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    Prefcio

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    Solo, muda, semente, vacina, maquinrio pesado e trabalhadoresrurais no so palavras que remetem Web 2.0. Colaborao,cooperao, comunicao e interatividade tambm no parecemremeter imediatamente s necessidades mais prementes doagronegcio. Ser?

    Internet e agronegcio tm, no entanto, um apelo para bilhes de

    pessoas: ambos azem parte do dia a dia de boa parte da populaodo planeta direta e indiretamente. J sabemos que ningum sobrevivesem se alimentar e que acesso internet em breve ser um direitoquase universal. E absolutamente todos ns dependemos de umplaneta e de uma agricultura sustentveis.

    O agronegcio uma cadeia produtiva das mais complexas e quemais suscita paixes de toda ordem: social, econmica, cultural,ecolgica, regional e mesmo de segurana nacional. H um sculo,

    quase metade da populao mundial trabalhava na agropecuria.Atualmente, um pequeno percentual dos trabalhadores, de 1% a 8%,dependendo do grau de desenvolvimento e da importncia destesetor na economia de cada pas, atua na rea. J o agronegcioenvolve muito mais gente: produtores, pesquisadores, abricantes demquinas e insumos, benefciadores de toda ordem, vrias camadasde intermedirios, abricantes de alimentos industrializados e toda umaampla gama de atores do sistema fnanceiros que apoiam, viabilizam eextraem valor econmico da produo agropecuria.

    Uma cadeia produtiva com tal impacto econmico, complexidadetemtica e amplo espectro de stakeholders , a nosso ver, um solortil para aplicao das erramentas das redes sociais, mesmo que arealidade inicial do setor ainda mostre poucos casos exemplares e umnmero ainda pequeno de ensaios e iniciativas emergentes de uso daWeb 2.0.

    Prefcio

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    Prefcio

    nossa convico tambm que as redes sociais, assim como a prpriainternet, ainda tm muito a acrescentar em termos de solues para oagronegcio brasileiro. A evoluo nas ltimas dcadas da produtividadedo agronegcio brasileiro baseada na aplicao de pesquisa de pontae modernizao tecnolgica algo notvel. Com a internet e as redessociais, potencializa-se e agiliza-se a disseminao do conhecimento,prticas e tcnicas ao longo de toda a cadeia produtiva, gerando maisprodutividade, mais respeito ao meio ambiente e mais renda.

    Ao longo deste relatrio de pesquisa, compartilhamos uma srie deoportunidades mais evidentes do Agronegcio 2.0, como reaproximaodo produtor e do consumidor fnal, agregao de valor s commodities,

    ortalecimento de iniciativas de incentivo regional, assim comomecanismos virtuais de integrao vertical (ao longo da cadeia) ouhorizontal (dentro de um elo da cadeia). Ao mesmo tempo, fca evidenteuma srie de temas que, por sua natureza, suscitam paixes e grandeuso para as redes sociais no agronegcio, como segurana alimentar,ome, sustentabilidade, comrcio justo, qualidade de vida, entre outros.

    Esperamos que o relatrio desperte novos olhares sobre as inmerasoportunidades que as redes sociais oerecem para todos os atores da

    cadeia do agronegcio. E, com isso, o Agronegcio 2.0 possa se tornaruma realidade incorporada nas estratgias de boa parte das organizaesdo setor.

    Dr. Jos Cludio C. Terra

    Scio presidente

    Antonio Carlos de Brito

    Scio diretor

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    Sumrio

    Sumrio

    Precio 3

    Introduo 9

    A Cadeia do Agronegcio 11

    Casos 2.0 do Agronegcio 13

    Fornecedores de insumos e equipamentos 17

    Produo e benefciamento 30

    Comercializao 38

    Entidades de apoio 51

    Concluso 68

    Crditos 73

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    Prefcio

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    Introduo

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    O agronegcio uma cadeia produtiva que vai muito alm daquela agricultura

    de subsistncia. Muitas azendas so empresas sofsticadas, possuem mtodos

    avanados de produo, empregam sistemas de planejamento empresarial

    como SAP, Oracle, Totvs, e passam por intensa mecanizao e um evidente

    salto de produtividade. Um olhar mais atento mostra que este um setor comgrandes oportunidades e aplicaes em tecnologia, modelos de negcios e

    aspiraes globais e integradas.

    Este, que talvez seja um dos setores mais tradicionais de qualquer economia,

    tambm uma rea que mostra exemplos interessantes de uso das redes sociais

    ao longo de toda a cadeia produtiva. Estamos alando da utilizao de sites

    da chamada Web 2.0, como Twitter, Orkut, Facebook, YouTube e vrias outras

    erramentas que tipifcam as redes sociais.

    Introduo

    Os nmeros do Agronegcio brasileiro

    A produo agrcola correspondia a 7,8% do PIB em 2005, mas toda a

    indstria do agronegcio oi responsvel por 26,14% do PIB daquele ano,

    empregando mais de 28% da ora de trabalho do pas (GUANZIROLI,

    2006; PNAD 1997).

    As exportaes do agronegcio representaram 42% das exportaes do

    pas em 2009 (O Globo de 18 de evereiro de 2010).

    Em dez anos, o Brasil aumentou o valor de suas saras de gros de R$ 23

    bilhes em 1996 para R$ 108 bilhes em 2006, e o 2 maior exportador

    de soja, atrs apenas dos EUA;

    Maior exportador de rango, acar, etanol, suco de laranja e ca do

    mundo.

    {

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    Introduo

    As oportunidades de agregao de valor ao negcio so mltiplas. As

    dimenses continentais do Brasil, assim como a orte expanso global das

    empresas nacionais desse setor deixam ainda mais evidentes como a internet

    e as redes sociais podem trazer contribuies signifcativas para o estmulo

    e disseminao de inovaes e principalmente para uma integrao ainda

    mais gil e robusta desta longa cadeia produtiva: do campo mesa dos

    consumidores fnais.

    O mundo segue atentamente os passos do Brasil no agronegcio: o esoro

    ser alimentar uma populao de 9 bilhes de pessoas em 2050, com maior

    renda, mais urbanizada e em um ambiente mais regulado e sem abundncia

    de gua ou de terra arvel. Dessa maneira, torna-se mais claro o desafo que o

    Pas ter pela rente.

    A inovao no campo brasileiro reerncia mundial. Inovao, vanguardismo,

    estrutura e grandiosidade so palavras que podem ser associadas ao

    agronegcio nacional. Para ajudar a atender os desafos que se desenham,

    uma prxima oportunidade para o agronegcio brasileiro a utilizao mais

    intensa da internet e das redes sociais como erramentas para ortalecimento,

    integrao e ampliao dos negcios neste setor to importante para o Brasil e

    para o mundo.

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    A Cadeia do Agronegcio

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    O agronegcio uma cadeia produtiva que abrange desde a pesquisa

    undamental sobre a biologia das plantas e animais, passando pelamanipulao gentica, estudos sobre o solo e sobre a capacidade de

    transormar protena vegetal em animal, desenvolvimento de tcnicas de plantio

    e de criao, engenharia de mquinas e processos para colheita e abate,processos de transormao em produtos de maior valor e comercializao.

    Este amplo ecossistema est ilustrado na Figura 1 abaixo.

    A Cadeia do

    Agronegcio

    A TerraForum organizou sua pesquisa e este relatrio tendo como base osdiversos atores que compem essa complexa cadeia, buscando ao mesmo

    tempo representatividade, relevncia e identifcao de oportunidades

    emergentes.

    Figura 1 Cadeia do Agronegcio Fonte: TerraForum

    Governo / Regulamentao / Vigilncia Sanitria

    Organizaes no governamentais

    Servios

    Fornecedores de Insumose Equipamentos

    Comercializao

    Equipamentos

    Entrepostos

    Equipamentos

    Pesquisa e Desenvolvimento

    Sementes, Mudas,Fertilizantes,Defensivos e

    Matrizes

    Indstria

    Produtores eCriadores

    Bolsas eMercadorias

    Intermedirios

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    A Cadeia do Agronegcio

    A perspectiva da cadeia produtiva, em vez da simples seleo de casos do

    setor do agronegcio, permite a identifcao de algumas oportunidades de

    aplicao das erramentas das redes sociais com objetivos mais integradores esistmicos:

    Integrao vertical: que buscam ortalecer as conexes entre atores dediversos pontos da cadeia produtiva;

    Integrao horizontal: que visam a unio de produtores de um mesmo elo

    da cadeia produtiva visando esoros cooperativos ou compartilhamentode melhores prticas;

    Relacionamento direto com o consumidor fnal: as redes sociais tornaram

    muito mais barata para os produtores a comunicao direta com osconsumidores fnais, pulando assim alguns intermedirios da cadeia

    produtiva.

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    Casos 2.0 do Agronegcio

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    Casos 2.0 do

    Agronegcio

    A TerraForum realizou uma ampla pesquisa entre os meses de junho a outubrode 2010 buscando inseres relevantes das redes sociais no agronegcionacional e mundial.

    Foram analisados os principais atores do mercado, em todos os elos dacadeia do agronegcio. Centenas de sites oram encontrados, uma boaparte analisados com proundidade. Destes, 13 casos oram selecionadospara comporem este relatrio por ilustrarem e representarem algumas dasaplicaes mais avanadas ou emergentes no mundo em termos de utilizaode conceitos e erramentas colaborativas e de redes sociais.

    Todos os casos oram analisados segundo uma srie de atores especfcos apartir de um Modelo de Maturidade criado especialmente para este contexto.

    O Modelo de Maturidade resulta de uma avaliao tpica dos vrios estgiosque as empresas, inclusive e particularmente no agronegcio, podemincorporar as redes sociais ao seu negcio. Conhea detalhadamente cada umdos quatro estgios:

    Estgio 1 (Disseminar)O grau mais comum e inicial de maturidade a utilizao

    das redes sociais para disseminao de inormao,

    sendo mais uma via de mo nica de comunicao da

    empresa com seus stakeholders (clientes, investidores,

    ornecedores, etc.).

    Interao requente com alta gerao de contedo relevantepara o negcio e usurio

    Interao rara ou inconsistente ou inrequente; geraopontual de contedo relevante para o negcio e usurio

    Interao difcultada e baixa gerao de contedo relevantepara o negcio e usurio

    Nveis de Disseminar

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    Casos 2.0 do Agronegcio

    Estgio 2 (Interagir)Depois da comunicao em massa chegamos

    interao, na qual as empresas j percebem as

    mdias sociais como orma de manuteno do dilogoe estreitamento dos relacionamentos, viabilizando a

    aproximao da instituio com o interlocutor.

    Estgio 3 (Co-criar)Uma vez tendo percebido o potencial de insero dos

    stakeholders no processo de criao de contedo,

    e o impacto dessa inovao na entrega, algumas

    instituies ocaram na articulao ativa dessa rede,

    conseguindo interessantes resultados de diminuiode custos e inovao em produto e processo mais

    alinhado expectativa desses atores.

    Interao requente com alta gerao de contedo relevantepara o negcio e usurio

    Interao rara ou inconsistente ou inrequente; geraopontual de contedo relevante para o negcio e usurio

    Interao difcultada e baixa gerao de contedo relevantepara o negcio e usurio

    Nveis de Interagir

    Interao requente com alta gerao de contedo relevantepara o negcio e usurio

    Interao rara ou inconsistente ou inrequente; geraopontual de contedo relevante para o negcio e usurio

    Interao difcultada e baixa gerao de contedo relevantepara o negcio e usurio

    Nveis de Co-criar

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    Casos 2.0 do Agronegcio

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    Ao longo do estudo do Agronegcio 2.0, os autores do estudo optaram por

    avaliar a intensidade e qualidade das interaes e usos de redes sociais

    de cada um dos casos em Alta, Mdia ou Baixa. O conceito adicional se

    mostrou indispensvel para esclarecer que nem sempre ao atingir o estgiomais elevado (neste estudo, o Estgio 4 Transacionar) a colaborao estava

    presente em sua total magnitude: um site de compra e venda de produtos

    agrcolas pode existir sem que uma s palavra de colaborao seja escrita.

    Analogamente, um site dedicado interao de atores locais pode ser bem

    explorado, com atitude proativa de moderadores ou ser apenas mais um site de

    design agradvel e vazio em contedos.

    Com esse Modelo de Maturidade e com a avaliao da intensidade e qualidade

    das interaes e usos de redes sociais como reerncia, 13 casos oram

    selecionados para incluso neste relatrio, divididos, ademais, em quatro

    grandes blocos:

    Fornecedores de Insumos e Equipamentos;

    Produo e benefciamento;

    Comercializao;

    Entidades de Apoio.

    Nveis de Transacionar

    Estgio 4 (Transacionar)Finalmente, poucas empresas inseriram a Web 2.0

    to intrinsicamente aos seus objetivos de negcio que

    alavancam seus resultados por meio desse mecanismo.Seja transormando a rede em negcio ou transormando

    essa articulao em receita, so aplicaes complexas que

    nos trazem muitos aprendizados.

    Interao requente com alta gerao de contedo relevantepara o negcio e usurio

    Interao rara ou inconsistente ou inrequente; gerao

    pontual de contedo relevante para o negcio e usurioInterao difcultada e baixa gerao de contedo relevantepara o negcio e usurio

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    Casos 2.0 do Agronegcio

    Quadro 1: Casos do agronegcio 2.0

    No Quadro 1, a seguir, apresentamos a lista completa dos casos classifcados

    segundo o Modelo de Maturidade e sua posio na cadeia de valor.

    Grupo Segmento Caso

    Fornecedores deInsumos eEquipamentos

    Produo e

    Comercializao

    Entidades de apoio

    Pesquisae desenvolvimento

    Equipamentos

    Sementes, Mudas,Fertilizantes,Deensivos e Matrizes

    Produtorese Criadores

    Indstria

    EntrepostosIntermedirio

    RIT DA

    AGCO

    Monsanto

    Redes Locais

    BR Foods

    Farms Reach

    Panjiva

    Alter Eco

    Bolsas de Mercadorias CME Group

    Governo /Regulamentao

    USDA

    Secretaria deAgricultura eAbastecimentode SP

    Servios Farms

    OrganizaesNo Governamentais

    FAO

    A seguir, detalhamos os casos, que so apresentados segundo uma estrutura

    padro, que inclui:

    Descrio do caso e das erramentas utilizadas;

    Destaque dos pontos ortes e das oportunidades mais evidentes demelhoria;

    Concluses e avaliao pelo modelo de maturidade.

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    Casos 2.0 do Agronegcio

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    Neste primeiro elo da cadeia produtiva do agronegcios, verifcamos que:

    O setor de pesquisa e desenvolvimento (P&D) um espao privilegiado

    para o uso das erramentas da Web 2.0, pois h, em geral, muito

    investimento governamental, que por sua prpria lgica intrnseca

    estimula a colaborao e disseminao entre dierentes atores da

    academia, dos produtores e das empresas;

    A indstria de equipamentos est usando de orma crescente a internete as redes sociais como centros de assistncia tcnica online articulando

    os prprios clientes e usurios desses maquinrios a contriburem para

    resoluo de problemas. Veremos no caso selecionado exemplos de

    aplicao desse modelo;

    J a indstria de sementes, ertilizantes e deensivos ainda busca um

    relacionamento mais prximo ao seu cliente, o produtor, alm de passar a

    utilizar a rede para um posicionamento mais positivo da empresa.

    Fornecedores de insumos eequipamentos

    As organizaes que ornecem insumos e equipamentos para a produo doagronegcio so analisadas nesta seo.

    Governo / Regulamentao / Vigilncia Sanitria

    Organizaes no governamentais

    Servios

    Fornecedores de Insumose Equipamentos

    Comercializao

    Equipamentos

    Entrepostos

    Equipamentos

    Pesquisa e Desenvolvimento

    Sementes, Mudas,Fertilizantes,Defensivos e

    Matrizes

    Indstria

    Produtores eCriadores

    Bolsas eMercadorias

    Intermedirios

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    Descrio e objetivos

    Apesar de alguns resultados exemplares, principalmente liderados pela

    EMBRAPA, investe-se muito pouco em P&D no agronegcio brasileiro, como

    percentual do volume fnanceiro que gira em torno do mesmo. A deasagem se

    inicia nas universidades nacionais, que no abrangem o tema em suas grades

    curriculares e se alastra at as grandes empresas que, em sua maioria, notm seu oco em pesquisa e inovao. A partir desta lacuna surgem iniciativas

    como a Rede de Inovao Tecnolgica para Deesa Agropecuria, ou RIT DA.

    Trata-se de um projeto patrocinado pelo CNPq que visa aprimorar e omentar

    estudos sobre inovao e deesa agropecuria. Para tal, utiliza como canal

    um portal interativo que tem seu contedo gerado a partir da colaborao dos

    usurios cadastrados.

    Pesquisa e desenvolvimento: Rede de InovaoTecnologia para Deesa Agropecuria (RIT DA)

    www.inovadeesa.ning.com

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    A RIT DA tem oco na transdisciplinaridade da deesa de produtos vegetais e

    animais. Ou seja, promove o pensamento de que a deesa s possvel a partir

    do envolvimento das diversas reas de ensino relacionadas ao tema - como

    direito, agronomia, engenharia, veterinria, etc.

    O site um projeto com prazo de validade de 36 meses, e tem como objetivo

    central gerar buzz e troca de conhecimento sobre o assunto. O objetivo que

    essa chamada de ateno torne-se subsdio para pesquisas independentes,

    to necessrias no setor.

    Ferramentas de colaborao utilizadas

    Blog, microblogging (Twitter), rum, canal de vdeo, syndication (RSS), chats e

    redes sociais (Facebook).

    Pontos ortes

    Uma vez que o portal oi construdo com o objetivo principal de criao

    coletiva, no existe espao para contedo esttico ou hierarquizante. O site

    unciona como uma sala de discusso repleta de reerncias, a partir dasquais se iniciam debates. O que se percebe so dois tipos de conversas: entre

    profssionais do ramo e leigos.

    A conversa entre profssionais atinge uma gama de temas que vo desde

    legislao ambiental e regulamentao de condies sanitrias vegetais at

    variaes no mercado de preo de mudas e matrizes. Na maior parte das

    vezes, a discusso iniciada a partir de uma notcia divulgada em um meio de

    comunicao de alta disseminao: os usurios trocam opinies e criticam o

    que alado.

    O segundo tipo de conversa geralmente se inicia de questes sobre o setor.

    Novamente, essas questes possuem um leque variado de assuntos. Os

    usurios com mais experincia e conhecimento postam suas respostas e

    eventualmente discutem sobre as melhores prticas de soluo.

    Alm do rum de discusso, existe o leaderboard, que unciona como um

    termmetro de interesse. Os temas mais discutidos no portal so expostos em

    um ranking relacionado ao nmero de comentrios e participantes distintos

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    que cada tpico abarcou. O que se percebe uma variao diria e contnua

    desses lderes. Ainda que durante um dia prevaleam comentrios sobre

    plantio de mudas, no dia seguinte o panorama se altera para discusso de

    cuidados veterinrios e assim sucessivamente. Uma tendncia que se percebe,

    porm, o acompanhamento das notcias atuais sobre o setor.

    O portal consegue disponibilizar uma variedade grande de erramentas de

    interao. O usurio pode personalizar sua pgina de acordo com seu perfl,

    entrar em comunidades de seus interesses especfcos, conversar online com

    outros membros do site no chat, discutir tpicos em runs, e postar otos e

    flmes.

    Pensando em construo coletiva, o portal tem como vantagem um grande

    nmero de membros dierentes entre si: so 3577 usurios de todos os estadosbrasileiros, de reas de atuaes profssionais diversas. Isso pode ser percebido

    nos tpicos dos runs, que, como dito, abrangem uma variedade extensa de

    assuntos, atingindo eetivamente o objetivo de transdisciplinaridade do portal.

    O site ainda conta com atualizaes constantes. Para cada postagem no

    rum, recebe-se uma mdia considervel de respostas, chegando a at 94

    comentrios. Na rea das comunidades, tambm se percebe uma constante

    agregao de contedo: os grupos contam com at 240 membros e iniciam

    uma mdia de 15 discusses por ms.

    Oportunidades de melhoria

    O maior problema encontrado no portal a baixa divulgao de seus

    ambientes. Grande parte dos membros possui alguma relao direta com os

    desenvolvedores da iniciativa. Apesar de estas pessoas serem personagens

    relevantes dentro da rea de escopo do projeto, o encontro entre atores

    diversos das cadeias produtivasno ocorre: o nmero de

    produtores e consumidores

    cadastrados, por exemplo,

    se limita a cerca de 30%

    dos membros registrados.

    Dessa orma, a gesto de

    seus pblicos eita de orma

    incompleta.

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    O incio e fm da cadeia esto negligenciados na abrangncia de participantes

    do portal. De orma similar, apesar de apresentarem perfs em erramentas

    colaborativas como o Facebook e o Twitter, seu nmero de seguidores muito

    baixo 23 no Facebook e 34 no Twitter , assim, seu poder de disseminao

    limitado e os contedos gerados e geridos no site fcam restritos leitura da

    gama muito especfca de atores reerente aos membros cadastrados.

    Por fm, o tempo de durao da iniciativa caracteriza uma ameaa no

    apenas ao portal, mas aos resultados obtidos. Ainda que o a durao limitada

    do portal aa sentido no contexto experimental do projeto, no h clareza

    sobre o destino dos contedos gerados. Caso o portal seja desativado sem

    acompanhamento correlato das concluses obtidas e interaes promovidas,

    haver uma grande perda tanto para a prpria iniciativa quanto para acomunidade.

    Concluso

    A Rede de Inovao prova dos benecios que podem ser atingidos a partir

    da observao de um setor e identifcao de espaos vazios. No caso,

    esse exerccio liderado por uma instituio de ensino. Porm, h grande

    oportunidade tambm para empresas se inserirem pioneiramente nesses gaps.

    Iniciativas autnomas como esta devem, porm, se preocupar prioritariamente

    com a disseminao de suas possibilidades e contedos. Afnal, o portal

    continua ativo mediante participao. Do contrrio, torna-se esttico e

    abandona seu objetivo inicial.

    Com o mesmo objetivo, deve-se atentar para questes de acessibilidade e

    design, de modo que a interace aa com que o usurio no apenas consiga,

    mas queira participar de orma constante de todas as erramentas presentes.A atualizao requente outro elemento imprescindvel para que esse objetivo

    seja atingido.

    AvaliaoEstgio 3 (Co-criar)

    Intensidade e qualidade das interaes e usos das redes sociais: Baixa

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    Descrio e objetivos

    Fundamental para que a cadeia do agronegcio atinja objetivos de produtividade,

    a mecanizao do campo depende de tecnologia aplicada aos tratores,

    colheitadeiras e demais implementos agrcolas: o traado de uma colheitadeira

    j acompanhado por GPS, o operador dispe de uma cabine climatizada e os

    equipamentos possuem uma confabilidade muito superior ao que se esperavano sculo passado.

    Aproximando clientes em busca de melhoressolues AGCO

    Portal AGCO: www.agcocorp.com (EUA)

    Portal AGCO: www.agco.com.br (Brasil)

    Como que este setor vem se relacionando com a tecnologia de

    compartilhamento e colaborao? Descobrimos que ainda esto engatinhando

    na utilizao de erramentas da Web 2.0, apesar do orte vis tecnolgico em

    seus produtos. Algumas poucas empresas, no entanto, j esto usando as redessociais para disponibilizar um volume signifcativo de inormaes do mercado,

    esto abertas a crticas e respondem dvidas do pblico.

    Vamos nos aproundar no caso da AGCO, abricante de tratores e implementos

    agrcolas, dona das marcas Massey Ferguson, Fendt, Challenger e Valtra.

    A anlise que fzemos de seus sites revela uma orientao para explicar e tratar

    dvidas sobre o uncionamento de seus produtos, alm de arrebanhar adeptos,

    usurios atuais e potenciais compradores para eventos do setor. As redes sociais,

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    no caso da AGCO, servem tambm para divulgar e obter eedback sobre os

    produtos e lanamentos, e, evidentemente, travar uma slida comunicao de

    duas vias com os ormadores de opinio.

    Pela anlise dos sites parece haver duas pessoas da rea de relaes

    institucionais responsveis pela comunicao, publicao de contedo, e

    estabelecimento de dilogo com os seguidores das redes sociais da empresa.

    Ferramentas de Colaborao Utilizadas

    Blog (Blogger), redes sociais (Facebook), microblogging (Twitter), canal de vdeos

    (YouTube).

    A AGCO tem um blog, com atualizao nos dias teis, visitado por 48 mil

    pessoas mensalmente, amarrando os textos com vdeos e reoros de sua

    comunicao com as demais erramentas. Alis, a plataorma aberta Blogger

    emprega uma soluo bem pensada: a barra superior do seu blog remete

    pgina principal na web e s demais erramentas Web 2.0.

    O blog enaltece os produtos da marca, ala de lanamentos e d ora aos

    depoimentos tratados pela assessoria de relaes institucionais, alm de valorizar

    grupos musicais que cantam em suas letras os benecios das marcas daAGCO. Tambm alerta para os comunicados do presidente da empresa e

    eventos regionais, alm das premiaes recebidas. H cerca de 50 comentrios

    de seguidores ou leitores aos posts no blog, incluindo as respostas da prpria

    empresa para os usurios ao longo do ano de 2010 para os 22 dierentes

    tpicos.

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    O Twitter da AGCO tem uma mdia de 1,5 posts por dia e consiste tipicamente

    de avisos de novos posts no blog, de comentrios de seguidores e de respostas

    aos usurios. interessante notar que os comentrios dos leitores, ausentes no

    blog, esto todos no Twitter.

    O perfl dos seguidores variado: so azendeiros interessados em tirar dvidas

    e receber inormaes sobre os

    produtos, associaes agrcolas

    e at mesmo jornalistas que

    trabalham com agronegcios e

    precisam acompanhar o mercado.

    O Facebook tornou-se o centrode colaborao, com mural,

    otos, vdeos, data de eventos e

    discusso com alta participao

    de mais de 17.000 seguidores. A

    moderao da empresa responde ainda a todos os tipos de perguntas. possvel

    encontrar links para todas as outras redes e para vrios assuntos tratados pela

    empresa, tanto no mural, quanto na agenda de eventos e nas discusses.

    O canal no YouTube movimentado. Em apenas um ano oram postados 373vdeos com mais de 180.000 visualizaes e 273 pessoas inscritas.

    Pontos ortes

    A atualizao e o alinhamento da comunicao azem com que a AGCO se

    destaque em redes sociais, alm da sbia combinao e reoro cruzado entre as

    plataormas abertas da Web 2.0.

    Oportunidades de melhoria

    A principal oportunidade de melhoria da AGCO estar mais envolvida e obter

    mais seguidores nas redes. O excesso de notcias parece, no entanto, saturar

    os canais, no dando tempo de o pblico participar e assim propiciar uma

    coleta de inormaes relevantes para a empresa. Atualmente as perguntas so

    respondidas rapidamente, mas poderia haver um trabalho mais orte para se

    obter inormaes relevantes para o desenvolvido do negcio, produtos e servios

    da empresa.

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    TerraForum Consultores

    J no YouTube, a AGCO poderia publicar vdeos de seu pblico, ainda que

    fltrados e selecionados pela comunicao corporativa. Desta maneira, o pblico

    poderia aportar a sua credibilidade s marcas, com vdeos de depoimentos e

    sugestes de uso ou de escolha desse ou daquele equipamento.

    Em geral, a comunicao no mundo 2.0 deve ser percebida como prxima,

    escrita por gente igual aos seguidores. A natureza assertiva das mensagens

    criadas por duas profssionais tarimbadas no assunto talvez seja o n a desatar:

    se por um lado demonstra o profssionalismo dos comunicadores, por outro lado

    embota o canal, augentando um pblico notoriamente tmido e calado. A soluo

    pode passar por uma reormulao no linguajar tanto do blog e do Twitter, como

    dos prprios vdeos.

    Concluso

    O mercado de maquinrio agrcola ainda est comeando nas redes sociais e

    mesmo as gigantes do setor ensaiam seus primeiros passos na Web 2.0. Desta

    maneira, podem perder a oportunidade de estar mais prximos do consumidor

    e de obter um conhecimento que este possui, seja na utilizao dos produtos ou

    de alguma necessidade existente.

    A AGCO uma das pioneiras no setor pela demonstrao da estrutura de seus

    canais voltados para as redes sociais. Sua orientao est na comunicao com

    o seu usurio, seu consumidor. No entanto, no h dentro de suas mensagens

    um pedido de colaborao, comentrios ou crticas percebido como intencional

    e honesto pelo pblico receptor. Isso pode ser a causa da raca participao

    do pblico apesar dos recursos aportados para os canais de redes sociais da

    empresa.

    AvaliaoEstgio 2 (Interagir)

    Intensidade e qualidade das interaes e usos das redes sociais: Baixa

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    Casos 2.0 do Agronegcio

    Descrio e objetivos

    A Monsanto uma empresa lder em tecnologia de gros e insumos agrcolas,

    que aturou, em 2009, US$ 11,7 bilhes. O seu protagonismo na deesa

    dos alimentos geneticamente modifcados atraem resistncia por parte de

    numerosos grupos organizados. Ela requentemente alvo de crticas e,

    com as redes sociais e com ambientes de colaborao 2.0, a disseminaodesses pontos de vista negativos tornou-se presa cil para qualquer usurio

    de internet. Assim, a contraposio de uma voz institucional da Monsanto

    undamental para amenizar crticas e desmentir boatos que surgem a seu

    respeito. Tal tarea s efcaz, porm, se houver um rigoroso monitoramento

    dos comentrios sobre a companhia nas diversas redes e uma atitude genuna

    de dilogo com seus crticos.

    Com esse objetivo central, a Monsanto atua dentro das principais redes sociais

    e mantm seus contedos atualizados diariamente, procurando estabelecerconexes com os usurios por meio de comentrios e respostas da empresa.

    Procura destacar o lado humano em seu website, contando histrias de

    azendeiros e de outros empreendedores no setor agrcola e relacionando suas

    experincias com produtos da Monsanto.

    Ferramentas de colaborao utilizadas

    Redes sociais (Facebook), microblogging (Twitter), blog, syndication (RSS),canal de vdeo (YouTube), canal de imagens (Flickr).

    Pontos ortes

    A Monsanto alia duas estratgias para potencializar benecios sua imagem.

    Ao mesmo tempo em que realiza um monitoramento quanto avaliao da

    sua marca, destaca histrias pessoais para humanizar a empresa. Abrangendo

    ambas as estratgias, a companhia lida com as redes sociais de orma a destacar

    a participao do usurio, respondendo requentemente a diversas pessoas, sem

    Sementes, mudas e matrizes: deensivos para aimagem corporativa Monsanto

    Monsanto: www.monsanto.com (EUA)

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    TerraForum Consultores

    generalizar uma resposta ria, identifcando uma soluo para a dvida, crtica ou

    sugesto postada.

    Seu perfl no Facebook tem postagens regulares, com uma mdia de maisde um post por dia. A requncia de atualizao mantm o interesse de seus

    stakeholders, azendo com que interajam com o perfl, comentando ou utilizando

    o boto Like (Curtir), disponibilizado pela erramenta. De tal modo, a empresa

    consegue monitorar alguns indicadores relativos sua imagem, analisando

    a variao dos comentrios, o crescimento ou reduo da participao dos

    usurios em suas redes e a proundidade e contexto das crticas a eles aplicadas.

    Apesar das opinies de cada um sobre os atos da empresa, o ponto orte da

    Monsanto no Facebook o esoro de resposta argumentada para qualquer

    tipo de mensagem, inclusive acusaes. Porm, no h como saber se todas asacusaes gratuitas fcam visveis ou se algumas so apagadas.

    Destaca-se tambm a busca da empresa em humanizar ao mximo seus

    servios e atendimento. Em seu portal, e, principalmente, em seu blog, a

    Monsanto procura destacar histrias de azendeiros que obtiveram sucesso e

    crescimento em suas colheitas utilizando as sementes produzidas pela empresa.

    Com histrias de azendeiros que experimentaram melhorias com seus produtos,

    a Monsanto atrai outros azendeiros menores, e, novamente, impacta de maneira

    positiva sua imagem, aproximando-se do pequeno produtor.

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    A empresa tambm se colocou como um canal de reerncia em estudos e

    novas tecnologias de insumos agrcolas, divulgando em diversos meios da web

    (site, blog, Facebook, Twitter, canal do YouTube) suas inovaes e principais

    produtos, atraindo o mercado de agricultores a comprar seus produtos e

    novidades. Pela web, consegue aumentar a exposio em massa dos seus

    produtos, possibilitando um novo canal de relacionamento e promoo junto

    aos seus pblicos.

    Oportunidades de melhoria

    As redes sociais transormaram comunidades e outros runs de discusso no

    principal meio online para elogiar ou criticar uma empresa, sobrepujando os

    portais institucionais e defnies em portais como a Wikipedia. Isso, porm,

    az com que grande parte das discusses que se reerem prpria companhia

    ujam ainda mais de seu controle. No entanto, apesar de a priori no poder

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    TerraForum Consultores

    ser controlado, o processo pode ser monitorado, por meio de atividades como

    sanar dvidas, esclarecer crticas, desmentir boatos, etc., colocando enfm a voz

    da instituio na discusso. A Monsanto procura realizar esse gerenciamento,

    evitando deixar comentrios sem respostas em suas redes.

    Para aproundar as pesquisas, entretanto, poderiam realizar enquetes em

    seus portais e oerecer reas de perguntas e respostas. Outra possibilidade

    interessante seria a criao de um perfl em redes sociais como o FormSpring.

    me, criada exclusivamente para perguntas e respostas. A criao de um perfl

    nessa rede poderia oerecer maior transparncia para a companhia.

    A marca tambm tem um oco claro em um de seus stakeholders: agricultores.

    Grande parte de suas aes online visa atingir diretamente esse pblico,trabalhando de orma menos direta outros grupos de interesse como, por

    exemplo, investidores.

    Ainda no so realizados de orma evidente monitoramento e atuao eetiva

    junto s redes sociais que criticam a empresa. Pudemos encontrar diversos

    grupos de discusso em redes como Facebook e Orkut que promovem

    discusses sobre prticas que consideram incorretas da empresa, ou se

    posicionam contra suas atividades. Uma atuao eetiva junto a esses grupos,

    levando inormaes, esclarecimentos e contra argumentaes, pode ajudar aestreitar o relacionamento e melhorar a imagem da empresa junto a esse pblico.

    Concluso

    A Monsanto EUA possui erramentas determinantes para estreitar um canal de

    comunicao entre a empresa e seus stakeholders. Uma vez inserida sua voz

    nos canais de discusso da rede, a multinacional agrcola conseguir esclarecer

    de modo mais eetivo discusses que surgem sobre a marca, seus produtos e

    suas polticas. Aproximando-se de tal maneira de seus pblicos, a Monsanto criamaior abertura para expor seus pontos ortes, seus lanamentos e inovaes

    tecnolgicas, aprimorando o contato e imagem junto aos seus investidores e

    consumidores diretos.

    AvaliaoEstgio 2 (Interagir)

    Intensidade e qualidade das interaes e usos das redes sociais: Alta

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    Casos 2.0 do Agronegcio

    O elo de Produo e Benefciamento da cadeia do agronegcio tem tambm

    vrias oportunidades para usar as redes sociais a fm de aumentar a efcinciae poder de inuncia ao longo da cadeia produtiva, assim como para discutir

    avanos e necessidades das realidades especfcas dos produtores e criadores.

    evidente tambm a tendncia emergente de uso das redes sociais para

    aproximar produtores e criadores dos consumidores fnais.

    Produo e benefciamento

    Governo / Regulamentao / Vigilncia Sanitria

    Organizaes no governamentais

    Servios

    Fornecedores de Insumose Equipamentos

    Comercializao

    Equipamentos

    Entrepostos

    Equipamentos

    Pesquisa e Desenvolvimento

    Sementes, Mudas,Fertilizantes,Defensivos e

    Matrizes

    Indstria

    Produtores eCriadores

    Bolsas eMercadorias

    Intermedirios

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    Descrio e objetivos

    Uma das tendncias marcantes do agronegcio o surgimento de redes sociais

    oriundas de comunidades locais, construdas com o objetivo de incentivar a

    produo agropecuria de cidades, regies ou estados. Desse objetivo comum,

    observam-se trs ocos de ao:

    1. Troca de boas prticas entre produtores locais;

    2. Compra e venda de insumos sem intermediao;

    3. Proteo scio-poltica regional.

    Produtores e criadores: Eat Maine Foods arranjoslocais

    http://eatmaineoods.ning.com

    Um bom exemplo de portal que tem como base tais temas o Eat Maine

    Food. Trata-se de uma coalizo regional de pessoas que desejam impulsionar

    a produo e compra dos produtos agrcolas locais. Para tal, utilizada uma

    plataorma colaborativa online baseada no Ning na qual todos os usurios

    podem inserir contedo, na orma de perguntas, otos, comentrios e opinies.

    A plataorma oi adaptada para omentar a interao especifcamente para a

    iniciativa, com o Mapa dos Alimentos (Food Map).

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    Ferramentas de colaborao utilizadas

    Blog (Ning), runs, canal de vdeo (Ning), syndication (RSS), chats, redes sociais

    (Facebook), microblogging (Twitter).

    Pontos ortes

    O Eat Maine Foods tem como rea mais

    utilizada pelos usurios o Food Map.

    Trata-se de um localizador de alimentos

    que, a partir de alguns dados relatadospelo usurio sobre os produtos que

    adquiriu, encontra sua provenincia exata.

    So realizadas em mdia mais de 15

    buscas por dia. A ideia que os membros

    tornem-se mais conscientes em relao ao seu consumo agrcola. No apenas

    num sentido nutricional, mas tambm em relao s ramifcaes poltico-

    econmicas de suas compras. Neste sentido, por exemplo, o portal estimula os

    cidados de Maine a avaliarem se esto benefciando mercados externos em

    detrimento da produo local em seu consumo dirio. A erramenta alinhadacom o objetivo maior da plataorma, de incentivar o consumo local dos produtos

    provenientes da regio.

    O dilogo de ato ocorre no ambiente de rum do site. Embora seja positiva a

    diversidade de pblicos abrangidos pelo site, que engloba desde produtores at

    consumidores fnais, a interao generalizada dicil de ocorrer. Assim, a partir

    da diviso em tpicos, os membros so segmentados de acordo com suas reas

    de interesse. Dentro dos tpicos postados, as discusses ocorrem de orma mais

    requente. So mais de 1.000 discusses iniciadas desde a undao do site, em2008.

    Por fm, o Eat Maine Foods ainda conta com uma rea dierenciada voltada

    apenas divulgao de oportunidades de emprego no campo. Embora sua

    atualizao no seja constante, existem tpicos no rum produzidos apenas para

    elogiar o servio e relatar histrias reais de usurios que oram alocados dessa

    maneira.

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    Oportunidades de melhoria

    Apesar de possuir membros muito ativos na utilizao das uncionalidades do

    site, o que se percebe de orma geral uma limitao de grupos: so sempre os

    mesmos usurios que participam das discusses, levantam questes e propem

    mudanas. Dessa orma, seu poder de interao restrito a uma parcela ativa

    de indivduos que no necessariamente representam de orma geral aquela

    comunidade. Uma das maiores razes dessa alta de envolvimento so alguns

    intervalos relativamente longos de pouca ou nenhuma atualizao dos contedos

    do site.

    De orma similar, a interao entre usurios ocorre de orma simplifcada: embora

    existam trocas de boas prticas e compartilhamento de perguntas e respostas,o contedo gerado no levado para um plano de ao coletiva e fca limitado

    ao desenvolvimento individual de cada produtor/consumidor. Parcerias muito

    relevantes poderiam ser ormadas entre produtores, ampliando o escopo do

    site para aes de compra compartilhada, por exemplo. Como isso no ocorre,

    deixam a plataorma subutilizada e o objetivo de zelar pela agricultura regional

    mais distante.

    Por fm, apesar de possuir redes sociais alinhadas com os objetivos do site, com

    grande acessibilidade diretamente da pgina inicial da plataorma, o nmero tantode seguidores quanto de atualizaes ainda muito reduzido.

    Concluso

    A ormao de centenas de redes locais nos Estados Unidos vem declarar ao

    mundo do agronegcio que o uso de plataormas online no apenas possvel no

    setor, mas necessrio.

    O que se percebe no exemplo bem ilustrativo do Eat Maine Foods sopotencialidades. Embora ainda no proundamente exploradas, as possibilidades

    da interao entre os atores das cadeias so inmeras e no devem se limitar

    troca de inormaes sobre melhores tcnicas de produo. A mobilizao

    tambm de consumidores demonstra a capacidade de ormao de

    comunidades voltadas ao desenvolvimento do setor.

    AvaliaoEstgio 3 (Co-criar)

    Intensidade e qualidade das interaes e usos das redes sociais: Mdia

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    Descrio e objetivos

    Em 2009, a Perdigo echou acordo com a Sadia, ormando a Brasil Foods.

    Atualmente, o grupo o segundo maior conglomerado alimentcio do Pas, com

    aturamento de R$ 24,4 bilhes e exportaes de R$ 9,2 bilhes em 2009

    (dados Proorma) e cerca de 119 mil uncionrios.

    Apesar de desenvolver servios que abrangem as cadeias produtivas desde seu

    incio, o oco de comunicaes das marcas no consumidor fnal. Seu ingresso

    na Web 2.0, de orma semelhante, vem ocorrendo gradativamente na busca de

    maior aproximao com este pblico.

    Dessa orma, as marcas no empregam erramentas ativas que envolvam o

    agronegcio em sua totalidade. Porm, identifcam-se potencialidades no

    apenas nas aes que j vm sendo desenvolvidas pelo grupo, mas na ora das

    marcas, que produzem resultados signifcativos para estas plataormas mesmosem possuir ainda um grande envolvimento com a Web 2.0.

    Indstria: integrando o consumidor fnal nas redes Brasil Foods e suas marcas Qualy, Batavo e Eleg

    www.br.com.br

    WWW.twitter.com/brasiloods

    www.batavo.com.br

    www.qualysadia.com.br

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    TerraForum Consultores

    Ferramentas de colaborao utilizadas

    Redes Sociais (Facebook e MySpace), microblogging (twitter), vdeo (youtube),

    blogs, enquete, ratings, Syndication (RSS)

    Pontos ortes

    O perfl de Twitter da Brasil Foods oi criado durante o perodo da usoentre as companhias, com dois objetivos: consolidar a nova marca junto aoconsumidor e agir como um gerenciador de possveis crises decorrentes donovo momento do grupo.

    Por quatro meses, oram seis tweets semanais que tiveram como contedomajoritrio um clipping de notcias divulgadas sobre o grupo. De ormainesperada, essas notcias ressaltavam tanto os aspectos positivos da usoquanto os negativos. Mesmo no podendo saber ao certo o objetivo de tal ao,suas ramifcaes so relevantes: ao az-lo, a empresa divulga transparnciacomo um de seus valores. De mesma orma, ao evidenciar estas questes,diz ao pblico que estas no esto sendo ignoradas e, pelo contrrio, seroendereadas da melhor orma possvel. Ambas qualifcam-se como erramentas

    de preveno de riscos para a imagem da nova companhia. O grupo BrasilFoods ainda conta com iniciativas 2.0 especfcas de marca que obtiveramresultados positivos. O Blog da Ana um desses exemplos: diante danecessidade de envolver mais proundamente os consumidores com o produto,a empresa criou em seu site um blog direcionado ao pblico-alvo eminino paraclientes da marca Qualy.

    Os posts so semanais e estoclassifcados em quatro reas de

    interesse: atualidades, amlia, culinria equalidade de vida. Os textos so escritospela voz de Ana, que representa aconsumidora-padro de Qualy. De modoa possibilitar uma maior identifcaodas consumidoras com a personagem,no h especifcaes sobre ela nosite. Ana ala sobre desafos da mulhermoderna ao mesmo tempo em que trata

    sobre questes tradicionais de amlia,maternidade, etc.

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    Outra iniciativa com bons resultados vem da linha Batavitos, leite com sabor

    de rutas da Batavo. Os produtos tm como mascote a Banda Batavitos. Tendoo pblico inanto-juvenil como alvo, construiu-se uma narrativa para cada um

    dos trs integrantes da banda. Essa criao de personagens um exerccio que

    ganha dimenso na Web 2.0. A iniciativa prova que a atrao desse pblico por

    meio de brindes e anncios atinge novos patamares: os jovens podem interagir

    virtualmente com as mascotes dos produtos. Cada uma das personagens possui

    perfs em Twitter, Facebook, Blogger e Orkut, alm da comunidade e perfl de

    MySpace da prpria banda. Os nmeros so surpreendentes: cada integrante

    tem uma mdia de 300 amigos no orkut e mais 150 seguidores no Twitter e/ou

    Facebook. A pgina do MySpace tem mais de 37 mil visitas registradas.

    Oportunidades de melhoria

    Apesar de ter se provado uma erramenta vlida para o momento de

    uso, tendo atingido 1.167 seguidores em quatro meses de uncionamento,

    o Twitter do grupo se encontra desatualizado. A ltima postagem oi eita em

    setembro de 2009 e no h indcios de planos de continuidade. Em seu perodo

    de utilizao mais intensa chegou a possuir atualizao diria. Desde ento, seus

    posts limitam-se a clippings de notcias, sem gerao de contedo.

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    TerraForum Consultores

    Observando o grupo da Brasil Foods como um todo, percebe-se que o

    desenvolvimento de erramentas de Web 2.0 incipiente. As empresas ainda

    apostam intensamente em meios tradicionais de comunicao, de modo a

    abranger a diversidade de seu pblico de orma geral. A fdelidade dos clientes

    com as marcas comprovada pelos valores altssimos de share o mind

    que ocupam (Presunto Sadia, por exemplo, tem 83%). Porm, no existem

    novas aes: a Web 2.0 poderia possibilitar um contato e conhecimento

    ainda mais proundo dos compradores e, alm disso, poderia unir as marcas,

    potencializando compras associadas.

    Concluso

    A BRF possui potencialidades mltiplas a serem exploradas no universo 2.0.Atualmente, as aes realizadas so pontuais e, de modo geral, fcam atreladas

    a produtos voltados ao pblico jovem. Os nmeros atingidos pelas poucas aes,

    porm, comprovam a ora da marca e seu poder de abrangncia, incentivando

    ainda mais a adaptao dessas erramentas para outros nichos das empresas.

    No que diz respeito abrangncia dos servios que desenvolve, todos os sites

    do grupo so direcionados ao consumidor fnal, no havendo interao acilitada

    para outros atores da cadeia. H grande potencial de integrao dos demais elos

    da cadeia para buscar menor risco de projeo de demanda alm de acilitar atroca de conhecimentos entre os atores.

    AvaliaoEstgio 2 (Interagir)

    Intensidade e qualidade das interaes e usos das redes sociais: Baixa

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    Casos 2.0 do Agronegcio

    Comercializao

    Aqui onde esto os maiores aturamentos, mas geralmente menores margens,

    e tambm onde esto os intermedirios entre os produtores / criadores e osrevendedores dos produtos agrcolas. Tambm oram abordadas as bolsas de

    mercadorias que levam os investidores para a realidade das commodities.

    Os casos nesta seo tm um grande oco transacional, mas tambm visam,

    por outro lado, a aproximao dos atores com vistas ao melhor negcio para

    as partes interessadas. possvel observar a possibilidade de pequenos e

    distantes atores superando as barreiras de entrada utilizando esse novo meio

    para se tornarem atraentes a um nmero maior de compradores.

    Governo / Regulamentao / Vigilncia Sanitria

    Organizaes no governamentais

    Servios

    Fornecedores de Insumose Equipamentos

    Comercializao

    Equipamentos

    Entrepostos

    Equipamentos

    Pesquisa e Desenvolvimento

    Sementes, Mudas,Fertilizantes,Defensivos e

    Matrizes

    Indstria

    Produtores eCriadores

    Bolsas eMercadorias

    Intermedirios

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    TerraForum Consultores

    Descrio e objetivos

    Encontrar clientes, compradores e ornecedores o maior desafo de um

    empresrio. Uma maneira de criar um ambiente que repete as estruturas de

    encontro da demanda com a oerta emprega as erramentas das redes sociais.

    As pessoas, guiadas pelos seus interesses, se associam a outras por meio das

    erramentas de redes sociais, agregando elementos de colaborao de contedoa respeito de ornecedores e compradores de maneira rpida e sem limites de

    distncia.

    Intermedirios e entrepostos: aproximando de maneiraconfvel vendedores e compradores Panjiva

    Site: http://panjiva.comBlog: http://panjiva.com/blog

    Com a ideia de dar suporte a essa necessidade de aproximar compradores

    e vendedores, a Panjiva surgiu como um servio online pago com sede nos

    Estados Unidos. composta por empresas de todos os setores e reas do

    negcio e que somente em 2010 j movimentou mais de US$ 100 bilhes de

    dlares (dados de outubro/2010). Seus objetivos principais so:

    Conectar quem necessita de ornecedores com quem precisa vender;

    Tornar mais simples e gil a busca por novos parceiros comerciais;

    Fornecer inormaes atualizadas para as empresas e para toda a equipe em

    tempo real.

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    Casos 2.0 do Agronegcio

    Ferramentas de colaborao utilizadas

    Redes sociais, syndication (RSS), canal de vdeos, blog (Wordpress),

    microblogging (Twitter).

    Pontos ortes

    O site tem como maior benecio tornar mais gil, reduzir custos e gerenciar riscos

    das uturas negociaes de contratos. So mais de 1,5 milhes de empresas

    do mundo todo, sendo que algumas delas azem parte do Fortune 500. Para

    conduzir uma busca efciente, o sistema permite ordenar as empresas usando

    at 10 fltros, entre eles: nmero de negociaes realizadas; pas de origem; ocorrncia de problemas fnanceiros recentemente;

    data da ltima transao.

    Alm desta, o site conta com uma busca na qual se pode digitar uma pergunta

    completa para encontrar aquilo que procura. Por exemplo: Est procurando ornecedores de suteres certifcados pela Polo Ralph

    Lauren? Basta digitar Polo Ralph Lauren sweater suppliers; Quer ornecedores chineses de bons de beisebol? Chinese suppliers o

    baseball hats;

    Quer compradores de tacos de beisebol? buyers o baseball bat.

    Alm disso, no prprio site possvel comprar aplicativos extras. Um destes

    permite que o usurio marque os clientes ou ornecedores do interesse da sua

    empresa e envie as marcaes eitas para os colegas de sua companhia, na

    orma de um Delicious, economizando tempo para realizar a mesma pesquisa

    novamente.

    O Twitter existe desde 2009 e tem uma requncia superior a um tweet por dia

    e uma alta interao com os usurios, j que mais de 50% incluem respostas

    ou RTs. O perfl de seguidores composto por empresrios, analistas do mundo

    todo, e at mesmo jornais que acompanham o setor econmico.

    Oportunidades de melhoria

    Apesar do volume de transaes se situar em aproximadamente US$ 100

    bilhes, a colaborao ainda um processo incipiente. Vemos oportunidades

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    TerraForum Consultores

    tanto no portal como nas redes nas quais a Panjiva est inserida. O portal ainda

    unciona como um banco de dados. Enquanto possvel analisar empresas com

    base no produto vendido, no se permite a incluso de opinies ou comentrio

    sobre o desempenho das empresas. Seria interessante, para eeito de um

    indicador de credibilidade e um acilitador de pesquisas, que o ranking osse

    colaborativo e que pudesse ser calculado a partir das notas e comentrios

    (positivos, negativos, neutros) dos clientes das empresas. Desta maneira, ormaria

    um histrico de negociaes, de navegao e sugestes de empresas que se

    enquadrem no perfl de quem pesquisa.

    Nas redes sociais, a participao popular ainda baixa: tanto Twitter (apenas

    386 seguidores em 26/10/10) como no Facebook (43 membros). No blog, que

    tem o intuito de inormar sobre o mercado e interagir com o pblico, dicilencontrar algum comentrio, e a atualizao de um post a cada dez dias.

    Portanto, a colaborao com o pblico e do pblico, fca aqum da expectativa.

    Isso porque o nmero de visitantes mensal do site de 240 mil e o volume de

    empresas cadastradas de mais 1,5 milho, o que mostra um enorme pblico

    potencial para realizar transaes mais colaborativas.

    Concluso

    O oco da Panjiva vertical dentro da cadeia do agronegcio: tenta aproximarcompradores e produtores em uma plataorma transacional. A Panjiva trouxe

    para o mundo dos negcios um modelo parecido com o eBay, de pesquisa e

    transaes corporativas. Com mais de 1,5 milho de empresas participantes

    e US$ 100 bilhes em transaes eetuadas, a iniciativa tem um potencial

    enorme para alavancar as redes colaborativas. Afnal, para se transormar em

    um portal com inteno colaborativa que acilita os processos e d garantias de

    ato para obter um novo negcio e deixar de ser apenas um classifcado online,

    necessrio animar e trazer para o debate um nmero signifcativamente maior

    de pessoas em sua rede, dispostas a compartilhar opinies, experincias econhecimento.

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    Intensidade e qualidade das interaes e usos das redes sociais: Baixa

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    Casos 2.0 do Agronegcio

    Descrio e objetivos

    Farms Reach um mercado online de produtos agrcolas, uma espcie de

    eBay ocado neste setor, ou seja, um Ceasa virtual que coloca em contato

    produtores agropecurios e possveis compradores dos produtos (comerciantes,

    empresrios, atacadistas). Por meio de um site simples, dois perfs de usurio

    o produtor agrcola e o comprador azem contato para negociaes. O

    pblico-alvo so pequenos e mdios produtores agrcolas e pequenos e mdios

    mercados ou comrcios locais.

    Com o apoio do Farms Reach, o produtor no precisa deslocar sua produo ou

    seus uncionrios para verifcar os melhores preos: ele consulta o preo, verifca

    o custo logstico e toma suas prprias decises de negociao.

    O site no contempla erramentas colaborativas de contedos isto , no

    possibilita discusses sobre determinados assuntos entre os participantes. A

    interatividade baseada na negociao um uso da Web 2.0 que atinge onegcio agrcola propriamente. A pgina conta com erramentas 2.0, mas com

    raras atualizaes.

    O entreposto virtual Farms Reach

    Farms Reach: www.armsreach.com (EUA)

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    TerraForum Consultores

    Pontos ortes

    A ideia de colocar em contato virtual direto os agricultores e os comerciantes no

    nova (existem centenas de modelos deste negcio baseados no emblemticoeBay). Por outro lado, o site prope a interao por meio de erramentas de

    colaborao, para que ento possam comercializar os produtos.

    O cadastro extremamente rpido, bem como a incluso de produtos. Os

    relatrios apresentam todos os nmeros necessrios de orma bem simplifcada.

    O site busca ortalecer os relacionamentos dos usurios, com uma pgina

    principal para os vendedores e solicitando no cadastro os endereos para

    relacionamento na web, como Twitter e Facebook, alm de apresentar um mapa

    da localizao do usurio, acilitando questes de logstica.

    Os objetivos do Farm Reach so:

    Possibilitar negcios de produtos agrcolas um mercado online;

    Criar uma rede de negociantes de produtos agrcolas produtores e

    comerciantes, acilitando o encontro e negcios entre eles.

    Ferramentas de colaborao utilizadas

    Blog; microblogging (Twitter), redes sociais (Facebook), syndication (RSS),

    eedback sobre usurios e sobre a pgina.

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    Casos 2.0 do Agronegcio

    Oportunidades de melhoria

    O Farms Reach claramente atinge seu

    objetivo primordial de acilitar negcios

    com a inraestrutura disponibilizada,

    mas pode aprimorar a utilizao de

    erramentas 2.0 disponibilizando

    contedos com maior requncia e

    utilizando outros canais como YouTube e

    runs.

    Concluso

    A iniciativa contempla uma ideia pouco inovadora de comercializar produtos

    agrcolas pela internet. Ela auxilia um mercado que precisa ser automatizado para

    obter maior equilbrio comercial nos preos e possibilitar economias em logstica,

    mantendo polticas de preos iguais em dierentes regies. O direcionador do

    Farms Reach vertical, integrando comerciantes e agricultores.

    Ainda assim existem melhorias latentes para o Farms Reach, principalmente nouso de erramentas 2.0 em reas de suporte como marketing e inovao.

    AvaliaoEstgio 4 (Transacionar)

    Intensidade e qualidade das interaes e usos das redes sociais: Baixa

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    TerraForum Consultores

    Descrio e objetivos

    Alter Eco uma empresa rancesa dedicada ao comrcio com pequenos

    produtores desavorecidos do hemisrio Sul buscando preos justos e

    solidrios. Ela compra matria prima de pequenos produtores dos pases

    em desenvolvimento a um preo defnido como justo. Em seguida, vende os

    produtos processados nos pases desenvolvidos, com um nvel de preo e

    qualidade maiores do que aqueles do mercado tradicional.

    O pblico-alvo para o mercado justo um pblico com cultura, tica, ou

    certa sensibilidade poltica e, sobretudo, com poder de compra. Por questo de

    educao ou de gerao, esse perfl de consumidor geralmente usurio da

    Web, o que oi um ator de sucesso para o crescimento rpido da Alter Eco.

    A Alter Eco tem utilizado as erramentas da Web 2.0 desde a sua criao para

    atingir o pblico desejado visando:

    Disseminar seus valores de responsabilidade social e ambiental e

    transparncia; Fidelizar os clientes com inormaes e promoes;

    Aproximar o produtor do consumidor e criar uma relao de paixo entre os

    consumidores, os produtores e a marca.

    Intermedirios: buscando justia ao unir os elos dacadeia Alter Eco

    Alter Eco: www.altereco.com/

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    Ferramentas de colaborao utilizadas

    Syndication (RSS), tags, FAQs, enquete, blog, comunidades (Tinkuy),

    microblogging (Twitter), redes sociais (Facebook), canal de vdeo (Youtube,

    DailyMotion), canal de imagens (Flickr), musicsharing (MySpace, Deezer), jogos e

    concursos, criao colaborativa de material de publicidade.

    Pontos ortes

    O boletim da Alter Eco uma erramenta

    de aproximao entre o consumidor, a

    empresa e o produtor. Alm de propordebates e conerncias e publicar notcias

    do mercado e vdeos de entrevistas, o

    boletim oerece, a cada ms, o retrato

    de um produtor no mundo. Ele tambm

    divulga o retrato de um uncionrio da

    Alter Eco que ala de seus gostos, suas

    opinies, e explica porque ele gosta da

    empresa (rubrica Alter-Eco boy ou girl

    do ms). Ambos esto disponveis no blog ou no site da AlterEco.

    A ampla utilizao das dierentes redes sociais tambm bem explorada, com

    todas se inter-relacionando por meio de links e publicaes combinadas em torno

    de um tema.

    A pgina do Facebook, com mais de 5 mil seguidores, e o blog da empresa se

    tornam pontos de encontro para publicao e interao com os seus clientes e

    stakeholders. Mostram-se muito ativos para instigar as discusses, responder os

    questionamentos e interagir de orma mais ativa com seus consumidores. Porvezes, chegaram a sugerir produtos e eventos que estavam promovendo para

    compra.

    Essa interao demonstra, pelo tom inormal, que existem pessoas por trs da

    empresa, interagindo com seus consumidores e criando maior empatia. Em

    diversos momentos so mostrados os uncionrios e produtores que azem parte

    da cadeia capitaneada pela Alter Eco.

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    Oportunidades de melhoria

    Uma iniciativa interessante da empresa a Alter Communaut, umacomunidade na qual o visitante pode: militar (ajudar a distribuir os produtos,

    divulgar a atividade da empresa, assinar uma petio, conscientizar

    outros consumidores ou supermercados etc.); expressar seu lado artstico

    (compartilhar desenhos de produtos, flmes de publicidade, receitas inventadas,

    ideias para reciclar embalagens); dar sua opinio (enquete); divertir-se

    (receitas e jogos) e perguntar-se (FAQs).

    Essa iniciativa da Alter Comunidade merece ser mais divulgada a partir do

    blog, ou mesmo no prprio site, pois a comunidade fca escondida. Alm disso,todos esses recursos so pouco usados como meio de mostrar a criao coletiva

    de contedo e posicionamento. O nico caso identifcado oram ideias para

    campanhas publicitrias com alto envolvimento do consumidor.

    A loja virtual, por sua vez, ainda no permite que os consumidores opinem sobre

    os produtos, catalisando sua venda e possibilitando maior share o wallet para a

    companhia.

    Concluso

    A empresa utiliza com xito as erramentas da Web 2.0 para apoiar sua estratgia

    de dierenciao e se posicionar no mercado. O oco da iniciativa apoiar a

    integrao vertical da cadeia do agronegcio. Ela ez dos clientes seus melhores

    agentes comerciais, propondo a eles que deixassem um cupom na caixa de

    ideias do seu supermercado local (Bom dia, azendo compras com regularidade

    no seu mercado, gostaria muito de achar um leque maior de produtos Alter

    Eco.).

    A Alter Eco no az um uso restrito das erramentas j disponveis na Web. A

    empresa tenta inovar com ideais de compartilhamento de material que geram

    valor empresa. Alm de ter a Web 2.0 disposio, a empresa deve ter talentos

    criativos e inovadores para tirar o mximo de valor dessas erramentas. Assim,

    com uma estratgia de aproximao, a empresa conseguiu azer com que os

    clientes se identifcassem ortemente com a marca.

    Avaliao

    Estgio 3 (Co-criar)

    Intensidade e qualidade das interaes e usos das redes sociais: Baixa

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    Casos 2.0 do Agronegcio

    Descrio e objetivos

    O mercado de aes ainda busca a popularizao junto ao investidor pessoa

    sica, quebrando barreiras e mitos por meio de aes massivas de comunicao

    e at a contratao do garoto-propaganda Pel em suas campanhas. Por outro

    lado, as bolsas de mercadorias de uturos ainda no chegaram a esse estgio de

    maturidade.

    Poucas bolsas que negociam commodities esto presentes nas redes sociais.

    Na lista das 10 maiores bolsas por volume de negociao em 2009, oram

    analisadas aquelas que negociam commodities e somente trs esto presentes

    nas redes sociais: a BM&FBovespa, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CME

    Group) e a NYSE Euronext. A Bolsa de Chicago um caso que mostra o uso

    mais requente das redes sociais para aproximar os investidores e se posicionar

    junto a eles.

    Bolsas de mercadorias: aproximando investidores equebrando mitos Chicago Mercantile Exchange Group

    CME Group: www.cmegroup.com/trading/commodities/

    O oco desses esoros claramente estabelecer relacionamento, procurar suas

    contribuies e prover ao pblico as novidades do mercado e da economia.

    Apesar de algumas plataormas suportarem a colaborao, estas ainda no so

    utilizadas com esse propsito em sua plenitude.

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    Ferramentas de colaborao utilizadas

    Redes sociais (Facebook e LinkedIn), syndication (RSS), microblogging (Twitter),

    canal de otos (Flickr), canal de vdeos (YouTube), olksonomia (Delicious), blog.

    Pontos ortes

    O CME Group utiliza trs meios para sua insero nas redes sociais: Twitter,

    LinkedIn e Facebook. No primeiro caso, visvel sua importncia, uma vez

    que possui mais de 750 mil seguidores e est em mais de 1.500 listas.

    Publica contedo diariamente, interage com outros perfs (por resposta ou RT)

    e construiu listas para que outros possam seguir, incluindo uma ocada naagricultura.

    Sua pgina no Facebook o centro de colaborao que concentra blog, mural,

    otos, vdeos, agenda de eventos e discusses. Quase 3 mil pessoas azem parte

    dessa rede, recebendo notcias do mercado fnanceiro, economia e eventos do

    CME. Foi percebida uma preocupao em publicar contedos diversifcados,

    cobrindo os diversos mercados em que a Bolsa de Chicago atua. Por exemplo,

    havia uma publicao na semana com oco no mercado agrrio ao lado de

    notcias sobre taxas de juros e decises econmicas do governo americano.Separadamente, possui atividades no LinkedIn compostas de grupos echados de

    discusso com oco especfco, que necessitam de autorizao para ingresso.

    Estes grupos possuem entre 100 e 250 integrantes, tendo como pblico principal

    traders e especialistas nos mercados. O objetivo a criao de comits de

    especialistas para entendimento e inuncia nos principais mercados globais.

    Observou-se,, no caso do CME Group, ocos e atuaes distintas de acordo

    com a rede escolhida, procurando concentrar esoros e estabelecendo alguns

    pblicos claros de inuncia.

    Oportunidades de melhoria

    O caso da CME Group mostra, pelo nmero de seguidores, uma grande

    inuncia nas redes que escolheu atuar. No entanto, a colaborao ocorre de

    orma incipiente, uma vez que poucos comentrios so eitos por publicao

    (cerca de 2 a 5 comentrios). O CME no az parte da discusso no Facebook,

    no tendo respondido questionamentos e comentrios que, inclusive, alertavam

    para erros em grfcos publicados em suas pginas de internet. Algumas

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    discusses iniciadas no tiveram encaminhamento ou posicionamento da

    empresa quanto aos assuntos abordados.

    Apesar de ter como ponto positivo o

    agrupamento de diversas erramentas de

    colaborao num nico local, a discusso

    no omentada pela empresa, que se

    posiciona como um disseminador de

    notcias sobre o mercado.

    Esse ormato muda ao vermos sua

    atuao no Twitter e no LinkedIn, em que tem oco e estratgia claros para

    inuenciar seus pblicos-alvo.

    Concluso

    O CME Group tem oportunidades ao entender que as redes pedem interao

    das empresas com seus pblicos. O direcionamento claramente voltado

    interao com seus stakeholders. O CME Group j iniciou essas atividades com

    oco especfco, estabelecendo relacionamentos dierenciados com seus pblicos

    escolhidos. Mas ainda pode ter uma atuao mais relevante, ao estimular

    e moderar as redes das quais az parte, e ter uma governana que atendarequisies, reclamaes e questionamentos de maneira mais eetiva.

    AvaliaoEstgio 2 (Interagir)

    Intensidade e qualidade das interaes e usos das redes sociais: Mdia

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    TerraForum Consultores

    Entidades de apoio

    Para apoiar e regulamentar os atores da cadeia do agronegcio, vemos diversas

    instituies governamentais e da sociedade civil que procuram levar o mercadopara um patamar mais elevado em termos de valor, de conhecimento e de

    inormao.

    Os governos, em particular, so instituies com atuaes avanadas na Web

    2.0, pretendendo inserir os atores no seu processo de ormulao das polticas

    pblicas, ainda em dierentes estgios de maturidade.

    O mesmo pode ser visto quando se analisam instituies sem fns lucrativos,

    mas que visam aumentar a quantidade e efcincia da produo. A suacaracterstica colaborativa por natureza transparece na utilizao das redes

    sociais.

    Governo / Regulamentao / Vigilncia Sanitria

    Organizaes no governamentais

    Servios

    Fornecedores de Insumose Equipamentos

    Comercializao

    Equipamentos

    Entrepostos

    Equipamentos

    Pesquisa e Desenvolvimento

    Sementes, Mudas,Fertilizantes,Defensivos e

    Matrizes

    Indstria

    Produtores eCriadores

    Bolsas eMercadorias

    Intermedirios

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    Descrio e objetivos

    rgos governamentais que aderem a erramentas Web 2.0 tm em um

    ambiente online uma nova gama de oportunidades antes impossvel de ser

    realizadas. Podem mobilizar milhes de pessoas sem que elas saiam de

    suas casas, azendo com que participem mais ativamente das decises

    governamentais. No que se reere ao setor agropecurio e ao agronegcio, a

    participao ativa dos atores da cadeia produtiva nas decises polticas trazvantagens e acilidades se realizada no ambiente virtual.

    O site do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) usa de

    orma abrangente as erramentas disponveis para trabalhar o conceito de Web

    2.0aplicado ao setor governamental. Sendo um rgo pblico de inuncia

    relevante, ao gerir adequadamente suas erramentas web, possibilita grande

    repercusso em toda a cadeia produtiva do agronegcio.

    As notcias postadas no site e nos blogs do USDA no procuram somentedisseminar inormao poltica dos EUA, mas pretendem trabalhar para uma

    construo de contedo que envolva o visitante do site, atraindo-o para o setor

    agrcola.

    Por meio de uma extensa e variada gama de erramentas, o USDA torna

    disponvel inormao relevante sobre o seu uncionamento, buscando atingir o

    patamar de transparncia e interatividade caracterstico da Web 2.0. Trabalhando

    tambm propostas iniciais de colaborao e construo coletiva de contedo por

    meio do blog USDA Open, o departamento demonstra seu interesse em entender

    o mercado, os atores da cadeia produtiva do setor e garantir uma aproximao

    entre o USDA e suas decises com relao ao mercado e suas tendncias.

    Ferramentas utilizadas

    Blogs, microblogging (Twitter), redes sociais (Facebook), Syndication (RSS), tags,

    canal de imagens (Flickr), canal de vdeos (YouTube), personalizao de pgina,

    comentrios, perguntas e respostas.

    Governo - USDA (United States Department oAgriculture)

    www.usda.gov

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    TerraForum Consultores

    Pontos ortes

    A presena do USDA em mltiplas plataormas e erramentas de carter Web 2.0

    importante para que a organizao atinja o seu objetivo de abrir espao paraos usurios. Ao compartilhar inormaes, otos, vdeos e ideias e mantendo os

    contedos atualizados, o USDA consegue atrair e fdelizar o usurio, azendo com

    que ele visite requentemente as mdias de seu interesse.

    Deve-se destacar, em particular, um blog do USDA, parte da iniciativa do governo

    americano Open Gov Plan, o USDA Open. Ele possui duas sees que aplicam

    de maneira extensiva os princpios de crowdsourcing e inovao aberta:

    Discuss Our Ideas [Discuta nossas Ideias]: rum com postagens prprias do

    Departamento da Agricultura nas quais so expostas as iniciativas, estratgiase ideias do departamento para que os visitantes do site dem notas e

    comentem

    Share Your Ideas [Compartilhe suas Ideias]: rea para os visitantes do blog

    postem suas ideias e sugestes para o USDA, que podem ser comentadas

    por outros usurios e pelo prprio USDA. As ideias que recebem mais

    comentrios e aprovaes (os usurios podem aprovar ou desaprovar

    qualquer ideia proposta) fcam em um quadro de destaque.

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    Casos 2.0 do Agronegcio

    O blog tambm utiliza outras erramentas para proporcionar maior acilidade de

    acesso, como uma nuvem de tags, que ajuda a localizar os temas de interesse

    do usurio, e diversos RSSs separados por assuntos, caso o visitante tenha um

    interesse mais especfco e queira receber as inormaes e sugestes.

    Esse blog sinaliza uma postura voltada para transparncia e colaborao por

    parte do USDA, ainda que a participao com comentrios seja atualmente bem

    pequena.

    Gerar essa participao um ator predominante para o rgo governamental

    uma vez que uma de suas unes manter seus stakeholders inormados e

    atualizados, e, tambm, conseguir inormaes sobre os interesses, transaes etendncias do setor de orma especfca.

    Outro ponto de destaque do USDA a sua orte inuncia nas redes: sua palavra

    tomada como verdade, por conta de anos e anos de inormaes precisas e

    teis para o mercado, tanto local como global. Uma vez publicado um contedo,

    o usurio o irradia devido ao seu grande interesse sobre o tema, acilitando a

    expanso do nmero de pessoas atingidas pela inormao.

    Oportunidades de melhoria

    O USDA pode ainda aprimorar a navegao dos usurios para incentivar suas

    participaes nos contedos disponveis, aliando de orma mais efciente as

    pginas do site s outras mdias e discusses sobre o tema nos blogs, pois

    atualmente os links para os blogs e redes encontram-se somente na homepage

    do site.

    Trabalhando no conceito de Web 2.0, o USDA deve garantir ao usurio, alm dainteratividade, os meios de colaborao para que este tambm possa contribuir

    na construo do contedo. Hoje, a colaborao ocorre somente no blog USDA

    Open. No entanto, os demais blogs e erramentas que o portal utiliza tambm

    apresentam grandes possibilidades de colaborao ainda no completamente

    exploradas.

    Por atuar como o rgo centralizador de inormaes, o USDA poderia ainda criar

    um ambiente online de negociao entre os produtores e os demais atores da

    cadeia do agronegcio, acilitando as movimentaes do mercado e auxiliando a

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    captura de inormaes para o departamento. E, como departamento de governo,

    poderia aproveitar a oportunidade de tornar-se, alm de um canal de inormao,

    uma rea para troca de prticas agropecurias entre os produtores.

    Concluso

    O USDA pode ser tomado como exemplo para diversas instituies

    governamentais porque demonstra conhecimento dos vrios usos de erramentas

    Web 2.0. Trabalha de maneira a manter todas as erramentas requentemente

    atualizadas com assuntos variados e de interesses de dierentes pblicos.

    Redireciona contedos com inormaes recebidas pelos seus prprios usurios,

    assim, aproximando-se dele como um rgo pblico de grande porte. Ainda,

    procura ouvir e azer com que os usurios atuem de orma eetiva na construo

    de mudanas no setor do agronegcio, propondo e colaborando em torno de

    ideias.

    AvaliaoEstgio 3 (Co-criar)

    Intensidade e qualidade das interaes e usos das redes sociais: Alta

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    Descrio e objetivos

    Um desafo para entidades governamentais a mobilizao e participao eetiva

    da populao na ormulao e aplicao de polticas pblicas. A possibilidade de

    diminuir distncias, ter grande agilidade e obter uma interessante abrangncia de

    participao criada pelas redes sociais ajuda a promover alinhamento entre as

    propostas do governo e os maiores interessados: os atores do agronegcio.

    O portal da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado

    de So Paulo, como rgo governamental, atua na diuso de inormaes,

    tecnologias recentes e conhecimento das polticas do setor. A Secretaria

    demonstra preocupao com a sua insero no ambiente 2.0, utilizando diversas

    erramentas para atrair a ateno de seus stakeholders em toda a cadeia, desde

    a rea de pesquisa e desenvolvimento at os prprios consumidores fnais.

    No entanto, devido unilateralidade da construo de contedo ele enrenta

    algumas difculdades resultando que as redes tornam-se inormativas e nocolaborativas. A Secretaria usa esses meios para incentivar a discusso e a

    participao em comits, pesquisas e divulgar oportunidades para o agricultor

    paulista.

    Governo - Secretaria de Agricultura e Abastecimentode So Paulo

    www.agricultura.gov.sp.br

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    Ferramentas utilizadas

    Blog, redes sociais (Facebook), microblogging (Twitter), Canal de imagens

    (Flickr), cana de vdeo (YouTube), olksonomia (Delicious), Syndication (RSS),

    comunidade.

    Pontos ortes

    Trabalhando integradamente algumas redes sociais, o contedo postado pela

    Secretaria de Agricultura de So Paulo tem relevncia no setor, atuando como

    porta-voz de importantes decises.

    Um exemplo interessante das aes da secretaria na web o seu perfl no

    Delicious, uma rede social em que compartilha seus links avoritos, separados por

    categorias e tags. Uma vez que no portal divulgam diversos contedos prprios

    e institucionais, o perfl do Delicious atua como agregador de conhecimentos

    tcnicos e especfcos do setor, postando inclusive diversos contedos de

    produo externa Secretaria. Dessa maneira, essa pgina se torna um ponto de

    reerncia, atraindo a ateno das pessoas para as recomendaes de contedo

    do rgo.

    A Secretaria tambm possui uma comunidade online, a Manejo da Lavoura

    Caeeira. Ela serve como um canal de compartilhamento e gerao de

    conhecimento entre os produtores e como um banco de boas prticas. Dentro

    dessa comunidade so postados diversos artigos, vdeos, apresentaes e otos

    que so discutidos entre os participantes da rede. um ambiente muito ativo,

    com mais de 4.500 tpicos de discusso no rum da comunidade.

    O perfl que possui no Facebook atua como um grande centralizador das

    inormaes distribudas pelas outras redes sociais e erramentas nas quais aSecretaria atua. Dentro do Facebook, ela posta automaticamente, por exemplo,

    um vdeo que oi adicionado no canal do YouTube da Secretaria. Desta prtica,

    observa-se um lado positivo e outro negativo. O positivo a maior acilidade

    de gesto, uma vez que a atualizao realizada em quaisquer das redes

    cadastradas, e atualizada na pgina central. Por sua vez, esta pgina se torna

    reerncia dos contedos atualizados da Secretaria. O que pode se considerar

    uma questo negativa que um seguidor do perfl no Facebook perder parte

    do interesse em seguir as outras erramentas j que as inormaes estaro

    disponveis da mesma maneira.

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    Casos 2.0 do Agronegcio

    Uma curiosidade que a Secretaria no Facebook participa do Farmville, um

    social game, jogo interativo no qual o usurio deve interagir com outros da sua

    rede para conseguir avanar nas atividades. Nesse caso, cria-se uma azenda e

    a responsabilidade pela sua manuteno, gesto e crescimento so do usurio,

    que deve acionar seus amigos do Facebook para que consiga prosperar.

    uma atitude dierenciada para tambm apresentar outras uncionalidades da

    erramenta, que pode ser um ator interessante para aumentar a requncia de

    visitao do usurio do Facebook, pois exige uma constante manuteno e os

    posts que o jogo gera na pgina inicial dos seguidores da secretaria reoram o

    seu share o mind nos usurios.

    Oportunidades de melhoria

    A principal defcincia que a estratgia de insero da Secretaria de So Paulo

    nas redes sociais enrenta a adeso dos seus pblicos. Apesar de estarem

    presentes em muitas redes sociais e utilizarem vrias erramentas para gerar

    possibilidades de participao, suas aes no possuem grande interao e

    colaborao. Os posts do blog e do Facebook no recebem comentrios e o

    canal do YouTube possui poucas visualizaes (possuem uma mdia de 167

    visualizaes por vdeo). O portal principal da Secretaria precisa agregar todas

    as opes de erramentas sociais que eles disponibilizam. Atualmente somenteencontram-se os links para as redes na pgina inicial.

    Como rgo do governo, o caso poderia aproveitar a oportunidade de tornar-se,

    alm de canal de inormao, uma rea para troca de prticas agropecurias

    entre os produtores (possui uma iniciativa embrionria com oco em ca, mas

    que pode ser expandida para outras culturas), que, na alta de um protagonista,

    possuem diversas iniciativas online para tais trocas (que podem ser vistas neste

    relatrio). Criando esses ambientes, o rgo governamental tambm gera um

    grande retorno para os usurios que colaboram com suas prticas, devido discusso entre os conhecedores do assunto.

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    Concluso

    A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de So Paulo apresenta uma

    iniciativa relevante no setor governamental nacional ao procurar se inserir e

    participar de redes e erramentas sociais. Evita somente inormar os seus

    relatrios polticos, de orma a transmitir contedos de interesse e importncia

    para o setor, frmando-se no somente como onte de inormao poltica e

    econmica, mas tambm de novidades do setor e possveis oportunidades de

    negcios.

    A atuao nas mdias sociais ainda ocorre de maneira separada ao Portal da

    Secretaria, altando tambm incluir suas caractersticas mesmas na construode contedos. A construo coletiva dos contedos de suas redes ainda precisa

    ser trabalhada de maneira a conseguir maior participao dos usurios, que ainda

    muito pontual. Apostando num caminho de agregao da rede do agronegcio

    paulista ao seu redor, a Secretaria est presente em diversas redes, mais ainda

    tem difculdades em obter a participao engajamento dos seus stakeholders.

    AvaliaoEstgio 2 (Interagir)

    Intensidade e qualidade das interaes e usos das redes sociais: Baixa

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    Descrio e objetivos

    De origem canadense, o portal Farms.com surge em 2000 como uma das

    primeiras companhias online de agrobusiness, vendendo servios de consultoria

    e construo de erramentas de internet para empresas rurais. No mesmo ano,

    reconhecido pela Revista Forbes como The Best o Web para agricultura. Com

    o passar do tempo viveu um crescimento vertiginoso com a compra de outros

    quatro empreendimentos de e-solues para o agronegcio.

    Atualmente, o portal recebe uma mdia de 25 mil visitantes por dia e conta com

    outros sites construdos para atender demandas especfcas, alm da prpria

    pgina principal, centralizadora dos demais. Nessa pgina so divulgados

    contedos em orma de notcias, vdeos e grfcos que abordam desde as

    cadeias produtivas especifcas (milho, soja, bovinos, sunos etc.) at questes

    reerentes a negcios, fnanas e tecnologia, sempre relacionadas agropecuria.

    No total, o portal atua em seis rentes, a partir dos seguintes sites: AgCareers.com - Divulgao de vagas e disponibilizao de buscas

    personalizadas por empregos no campo;

    Farms.com Real Estate - Venda de imveis rurais;

    Risk Management - Oerecimento de erramentas de administrao e controle

    de riscos de empresas rurais;

    PigCHAMP - Construo de um centro de inteligncia da cadeia de sunos;

    AgFreight.com - Promoo de acilidades em transporte de cargas no

    continente norte-americano;

    Farms.com Proessional Services - Servios de consultoria e de con