de Fortaleza, apartir da Lei Municipal 9443, em uma ação conjunta com o Ministério do DesenvolvimentoSocial, através do Programa Fome Zero; Secretaria de Desenvolvimento Econômico da

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Prefeitura de Fortaleza e o Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará.Entretanto, ambos os parceiros locais se retiraram antes do início das atividades, após osinúmeros atrasos nos repasses financeiros e no cronograma operacional. A saída do NEPAU –Núcleo de Ensino e Pesquisa de Agricultura Urbana da UFC ocorreu pela inoperância,descompromisso e ausência de autonomia dos gestores do projeto. A avaliação de resultadosentregue ao MDS confirma que a ausência de marco institucional e, consequentemente, ainexistência de autonomia e recursos próprios, gera metas tímidas e inviabiliza a implantaçãode políticas, planos, programas e projetos que contemplem a potencialidade da agriculturaurbana, enquanto estratégia pública de enfrentamento aos desafios sociais, econômicos eambientais. A iniciativa foi suspensa por falta de resultados, os equipamentos e ferramentasestão dispersos entre órgãos públicos e produtores isolados e, os objetivos não foramcumpridos. Mais uma iniciativa pontual, efêmera, que começa de forma equivocada e terminasem gerar frutos.

A conexão entre a Agricultura Urbana e a Reforma Urbana, prevista no Estatuto da Cidade,demonstra o quanto é necessário avançar na construção de novos instrumentos urbanísticospara que de fato e por direito, ocorra à democratização do acesso à terra urbana. Para isso éfundamental dispor de políticas que induzam a ocupação produtiva dos vazios urbanos egarantam tanto a manutenção quanto a ampliação de áreas verdes que propiciem a recriaçãoe o uso de novos espaços comunitários. A construção de sistemas de produção agroecológicosdepende da realidade especifica de cada local, entretanto, é imprescindível assegurar osseguintes aspectos: Redução da dependência de insumos comerciais; Utilização dos recursos renováveis e disponíveis no local; Conscientização para a reciclagem de nutrientes; Introdução de espécies que criam diversidade funcional no sistema; Implementação de sistemas adaptados às condições locais, para o máximo

aproveitamento dos microambientes; Manutenção da diversidade; Conservação e resgate da diversidade genética local; Otimização dos rendimentos, sem ultrapassar a capacidade produtiva do ecossistema; Valorização e resgate dos conhecimentos e da cultura local.

O Plano Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Integrado e Solidário de AgriculturaUrbana irá disponibilizar Programas, Projetos e Ações que estimulam a produção orgânica dealimentos, incentivando o plantio nas áreas ociosas de hortaliças, ervas medicinais, ervasaromáticas, plantas ornamentais e frutíferas, criação de pequenos e médios animais eagroempreendedorismo. Os alimentos produzidos serão destinados para o autoconsumo etambém para abastecer as Cozinhas Comunitárias, os Restaurantes Populares, o Programa deAquisição de Alimentos e para venda do excedente no mercado local. O público alvo da ação é,preferencialmente, a população que se encontra em vulnerabilidade social e insegurançaalimentar e nutricional - identificada no cadastro único dos programas sociais do GovernoFederal com uma renda média de R$ 70,00 (setenta reais) por pessoa e as comunidades das 06áreas municipais destinadas à implantação das Fazendas Urbanas.

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Público Alvo

Direto Moradores das comunidades inseridas no Programa Fazendas Urbanas; previamente

alocadas nas 06 regionais do município de Fortaleza, identificadas nos seguintesbairros: Messejana, Passaré, Jangurussu, Itaperi, Manuel Dias Branco e Siqueira; emáreas com urbanizações de baixa densidade e uso potencial para a agricultura urbana.

Bairro Manoel Dias BrancoFazenda Piloto – Comunidade Gengibre Bairro Itaperi

Bairro Messejana Bairro Jangurussu

Bairro Siqueira Bairro Passaré

Escolas municipais de Fortaleza (alunos, familiares e comunidades da vizinhança)inseridas no Programa de Horta Escolar.

Indireto

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Organizações e Movimentos Sociais que atuem com foco em geração de renda,segurança alimentar, educação ambiental, economia criativa e solidária, resíduossólidos orgânicos, inclusão social de minorias e cultura de paz.

Grandes linhas de Ação

A Agricultura Urbana é uma ferramenta de gestão urbana e ambiental com atuação emdimensões que perpassam a redução da pobreza, a segurança alimentar e nutricional (SAN), odesenvolvimento econômico local e solidário, a equidade de gênero e a melhoria da qualidadeambiental das cidades. Benefícios como geração de emprego e renda, desenvolvimentocomunitário e social, alimentação saudável com mais hortaliças e sem contaminação poragrotóxicos, ações educativas, práticas ocupacionais e terapêuticas e requalificação ambientalde áreas urbanas ociosas ou degradas são oportunidades a serem exploradas pelas políticaspúblicas de Agricultura Urbana.

1) Desenvolvimento Urbano Territorial

2) Promoção da Agricultura Urbana Agroecologica

3) Educação Ambiental e Alimentar

4.2 Plano de AçãoEm anexo

Marcos Regulatórios

Legislação Municipal

LEI Nº 9443 DE 28 DE JANEIRO DE 2009Institui o Programa Municipal de Agricultura Urbana e Periurbana

de Fortaleza e dá outras providências.FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA APROVOU E EU SANCIONO A

SEGUINTE LEI:

Art. 1º - Fica instituído o Programa Municipal de Agricultura Urbana e Periurbana de Fortaleza.

§ 1º - Para os fins desta lei, entende-se por agricultura urbana e periurbana o conjunto deatividades relacionadas com o cultivo de hortaliças, plantas medicinais, flores, fruteiras,culturas anuais e produção demudas, bem como a criação de animais de pequeno porte,piscicultura e a produção artesanal de alimentos e bebidas para o consumo humano, nas zonasurbanas e periurbanas de Fortaleza.

§ 2º - As áreas urbanas, com possibilidade de integrarem o Programa Municipal de AgriculturaUrbana e Periurbana, serão terrenos ociosos, de propriedade do Município de Fortaleza,e

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terrenos particulares ociosos, que venham a ser cedidos temporariamente por seusproprietários.

§ 3º - Não serão objeto de implantação do programa as áreas públicas de uso especial e de usocomum do povo.

Art. 2º - São objetivos do Programa Municipal de Agricultura Urbana e Periurbana deFortaleza:

I -ampliar as condições de acesso à alimentação e à disponibilidade de alimentos para osconsumidores de baixa renda;

II -apoiar a agricultura popular e a economia solidária;

III - combatera fome e a desnutrição;

IV - gerar emprego e renda, especialmente através da agregação de valor aos produtos;

V - promovera inclusão social;

VI - melhorar o meio ambiente urbano, mediante a recuperação e conservação dos espaçosociosos; VII - incentivar a produção para o autoconsumo, o associativismo e o agroecoturismo;

VIII - incentivar a produção e o uso adequado das plantas medicinais, conforme a legislaçãovigente;

IX - estimular práticas de cultivo, criação e processamento dos alimentos que previnam,combatam e controlem a poluição e a erosão em quaisquer de suas formas, conservem o meioambiente e tenham como referência a agricultura sustentável;

X- estimular práticas que evitem, minimizem, reutilizem, tratem e disponham adequadamenteos resíduos poluentes, perigosos ou nocivos ao meio ambiente, à saúde humana e ao bem-estar público;

XI - promover a realização de diagnósticos urbanos participativos.

Art. 3º - O Programa Municipal de Agricultura Urbana e Periurbana de Fortaleza contemplará:

I - a produção local de alimentos em bases agroecológicas;

II - a política de microcrédito;

III - a garantia de capacitação, assistência técnica e pesquisa pública, direcionadas ao bomdesempenho do programa;

IV - o incentivo para formação de cooperativas de produção e comercialização dos produtos;

V - as formas e os instrumentos de agregação de valor aos produtos;

VI - a criação de centrais de compra e distribuição na periferia da cidade;

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VII - a aproximação de produtores e consumidores do Município e da Região Metropolitana deFortaleza;

VIII - o estimulo à comercialização dos produtos da agricultura urbana e periurbananosequipamentos públicos municipais existentes, tais como feiras-livres e mercados públicosmunicipais e nos locais de produção;

IX - a compra de produtos do programa para abastecimento das escolas públicas, creches,asilos, restaurantes populares, hospitais e entidades assistenciais;

X - a produção pesqueira na zona litorânea e continental, em consonância coma legislaçãovigente;

XI - a criação de selo de identificação de origem e qualidade dos produtos da agriculturaurbana e periurbana;

XII - a promoção de campanhas educativas para incentivar o consumo dos produtos daagricultura urbana no Município de Fortaleza.

Art. 4º - São beneficiários prioritários do Programa Municipal de Agricultura Urbana ePeriurbana de Fortaleza as famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional.

Art. 5º - Os interessados deverão realizar consulta junto à Secretaria de DesenvolvimentoEconômico (SDE), quanto à disponibilidade de terrenos públicos e particulares apropriadospara a implementação do Programa Municipal de Agricultura Urbana e Periurbana deFortaleza.

Art. 6º - Compete à Comissão de Assessoria e Controle do Patrimônio Imobiliário Municipal(CAP) manter banco de dados dos terrenos públicos e particulares, bem como cuidar dosdevidos trâmites legais junto à Procuradoria Geral do Município, acerca da ocupaçãopretendida para os fins legais desta lei.

Art. 7º - A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) poderá fazer uso de incentivosfiscais do Programa de Incentivos aos Arranjos Produtivos Locais para o Desenvolvimento doMunicípio de Fortaleza (PRODEFOR), instituído pela Lei Complementar nº 0035/2006,deacordo com regulamentação específica.

Art. 8º - Na implantação do programa serão priorizadas as entidades que apresentarem maiortempo comprovado de trabalho em ações comunitárias e sociais e que desenvolvam atividadesrelacionadas à agricultura Urbana e Periurbana no Município de Fortaleza.

Art. 9º - O cidadão, grupo ou entidade, que assumir uma área para implantação do programa,e não implementá-la no prazo previsto, ou abandoná-la sem a devida autorização da SDE, nãoterá direito a pleitear outra área ou a se inserir em outro grupo durante o período mínimo de 2(dois) anos.

§ 1º - A seleção dos beneficiários ficará a cargo do Comitê de Agricultura Urbana (CAU),vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), formado por técnicos das

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Secretarias envolvidas: SDE - 2 membros: SEMAM - 1 membro, SEDAS - 1membro; CASSIS - 1membro; SMS - 1 membro; e 1 (um) representante das entidades referidas no art. 6º desta lei.

§ 2º - O CAU, presidido por um dos representantes da SDE, através de seu regimento interno,que definirá todas as suas normas de funcionamento, aprovado por decreto do chefe do PoderExecutivo.

Art. 10 - A entidade interessada na instalação do Programa Municipal de Agricultura Urbana ePeriurbana nos terrenos de propriedade do Município deverá solicitá-la, por escrito, àSecretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SDE).

§ 1º - A permissão de uso far-se-á na forma do disposto art.109 da Lei Orgânica do Município.

§ 2º - Em caso de inviabilidade sanitária, econômica ou ambiental da utilização do terrenomunicipal ocioso para instalação do programa, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico(SDE) responderá, por escrito, à solicitação referida no caput, fundamentando os motivos dadenegação da permissão, no prazo de 60 (sessenta) dias.

Art.11º - Os terrenos particulares ociosos poderão ser integrados ao Programa Municipal deAgricultura Urbana e Periurbana, mediante o consentimento expresso de seu proprietário,formalizado através de comodato firmado entre o proprietário e a entidade que administrará ocultivo no respectivo terreno adequando às atividades da agricultura urbana e periurbana.

Parágrafo Único - O contrato de comodato será por prazo determinado, com possibilidade derenovação conforme a vontade das partes.

Art. 12º - O Poder Executivo Municipal auxiliará a implantação, o acompanhamento, omonitoramento e a avaliação do Programa Municipal de Agricultura Urbana e Periurbana deFortaleza, podendo, para tal, estabelecer parcerias com organizações não governamentais,universidades e outras instituições de ensino, pesquisa e extensão, que atuem em Fortaleza.

Art.13º - A entidade deverá zelar pela limpeza do terreno cedido, mantendo-o livre de focosde doenças, não se impondo quais quer ônus ao proprietário.

§ 1º - As benfeitorias do terreno, eventualmente realizadas e custeadas pela entidadeadministradora do programa, serão revertidas gratuitamente ao proprietário do terreno, comoforma de incentivo.

§ 2º - Havendo descumprimento, pela entidade, da obrigação de zelar o terreno, ou multasdecorrentes, o proprietário terá direito de ressarcimento das mesmas pela entidade.

Art. 14º - O Poder Executivo Municipal deverá adotar providências no sentido de que osprincípios básicos da agroecologia sejam incluídos no conteúdo de algumas disciplinas da redede ensino pública municipal, a critério do órgão competente.

Art. 15º - Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a firmar parcerias e convênios com aUnião, com o Estado, com outros Municípios, com cooperativas de trabalho, com as micro,pequenas, médias e grandes empresas, bem como entidades nacionais e estrangeirasafins,para alcançar os objetivos previstos nesta lei.

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Art. 16º - As despesas decorrentes da execução desta lei ocorrerão à conta das dotaçõesorçamentárias próprias consignadas no orçamento; suplementadas, se necessários.

Art. 17º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.

PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, em 28 de janeiro de 2009.

Pontos de reflexão sobre as Leis Federal e Municipal (fortaleza)

Na lei Federal, o artigo 3 diz: A agricultura urbana deverá estar prevista nos institutosjurídicos, tributários e financeiros contidos no planejamento municipal, especialmentenos planos diretores ou nas diretrizes gerais de uso e ocupação do solo urbano, com oobjetivo de abranger aspectos de interesse local e garantir as funções sociais dapropriedade e da cidade. A lei municipal não resgata a função social da propriedade enão institucionaliza os aspectos jurídicos, tributários e financeiros a partir dosinstrumentos de gestão pública: Planejamento Municipal; Plano Diretor e Diretrizes deUso e ocupação do Solo Urbano;

Na lei Federal, o Artigo 4 diz: A Política Nacional de Agricultura Urbana será planejadae executada de forma descentralizada e integrada às políticas sociais e dedesenvolvimento urbano, e implementada mediante a cooperação entre a União, osestados e os municípios. Na lei Municipal as ações estão centralizadas na SDE – com acriação do Centro de Agricultura Urbana e um comitê gestor que não estão em vigorna atual administração pública – o que implica na ausência do Programa de AUP.

Na lei Federal, o artigo 5 diz: O Governo federal, em articulação com os estados emunicípios, empreenderá as seguintes ações para a consecução dos objetivosprevistos nesta Lei: I – apoiar os municípios na definição de áreas aptas aodesenvolvimento de agricultura urbana. Entretanto, a lei Municipal deixa a cargo dosinteressados a identificação das áreas e a submissão da escolha ao parecer do ComitêGestor. Não há diretrizes para identificação dos terrenos ociosos públicos e nemprivados.

A lei Municipal fala em cessão do terreno privado em regime de comodato – por prazodeterminado; cuja qualquer benfeitoria será transferida sem custos ao proprietárioapós o término do prazo de uso. A lei Federal não faz esse tipo de restrição.

Adequação de Modelo InstitucionalMarcos Legais, Normativos e Institucional:

1) Alterar a Lei Nº9443/2009 que institui a Política Municipal de Agricultura Urbana Lei Nº9443/2009 alterada e alinhada ao Plano Municipal de Desenvolvimento

Sustentável, Integrado e Solidário de Agricultura Urbana; Marco Institucional regulamentado; Fonte orçamentária definida

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2) Incluir o Plano de Agricultura Urbana no Marcos Regulatórios e Aspectos TributáriosMunicipais A agricultura urbana inserida no Plano Diretor, Estatuto da Cidade, Plano

Ambiental do Município, Lei de ocupação e Uso de Solo e Legislação Tributária; A agricultura urbana classificada como atividade com finalidade produtiva e

econômica; O agricultor urbano é considerado um profissional desta categoria; O agricultor urbano pagando o INSS, garantindo sua aposentadoria; A agricultura urbana classificada como uma atividade econômica emergente e

com subsídios nas taxas públicas;

3) Estabelecer Marco Institucional Ter aplicado os dispositivos legais para a criação de personalidade jurídica -

autarquia (art.37, inciso XIX da Constituição Federal, descrito na EmendaConstitucional 19/98);

Regimento do Instituto Municipal de Agricultura Agroecologica , com marcosconceituais construídos;

Garantia de autonomia Incidência Política e Controle Social

4) Garantir a Gestão Democrática e Participativa Promoção da multifuncionalidade política, social, cultural, econômica e

ambiental da agricultura urbana como base para o desenvolvimento epromoção de ações intersetoriais;

Construção do Conselho Consultivo Setorial - a partir do Fórum da AgriculturaUrbana Agroecólogica;

Promoção do diálogo tripartite; Emponderamento e participação dos agricultores urbanos independentes Realização de Reuniões Trimestrais

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4.2 Plano de Ação

DESENVOLVIMENTO URBANO TERRITORIAL

AÇÕES METAS INDICADORES EXECUÇÃO RESPONSÁVEIS CUSTOESTIMADO

FONTES DE RECURSOS

Identificação e Regulamentação dos Espaços Públicos e Privados

Criar o Fórum daAgricultura Urbana

Apresentar o Plano deAgricultura Urbana para osórgãos que respondempela: Gestão Territorial ;Uso e Ocupação do Solo ;Regularização Fundiária,Ação Social, RecursosHídricos , Meio Ambiente eDesenvolvimentoEconômico

Instituir o Fórum daAgricultura Urbana

Garantir a intersetorialidadee intragovernabilidade doInstituto de AgriculturaUrbana Agroecológica

Promover a governançaparticipativa e transparente

Instrumento oficial coletivocontendo a descrição física,estrutural e ambiental dasáreas aptas à agriculturaurbana e perfil de entrada noPrograma Fazendas Urbanas

Aprovação do MapaEspacial da AgriculturaUrbana em Fortaleza;

Os locais da Fazenda Urbanasregularizados em termo decessão, escritura ou termo dedoação;

Os produtos fitossanitáriosutilizados estão de acordocom a Lei 10.831/2003 queregulamenta a agriculturaorgânica;

PMFInstituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

Parceiros Potenciais:

PNCF - Programa Nacional de CréditoFundiário

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com a criação do ConselhoConsultivo Setorial

Definir as características eexigencias dos espaçosurbanos destinados aAgricultura _ contemplandoas condições mínimasambientais, de recursosnaturais, de infraestrutura eperfil de entrada para asfazendas urbanas;

Mapear a cidade a partirdas características definidase identificar/ aprovar asáreas e espaços que serãodestinados a AgriculturaUrbana

Promover o esverdeamentoda Cidade

Garantir o uso responsáveldos Recursos Naturais

Assegurar a disponibilidadede recursos hídricos

Os produtos da agriculturaurbana recebem tratamentodiferenciado em relação àfiscalização sanitária ecertificações;

Ocupação sustentável eprodutiva de espaçossocioambientais degradados eáreas economicamentedeprimidas

Controle de uso dos recursosnaturais

Cidade mais verde

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ARTICULAÇÃO, INTERLOCUÇÃO E PARCERIAS

Articular ParceriasPúblicas

Identificar os Programascorrelatos às diretrizes doPlano Municipal deAgricultura Urbana,priorizando as açõesvoltadas para SegurançaAlimentar, Agricultura eDesenvolvimentoEconômico Local

Priorizar a transferência derecursos financeiros

Articular parcerias econvênios com osProgramas selecionados

Implantar as parcerias nosProgramas e Projetos deAgricultura Urbana

Planilha dos Programascontendo objetivos, ações econtato responsável;

Convênios assinados entre oInstituto de AgriculturaUrbana Agroecológica e oórgão responsável peloPrograma

Programas implantados nasações do Instituto

Fortalecimento institucional efinanceiro do Instituto

Multifuncionalidade daAgricultura Urbana

Integração dos Programas eProjetos das 03 esferaspúblicas

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

Parceiros Potenciais:Programas da SecretariaNacional de SegurançaAlimentar e Nutricional(Sesan);

Ministério doDesenvolvimento Agrário

(MDA)

Fundo Nacional deDesenvolvimento daEducação (FNDE)

Ministério do Trabalho eEmprego (MTE)

Programas da SecretariaNacional de EconomiaSolidária (SENAES)

Secretaria de Políticas deDesenvolvimento Regional(SDR)

Programa Fomento doTurismo de Base Local Mtur

EstabelecerParcerias comOrganismos deCooperação

Identificar os Programas dosOrganismos de CooperaçãoInternacional correlatos asdiretrizes do Plano

Planilha dos Programascontendo objetivos, ações econtato responsável;

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

Parceiros potenciais:Fundo Internacional deDesenvolvimento Agrícola(FIDA)

Agência Canadense para o

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Internacional Municipal de AgriculturaUrbana, priorizando asações voltadas paraSegurança Alimentar,Agricultura eDesenvolvimentoEconômico Local

Articular parcerias econvênios com osProgramas selecionados

Priorizar a transferência derecursos

Implantar as parcerias nosProgramas e Projetos deAgricultura Urbana

Convênios assinados entre oInstituto de AgriculturaUrbana Agroecológica e oórgão responsável peloPrograma

Programas implantados nasações do Instituto

Fortalecimento institucional efinanceiro do Instituto

Multifuncionalidade daAgricultura Urbana

DesenvolvimentoInternacional (CIDA)

Agência dos EstadosUnidos para oDesenvolvimento

Internacional (USAID)

Banco Internacional paraReconstrução eDesenvolvimento (BIRD)

Fundo de População dasNações Unidas (UNFPA)

Fundo das Nações Unidaspara a Infância(UNICEF)

Groupe de Recherches EtD’échanges

Technologiques (GIZ)

Programa das Nações Unidaspara o Desenvolvimento(PNUD)

JICA - Agência deCooperação Internacional doJapão

COMISSÃO EUROPÉIA

FOUNDATION FORAGRONOMIC RESEARCH,INC.

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Promoção da Agricultura Urbana Agroecológica

AÇÕES METAS INDICADORES EXECUÇÃO RESPONSÁVEIS CUSTOESTIMADO

FONTES DE RECURSOS

FOMENTO A AGRICULTURA URBANA AGROECOLOGICA

Definir e implantaras modalidades deAgriculturaUrbanaAgroecológica

Elaborar princípios, diretrizese características dasseguintes modalidades:Fazenda UrbanaHorta EscolarPomares PúblicosCentro de MudasCorredores verdes

Apoiar as ações privadas deagricultura urbana que nãose enquadrem nasmodalidades acima

Incentivar a ocupaçãoprodutiva de armazéns eprédios abandonados

Garantir a transversalidadeda Agricultura Urbana

Modalidades de AgriculturaUrbana definidas

Processo de implantação dasModalidades

Projeto Piloto Fazenda Urbanado Gengibre

Melhor distribuição territorialde oportunidades de geraçãode trabalho e renda

Definição dos locais deimplantação dos corredoresverdes

Relação das EscolasMunicipais interessadas naimplantação de Horta Escolar

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

Parceiro Potencial:

PRONAF MDS

Ministério da Agricultura

PNAE – Ministério daEducação

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Incluir as políticas dedesenvolvimento territorialequitativo e de circulação deriqueza local

Promover o equilíbrioambiental

Garantir o uso responsáveldos Recursos Naturais

Relação dos armazéns eprédios disponíveis parainiciativas de agriculturaurbana

Inclusão social produtiva

Qualidade ambientalmelhorada: redução das ilhasde calor, umidificação do ar,redução da erosão, aumentoda permeabilidade do solo,uso sustentável dos recursosnaturais e esverdeamento dacidade

Instituir Linhas deCrédito eFinanciamento

Elaborar a política queapoiará o crédito sem finslucrativos e o financiamentodas ações e atividades daAgricultura Urbana

Definir critérios deelegibilidade e condições definanciamento – quanto aosbeneficiários e unidades deprodutivas

Consolidar a estratégia dodesenvolvimento social

Política de Crédito eFinanciamento, baseada nocrédito orientado e comagentes de créditoqualificados;

Crédito e financiamentoasseguram o desenvolvimentosocial das ações de agriculturaurbana, promovendo aformação de cooperativas eassociações; pequenosnegócios e plantio;

PMFInstituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

Parceiros Potenciais:

Banco do Nordeste doBrasil S/A (BNB)

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Apoiar a formação decooperativas, associaçõesagrícolas e pequenosnegócios inclusivos

Atuar com CréditoOrientado, através dosAgentes de Crédito

Capital social fortalecido;

Implantar Projetode Acesso aosInsumos, Mudas,Sementes eEquipamentos

Elaborar o Projetopriorizando as articulações eparcerias;

Articular Políticas Fiscais deIncentivo a aquisição;

Fechar parcerias com o setorpúblico e empresas privadaspara o fornecimento dosmateriais de formacompetitiva;

Aquisição de sementes emudas de qualidade eadaptadas às característicasda área de plantio

Criação de um Centro deMudas e Sementes

Levantamento dasnecessidades de cadaFazenda Urbana para a

elaboração de estratégiasespecificas

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

Parceiro Potencial:

PRONAF MDSPrograma Nacional deSementes e Mudas para aAgricultura Familiar;Programa Mais AlimentosPrograma CusteioPrograma AgroecologiaPrograma Mulher

EMBRAPA

ConstruirMecanismos deLogísticaSustentável

Elaborar mecanismos defluxo dos produtosconsiderando a proteçãoambiental, a justiça social edesenvolvimento econômicoequilibrado para definir

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

Conselho

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estratégias de:

Armazenagem, redução dadistancia de circulação eDistribuição

ConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

ImplantarProjeto de

Comercialização

Elaborar o Projetocontemplando os fatoreseconômicos; mercadológicose comportamentais, oscanais de venda

Articular mecanismos pararedução de impostos

Integrar os programas decompra governamentais,

Incluir os produtos orgânicoslocais nas ações de educaçãoalimentar e nutricional doPNAE

Articular parcerias com osetor privado para aquisiçãodos produtos com ênfase nocircuito curto decomercialização

Promover e agregar valor

Projeto elaborado

Canais de vendas definidos

Convênios de comprasassinadocom o setor público eempresas

Aumento do consumo deprodutos orgânicos frescos

Campanhas educativas sobrealimentação saudável

Certificação dos produtosoriundos da AgriculturaUrbana

Economia local dinamizada

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

Potenciais Parceiros:

Garantia safra

PAA – programa de Aquisiçãode Alimentos

PNAE – Ministério daEducação

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aos produtos da AgriculturaUrbana – ações de educação,comunicação e marketing

Implantar ProjetodeAgroempreendedorismo

Articular parceria com oSebrae local para arealização do CursoPlanejamento eAdministração de Negóciospara Produtores

Capacitar os produtores naelaboração de Planos deNegócios

Promover a inserção deprojetos deagroempreendedorismo nasRedes de Incubadoras

Incentivar oempreendedorismocomunitário;

Realizar oficinas técnicascom foco nos aspectosnutricionais, aproveitamentodos alimentos earmazenagem;

Economia local dinamizada

Pequenos negóciosfortalecidos

Convênio para formação egestão de pequenos negócios

Transferência de tecnologiapara o aproveitamento dosalimentos

Transferência de tecnologiapara o beneficiamento dealimentos

Circulação de riqueza local

Geração de emprego, trabalhoe renda

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

Potenciais Parceiros:

SEBRAE

SUASA - Sistema Unificado deAtenção à Sanidade Animal

Terra Sol

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Estimular os agentespúblicos e privados para aaquisição dos produtos;

FORMAÇÃO DE AGROECOLOGICA DE AGRICULTORES URBANOS

Elaborar eImplantar Projetode Capacitação emAgriculturaUrbanaAgroecológica

Articular parcerias, com:

SEBRAE para a aplicação doPAIS – ProduçãoAgroecologica Integrada eSustentável

NEPAU – Núcleo de Ensino ePesquisa de AgriculturaUrbana da UFC

NEPSSA – Núcleo de Estudose Práticas Permaculturais doSemiárido da UECE

SENAR –CE Serviço Nacionalde Aprendizagem Rural

Construir coletivamente oPlano de Capacitação dosAgricultores Urbanos

Parcerias estabelecidas

Projeto de Capacitação dosAgricultores

Implantação do Projeto nasFazendas Urbanas

Reaplicação do Projeto emoutras modalidades deAgricultura Urbana

Formação de multiplicadores

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

Parceiros deCapacitação

Parceiros Potenciais:

Fundação Banco doBrasil (FBB)

PROGER – Programa deGeração de Trabalho eRenda; recursos do FAT

Ford Foundation

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Agroecologicos

Implantar o Plano deCapacitação

Formar Agricultores Urbanoscom base agroecológica

ConstruirConvênios paraAssistênciaTécnica

Assinar convênios com:

NEPAU – Núcleo de Ensino ePesquisa de AgriculturaUrbana da UFC

EMATER CE – Empresa deAssistência Técnica eExtensão Rural

Garantia de assistência técnicaas Fazendas Urbanas

Oferta diferenciada paraoutras modalidades deAgricultura Urbana

Formação de assistentes locais

Implantação de técnicas deagroecologia

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

Implantar oProjeto deTransferência deTecnologias

Construir o Projeto com focoem tecnologias sociais,ambientais, econômicas,Educacional, da informaçãoe ciências aplicada;

Identificar e articularparceria para o uso de águas

Projeto Transferência detecnologias

Intercâmbio de Conhecimento

Orientação técnica

Melhora no processo e

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para a

Parceiros Potenciais:

Banco Nacional deDesenvolvimento Econômicoe Social(BNDES)

Programa Eco – PRONAF MDS

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residuais tratadas e de chuva

Desenvolver ações depesquisa e aplicação deagentes de biocontrole

Promover a recuperação dosagrossistemas e dabiodiversidade

Identificar tecnologiascomplementares aodesenvolvimento sustentávele integrado da AgriculturaUrbana

sistema de produção ecomercialização

Aproveitamento sustentáveldos recursos naturais

Promoção daAgriculturaUrbana

PROGRAMA FAZENDAS URBANAS

RealizarDiagnósticoSocioambientaldas áreasespecíficas

Mapear stakeholders dascomunidades e do entornoNos bairros: Manoel DiasBranco; Siqueira, Messejana;Itaperi; Passaré e Jangurussu

Mapear os aspectos sociais eeconômicos

Diagnóstico concluído com aidentificação das necessidadesdos problemas prioritários esuas causas, recursos locais,realidade ambiental,potencialidades e liderançasformais e informais.

Construção do cronogramadas próximas atividades

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

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Mapear os aspectosambientais

Implantar Projetode MobilizaçãoSocial

Realizar Oficina deSensibilização para aconstrução coletiva da ideia-força: Plantar, Colher eComer, abordando osconceitos de AgriculturaFamiliar, sustentabilidade,segurança alimentar e bemcomum

Apresentar o ProgramaFazenda Urbana

Aplicar Questionário Perfilde Entrada/ áreas de plantioindividual, familiar e coletiva

Eleger de formaparticipativa a ComissãoGestora Local

Formar Comitês Locais deMobilização; EducaçãoAmbiental; Meio Ambiente;Resíduos Orgânicos eAgroempreendedorismo

Construir coletivamente o

Disseminação dos conceitosde Agroecologia, AgriculturaUrbana, Agricultura Familiar,Reeducação Alimentar eorganização social;

Construção do imagináriocoletivo: plantar, colher ecomer;

Debate com metodologiaparticipativa sobre o ProgramaFazenda Urbana e construçãodo modelo adequado ao local

Identificação e classificação doperfil dos moradores;

Definição da Comissão e dosComitês

Cronograma operacional deimplantação da Fazenda

Construção de vínculos depertencimento, integraçãocomunitária e fortalecimentodos laços familiares;

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

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Cronograma Operacionalcom Ações e Atividades Inclusão social produtiva

Aplicar Projeto deEducaçãoAmbiental

Realizar Oficinas Temáticassobre Meio Ambiente;Profilaxia e ResíduosOrgânicos;

Realizar mutirões para alimpeza das áreas erecuperação de fonteshídricas existentes;

Formação de sujeitosecológicos

Redução dos resíduospoluentes

Redução da dependência deinsumos externos para aprodução

Reeducação alimentar

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

Aplicar osProgramas eProjetos e Açõesdo PlanoMunicipal deDesenvolvimentoSustentável,Integrado eSolidário deAgriculturaUrbana

Programa de Capacitação emAgricultura UrbanaAgroecológica

Projeto de Acesso aosInsumos, Mudas, Sementes eEquipamentos,

Assistência Técnica

Projeto de ComercializaçãoProjeto de Transferência deTecnologia

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

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Projeto deagroempreendedorismo

Implantar ProjetoPilotoFazenda UrbanaAgroecológica doGengibre

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

SERGIO ONDE VAMOS ENCAIXAR OS TÓPICOS ABAIXO

Transversalidade da Agricultura Urbana Agroecologia

AÇÕES METAS INDICADORES EXECUÇÃO RESPONSÁVEISCUSTO

ESTIMADO FONTES DE RECURSOS

INTEGRAR AS DEMANDAS SOCIAIS

Utilizar os Espaçosde AgriculturaUrbana paraContribuir com osDesafios Sociais doSetor Público

Promover a inclusão depúblicos vulneráveis

Apoiar a inserção produtivade jovens e idosos;

Promover mutirões paraconstruir vínculosterritoriais e de

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção da

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pertencimento;

Fortalecer laços familiares ea coesão comunitária;

Dar visibilidade positiva ascomunidades vulneráveis

Reduzir os índices deviolência doméstica

AgriculturaUrbana

Compatibilizara AgriculturaUrbana asDemandas daSociedade Civil

Incluir a Agricultura Urbanacomo espaço para ocumprimento de medidassocioeducativas

Promover o caráter didáticoe lúdico da AgriculturaUrbana

Incentivar o cooperativismo,o trabalho participativo

Exercitar a cidadania

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

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PROMOVER O DESENVOLVIMENTO DE NOVAS ECONOMIAS

Incentivar aPrestação de NovosServiçosdecorrentes daAgricultura Urbana

Promover oempreendedorismo

Novas oportunidades detrabalho, emprego e renda

Aumento da circulação dariqueza local

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

Promover aEconomia Criativae Solidária

Turismo socialAgroturismoGastronomia

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

INTEGRAR A POLÍTICA MUNICIPAL DE RESIDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS

Articular parceria com a Instituto de

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Promover ColetaSeletiva deResíduos Orgânicos

Ecofor Ambiental

Articular parceria com osstakeholders do entornoque produzam grandequantidade de resíduosorgânicos, exemplos:supermercados e shoppingCenter - Aplicar a PolíticaNacional de ResíduosSólidos, balizada pela Lei12305/2010 –responsabilidadecompartilhada sobre acadeia do lixo

Elaborar as estratégias decoleta e transporte para opátio de compostagem comfoco na redução dedistancias e na participaçãosocial

Envolver a vizinhança naseparação e aproveitamentodo lixo orgânico

Promover o controlesanitário e ambiental

AgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

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Reduzir os vetores dedoenças – roedores einsetos

Promover oemponderamento, aparticipação e a valorizaçãoda comunidade

Intensificar o uso dematerial reciclável(embalagens) nas atividades

Instalar Unidadesde CompostagemOrgânica nasFazendas Urbanas

Aplicar a Política Nacionalde Resíduos Sólidos,balizada pela Lei12305/2010.

Elaborar tecnicamente oprocesso de implantaçãodas usinas de compostagem

Legalizar as usinas decompostagem junto aosórgão publicos

Realizar treinamento nascomunidades

Construir o pátio decompostagem

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

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Garantir assistência técnicapara as usinas

Produzir adubo orgânico

Aumentar a renda familiar

Estimular oempreendedorismo

Construir pactossocioambientais com poderpúblico, setor privado esociedade civil

Reduzir os custos municipaiscom cadeia de coleta eaterramento do lixo urbano

Melhorar a qualidade dosolo urbano

Estimular o aprendizado dascrianças em relação ao valordo lixo

INTERCONEXÃO COM AÇÕES DE PROMOÇÃO DA CULTURA MATERIAL E IMATERIAL

Reconhecer e Promover a troca de saberes Instituto de Parceiro Potencial:

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valorizar aspráticastradicionais e ossaberes locais

e o conhecimento

Resgatar o valor daagricultura

Promover o intercâmbioentre cidade e campo

Integrar a experiênciapopular de uso e manejo deplantas e ervas medicinais earomáticas

Valorizar as receitasfamiliares e tradicionais

AgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivo

Setorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

Ministério da Cultura

Apoiar iniciativasde AgriculturaUrbana integradasa valorização dacultura

Introduzir aspectosculturais, como: rituaispopulares de plantio,celebração da colheita,

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

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ARTICULAR AÇÕES DE SAÚDE PREVENTIVA

Aplicar Projeto deEducaçãoAmbiental

Realizar oficinas deprofilaxia

Estimular a mudança dehábitos de higiene

Reduzir o sedentarismo estress

Promover o controlesanitário e ambiental

Reduzir os vetores dedoenças – roedores einsetos

Estimular a terapiaocupacional para diabéticose hipertensos

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

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Promover aSegurançaAlimentar eNutricional

Realizar oficinas paraaproveitamento dosalimentos e mudança dehábitos alimentares

Aumentar a oferta dealimentos saudáveis

Reduzir as despesas comalimentação saudável

Reeducação alimentar

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

ConselhoConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

Parceiro Potencial:

Ministério da Saúde

Programas da SecretariaNacional de SegurançaAlimentar e Nutricional(Sesan);

Educação Ambiental e Alimentar

AÇÕES METAS INDICADORES EXECUÇÃO RESPONSÁVEIS CUSTO ESTIMADO FONTES DE RECURSOS

PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM BASE AGROECOLOGICA

Elaborar eimplantar Projetode EducaçãoAmbiental comfoco emagroecologia

Construir o Projeto deEducação AmbientalAgroecológica com enfoquehumanístico, sistêmico,democrático e participativo;

Projeto de EducaçãoAmbiental Agroecologica;

Instituto deAgriculturaUrbanaAgroecológica

Conselho

Parceiro Potencial:

FunBEA Fundo Brasileirode Educação Ambiental

Ministério do MeioAmbiente

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a ética, educação, saúdepública, comunicação,trabalho e práticassocioambientais;

Promover o pluralismo deideias e concepçõespedagógicas, na perspectivada multidisciplinaridade,interdisciplinaridade etransdisciplinaridade;

Promover o diálogo,alteridade, solidariedade,corresponsabilidade ecooperação entre todos ossetores sociais;

Abordagem articulada dasquestões socioambientaislocais, regionais, nacionais eglobais.

Incentivar à participaçãocomunitária ativa,permanente e responsávelna proteção, preservação econservação do equilíbrio domeio ambiente,

Implantar o Projeto nas

ConsultivoSetorial para aPromoção daAgriculturaUrbana

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Fazendas Urbanas , HortaEscolar e outras modalidadesprevistas

Apoiar iniciativas,programas e açõesque dinamizem aformaçãoprofissionalagroecológica

Formação de educadoresambientais e agentespopulares de educaçãoambiental com enfoqueagroecológico na agriculturaurbana

Promover aEducaçãoAmbiental comenfoqueagroecológico

Fortalecer a cidadania e odesenvolvimento de umaconsciência crítica e ética;

Articular o intercambio e acooperação das Redes eNúcleos de EducaçãoAmbiental

Realizar ações junto aopúblico alvo do PlanoMunicipal de Agricultura esociedade em geral

Dispor de 01 unidade móvelpara ações de sensibilizaçãoe disseminação da

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agroecologia urbana

Ampliar acapacidade degeração esocialização deconhecimentos emsistemas deprodução orgânicae de baseagroecológica,

Valorizar o intercâmbioentre o conhecimento e acultura local

Contribuir para ainternalização da perspectivaagroecológica nasinstituições de ensino,pesquisa e extensão

Desenvolver mecanismospara a inclusão e incentivo àabordagem da agroecologiae produção orgânica nosmovimentos sociais e mundodo traballho.