12
Cafeicultores paranaenses são premiados em Concurso Nacional. Pág. 12. Um celeiro de informações para o homem do campo! Nº 12, Ano 1 - Nov / Dez de 2008 - R$ 5,00 www.agroredenoticias.com.br Unica Divulgação Cooperativas registram aumento nas exportações. Pág. 4. Avicultores criam associação no MS. Pág. 10. Agricultores questionam o valor do preço mínimo do milho. Pág. 11. AGRODESTAQUE – PUBLICAÇÃO JÁ É REFERÊNCIA PARA OS PRODUTORES PARANAENSES Jornal AgroRede completa o primeiro aniversário Lançado em dezembro de 2007, o Jornal AgroRede Notícias completa nesta edição um ano de prestação de serviços, levando sempre informações de qualidade para o ho- mem do campo. O AgroRede Notícias já se tornou referência para os produtores rurais do Estado, e além da versão impressa, também está disponível na Internet. Pág. 2. A expansão da produção de ca- na-de-açúcar e etanol, nas últimas dé- cadas, ocorreu não só em área cultivada, mas também a partir de expressivos ga- nhos em produtividade nas fases agrí- cola e industrial, com aumentos anuais de 1,4% e 1,6%, respectivamente. Este é um dos dados de estudo apresentado na Conferência Internacional sobre Bio- combustíveis, em São Paulo. Pág. 3. Cana: Produtividade agrícola e industrial garante expansão Os municípios paranaenses de Castro, Toledo, Nova Esperan- ça e Ortigueira se destacam entre os líderes nacionais na produção de leite, suínos e frangos, casulos do bicho-da-seda e mel. A pesquisa com os resultados da produção municipal de 2007 foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pág. 7. Castro é quem mais produz leite no Brasil USDA aponta queda da produção mundial de carne bovina O mundo deverá pro- duzir 58,96 milhões de to- neladas equivalente carca- ça de carne bovina em 2009, uma retração de 0,5% em relação às 59,25 milhões de toneladas que deverão ser produzidas este ano. Pág. 6. Suínos: Embrapa alerta sobre cuidados com o uso da água A Embrapa Suínos e Aves quer chamar a atenção dos suinocultores para os cuidados que precisam tomar com a água no início do verão, época em que este recurso se torna mais escasso em alguns Esta- dos do País, principalmente na região Nordeste. Pág. 8. A bananicultura do Paraná conta desde o mês de novembro, com uma nova cultivar a ser planta- da, comercializada e con- sumida: é a BRS Conquista, apresentada em Andirá para 85 participantes convi- dados. Pág. 9. BRS Conquista é apresentada aos produtores paranaenses

AgroDeStAque Jornal Agrorede completa o primeiro aniversário · Jornal Agrorede completa o primeiro aniversário Lançado em dezembro de 2007, o Jornal AgroRede Notícias completa

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Cafeicultores paranaenses são premiados em Concurso Nacional. Pág. 12.

Um celeiro de informações para o homem do campo! Nº 12, Ano 1 - Nov / Dez de 2008 - R$ 5,00www.agroredenoticias.com.br

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Cooperativas registram aumento nas exportações. Pág. 4.

Avicultores criam associação no MS. Pág. 10.

Agricultores questionam o valor do preço mínimo do milho. Pág. 11.

AgroDeStAque – Publicação já é referência Para os Produtores Paranaenses

Jornal Agrorede completa o primeiro aniversário

Lançado em dezembro de 2007, o Jornal AgroRede Notícias completa nesta edição um ano de prestação de serviços, levando sempre informações de qualidade para o ho-mem do campo. O AgroRede Notícias já se tornou referência para os produtores rurais do Estado, e além da versão impressa, também está disponível na Internet. Pág. 2.

A expansão da produção de ca-

na-de-açúcar e etanol, nas últimas dé-

cadas, ocorreu não só em área cultivada,

mas também a partir de expressivos ga-

nhos em produtividade nas fases agrí-

cola e industrial, com aumentos anuais

de 1,4% e 1,6%, respectivamente. Este é

um dos dados de estudo apresentado

na Conferência Internacional sobre Bio-

combustíveis, em São Paulo. Pág. 3.

Cana: Produtividade agrícola e industrial garante expansão

Os municípios paranaenses de Castro, Toledo, Nova Esperan-ça e Ortigueira se destacam entre os líderes nacionais na produção de leite, suínos e frangos, casulos do bicho-da-seda e mel. A pesquisa com os resultados da produção municipal de 2007 foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pág. 7.

Castro é quem mais produz leite no Brasil uSDA aponta queda da

produção mundial de carne bovina

O mundo deverá pro-duzir 58,96 milhões de to-neladas equivalente carca-ça de carne bovina em 2009, uma retração de 0,5% em relação às 59,25 milhões de toneladas que deverão ser produzidas este ano. Pág. 6.

Suínos: embrapa alerta sobre

cuidados com o uso da água

A Embrapa Suínos e Aves quer chamar a atenção dos suinocultores para os cuidados que precisam tomar com a água no início do verão, época em que este recurso se torna mais escasso em alguns Esta-dos do País, principalmente na região Nordeste. Pág. 8.

A bananicultura do Paraná conta desde o mês de novembro, com uma nova cultivar a ser planta-da, comercializada e con-sumida: é a BRS Conquista, apresentada em Andirá para 85 participantes convi-dados. Pág. 9.

BrS Conquista é apresentada aos produtores paranaenses

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2 novembro / dezembro de 2008

eDItorIAL MeNSAgeM

Um celeiro de informações para o homem do campo!

Edição 12 – Ano I - Novembro / Dezembro de 2008

Circulação Nacional

O AgroRede Notícias é uma publicação mensal.

Conselho EditorialLeonardo MariOlavo AlvesSérgio Mari Jr.

Editor-ChefeOlavo AlvesMtb 4285/17E-mail: [email protected]

Editoria de ArteCedilha Comunicação e Design

ColaboradoresAngelo Cesar Baroto (arte)

Cristiano Mazzo (comercial)

Rogers Alberto Fernades (arte)

Departamento ComercialRua Foz do Iguaçu, 90 – sala 7CEP 86061-000 Londrina - PRTelefones: (43) 3025-3230 / (43) 3338-6367 (43) 9978-9388 E-mail: [email protected]

ImpressãoGráfica Gazeta do Povo - Londrina

Textos de articulistas e colaboradores não representam necessariamente a opinião dos edi-tores. O AgroRede Notícias não se responsabiliza por produtos e serviços divulgados.

exPeDIeNte

oPinião

A crise mundial da economia

preocupa. Mesmo que te-nha se iniciado no mercado imobiliário estadunidense a mesma passa a atingir a todos os setores, de norte a sul, de leste a oeste, o que deixou muitos sem en-tender o porquê de todos (sem exceção) sofrerem com tal fato. Recentemen-te, quando do anúncio dos primeiros balanços negati-vos envolvendo a econo-mia internacional, o Gover-no brasileiro ainda tentou minimizar os seus efeitos, afirmando inclusive que nosso sistema bancário su-portaria e ficaria imune. Mas não demorou a acon-tecer: o impacto atinge também o Brasil, o que era inevitável.

É correto afirmar que os bancos brasileiros man-têm uma certa resistência, pois, por conta dos juros al-tos, possuem ainda uma boa reserva de capital. O que tudo indica, é que ain-da somos um país privile-

Crise mundial: oportunidade para os biocombustíveisgiado em meio a tantas in-certezas. Se prestarmos atenção ao mercado dos Biocombustíveis, por exem-plo, é possível enxergar um bom momento para os pro-dutores brasileiros.

A retração nos crono-gramas de implantação de novas plantas não deve ser entendida como único re-sultado da turbulência mo-netária, mas cabe nos aten-tarmos se muitos destes projetos não poderiam es-tar inclusos num percentual natural daqueles que, des-de a sua concepção, ti-nham um caráter eminen-temente especulativo. A fusão de grupos também faz parte do equilíbrio que o mercado exige em qual-quer atividade econômica de tal importância. Não podemos negar porém que o setor também será pena-lizado, com a dificuldade para a obtenção de crédito oriundos de capital exter-no para investimentos em novas unidades de produ-ção, mas os números do

mercado nos deixa espe-rançosos de que o setor sucroalcooleiro, dentre os vários setores da econo-mia, é um dos que tende a sofrer menos os efeitos da crise. E por que não sermos otimistas e dizer que este pode ser o momento do etanol brasileiro?!

Vejamos a Alemanha, por exemplo, um dos prin-

do barril de petróleo estão fazendo com que os ale-mães se rendam. Berlim chegou a pedir junto ao Parlamento Europeu que a meta de uso de biocom-bustíveis estipulada pela Comissão Européia seja di-minuída, devido à sua difi-culdade de produção. Mas o Parlamento tende a não facilitar, pois a tendência

uma maior inserção do eta-nol brasileiro. O candidato republicano à presidência, John McCain, em sua cam-panha deixou bem claro suas intenções quanto ao protecionismo realizado pelo governo Bush, e de-fendido pelo candidato democrata Barack Obama, quanto ao etanol produzi-do por eles através do mi-lho. McCain condena esta prática, e diz que a mesma só traz prejuízos, tanto ao Brasil, que encontra uma tarifa de US$ 0,54 por ga-lão para entrar no país, quanto para o próprio Es-tados Unidos, que se vêem obrigados a consumirem um biocombustível caro, e que ameaça a produção de alimentos. Mesmo que John McCain não foi eleito, ao menos suas idéias estão sendo observadas, e com certeza o próximo presi-dente estadunidense ficará mais atento às vantagens de se importar o etanol brasileiro produzido atra-vés da cana-de-açúcar.

É o momento do governo brasileiro tirar o máximo de proveito possível da nossa capacidade de produção perante a crise global, pois nestas situações alguns lamentam e choram. Aproveitemos então para vender o lenço

”cipais países produtores de biocombustíveis na Euro-pa. A crise mundial afetou tanto sua economia, que as cerca de 30 usinas existen-tes no país estão correndo o risco de terem que en-cerrar suas atividades. A concorrência de produtos externos, como o etanol brasileiro, a falta de produ-tividade e a baixa no preço

O momento é de insta-bilidade, e projeções precipi-tadas podem ser uma armadi-lha. Porém, o mercado interno de biocombustíveis continua em franca expansão, com cer-ca de 90% dos automóveis na-cionais saindo de fábrica com motor flex-fuel, e acompa-nhando este fator, o consumo de etanol nos postos brasilei-ros deve aumentar de 1,6 bi-lhão de litros mensais em 2007, para 1,9 bilhão em 2008. Ou seja, o setor está aqueci-do, e não temos dúvidas que é uma tendência mundial. É o momento do governo brasi-leiro tirar o máximo de provei-to possível da nossa capacida-de de produção perante a crise global, pois nestas situa-ções alguns lamentam e cho-ram. Aproveitemos então para vender o lenço. O Brasil reúne todas as condições, e o mer-cado necessita do nosso pro-duto, portanto é tudo uma questão de planejamento.

Autor: Helbert de Matos Zanatta - Graduado em Relações

Internacionais e pós-Graduando em Gestão do Agronegócio. Contato:

[email protected]

mundial é a diminuição do uso do petróleo, e um in-cremento cada vez maior de alternativas limpas de combustíveis. O mesmo vem ocorrendo na Espa-nha, onde muitas usinas podem parar sua produ-ção, pois é mais vantajoso importar o biocombustível. Nos Estados Unidos tam-bém é o momento para

Há várias semanas, vi-vemos sobressaltados, dian-te da verdadeira gangorra em que se transformaram os mercados mundiais. Neste momento, não há setor ou país que possa se considerar imune à crise financeira in-ternacional. No tocante à agricultura, pouco depois de anunciada a maior colheita de grãos da história – 143,8 milhões de toneladas – as atenções se voltam para o plantio da safra 2008/2009.

Em termos práticos, a maior dificuldade no mo-mento está na compra de insumos, especialmente fertilizantes, cujos preços são atrelados ao dólar, o que causa impactos rele-vantes sobre os custos dos produtores. Para completar

Informação e tecnologia ajudam agricultores a suportar efeitos da crise mundialo cenário de incertezas, as restrições à liberação de crédito suscitam dúvidas quanto ao desempenho da próxima colheita. No caso específico dos exportado-res, há ainda a natural retra-ção dos mercados consumi-dores internacionais.

Atento a este quadro, o Governo federal já anun-ciou várias medidas para garantir a próxima safra. No total, representarão in-jeção de quase R$ 15 bi-lhões em recursos na agri-cultura. É importante ainda que seja garantido o apor-te de R$ 13 bilhões em cré-dito, previstos no último Plano Safra para a agricul-tura familiar, anunciado pelo Ministério do Desen-volvimento Agrário. Deste

total, 10% devem vir para Minas Gerais, aproximada-mente R$ 1,3 bilhão.

Resta aos produtores e a todos que se ocupam da atividade agropecuária seguir produzindo, na ex-

tenho certeza: os agricul-tores mineiros estão cada vez mais bem preparados, com maior acesso a infor-mações e tecnologia para conduzir de forma susten-tável seus negócios.

Com certeza, vai haver redução no consumo mundial, porém, principal-mente de produtos supérfluos e me-nos de alimentos. Por isso, esta é uma oportunidade para o Brasil, que tem muitas vantagens competitivas na agricultura

mais de 1.200% no mesmo período. O investimento deve sempre vir acompa-nhado de conhecimento, para o desenvolvimento da agricultura, que con-temple não apenas o au-mento da produção, em termos numéricos, mas principalmente a sustenta-ção das populações rurais em condições dignas.

Destaco alguns núme-ros para situar melhor o leitor dos grandes centros urbanos a respeito da importância da agricultura familiar: é este segmento que garante 70% dos alimentos da cesta bási-ca consumidos no Brasil, sendo 67% do feijão, 56% do leite, 89% da mandioca e 70% da carne de frango.

Com certeza, vai haver

redução no consumo mun-dial, porém, principalmente de produtos supérfluos e menos de alimentos. Por isso, esta é uma oportuni-dade para o Brasil, que tem muitas vantagens competi-tivas na agricultura, em re-lação a outros países.

É tempo agora de agregar valor aos produtos agrícolas, por meio de in-vestimento na qualidade. Também é preciso que os produtores avancem na pro-fissionalização da atividade, na gestão do negócio, com otimização do uso de insu-mos para o controle de pra-gas e doenças e redução de perdas na colheita.

Autor: José Silva - Engenheiro agrônomo, presidente da Emater/MG e Asbraer. Contatos: (31) 3349 8093 /

www.asbraer.org.br

pectativa de que as medi-das tomadas para amenizar os efeitos da maior crise mundial em décadas te-nham bom resultado.

Se o momento é de indefinições, de uma coisa

Afinal, não foi à toa que o crédito oficial para a agricultura familiar cresceu mais de 500% desde 2002. Os recursos para a assis-tência técnica e extensão rural foram ampliados em

Nesta edição, a equipe do AgroRede Notícias tem a sa-tisfação e a alegria de comemorar uma importante data: o pri-meiro ano de aniversário de atividades do nosso Jornal.

Originário do website (www.agroredenoticias.com.br) e que possui o mesmo nome da publicação, o Jornal AgroRede Notícias nestes últimos doze meses esteve presente nos principais eventos agropecuários do Norte do Paraná e se consolidou como uma re-ferência para o homem do campo de várias regiões do País. Com mais de 20.000 acessos de leitura por mês pelos profissionais do agronegócio – entre consultas as mídias impressa e eletrônica – o AgroRede Notícias surgiu com o intuito de levar informações de qualidade ao pequeno, médio e grande produtor rural. Graças à colaboração de vocês e de nossos anunciantes, estamos conse-guindo realizar este objetivo.

Em 2009, esperamos continuar contando mais uma vez com este apoio. Aproveitamos a ocasião para externar os nossos desejos de um final de ano de boas festas, com muita paz, harmonia e com as bênçãos de Deus.

E que no próximo ano, além da prosperidade, tenhamos 365 dias de muito trabalho! Muito se fala da crise financeira mundial, mas sabemos que apenas o produtor rural é quem garante o alimento de cada dia. Por isso, deixemos as especu-lações à parte, e vamos levantar a cabeça! Lembre-se: a cada segundo a população mundial cresce ainda mais e a demanda por alimentos é constante.

um ano de trabalho!

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3novembro / dezembro de 2008

A expansão da produção de ca-

na-de-açúcar e etanol, nas últimas décadas, ocorreu não só em área cultivada, mas também a partir de ex-pressivos ganhos em produ-tividade nas fases agrícola e industrial, com aumentos anuais de 1,4% e 1,6%, res-pectivamente. Este é um dos dados apontados no es-tudo Bioetanol de cana-de-açúcar - Energia para o de-senvolvimento sustentável, lançado no mês de novem-bro, durante a Conferência Internacional sobre Biocom-bustíveis, em São Paulo/SP. De acordo com a publica-ção, o processo resultou em crescimento anual de 3,1% da produção de etanol por hectare cultivado, ao longo de 32 anos.

O diretor do Departa-mento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministé-rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Alexandre Strapasson, acre-dita que é preciso conside-rar a proporção do uso da

CANA-De-AçúCAr – estudo aPonta crescimento anual de 3,1% da Produção de etanol Por hectare cultivado

Produtividade agrícola e industrial garante expansãocana-de-açúcar no Brasil para produção do biocom-bustível. “São quatro mi-lhões de hectares, ou 0,5% do território nacional, mui-to pouco em comparação com as áreas disponíveis para agricultura”, enfatizou. Os dados oficiais são do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com Strapas-son, para se planejar o futuro do setor, o governo está fina-lizando o zoneamento agroe-cológico que vai disciplinar a expansão da área de cultivo da cana no País. O diretor do Mapa comentou, ainda, que 70% da expansão da cana tem ocorrido em áreas de pastagens, como acontece em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás, que são os maiores produtores nacio-nais, com ganho em produti-vidade, tanto da cana-de-açúcar como da pecuária.

Publicação

O livro apresenta um

panorama da cana-de-açúcar e do etanol no Brasil e em países com potencial de pro-dução do biocombustível.

Foi produzido pelo Banco Nacional de Desenvolvimen-to Econômico e Social (BN-DES) e Centro de Gestão e

Estudos Estratégicos (CGEE) em parceria com a Comissão Econômica para América La-tina e Caribe (Cepal) e a Or-

ganização das Nações Uni-das para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

Da Redação

A aquisição anunciada no início de novembro pela multinacional Monsanto das empresas de melhoramento genético e biotecnologia de cana-de-açúcar, CanaVialis S.A. e Alellyx S.A., ilustra o poten-cial e a diversificação da indús-tria brasileira da cana-de-açú-car. A opinião é do presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Sawaya Jank, que considera a chegada de uma das principais empresas de tecnologia agrí-cola do mundo ao setor sucro-energético brasileiro um fato de grande relevância.

“É uma decisão que acrescenta a cana-de-açúcar à linha de produtos da maior

Aquisição da CanaVialis ilustra futuro promissor da cana

produtora de sementes do mundo e estabelece o etanol de cana-de-açúcar como um produto com futuro garanti-do, pois a Monsanto só espe-ra resultados concretos desse investimento a partir de 2016”, comentou Jank. O vice-presi-dente de estratégias globais da Monsanto, Carl Casale, considerou a aquisição como “uma grande oportunidade para diversificar o portfólio de tecnologias voltadas para cul-turas específicas e produzir inovações de longo prazo para uma cultura vital, como a da cana-de-açúcar”.

longo Prazo

Sediadas no Brasil, a

CanaVialis e a Alellyx são controladas pela Aly Partici-pações Ltda. e integram o Grupo Votorantim. O negó-cio foi fechado em US$ 290 milhões, e descrito em nota oficial da Monsanto como um investimento voltado para os desafios de longo prazo que precisam ser en-frentados para atender à crescente demanda global por alimentos e biocombus-tíveis. “O objetivo é diversi-ficar o atual portfólio e tra-zer inovações para esta cultura, por meio de sua ex-periência no melhoramento genético de plantas e em biotecnologia”, conclui a nota da empresa.

China quer fortalecer cooperação com Brasil para produção de etanol

Com um mercado que hoje consome 70 bilhões de li-tros de gasolina por ano, a Chi-na busca estreitar a cooperação com o Brasil para a produção de etanol de cana-de-açúcar, para reduzir sua dependência de petróleo e garantir benefí-cios para o meio ambiente, es-pecialmente a redução na emissão de gases de efeito es-tufa. Essa é a expectativa do vi-ce-ministro de Energia da Co-missão de Desenvolvimento e Reforma Nacional da China, Sun Qin, uma das principais au-toridades energéticas do go-verno chinês. Ele lidera uma missão que teve como objetivo conhecer de perto o setor su-croenergético brasileiro e parti-cipar do evento “Brasil Biocom-bustíveis”, realizado pelo governo federal no mês de no-vembro, em São Paulo.

Os chineses já utilizam a mistura de 10% de etanol na gasolina (E10) em cinco de suas províncias, e têm como desafio adotar o E10 em todo o território nacional. “A China deseja continuar a coopera-ção técnica e de negócios com o Brasil e, desta forma, fortalecer a produção e o con-sumo de etanol em ambos os países”, afirmou Sun Qin.

PotEncial

“O mercado potencial da China é muito expressivo: seriam necessários 7 bilhões de litros de etanol por ano para garantir que o E10 fosse oferecido em todo o país”, afirmou o diretor-executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão de Sousa, que acompa-nhou o grupo de chineses du-

rante visita à Usina São João (USJ), em Araras (SP).

“Para se ter uma idéia, o Brasil exportou em 2007 perto de 3,5 bilhões de li-tros de etanol, ou seja, me-tade do que a China preci-saria hoje para o seu mercado interno”, compa-rou Sousa, ressaltando que o maior mercado de gaso-lina do mundo, o america-no, consome 500 bilhões de litros do derivado de petróleo por ano.

A delegação do ministro Sun Quin incluiu executivos da PetroChina, uma das maio-res petrolíferas e distribuido-ras da China, e da COFCO, o mais importante agente chi-nês de produção de etanol de milho e também uma das maiores importadoras chine-sas da soja brasileira.

A gigante multinacional Archer Daniels Midland (ADM) confirmou, no início de novembro, o que já era especulado há meses: a em-presa anunciou sua entrada na indústria brasileira da ca-na-de-açúcar, por meio de

ADM entra no setor sucroenergético brasileirouma parceria com o Grupo Cabrera que prevê investi-mentos de US$ 500 milhões ao longo de sete anos.

Segundo o presidente do conselho e CEO da ADM, Pat Woertz, a inten-ção da parceria é produzir

cerca de 290 milhões de li-tros de etanol por ano. A ADM, uma das maiores produtoras de etanol de milho nos Estados Unidos, também produz biodiesel de soja no Brasil, nos EUA e na Europa.

A Comissão de Agricul-tura da Câmara dos Deputa-dos aprovou no final de outu-bro, o projeto de lei 3.336/08, de autoria do deputado fede-ral Luis Carlos Heinze (PP-RS), que autoriza os agricultores a produzirem biodiesel para consumo próprio. A proposta que modifica a lei 11.116/05, permite ainda que as associa-ções e cooperativas agropecu-árias transformem grãos em biodiesel para uso de seus as-sociados sem a obrigatorieda-de do Registro Especial na Re-ceita Federal. Heinze observa que a medida proporcionará redução dos custos de produ-ção com reflexos positivos na

Biodiesel para consumo própriorenda do produtor e no preço dos alimentos e das matérias-primas oriundas do meio rural. “É fundamental que se busque reduzir as despesas. Fato que é importante não apenas para os produtores rurais, mas para toda a sociedade. Com um custo menor os produtores po-derão gerar mais renda, em-pregos e ainda aumentar a produção agrícola”, explica o parlamentar.

No mesmo PL, Heinze também propõe a não inci-dência da contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins sobre o volume de biodiesel produzi-do para o consumo próprio ou do grupo de produtores

associados. “Com isso os pro-dutores rurais terão maior au-tonomia, isoladamente ou or-ganizados em sociedades, para produzirem parte do combustível utilizado em suas atividades, evitando, ainda, o trânsito desnecessário do óleo das áreas rurais para as refina-rias e destas, de volta para o campo”, argumenta Heinze.

tramitação

O projeto que tramita em caráter conclusivo - não precisa ser apreciado em plenário - será encaminhado para as comis-sões de Minas e Energia; Finan-ças e Tributação e de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania.

Uni

ca

Levantamento foi realizado pelo IBGE e Conab

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4 novembro / dezembro de 2008

As exportações dire-tas das cooperati-

vas brasileiras registraram um crescimento de 27,5% no acu-mulado de janeiro a setem-bro de 2008, na comparação com o mesmo período de 2007. As vendas do setor ao exterior somaram US$ 3,13 bilhões, enquanto no ano passado totalizaram US$ 2,46 bilhões. Já o volume exporta-do foi de 5,63 milhões de to-neladas, contra 6,48 milhões de toneladas em 2007. Os dados fazem parte de um es-tudo da gerência de Merca-dos da Organização das Coo-perativas Brasileiras (OCB), com base em informações da Secretaria de Comércio Exte-rior do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Co-mércio Exterior (MIDC).

A análise indica que a balança comercial do setor

CooPerAtIVISMo – as vendas do setor ao exterior somaram us$ 3,13 bilhões nos nove Primeiros meses do ano

exportações das cooperativas crescem 27,5%apresentou um superávit de US$ 2,71 bilhões, com cresci-mento de 20,46% em relação aos meses de janeiro a se-tembro do ano anterior. Nes-se mesmo período, as coo-perativas brasileiras importaram US$ 419,49 mi-lhões. O resultado vem em conseqüência, principalmen-te, da comercialização dos produtos do complexo soja, do setor sucroalcooleiro e das carnes.

câmbio

Conforme o estudo, os valores exportados e a cota-ção do dólar apresentaram comportamentos inversos. Mesmo com os desafios im-postos para a exportação da produção, destacando-se a valorização do Real de 43,01% nos meses de janeiro a se-tembro, entre 2004 e 2008, as

cooperativas registraram re-ceitas cambiais crescentes. Porém, os impactos da crise mundial resultaram em saída de dólares do Brasil e eleva-ções significativas na taxa de câmbio, para patamares su-periores a 2,10 R$/US$-1. O estudo mostra ainda que as variações observadas nas ex-portações brasileiras foram superiores no primeiro perío-do analisado (janeiro a setembro de 2005) e no último intervalo (janeiro a setembro de 2008). Contudo, nos meses de janeiro a setembro de 2006 e de 2007, as taxas de crescimento das ex-portações diretas das cooperativas ultrapassaram as taxas médias da economia brasileira.

Da Redação

Agricultores familiares de Londrina, beneficiários do crédito rural Pronaf, parti-ciparam do encontro para a segunda etapa de qualifica-ção sobre a cultura da soja, com o tema Manejo Integra-do de Pragas e Doenças.

Segundo o extensionista municipal Paulo Mrtvi, do ins-tituto Emater vinculado à Seab/PR, “a reunião técnica é um dos caminhos encontra-dos para dar mais segurança aos agricultores familiares que cultivam soja em suas peque-

emater de Londrina realiza qualificação do Pronaf grãos

nas propriedades rurais, de como melhor produzir obten-do mais produtividade, redu-zindo custos de produção e, principalmente, cuidando das questões ambientais quanto ao uso de agrotóxicos”.

A reunião de qualifica-ção do Pronaf para os produ-tores de grãos foi realizada na sede da Secretaria Muni-cipal de Meio Ambiente, no Parque Arthur Thomas, numa promoção do Instituto Ema-ter, SMAA, Cresol Londrina e Banco do Brasil.

O diretor presidente da Camda, Osvaldo Kunio Mat-suda, proferiu palestras na Se-mana de Administração da Unesp/Tupã, e na Semana de Agronomia da FAI/Adamanti-na, no interior paulista. O tema explanado foi sobre “A influ-ência japonesa no Cooperati-vismo”, e na ocasião se discu-tiu os três grandes momentos da imigração japonesa neste ano em que se comemoram os seus 100 anos.

O primeiro, ligado à tecnologia trazida e ao coo-perativismo quando cinco anos após a vinda do povo japonês “nasce” em 1913 a Cooperativa Cotia, a Coope-rativa Central Sul Brasil em 1928, a Cooperativa Agrícola Sul Brasil em 1954 e a Camda

Influência japonesa no cooperativismo é tema de palestra

em 1965 - fundada por Mário Matsuda (atual presidente de honra).

O segundo grande mo-mento foi o projeto Prode-cer, na década de 70, quan-do por um convênio firmado entre o Brasil e o Japão – com a Cotia e seus coopera-dos - houve o “desbrava-mento” do cerrado, com o início da expansão da fron-teira agrícola brasileira e o desenvolvimento da cultura da soja no país. “Este convê-nio perdurou pelo menos por seis mandatos presiden-ciais”, disse Osvaldo Matsu-da. O terceiro momento é o atual, com o acordo firmado no protocolo de Kioto, e que objetiva o etanol e o bio-combustível brasileiro.

Apesar da estimativa de redução 3,3% na produção nacional de grãos na próxima safra, anunciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná deve repetir o bom desempenho da sua produção agrícola na safra passa-da. Segundo o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, com base

em levantamento realizado por técnicos da Ocepar e da Faep, o Estado terá um acréscimo na área do plantio da soja de cerca de 2,5% e uma redução de 1,5% no milho, diferente do cenário brasileiro. “Mas em termos de produ-tividade, a soja deve melhorar, considerando que a produ-ção da oleaginosa deve crescer 5,25% e o milho deve cair apenas 1%”, afirmou o dirigente.

De acordo com o dirigente, o recuo na produção brasi-leira foi puxado pelo Centro Oeste, onde há uma expectativa de redução de 10% na safra de algodão e de 6% no milho. “No Centro Oeste, a atividade agrícola contava com o apoio de uma série de empresas que financiavam os produtores, garantindo a comercialização futura da safra. Em função da crise mundial, as empresas que respondiam por cerca de 40% do crédito para custeio na região, praticamente, deixaram de financiar o setor agrícola. Em função disso, o produtor está mais seletivo no que vai plantar”, disse.

Koslovski afirma que Paraná vai manter produção agrícola

A Coagel Cooperativa Agroindustrial foi agraciada com o prêmio “Conquista Brasil”, outorgado pela Bayer CropScience, como “melhor distribuidora”, categoria Performance do Brasil. A Bayer classifica os seus distribuidores em três categorias: Premium, Performance e Potential. Todos os anos a multinacional faz uma avaliação dos seus distribuidores para premiar o melhor desempe-nho. De acordo com o engenheiro agrônomo, Gerônimo Beneto-re, gerente da área comercial da Cooperativa, a Coagel está classi-ficada como distribuidor Performance e, no ano de 2007, ela ganhou em primeiro lugar o prêmio “Conquista Brasil” de melhor coopera-tiva do Brasil na categoria.

A Sicredi Vale do Bandeirante inaugurou, no mês de novembro, mais uma unidade de atendimento cooperati-vo, em Jaguapitã, região Norte do Paraná. A coo-perativa passa a contar com nove postos de atendimento (Astorga, Munhoz de Melo, Santa Fé, Colorado, Sabáudia, Pitangueiras, Prado Fer-reira, Ângulo e Jaguapi-tã) e a expectativa é de conquistar 400 novos as-sociados no primeiro ano de funcionamento. Des-de que foi inaugurada, em 1983, a Sicredi Vale do Bandeirante apresen-tou uma evolução signifi-cativa nos números. No início das atividades a cooperativa contava com 59 associados e hoje já está com 6.198.

Sicredi inaugura unidade em Jaguapitã

O presidente da Si-credi Vale do Bandeiran-te, João Carlos Berlese, afirma que a presença do sistema em Jaguapitã é de extrema importância para alavancar os negó-cios da região. “A parti-cipação da Sicredi Vale do Bandeirante é desta-que no processo de de-senvolvimento dos muni-cípios que fazem parte da área de ação da coo-perativa e, Jaguapitã, pelo crescimento que tem demonstrado nos úl-timos anos e pelas par-cerias que firmamos não poderia ficar de fora, vis-to que o município está entre um dos maiores, em população e arreca-dação”, esclarece. Para a instalação da unidade fo-ram investidos aproxima-damente R$ 120 mil.

Os produtores rurais que realizam operações re-lativas à circulação de mer-cadorias têm até o dia 31 de dezembro para solicita-rem nas prefeituras de suas cidades a inscrição no novo Cadastro do Produtor Rural da Receita Estadual do Pa-raná. O aviso é feito pelo contador da Coopermibra - Cooperativa Mista Agro-pecuária do Brasil, Carlos Luis Benassi. Ele explica que com esse cadastra-mento os agricultores vão ganhar uma identidade própria, com a inscrição estadual para comercializa-ção da sua produção. Esse procedimento está previs-

Produtor paranaense tem até 31 de dezembro para requerer inscrição estadual

to no Decreto 1668, de 25 de outubro de 2007, e será feito sem qualquer custo para o produtor.

O prazo para a inscri-ção deveria ter sido en-cerrado no dia 30 de ju-nho, mas atendendo a uma solicitação do Siste-ma Ocepar, a Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná decidiu ampliar o período para o cadastra-mento. O CADPRO, como está sendo chamado o documento, foi criado com o objetivo de organi-zar um sistema de emissão de notas fiscais num ca-dastro único e simplifica-do, que visa oferecer maior transparência nas operações realizadas pelo produtor rural e o com-partilhamento de informa-ções (preservando o sigilo fiscal). Outros benefícios do sistema são o maior tempo para verificação dos dados da comerciali-zação para o Índice de Participação do Municí-pio, o fim da apresenta-ção da contra-nota e o re-conhecimento do produtor como empresário (sem os ônus fiscais).

DocumEntos

O cadastro é gratuito e, para se inscrever, o pro-dutor deve comparecer no Departamento de Tributa-ção do seu Município com o original e a cópia de do-cumentos como: compro-vante do INCRA e ITR; contrato de Arrendamento ou Parceria, quando for o caso, registrado em cartó-rio, exceto para área de inferior a 50 hectares (nes-se caso será exigida a có-pia do contrato, com firma reconhecida dos contra-tantes e das testemunhas); CPF e RG; e comprovante de residência atualizada e do contrato de compra e venda (quando o imóvel não estiver no nome do proprietário). Para incluir familiares como agrega-dos (pessoa que participa da produção rural sem vín-culo empregatício), o pro-dutor deverá apresentar também o CPF e RG des-tes e, no caso da esposa, a certidão de casamento.

isEnção Do icms

Com o cadastramento o produtor receberá o comprovante de inscrição

e uma carteira de identifi-cação do CADPRO. Essa inscrição servirá também como comprovante para a obtenção de isenção do ICMS incidente no consu-mo de energia elétrica ru-ral. A partir da inscrição, a nota fiscal de produtor ru-ral, além de acompanhar o transporte da produção comercializada, poderá ser registrada nas empresas destinatárias, dispensando assim, na maioria dos ca-sos, a emissão da nota fis-cal de entrada (a chamada contra-nota). “Os produ-tores associados à Coo-permibra deverão procurar a Cooperativa para incluí-rem essa inscrição estadu-al também em seus cadas-tros de cooperados”, comenta Benassi. A partir do dia 1º de janeiro de 2009 as notas fiscais sem a inscrição estadual não te-rão mais validade, ou seja, quem não se cadastrar não poderá mais emitir nota fiscal de venda e transpor-te de produtos agropecu-ários e estará sujeito ao pagamento de multa so-bre o valor da mercadoria que estiver em seu poder.

Coagel ganha prêmio da Bayer

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Setor já registrou um superávit de 2,71 bilhões de dólares

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5novembro / dezembro de 2008

A queda registrada nos preços do li-

tro de leite pagos aos produ-tores no Brasil nos últimos meses pode provocar desa-celeração no ritmo das ex-portações de produtos lácte-os. O alerta foi feito no início de novembro pelo assessor técnico da Comissão Nacio-nal de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Marcelo Martins, durante au-diência pública na Câmara dos Deputados para debater a atual situação do setor lei-teiro. Ele informou que o va-lor médio recebido pelo pe-cuarista em outubro foi de R$ 0,61, recuo de 7,3% em relação a setembro deste ano e de 18,9% na compara-ção com outubro do ano passado. “Estes preços po-dem desestimular os produ-

PeCuárIA De LeIte – valor recebido Pelo Produtor em outubro teve recuo de 7,3% na comParação com setembro

queda nos preços pode reduzir as exportaçõestores a produzir”, afirmou Martins. De janeiro a setem-bro de 2008, as exportações de lácteos cresceram 160% em relação ao mesmo perío-do de 2007, totalizando US$ 397 milhões.

O assessor da CNA atri-buiu a redução dos valores recebidos pelos pecuaristas de leite principalmente ao aumento da produção, que foi de 15% no primeiro se-mestre deste ano, e à retra-ção do consumo de leite e derivados causada pela alta dos alimentos e do maior en-dividamento das famílias, o que gerou um excedente de 1,4 bilhão de litros. Para re-gular a oferta e garantir o abastecimento interno e a ampliação das exportações, além de recuperar os preços pagos ao produtor, Martins defendeu a adoção de medi-

das de apoio à comercializa-ção, como a liberação de R$ 300 milhões de Empréstimo do Governo Federal (EGF) para estocar 400 milhões de litros e de outros R$ 100 mi-lhões, em Contratos Privados de Opção e Venda (Prop), para escoamento de um bi-lhão de litros, levando leite das principais bacias leiteiras para regiões menos consu-midoras. Estas reivindica-ções, já feitas ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento, Reinhold Stepha-nes, estão em análise pelo Ministério da Fazenda.

custos totais

Segundo Marcelo Mar-tins, a receita obtida pelo produtor atualmente cobre apenas o Custo Operacional Efetivo (COE) da atividade leiteira, que consiste nos

gastos mais rotineiros (sal mineral, mão-de-obra, medi-camentos, entre outros). Contudo, ele ressaltou que os ganhos obtidos com a produção não cobrem os custos totais da atividade, principalmente devido à de-preciação do patrimônio, que leva à necessidade de reposição de máquinas e benfeitorias. “Se a queda continuar, a receita não vai pagar nem os custos efeti-vos”, disse o assessor. Ele acrescentou que a retração nos preços do leite não é ex-clusiva no Brasil e tem provo-cado quedas significativas nos valores dos produtos lácteos comercializados no mercado internacional. A to-nelada do leite em pó inte-gral, por exemplo, caiu de US$ 4,7 mil para US$ 2,9 mil, enquanto a tonelada do leite

em pó desnatado sofreu di-minuição de US$ 4 mil para US$ 2,2 mil.

O representante da CNA cobrou outras ações para estimular a produção brasileira de leite, como o fim da cobrança de PIS/Co-

fins sobre rações e sais mine-rais, além de acordos de equivalência sanitária, habili-tação de novas fábricas para exportação e continuidade das ações de combate à fraude no leite.

Da Redação

A turbulência no mer-cado internacional continua forte, e ainda estamos muito apreensivos para ver o quan-to essa crise vai atingir o Bra-sil. Nos parece que as com-modities de alimentos serão menos afetadas que as de-mais. Se isso realmente acontecer, o cenário para nós, produtores brasileiros, não será tão ruim.

Estamos esperando uma estabilização do dólar em patamares superiores aos que estavam antes da crise, que já é melhor para exportar e, também, serve para compensar um pouco a

ArtIgo:

estabilização do dólar em patamares superiores

queda que o leite em pó teve em dólar no mercado internacional.

Com este panorama lá fora, falta ver como ficará a produção no mercado inter-no. Será que a safra vai vir for-te? Como vai ser o comporta-mento do produtor com os custos dos insumos altos? E o clima? Estes elementos, junto com a exportação, é que vão definir os preços para os pró-ximos meses. O cenário mais favorável seria se o leite não viesse tão forte, e um aumen-to no volume exportado. Com isto, poderíamos ter uma es-tabilidade de preços e, prova-

velmente, um aumento já no começo do ano que vem.

O mercado mundial ainda está muito tumultua-do. Estamos esperando um pouco de calma, e as pesso-as voltarem a ter mais racio-cínio lógico, para tomarem as decisões. Até lá, temos de aguardar o vai e vem dos preços das commodities, da bolsa de valores e do dólar. Assim, vai ser um pouco mais fácil para enxergarmos o que vem pela frente. Enquanto isso, temos de seguir firmes, reduzindo os nossos custos de produção.

Autor: Renato José Beleze - Presidente da Confepar

Representantes da ca-deia produtiva do leite esti-veram reunidos em Brasília, para discutir a qualidade do leite e os desafios para o se-tor. O objetivo de propor ações imediatas para a pro-dução do leite com qualida-de e adequar o produto às exigências do mercado in-ternacional também fizeram parte da pauta do encontro.

De acordo com o che-fe-geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, so-mente com a implantação das boas práticas na pro-dução, o Brasil estará habi-litado a produzir leite se-guro e de qualidade, tanto para atender o consumidor brasileiro quanto para se adequar às exigências do mercado externo. “A pro-dução de leite seguro e de

qualidade do leite é debatida em Brasília

qualidade é uma demanda dos consumidores em todo o mundo. O Brasil está fa-zendo um grande esforço neste sentido. Entretanto, alguns indicadores relacio-nados à composição do leite e à higiene da orde-nha ainda precisam melho-rar para se alcançar os pa-drões mínimos exigidos”, diz Vilela.

Durante o encontro, os participantes propuseram ações para garantir a inclusão de produtores familiares no âmbito da melhoria da quali-dade do leite, ampliar o Pro-grama de Alimentos Seguros (PAS-Campo) para atender todo o País e motivar empre-sas e cooperativas de laticínios a participarem do Programa. A expectativa é que, em bre-ve, se crie um PAS-Leite.

A segunda edição da Feira Internacional da Ca-deia Produtiva do Leite (Feileite 2008), realizada en-tre os dias 28 de outubro a 01 de novembro, alcançou os objetivos estabelecidos por seus organizadores. O evento, realizado no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP), recebeu mais de 15 mil visitas e ge-rou receita de R$ 7 milhões,

Feileite movimenta 7 milhões em negócios

apenas com os leilões e fi-nanciamentos bancários, voltados para a aquisição de equipamentos, insumos, genética e acessórios. Por funcionar como uma verda-deira vitrine da pecuária lei-teira, a feira também possi-bilitou a prospecção de muitos negócios por parte das empresas que devem ser concretizados nos pró-ximos meses.

Pr: Coasul realiza 3ª

Semana do Leite

Entre os dias 18 e 20 de novembro, a 3ª Semana do Leite foi promovida pela Coasul em parceria com a Tortuga Cia. Zootécnica Agrária. Três equipes de profissionais trabalharam para levar ao produtor rural - da área de abrangência da cooperativa - informações importantes sobre a criação de gado leiteiro. Os assun-tos abordados foram nutri-ção e mineralização no gado leiteiro, temas consi-derados importantes, já que uma pequena diferença no manejo da produção de lei-te pode gerar resultados muito positivos no final.

Levantamento vai apurar custo da

produção de leite

Técnicos da área de In-formações do Agronegócio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vão apurar, pela primeira vez, o custo da produção de leite na agricultura empresarial. O trabalho de campo será nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Ron-dônia em propriedades que produzam acima de 150 li-tros de leite por dia.

Os valores vão subsi-diar o governo na definição do preço mínimo estabeleci-do pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).

A Estação Experimental de Pato Branco do Instituto Agronômico do Paraná (IA-PAr) recebeu a visita de pro-dutores de leite do sudoeste do Paraná, durante o mês de novembro. Eles foram acom-panhados pelo coordenador regional de pesquisa, Alceu Luiz Assmann, e pelos pes-quisadores do Programa de Produção Animal, André Finkler da Silveira e João Ari Gualberto Hill, que apresen-taram tecnologias para redu-ção dos custos de produção, uma necessidade dos agro-pecuaristas familiares.

Reciclagem de nutrien-tes, consórcio (gramíneas e leguminosas) e manejo das pastagens, processo de con-servação de forragens, em especial a fenação, e nutri-ção animal foram algum dos

Pesquisadores do IAPAr apresentam tecnologias a pequenos produtores de leite

assuntos discutidos com os produtores. Em uma visita ao banco de germoplasma de forragens, existente na uni-dade desde 2002, eles co-nheceram as espécies mais adaptadas à região.

“Quando voltei do meu curso de pós-graduação per-cebi aqui uma carência em informações de quais espé-cies de forrageiras eram mais adaptadas à região e tam-bém de quais são as mais produtivas e apresentam uma melhor qualidade nutri-cional para a produção ani-mal, principalmente para a produção de leite”, explica Assmann.

Segundo o pesquisador, atualmente o sudoeste do estado começa a se destacar na produção de leite à base de pasto, com uma estrutura

de informação para a produ-ção de forragem o ano todo, a partir da geração de tecno-logias voltadas à produção desse alimento. Vários colé-gios agrícolas e prefeituras municipais do Paraná e Santa Catarina, de acordo com Ass-mann, já adquiriram mudas de forrageiras provenientes do IAPAR para repassar a pro-dutores, beneficiando mais de mil propriedades.

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Receitas cobrem apenas custos operacionais

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6 novembro / dezembro de 2008

O Custo Opera-cional Efetivo

(COE) da pecuária de cor-te apresentou alta de 1,33% em agosto, acumu-lando elevação de 30,56% nos oito primeiros meses de 2008. Dos dez estados que fazem parte da pes-quisa, Rondônia foi o esta-do com a maior variação do COE neste ano, de 40,95%, seguido por Para-ná (40,84%) e Pará (35,77%).

As informações estão na edição de outubro dos Ativos da Pecuária de Cor-te, publicação elaborada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Uni-versidade de São Paulo (Cepea/USP).

PeCuárIA De Corte – entre as regiões Pesquisadas, a maior exPansão foi verificada no Paraná

Custos da atividade sobem 30,56%Vilão

Segundo o estudo, o sal mineral continua sendo o item mais caro dos custos de produ-ção da pecuária, com aumento de 92,72% no ano. A pesquisa aponta também que o Custo Operacional Total (COT) em 2008 aumentou 26,93% na mé-dia nacional. Em agosto, o COT subiu 1,56%. Entre as re-giões pesquisadas, a maior ex-pansão foi verificada no Para-ná, onde os custos totais subiram 36,37%. Já a arroba do boi gordo teve valorização de 26,35% na média Brasil.

O levantamento da Con-federação Nacional da Agri-cultura e do Cepea/USP apon-ta que os pecuaristas de Rondônia tiveram a maior alta nos preços pagos pelo boi, que chegou a 38,51% de ja-neiro a agosto deste ano.

Da Redação

A equipe técnica da Campos & Carrer esteve na fazenda Nova Esperança, em São José do Ivaí, Paraná, propriedade do pecuarista José Carlos Moreira, para re-alizar mais um serviço de In-seminação Artificial em Tem-po Fixo (IAFT).

Segundo o médico ve-terinário e sócio-gerente da Campos & Carrer, Luigi Car-rer Filho, o trabalho realiza-do na Nova Esperança foi excelente: “A fazenda está localizada na região do Vale do Ivaí, onde temos um cli-ma agradável. A pastagem estava bem formada e os animais possuíam um esco-re corporal muito bom. Ob-servamos cuidadosamente a parte de mineralização e sa-nitária. Trabalhamos com um lote de 30 novilhas Nelo-re, com 24 meses de idade. Todos os animais foram exa-minados clinicamente antes do início do trabalho, sendo apenas um descartado”, afirma Carrer.

Campos & Carrer: Inseminação artificial ao alcance de todos

A equipe da Campos & Carrer introduziu o im-plante de progesterona, que garante a sincronização e induz o cio e a ovulação, além disso, o produto reduz o intervalo entre os partos, aumenta a taxa de prenhez, programa a época das pari-ções, facilita o manejo e re-duz o estresse dos animais, além de aumentar a produ-tividade do rebanho. Foram dez dias de trabalho, preli-minarmente.

Após 60 dias da IATF (Inseminação Artificial Tem-po Fixo), foi realizado o diagnóstico de gestação, por meio do Toque Retal e Ultra–Som. Vale lembrar que esse serviço foi realiza-do mesmo sem a proprie-dade dispor de estrutura para Inseminação Artificial: “A Campos & Carrer ofere-ce todos os equipamentos necessários: botijão de sê-men, inseminador, sêmen, hormonioterapia para o protocolo, médico veteri-

nário e bainha. Além disso, dispomos de uma equipe especializada, o que torna o serviço acessível a to-dos”, lembra Carrer.

rEsultaDo

Das 29 fêmeas traba-lhadas, foi obtido um índi-ce de 51,72% (15/29) em tempo fixo, ou seja, dez dias entre o início do trata-mento e a prenhez. Após o diagnóstico de gestação, as fêmeas foram colocadas com o touro.

Para Luigi Carrer Filho, uma das grandes vantagens do projeto é diminuir o perí-odo de estação de monta: “Se colocarmos em uma pla-nilha de custo, podemos ob-servar que o custo da IATF ficou menor do que a Insemi-nação Artificial tradicional e menor até mesmo que a monta natural”, conclui o médico veterinário.

Mais informações: (43) 3324-7831 ou www.campose-carrer.com.br

uSDA aponta queda da

produção mundial de carne bovina

O mundo deverá pro-duzir 58,96 milhões de tone-ladas equivalente carcaça de carne bovina em 2009, uma retração de 0,5% em relação às 59,25 milhões de tonela-das que deverão ser produzi-das este ano. As estimativas são do Departamento de Agricultura dos Estados Uni-dos (USDA).

O USDA aponta que os ligeiros aumentos de produ-ção esperados no Brasil, Ín-dia e China serão “anulados” pelas quedas esperadas para a União Européia, Austrália, Argentina e Rússia.

“Essa retração da pro-dução mundial, apesar de bastante modesta, é muito bem vinda, já que em 2009 iremos colher os reflexos ne-gativos da crise financeira, iniciada nos EUA, sobre a demanda”, avaliam os ana-listas da Scot Consultoria. Mais informações: www.sco-tconsultoria.com.br

Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, confirmou sua participação e abrirá o I Congresso Brasileiro e La-tino-Americano da Raça Brahman, no dia 04 de fe-vereiro, no Riocentro – Rio de Janeiro (RJ).

Rodrigues, uma das maiores autoridades no agronegócio internacio-nal, falará sobre as Ten-dências do Agronegócio Mundial com ênfase ao mercado de carne bovina, para uma platéia compos-ta por pecuaristas e em-presários ligados à cadeia da produção de pelo me-nos 15 países.

“Ninguém melhor que Roberto Rodrigues para passar aos pecuaris-tas, técnicos e demais profissionais envolvidos com a produção de carne bovina a melhor mensa-gem sobre os rumos da economia mundial num momento de indefinições globais”, ressalta Amauri

rodrigues vai falar das tendências do agronegócio em evento do Brahman

José Dimarzio, presidente da Associação dos Cria-dores de Brahman do Bra-sil (ACBB), entidade pro-motora do evento.

Roberto Rodrigues tem longa trajetória no agronegócio brasileiro e mundial. Além de ex-minis-tro da Agricultura, ele foi presidente da Organização Internacional das Coopera-tivas e da Sociedade Rural Brasileira. Produtor rural, Rodrigues é atualmente coordenador do Conselho Superior de Agronegócios da Federação das Indús-trias do Estado de São Pau-lo e do Centro de Agrone-gócios da Fundação Getúlio Vargas.

contato

Os interessados em participar do 1° Congresso Brasileiro e Latino-americano da Raça Brahman podem en-trar em contato com a em-presa organizadora Fagga Eventos pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone (21) 3035-3100.

O uso de transporte e manejo adequados para re-dução do estresse e sofri-mento dos animais e a ado-ção de dieta satisfatória, apropriada e segura em suas diversas fases de vida são al-gumas das orientações da Instrução Normativa nº 56, publicada em novembro, no Diário Oficial da União. Ela representa mais um marco le-gal do setor e traz recomen-dações gerais de boas práti-cas para o bem-estar animal.

recomendações sobre bem-estar animal são publicadas no Diário oficial

Desde a década de 30, o Brasil atende a princípios de bem-estar animal. Um decreto, publicado em 1934, estabelece medidas de pro-teção aos animais, prevenin-do maus tratos. Em 1950, foi criado o Serviço de Inspe-ção Federal, regulamenta-do pelo decreto 30.691/52, que cria normas para o pro-cessamento de produtos de origem animal em estabe-lecimentos inspecionados pelo governo federal.

Mais recentemente, foi publicada a Instrução Nor-mativa nº 3, que traz regula-mentações técnicas sobre métodos de insensibilização para o abate humanitário, ou seja, procedimentos que permitem o abate evitando o sofrimento do animal. Es-sas regras, que estão em vi-gor, são referência para o setor produtivo e contri-buem para o bom desem-penho do País no mercado internacional.

As exportações brasilei-ras de couros movimentaram US$ 1,68 bilhão até outubro, registrando queda de 8% em relação ao acumulado do ano passado, segundo dados ela-borados pelo Centro das In-dústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Ex-terior, do Ministério do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em relação aos couros bovinos, as expor-tações registraram US$ 1,65 bilhão, decréscimo de 8,1 % nos dez meses deste ano.

A despeito da queda das vendas externas, a contribui-ção do setor curtidor para o saldo de US$ 20,8 bilhões da balança comercial brasileira é expressiva, representando, até outubro, 7,4% do total.

“A indústria brasileira do couro continua extremamente preocupada com a queda das exportações, tanto em receita quanto em volume, fruto do lon-go período do câmbio aprecia-do, além dos já conhecidos obs-táculos do Custo Brasil (altas taxas de juros, excessiva buro-cracia, precariedade do sistema de infra-estrutura, entre outros),

exportações de couros somaram uS$ 1,68 bi até outubro

agravada pela crise internacio-nal”, adverte o presidente do CICB, Luiz Bittencourt.

Para contrapor-se a este quadro, o Centro das Indús-trias de Curtumes do Brasil (CICB) vem pleiteando junto ao governo o reajuste no Revi-taliza (programa do Governo Federal que concede linhas es-peciais de financiamento a ca-pital de giro, investimento e exportação). “A vinculação do capital de giro aos investimen-tos futuros transforma esse im-portante programa em matéria para ‘inglês ver’. O que os se-tores produtivos precisam, nessa época de incertezas e de crédito escasso, é de capital de giro”, defende Bittencourt.

PrinciPais DEstinos

No mês de outubro, os principais destinos do couro brasileiro foram a China e Hong Kong, ambos com US$ 537,5 mi-lhões (32% de participação); Itá-lia, com US$ 453,4 milhões (26,9% de participação); e Esta-dos Unidos, US$ 153,1 milhões (9,1%). No período, o Vietnã foi o mercado que mais cresceu (96%), somando US$ 80 milhões. Os demais países que adquiri-

ram o produto nacional foram: a Indonésia comprou US$ 59,1 mi-lhões do produto nacional (in-cremento de 15%), Alemanha, que aumentou suas compras em 44%, importando US$ 35 mi-lhões, enquanto o México ad-quiriu US$ 40,7 milhões, repre-sentando crescimento de 26%, e a Noruega, que importou US$ 24,6 milhões do couro brasileiro (aumento de 66%).

EstaDos ExPortaDorEs

O balanço das vendas ex-ternas de couros dos estados brasileiros até outubro, em comparação aos dez meses de 2007, indica que São Paulo con-tinua na liderança estadual (US$ 519,4 milhões, participação de 31% e redução de 19%), segui-do pelo Rio Grande do Sul (US$ 447,7 milhões, participação de 26,64% e crescimento de 3%), Ceará (US$ 167 milhões, 10,21% e aumento de 42%) e Mato Grosso do Sul (US$ 93,21 mi-lhões, 5,55% e decréscimo de 16%). Os demais estados são Bahia (US$ 88,17 milhões), Para-ná (US$ 87,77 milhões), Goiás (US$ 74,23 milhões) e Minas Gerais (US$ 73,82 milhões).

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A arroba do boi está mais valorizada em Rondônia

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7novembro / dezembro de 2008

Os municípios pa-ranaenses de

Castro, Toledo, Nova Es-perança e Ortigueira se destacam entre os líderes nacionais na produção de leite, suínos e frangos, ca-sulos do bicho-da-seda e mel. A pesquisa com os resultados da produção municipal de 2007, divul-gada pelo Instituto Brasi-leiro de Geografia e Esta-tística (IBGE) no final de novembro aponta que o Paraná é o maior produtor de aves e de casulos do bicho-da-seda do País, o segundo maior produtor de mel, o terceiro na pro-dução de suínos e leite e o décimo colocado na produção de bovinos.

Na Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), o municí-pio de Castro foi o cam-peão na produção de leite, com 135,67 milhões de li-tros em 2007. Nessa ativi-dade, os municípios para-naenses de Marechal Cândido Rondon, Toledo e Carambeí se destacaram entre os 10 municípios bra-sileiros com as maiores produções de leite.

AgroDeStAque – Paraná se destaca também na Produção de frangos, suínos, bicho-da-seda e mel

Castro é o município que mais produz leiteNo ranking nacional, o

Estado do Paraná aparece como terceiro maior produ-tor de leite naquele ano (2007) com uma produção de 2,7 bilhões de litros. Essa pesquisa da produção pecu-ária municipal reflete a esti-mativa feita naquele ano, onde se levou em conta as informações das lideranças obtidas em reuniões feitas nos municípios.

Na avaliação do secre-tário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bian-chini, o Paraná recebeu mui-tos investimentos na área de laticínios, mas os resultados deverão ser mais expressivos daqui para frente quando os negócios estarão mais ama-durecidos.

outras atiViDaDEs

Na produção de fran-gos, onde o Estado é con-firmado como o maior pro-dutor nacional com uma produção de 195,8 milhões de cabeças em 2007, que corresponde a 21,1% da produção nacional. Os mu-nicípios de Toledo, Piraí do Sul, Cascavel, Palotina e Dois Vizinhos se desta-

cam entre os 20 municípios com os maiores efetivos no plantel avícola.

O município de Tole-do é o maior produtor de frangos do Paraná e o quinto no País com uma produção anual em 2007 de oito milhões de cabe-ças. Toledo se destaca também na produção de suínos, onde aparece em terceiro lugar no ranking da produção nacional. Em 2007, o município manti-nha um plantel com 412.980 cabeças. O Para-ná é o terceiro produtor nacional de suínos com um plantel de 4,73 mi-lhões de cabeças, respon-sável por 13,2% da produ-ção nacional.

A pesquisa do IBGE mantém o Paraná na lideran-ça da produção de casulos do bicho-da-seda com uma produção de 7.304 toneladas de casulos. Na listagem dos 20 municípios brasileiros com as maiores produções, todos são do Paraná. Desses, os municípios de Nova Espe-rança, Alto Paraná e Altônia estão entre os três maiores produtores.

Outro setor que o Pa-raná se mantém na lide-rança é a produção de mel, com 4.632 toneladas produzidas em 2007. O re-sultado representa uma participação de 13,3% na produção nacional que atingiu 34.747 toneladas de mel produzidas no País. O município parana-ense de Ortigueira é o oi-

tavo produtor de mel no ranking nacional dos 20 municípios brasileiros com as maiores produções.

cortE

No setor de bovinos a produção paranaense se si-tua na décima colocação com um rebanho de 9,49 mi-lhões de cabeças. No Para-ná, houve um movimento de

abate de fêmeas muito seve-ro por causa da baixa renta-bilidade da pecuária acumu-lada desde 2002. Os preços do boi gordo ficaram muito achatados em 2007 e os pe-cuaristas abateram suas fê-meas para saldar compro-missos, enquanto outros liquidaram seus plantéis e saíram da atividade.

Da Redação

As notícias sobre a crise financeira internacional to-maram conta dos jornais nos últimos meses, diante da gravidade da situação eco-nômica nos países desenvol-vidos, que chega a ser com-parada, com as devidas ressalvas, com a grande de-pressão de 1929. Bolsas de Valores despencaram, indi-cadores de confiança passa-ram a retratar um momento de preocupação, empresas passaram e enfrentar dificul-dades e pacotes trilhonários de socorro foram montados às pressas - visando mitigar os efeitos perversos de uma das maiores crises financei-ras da história.

Paralelamente a este processo, o ano de 2008 vi-nha sendo marcado para o Brasil pelo forte ritmo de ex-pansão da atividade, empre-gos em elevação e elevada credibilidade internacional - que culminou na obtenção do grau de investimento em meio à crise. Esses fatores evidenciavam um dos maio-res ciclos de crescimento da economia brasileira das últi-mas décadas, derivado da responsabilidade na gestão macroeconômica, do au-mento da internacionaliza-ção das empresas e manu-tenção do tripé baseado no

ArtIgo:

os Benefícios da Maturidade econômicasistema de metas para a in-flação, câmbio flutuante e metas fiscais.

Contudo, a crise inter-nacional mudou de patamar a partir de setembro, tor-nando impossível manter até mesmo o discurso de descolamento da nossa economia dos aconteci-mentos externos. Nesse ambiente, a grande ques-tão não é saber se seremos ou não afetados pela crise, mas sim identificar o tama-nho e a duração dos impac-tos negativos sobre a nossa economia. Até o momento, poucos indicadores apre-sentam sinais de retração, o que poderia manter o oti-mismo e a tese do descola-mento. Contudo, existem fortes evidências de que empresas estão revendo projetos e orçamentos para o próximo ano, diante da piora das condições de fi-nanciamento externo e das incertezas que pairam so-bre os rumos da economia. Assim, embora seja, neste momento, difícil precisar o tamanho da desaceleração da economia brasileira, é forçoso reconhecer que o quarto trimestre deste ano já mostrará que o ritmo da atividade interna sofreu al-teração significativa.

Por outro lado, nunca é demais lembrar que nas cri-ses internacionais da década de 1990, originadas em paí-ses em desenvolvimento e de proporções bem menores que a atual, a economia bra-sileira acabava entrando em recessão no ano seguinte, o que não deve se repetir. Para 2009, enquanto o cenário para os países desenvolvidos indica um ambiente recessi-vo, para o Brasil – e diversos outros países emergentes – a expectativa é de uma aco-modação do crescimento. Após expansão da economia superior a 5% no biênio 2007-08, projeta-se uma taxa de crescimento de 2,5% para o Brasil em 2009. Portanto, po-de-se concluir que as infor-mações disponíveis até o momento indicam que os efeitos deletérios advindos do exterior mudarão, de fato, o patamar de crescimento no Brasil neste e no próximo ano, contudo, sem a necessi-dade de pacotes mágicos, incapazes de evitar oscila-ções abruptas na renda e no emprego. Este é o resultado direto da maturidade macro-econômica atingida.

Autor: Paulo Chananeco F. de Barcellos Neto - Diretor Adjunto de Economia e Riscos de Mercado, do

Banco Cooperativo Sicredi

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Município alcançou em 2007 a produção de 135,6 milhões de litros

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8 novembro / dezembro de 2008

A Embrapa Suínos e Aves, unidade

vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento, quer chamar a atenção dos suinocultores para os cuidados que preci-sam tomar com a água no início do verão, época em que esse recurso se torna mais escasso.

Segundo o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Julio Cesar Pascale Palhares, o primeiro ponto a ser desta-cado para que o suinocultor não tenha problemas com a falta de água no verão é a necessidade de desenvolver ações na época em que se tem água disponível.

Uma opção para a es-cassez da água no verão é o uso de cisternas, porém elas devem ser construídas na época das águas e não na chegada do verão. “A cister-na feita na época da seca só vai gerar resultado na próxi-ma seca, porque para a atual não tem mais chuva”, expli-ca Júlio Palhares.

SuINoCuLturA – no verão o recurso se torna mais escasso e deve ser armazenado anteciPadamente

embrapa alerta sobre cuidados com o uso da águaO uso da água dentro

do galpão também merece uma atenção especial, al-guns vazamentos que pare-cem ser pequenos no pri-meiro momento, podem se transformar em perdas gran-des de água com o passar dos dias. Segundo o pesqui-sador Júlio Palhares, quan-do o produtor desperdiça água, está perdendo duas vezes. “O produtor perde um recurso natural e joga di-nheiro fora, a água que sai dos vazamentos poderá comprometer o manejo dos dejetos, aumentando os custos de produção. O sui-nocultor acaba perdendo duplamente. Por isso, moni-torar a rede hidráulica é item importantíssimo”.

O bom uso de bebe-douros contribui para a eco-nomia deste recurso que, na época de seca é tão raro. Esses bebedouros econô-micos acabam tendo um custo maior que os outros mais comuns, porém garan-tem menor perda de água,

diminuindo o volume de dejetos e os gastos com o manejo do mesmo.

laVagEm

O processo de lavagem dos galpões é uma prática que também exige uma cer-ta atenção quanto à quanti-dade de água utilizada. Se-gundo o pesquisador, esse aspecto já melhorou bastan-te nos últimos anos. “Há um tempo a prática de lavagem de galpões em algumas pro-duções era feita diariamente. Hoje em dia, o pessoal só lava no final do lote, quando os animais já saíram”, expli-ca o pesquisador. Outro as-pecto importante quanto à lavagem dos galpões é o equipamento usado. Exis-tem desde mangueiras de borracha que gastam mais água até jatos de pressão, que gastam menos. Por ser um equipamento mais sofis-ticado, o jato acaba tendo um custo um pouco maior, mas é o mais indicado para diminuir consumo.

Esses são alguns pontos focais no manejo dos suínos que podem ser atuados de maneira positiva na conserva-ção da água. “Um bebedouro eficiente, uma rede hidráulica bem monitorada, vai diminuir o volume de captação de água, essas relações são difí-ceis de serem vistas pelos pro-

dutores, mas são coisas sim-ples que podem ser feitas e que vão dar resultado eficien-te” explica Júlio Palhares.

A conservação da água não demanda custos, mas sim conhecimento. Além desses cuidados já citados, é impor-tante preservar a vegetação e os rios. A legislação determina

que todas as nascentes devam possuir um raio de 50 metros de vegetação ao seu redor. Da mesma forma, é importante conservar a mata ciliar que co-labora com a conservação da água nos rios. Cumprir a legis-lação e principalmente o Códi-go Florestal é importante.

Da Redação

Os preços dos suínos vivos pagos aos produtores tiveram queda de 30%, no fi-nal de outubro e início de novembro, surpreendendo os suinocultores, que não encontram razões que justifi-quem esse comportamento em período tão curto. Na avaliação do presidente da Comissão Nacional de Sui-nocultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Simplí-cio Lopes, “a receita do pro-dutor ficará igual ou abaixo dos custos de produção, re-tomando o quadro de crise que atingiu o setor há dois anos”. Ele explica que, en-quanto os suinocultores têm recebido remuneração me-nor, as exportações de carne suína, em valores, vêm regis-trando aumentos significati-vos. Segundo ele, em setem-bro, as vendas externas tiveram incremento de

queda de 30% no preço pago ao produtor assusta suinocultores

63,33% em comparação ao mesmo mês de 2007.

Segundo Simplício, as exportações de carne suína somaram US$ 1,18 bilhão, no acumulado de 2008, com ex-pansão de 38,11% em com-paração ao mesmo período do ano passado. Em 12 me-ses, entre outubro de 2007 e setembro de 2008, a variação das vendas externas do seg-mento foi de 33,41% em rela-ção ao período anterior, mantendo perspectivas favo-ráveis para 2008. “A desvalo-rização recente do real impli-cou em maior remuneração aos exportadores brasileiros. Por que o suinocultor tem de arcar sozinho com esta que-da de preços?”, questiona Renato Simplício, que tam-bém é 1º Vice-Presidente da CNA e presidente da Fede-ração da Agricultura e Pecu-ária do Distrito Federal (FAPE/DF).

mEDiDas

“Diante de dados tão positivos e perspectivas oti-mistas das exportações, não tem sentido os suinocultores conviver com estas quedas exacerbadas”, acrescenta o vice-presidente da CNA. Na sua avaliação, com esta con-juntura, o produtor “perderá o que vinha recuperando de crises anteriores vividas pelo setor”. Para reverter esta situ-ação, ele defende a adoção de mecanismos que evitem distorções na cadeia produti-va de suínos, para evitar que os produtores, que são toma-dores de preços, não tenham a sua remuneração afetada pela queda dos preços pagos pelo suíno vivo. “Os preços caem de uma vez e demoram semanas ou meses para se recuperarem”, afirma o presi-dente da Comissão Nacional de Suinocultura.

A última reunião técnica deste ano

da Câmara Setorial de Ovi-nocaprinocultura de Mato Grosso do Sul foi realizada no final de outubro, na Em-brapa Gado de Corte, em Campo Grande/MS. O en-contro reuniu representantes de 26 entidades para um ba-lanço anual das atividades e a programação do setor para o próximo ano.

O objetivo é de orga-

oVINoS

Cadeia produtiva discute criação de ovinos em MS

nizar e impulsionar a cadeia produtiva de ovinocaprino-cultura, transformando a atividade de cria em em-presarial. O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em par-ceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimen-to Agrário, produção, In-dústria, Comércio e Turismo (Seprotur), pretende treinar produtores do estado e téc-nicos da Agraer.

A zootecnista Soraia Marques Putrino, gerente de P&D do grupo Evialis no Bra-sil, levanta um tema preocu-pante para a ovinocultura brasileira. Segundo ela, “grande parte dos criadores não oferece nutrição ade-quada para seus animais”.

Com isso, o desempe-nho dos animais destinados ao abate cai, ocorrendo me-nor ganho de peso, conversão alimentar, falta de cobertura de gordura adequada, além de menor desempenho repro-dutivo e deficiência na produ-ção de leite para as crias. Ou-tra conseqüência é que eles ficam mais susceptíveis a do-enças de origem metabólica ou por baixa imunidade. “Uma nutrição deficiente pode fazer com que a produtividade seja reduzida a ponto de inviabili-zar economicamente a cria-ção”, ressalta a gerente.

ProblEmas

Alguns problemas meta-bólicos que podem ser lista-dos: a acidose, que em geral é ocasionada devido à falta de volumoso na dieta; a urolitíase

Manejo nutricional incorreto traz prejuízos para os ovinos, afirma especialista

em ovinos, também causada pela deficiência de volumoso e/ou desequilíbrio de minerais na dieta. Além disso, fêmeas no estágio final de gestação que estão super ou sub-nutri-das, podem adquirir a toxemia da prenhes. “Os erros com re-lação ao manejo nutricional predominam. E, na verdade, quando feita corretamente é a melhor forma de prevenir e so-lucionar alguns problemas como esses que acontecem com tanta freqüência no cam-po”, enfatiza Soraia Putrino.

A nutrição de ovinos, assim como de outras espé-cies deve estar baseada nas exigências nutricionais de cada categoria animal, que variam de acordo com o peso, idade, raça, sexo e fase da vida – crescimento, en-gorda, gestação e lactação.

maiorEs Exigências

O animal jovem, em fase de crescimento, por exemplo, tem maiores exigências de proteína em relação ao animal adulto, já que possui acentua-da deposição muscular. As exigências de proteína tam-

bém são mais elevadas para fêmeas em terço final de ges-tação – cordeiros ganham até 70% do seu peso no nasci-mento -, e lactação em relação às fêmeas em manutenção.

Já as exigências de ener-gia são maiores na fase de de-posição de gordura como ani-mais em terminação; e, mais uma vez, as fêmeas em terço final de gestação têm maiores requerimentos energéticos em relação às que estão na fase de manutenção.

Para o suprimento da proteína e energia requeridas em algumas fases da vida do animal, é fornecido o alimen-to concentrado. O tipo de concentrado e a quantidade a serem fornecidos depen-dem da qualidade do volu-moso que os animais têm à disposição. E assim como a deficiência de nutrientes pode comprometer a produtividade animal, o excesso pode cau-sar o mesmo efeito. O exces-so de energia, por exemplo, eleva o acúmulo de gordura que pode comprometer a performance de animais des-tinados à reprodução.

Na Fazenda Modelo, da Embrapa Gado de Corte, funciona um Arranjo Produti-vo Local (APL), com 130 ani-mais, destinado à pesquisa, capacitação, transferência de tecnologia e fomento no estado. De acordo com da-dos do IBGE de 2005, o nú-mero de ovinos no Mato Grosso do Sul é de aproxi-madamente 440 mil animais, o que representa 6% do re-banho nacional.

A criação de ovinos ga-nhou impulso nos últimos dez anos, em Roraima. Os criado-res do estado perceberam que investir nesses rebanhos pode ser um bom negócio. A matemática é simples: o tem-po de abate do carneiro é menor, enquanto o preço da carne no mercado é maior que o da bovina. E os gastos com alimentação e manuseio não se diferenciam de outros rebanhos.

Segundo o presidente da Associação de Criadores de Ovinos de Roraima, Ma-noel Leopoldo Filho, a espe-ra pelo abate dura cerca de dois anos no caso dos bovi-nos, enquanto para o ovino o ponto ideal é com seis me-ses. “E o quilo da carne de carneiro, no estado, varia en-tre 12 e 14 reais, indepen-dente do corte. Ao contrário do gado, que tem um preço diferente para cada corte.

ovinocultura anima criadores de roraima

Na prática, o faturamento com a criação de carneiros pode ser até dez vezes maior em comparação com o reba-nho bovino”, garante.

Mas os bons ventos no setor não vêm soprando por acaso. Leopoldo ressalta a importância do trabalho em conjunto entre a Embrapa e a Associação de Criadores, que contribui bastante para a expansão do rebanho ovi-no em Roraima, com a aqui-sição de reprodutores e ma-trizes de alta linhagem, que permitem melhoramento genético dos animais.

Falta DE DaDos

A raça Santa Inês é a mais difundida, existindo em menor número exemplares de Dorper, Barriga Negra. Não existem estimativas ofi-ciais sobre o rebanho ovino de Roraima, mas se calcula em 30 mil cabeças. Também

não existe, no estado, um abatedouro com as especifi-cações sanitárias adequadas. Por isso, por enquanto, a car-ne é voltada apenas para consumo interno e não pas-sa por inspeção rigorosa. Um risco para a população. Mas o presidente da Associação vislumbra um cenário dife-rente para 2009, quando deve ser liberada verba do Governo Federal para a construção do abatedouro.

O médico veterinário Ramayana Menezes, pesqui-sador da Embrapa Roraima, confirma que os criadores estão investindo nas instala-ções, manejo e alimentação do rebanho. “Eles partici-pam com entusiasmo das capacitações que oferece-mos, mas ainda falham na gestão da propriedade. E não fazem o registro dos nascimentos e dos custos de produção”, lamenta.

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A limpeza dos galpões exige atenção diferenciada

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9novembro / dezembro de 2008

A bananicultura do Paraná conta des-

de o mês de novembro, com uma nova cultivar a ser plan-tada, comercializada e consu-mida. É a BRS Conquista, apresentada em Andirá para 85 participantes convidados, integrantes da cadeia produ-tiva e dirigida principalmen-te para a agricultura familiar por suas características de resistência às doenças, ele-vada produtividade e redu-ção nos atuais custos de pro-dução da banana cultivada tradicionalmente.

A solenidade de apre-sentação ocorreu no Cine Teatro São Carlos, conduzida pelo extensionista, enge-nheiro agrônomo Élcio Félix Rampazzo, coordenador ma-croregional do Projeto Frutas do Emater, instituto estadual oficial vinculado à SEAB/PR. Os participantes do encon-tro também foram recebidos por Eliazar Vivot Dias, em Itambaracá para visitação de 55 plantas na unidade de-monstrativa, com mudas acli-matadas em 25 de janeiro de

FrutICuLturA – encontro técnico foi realizado Pela emater, em andirá, na região norte do estado

BrS Conquista é apresentada aos paranaenses2007 e plantio em 22 de fe-vereiro, com início da colhei-ta da primeira produção em 15 de abril de 2008.

Na oportunidade o pes-quisador Luadir Gasparotto, responsável pelo projeto de geração da cultivar, destacou o trabalho desenvolvido no campo experimental da Em-brapa Amazônia Ocidental, em Manaus/AM, e assegu-rou ainda que ela estará dis-ponível em mudas micropro-gadas, pela SBW do Brasil Agrifloricultura, de Holam-bra, São Paulo, a partir do primeiro semestre de 2009.

VantagEns

Dentre os aspectos po-tenciais da nova banana es-tão o sabor peculiar agrido-ce pelo equilíbrio entre açúcares e ácidos, casca fina, coloração amarelo claro, pol-pa de coloração creme, aro-ma proeminente e agradá-vel, como comprovou o menino Lucas Braga, de 9 anos, convidado pela comis-são organizadora para sabo-rear o primeiro fruto dos ca-

chos colocados para degustação dos visitantes. Mesmo variando em tecno-logias adotadas nas diversas regiões produtoras a média dos resultados pode ser de fruto pesando 90g, cacho de 29kg, 326 frutos por cacho, 13 pencas por cacho, pencas de 2,25kg e alta resistência ao despencamento.

Do plantio à emissão de cacho, no Paraná, leva 360 dias (de fevereiro a dezem-bro), de 8 a 9 folhas viáveis na colheita e produtividade mé-dia de 30 toneladas por hec-tare no segundo ano de pro-dução, com 1,6 mil plantas por hectare no espaçamento de 3,0m x 2,0m. O plantio pode ser efetuado em qual-quer época do ano, quando irrigado e em diferentes tipos de solo e seu desenvolvimen-to em unidades demonstrati-vas no sul onde as áreas estão sujeitas a geadas, tem sido satisfatório.

sigatoka

O maior destaque da cultivar BRS Conquista, se-

gundo Gasparotto é a sua alta resistência as doenças Siga-toka-amarela e Sigatoka-ne-gra, além da resistência com-pleta ao Mal-de-Panamá. Qualidades essas que vão permitir a fácil propagação como alternativa frutícola na

diversificação agrícola da pe-quena propriedade rural, des-taca o extensionista Rampa-zzo. “Esta nova cultivar deverá ter seu consumo recomenda-do como banana Conquista, sem confundir o consumidor porque não é e nem veio

substituir a banana maçã. É, sem dúvida, um produto dife-renciado e pode ser produzi-da sem ou com o mínimo de agrotóxicos, ideal para os ba-nanicultores enquadrados na agricultura familiar”.

Da Redação

Com o segundo maior pólo de fruticultura do país, localizado no município de Livramento de Nossa Senho-ra, a Bahia foi sede do 7º En-contro Estadual de Moscas-das Frutas. O evento, realizado no mês de novem-bro, na cidade de Rio de Contas, a 612 quilômetros de Salvador, na Chapada Diamantina, teve como obje-tivo capacitar profissionais da Agência Estadual de De-fesa Agropecuária da Bahia (Adab) e de outras agências de defesa dos estados do Rio Grande do Norte, Céara e Pará, contra a entrada da Mosca-da-carambola.

A praga é originária da Malásia e atualmente foi de-tectada no estado do Ama-pá, atingindo frutas de todas as espécies, inviabilizando a comercialização e exporta-ção. De acordo com o coor-

Bahia é sede de encontro para garantir sanidade na fruticultura

denador do Programa de Mosca-das Frutas, da Adab, Raimundo Sampaio, a praga precisa ser combatida por ser uma ameaça à fruticultu-ra nacional.

“Caso a praga chegue a Bahia, vai atingir principal-mente a manga, fruta que tem a segunda maior produção do Brasil. A mosca-da-carambola pode causar a perda de até 70% da produção e aumentar o uso do agrotóxico, além de impedir a exportação da man-ga para países como Argenti-na, Uruguai, Estados Unidos, Japão e Europa”, explicou Sampaio.

O coordenador do pro-grama avalia que o encontro é uma forma de proteger o agronegócio baiano sendo que 90% da área cultivada por manga na região de Li-vramento de Nossa Senhora é explorada pela agricultura

familiar. “É importante cui-dar da fruticultura para ga-rantir uma maior sanidade do produto”, ressaltou.

PrEsEnças

Durante o encontro, fo-ram realizados treinamentos, aulas teóricas e práticas de la-boratório, ministradas por téc-nicos da Adab, órgão que ge-renciou o encontro, e pela coordenadora nacional do Programa de Mosca-das fru-tas do Ministério da Agricultu-ra Pecuária e Abastecimento (Mapa), Maria Júlia Goddoy. A finalidade é criar uma equipe de emergência atuante no combate. O evento teve tam-bém as presenças de repre-sentantes da Biofábrica Mos-camed, empresa que atua no monitoramento de pragas, e do diretor do Instituto Agro-nômico Nacional do Paraguai, Miguel Blanco.

No mês de novembro, na Embrapa Mandioca e Fru-ticultura Tropical (Cruz das Almas/BA) foi realizado o IV Curso Internacional sobre Produção de Frutas Tropicais. O treinamento tem o objeti-vo de oferecer aos técnicos de países africanos de língua portuguesa (Palop) a oportu-nidade de aperfeiçoarem seus conhecimentos sobre técnicas de produção e pós-colheita de frutas tropicais sob condições de agricultura familiar e empresarial.

“De volta a seus países, eles serão multiplicadores e vão poder contribuir para o desenvolvimento da fruticul-tura, em especial do abacaxi, acerola, banana, citros, man-ga e maracujá”, explica o pesquisador Domingo Ha-roldo Reinhardt, articulador internacional da Unidade.

Aspectos socioeconô-micos e estatísticos na fruti-cultura, recursos genéticos e melhoramento, manejo do solo, nutrientes e água, con-trole de pragas e doenças, sistemas integrados de pro-dução, manejo dos frutos na colheita e pós-colheita e for-mas de processamento fize-ram parte dos principais te-mas da programação de

técnicos africanos participam de curso sobre frutas tropicais na embrapa

quatro semanas. Além das aulas teóricas, foram realiza-das excursões regionais e vi-sitas a produtores, campos de produção de mudas e unidades de processamento de frutas.

ParcEria

O curso é resultado de um acordo de cooperação técnica entre Brasil e Japão, assinado em 2001. Seis cur-sos similares já foram realiza-dos até 2007 – três sobre fru-tas tropicais e três sobre mandioca, capacitando 85 técnicos. O acordo prevê mais três cursos até 2011.

Participam funcionários de instituições de pesquisa e extensão de Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Moçambi-que. Pela primeira vez em sete anos, três vagas foram ocupadas por brasileiros, cujas despesas não são co-bertas pelos organizadores.

Os órgãos parceiros da Embrapa na execução do acordo são a Agência Brasi-leira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, e a Agência Ja-ponesa de Cooperação In-ternacional (Jica), principal agente financiador.

A pêra pode se estabe-lecer como alternativa de plantio comercial nas áreas irrigadas do submédio do Vale do São Francisco, clima quente e com pequenas va-riações ao longo do ano. A Embrapa Semi-Árido realiza estudos para superar a ne-cessidade de frio que a pêra requer nas áreas onde é cul-tivada. Assim como aconte-ceu com a uva, há cerca de 30 anos, as pesquisa buscam formas de manejo das pe-reiras e sua adaptação às condições ambientais do sertão nordestino.

De acordo com o en-genheiro agrônomo Paulo Roberto Coelho Lopes, bons resultados ampliaram os ob-jetivos da pesquisa. Inicial-

Pêra é uma nova opção no Semi-áridomente eram duas varieda-des testadas, atualmente são 18 novas cultivares, den-tre elas algumas das mais cultivadas e comercializadas mundialmente. Se até mea-dos de 2009, for comprova-da a viabilidade desses no-vos materiais, o pesquisador acredita que terá um bom indicativo para recomendar o plantio de pêra nas áreas irrigadas do Submédio do Vale do São Francisco.

A pêra é a terceira mais consumida e mais im-portada pelo Brasil, entre as frutas de clima tempera-do. O consumo atual é de mais de 150 mil toneladas. A produção nacional anda é insignificante e não alcança sequer 10% do total consu-

mido. As áreas cultivadas estão concentradas nos es-tados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo e as colheitas acontecem entre os meses de fevereiro a maio.

O agrônomo conside-ra favorável o mercado de pêras no Brasil. A demanda atual pode crescer e chegar a 300 mil toneladas ao ano, desde que a cadeia produ-tiva em torno da cultura abasteça o mercado com frutos de qualidade e pre-ços competitivos. Diversifi-car as opções de cultivo no Submédio é uma estratégia inteligente para chegar ao mercado com oferta de vá-rias frutas em épocas dife-rentes do ano, explica.

Setor de máquinas

agrícolas cresce 16,6%

Os dados sobre o de-sempenho da indústria de máquinas agrícolas até novembro mostram que o setor vai encerrar o ano atingindo suas expectati-vas. As vendas de máqui-nas agrícolas somaram 4,3 mil unidades em novem-bro de 2008, o que repre-senta uma queda de 21,2% em relação a outu-bro e um crescimento de 16,6% em relação ao mes-mo mês do ano passado.

No acumulado dos primeiros onze meses do ano, foram vendidas no mercado interno 50,8 mil máquinas agrícolas, volu-me 42,8% maior que o re-gistrado em igual interva-lo de 2007. Na realidade, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veícu-los Automotores (Anfa-vea) fez pequena revisão para cima no volume de vendas em 2008. A enti-dade projeta agora que as vendas internas de má-quinas agrícolas irão cres-cer 40% em 2008, para um total de 53,8 mil unida-des. Anteriormente, a projeção era de 53,1 mil unidades e alta de 38,6%.

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Produtores assistiram palestras técnicas sobre a nova variedade

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10 novembro / dezembro de 2008

Com o objetivo de fortalecer a ativida-

de avícola no Estado, os pro-dutores de aves de Mato Grosso do Sul criaram no mês de novembro, na sede da Fa-masul (Federação de Agricul-tura e Pecuária de Mato Gros-so do Sul) a Avimasul (Associação dos Avicultores de Mato Grosso do Sul).

A economista da Fama-sul, Adriana Mascarenhas, as-sessorou todo o processo de estruturação da Avimasul des-de o início do Projeto. Adriana afirma que o momento é mui-to propício para a criação da Avimasul, porque o cenário econômico para a produção de aves é favorável para o Bra-sil. “Apesar da crise mundial a avicultura vem crescendo e provavelmente não sofrerá

AVICuLturA – um dos objetivos é estimular o crescimento da atividade no estado

Produtores criam associação em MSgrandes impactos como ou-tros setores já estão sofrendo. As expectativas para esse se-tor em 2009 são muito boas e por isso a criação da associa-ção nesse momento é muito importante”, declara Adriana.

númEros

Segundo dados divulga-dos pela Abef (Associação Brasileira de Produtores e Ex-portadores de Frango) entre janeiro e outubro deste ano as exportações de carne de fran-go totalizaram embarques de 3,1 milhões de toneladas, re-gistrando um crescimento de 17% na comparação com o mesmo período de 2007. Nes-ses 10 meses de 2008, a recei-ta cambial somou US$ 6 bi-lhões, o que representa um aumento de 54%.

A produção de carne de frango em Mato Grosso do Sul equivale a 3,6% da produ-ção nacional. Somente este ano já foram produzidas cerca de 118.177.908 Kg de Frango. Adriana analisa que houve um crescimento, mas ele ainda foi pequeno perto de outros es-tados. Os avicultores acredi-tam que com a criação da Avimasul será possível levar as demandas do setor para o governo fazendo com que esse setor cresça em MS. A alta carga tributária e o alto custo de energia elétrica para a atividade são fatores que sempre prejudicaram o setor. Com a associação, as expec-tativas são de que essas ques-tões possam ser resolvidas mais rapidamente.

Da Redação

A Copacol (Cooperati-va Agroindustrial Consolata), participou da 13ª Festa do Frango promovida pela Pre-feitura de Cafelândia entre os dias 20 e 23 de novembro, com o objetivo de integrar as famílias de associados, de colaboradores e da comuni-dade em geral. A Cooperati-va conta hoje com cerca de 4,5 mil associados e mais de 6,5 mil colaboradores dire-tos. Segundo os organiza-dores, mais de 30 mil pesso-as, entre moradores da cidade e de localidades vizi-nhas, visitaram o evento.

Neste ano, o estande da Copacol contemplou in-formações sobre os seus 45 anos de fundação. Além do aniversário comemorado em

Copacol participa da 13ª Festa do Frangooutubro, a Cooperativa tam-bém mencionou o reconhe-cimento de estar entre as 150 melhores empresas do País para se trabalhar e ex-pôs com imagens e embala-gens, os seus diversos pro-dutos à base de frango, reconhecidos no Brasil e no mundo pela qualidade e sa-bor. Ainda no estande, os convidados puderam conhe-cer um pouco mais sobre o novo negócio da Copacol: a piscicultura.

PrEmiação

No sábado, dia 22 de novembro, a Cooperativa entregou o Prêmio de Quali-dade na Propriedade Rural para 45 avicultores integra-dos. Para cuidar de um aviá-

rio, é preciso dedicação. Ma-nejo de equipamentos, manutenção, arborização e preservação do meio am-biente, são algumas das ati-vidades que precisam ser re-alizadas pelos avicultores.

Segundo o presidente da Cooperativa, Valter Pitol, essa premiação é realizada com o objetivo de incentivar os avicultores a manter a qualidade na produção de frangos e também nas pro-priedades rurais. “Somos uma empresa global e preci-samos produzir com eficiên-cia e qualidade nossos pro-dutos para sermos competitivos no mercado, e os produtores tem papel fun-damental nesse processo”, salienta Pitol.

No final de outubro, foi realizada uma reunião ex-traordinária do Comitê Sa-nitário da Unifrango. O en-contro, no Hotel Deville, em Maringá/PR, contou com a presença de representantes de dez empresas associadas (Averama, Frangos Canção, Coroaves, Frangos Pioneiro, Avenorte, Avícola Felipe, Granjeiro, Frango Seva e Avebom), além de partici-pantes não-associados (Fort Dodge, A.B.Araujo, Suiaves e Farmabase).

Comitê Sanitário da unifrango realiza reuniãoOs temas em discussão

nas palestras foram: “Cocci-diostáticos e Promotores”, com o palestrante Alexandre Zochi, abordando questões do uso de promotores de crescimento em frango de corte, drogas versus merca-do internacional, farmacolo-gia e qualidade intestinal; “Lavagem e Desinfecção de Aviários”, referente à limpe-za, lavagem, desinfecção de aviários e biossegurança; e “Monitoria e Diagnóstico”, uma mesa redonda sobre

doenças em frango de corte, coordenada pelo represen-tante do Abatedouro da Co-roaves, Aníbal Cardoso.

Segundo Cardoso, que atua na área de gerência de fo-mento da Coroaves e coorde-nou a reunião do Comitê Sani-tário, “os temas tratados são de extrema importância para a atividade, abordando de for-ma ampla assuntos como questões sanitárias, avaliação, comparação de resultados, ve-rificação de problemas e solu-ções comuns”, disse.

Desenvolver pesquisas de interesse comum entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Faculdade de Ve-terinária da Universidade Fe-deral do Rio Grande do Sul (UFRGS). Com esse objetivo, o professor Carlos Tadeu Pi-ppi Salle se inscreveu no pro-grama Defesa Agropecuária: Mais Ciência, Mais Tecnolo-gia. O investimento de R$ 120 milhões para financiar pesquisa e desenvolver ações de defesa agropecuá-ria no País, até 2010, foi dis-ponibilizado pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, em parceria com o Conselho Nacional de

Pesquisa em doenças aviárias integra o Programa da SDA

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vincu-lado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

O professor Carlos Ta-deu é doutor em Veterinária e trabalha no Centro de Diag-nóstico e Pesquisa em Pato-logia Aviária (CDPA) da UFR-GS. Com o projeto, pretende transformar o CDPA num par-ceiro do Mapa para oferecer tecnologia para o sistema de avaliação de risco de doen-ças, além de auxiliar no diag-nóstico de doenças aviárias e promover o treinamento de recursos humanos. “Essa par-ceria com universidades já ocorre nos países desenvolvi-dos e é muito bem aproveita-

da na resolução dos proble-mas na área de defesa agropecuária”, explica.

cEntros

O projeto apresentado pelo Professor Carlos Tadeu concorre aos recursos da li-nha de ação nº 4, do progra-ma Defesa Agropecuária: Mais Ciência, Mais Tecnolo-gia, que objetiva formar cen-tros colaboradores em defe-sa agropecuária. Outras três linhas de recursos estão pre-vistas: capacitação de recur-sos humanos, projetos de pesquisa científica e tecnoló-gica e estruturação e implan-tação de redes de pesquisas científicas.

Agricultores associados a Coopermibra - Cooperati-va Mista Agropecuária do Brasil, conheceram no final de outubro, os resultados do cultivo do milho BT Yeldgard, o transgênico resistente à la-garta. A apresentação, pro-movida pela Agroeste, foi feita em duas, das oito pro-priedades rurais do municí-pio de Campo Mourão que adquiriram a semente na Co-operativa e cultivaram áreas experimentais e até mesmo comerciais com a variedade AS-1551. “Os resultados es-tão surpreendendo os pro-dutores”, afirma o engenhei-ro agrônomo Fábio Cesar Debortoli, da Agroeste. “Te-mos 100% de satisfação”, destaca ao falar sobre a dife-rença entre o milho conven-cional e o transgênico, plan-tados na mesma época e mesma área. “A diferença é

Coopermibra apresenta resultado do milho Bt

nítida. No milho convencio-nal, apesar de já terem sido feitas de três a quatro aplica-ções, as lagartas continuam atacando as plantas. Já no milho BT, mesmo sem ne-nhuma aplicação, as plantas estão intactas”, conta.

Quem comprovou pes-soalmente essa diferença foi o produtor Odilson Alvaristo. “Vou plantar esse milho na próxima safra”, afirmou ao falar das vantagens que ob-servou no experimento. Além de reduzir os riscos de contaminação ambiental e humana, o produtor ainda economiza na compra de in-seticidas e em todo o pro-cesso de aplicação, que en-volve gastos com combustível, mão-de-obra, desgaste do maquinário e outros. “No final, essa eco-nomia compensa o custo maior da semente”, diz Alva-

risto ao citar ainda que: “Ou-tra vantagem é que a lavoura não sofre com o ataque da lagarta”.

ProDutiViDaDE

De acordo com Deber-toli, por não ser atacado pela lagarta, a média de produti-vidade do milho BT deverá ser de 8% a 10% maior do que as variedades conven-cionais. “Em resumo o milho BT Yeldgard, proporciona menor custo de produção e maior produtividade”, sa-lienta lembrando que muitos produtores deverão optar por essa nova tecnologia para a safrinha. Debertoli cita ainda que a Coopermibra foi uma das primeiras a repassar a semente do milho BT para seus cooperados na região de Campo Mourão e deverá ser a primeira a oferecer o produto para a safrinha.

Levando em conta a produção anterior de pintos de corte e o resultado das exportações de carne de frango em outubro passado, a APINCO estimou que no décimo mês do ano foram produzidas no País 990.463 toneladas de carne de fran-go, volume 11,11% e 6,90% superior aos registrados, respectivamente, em outu-bro de 2007 e em setembro de 2008. Também foram su-peradas – em 4,7% - as 945.515 toneladas alcança-das em dezembro de 2007 e, por essa razão, o volume produzido em outubro últi-mo corresponde a um novo recorde do setor.

Com esse resultado, o volume de carne de frango produzido entre janeiro e outubro de 2008 ultrapassa ligeiramente os 9 milhões de toneladas, sendo quase

Produção de carne de frango fica próxima do milhão de toneladas

7% superior ao registrado no mesmo período de 2007. Correspondendo a uma produção média men-sal de 905,8 mil toneladas, a produção atual projeta para a totalidade do ano volume da ordem de 10,870 milhões de toneladas, 5,5% a mais que o produzido no ano passado.

EstimatiVas

O mais provável, no entanto, é a produção do corrente bimestre (o último do ano) aproximar-se dos 2

milhões de toneladas. E, neste caso, a produção anu-al de carne de frango deve superar (embora ligeira-mente) os 11 milhões de to-neladas, aumentando pelo menos 7% em relação ao ano anterior.

Nos 12 meses encerra-dos em outubro passado a produção brasileira de carne de frango já somou quase 10,9 milhões de toneladas, um volume 7,69% superior ao alcançado no mesmo pe-ríodo anterior. As informa-ções são da AviSite.

O Brasil restabeleceu a exportação de carne de frango in natura para a Chi-na e está concluindo as ne-gociações para o comércio de carne suína, anunciou, no início de dezembro, o ministro da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. A re-tomada do comércio, se-gundo ele, atende a uma reivindicação do setor pro-dutivo, sendo significativa

Brasil restabelece exportação carne de frango in natura para a China

para o País, devido à capa-cidade de consumo do mer-cado chinês.

Principais compradores de produtos agropecuários brasileiros, os chineses farão, inicialmente, negócios com 24 abatedouros localizados em oito estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Para-ná, São Paulo, Mato Grosso Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.

As negociações ocor-

reram, em Pequim (China), entre o secretário de De-fesa Agropecuária do Mi-nistério da Agricultura, Inácio Kroetz, e o vice-mi-nistro de Administração, Quarentena, Supervisão e Inspeção da República Po-pular da China, Wei Chuan-zhong. No caso da carne de frango in natura, o res-tabelecimento do comér-cio é imediato, validado pelas duas autoridades.

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Criadores querem amenizar custos com a atividade

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11novembro / dezembro de 2008

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A crise vivida pelos produtores de mi-

lho no País, desencadeada pela queda nos preços do ce-real, estoques elevados e re-dução na exportação do pro-duto, esteve em discussão na segunda quinzena de novem-bro, durante audiência públi-ca promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvi-mento Rural, em Brasília. Além de analisar as causas que de-sencadearam a crise, deputa-dos, representantes de coo-perativas e do governo federal debateram sobre algumas medidas para combater o problema. Uma delas é o au-mento do preço mínimo da saca do grão em 2009.

A proposta apresenta-da pelo superintendente de Gestão da Oferta da Com-panhia Nacional de Abaste-cimento (Conab), Carlos Eduardo Cruz Tavares, é au-mentar o preço mínimo de forma regionalizada. O valor da saca passaria de R$ 14 para R$ 16,50 no Sul e no Su-deste; de R$ 11 para R$ 13,20 em Mato Grosso e Rondônia;

grãoS – valor sugerido Pela conab é insuficiente, aPontam Produtores e rePresentantes de cooPerativas

Preço mínimo do milho não cobre custose de R$ 14 para R$ 19 no Nordeste. Durante a audiên-cia, o superintendente da Conab disse ainda que exis-te a intenção de dar aos pro-dutores a opção de compra de 2 milhões de toneladas de milho. Os agricultores po-deriam, assim, vender essa produção para o governo ou para o mercado.

rEcursos

De uma forma geral, o governo pretende, em 2009, reservar R$ 2,5 bi-lhões para a política de ga-rantia de preço mínimo dos mais diversos produtos da agricultura brasileira. A proposta orçamentária do próximo ano já contempla R$ 1,5 bilhão para essa fi-nalidade, segundo o coor-denador-geral de Cereais e Culturas Anuais do Minis-tério da Agricultura, Pecu-ária e Abastecimento, Sil-vio Farnese. No entanto, como essa proposta foi elaborada antes da crise fi-nanceira mundial, o gover-no espera agora que os parlamentares aprovem um

aporte extra de R$ 1 bilhão para garantir a comerciali-zação dos produtos.

Apesar da disposição do governo em apoiar os

que participou da audiência, representado a OCB - Orga-nização das Cooperativas Brasileiras, sugeriu um preço mínimo maior, de R$ 19,06,

produtores de milho, o ana-lista econômico do Sindicato e Organização das Coopera-tivas do Estado do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti,

para a saca do milho produ-zido no Paraná. “O valor de R$ 16,50 proposto pela Co-nab está abaixo dos custos de produção, que é estima-

do pela própria Conab em R$ 19,06/saca de 60 kg. A atuação do governo será de-

cisiva para enxugar a oferta e sinalizar preços”, afirmou.

Da Redação

Uma contradição nos preços do feijão é motivo de preocupação de produ-tores e consumidores do grão em Goiás. Segundo le-vantamento da Gerência de Estudos Técnicos da Fede-ração de Agricultura e Pecu-ária do Estado de Goiás (FAEG), o preço do produto pago ao produtor caiu na comparação com outubro e

Feijão: Preço sobe para consumidor e cai para produtor

para o consumidor houve aumento de preço.

Em outubro, a saca cus-tava R$ 130, e em novembro a mesma saca de 60 kg já custa R$ 90. Segundo os dados da Superintendência de Estatísti-ca Pesquisa e Informação da Secretaria de Planejamento de Goiás, o preço do feijão no varejo teve alta de 7,21% no varejo e atualmente custa em

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) recebeu no dia 20 de novembro, sua parte dos direitos de proprieda-de intelectual pela venda [royalties], na última safra, de variedades de soja ge-neticamente modificadas, desenvolvidas em parceria com a empresa Monsanto. Este ano foram R$ 7,8 mi-lhões destinados à estatal, mais que o dobro recebi-do no ano passado (R$ 3,2 milhões). A sede do Cen-tro nacional de Pesquisa da Soja da Embrapa é em Londrina.

O diretor-executivo da Embrapa, José Geraldo França, explicou que o con-vênio para desenvolvimen-to dessas variedades de soja tiveram início em 2000, mas as sementes só foram colocadas no mercado em 2005. “O importante é que esse dinheiro está ajudan-do a financiar novos proje-tos de pesquisa, não só da Embrapa, mas de várias ou-tras instituições brasileiras, com a soja, o algodão, o ar-roz e de biofortificação para culturas plantadas no Norte e Nordeste do país”.

embrapa recebe r$ 7,8 milhões por sementes de soja transgênica

FunDo

Segundo França, es-ses recursos, que já che-garam a quase R$ 12 mi-lhões com o último repasse, vão para um fun-do de financiamento de outras pesquisas. “Abre-se um edital e são eleitas aquelas (pesquisas) consi-deradas mais fortes do ponto de vista técnico e de aplicação”, afirmou. Os R$ 7,8 milhões, vindos de uma parte dos R$ 0,35/kg de royalties cobrados na venda de sementes de soja da Embrapa com a tecno-logia Roundup Ready®, da Monsanto, já têm alguns destinos definidos.

Serão mais de dez projetos, mas três delas são consideradas prioritá-rias: incorporação de ge-nes resistentes à brusone, doença que mais afeta o arroz nacional; desenvolvi-mento de alimentos mais nutritivos, com adição de ferro e vitaminas; e com-bate a uma doença que quase acabou com as citri-culturas chinesa e sul-afri-cana e que está preocu-pando produtores e cientistas brasileiros.

Com tradição na pes-quisa sobre café, o IAPAR foi a primeira instituição a aco-lher uma reunião do Consór-cio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café) fora de Brasí-lia, no mês de novembro, destacou o diretor-presiden-te do instituto, José Augusto Teixeira de Freitas Picheth.

Definir um plano estra-tégico, fortalecer os laços en-tre as entidades participan-tes, conhecer e incentivar as pesquisas na área foram al-guns dos temas em pauta no 10º encontro do conselho que, a convite de Picheth, aconteceu no IAPAR. A idéia de se descentralizar a reunião teve a aprovação do gerente geral da Embrapa Café e co-ordenador do consórcio, Aymbiré Francisco Almeida da Fonseca: “Esse método proposto pelo IAPAR foi mui-

Conselho do Consórcio Brasileiro de Café se reúne no IAPAr

to produtivo”, afirmou.Também estiveram pre-

sentes o chefe do Departa-mento de Café da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), Ramiro do Amaral; o presidente da Empresa de Pesquisa Agro-pecuária de Minas Gerais (Epamig), Baldonedo Arthur Napoleão; a diretora do Nú-cleo de Pesquisa do Centro de Café do Instituto Agronô-mico de Campinas (IAC), Te-rezinha de Jesus; o diretor-presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assis-tência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Gilmar Gus-mão Dadalto; e o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Laércio Zam-bolim.

consórcio

O CBP&D/Café é uma congregação de institui-

ções de pesquisa e desen-volvimento que tem por objetivo dar sustentação tecnológica ao agronegó-cio do café no Brasil, no sentido de expandir e con-solidar a capacidade de identificação de problemas e geração de alternativas tecnológicas.

Foi criado em março de 1997 por dez institui-ções brasileiras de P&D do café – EBDA, Embrapa, Epamig, IAC, IAPAR, Inca-per, Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abasteci-mento (Mapa/DCAF), Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesa-gro), Universidade Federal de Lavras (Ufla) e UFV, e com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) como insti-tuição coordenadora.

média nos supermercados de R$ 3,80 a R$ 3,90 o quilo.

O analista de mercado da FAEG, Pedro Arantes, afir-ma que o feijão que está no mercado é de excelente qua-lidade, pois foi produzido a partir de irrigação com pivôs. “A culpa dos preços altos não é produtor, que por sinal está recebendo menos por quilo. Há algo de errado”, ressalta.

Fórum sobre seguro

rural reúne governo,

seguradoras e

produtores

Quase metade das ope-rações com seguro rural no País são feitas por produtores paranaenses. E é a partir do Paraná que começa um esfor-ço articulado para modernizar a legislação que regula o se-tor, ampliar as modalidades de seguro hoje oferecidas, e, conseqüentemente, massifi-car a adesão dos produtores.

Um seminário reuniu na segunda quinzena de novem-bro, em Curitiba, representan-tes das seguradoras, gover-nos, produtores rurais, pesquisadores e profissionais de mercado. O Seminário “Risco, Desenvolvimento e Seguro Rural” buscou identifi-car gargalos e pontos de con-vergência para impulsionar os ainda baixos índices do segu-ro agrícola no Brasil. O fórum foi promovido pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Federação Na-cional de Seguros Gerais (Fen-Seg), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Em-brapa) e Instituto de Econo-mia (IE) da Unicamp.

Além de técnicos das ins-tituições citadas acima, partici-param do debate especialistas dos Ministérios da Agricultura e Fazenda, Secretaria da Agri-cultura do Paraná (SEAB), Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Escola Supe-rior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) e Organiza-ção das Cooperativas do Esta-do do Paraná (Ocepar).

Div

ulga

ção

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12 novembro / dezembro de 2008

Rede News

O cafeicultor Os-valdo Garcia, de

Cornélio Procópio, obteve a terceira colocação no 5º Concurso Nacional da Asso-ciação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Ele concorreu na categoria cereja descas-cado e teve seu lote arrema-tado em leilão por R$ 820 a saca. Competindo na cate-goria café natural, o produ-tor João Ferreira dos Santos Neto, de Apucarana, tam-bém chegou em terceiro lu-gar; com lance de R$ 460 a saca. O resultado foi divulga-do no final de novembro, du-rante a cerimônia de encer-ramento do 16º Encontro Nacional das Indústrias de Café (Encafé), em Porto de Galinhas, Pernambuco.

Ambos os produtores venceram, nas respectivas ca-

AgroDeStAque – cafeicultores se destacaram em evento realizado no Pernambuco

Produtores do Pr são premiados em concurso nacionaltegorias, o concurso Café Qua-lidade Paraná, cuja etapa final foi realizada no dia 30 de outu-bro, em Mandaguari/PR. No certame nacional, eles concor-reram com lotes de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. “Esse desempenho confirma que o Paraná produz uma bebida de alta qualida-de”, afirma Armando Andro-ciolli, coordenador de pesqui-sas em café do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

O vencedor da catego-ria café cereja descascado foi Homero Teixeira de Ma-cedo Júnior, de São Sebas-tião da Grama (SP), com lan-ce no valor de R$ 2.470 por saca; o produtor Carlos Sér-gio Sangland, de Araponga (MG), ficou em segundo lu-gar, com lance de R$1.460 a saca. Na categoria café natu-

ral, foi vencedor o produtor Francisco Luiz da Costa, de Jacuí (MG), com lance de R$ 2.200 a saca. Anésio Contine, de Espírito Santo do Pinhal (SP), ficou com a segunda colocação, tendo seu lote obtido lance de R$ 995.

Denomina-se cereja descascado o café em que é retirada a polpa do grão ma-duro, com o objetivo de dei-xar o produto por menos tempo no terreiro. No café natural, processamento nor-malmente utilizado no Brasil, o grão inteiro é encaminha-do para a secagem.

rEgulamEnto

O concurso Café Quali-dade Paraná envolve as dez regiões produtoras do Esta-do: Apucarana, Campo Mou-rão, Cornélio Procópio, Ivai-

porã, Toledo, Londrina, Maringá, Paranavaí, Santo Antonio da Platina e Umua-rama. Cada uma delas realiza um concurso local e selecio-na até dez lotes por catego-ria, que concorrem no certa-me de âmbito estadual.

Para chegar à etapa final, realizada em Mandaguari, os cafés foram avaliados por uma comissão julgadora integrada por experientes provadores do Paraná, São Paulo e Espíri-to Santo, e receberam notas nos quesitos aroma, doçura, acidez, corpo, sabor, gosto re-manescente e balanço da be-bida. O café mais pontuado em cada categoria se qualifica para representar o Paraná no concurso nacional. Lá o julga-mento não é feito por espe-cialistas, mas pelo mercado, por intermédio de um leilão.

O concurso Café Quali-dade Paraná é uma realiza-ção do Governo do Paraná e da Câmara Setorial do Café do Estado, juntamente com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), Iapar, Instituto Emater-PR, Empre-sa Paranaense de Classifica-ção de Produtos (Claspar),

Consórcio Brasileiro de Pes-quisa e Desenvolvimento do Café, Seção de Café do Mi-nistério da Agricultura, Abic e Sebrae. Também conta com o apoio de cooperati-vas, indústrias torrefadoras e empresas ligadas à cadeia produtiva do café.

Da Redação

Representantes dos concessionários das regiões canavieiras e dirigentes da John Deere reuniram-se no hotel JP, em Ribeirão Preto (SP), em um encontro para discutir os resultados de 2008 e as perspectivas para o próximo ano. Cerca de 120 pessoas participaram do en-contro no dia 10 de novem-bro, e assistiram na abertura uma palestra do ex-ministro Roberto Rodrigues, que fa-lou sobre as “Tendências e Desafios da Cadeia de Pro-dução Canavieira no Brasil e no Mundo”.

A avaliação da safra 2007/2008 e a apresentação da estratégia comercial para o próximo ano foram os te-mas apresentados em segui-

John Deere reúne concessionários de regiões canavieiras em ribeirão Preto

da por Werner Santos, dire-tor comercial da John Deere Brasil, e José Luís Coelho, gerente nacional de Vendas Corporativas.

atEnDimEnto

Na segunda parte da reunião, outro tema que me-receu grande atenção foi o Pós Venda Canavieiro. O ge-rente de Pós-Venda, Luiz Sar-tor, abordou a s principais iniciativas para aprimorar a qualidade do atendimento nas áreas de peças e de ser-viços, e foi seguido por ex-posições específicas sobre essas duas áreas e também sobre Treinamento. O traba-lho realizado para intensificar a aplicação dos produtos do sistema AMS nos equipa-

mentos canavieiros foi o tema de outra palestra, apre-sentada por Ilson Eckert, ge-rente de AMS da John Dee-re.

O tema final da reunião foi a apresentação de uma nova tecnologia que deve mudar o sistema de plantio da cana. A utilização de mu-das pequenas, de 4 a 6 centí-metros de comprimento, vai permitir a utilização de má-quinas mais simples e leves para o trabalho do plantio. A John Deere está desenvol-vendo as plantadoras para esse sistema, em parceria com a indústria Syngenta, responsável pelo lançamen-to da nova tecnologia, que deve começar a ser comer-cializada em 2010.

Maringá recebeu o pro-jeto de educação ambiental, da BASF, “Ônibus Itinerante Mata Viva”, que visa sensibi-lizar jovens e adultos para a importância da preservação dos recursos naturais. O pro-jeto, que irá percorrer o Bra-sil nos próximos meses, per-maneceu em Maringá de 19 a 27 de novembro.

O Ônibus itinerante fi-cou estacionado no Parque Industrial da Cocamar - Co-operativa Agroindustrial. Essa iniciativa faz parte do Programa Mata Viva de Ade-quação e Educação Am-

Maringá recebe Ônibus

Itinerante Mata Viva, da BASFbiental e, além da coopera-tiva Cocamar, conta com a parceria da Suvinil, marca de tintas imobiliárias da BASF, e da Fundação Espa-ço ECO. O projeto foi de-senvolvido pela Bellini Cul-tural, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cul-tura e apoio da Secretaria de Educação e prefeitura.

Os objetivos do projeto itinerante são promover es-petáculos teatrais com temas relacionados ao meio am-biente, a democratização da cultura e a educação infantil, por meio da arte.

A Sociedade Rural do Pa-raná confirmou em novembro, a realização de mais uma eta-pa da PBR – Profissional Bull Riders - durante a 49ª Exposi-ção Agropecuária e Industrial de Londrina, que acontece de 02 a 12 de abril de 2009.

A ExpoLondrina terá uma das 40 etapas brasileiras que irão acontecer durante o ano, somente nos principais eventos e feiras agropecuá-rias. O circuito é o mais impor-tante do país, e reúne sempre os melhores cowboys, já que só participam da prova os 35 mais bem ranqueados.

Para Roberto Barros,

etapa do Circuito da PBr está confirmada na expoLondrina 2009

coordenador da ExpoLondri-na 2009, a expectativa é que nesta etapa da PBR o públi-co seja maior que do ano passado, com o atrativo de um espetáculo bem diferen-ciado. “Além do circuito te-remos também um grande show após o rodeio” – anun-cia Barros.

PrEmiação

Bull Riders significa fama e dinheiro. Em Londri-na os prêmios chegam a 35 mil reais aos campeões, além da disputa de uma vaga para a etapa internacional, que tem sua final em Las Vegas. E

em território norte-america-no um cowboy pode ficar bem perto de prêmios que chegam a U$ 3 milhões.

Em 2008, 45 competi-dores foram para a final mun-dial, sendo oito brasileiros, entre eles o paranaense de Colorado, Leonil dos Santos, campeão de Barretos/SP. Dos seis finalistas da PBR em Las Vegas, quatro eram bra-sileiros. O vencedor da etapa norte-americana foi Robson Palermo e o Campeão Mun-dial foi Guilherme Marchi, que ganharam respectiva-mente 250 mil dólares e um milhão de dólares.

No segmento de frutas, qualidade e sabor fazem toda a diferença na hora de comercializar a produção. Por isso, a Bayer CropScien-ce, em parceria com a Orga-nização Não-Governamental HortiBrasil, desenvolveu o programa Garantia de Sabor, que confere um selo às frutas de qualidade e realmente saborosas. Com isso, o con-sumidor pode ter a certeza de estar adquirindo uma fru-ta de alta qualidade e com muito mais sabor.

Desenvolvido por meio de uma rede de parcerias, o programa Garantia de Sabor envolve todos os segmentos da cadeia produtiva (produ-ção, atacado e varejo), viabi-lizando assim que o sabor da fruta que sai da lavoura se mantenha até o seu consu-mo final. O ponto central dessa rede é a produção agrícola voltada para o sa-bor, ou seja, o produtor en-volvido no programa deve adotar técnicas específicas para a obtenção de frutas sa-borosas. Em seguida, a rede de parcerias tem continuida-de no atacado e no varejo,

Bayer lança certificado de qualidade garantia de Sabor

por meio do treinamento dos agentes de comerciali-zação e da orientação do consumidor final.

inoVação

De acordo com o coor-denador de Agricultura Sus-tentável da Bayer CropScien-ce, Luiz Dinnouti, a interação entre todos elos da cadeia de produção e a preocupa-ção com a sustentabilidade econômica dos agricultores são as características que tornam o Garantia de Sabor inovador. “O programa per-mite remunerar melhor os esforços do produtor em conseguir mais qualidade das frutas que serão ofereci-das no mercado. Além disso, temos contribuído para o uso correto e seguro de de-fensivos agrícolas”, afirma.

Para Teresa Gutierrez, Gerente de Projetos da Hor-tiBrasil, todas as partes en-volvidas na cadeia produtiva são beneficiadas com o pro-grama. “As frutas saborosas têm valor pelo menos 50% superior se comparadas às azedas. Além disso, o forne-cedor dessas frutas com mais

sabor é sempre disputado pelos compradores. O con-sumidor satisfeito consome mais, o varejista e o atacadis-ta vendem mais”, explica.

Para a engenheira agrô-noma da Cooperativa Coca-ri, Rosana Miranda de Castro, o suporte durante o proces-so de produção é de exce-lente qualidade e oferece aos produtores todo o apoio necessário para garantir a certificação. “Estamos com ótimas expectativas e espe-ramos que a Cocari fortaleça sua participação no progra-ma, fazendo com que mais produtores possam ser certi-ficados e beneficiados com o aumento de seus negó-cios”, conclui.

Inicialmente o progra-ma Garantia de Sabor traba-lhará com abacaxi, uva e me-lão, frutas que apresentam maior incidência de proble-mas em relação ao sabor e são as que o consumidor en-contra mais dificuldade de diferenciação ao fazer a es-colha no momento da com-pra. Outras frutas devem ser incorporadas ao Programa ao longo do tempo.

A proximidade das fes-tas de fim de ano aquece o mercado de frangos espe-ciais, principalmente com o Natal, em que o consumo de peru e demais aves de festa é bastante tradicional. Ape-sar da concorrência com ou-tras carnes que disputam um espaço na ceia de Natal, a expectativa do Sindicato das Indústrias de Produtos Aví-colas do Estado Paraná (Sin-diavipar) é de incremento de 10% a 15% nas vendas de aves de festa no Paraná.

De acordo com levanta-mento do Sindiavipar, o fran-go especial responde por 10% das vendas de aves no Brasil no mês de dezembro. Além do peru, entram nesse nicho as aves de festa, com caracte-rísticas peculiares comparado ao frango tradicional. São frangos maiores, mais pesa-dos, que ficam mais tempo alojados. Nesse item, o Para-ná é destaque nacional, sendo o maior produtor de aves es-peciais do país. “Enquanto o

Mercado de aves de festa deve superar vendas de 2007

frango convencional tem tem-po de alojamento de 42 dias, pesando entre 2,2 e 2,4 quilos, o frango de festa pesa de 3 a 4 quilos, com tempo de aloja-mento entre 46 e 47 dias”, ex-plica o presidente do Sindiavi-par, Domingos Martins.

Segundo ele, o Paraná é o estado mais representativo no abate de aves destinadas às festas e este nicho de mer-cado representa uma oportu-nidade para aumentar as ven-das das empresas, em especial neste momento de crise eco-nômica. Para Domingos Mar-tins, a concorrência de outras carnes não intimida, pois o mercado é forte e tradicional, além de receber impulso nas vendas em função do recebi-mento do 13º salário. “Nossa expectativa é de aumento no consumo de 10% a 15% na venda de aves de festa, tam-bém conhecida como ave es-pecial, que é um tipo de fran-go maior, ideal para as ceias de Natal”, diz. “Nosso desejo é que todas as pessoas te-

nham em suas mesas, durante os eventos de final de ano, al-gum tipo de ave, as especiais ou as comuns”, conclui o pre-sidente do Sindiavipar.

PErus

Além de estimular o con-sumo interno de aves, a chega-da do Natal também traz resul-tados diretos nas exportações paranaenses de perus. No acu-mulado janeiro-outubro deste ano, já foram produzidas 13.576.498 cabeças de peru, de-sempenho 7,43% superior ao mesmo período do ano passa-do, quando o abate havia sido de 12.567.761 cabeças. Nas ven-das internacionais, o Paraná é hoje o maior exportador brasi-leiro de peru, respondendo por 26,13% das vendas brasileiras. De acordo com levantamento do Sindiavipar, no acumulado janeiro-outubro de 2008 o esta-do já exportou 20.421.258 quilos de peru, valor 1,33% ao mesmo período do ano anterior, quan-do haviam sido exportados 20.152.679 quilos.

organizadores da 44ª emapa

divulgam agenda

A organização da 44ª Exposição Municipal e Agropecuária de Avaré/SP, já definiu as datas de realização da feira no pró-ximo ano. De acordo com Ademir Belinato, presi-dente da Exposição, o evento iniciará dia 27 de fevereiro de 2009 e finali-za em 15 de março.

O primeiro turno será dedicado à raça Nelore e o segundo para as raças Brahman, Simental, Angus, Santa Gertrudis, Limousin e Guzerá.

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Paranaenses durante a premiação