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A A g g r r u u p p a a m m e e n n t t o o d d e e E E s s c c o o l l a a s s d d e e M M o o n n t t i i j j o o REGULAMENTO INTERNO setembro 2013

Agrupamento de Escolas do Montijo · Agrupamento de Escolas de Montijo 2REGULAMENTO INTERNO ÍNDICE Pág. Capítulo I Disposições Gerais

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REGULAMENTO

INTERNO

setembro 2013

2 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

ÍNDICE

Pág.

Capítulo I Disposições Gerais. 4

Capítulo II Administração e Gestão do Agrupamento. 7

Secção I Conselho Geral 7

Secção II Diretor 13

Secção III Conselho Pedagógico 21

Secção IV Conselho Administrativo 24

Capítulo III Coordenação de Estabelecimento 25

Capítulo IV Organização Pedagógica 26

Secção I Estruturas de Coordenação Educativa e Supervisão

Pedagógica

26

Subsecção I Departamentos Curriculares 27

Subsecção II Departamento de Educação Especial. 31

Subsecção III Titulares de Grupo/Turma e Conselhos de Turma 34

Subsecção IV Diretor de Turma 37

Secção II Avaliação das Aprendizagens 40

Secção III Conselhos de Ano/ Diretores de Turma/ Cursos EFA/ CEF 43

Subsecção I Conselhos de Ano 43

Subsecção II Conselho de Diretores de Turma. 45

Subsecção III Ofertas Formativas no Âmbito da Iniciativa Novas

Oportunidades/ Cursos de Educação e Formação (CEF)

48

Subsecção IV

Subsecção V

Cursos de Educação e Formação de Adultos

Formações Modulares

48

48

Secção IV Avaliação de Docentes. 49

Secção V... Serviços 51

Subsecção I Serviços Administrativos 51

Subsecção II Serviços Técnico-Pedagógicos 55

Subsecção III Biblioteca 55

Capítulo V Direitos e Deveres da Comunidade Escolar. 59

Secção I Pais e Encarregados de Educação 59

Secção II Alunos 65

Subsecção I Quadros de Valor e Excelência 71

Subsecção II Dever de Assiduidade 74

Subsecção III

Subsecção IV

Disciplina

Procedimento Disciplinar

81

87

Secção III Pessoal Docente 96

3 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Secção IV Pessoal Não Docente 100

Secção V Autarquias 102

Capítulo VI Disposições Específicas 104

Capítulo VII Disposições Finais 107

Anexo I Constituição do Conselho Geral 108

4 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1º

Objeto e Âmbito

1. O presente regulamento interno aplica-se a todos os estabelecimentos de educação

e ensino desta unidade organizacional.

2. O presente regulamento interno define o regime de funcionamento do agrupamento

de escolas de Montijo, de cada um dos órgãos de administração e gestão, das

estruturas de orientação e apoio educativo, assim como as regras de

comportamento e os direitos e deveres da comunidade escolar.

Artigo 2º

Identificação e Composição do Agrupamento

1. O agrupamento de escolas de Montijo é uma instituição de ensino público, da

educação pré-escolar ao 3º ciclo do ensino básico e ainda sede de referência do

sistema nacional de intervenção precoce para a infância (SNIPI) e engloba

estabelecimentos de ensino e jardins-de-infância na freguesia de Montijo,

nomeadamente:

a) EB Ary dos Santos

b) EB Joaquim de Almeida

c) EB Luís de Camões

d) EB da Liberdade

e) EB da Caneira

f) EB D. Pedro Varela

2. Define-se como uma instituição aberta a toda a comunidade, pais e encarregados

de educação, poder autárquico e a todas as entidades representativas das

atividades socioeconómicas, culturais, desportivas e outras com intervenção direta

ou indireta no processo educativo dos alunos.

Artigo 3º

Autonomia

1. De acordo com a Lei é reconhecida ao agrupamento, após homologação dos seus

órgãos de direção, administração e gestão, autonomia para tomar decisões nos

domínios da organização pedagógica, da organização curricular, da gestão dos

recursos humanos, da ação social escolar e da gestão estratégica, patrimonial,

administrativa e financeira no quadro das funções, competências e recursos que lhe

estão atribuídos.

2. O projeto educativo, o regulamento interno, os planos de atividades, o orçamento e,

para efeitos de prestação de contas, o relatório anual de atividades, a conta de

5 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

gerência e o relatório de autoavaliação, constituem instrumentos do exercício de

autonomia do agrupamento.

Artigo 4º

Princípios Gerais

1. Os órgãos de direção, administração e de gestão do agrupamento, no exercício da

sua autonomia, orientam-se pelos princípios da igualdade, da participação e da

transparência e subordinam-se particularmente aos princípios e objetivos

consagrados na Constituição da República Portuguesa e na Lei de Bases do

Sistema Educativo, designadamente:

a) Integração com a comunidade que o agrupamento serve, interligando o ensino e

as atividades económicas, sociais, culturais, desportivas e científicas;

b) Contribuir para desenvolver o espírito e a prática democrática;

c) Assegurar a participação de todos os intervenientes no processo educativo,

nomeadamente dos docentes e não docentes do agrupamento, dos alunos, das

famílias, das autarquias e de entidades representativas das atividades e

instituições económicas, sociais, culturais, desportivas e científicas, tendo em

conta as características especificas dos vários níveis e tipologias de educação e

ensino;

d) Assegurar o pleno respeito pelas regras da democracia e representatividade dos

órgãos de direção, administração e gestão do agrupamento, garantida pela

eleição democrática de representantes da comunidade educativa.

2. A autonomia, a administração e a gestão do agrupamento funcionam sob o princípio

da responsabilidade e da prestação de contas do Estado, assim como de todos os

demais agentes ou intervenientes.

Artigo 5º

Princípios Orientadores e Objetivos

1. No quadro dos princípios referidos no artigo anterior e no exercício da sua

autonomia, a administração e a gestão do agrupamento organizam-se no sentido

de:

a) Promover o sucesso e prevenir o abandono escolar dos alunos, e desenvolver a

qualidade do serviço público de educação, em geral, e das aprendizagens e dos

resultados escolares em particular;

b) Promover a equidade social, criando condições para a concretização da

igualdade de oportunidades para todos;

c) Assegurar as melhores condições de estudo e de trabalho, de realização e de

desenvolvimento pessoal e profissional;

d) Cumprir e fazer cumprir os direitos e deveres constantes das Leis, normas ou

regulamentos e manter a disciplina;

6 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

e) Observar o primado dos critérios de natureza pedagógica sobre os critérios de

natureza administrativa, nos limites de uma gestão eficiente dos recursos

disponíveis para o desenvolvimento da sua missão;

f) Assegurar a estabilidade e a transparência da gestão e administração do

agrupamento, designadamente através dos adequados meios de comunicação e

informação;

g) Proporcionar condições para a participação dos membros da comunidade

educativa e promover a sua iniciativa.

Artigo 6º

Princípios Gerais de Ética

1. No exercício das suas funções, os titulares de cargos de direção, de administração

e de gestão do agrupamento estão exclusivamente ao serviço do interesse público,

devendo observar no exercício das suas funções os valores fundamentais e

princípios da atividade administrativa consagrados na Constituição da República

Portuguesa e na lei, designadamente os da legalidade, justiça, imparcialidade,

competência, responsabilidade, proporcionalidade, transparência e boa-fé.

7 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

CAPÍTULO II

ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO AGRUPAMENTO

Artigo 7º

Órgãos

1. São órgãos de administração e gestão do agrupamento, os seguintes:

a) O conselho geral

b) O diretor

c) O conselho pedagógico

d) O conselho administrativo

2. Estes órgãos, enquanto estruturas destinadas a assegurar o funcionamento do

agrupamento, devem exercer as competências que lhe são atribuídas por lei,

cumprindo e fazendo cumprir os princípios e objetivos estabelecidos nos artigos 4º a

6º deste regulamento interno.

SECÇÃO I

CONSELHO GERAL

Artigo 8º

Definição

1. O conselho geral é o órgão de direção estratégica responsável pela definição das

linhas orientadoras da atividade do agrupamento, assegurando a participação e

representação da comunidade educativa, nos termos e para os efeitos previstos na

Lei de Bases do Sistema Educativo.

Artigo 9º

Composição

1. O Conselho Geral é composto por 21 elementos, a saber:

a) 7 docentes

b) 5 elementos em representação dos pais e encarregados de educação

c) 2 elementos em representação do pessoal não docente

d) 3 representantes do município

e) 3 representantes da comunidade local, designadamente de instituições,

organizações e atividades de carácter económico, social, cultural e científico.

f) 1 representante dos alunos.

2. Participa nas reuniões, embora sem direito a voto, o diretor.

8 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 10º

Competências

1. Ao conselho geral, sem prejuízo das competências que lhe sejam cometidas por lei,

compete:

a) Eleger o respetivo presidente, de entre os seus membros, à exceção dos

representantes dos alunos, por maioria absoluta de votos, quando integralmente

constituído;

b) Eleger o diretor, nos termos dos artigos 20º a 22º deste regulamento interno,

conferindo-lhe posse no prazo de trinta dias após a homologação do resultado

da eleição;

c) Aprovar o projeto educativo, acompanhar e avaliar a sua execução;

d) Aprovar o regulamento interno do agrupamento de escolas;

e) Aprovar os planos anual e plurianual de atividades;

f) Apreciar os relatórios periódicos e o relatório final de execução do plano anual

de atividades;

g) Aprovar as propostas de contrato de autonomia;

h) Definir as linhas orientadoras para a elaboração do orçamento;

i) Definir as linhas orientadoras do planeamento e execução, pelo diretor, das

atividades no domínio da ação social escolar;

j) Aprovar o relatório de contas de gerência;

k) Apreciar os resultados do processo de autoavaliação;

l) Pronunciar-se sobre os critérios de organização dos horários;

m) Acompanhar a ação dos demais órgãos de administração e gestão, podendo

requerer-lhes a informação necessária para realizar esse acompanhamento e

avaliar o seu funcionamento, e dirigir-lhes recomendações com vista ao

desenvolvimento do projeto educativo e ao cumprimento do plano anual de

atividades;

n) Promover o relacionamento com a comunidade educativa;

o) Definir os critérios para a participação das escolas em atividades pedagógicas,

científicas, culturais e desportivas;

p) Dirigir recomendações aos restantes órgãos, tendo em vista o desenvolvimento

do projeto educativo e o cumprimento do plano anual de atividades;

q) Autorizar a criação de assessorias técnico-pedagógicas, sob proposta do Diretor

e para quais são designados docentes em exercício de funções no

agrupamento;

r) Participar, nos termos definidos em diploma próprio, no processo de avaliação

do desempenho do diretor;

s) Deliberar, por maioria absoluta dos seus membros em efetividade de funções,

sobre a recondução do diretor no final do mandato para que foi eleito, desde

que cumpridas as condições estabelecidas na lei;

9 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

t) Deliberar, no final do ano letivo, sobre a cessação do mandato do diretor, por

maioria de dois terços dos membros em efetividade de funções, em caso de

manifesta desadequação da respetiva gestão, fundada em fatos comprovados e

informações fundamentadas, apresentadas por qualquer dos seus membros;

u) Decidir os recursos que lhe são dirigidos;

v) Aprovar o mapa de férias do diretor.

w) Apreciar o plano estratégico para o ano seguinte elaborado pelo conselho

pedagógico e que resulta da avaliação do impacto que as atividades

desenvolvidas, no ano transato, tiveram nos resultados escolares;

x) Deliberar sobre os domínios de ofertas das AEC e fixar a respetiva duração

semanal, sob proposta do conselho pedagógico;

y) Ouvido o conselho pedagógico, o diretor submete à aprovação do conselho

geral o plano das Atividades de Enriquecimento Curricular a desenvolver nas

horas semanais destinadas às mesmas;

z) Decidir, sob proposta do conselho pedagógico, a possibilidade das AEC

funcionarem excecionalmente noutro período que não seja após o período

curricular da tarde.

Artigo 11º

Competências do Presidente do Conselho Geral

1. Compete ao presidente do conselho geral:

a) Presidir às reuniões, dirigir os trabalhos e assegurar o cumprimento da lei e das

deliberações;

b) Decidir sobre questões relativas à interpretação e aplicação do presente

regulamento;

c) Comunicar ao Diretor-Geral de Administração Escolar o resultado da eleição

para o cargo de diretor;

d) Dar posse ao diretor;

e) Representar o conselho geral;

f) Assegurar a divulgação, à comunidade educativa, dos assuntos tratados nas

reuniões;

g) Assegurar aos restantes órgãos, em nome do conselho geral, as informações

necessárias para o eficaz acompanhamento e avaliação do funcionamento do

conselho geral;

h) Dirigir aos restantes órgãos, em nome do conselho geral, recomendações tendo

em vista o projeto educativo e o plano anual de atividades;

i) Participar no processo de avaliação do pessoal docente, nos termos do art.º

113º

10 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

2 . O presidente, ou quem o substituir, pode interpor recurso contencioso e pedir a

suspensão jurisdicional da eficácia das deliberações tomadas pelo órgão colegial a que

preside, que considere ilegais.

Artigo 12º

Funcionamento

1. Na sua primeira reunião, o conselho geral, presidido pelo presidente do conselho geral

cessante, delibera exclusivamente sobre a cooptação dos representantes da

comunidade local.

2. Quando constituído na sua totalidade, o conselho geral reunirá exclusivamente para

proceder à eleição do seu presidente, podendo exercer cabalmente as suas funções a

partir desse momento.

3. O conselho geral reúne ordinariamente uma vez por trimestre, e extraordinariamente

sempre que seja convocada pelo seu presidente, a requerimento de um terço dos seus

membros em efetividade de funções ou por solicitação do diretor, devendo as reuniões

serem realizadas em horário compatível com a presença de todos os seus membros.

4. A convocatória das reuniões é afixada nos locais habituais da escola-sede e nos outros

estabelecimentos de educação e ensino para os representantes dos docentes, sendo

enviada por carta, fax ou e-mail, ou entregue em mão aos restantes membros em

efetividade de funções.

5. A ordem de trabalhos das reuniões ordinárias e respetiva documentação, sempre que

possível, devem ser dadas a conhecer aos membros do conselho geral com a

antecedência mínima de cinco dias.

6. As reuniões extraordinárias serão convocadas com uma antecedência mínima de 48

horas, se os membros do conselho geral forem convocados pessoalmente.

7. Das reuniões será lavrada ata, assinada pelo presidente e respetivo secretário.

8. O conselho geral pode decidir constituir uma comissão permanente, na qual pode

delegar competências de acompanhamento da atividade do agrupamento no intervalo

das suas reuniões ordinárias.

9. O conselho geral pode, se decidir que não seja a sua comissão permanente a fazê-lo,

criar uma comissão para elaborar o relatório de avaliação das candidaturas a diretor.

10. A comissão referida no número anterior deve respeitar a proporcionalidade dos corpos

representados no conselho geral, devendo a sua constituição ficar registada na ata da

reunião em que tiver sido formada.

11. O funcionamento do conselho geral deve reger-se por um regimento interno, a elaborar

e aprovar por maioria absoluta dos votos dos seus membros nos primeiros trinta dias de

funcionamento.

11 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 13º

Designação dos Representantes

1. Os representantes do pessoal docente e não docente são eleitos, em listas separadas,

entre os respetivos corpos profissionais cujos elementos se encontrem em exercício

efetivo de funções, adotando-se os procedimentos previstos no artigo 14º deste

regulamento interno;

2. Para efeitos de designação dos representantes dos pais e encarregados de educação,

será criada uma Comissão de Representantes de Pais e Encarregados de Educação do

Ensino Básico e Pré-escolar do Agrupamento de Escolas de Montijo, constituída pelos

presidentes dos conselhos executivos das Associações existentes ou por um

representante nomeado pelos órgãos sociais de cada uma.

3. No caso das escolas sem associação constituída, integra a comissão referida no

número anterior um encarregado de educação nomeado em assembleia de pais e

encarregados de educação representantes de turma de cada uma dessas escolas.

a) Para a eleição dos encarregados de educação representantes de turma

mencionados neste ponto, realizar-se-á previamente a eleição dos pais e

encarregados de educação representantes das turmas na primeira reunião de pais

e encarregados de educação do ano realizada em cada ano letivo pelos diretores

de turma ou professores titulares de grupo ou turma.

b) Nos estabelecimentos de educação e ensino com associações de pais e

encarregados de educação constituídas, não se procederá à eleição de

encarregados de educação representantes das turmas, para este efeito.

4. Os representantes dos pais e encarregados de educação são eleitos por votação, em

assembleia-geral de pais e encarregados de educação convocada pelo presidente do

conselho geral, em listas que deverão conter a indicação nominal e ordenada dos

candidatos a membros efetivos (em número igual ao dos respetivos representantes no

conselho geral), bem como igual número de candidatos a membros suplentes,

propostas pela comissão de representantes referida no ponto 2 deste artigo.

a) Para efeitos de preparação da assembleia-geral referida no ponto anterior, o

presidente do conselho geral convoca, nos trinta dias antecedentes à conclusão do

mandato dos seus membros, uma reunião da comissão referida, para elaboração

das propostas a apresentar a sufrágio, e onde serão debatidos também todos os

aspetos inerentes à organização e convocação da assembleia geral, incluindo a

constituição da mesa, a data da sua realização e os requisitos para a votação.

b) Compete também à comissão referida assegurar a realização da assembleia geral

na data agendada, e fazer depois chegar ao presidente do conselho geral a ata

respeitante aos resultados da eleição.

c) As listas a sufrágio deverão preferencialmente obedecer ao princípio da

representatividade proporcional dos estabelecimentos de ensino do agrupamento.

12 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

d) Quando exista mais do que uma lista a sufrágio na assembleia-geral, a conversão

dos votos em mandatos faz-se de acordo com o método de representação

proporcional da média mais alta de Hondt.

5. O representante dos alunos é eleito em reunião geral de alunos, com idade igual ou

superior a 16 anos, que frequentam o 3.ºciclo, expressamente convocada para tal efeito.

6. Os representantes do município são designados pela Câmara Municipal.

7. Os representantes das atividades de carácter económico, social, cultural e científico

serão cooptados pelos restantes membros do conselho geral quando se trate de

individualidades, ou indicados pelas instituições ou organizações cooptadas quando for

essa a decisão dos membros do conselho geral.

8. Os procedimentos relativos à efetivação das decisões tomadas pelo conselho geral no

âmbito do ponto anterior, competem ao presidente do conselho geral cessante.

Artigo 14º

Eleições

1. O presidente do conselho geral, nos trinta dias anteriores ao termo do respetivo

mandato, convoca a assembleia eleitoral para a eleição dos representantes do pessoal

docente e não docente neste órgão de gestão.

2. As convocatórias mencionam as normas práticas do processo eleitoral, locais de

afixação das listas de candidatos, hora e local do escrutínio, sendo afixadas nos locais

habituais.

3. Os representantes do pessoal docente e pessoal não docente candidatam-se em listas

separadas compostas por elementos em efetividade de funções nas escolas.

4. As listas referidas no ponto anterior, deverão ser rubricadas pelos respetivos

candidatos, que assim manifestarão a sua concordância.

5. As listas serão entregues, até 48 horas antes do dia do ato eleitoral, ao diretor ou a

quem as suas vezes fizer, o qual imediatamente as rubricará e fará afixar nos locais

mencionados na convocatória.

6. Cada lista poderá indicar até dois representantes para acompanhar todos os atos da

eleição.

7. As listas devem conter a indicação nominal e ordenada dos candidatos a membros

efetivos, em número igual ao dos respetivos representantes no conselho geral, bem

como dos candidatos a membros suplentes em número não inferior a 50% do número

de efetivos.

8. Cada lista de docentes deve ser constituída por representantes de todos os níveis e

ciclos de ensino.

9. A mesa eleitoral é designada pelo diretor e pelo presidente do conselho geral, no

mínimo cinco dias antes do ato eleitoral, devendo ser constituída por cinco elementos,

incluindo docentes e não docentes.

13 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

10. No dia da eleição, os membros da mesa reúnem antes da abertura das urnas, para

designarem o respetivo presidente, secretário e vogais.

11. As urnas mantêm-se abertas durante oito horas, a menos que tenham votado todos os

eleitores inscritos nos cadernos eleitorais.

12. A abertura da urna é efetuada pela mesa, a qual procederá ao apuramento dos

resultados e lavrará a respetiva ata que será assinada pelos seus membros.

13. A conversão dos votos em mandatos faz-se de acordo com o método de representação

proporcional da média mais alta de Hondt.

Artigo 15º

Ausência de Listas

1. No caso de não serem apresentadas listas para os representantes do corpo docente ou

não docente, o fato deve ser comunicado pelo diretor do agrupamento aos serviços

competentes do Ministério de Educação e Ciência.

Artigo 16º

Mandato

1. O mandato dos membros do conselho geral tem a duração de quatro anos letivos, sem

prejuízo do disposto nos números seguintes.

2. O mandato dos representantes dos pais e encarregados de educação tem a duração de

dois anos escolares.

3. Os membros do conselho geral serão substituídos no exercício do cargo se entretanto

perderem a qualidade que determinou a respetiva eleição ou designação, ou a pedido

devidamente fundamentado dos interessados.

4. As vagas resultantes da cessação dos mandatos dos membros eleitos são preenchidas

pelo primeiro candidato não eleito, segundo a respetiva ordem de precedência na lista a

que pertencia o titular do mandato.

5. Caso não seja possível a aplicação dos procedimentos previstos no ponto anterior

proceder-se-á a novo ato eleitoral intercalar para preenchimento dos lugares vagos.

SECÇÃO II

DIRETOR

Artigo 17º

Diretor

1. O diretor é o órgão de administração e gestão do agrupamento de escolas nas áreas

pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial.

14 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 18º

Subdiretor e Adjuntos do Diretor

1. O diretor é coadjuvado no exercício das suas funções por um subdiretor e por três

adjuntos.

2. O número de adjuntos do diretor é fixado em função da dimensão do agrupamento de

escolas e da complexidade e diversidade da sua oferta educativa, nomeadamente dos

níveis e ciclos de ensino e das tipologias de cursos que leciona, podendo alterar-se em

função disso.

Artigo 19º

Competências

1. Compete ao diretor assumir a presidência do conselho pedagógico e submeter à

aprovação do conselho geral o projeto educativo elaborado pelo conselho pedagógico.

2. Ouvido o conselho pedagógico, compete também ao diretor:

a) Elaborar e submeter à aprovação do conselho geral:

I. As alterações ao regulamento interno;

II. Os planos anual e plurianual de atividades;

III. O relatório anual de atividades;

IV. As propostas de celebração de contratos de autonomia;

V. Os critérios gerais a definir pelo conselho pedagógico em matéria de

organização de horários;

VI. O plano estratégico para o ano letivo subsequente que resulta da avaliação

do impacto que as atividades desenvolvidas tiveram nos resultados

escolares, no ano letivo anterior;

VII. O plano de Atividades de Enriquecimento Curricular a desenvolver nas

horas semanais destinadas às mesmas.

b) Aprovar o plano de formação e de atualização do pessoal docente e não docente,

ouvido também, no último caso, o município.

3. No ato de apresentação ao conselho geral, o diretor faz acompanhar os documentos

referidos na alínea a) do número anterior dos pareceres do conselho pedagógico.

4. Sem prejuízo das competências que lhe sejam cometidas por lei ou regulamento

interno, no plano da gestão pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial,

compete ao diretor, em especial:

a) Definir o regime de funcionamento do agrupamento de escolas;

b) Elaborar o projeto de orçamento, em conformidade com as linhas orientadoras

definidas pelo conselho geral;

c) Superintender na constituição de turmas e na elaboração de horários;

d) Distribuir o serviço docente e não docente;

e) Designar os coordenadores de todas as estruturas de coordenação e supervisão

pedagógica do agrupamento;

f) Propor os candidatos ao cargo de coordenador de departamento curricular e

designar os diretores de turma;

15 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

g) Designar os restantes coordenadores, nomeadamente os de estabelecimento de

ensino;

h) Planear e assegurar a execução das atividades no domínio da ação social escolar,

em conformidade com as linhas orientadoras definidas pelo conselho geral;

i) Gerir as instalações, espaços e equipamentos, bem como os outros recursos

educativos;

j) Estabelecer protocolos e celebrar acordos de cooperação ou de associação com

outras escolas e instituições de formação, autarquias e coletividades, em

conformidade com os critérios definidos pelo conselho geral nos termos da alínea o)

do n.º 1 do artigo 10º deste regulamento;

k) Proceder à seleção e recrutamento do pessoal docente, nos termos dos regimes

legais aplicáveis;

l) Assegurar as condições necessárias à realização da avaliação do desempenho do

pessoal docente e não docente, nos termos da legislação aplicável;

m) Dirigir superiormente os serviços de administração escolar, técnicos e técnico -

pedagógicos.

5. Compete ainda ao diretor:

a) Representar a escola;

b) Exercer o poder hierárquico em relação ao pessoal docente e não docente;

c) Exercer o poder disciplinar em relação aos alunos, nos termos da legislação

aplicável;

d) Intervir nos termos da lei no processo de avaliação de desempenho do pessoal

docente, presidindo à seção de acompanhamento da avaliação de desempenho

docente;

e) Proceder à avaliação de desempenho do pessoal não docente;

6. O diretor exerce ainda as competências que lhe forem delegadas pela administração

educativa e pela câmara municipal.

7. O diretor pode delegar e subdelegar no subdiretor, nos adjuntos ou nos coordenadores

de escola ou de estabelecimento de educação pré-escolar as competências referidas

nos números anteriores, com exceção da prevista na alínea d) do número 5.

8. Nas suas faltas e impedimentos, o diretor é substituído pelo subdiretor.

Artigo 20º

Recrutamento

1. O diretor é eleito pelo conselho geral.

2. Para recrutamento do diretor, desenvolve-se um procedimento concursal, prévio à

eleição, nos termos do artigo seguinte.

3. Podem ser opositores ao procedimento concursal referido no número anterior docentes

de carreira do ensino público ou professores profissionalizados com contrato por tempo

indeterminado do ensino particular e cooperativo, em ambos os casos com, pelo menos,

16 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

cinco anos de serviço e qualificação para o exercício de funções de administração e

gestão escolar, nos termos do número seguinte.

4. Consideram-se qualificados para o exercício de funções de administração e gestão

escolar os docentes que preencham uma das seguintes condições:

a) Sejam detentores de habilitação específica para o efeito, nos termos das alíneas b)

e c) do n.º 1 do artigo 56.º do Estatuto da Carreira Docente dos Educadores de

Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário;

b) Possuam experiência correspondente a pelo menos um mandato completo no

exercício dos cargos de diretor ou adjunto do diretor, presidente ou vice-presidente

do conselho executivo, diretor executivo ou adjunto do diretor executivo; ou membro

do conselho diretivo e/ou executivo.

c) Possuam experiência de pelo menos três anos como diretor ou diretor pedagógico

de estabelecimento do ensino particular e cooperativo.

d) Possuam currículo relevante na área da gestão e administração escolar, como tal

considerado, em votação secreta, pela maioria dos membros da comissão prevista

no artº 22º do decreto-lei 137/2012 de 2 de julho;

5. As candidaturas apresentadas por docentes com o perfil a que se referem as alíneas b)

c) e d) do número anterior só são consideradas na inexistência ou na insuficiência, por

não preenchimento de requisitos legais de admissão ao concurso, das candidaturas

que reúnam os requisitos previstos na alínea a) do número anterior.

6. O subdiretor e os adjuntos são nomeados pelo diretor de entre docentes de carreira que

contem pelo menos cinco anos de serviço e se encontrem em exercício de funções no

Agrupamento de escolas.

Artigo 21º

Procedimento Concursal

1. As condições de acesso e as normas para a eleição do diretor são estabelecidas num

regulamento próprio a aprovar pelo conselho geral, onde se definem todos os aspetos

relacionados com o procedimento concursal, sem prejuízo do disposto no presente

regulamento.

2. O procedimento concursal é aberto por aviso publicitado do seguinte modo:

a) Em local apropriado das instalações do agrupamento de escolas;

b) Na página eletrónica do agrupamento de escolas e na do serviço competente do

Ministério da Educação e Ciência;

c) Por aviso publicado na 2.ª série do Diário da República e divulgado em órgão de

imprensa de expansão nacional através de anúncio que contenha referência ao

Diário da República em que o referido aviso se encontra publicado.

3. O aviso de abertura do procedimento contém, obrigatoriamente, os seguintes

elementos:

a) O agrupamento de escolas para que é aberto o procedimento concursal;

17 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

b) Os requisitos de admissão ao procedimento concursal,

c) A entidade a quem deve ser apresentado o pedido de admissão ao procedimento,

com indicação do respetivo prazo de entrega, forma de apresentação, documentos

a juntar e demais elementos necessários à formalização da candidatura;

d) Os métodos utilizados para a avaliação da candidatura.

4. O conselho geral incumbe uma comissão especialmente designada para o efeito de

elaborar um relatório de avaliação, fundamentando, relativamente a cada um, as razões

que aconselham ou não a sua eleição, não podendo no entanto proceder à seriação dos

candidatos.

5. A comissão pode considerar no relatório de avaliação que nenhum dos candidatos

reúne condições para ser eleito.

6. Previamente à apreciação das candidaturas, a comissão referida no número anterior

procede ao exame dos requisitos de admissão ao concurso, excluindo os candidatos que

os não tenham cumprido, sem prejuízo da aplicação do artigo 76.º do Código do

Procedimento Administrativo.

7. Das decisões de exclusão da comissão de apreciação das candidaturas cabe recurso,

com efeito suspensivo, a interpor para o conselho geral, no prazo de dois dias úteis e a

decidir, por maioria qualificada de dois terços dos seus membros em efetividade de

funções, no prazo de cinco dias úteis.

8. Para efeitos da avaliação das candidaturas, a comissão considera obrigatoriamente:

a) A análise do curriculum vitae de cada candidato, designadamente para efeitos de

apreciação da sua relevância para o exercício das funções de diretor e do seu

mérito;

b) A análise do projeto de intervenção no agrupamento de escolas;

c) O resultado de entrevista individual realizada com o candidato.

Artigo 22º

Eleição

1. O conselho geral procede à discussão e apreciação do relatório referido no artigo

anterior, podendo na sequência dessa apreciação decidir proceder à audição dos

candidatos, nos seguintes termos:

a) A audição oral dos candidatos realiza-se por deliberação do conselho geral tomada

por maioria dos presentes ou a requerimento de pelo menos um terço dos seus

membros em efetividade de funções.

b) A notificação da realização da audição dos candidatos e a respetiva convocatória

são feitas com a antecedência de pelo menos oito dias úteis.

c) Na audição podem ser apreciadas todas as questões relevantes para a eleição.

d) A falta de comparência dos interessados à audição não constitui motivo do seu

adiamento, podendo o conselho geral, se não for apresentada justificação da falta,

apreciar essa conduta para o efeito do interesse do candidato na eleição.

18 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

e) Da audição é lavrada ata contendo a súmula do ato.

2. Após a discussão e apreciação do relatório e a eventual audição dos candidatos, o

conselho geral procede à eleição do diretor, considerando-se eleito o candidato que

obtenha maioria absoluta dos votos dos membros do conselho geral em efetividade de

funções.

3. No caso de nenhum candidato sair vencedor, nos termos do número anterior, o

conselho geral reúne novamente, no prazo máximo de cinco dias úteis, para proceder a

novo escrutínio, ao qual são apenas admitidos o candidato único ou os dois candidatos

mais votados na primeira eleição e sendo considerado eleito aquele que obtiver maior

número de votos, desde que respeitado o quórum legal e regulamentarmente exigido

para que o conselho geral possa deliberar e desde que em número não inferior a um

terço dos membros do conselho geral em efetividade de funções.

4. Sempre que o candidato, no caso de ser único, ou o candidato mais votado, nos

restantes casos, não obtenha, na votação a que se refere o número anterior, o número

de votos nele estabelecidos, é o facto comunicado ao serviço competente do Ministério

da Educação e Ciência, para os efeitos previstos no artº 66º do decreto-lei 137/2012 de

2 de julho.

5. O resultado da eleição do diretor é homologado pelo Diretor Geral de Administração

Escolar nos dez dias úteis posteriores à sua comunicação pelo presidente do conselho

geral, considerando -se após esse prazo tacitamente homologado.

6. A recusa de homologação apenas pode fundamentar-se na violação da lei ou dos

regulamentos, designadamente do procedimento eleitoral.

Artigo 23º

Posse

1. O diretor toma posse perante o conselho geral nos trinta dias subsequentes à

homologação dos resultados eleitorais pelo Diretor-Geral de Administração Escolar, nos

termos do número 5 do artigo anterior.

2. O diretor designa o subdiretor e os seus adjuntos no prazo máximo de trinta dias após a

sua tomada de posse, procedendo à divulgação da sua decisão junto de toda a

comunidade educativa.

3. O subdiretor e os adjuntos do diretor tomam posse nos trinta dias subsequentes à sua

designação pelo diretor.

Artigo 24º

Mandato

1. O mandato do diretor tem a duração de quatro anos.

2. Até sessenta dias antes do termo do mandato do diretor, o conselho geral delibera

sobre a sua recondução ou a abertura do procedimento concursal tendo em vista a

realização de nova eleição.

19 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

3. A decisão de recondução do diretor é tomada por maioria absoluta dos membros do

conselho geral em efetividade de funções, não sendo permitida a sua recondução para

um terceiro mandato consecutivo.

4. Não é permitida a eleição para um quinto mandato consecutivo ou durante o quadriénio

imediatamente subsequente ao termo do quarto mandato consecutivo.

5. Não sendo ou não podendo ser aprovada a recondução do diretor de acordo com o

disposto nos números anteriores, abre -se o procedimento concursal tendo em vista a

nova eleição, nos termos do artigo 21º deste regulamento.

6. O mandato do diretor pode cessar:

a) A requerimento do interessado, dirigido ao Diretor-Geral de Administração Escolar,

com a antecedência mínima de quarenta e cinco dias, fundamentado em motivos

devidamente justificados;

b) No final do ano escolar, por deliberação do conselho geral aprovada por maioria de

dois terços dos membros em efetividade de funções, em caso de manifesta

desadequação da respetiva gestão, fundada em factos comprovados e informações,

devidamente fundamentadas, apresentados por qualquer membro do conselho

geral;

c) Na sequência de processo disciplinar que tenha concluído pela aplicação de sanção

disciplinar de cessação da comissão de serviço, nos termos da Lei.

7. A cessação do mandato do diretor determina a abertura de um novo procedimento

concursal.

8. Os mandatos do subdiretor e dos adjuntos têm a duração de quatro anos e cessam com

o mandato do diretor.

9. Sem prejuízo do disposto no número anterior, e salvaguardadas as situações previstas

nos art.º 35º e 66º do decreto-lei 137/2012 quando a cessação do mandato do diretor

ocorra antes do termo do período para o qual foi eleito, o subdiretor e os adjuntos

asseguram a administração e gestão do agrupamento de escolas até à tomada de

posse do novo diretor, devendo o respetivo processo de recrutamento estar concluído

no prazo máximo de 90 dias.

10. Não sendo possível adotar a solução prevista no número anterior e não sendo aplicável

o disposto do art.º 35 do decreto-lei 137/2012 de 2 de julho, a gestão do agrupamento

de escolas é assegurada nos termos estabelecidos no art.º 66º do mesmo decreto-lei.

11. O subdiretor e os adjuntos podem ser exonerados a todo o tempo por decisão

fundamentada do diretor.

Artigo 25º

Regime de Exercício de Funções

1. O diretor exerce as funções em regime de comissão de serviço.

2. O exercício das funções de diretor faz -se em regime de dedicação exclusiva.

20 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

3. O regime de dedicação exclusiva implica a incompatibilidade do cargo dirigente com

quaisquer outras funções, públicas ou privadas, remuneradas ou não.

4. Excetuam -se do disposto no número anterior:

a) A participação em órgãos ou entidades de representação das escolas ou do pessoal

docente;

b) Comissões ou grupos de trabalho, quando criados por resolução ou deliberação do

Conselho de Ministros ou por despacho do membro do Governo responsável pela

área da educação;

c) A atividade de criação artística e literária, bem como quaisquer outras de que

resulte a perceção de remunerações provenientes de direitos de autor;

d) A realização de conferências, palestras, ações de formação de curta duração e

outras atividades de idêntica natureza;

e) O voluntariado, bem como a atividade desenvolvida no quadro de associações ou

organizações não governamentais.

5. O diretor está isento de horário de trabalho, não lhe sendo, por isso, devida qualquer

remuneração por trabalho prestado fora do período normal de trabalho.

6. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o diretor está obrigado ao cumprimento

do período normal de trabalho, assim como do dever geral de assiduidade.

7. O diretor está dispensado da prestação de serviço letivo, sem prejuízo de, por sua

iniciativa, o poder prestar na disciplina ou área curricular para a qual possua

qualificação profissional.

Artigo 26º

Direitos do Diretor

1. O diretor goza, independentemente do seu vínculo de origem, dos direitos gerais

reconhecidos aos docentes do agrupamento de escolas ou escola não agrupada em

que exerça funções.

2. O diretor conserva o direito ao lugar de origem e ao regime de segurança social por que

está abrangido, não podendo ser prejudicado na sua carreira profissional por causa do

exercício das suas funções, relevando para todos os efeitos no lugar de origem o tempo

de serviço prestado naquele cargo.

Artigo 27º

Direitos Específicos

1. O diretor, o subdiretor e os adjuntos gozam do direito à formação específica para as

suas funções em termos a regulamentar por despacho do membro do Governo

responsável pela área da educação.

2. O diretor, o subdiretor e os adjuntos mantêm o direito à remuneração base

correspondente à categoria de origem sendo-lhes abonado um suplemento

21 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

remuneratório pelo exercício de função, a estabelecer nos termos do art.º 54 do

decreto-lei 137/2012 de 2 de Julho.

Artigo 28º

Deveres Específicos

1. Para além dos deveres gerais dos trabalhadores que exercem funções públicas

aplicáveis ao pessoal docente, o diretor, o subdiretor e os adjuntos estão sujeitos aos

seguintes deveres específicos:

a) Cumprir e fazer cumprir as orientações da administração educativa;

b) Manter permanentemente informada a administração educativa, através da via

hierárquica competente, sobre todas as questões relevantes referentes aos

serviços;

c) Assegurar a conformidade dos atos praticados pelo pessoal com o estatuído na lei e

com os legítimos interesses da comunidade educativa.

Artigo 29º

Assessoria da Direção

1. Para apoio à atividade do diretor e mediante proposta deste, o conselho geral pode

autorizar a constituição de assessorias técnico-pedagógicas, para as quais são

designados docentes em exercício de funções no Agrupamento de escolas.

2. Os critérios para a constituição e dotação das assessorias referidas no número anterior

são definidos por despacho do membro do Governo responsável pela área da

educação, em função da população escolar e do tipo e regime de funcionamento do

Agrupamento de escolas.

SECÇÃO III

CONSELHO PEDAGÓGICO

Artigo 30º

Definição

1. O conselho pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e

orientação educativa do agrupamento, nomeadamente nos domínios pedagógico-

didático, da orientação e acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua

do pessoal docente e não docente.

22 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 31º

Composição

1. O Conselho Pedagógico tem 12 elementos:

a) O Diretor

b) O Coordenador do Departamento de Línguas;

c) O Coordenador do Departamento das Ciências Sociais e Humanas

d) O Coordenador do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais

e) O Coordenador do Departamento das Expressões

f) O Coordenador do Departamento do 1º Ciclo;

g) O Coordenador do Departamento do Pré-escolar;

h) O Coordenador do Departamento de Educação Especial;

i) O Coordenador do 1º ano;

j) O Coordenador do 4º ano;

k) O Coordenador dos Diretores de Turma;

l) O Coordenador da Biblioteca Escolar

2. O diretor é, por inerência, presidente do conselho pedagógico.

3. Nas reuniões plenárias ou de comissões especializadas, designadamente quando a

ordem de trabalhos verse sobre as matérias previstas nas alíneas a), b) e), f), j) e k),

podem participar sem direito a voto, a convite do presidente do conselho pedagógico,

representantes do pessoal não docente, dos pais e encarregados de educação e dos

alunos.

Artigo 32º

Competências

1. Ao conselho pedagógico compete:

a) Elaborar a proposta de projeto educativo a submeter pelo diretor ao conselho geral;

b) Apresentar propostas para a elaboração do regulamento interno e dos planos anual

e plurianual de atividades e emitir parecer sobre os respetivos projetos;

c) Emitir parecer sobre as propostas de celebração de contratos de autonomia;

d) Elaborar e aprovar o plano de formação e de atualização do pessoal docente;

e) Definir critérios gerais nos domínios da informação e do acompanhamento

pedagógico e da avaliação dos alunos;

f) Propor aos órgãos competentes a criação de áreas disciplinares ou disciplinas de

conteúdo regional e local, bem como as respetivas estruturas programáticas;

g) Definir princípios gerais nos domínios da articulação e diversificação curricular, dos

apoios e complementos educativos e das modalidades especiais de educação

escolar;

h) Adotar os manuais escolares, ouvidos os departamentos curriculares;

23 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

i) Propor o desenvolvimento de experiências de inovação pedagógica e de formação,

no âmbito do agrupamento e em articulação com instituições ou estabelecimentos

do ensino superior vocacionados para a formação e a investigação;

j) Promover e apoiar iniciativas de natureza formativa e cultural;

k) Definir os critérios gerais a que deve obedecer a elaboração dos horários;

l) Definir os requisitos para a contratação de pessoal docente, de acordo com o

disposto na legislação aplicável;

m) Propor mecanismos de avaliação dos desempenhos organizacionais e dos

docentes, bem como da aprendizagem dos alunos, credíveis e orientados para a

melhoria de qualidade do serviço de educação prestado e dos resultados das

aprendizagens;

n) Intervir, nos termos da Lei, no processo de avaliação do desempenho dos docentes;

o) Definir os critérios de atribuição dos Quadros de Valor e ratificar as propostas de

atribuição dos mesmos;

p) Analisar, sob proposta dos conselhos de turma, as situações de alunos dentro da

escolaridade obrigatória que ultrapassem o limite legal de faltas injustificadas;

q) Promover a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade;

r) Realizar a avaliação global, no final do ano letivo, do funcionamento dos grupos de

nível de proficiência linguística dos alunos do Ensino Básico inseridos no Sistema

Educativo Nacional cuja língua materna não seja o Português;

s) Mandar proceder à afixação de uma súmula dos assuntos tratados, no prazo de oito

dias, após as reuniões do respetivo conselho, em expositor próprio, em todas as

escolas do agrupamento.

t) No final de cada ano escolar, o conselho pedagógico avalia o impacto que as

atividades desenvolvidas tiveram nos resultados escolares e delibera sobre o plano

estratégico para o ano letivo seguinte, devendo submete-lo à apreciação do

Conselho Geral e a divulgação junto da comunidade escolar;

u) Aprovar a proposta do diretor sobre o plano de Atividades de Enriquecimento

Curricular a desenvolver nas horas semanais destinadas às mesmas;

v) Propor ao conselho geral a excecionalidade das AEC funcionarem fora do período da

tarde após o período curricular;

w) Propor ao conselho geral os domínios de ofertas das AEC e fixar a respetiva

duração semanal;

x) Exercer as demais competências previstas na lei.

Artigo 33º

Competências do presidente do conselho pedagógico

1. Compete ao presidente do conselho pedagógico:

a) Presidir às reuniões, dirigir os trabalhos e assegurar o cumprimento da lei e das

deliberações;

24 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

b) Assegurar a divulgação à comunidade educativa dos assuntos tratados nas

reuniões;

c) Representar o Conselho pedagógico;

2. O presidente ou quem o substituir pode interpor recurso contencioso e pedir a suspensão

jurisdicional da eficácia das deliberações tomadas pelo órgão colegial a que preside, que

considere ilegais.

Artigo 34º

Funcionamento

1. O conselho pedagógico reúne ordinariamente uma vez por mês, e de acordo com as

normas estipuladas pelo seu regimento.

2. O conselho pedagógico reúne extraordinariamente, segundo convocatória do

presidente, nos seguintes casos:

a) Por iniciativa do seu presidente;

b) A requerimento de um terço dos seus membros em efetividade de funções;

c) Sempre que um pedido de parecer do conselho geral ou do diretor o justifique.

3. O conselho pedagógico reúne com a presença de mais de metade dos seus membros

em efetividade de funções.

4. Nas reuniões em que sejam tratados assuntos que envolvam sigilo, designadamente a

avaliação de alunos, participam apenas os membros docentes.

5. A participação dos pais e encarregados de educação processa-se apenas nas reuniões

em que, por lei, esteja prevista a sua presença, nomeadamente em reuniões plenárias

ou de comissões especializadas, designadamente quando a ordem de trabalhos verse

sobre as matérias previstas nas alíneas a), b), e), f), j) e k) do artigo 32º deste

regulamento, podem participar, sem direito a voto, a convite do presidente do conselho

pedagógico.

6. O conselho pedagógico deve aprovar ou rever o seu próprio regimento interno,

definindo as respetivas regras de organização e funcionamento nos primeiros trinta dias

do mandato.

7. As decisões do conselho pedagógico são tomadas por maioria absoluta de votos,

dispondo o presidente de voto de qualidade.

8. Das reuniões do conselho pedagógico são lavradas atas, assinadas pelo presidente e

pelo secretário.

9. As reuniões ordinárias devem ser calendarizadas no início do ano letivo e as

extraordinárias devem ser convocadas com a antecedência mínima de 48 horas.

Artigo 35º

Mandato

25 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

1. O mandato dos membros do conselho pedagógico tem a duração de quatro anos

letivos, exceto o dos coordenadores de 1º e 4º ano, que será exercido em mandatos

anuais.

SECÇÃO IV

CONSELHO ADMINISTRATIVO

Artigo 36º

Objeto

1. O conselho administrativo é o órgão deliberativo em matéria administrativo-financeira do

agrupamento, nos termos das disposições legais em vigor.

Artigo 37º

Composição

1. O conselho administrativo é composto por:

a) O diretor

b) O subdiretor ou um dos adjuntos, por ele designado para o efeito;

c) O chefe dos serviços administrativos, ou quem o substitua.

Artigo 38º

Competências

1. Ao conselho administrativo compete:

a) Aprovar o projeto de orçamento anual do agrupamento, em conformidade com as

linhas orientadoras definidas pelo conselho geral.

b) Elaborar o relatório de contas de gerência.

c) Autorizar a realização de despesas e o respetivo pagamento, fiscalizar a cobrança

de receitas e verificar a legalidade da gestão financeira.

d) Zelar pela atualização do cadastro patrimonial do agrupamento.

e) Exercer as demais competências que lhe estão legalmente cometidas.

Artigo 39º

Funcionamento

1. O conselho administrativo é presidido pelo diretor.

2. O conselho administrativo reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente

sempre que o diretor o convoque, por sua iniciativa ou a requerimento de qualquer dos

seus membros.

3. O conselho administrativo apenas pode deliberar quando estiverem presentes a maioria

dos seus membros em efetividade de funções.

4. As deliberações são tomadas por maioria de votos.

26 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

5. Das reuniões do conselho administrativo são lavradas atas, assinadas por todos os

elementos.

6. Os membros do conselho administrativo são solidariamente responsáveis pelas

deliberações tomadas, exceto se fizerem consignar em ata a sua discordância ou se

não tiverem estado presentes.

CAPÍTULO III

COORDENAÇÃO DE ESTABELECIMENTO

Artigo 40º

Definição

1. A coordenação de estabelecimento é a estrutura que, em articulação com o diretor, visa

assegurar o funcionamento das escolas que integram o agrupamento.

2. A coordenação de cada estabelecimento de ensino do agrupamento é assegurada por

um coordenador.

3. Não haverá lugar à criação do referido cargo no estabelecimento onde funciona a sede

do Agrupamento, nem nos estabelecimentos que não cumpram o legalmente estipulado

para este efeito.

Artigo 41º

Designação

1. O coordenador é designado pelo diretor de entre os docentes em exercício efetivo na

escola ou no estabelecimento de educação pré-escolar do agrupamento.

2. O coordenador não terá turma a seu cargo se o estabelecimento de educação e ensino

em que exerce as suas funções reunir as condições previstas na lei para esse efeito.

Artigo 42º

Competências

1. São competências do coordenador de estabelecimento, entre outras que lhes possam

ser cometidas pelo diretor:

a) Coordenar as atividades educativas, em articulação com o diretor;

b) Cumprir e fazer cumprir as decisões do diretor e exercer as competências que lhe

forem por ele delegadas;

c) Exercer as competências que lhe forem delegadas pelo diretor;

d) Veicular as informações relativas a pessoal docente e não docente, e aos alunos;

e) Promover e incentivar a participação dos pais e encarregados de educação, dos

interesses locais e da autarquia nas atividades educativas;

27 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 43º

Funcionamento

1. O coordenador de estabelecimento reúne, ordinariamente, uma vez por mês e

extraordinariamente sempre que se justificar, com todos os docentes em exercício no

estabelecimento.

2. Nas reuniões de estabelecimento poderão participar, a convite do coordenador e

sempre que a ordem de trabalhos o justifique, os docentes das atividades de

enriquecimento curricular.

3. Esta reunião realizar-se-á com a presença da maioria dos seus membros em efetividade

de funções, não relevando para este efeito os docentes referidos no ponto anterior.

4. Nestas reuniões as decisões são tomadas por maioria absoluta de votos, dispondo o

coordenador de voto de qualidade.

5. Destas reuniões são lavradas atas, assinadas pelo coordenador e pelo secretário.

Artigo 44º

Mandato

1. O coordenador de estabelecimento exercerá o seu mandato por um período de quatro

anos letivos.

2. O mandato de coordenador de estabelecimento cessa com o mandato do diretor.

3. O coordenador de estabelecimento pode ser exonerado a todo o tempo por despacho

fundamentado do diretor, ou a seu pedido devidamente fundamentado no final do ano

letivo, devendo proceder-se nestes casos a nova designação, até que se complete o

período em causa.

CAPÍTULO IV

ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA

SECÇÃO I

ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO EDUCATIVA E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA

Artigo 45º

Definição

1. São estruturas que colaboram com o conselho pedagógico e com o diretor, no sentido

de assegurar a coordenação, supervisão e acompanhamento das atividades escolares,

promover o trabalho colaborativo e realizar a avaliação de desempenho do pessoal

docente.

2. Sem prejuízo do disposto no presente capítulo, cada uma das estruturas de

coordenação educativa e supervisão pedagógica deve elaborar um regimento interno

nos primeiros trinta dias do seu funcionamento.

28 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 46º

Atribuições

1. A articulação e gestão curricular na aplicação dos programas e orientações curriculares

e programáticas definidas a nível nacional bem como o desenvolvimento de

componentes curriculares por iniciativa do agrupamento de escolas, é feita pelos

departamentos curriculares.

2. A organização, o acompanhamento e a avaliação das atividades de turma ou grupo de

alunos é feita pelos titulares de grupo/turma, no pré-escolar e no 1º ciclo, e pelos

conselhos de turma, nos 2º e 3º ciclos.

3. A coordenação pedagógica de cada ano, ciclo ou curso é feita pelo departamento do

pré-escolar, pelos conselhos de Ano do 1º ciclo, pelo conselho de diretores de turma

dos 2º ciclo e 3.º ciclos, e pelos docentes que ministram os CEF e os EFA.

4. A avaliação do pessoal docente é feita pelos coordenadores dos departamentos, por

docentes por si delegados, ou por outros docentes nos termos da lei.

SUB-SECÇÃO I

DEPARTAMENTOS CURRICULARES

Artigo 47º

Definição

1. São estruturas que asseguram a articulação e a gestão curricular, promovendo a

cooperação entre os docentes e desenvolvendo componentes curriculares de sua

iniciativa, visando adequar os currículos às necessidades específicas dos alunos.

Artigo 48º

Composição

1. Os departamentos curriculares são constituídos pelos docentes representados nos

vários grupos de recrutamento e áreas disciplinares, de acordo com os anos e os

cursos lecionados, a saber:

a) Departamento do pré-escolar – constituído por todas as educadoras de infância

titulares de grupo ou não;

b) Departamento do 1º ciclo – constituído por todos os professores de 1º ciclo, titulares

de turma ou não;

c) Departamento de línguas – constituído pelos professores das disciplinas de

Português, Francês e Inglês;

d) Departamento das Ciências Sociais e Humanas – constituído pelos professores das

disciplinas de História e Geografia de Portugal, geografia e Educação Moral

Religiosa;

29 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

e) Departamento de Matemática e Ciências Experimentais – constituído pelos

professores de Matemática, Ciências Naturais, e Físico-Química.

f) Departamento das Expressões – constituído pelos professores de Educação Visual

e Educação Tecnológica, Design Gráfico Educação Física, TIC, Educação Musical e

Música.

g) Departamento de educação especial – constituído por todos os docentes de

educação especial incluindo os que exercem funções no âmbito do serviço nacional

de intervenção precoce para a infância (SNIPI).

Artigo 49º

Competências

1. Em geral, são competências dos departamentos curriculares:

a) Planificar e adequar à realidade da escola ou do agrupamento de escolas a

aplicação dos planos de estudos estabelecidos a nível nacional;

b) Elaborar e aplicar medidas de reforço no domínio das didáticas específicas das

disciplinas;

c) Assegurar, de forma articulada com outras estruturas de orientação educativa do

agrupamento de escolas, a adoção de metodologias específicas destinadas ao

desenvolvimento quer dos planos de estudo quer das componentes de âmbito local

do currículo;

d) Analisar a oportunidade de adoção de medidas de gestão flexível dos currículos e

de outras medidas destinadas a melhorar as aprendizagens e a prevenir a exclusão;

e) Elaborar propostas curriculares diversificadas, em função da especificidade de

grupos de alunos;

f) Assegurar a coordenação de procedimentos e formas de atuação nos domínios da

aplicação de estratégias de diferenciação pedagógica e da avaliação das

aprendizagens;

g) Identificar necessidades de formação dos docentes;

h) Analisar e refletir sobre as práticas educativas e o seu contexto

Artigo 50º

Coordenador

1. Os departamentos curriculares devem ser coordenados por docentes de carreira detentor

de formação especializada nas áreas de supervisão pedagógica, avaliação do

desempenho docente ou administração educacional.

2. Quando não for possível a designação de docentes com os requisitos definidos no número

anterior, por não existirem ou não existirem em número suficiente para dar cumprimento

ao estabelecido no decreto-lei 137/2012 de 2 de julho podem ser designados docentes

segundo a seguinte ordem de prioridades:

30 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

a) Docentes com experiência profissional, de pelo menos um ano, de supervisão

pedagógica na formação inicial, na profissionalização ou na formação em exercício ou

na profissionalização ou na formação em serviço de docentes;

b) Docentes com experiência de pelo menos um mandato de coordenador de

departamento curricular coordenador de área disciplinar, ou de estruturas de

coordenação educativa previstas no regulamento interno;

c) Docentes que, não reunindo os requisitos anteriores, sejam considerados competentes

para o exercício da função.

3. O coordenador de departamento é eleito pelo respetivo departamento, de entre uma lista

de três docentes, propostos pelo diretor para o exercício do cargo.

4. Para efeitos do número anterior considera-se eleito o docente que reúne o maior número

de votos favoráveis dos membros do departamento curricular.

Artigo 51º

Competências dos Coordenadores

1. Em geral, são competências do coordenador dos departamentos curriculares sem

prejuízo de outras que lhes venham a ser cometidas, as seguintes:

a) Promover a troca de experiências e a cooperação entre os docentes que os

integram;

b) Assegurar a coordenação das orientações curriculares e dos programas de estudo,

promovendo a adequação dos seus objetivos e conteúdos à situação concreta do

agrupamento de escolas;

c) Promover a articulação com outras estruturas ou serviços do agrupamento de

escolas, com vista ao desenvolvimento de estratégias de diferenciação pedagógica;

d) Propor ao conselho pedagógico o desenvolvimento de componentes curriculares

locais e a adoção de medidas destinadas a melhorar as aprendizagens dos alunos;

e) Cooperar na elaboração, desenvolvimento e avaliação dos instrumentos de

autonomia do agrupamento de escolas;

f) Promover a realização de atividades de investigação, reflexão e de estudo, visando

a melhoria da qualidade das práticas educativas;

g) Reunir periodicamente com os coordenadores dos conselhos de ano (departamento

do 1º ciclo) ou com os coordenadores de área disciplinar (2º ciclo e 3.º ciclo) para

tratar assuntos relacionados com as suas áreas de intervenção;

Artigo 52º

Mandato

1. O mandato dos coordenadores dos departamentos curriculares tem a duração de quatro

anos e cessa com o mandato do diretor.

31 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

2. Os coordenadores podem ser exonerados a todo o tempo por despacho fundamentado

do diretor, após consulta ao respetivo departamento ou a seu pedido devidamente

fundamentado no final do ano letivo, devendo proceder-se nestes casos a nova

designação, até que se complete o período em causa.

3. No caso de impedimento do coordenador, este será substituído nas suas funções pelo

segundo elemento mais votado na eleição a que se refere o número anterior.

Artigo 53º

Funcionamento

1. Os departamentos curriculares reúnem ordinariamente uma vez por período, e

extraordinariamente sempre que se justificar, sendo que o departamento curricular do

pré-escolar reúne ordinariamente uma vez por mês para assegurar também a

coordenação pedagógica deste nível de ensino entre os vários estabelecimentos que

integram o agrupamento.

2. Os departamentos curriculares reúnem com a presença da maioria dos seus membros

em efetividade de funções.

3. As decisões dos departamentos curriculares são tomadas por maioria absoluta de

votos, dispondo os coordenadores de voto de qualidade.

4. Das reuniões dos departamentos curriculares são lavradas atas, assinadas pelos

coordenadores e pelos secretários.

5. As reuniões ordinárias devem ser calendarizadas no inicio do ano letivo e as

extraordinárias devem ser convocadas com antecedência mínima de 48 horas.

Artigo 54º

Áreas Disciplinares

1. Para uma melhor operacionalização dos departamentos curriculares do 2º e 3º ciclo,

estes organizam-se internamente em áreas disciplinares.

2. A organização e funcionamento das áreas disciplinares são definidos em regimento

interno.

Artigo 55º

Coordenador de Área Disciplinar

1. Para efeitos de articulação curricular, planificação e definição de estratégias nos

departamentos curriculares constituídos por mais de uma área disciplinar, será

designado pelo diretor um coordenador de cada área disciplinar de entre os respetivos

docentes, com exceção daquela a que pertença o coordenador de departamento.

2. Os coordenadores das áreas disciplinares são designados por um período de quatro

anos, e articulam o seu trabalho com o coordenador de departamento.

3. O mandato do coordenador pode cessar a qualquer momento por despacho

fundamentado do diretor, após consulta ao respetivo departamento ou ainda a seu

32 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

pedido devidamente fundamentado no final do ano letivo, devendo proceder-se nestes

casos a nova designação, até que se complete o período em causa.

Artigo 56º

Competências do Coordenador de Área Disciplinar

1. Compete ao coordenador de área disciplinar coadjuvar o coordenador do respetivo

departamento no exercício das suas atribuições e substitui-lo nas suas ausências, de

acordo com o definido em regimento interno do departamento.

SUB-SECÇÃO II

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

Artigo 57º

Definição

1. O departamento é constituído pelos docentes de educação especial do agrupamento de

escolas de Montijo, que intervêm junto de crianças e jovens com necessidades

educativas especiais de carácter permanente, conjugando a sua atividade com os

outros professores e com as estruturas de orientação educativa.

2. A intervenção realizada no âmbito da educação especial, transversal a toda a

escolaridade e de carácter muito específico, implica a representação do coordenador

deste departamento no conselho pedagógico.

Artigo 58º

Composição

1. Este departamento integra docentes especializados em educação especial, colocados

no quadro de agrupamento. Integra ainda docentes de quadro de zona pedagógica e

contratados especializados ou não especializados.

Artigo 59º

Competências

1. As competências do departamento de educação especial são:

a) Definir critérios e metodologias complementares para sinalização, diagnóstico e

avaliação de alunos.

b) Reunir com um psicólogo, sempre que é necessário para analisar e atribuir medidas

educativas no âmbito da educação especial a alunos sinalizados para a educação

especial, para efeitos de elegibilidade dos alunos após o processo de avaliação.

c) Reunir com os técnicos intervenientes, no processo de avaliação de alunos

referenciados à educação especial, para efeitos de elegibilidade.

d) Intervir junto dos alunos apoiados, promovendo a aplicação e o desenvolvimento

das medidas do regime educativo especial previstas na lei.

33 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

e) Colaborar nas diferentes escolas, no âmbito da sua área de intervenção, sempre

que seja solicitado, uma vez que o docente de educação especial é um recurso da

escola e do agrupamento.

f) Colaborar e/ ou propor aos órgãos de gestão e coordenação a aplicação de

medidas que visem melhorar a resposta dada aos alunos com necessidades

educativas especiais de carácter permanente.

g) Pronunciar-se sobre assuntos relacionados com a atividade desenvolvida pelos

docentes de educação especial.

h) Articular a intervenção dos docentes de educação especial com os docentes dos

diferentes estabelecimentos, órgãos de gestão, de coordenação, famílias e outros

elementos da comunidade.

i) Pronunciar-se sobre a necessidade de formação contínua na área da educação

especial e transmiti-la ao conselho pedagógico, para que este providencie a sua

realização.

j) Elaborar no final de cada ano letivo, relatório de avaliação das atividades

desenvolvidas.

Artigo 60º

Coordenador

1. O diretor propõe uma lista de três elementos para o exercício do cargo e o coordenador

será eleito pelo respetivo grupo de entre os docentes de carreira detentor de formação

especializada na área de educação especial e que exercem funções na área.

2. Quando não for possível a designação de docentes com os requisitos definidos, por não

existirem ou não existirem em número suficiente, podem ser designados conforme o

constante do artº 48º deste regulamento interno, com as devidas adaptações.

3. Para os efeitos do disposto no número um deste artigo considera-se eleito o docente que

reúne o maior número de votos favoráveis dos membros do grupo.

4. O coordenador pode ser exonerado a todo o tempo por despacho fundamentado do diretor,

após consulta ao departamento ou ainda a seu pedido devidamente fundamentado no final

do ano letivo, devendo proceder-se nestes casos a nova designação, até que se complete

o período em causa.

5. O mandato do coordenador terá a duração de quatro anos e cessa com o mandato do

diretor.

Artigo 61º

Competências do Coordenador

1. Sem prejuízo de outras atribuições, ao coordenador compete:

a) Convocar as reuniões ordinárias e extraordinárias do departamento de educação

especial, com pelo menos quarenta e oito horas de antecedência.

34 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

b) Dinamizar as reuniões.

c) Cumprir e fazer cumprir as decisões do conselho pedagógico e exercer as

competências que por este lhe forem delegadas.

d) Assegurar a orientação e a coordenação dos docentes de educação especial, em

matérias relacionadas com a sua intervenção educativa.

e) Facilitar a troca de experiências e conhecimentos entre os docentes, bem como a

análise e reflexão sobre as suas práticas educativas.

f) Zelar pela harmonização de procedimentos e de critérios na intervenção junto dos

alunos com necessidades educativas especiais.

g) Zelar pelo cumprimento das competências do departamento de educação especial.

h) Promover a articulação com outros serviços, nomeadamente saúde, segurança

social, psicologia e outros técnicos.

i) Colaborar na organização das estruturas que funcionam ao nível das escolas e do

agrupamento, tendo como objetivo melhorar a resposta educativa aos alunos com

necessidades educativas especiais permanentes.

Artigo 62º

Funcionamento

1. O departamento reúne ordinariamente uma vez por mês, e extraordinariamente sempre

que se justificar.

2. O departamento reúne com a presença da maioria dos seus membros em efetividade de

funções.

3. As decisões do departamento são tomadas por maioria absoluta de votos, dispondo o

coordenador de voto de qualidade.

4. Das reuniões do departamento são lavradas atas, assinadas pelo coordenador e pelo

secretário.

5. As reuniões ordinárias devem ser calendarizadas no início do ano letivo e as

extraordinárias devem ser convocadas com antecedência.

Artigo 63º

Respostas Educativas

1. As crianças e alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente

que frequentam a educação pré-escolar e o ensino básico abrangidos pelo decreto-lei

nº 3/2008, de 2 de janeiro, com limitações significativas ao nível da atividade e

participação decorrentes de alterações funcionais e estruturais de carácter permanente.

2. As unidades de multideficiência são constituídas por alunos que frequentam o ensino

básico apresentando acentuadas limitações no domínio cognitivo, associadas ao

domínio motor e/ou sensorial (visão ou audição), podendo ainda necessitar de cuidados

de saúde específicos, que se traduzem em limitações na interação natural com o

ambiente e grave risco para o desenvolvimento e acesso à aprendizagem.

35 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

3. O Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI) abrange crianças entre

os 0 e os 6 anos.

a) O conjunto de medidas de apoio integrado centrado na criança e na família,

incluindo ações de natureza preventiva e reabilitativa, designadamente no âmbito

da educação, da saúde e da ação social.

b) O risco de alterações ou alterações das funções e estruturas do corpo – tendo em

conta os referenciais de desenvolvimento próprios, consoante a idade e o contexto

social.

c) O risco grave de atraso de desenvolvimento – a verificação de condições biológicas,

psicoafectivas ou ambientais que implicam uma alta probabilidade de atraso

relevante no desenvolvimento da criança.

SUB-SECÇÃO III

TITULARES DE GRUPO/TURMA E CONSELHOS DE TURMA

Artigo 64º

Definição

1. A organização, o acompanhamento e a avaliação das atividades a desenvolver com os

alunos e a articulação entre as escolas e as famílias é assegurada pelos educadores de

infância, na educação pré-escolar, pelos professores titulares das turmas, no 1º ciclo do

ensino básico e pelo conselho de turma no 2º e 3.º ciclos.

2. Os conselhos de turma, no 2º e 3º ciclos, são as estruturas de apoio ao conselho

pedagógico, a quem incumbe especialmente a organização, o acompanhamento e a

avaliação das atividades de cada turma.

Artigo 65º

Composição

1. O conselho de turma é constituído pelos professores da turma, e dois representantes

dos pais e encarregados de educação, os quais são eleitos no início de cada ano

escolar e um representante dos alunos, no caso do 3º ciclo.

2. Os representantes dos pais e encarregados de educação e o representante dos

alunos, no caso do 3.ºciclo do ensino básico poderão estar presentes em todas as

reuniões do conselho de turma à exceção das reuniões de avaliação nos momentos em

que se tratem assuntos relacionados com a avaliação sumativa dos alunos.

36 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 66º

Competências

1. Ao educador no pré-escolar compete:

a) Elaborar o projeto curricular de grupo, de acordo com as características do grupo de

crianças;

b) Planear o desenvolvimento das atividades de grupo em contexto de sala, tendo em

vista o desenvolvimento do princípio geral e objetivos pedagógicos enunciados na

Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar, bem como das condições favoráveis ao

sucesso para a transição ao 1º ciclo do ensino básico;

c) Planificar as atividades tendo em conta o nível de desenvolvimento das crianças, e

promover as melhores condições de aprendizagem em articulação com a família;

d) Supervisionar as atividades da Componente de Apoio à Família (CAF).

2. Ao professor titular de turma no 1º ciclo, compete:

a) Analisar a situação da turma e identificar características dos alunos a ter em conta

no processo/aprendizagem, e elaborar o plano de turma;

b) Analisar, em colaboração com o respetivo departamento os problemas de

integração dos alunos e o relacionamento entre educadores / professores e alunos

da turma e emitir pareceres sobre questões de natureza pedagógica que à turma

diga respeito;

c) Propor estratégias e desenvolver atividades que promovam a diferenciação

pedagógica, a educação para a cidadania, a educação sexual, a plena integração

na escola e na sociedade, visando a prevenção de comportamentos inadequados e

de risco em contexto escolar e social;

d) Conceber e delinear atividades em complemento do currículo;

e) Assegurar a adequação do currículo às características específicas dos alunos,

promovendo estratégias para sua superação de dificuldades e identificando as

necessidades educativas especiais;

f) Colaborar nas ações que favoreçam a inter-relação da escola com a comunidade;

g) Articular o trabalho desenvolvido na turma com o das atividades de enriquecimento

curricular, bem como supervisionar o seu funcionamento;

h) Apresentar ao departamento do 1º ciclo a avaliação do plano de turma a enviar ao

conselho pedagógico;

i) Apresentar ao conselho de ano a proposta de avaliação dos alunos da turma;

3. Aos conselhos de turma no 2º ciclo e no 3º ciclo, constituídos pelos professores da

turma, dois representantes dos pais e encarregados de educação e um representante

dos alunos no 3º ciclo, coordenados por um diretor de turma designado pelo diretor de

entre os professores da mesma, sempre que possível pertencente ao quadro do

respetivo agrupamento de escolas, compete:

37 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

a) Elaborar, com caráter anual, o plano de turma, obedecendo à seguinte estrutura:

1- Introdução

2- Breve caracterização da turma

2.1- Situações especiais: alunos com NEE

3- Prioridades e estratégias

4- Avaliação do Plano

4.1- Funcionamento e rendimento da turma

5- Balanço final do Plano

5.1- Eficácia das medidas educativas implementadas (alunos NEE)

5.2- Identificação dos conhecimentos não adquiridos e das capacidades não

desenvolvidas pelos alunos retidos (deve constar no PT da turma em que os

alunos venham a ser integrados)

b) Adotar estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam as aprendizagens

dos alunos, assegurando a adequação do currículo às suas características

específicas;

c) Identificar diferentes ritmos de aprendizagem e necessidades educativas especiais

dos alunos, promovendo estratégias para a sua superação, se necessário em

articulação com outros serviços;

d) Conceber e delinear atividades em complemento do currículo proposto;

e) Promover a melhoria das condições de aprendizagem e articulação escola/família,

sendo esta assegurada através da preparação de informação adequada, a

disponibilizar aos pais e encarregados de educação, referente ao processo de

aprendizagem e avaliação dos alunos;

f) Colaborar na elaboração de propostas para o projeto educativo e plano anual de

atividades da escola;

g) Colaborar na concretização das atividades inseridas no projeto educativo e no plano

anual de atividades;

h) Propor ao conselho pedagógico a valorização de atitudes meritórias dos alunos em

benefício social, da comunidade ou da expressão de solidariedade;

i) Operacionalizar os critérios de avaliação definidos pelo conselho pedagógico

entendidos como referenciais comuns no âmbito do respetivo plano de turma;

j) Reavaliar o plano de turma sempre que necessário;

k) Apreciar as propostas de avaliação do rendimento escolar, apresentadas por cada

professor, nas reuniões de avaliação, de acordo com os critérios estabelecidos pelo

conselho pedagógico e ratificá-las;

4. A todos compete preparar informação adequada a disponibilizar aos pais e

encarregados de educação, relativa ao processo de aprendizagem e avaliação dos

alunos.

5. A todos compete também articular a intervenção com os docentes de educação

especial, em todos os aspetos relacionados com as suas competências.

38 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

6. O agrupamento de escolas pode designar professores tutores para acompanhamento

em particular do processo educativo de um grupo de alunos.

Artigo 67º

Funcionamento

1. O conselho de turma reunirá ordinariamente no início do ano letivo, quando estiverem

em funções pelo menos 2/3 dos seus membros docentes e no final de cada período, e

reunirá extraordinariamente sempre que os motivos de natureza pedagógica o

justifiquem.

2. Nas reuniões de conselho de turma previstas nos números anteriores, apenas

participam os membros docentes, nos momentos destinados à avaliação sumativa dos

alunos.

3. Das reuniões de conselho de turma serão lavradas atas em documento próprio e

assinadas por todos os presentes.

4. Os professores e técnicos de educação que integram o conselho de turma são

convocados para as respetivas reuniões através de convocatória expressa do diretor de

turma após consulta de calendarização proposta pelo diretor.

5. Os diretores de turma convocam os representantes dos pais ou dos encarregados de

educação da turma e o representante dos alunos no caso do 3.ºciclo para as reuniões

em que, por Lei, está prevista a sua participação.

6. A convocatória, para além das datas de realização das reuniões, indica também a hora

e o local da respetiva reunião e ordem de trabalhos.

7. O calendário deve observar as datas fixadas para o efeito e deve ser elaborado de

forma a permitir a presença de todos os professores em cada uma das reuniões das

turmas que leciona.

8. Qualquer alteração ao dia, hora ou local fixado para as reuniões tem de ser comunicada

a todos os elementos do conselho de turma, de forma a garantir o conhecimento seguro

e oportuno da respetiva alteração.

SUB-SECÇÃO IV

DIRETOR DE TURMA

Artigo 68º

Definição

1. É o docente que assegura a organização, o acompanhamento e a avaliação das

atividades a desenvolver com os alunos, a articulação entre a escola e as famílias e

coordena as reuniões de conselho de turma assim como as reuniões com os pais e

encarregados de educação.

39 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 69º

Designação

1. O diretor designa o diretor de turma de entre os professores da mesma.

2. Deverá ser designado, sempre que possível e pedagogicamente ajustado, como diretor

de turma, o mesmo professor que no ano anterior tenha exercido essas funções na

turma.

Artigo 70º,

Competências

1. Compete especificamente ao diretor de turma:

a) Assegurar a articulação entre os professores da turma e com os alunos, pais e

encarregados de educação, promovendo a participação destes e o diálogo entre a

escola e os pais;

b) Promover a comunicação e formas de trabalho cooperativo entre professores e

alunos;

c) Coordenar, em colaboração com os docentes da turma, a adequação de atividades,

conteúdos, estratégias e métodos de trabalho à situação concreta do grupo e à

especificidade de cada aluno;

d) Coordenar o processo de avaliação dos alunos garantindo o seu carácter

globalizante e integrador;

e) Desenvolver ações que promovam e facilitem a correta integração dos alunos na

vida escolar;

f) Desenvolver a consciência cívica dos alunos através de atividades de participação

na vida escolar;

g) Sensibilizar os alunos para a importância do delegado e subdelegado de turma,

organizar a sua eleição e a elaboração da respetiva ata;

h) Identificar os alunos com dificuldades e que exigem um acompanhamento especial

e participar na elaboração de planos de apoio (no âmbito da ação social escolar, ou

no domínio pedagógico e/ou psicológico);

i) Dialogar com a turma quando surjam problemas entre alunos e/ou professores de

forma a resolver os conflitos e a favorecer o desenvolvimento pessoal e social dos

alunos;

j) Apoiar o desenvolvimento de iniciativas e projetos que respondam aos interesses

dos alunos;

k) Caracterizar a turma no início do ano letivo, a partir de dados recolhidos no

processo individual do aluno, ou outros tidos como convenientes;

l) Promover o trabalho de equipa entre os professores quer a nível de projetos quer na

resolução de conflitos;

40 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

m) Favorecer a coordenação interdisciplinar dos professores da turma no âmbito do

plano de turma;

n) Coordenar as relações interpessoais e intergrupais dos professores entre si e dos

professores e dos alunos;

o) Colaborar com o professor de educação especial na elaboração do Programa

Educativo Individual;

p) Informar o diretor das situações de elevado número de faltas injustificadas, de

abandono escolar, de necessidades educativas especiais e de problemas

socioeconómicos graves.

q) Garantir uma informação atualizada junto dos pais e encarregados de educação

acerca da integração dos alunos na comunidade escolar, do aproveitamento

escolar, das faltas e das atividades escolares;

r) Informar os encarregados de educação das regras de funcionamento da escola e do

processo de avaliação dos alunos, comunicando o dia e a hora de atendimento;

s) Quando não for apresentada justificação ou quando a mesma não for aceite, deve

tal facto, devidamente justificado, ser comunicado, no prazo de cinco dias úteis, aos

pais e encarregados de educação ou, quando maior de idade, ao aluno, nos cinco

dias úteis seguintes;

t) Advertir os encarregados de educação e os alunos, sempre que estes atinjam

metade do limite de faltas injustificadas em qualquer disciplina, para as

consequências de falta de assiduidade no aproveitamento escolar e na avaliação, e

adotar todos os procedimentos previstos nesses casos.

u) Informar o mais pormenorizadamente possível o encarregado de educação sempre

que o aluno seja alvo de infração disciplinar durante as atividades letivas,

averiguando as circunstâncias em que esta ocorreu e a sua origem;

v) Convocar o representante dos encarregados de educação para os conselhos de

turma em que por lei está prevista a sua participação;

2. O mandato do diretor de turma tem a duração de um ano letivo, podendo todavia cessar

a pedido devidamente justificado do interessado ou por decisão fundamentada do

diretor, ouvido o conselho pedagógico.

Artigo 71º,

Professor tutor

1. O diretor pode designar no âmbito do desenvolvimento contratual da autonomia da

escola, e sob proposta do conselho de turma, professores tutores responsáveis pelo

acompanhamento individualizado do processo educativo de alunos, de forma

temporária ou contínua.

2. As funções de tutorias devem ser realizadas por docentes profissionalizados com

experiência adequada e, de preferência, com formação especializada em orientação

educativa ou em coordenação pedagógica.

41 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 72º

Competências do professor tutor

1. Compete ao professor tutor:

a) Desenvolver medidas de apoio aos alunos, designadamente de integração na

turma e na escola e de aconselhamento e orientação no estudo e nas tarefas

escolares;

b) Promover a articulação das atividades escolares dos alunos com outras

atividades formativas;

c) Desenvolver a sua atividade de forma articulada quer com a família, quer com

os diretores de turma, quer ainda com os serviços especializados de apoio

educativo.

d) Executar as demais competências que lhe forem atribuídas na lei.

SECÇÃO II

AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

Artigo 73º

Objeto

1. A avaliação constitui um processo regulador das aprendizagens, orientador do percurso

escolar e certificador das diversas aquisições realizadas pelo aluno ao longo do ensino

básico.

2. Incide sobre as aprendizagens e competências definidas no currículo nacional para as

diversas áreas e disciplinas de cada ciclo, expressas no projeto curricular de escola e

no projeto curricular de turma, por ano de escolaridade.

3. As aprendizagens de carácter transversal e de natureza instrumental, nomeadamente

no âmbito da educação para a cidadania, da compreensão e expressão em língua

portuguesa e da utilização das tecnologias de informação e comunicação, constituem

objeto de avaliação em todas as disciplinas e áreas curriculares.

Artigo 74º

Intervenientes

1. Na avaliação das aprendizagens dos alunos intervêm todos os professores/formadores

envolvidos, assumindo particular responsabilidade neste processo o professor titular de

turma e o conselho de ano no 1.ºciclo, e o conselho de turma no 2º e 3ºciclo.

2. Deve ser assegurada a participação dos alunos, pela autoavaliação, e dos pais e

encarregados de educação, pelo acompanhamento contínuo do processo de

aprendizagem dos seus educandos, no processo de avaliação das aprendizagens.

3. Podem, ainda, ter intervenção no processo de avaliação das aprendizagens dos alunos

os serviços especializados de apoio educativo, os órgãos de administração e gestão do

42 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Agrupamento, bem como outras entidades, nomeadamente serviços centrais e regionais

da administração da educação, de acordo com o disposto na lei.

4. No âmbito da sua autonomia, compete à escola, em articulação com os serviços

centrais e regionais da administração da educação, desenvolver e divulgar instrumentos

de informação para os alunos, pais e encarregados de educação e demais elementos

da comunidade educativa.

5. Compete ainda à escola no âmbito da sua autonomia, adotar medidas de promoção do

sucesso escolar, definindo-se sempre que possível, planos de atividades de

acompanhamento pedagógico orientados para a turma ou individualizados, com

medidas adequadas à resolução das dificuldades dos alunos, nomeadamente:

a) Estudo Acompanhado, no 1.º Ciclo;

b) Constituição temporária de grupos de homogeneidade relativa em disciplinas

estruturantes, quando tal for possível;

c) Coadjuvação em sala de aula;

d) Adoção de percursos específicos em articulação com os competentes serviços de

administração educativa, designadamente, percursos curriculares alternativos e

programas integrados de educação e formação;

e) Encaminhamento para um percurso vocacional de ensino após redefinição do seu

percurso escolar, com o empenhamento e concordância do encarregado de

educação;

f) Acompanhamento extraordinário dos alunos nos 1.º e 2.º ciclos, conforme

estabelecido no calendário escolar;

g) Acompanhamento a alunos que progridam ao 2.º ou ao 3.º ciclos com classificação

final inferior a 3 a Português ou a Matemática no ano escolar anterior.

Artigo 75º

Critérios Gerais

1. Na educação pré-escolar, o educador avalia numa perspetiva formativa a sua

intervenção e o desenvolvimento das crianças ou grupo.

1.1. O educador avalia o desenvolvimento global da criança segundo indicadores de

sucesso, tendo em conta as três áreas de conteúdo:

a) Área de Formação Pessoal e Social

b) Área de Expressão e Comunicação

c) Área de Conhecimento do Mundo

1.2. Os indicadores de avaliação, na educação pré-escolar, podem ser agrupados

segundo três tipos de condições:

a) Comportamento da criança no grupo;

b) Aquisições indispensáveis para a aprendizagem formal da leitura, escrita e

matemática:

c) Atitudes

43 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

2. No 1º ciclo, o resultado da avaliação sumativa expressa-se de forma descritiva em todas

as áreas disciplinares, à exceção do 4.º ano nas áreas disciplinares de Português e

Matemática em que a mesma é expressa quantitativamente de 1 a 5.

3. No 2º e 3º ciclo, o resultado da avaliação sumativa expressa-se em níveis de 1 a 5,

correspondendo este último ao aluno que desenvolveu plenamente as competências

definidas.

4. No 1º, 2º e 3º ciclo (exceto nas turmas de PCA e CEF, em que os critérios possam ser

diferentes e aprovados em Conselho Pedagógico), atribuem-se 30% aos domínios

comportamentais, de socialização, assiduidade, pontualidade e atitudes, e 70% à

aquisição de competências, para ponderação da avaliação.

5. No 1º ciclo considera-se a área das expressões na sua globalidade, sendo a

percentagem total desta área distribuída equitativamente pelas quatro áreas

correspondendo a cada uma delas a percentagem de 25%.

6. No 1º, 2º e 3º ciclo, os testes são avaliados do seguinte modo:

Muito bom (89,5% a 100%)

Bom (69,5% a 89,4%)

Suficiente (49,5% a 69,4%)

Insuficiente (19,5% a 49,4%)

Fraco (0% a 19,4%)

7. No 1º e 2º Ciclo as classificações numéricas não são registadas em percentagens nos

elementos de avaliação.

Artigo 76º

Critérios de Progressão e Retenção

1. No primeiro ano não há lugar a retenção, exceto por excesso de faltas injustificadas.

2. Os alunos do 2º, 3º 4.ºano de escolaridade progridem de ano com a menção de

Suficiente a pelo menos duas das três áreas (Português, Matemática e Estudo do Meio).

3. Os alunos dos anos mencionados no ponto anterior ficarão retidos com as menções de

Insuficiente e Fraco a duas das três áreas (Português, Matemática e Estudo do Meio).

4. Um aluno retido no 1.º, 2º ou 3º anos pode integrar a turma a que pertencia por decisão

do diretor, sob proposta do professor titular de turma, ouvido o conselho de docentes.

5. A retenção em qualquer um dos ciclos do ensino básico implica a repetição de todas as

componentes do currículo do respetivo ano de escolaridade.

6. Nos anos não terminais de ciclo do ensino básico, o aluno não progride desde que

demonstre não ter adquirido os conhecimentos e desenvolvidas as capacidades

essenciais para transitar para o ano de escolaridade seguinte.

7. No final de cada um dos ciclos do ensino básico, o aluno não progride e obtêm a

menção de Não Aprovado, se estiver numa das seguintes condições:

a) Tiver obtido simultaneamente classificação inferior a 3 nas áreas disciplinares ou

disciplinas de Português (ou PLNM) e de Matemática;

44 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

b) Tiver obtido classificação inferior a 3 em três ou mais disciplinas, no caso dos 2.º e

3.º ciclos, e tiver obtido classificação inferior a 3 em Português (ou PLNM) ou em

Matemática e simultaneamente menção não satisfatória nas outras áreas

disciplinares, no caso do 1.ºciclo.

8. Os alunos autopropostos do ensino básico não progridem e obtêm a menção de Não

Aprovado se estiverem nas condições referidas no ponto anterior.

9. A disciplina de Educação Moral e Religiosa, nos três ciclos do ensino básico, as áreas

não disciplinares, no 1.ºciclo, o Apoio ao Estudo, no 2.ºciclo, e as disciplinas de oferta

complementar, nos 2.º e 3.º ciclos, não são consideradas para efeitos de progressão e

conclusão de ciclo.

Artigo 77º

Planos de Atividades e Acompanhamento Pedagógico (PAAP)

1. Aos alunos que revelem em qualquer momento do seu percurso dificuldades de

aprendizagem em qualquer disciplina ou área disciplinar é aplicado um plano de

acompanhamento pedagógico, elaborado pelo professor titular de turma, no 1.ciclo, ou

pelo conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, contendo estratégias de recuperação que

contribuam para colmatar as insuficiências detetadas.

SECÇÃO III

CONSELHOS DE ANO,

CONSELHO DE DIRETORES DE TURMA,

CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE JOVENS (EFA)

CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO (CEF)

Artigo 78º

Definição

1. São estruturas que visam a coordenação pedagógica de cada ano, ciclo ou curso.

SUB-SECÇÃO I

CONSELHOS DE ANO

Artigo 79º

Objeto

1. A coordenação pedagógica entre os vários estabelecimentos de educação/ensino a

nível de 1º ciclo, será assegurada pelos conselhos de ano.

45 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 80º

Composição

1. Os conselhos de ano de 1º, 2º, 3º e 4º ano, integram todos os docentes titulares de

turma.

Artigo 81º

Competências

1. Compete aos conselhos de ano:

a) Elaborar e aplicar medidas de reforço no domínio das didáticas específicas das

disciplinas;

b) Assegurar a coordenação de procedimentos e formas de atuação nos domínios da

aplicação de estratégias de diferenciação pedagógica e da avaliação das

aprendizagens;

c) Planificar as atividades e projetos a desenvolver, anualmente, de acordo com as

orientações do conselho pedagógico;

d) Articular o desenvolvimento de conteúdos programáticos e objetivos de

aprendizagem, incluindo os aspetos decorrentes da implementação das atividades

de enriquecimento curricular;

e) Planear a ação educativa em função das necessidades dos alunos e realizar a

avaliação do processo educativo, de forma a aferir a sua eficácia e possibilitar

futuros reajustamentos;

f) Elaborar os planos de turma apresentando propostas concretas em função da

especificidade dos alunos;

g) Cooperar com outras estruturas de orientação educativa e com os apoios

educativos na gestão adequada dos recursos e na adoção de medidas pedagógicas

destinadas a melhorar as aprendizagens;

h) Analisar e refletir sobre as práticas educativas e o seu contexto;

i) Dinamizar e coordenar a realização de projetos interdisciplinares das turmas;

j) Propor os critérios de avaliação para cada ciclo e ano de escolaridade a fim de

serem analisados e decididos em conselho pedagógico;

k) Apreciar as propostas de avaliação dos alunos apresentadas pelos docentes;

l) Analisar a oportunidade de adoção de medidas destinadas a melhorar as

aprendizagens e a prevenir a exclusão;

m) Cooperar com outras estruturas de orientação educativa e com os serviços

especializados de apoio educativo na gestão adequada dos recursos e na adoção

de medidas pedagógicas destinadas a melhorar as aprendizagens;

n) Dinamizar e coordenar a realização de projetos interdisciplinares das turmas;

o) Propor ao conselho pedagógico a realização de ações de formação no domínio da

orientação educativa e da coordenação das atividades das turmas;

p) Elaborar o seu regimento interno nos primeiros trinta dias.

46 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 82º

Coordenador

1. Para cada conselho de ano é designado pelo diretor um coordenador, de entre os

professores titulares de turma.

2. A designação do coordenador deve ser realizada no período pré-letivo (início de

setembro).

Artigo 83º

Competências do Coordenador

1. Ao coordenador do conselho de ano compete:

a) Coordenar a ação do respetivo conselho, articulando estratégias e procedimentos;

b) Submeter ao conselho pedagógico, diretamente no caso do 1º e 4º ano, ou através

do coordenador de departamento no 2º e 3º ano, as propostas do conselho que

coordena;

c) Apresentar ao diretor um relatório crítico, anual, do trabalho desenvolvido;

d) Reunir periodicamente com o coordenador de departamento para tratar assuntos

relacionados com o seu nível de ensino.

Artigo 84º

Mandato

1. O mandato do coordenador de ano tem a duração de um ano letivo, podendo todavia

cessar a pedido do próprio devidamente fundamentado dirigido ao diretor, ou por

decisão devidamente fundamentada deste, ouvido o conselho pedagógico.

2. Caso se verifique a situação prevista no ponto anterior compete ao diretor designar um

novo coordenador a quem cabe completar o mandato em curso.

Artigo 85º

Funcionamento

1. Os conselhos de ano reúnem ordinariamente uma vez por mês, e extraordinariamente

sempre que se justificar, com todos os docentes que os compõem.

2. Esta reunião realizar-se-á com a presença da maioria dos seus membros em efetividade

de funções.

3. As reuniões ordinárias devem ser calendarizadas no início do ano letivo e as

extraordinárias devem ser convocadas com antecedência mínima de 48 horas.

4. As decisões do conselho de ano são tomadas por maioria absoluta de votos, dispondo o

coordenador de voto de qualidade.

5. Destas reuniões são lavradas atas, assinadas pelo coordenador e pelo secretário.

47 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

SUB-SECÇÃO II

CONSELHO DE DIRETORES DE TURMA

Artigo 86º

Definição

1. O conselho de diretores de turma de 2º e 3º ciclo é o órgão de coordenação pedagógica

que articula e harmoniza as atividades desenvolvidas pelas turmas.

Artigo 87º

Composição

1. Fazem parte do conselho de diretores de turma de 2ºe 3º ciclo, todos os diretores de

turma destes níveis de ensino.

Artigo 88º

Competências

1. Aos conselhos de diretores de turmas compete:

a) Planificar as atividades e projetos a desenvolver, anualmente de acordo com as

orientações do conselho pedagógico.

b) Articular com diferentes departamentos curriculares o desenvolvimento de

conteúdos programáticos e objetivos de aprendizagem.

c) Cooperar com outras estruturas de orientação educativa e com os serviços

especializados de apoio educativo na gestão adequada de recursos e na adoção de

medidas pedagógicas destinadas a melhorar as aprendizagens.

d) Dinamizar e coordenar a realização de projetos interdisciplinares nas turmas.

e) Identificar necessidades de formação no âmbito da direção de turma.

f) Conceber e desencadear mecanismos de formação e apoio aos diretores de turma

em exercício e de outros docentes do agrupamento para o desempenho dessas

funções.

g) Propor ao conselho pedagógico a realização de ações de formação no domínio da

orientação educativa e da coordenação das atividades das turmas.

Artigo 89º

Coordenador

1. O conselho de diretores de turma é coordenado por um docente designado para o efeito

pelo diretor, entre os diretores de turma do 2ºe 3º ciclo.

2. O coordenador dos diretores de turma é o representante desta estrutura no conselho

pedagógico.

48 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 90º

Competências do Coordenador

1. Ao coordenador dos diretores de turma compete:

a) Coordenar a ação do respetivo conselho, articulando estratégias e procedimentos.

b) Assegurar a articulação das atividades das turmas do 2ºe 3º ciclo.

c) Apresentar um plano anual de atividades da coordenação.

d) Submeter ao conselho pedagógico as propostas do conselho que coordena.

e) Representar os diretores de turma em todas as ocasiões que assim o exijam.

f) Informar sobre todos os assuntos tratados em reunião de conselho pedagógico.

g) Dar a conhecer toda a informação e correspondência dirigida aos diretores de

turma.

h) Exercer as demais competências que lhe foram atribuídas por lei.

i) Elaborar propostas de articulação com os restantes ciclos.

Artigo 91º

Mandato

1. O mandato do coordenador dos diretores de turma é de 4 anos letivos.

2. O mandato do coordenador dos diretores de turma, pode cessar, a todo o tempo, por

decisão fundamentada do diretor, ouvido o conselho pedagógico, ou a pedido do

interessado no final do ano letivo.

3. Sempre que se verifique a interrupção do mandato, o diretor designará um novo

coordenador, que completará o mandato em curso.

4. O mandato dos membros do conselho de diretores de turma tem a duração de um ano

letivo.

Artigo 92º

Funcionamento

1. O conselho de diretores de turma reunir-se-á com o número de elementos

correspondentes a 50%+1, no início e no fim de cada ano letivo, e ainda uma vez por

período com carácter ordinário e extraordinariamente sempre que seja necessário.

2. Caso não haja quórum, a reunião realizar-se-á 48 horas depois com os elementos

presentes.

3. Destas reuniões são lavradas atas, assinadas pelo coordenador e pelo secretário.

4. Na ausência do secretário da reunião, será o mesmo substituído pelo diretor de turma

seguinte, competindo ao ausente secretariar a primeira reunião a que esteja presente.

5. As faltas dadas às reuniões do conselho dos diretores de turma serão comunicadas aos

serviços administrativos em impresso próprio nas 24 horas subsequentes à reunião,

correspondendo a 2 tempos letivos.

6. As reuniões terão a duração máxima de duas horas. Os assuntos não tratados transitam

para a sessão seguinte.

49 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

7. Terão prioridade os assuntos que tenham prazos a cumprir e que exijam votação.

8. Na impossibilidade do coordenador dos diretores de turma estar presente, a reunião

será presidida por um elemento do conselho dos diretores de turma em quem este

delegue.

SUB-SECÇÃO III

OFERTAS FORMATIVAS NO ÂMBITO DA INICIATIVA NOVAS OPORTUNIDADES

CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO (CEF)

Artigo 93º

Âmbito

1. Regidos pelo despacho conjunto nº 453/2004, de 27 de julho e retificação nº 1673/2004,

de 7 de setembro, despacho conjunto nº 287/2005, de 4 de abril e pelo despacho nº

12568/2010, de 4 de agosto os Cursos CEF são destinados, preferencialmente, a

jovens com idade igual ou superior a 15 anos, em risco de abandono escolar ou que já

abandonaram antes da conclusão da escolaridade de 12 anos, bem como àqueles que,

após conclusão dos 12 anos de escolaridade, não possuindo uma qualificação

profissional, pretendam adquiri-la para ingresso no mundo do trabalho.

SUB-SECÇÃO IV

CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS

Artigo 94º

Âmbito

1. Os Cursos EFA (educação e formação de adultos) estão de acordo com a Portaria nº

230/2008, de 7 de março e são uma oferta de educação e formação para adultos que

pretendam elevar as suas qualificações, de acordo com os percursos de educação e

formação previstos no Catálogo Nacional de Qualificações.

SUB-SECÇÃO V

FORMAÇÕES MODULARES

Artigo 95º

Âmbito

1. As Formações Modulares são capitalizáveis para a obtenção de uma ou mais de uma

qualificação constante no Catálogo Nacional de Qualificações e permitem a criação de

percursos flexíveis de duração variada e estão de acordo com a Portaria nº 230/2008,

de 7 de março.

50 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

SECÇÃO IV

AVALIAÇÃO DE DOCENTES

Artigo 96º

Âmbito

1) São avaliados os docentes:

a) Integrados na carreira

b) Em período probatório

c) Em regime de contrato de trabalho.

Artigo 97º

Objetivos

1. A avaliação de desempenho do pessoal docente visa a melhoria da qualidade do

serviço educativo e da aprendizagem dos alunos, bem como valorização e o

desenvolvimento pessoal e profissional dos docentes.

2. Para além dos objetivos estabelecidos no número 3 do art.º 40 do Estatuto da Carreira

Docente, o sistema de avaliação do desempenho deve ainda permitir diagnosticar as

necessidades de formação dos docentes, a considerar no plano de formação do

agrupamento de escolas.

Artigo 98º

Dimensões da avaliação

1. A avaliação incide sobre as seguintes dimensões do desempenho do pessoal docente:

a) Científica e pedagógica;

b) Participação na escola e relação com a comunidade;

c) Formação contínua e desenvolvimento profissional.

Artigo 99º

Periodicidade e requisito temporal

1. Os ciclos de avaliação dos docentes integrados na carreira coincidem com o período

correspondente aos escalões da carreira docente.

2. Os docentes integrados na carreira são sujeitos a avaliação do desempenho desde que

tenham prestado serviço docente efetivo durante, pelo menos, metade do período em

avaliação a que se refere o número anterior.

3. Os docentes que não preencherem o requisito de tempo mínimo previsto no número

anterior podem requerer a ponderação curricular para efeitos de avaliação, até ao final

do ciclo avaliativo.

4. O processo de avaliação do desempenho dos docentes integrados na carreira deve ser

concluído no final do ano escolar anterior ao do fim do ciclo avaliativo.

5. O ciclo de avaliação dos docentes em regime de contrato a termo tem como limite mínimo

180 dias de serviço letivo efetivamente prestado.

51 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

6. Quando o limite mínimo referido no número anterior resultar da celebração de mais do

que um contrato a termo, a avaliação será realizada pelo agrupamento de escolas, cujo

contrato termine em último lugar, recolhidos os elementos avaliativos das outras

escolas.

7. Se os contratos referidos no número anterior terminarem na mesma data, cabe ao

docente optar pelo agrupamento de escolas que efetua a sua avaliação.

8. O ciclo de avaliação dos docentes em período probatório corresponde ao ano escolar

coincidente com esse período.

Artigo 100º

Elementos de referência da avaliação

1. Consideram-se os elementos de referência da avaliação:

a) Os padrões de desempenho docente estabelecidos a nível nacional, sob proposta do

conselho científico para a avaliação de professores;

b) Os parâmetros estabelecidos para cada uma das dimensões aprovadas pelo conselho

pedagógico.

c) Os objetivos e as metas fixadas no projeto educativo do agrupamento;

d) Os objetivos e as metas fixados no projeto educativo e nos planos anual e plurianual

de atividades do agrupamento de escolas;

e) Os objetivos individuais, facultativos, que fixem o contributo do avaliado para os

objetivos e metas referidos na alínea anterior ou para as áreas relevantes do seu

desenvolvimento profissional.

2. Os parâmetros estabelecidos a nível nacional para a avaliação externa serão fixados pelo

Ministério da Educação e Ciência.

3. A avaliação do desempenho dos docentes processar-se-á de acordo com a legislação em

vigor.

Artigo 101º

Natureza da avaliação

1. A avaliação do desempenho docente é composta por uma componente interna e externa.

2. A avaliação interna é efetuada pelo agrupamento de escolas e é realizada em todos os

escalões.

3. A avaliação externa centra-se na dimensão científica e pedagógica e realiza-se através

da observação de aulas por avaliadores externos sendo obrigatória nas seguintes

situações:

a) Docentes em período probatório;

b) Docentes integrados no 2º e 4º escalão da carreira docente;

c) Para atribuição da menção de Excelente, em qualquer escalão;

d) Docentes integrados na carreira que obtenham a menção de Insuficiente.

52 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 102º

Intervenientes

1) São intervenientes no processo de avaliação do desempenho docente:

a) O presidente do conselho geral;

b) O diretor;

c) O conselho pedagógico;

d) A secção de avaliação do desempenho docente do conselho pedagógico;

e) Os avaliadores externos e internos;

f) Os avaliados.

SECÇÃO V

SERVIÇOS

Artigo 103º

Definição

1. Entendem-se como serviços as funções de natureza executiva, enquadradas com

instruções gerais e procedimentos bem definidos, com certo grau de complexidade,

relativas ao desempenho de uma ou mais áreas de uma determinada atividade.

SUB-SECÇÃO I

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

Artigo 104º

Definição

1. Os serviços administrativos são unidades orgânicas flexíveis com o nível de seção

chefiadas por trabalhador detentor da categoria de coordenador técnico da carreira

geral de assistente técnico, sem prejuízo da carreira subsistente de chefe de serviço de

administração escolar nos termos do Decreto-Lei nº 121/2008, de 11 de julho, alterado

pela Lei nº 64-A/2008 de 31 de dezembro, e pelo Decreto-Lei nº 72-A/2010 de 18 de

junho.

2. Os serviços administrativos têm, como finalidade apoiar administrativamente os órgãos

de administração e gestão da escola, relativamente ao desempenho de uma ou mais

áreas, nomeadamente, nas áreas funcionais: de alunos, de exames e de equivalências,

de gestão de recursos humanos, pessoal docente e não docente, da gestão dos apoios

socioeducativos e da gestão financeira.

3. Os serviços técnicos podem compreender as áreas de administração económica e

financeira, gestão de edifícios, instalações e equipamentos e também apoio jurídico.

53 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

4. Os serviços técnicos são assegurados por pessoal técnico especializado, cujo

funcionamento deverá respeitar as orientações a fixar por despacho do membro do

Governo responsável pela área da educação.

5. Os serviços técnicos devem ser enquadrados por protocolos que estabelecem as regras

necessárias à alteração de cada uma das partes.

Artigo 105º

Normas de Funcionamento

1. O horário de funcionamento dos serviços administrativos deve estar afixado em local

próprio e bem visível por todos os utentes, em conformidade com a legislação em vigor,

devendo este ser respeitado.

2. Os utentes deste serviço devem ter o acesso limitado ao serviço pretendido, pelo que

apenas é permitido circular nos serviços administrativos, aos funcionários do sector e

aos membros dos órgãos de gestão.

3. Cada secretária deve estar identificada com o serviço prestado e identificação do

funcionário.

4. Os serviços administrativos devem estar dotados de pessoal, instalações e

equipamentos necessários ao seu bom funcionamento, bem como de livro de

reclamações.

Artigo 106º

Composição

1. Os serviços administrativos são chefiados por um coordenador técnico, nos termos da

legislação aplicável.

2. Dependem hierarquicamente do coordenador técnico os assistentes técnicos, que sob

orientação do mesmo, exercem funções de natureza executiva, relativas a uma ou mais

áreas de atividade administrativa, designadamente:

a) Gestão de alunos,

b) Apoio Social Escolar (ASE),

c) Seguro Escolar,

d) Pessoal,

e) Orçamento,

f) Contabilidade,

g) Património,

h) Aprovisionamento,

i) Secretaria,

j) Arquivo,

k) Expediente.

54 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 107º

Competências do Coordenador Técnico

1. Ao coordenador técnico compete participar no conselho administrativo e, na

dependência do diretor, coordenar toda a atividade administrativa nas áreas da gestão

de recursos humanos, da gestão financeira, patrimonial e de aquisições e da gestão do

expediente e arquivo. Ao coordenado técnico cabe ainda:

a) Dirigir e orientar o pessoal afeto ao serviço administrativo no exercício diário das

suas tarefas;

b) Exercer todas as competências delegadas pelo diretor;

c) Propor as medidas tendentes à modernização e eficiência e eficácia dos serviços de

apoio administrativo;

d) Preparar e submeter a despacho do diretor todos os assuntos de carácter

administrativo e contabilístico, respeitantes ao normal funcionamento do

agrupamento;

e) Assegurar a elaboração do projeto de orçamento, de acordo com as linhas traçadas

pelo conselho geral;

f) Coordenar, de acordo com as orientações do conselho administrativo, a elaboração

do relatório de conta de gerência.

Artigo 108º

Competências dos Serviços Administrativos

1. Aos serviços administrativos compete:

a) Recolher, examinar, conferir e proceder à escrituração de dados relativos às

transações financeiras e de operações contabilísticas;

b) Assegurar o exercício das funções de tesoureiro, quando para tal designado pelo

diretor do agrupamento;

c) Organizar e manter atualizados os processos relativos à situação do pessoal

docente e não docente, designadamente o processamento dos vencimentos e

registos de assiduidade;

d) Organizar e manter atualizado o inventário patrimonial, bem como adotar medidas

que visem a conservação das instalações, do material e dos equipamentos;

e) Desenvolver os procedimentos da aquisição de material e de equipamento

necessários ao funcionamento das diversas áreas de atividade da escola;

f) Assegurar o tratamento e divulgação da informação entre os vários órgãos da

escola e entre estes e a comunidade escolar e demais entidades;

g) Enviar a correspondência entre a comunidade escolar e o exterior;

h) Organizar e manter atualizados os processos relativos à gestão dos alunos;

i) Providenciar o atendimento e a informação a alunos, encarregados de educação,

docente e não docente e outros utentes da escola;

55 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

j) Preparar, apoiar e secretariar reuniões do órgão executivo da escola ou do

agrupamento de escolas, ou outros órgãos, e elaborar as respetivas acas, se

necessário;

k) Manter arquivos com a legislação e normas aplicadas ao processo educativo e aos

seus agentes, de forma a serem consultados fácil e rapidamente;

l) Cumprir todas as disposições previstas na Lei para o funcionamento dos serviços.

m) Proceder ao depósito das importâncias autorizadas respeitantes às requisições de

fundos e cobradas diretamente pelo agrupamento;

n) Entregar na repartição de finanças, nos prazos regulamentares, as importâncias das

guias de receitas do Estado;

o) Entregar na Caixa Geral de Depósitos ou na Repartição de Finanças, nos prazos

regulamentares, as importâncias das guias de operações de tesouraria;

p) Emitir cheques para pagamento das despesas com pessoal, devidamente

autorizadas, ou depositar nas respetivas contas as importâncias devidas;

q) Efetuar pagamentos de acidente cobertos pelo seguro escolar;

r) Proceder ao pagamento de despesas de funcionamento, devidamente autorizadas,

emitindo os cheques necessários;

s) Escriturar a folha de cofre;

t) Controlar as contas de depósito;

u) Prestar apoios socioeducativos aos jovens e às famílias em função das respetivas

necessidades, implementando os programas de apoio previstos na lei para os

alunos economicamente mais carenciados e que se podem traduzir nas

modalidades de auxílios económicos, empréstimo de manuais, seguro e transportes

escolares.

v) Executar tudo o mais que lhe seja determinado pelo coordenador técnico.

2. Compete ainda aos Serviços Administrativos:

a) A inscrição automática dos alunos internos do ensino básico geral nas provas finais

de ciclo pelos serviços de administração escolar;

b) Proceder à elaboração das pautas de chamada das provas finais de ciclo da 1.ª

fase;

c) Após as reuniões de avaliação do 3.°Período letivo e a afixação das classificações

finais de cada área disciplinar, os serviços de administrativos procedem ao

apuramento de todos os alunos que não obtiveram aprovação ou nível inferior a 3

em Português ou em Matemática, a fim de elaborar as pautas de chamada para a

2.ª fase das provas finais do 1.° Ciclo;

d) Nos 2.° e 3.° ciclos, os serviços de administrativos, após as reuniões de avaliação do

3.° Período letivo e a afixação das classificações de frequência no ensino básico

geral procedem ao apuramento de todos os alunos que reúnam as condições legais

de admissão às provas ou exames e elaboram as respetivas pautas de chamada.

56 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

SUB-SECÇÃO II

SERVIÇOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS

Artigo 109º

Definição

1. Os serviços técnico-pedagógicos podem compreender as áreas de apoio socioeducativo

e biblioteca.

2. Estes serviços são assegurados por pessoal técnico especializado ou por pessoal

docente.

SUB-SECÇÃO III

BIBLIOTECA

Artigo 110º

Definição

1. A Biblioteca Escolar (BE) é um serviço-técnico pedagógico de cariz informacional que

segue os princípios orientadores do Programa da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE).

Artigo 111º

Missão

1. A BE tem como missão disponibilizar à comunidade o acesso aos diversos recursos de

documentação e informação proporcionando oportunidades de desenvolvimento da

literacia, das competências de informação, do ensino - aprendizagem e da cultura em

geral.

Artigo 112º

Competências

1. A BE, como serviço – técnico pedagógico do agrupamento, apoia e sustenta o

desenvolvimento do projeto educativo da escola, os projetos curriculares de turma,

perseguindo objetivos de natureza informativa, educativa, cultural e recreativa.

2. Assim é da sua competência:

a) Impulsionar a formação integral dos alunos numa perspetiva interdisciplinar de

acordo com as finalidades e o currículo da escola;

b) Criar e manter nos alunos o hábito e o prazer da leitura, da aprendizagem e da

utilização das bibliotecas ao longo da vida;

c) Contribuir, junto dos docentes, para a promoção da inovação pedagógica, de novas

formas de relação com o saber, e de novas modalidades na estruturação das

situações de aprendizagem, visando a alteração e diversificação das práticas no

interior da sala de aula;

d) Apoiar toda a comunidade educativa na aprendizagem e na prática de

57 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

competências de literacia da informação, visando a seleção e utilização

documentação e informação, na produção de documentos com linguagens

diversificadas;

e) Providenciar o acesso aos recursos locais, regionais, nacionais e globais e às

oportunidades que confrontem os alunos com ideias, experiências e opiniões

diversificadas;

f) Organizar atividades que favoreçam a consciência e a sensibilização para as

questões de ordem cultural, social e científica, e para a liberdade intelectual;

g) Dotar o AEM de um fundo documental diversificado, organizado, atualizado,

adequado às necessidades da escola e da comunidade educativa;

h) Dinamizar os registos de memória do agrupamento e do meio envolvente,

contribuindo para reforçar a identidade da escola e da comunidade local;

i) Proporcionar aos alunos meios e condições que encorajem e permitam uma

ocupação útil e recreativa dos tempos livres;

j) Caminhar no sentido da transformação da BE num pólo cada vez mais aglutinador

das atividades do plano anual de atividades do agrupamento em articulação com os

diferentes departamentos.

k) Dinamizar estratégias de ligação da escola à comunidade e estabelecimento de

parcerias com outras instituições;

l) Articular a BE com o sistema municipal de leitura pública e informação (Biblioteca

Pública Municipal/Serviço de Extensão Bibliotecária/Sector de Apoio às Bibliotecas

Escolares) a organização e gestão da documentação e informação e o acesso da

comunidade ao serviço;

Artigo 113º

Organização Interna

1. No agrupamento existem duas Bibliotecas Escolares: BE-sede na EB D. Pedro Varela, a

Biblioteca Escolar da EB Caneira e demais pontos de leitura e informação

implementados nos estabelecimentos de ensino que reúnam condições para o efeito e,

também, caso seja necessário, pelo sistema móvel (caixas com livros e

Bibliobus/BPMM).

2. A BE central está organizada de acordo com o Programa RBE, apresentando as

seguintes áreas funcionais: acolhimento, leitura informal, consulta de documentação,

produção multimédia, organização e gestão.

3. Os serviços prestados são a receção e acolhimento, o empréstimo domiciliário, o

empréstimo inter-bibliotecas, o serviço de referência, a consulta presencial e o apoio

documental a atividades curriculares e extra curriculares, desenvolvimento de atividades

de promoção do fundo documental e da informação e conhecimento.

4. O plano anual de atividades (PAA) é apresentado anualmente pelo coordenador em

Conselho Pedagógico, no início de cada ano letivo, para efeitos de aprovação;

58 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

5. O plano anual de atividades deve articular-se com o projeto educativo, os projetos

curriculares, bem como os objetivos específicos da BE, tendo em atenção os recursos

humanos, materiais e financeiros da escola;

6. À BE deverá ser atribuída uma verba específica no orçamento da escola para a

execução do seu PAA, tendo em conta:

a) A manutenção/melhoria dos equipamentos e recursos;

b) As despesas relativas ao material de desgaste;

c) A realização de atividades e renovação do fundo documental.

Artigo 114º

Utilizadores

1. Os utilizadores da BE são pelas seguintes categorias de leitores, a saber:

a) Aluno: alunos com matrícula válida;

b) Docente: professores em exercício de funções na escola;

c) Funcionário: funcionários em exercício de funções na escola;

d) Externo: pais e encarregados de educação e comunidade em geral;

Artigo 115º

Processo de Recrutamento do Professor Bibliotecário

1. O recrutamento do Professor Bibliotecário processa-se de acordo com a Portaria nº

756/2009, de 14 de julho.

Artigo 116º

Equipa da Biblioteca Escolar

1. A organização e gestão da BE incumbe a uma equipa educativa com competências nos

domínios pedagógico, gestão de projetos, de gestão da informação e das ciências

documentais cuja composição não deve exceder o limite de quatro docentes sendo um

deles o coordenador.

2. Os docentes que integram a equipa da BE são designados pelo Diretor por um mandato

de quatro anos, de entre os docentes da escola que apresentem preferencialmente os

seguintes requisitos:

a) Formação académica na área de gestão da informação/ bibliotecas escolares;

b) Formação académica na área das ciências documentais;

c) Formação específica ou profissional em biblioteca e documentação;

d) Experiência comprovada em organização e gestão em bibliotecas escolares.

3. A equipa educativa pode ser apoiada na sua atividade por assistentes operacionais e/ou

assistentes técnicos indispensáveis ao funcionamento da BE e à realização das tarefas

ligadas ao funcionamento da unidade de informação e cujo número deverá obedecer as

orientações da RBE para esta tipologia de estabelecimento de ensino.

59 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

4. Os assistentes operacionais e/ou assistentes técnicos que integrem a equipa da BE são

nomeados pelo diretor, com parecer do coordenador da BE, de entre os assistentes

operacionais que apresentem preferencialmente os seguintes requisitos:

a) Formação específica ou profissional em biblioteca e documentação;

b) Experiência comprovada em funções em bibliotecas escolares;

Artigo 117º

Coordenador

1. O coordenador é responsável pelo serviço técnico-pedagógico da BE e as suas

funções, bem como o perfil, estão definidas em legislação do Ministério da Educação e

Ciência.

2. O coordenador é designado pelo Diretor, de entre os docentes referidos no nº2 do artigo

134º, por um período, renovável, de quatro anos.

Artigo 118º

Competências do Coordenador

1. Compete ao coordenador da equipa da BE:

a) Coordenar a gestão, o planeamento e a organização da BE, no que respeita ao

domínio da informação e também nos aspetos pedagógico, administrativo e de

pessoal, nomeadamente, propor ao diretor a distribuição do crédito horário atribuído

de acordo com legislação do Ministério da Educação e Ciência;

b) Coordenar a elaboração do plano de atividades da BE e apresentá-lo ao conselho

pedagógico e promover a sua execução;

c) Definir, implementar e desenvolver a política documental da BE em articulação com

o conselho pedagógico e o diretor;

d) Perspetivar a BE e as suas funções pedagógicas no contexto do projeto educativo

da escola, promovendo a sua constante atualização e uma utilização plena dos

recursos documentais, por parte dos alunos e professores, quer no âmbito

curricular, quer no da ocupação dos tempos livres;

e) Colaborar com as comissões de trabalho no agrupamento na elaboração de

documentos referentes à BE;

f) Articular a sua atividade com os órgãos de gestão da escola (conselho

geral/diretor/conselho pedagógico) para viabilizar as funções da BE e para

assegurar a ligação com o exterior, nomeadamente a Biblioteca Pública Municipal e

a RBE;

g) Assegurar que os recursos documentais e informação são selecionados, adquiridos

e organizados de acordo com os critérios técnicos da biblioteconomia, ajustados às

necessidades dos utilizadores;

h) Colaborar com o Centro de Formação de Professores Montijo e Alcochete

apresentando propostas relativo a necessidades de formação no âmbito das

60 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

bibliotecas escolares;

i) Representar a BE junto aos organismos e nas atividades desenvolvidas no âmbito

da RBE.

j) Representar a BE no conselho pedagógico;

Artigo 119º

Regulamento

1. Todas as questões de rotina e de funcionamento constam do Regulamento da BE

aprovado no Conselho Pedagógico;

2. A gestão da BE é estabelecida ainda através de um conjunto de outros documentos

elaborados pela equipa educativa: Plano Anual de Atividades, Política Documental,

Manual de Procedimentos, Normas de Funcionamento da BE.

CAPITULO V

DIREITOS E DEVERES DA COMUNIDADE ESCOLAR

1. A comunidade escolar integra, sem prejuízo dos contributos de outras entidades, os

alunos, os professores, os pais e encarregados de educação e o pessoal não docente,

as autarquias locais e os serviços da administração central e regional com intervenção

na área da educação.

SECÇÃO I

PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

Artigo 120º

Definição

1. Para efeitos no disposto do presente regulamento, considera-se encarregado de

educação quem tiver menores a residir consigo ou confiada à sua guarda:

a) Pelo exercício das responsabilidades parentais;

b) Por decisão judicial;

c) Pelo exercício de funções executivas de direção de instituições que tenham menores,

a qualquer título, à sua responsabilidade;

d) Por mera autoridade de facto ou por delegação, devidamente comprovada, por parte

de qualquer das entidades referidas nas alíneas anteriores.

2. Em caso de divórcio ou de separação, e na falta de acordo dos progenitores, o

encarregado de educação será o progenitor com quem o menor fique a residir.

3. Estando estabelecida a residência alternada com cada um dos progenitores,

deverão estes decidir, por acordo ou, na falta deste, por decisão judicial, sobre o

exercício das funções de encarregado de educação.

61 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

4. O encarregado de educação pode ainda ser o pai ou a mãe que, por acordo

expresso ou presumido entre ambos, é indicado para exercer essas funções,

presumindo-se ainda, até qualquer indicação em contrário, que qualquer ato que

pratica relativamente ao percurso escolar do filho é realizado por decisão conjunta

do outro progenitor.

Artigo 121º

Associações de Pais e Encarregados de Educação

1. O direito de participação dos pais e encarregados de educação na vida do

agrupamento de escolas processa-se de acordo com o disposto na Lei de Bases do

Sistema Educativo e em outras fontes legislativas, e concretiza-se, através da

organização e colaboração em iniciativas de promoção da melhoria da qualidade e

da humanização da escola, em ações motivadoras de aprendizagens e da

assiduidade dos seus educandos, em projetos de desenvolvimento socioeducativo

da escola.

2. A Associação de Pais (AP) é a forma organizada dos encarregados de educação

participarem no sistema educativo. Os seus órgãos sociais são constituídos por um

grupo de 11 a 13 encarregados de educação, eleitos em assembleia-geral.

3. Através da AP aprende-se a conhecer melhor a vida da escola e o funcionamento

do sistema educativo, permitindo assim que os pais colaborem de forma construtiva

na promoção de soluções que potenciem as possibilidades de sucesso dos seus

filhos. As associações de pais e encarregados de educação de alguns

estabelecimentos do Agrupamento têm estatuto próprio, aprovado nos termos da

Lei e publicados em Diário da República.

4. Às associações de pais compete, de acordo com a legislação em vigor:

a) Pronunciar-se sobre e participar na definição da política educativa geral;

Participar, nos termos da Lei, nos órgãos do agrupamento, bem como intervir na

organização das atividades de complemento curricular, de desporto escolar e de

ligação escola/ meio;

b) Contribuir para o desenvolvimento da solidariedade e amizade entre

professores, pais/ encarregados de educação e alunos;

c) Contribuir para o desenvolvimento do interesse dos pais ou encarregados de

educação e seus filhos pelos problemas sociais, culturais e educacionais;

d) Contribuir para a resolução dos problemas relativos ao bem-estar, segurança e

utilização dos tempos livres dos alunos;

e) Poder filiar-se, nos termos da Lei, numa confederação regional ou nacional com

objetivos afins;

f) Pugnar pela qualidade e liberdade de ensino;

g) Colaborar com as autoridades e entidades locais no âmbito dos presentes

estatutos.

62 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

5. Os órgãos de administração e gestão dos estabelecimentos de educação constituintes

do Agrupamento disponibilizarão, sempre que possível e nos termos da Lei, instalações

para as Associações de Pais nos estabelecimentos de educação respetivos.

6. Tendo em conta o desenvolvimento dos planos de atividades, os membros dos órgãos

das Associações de Pais e encarregados de educação terão livre acesso às instalações

dos estabelecimentos de educação, desde que previamente informados os respetivos

órgãos de administração e gestão.

7. O direito e o dever de educação dos filhos, constitucionalmente consagrado,

compreende a capacidade de intervenção dos pais e ou encarregados de educação no

exercício dos direitos, e a responsabilidade no cumprimento dos deveres dos seus

educandos na escola e para com a comunidade educativa.

Artigo 122º

Direitos dos Pais e Encarregados de Educação

1. Os pais e encarregados de educação têm o direito a:

a) Acompanhar ativamente a vida escolar do seu educando;

b) Estabelecer relações com a escola através do coordenador de estabelecimento, do

diretor de turma ou das associações que os representam;

c) Esperar da escola um ensino e serviço de qualidade;

d) Receber informação atempada e fundamentada sobre a situação escolar do seu

educando;

e) Eleger e ser eleito, de acordo com a legislação em vigor, para os cargos em que

possam ter assento;

f) Participar nas reuniões de conselhos de turma de natureza disciplinar com direito a

voto;

g) Ser informado do comportamento, assiduidade e aproveitamento do seu educando,

após cada um dos momentos de avaliação e, entre estes, semanalmente, no dia e

hora fixados para o efeito pelo diretor de turma, exceto na semana que antecede os

conselhos de turma de avaliação;

h) Contribuir para o correto apuramento dos factos em processo disciplinar que incida

sobre o seu educando e, sendo aplicada a este medida disciplinar, diligenciar para

que a mesma prossiga os seus objetivos de reforço da sua formação cívica, do

desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se

relacionar com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa e do

seu sentido da responsabilidade;

i) Ser avisado, nos termos da Lei, das faltas dadas pelo seu educando;

j) Ser informado no inicio do ano letivo, sobre o currículo de cada disciplina,

respetivos conteúdos programáticos e critérios de avaliação, bem como o número

de aulas previstas por disciplina;

63 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

k) Recorrer e ser atendido pelos órgãos de gestão sempre que o assunto a tratar

ultrapasse a competência do diretor de turma /coordenador pedagógico ou, na

ausência deste, por motivo inadiável;

l) Tomar conhecimento da aplicação de planos de acompanhamento, recuperação ou

desenvolvimento, aplicados ao seu educando;

m) Comparecer na escola sempre que julgue necessário e quando para tal for

solicitado;

Artigo 123º

Responsabilidade dos pais e ou encarregados de educação

1. Aos pais e encarregados de educação incumbe, para além das suas obrigações legais,

uma especial responsabilidade, inerente ao seu poder-dever de dirigirem a educação

dos seus filhos e educandos, no interesse destes, e de promoverem ativamente o

desenvolvimento físico, intelectual, moral e cívico dos mesmos.

2. Nos termos da responsabilidade referida no número anterior, deve cada um dos pais e

encarregados de educação, em especial:

a) Acompanhar ativamente a vida escolar do seu educando;

b) Promover a articulação entre a educação em família e o ensino na escola;

c) Diligenciar para que o seu educando beneficie, efetivamente, dos seus direitos e

cumpra rigorosamente os deveres que lhe incubem, procedendo com correção no

seu comportamento e empenho no processo de ensino;

d) Contribuir para a criação e execução do projeto educativo e do regulamento interno

da escola, e participar na vida da escola;

e) Cooperar com os professores no desempenho da sua missão pedagógica, em

especial quando para tal forem solicitados, colaborando no processo de ensino e

aprendizagem dos seus educandos;

f) Reconhecer e respeitar a autoridade dos professores no exercício da sua profissão e

incutir nos seus filhos ou educandos o dever de respeito para com os professores, o

pessoal não docente e os colegas da escola, contribuindo para a preservação da

disciplina e harmonia da comunidade educativa;

g) Contribuir para a preservação da segurança e integridade física e psicológica de

todos os que participam na vida da escola;

h) Contribuir para o correto apuramento dos factos em procedimento de índole

disciplinar instaurado ao seu educando e, sendo aplicada a este medida corretiva ou

medida disciplinar sancionatória, diligenciar para que a mesma prossiga os objetivos

de reforço da sua formação cívica, do desenvolvimento equilibrado da sua

personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena

integração na comunidade educativa e do seu sentido de responsabilidade;

i) Diligenciar para que o seu educando beneficie efetivamente dos seus direitos e

cumpra rigorosamente os deveres que lhe incubem, nos termos do presente

64 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

regulamento, com destaque para os deveres de assiduidade, de correto

comportamento escolar e de empenho no processo de aprendizagem;

j) Integrar ativamente a comunidade educativa no desempenho das demais

responsabilidades desta, em especial informando-se e informando sobre todas as

matérias relevantes no processo educativo dos seus educandos;

k) Comparecer na escola sempre que que tal se revele necessário e quando para tal for

solicitado.

l) Conhecer o estatuto do aluno e da ética escolar, bem como o regulamento interno da

escola, e subscrever declaração anual de aceitação do mesmo e de compromisso

ativo quanto ao seu cumprimento integral;

m) Indemnizar a escola relativamente a danos patrimoniais causados pelo seu

educando;

n) Contactar periodicamente o diretor de turma / coordenador pedagógico no horário

previamente estabelecido, para colher e prestar informações sobre o seu educando;

o) Incentivar o seu educando a cumprir empenhadamente o plano de acompanhamento

e apoio pedagógico que lhe possa ter sido aplicado;

p) Manter constantemente atualizados os seus contactos telefónico, endereço postal e

eletrónico, bem como os do seu educando, quando diferentes, informando a escola

em caso de alteração.

3. Os pais e encarregados de educação são responsáveis pelos deveres dos seus filhos e

educandos, em especial quanto à assiduidade, pontualidade e disciplina.

Artigo 124º

Incumprimento dos deveres por parte dos pais ou encarregados de educação

1. O incumprimento pelos pais ou encarregados de educação, dos deveres previstos no

artigo anterior, de forma consciente e reiterada, implica a respetiva responsabilização

nos termos da lei e do presente regulamento interno.

2. Constitui incumprimento especialmente censurável dos deveres dos pais ou

encarregados de educação:

a) O incumprimento dos deveres de matrícula, frequência, assiduidade e pontualidade

pelos filhos e ou educandos, bem como a ausência de justificação para tal

incumprimento, nos termos dos números 1 a 4 do artigo 153º

b) A não comparência na escola sempre que os filhos e ou educandos atinjam metade

do limite de faltas injustificadas, nos termos do nº 2 do artigo 157º, ou a sua não

comparência ou não pronuncia, nos casos em que a sua audição é obrigatória, no

âmbito de procedimento disciplinar instaurado ao seu filho ou educando, nos termos

previstos nos artigos 169º, 171º e 172º;

c) A não realização, pelos seus filhos e ou educandos, das medidas de recuperação

definidas pela escola nos termos do presente regulamento interno, das atividades de

integração na escola e na comunidade decorrentes da aplicação de medidas

65 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

disciplinares corretivas ou sancionatórias, bem como a não comparência destes, em

consultas ou terapias prescritas por técnicos especializados;

3. O incumprimento reiterado, por parte dos pais ou encarregados de educação, dos

deveres a que se refere o número anterior, determina a obrigação, por parte da escola,

de comunicação do facto à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou ao

Ministério Público, nos termos previstos no presente regulamento interno.

4. O incumprimento consciente e reiterado pelos pais ou encarregados de educação de

alunos menores de idade dos deveres estabelecidos no nº 2 pode ainda determinar por

decisão da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou do Ministério Público, na

sequência da análise efetuada após a comunicação prevista no número anterior, a

frequência em sessões de capacitação parental.

5. Tratando-se de família beneficiária de apoios sociofamiliares concedidos pelo Estado, o

facto é também comunicado aos serviços competentes, para efeito de reavaliação, nos

termos da legislação aplicável, dos apoios sociais que se relacionem com a frequência

escolar dos seus educandos e não incluídos no âmbito da ação social escolar ou do

transporte escolar recebidos pela família.

6. O incumprimento por parte dos pais ou encarregados de educação do disposto na parte

final da alínea b) do nº 2 do presente artigo presume a sua concordância com as

medidas aplicadas ao seu filho ou educando, exceto se provar não ter sido cumprido,

por parte da escola, qualquer dos procedimentos obrigatórios previstos nos artigos

169º, 171º e 172º do regulamento interno.

Artigo 125º

Contraordenações

1. A manutenção da situação de incumprimento consciente e reiterado por parte dos pais

ou encarregados de educação de alunos menores de idade dos deveres a que se

refere o nº 2 do artigo anterior, aliado à recusa, â não comparência ou à ineficácia das

ações de capacitação parental determinadas e oferecidas nos termos do referido artigo,

constitui contraordenação.

2. As contraordenações previstas no nº 1 são punidas com coima de valor igual ao valor

máximo estabelecido para os alunos do escalão B do ano ou ciclo de escolaridade

frequentado pelo educando em causa, na regulamentação que define os apoios no

âmbito da ação social escolar para aquisição de manuais escolares.

3. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, quando a sanção prevista no presente

artigo resulte do cumprimento por parte dos pais ou encarregados de educação dos

seus deveres relativamente a mais do que um educando, são levantados tantos autos

quanto o número de educandos em causa.

4. Na situação a que se refere o número anterior, o valor global das coimas não pode

ultrapassar, na mesma escola e no mesmo ano escolar, o valor máximo mais elevado

estabelecido para um aluno do escalão B do 3º ciclo do ensino básico, na

66 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

regulamentação que define os apoios no âmbito da ação social escolar para a

aquisição de manuais escolares.

5. Tratando-se de pais ou encarregados de educação cujos educandos beneficiam de

apoios no âmbito da ação social escolar, em substituição das coimas previstas nos nºs

2 a 4, podem ser aplicadas as sanções de privação de direito a apoios escolares e sua

restituição, desde que o seu benefício para o aluno não esteja a ser realizado.

6. A negligência é punível.

7. Compete ao Diretor-Geral da Administração Escolar, por proposta do diretor da escola,

a elaboração dos autos de notícia, a instrução dos respetivos processos de

contraordenação, sem prejuízo da colaboração dos serviços inspetivos em matéria de

educação, e a aplicação das coimas.

8. O produto das coimas aplicadas nos termos dos números anteriores constitui receita

própria da escola.

9. O incumprimento, por causa imputável ao encarregado de educação ou ao seu

educando, do pagamento das coimas a que se referem os nºs 2 a 4 ou do dever de

restituição dos apoios escolares estabelecidos no nº 5, quando exigido, pode

determinar, por decisão do diretor da escola:

a) No caso de pais ou encarregados de educação aos quais foi aplicada s sanção

alternativa prevista no nº 5, a privação, no ano escolar seguinte, do direito a apoios

no âmbito da ação social escolar relativos a manuais escolares;

b) Nos restantes casos, a aplicação de coima de valor igual ao dobro do valor previsto

nos nºs 2, 3 ou 4, consoante os casos.

10. Sem prejuízo do estabelecido na alínea a) do nº 9, a duração máxima da sanção

alternativa prevista no nº 5 é de um ano escolar.

11. Em tudo o que não se encontrar previsto no presente regulamento interno em matéria

de contraordenações, são aplicáveis as disposições do Regime Geral do Ilícito de Mera

Ordenação Social.

SECÇÃO II

ALUNOS

Artigo 126º

Responsabilidade dos alunos

1. Os alunos são responsáveis, em termos adequados à sua idade e capacidade de

discernimento, pelos direitos e deveres que lhe são conferidos pelo presente

regulamento interno e demais legislação aplicável.

2. A responsabilidade disciplinar dos alunos implica o respeito integral do Estatuto do

Aluno e Ética Escolar, do regulamento interno da escola, do património da mesma, dos

demais alunos, funcionários e em especial dos professores.

3. Os alunos não podem prejudicar o direito à educação dos restantes alunos.

67 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 127º

Direitos dos Alunos

1. O aluno tem direito a:

a) Ser tratado com respeito e correção por qualquer membro da comunidade

educativa, não podendo, em caso algum, ser discriminado em razão da origem

étnica, saúde, sexo, orientação sexual, idade, identidade de género, condição

económica, cultural ou social ou convicções políticas, ideológicas, filosóficas ou

religiosas;

b) Usufruir do ensino e de uma educação de qualidade de acordo com o previsto na

lei, em condições de efetiva igualdade de oportunidades no acesso;

c) Escolher e usufruir do ambiente e do projeto educativo que proporcionem as

condições para o seu pleno desenvolvimento físico, intelectual, moral, cultural e

cívico, para a formação da sua personalidade;

d) Ver reconhecidos e valorizados o mérito, a dedicação, a assiduidade e o esforço no

trabalho e no desempenho escolar e ser estimulado nesse sentido;

e) Ver reconhecido o empenhamento em ações meritórias designadamente o

voluntariado, em favor da comunidade em que está inserido ou da sociedade em

geral, praticadas na escola ou fora dela, e ser estimulado nesse sentido;

f) Usufruir de um horário escolar adequado ao ano frequentado, bem como de uma

planificação equilibrada das atividades curriculares e extracurriculares,

nomeadamente as que contribuem para o desenvolvimento cultural da comunidade;

g) Beneficiar, no âmbito dos serviços de ação social escolar, de um sistema de apoios

que lhe permitam superar ou compensar as carências do tipo sociofamiliar,

económico ou cultural que dificultem o acesso à escola ou o processo de ensino;

h) Usufruir de prémios ou apoios e meios complementares que reconheçam e

distingam o mérito;

i) Beneficiar de outros apoios específicos, adequados às suas necessidades

escolares ou à sua aprendizagem, através dos serviços especializados de apoio

educativo;

j) Ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física

e moral, beneficiando, designadamente, da especial proteção consagrada na lei

penal para os membros da comunidade escolar;

k) Ser assistido, de forma pronta e adequada, em caso de acidente ou doença súbita,

ocorrido ou manifestada no decorrer das atividades escolares;

l) Ver garantida a confidencialidade dos elementos e informações constantes do seu

processo individual, de natureza pessoal ou familiar;

m) Participar, através dos seus representantes, nos termos da lei, nos órgãos de

administração e gestão da escola, na criação e execução do respetivo projeto

educativo, bem como na elaboração do regulamento interno;

68 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

n) Eleger os seus representantes para os órgãos, cargos e demais funções de

representação no âmbito da escola, bem como ser eleito, nos termos da lei e deste

regulamento interno;

o) Apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento da escola e ser ouvido

pelos professores, diretores de turma e órgãos de administração e gestão da escola

em todos os assuntos que justificadamente forem do seu interesse;

p) Organizar e participar em iniciativas que promovam a formação e ocupação de

tempos livres;

q) Ser informado sobre o regulamento interno da escola e, por meios a definir por esta,

em termos adequados à sua idade e ao ano frequentado, sobre todos os assuntos

que justificadamente sejam do seu interesse, nomeadamente sobre o modo de

organização do plano de estudos ou curso, o programa e objetivos essenciais de

cada disciplina ou área disciplinar, e os processos e critérios de avaliação, bem

como sobre matrícula, abono de família e apoios socioeducativos, normas de

utilização e de segurança dos materiais e equipamentos e das instalações, incluindo

o plano de emergência, e, em geral, sobre todas as atividades e iniciativas relativas

ao projeto educativo da escola;

r) Participar nas demais atividades da escola, nos termos da lei e do respetivo

regulamento interno;

s) Participar no processo de avaliação, nomeadamente através dos mecanismos de

auto e heteroavaliação;

t) Beneficiar de medidas, a definir pela escola, adequadas à recuperação da

aprendizagem nas situações de ausência devidamente justificada às atividades

escolares.

2. A fruição dos direitos consagrados nas suas alíneas g) h) e r) do número anterior pode

ser, no todo ou em parte, temporariamente vedada em consequência de medida

disciplinar corretiva ou sancionatória aplicada ao aluno, nos termos previstos no estatuto

do aluno e ética escolar.

Artigo 128º

Deveres dos Alunos

1. O aluno tem o dever, sem prejuízo do disposto no artigo 126º e dos demais deveres

previstos no presente regulamento:

a) Estudar, aplicando-se na sua educação e formação integral, de forma adequada à

sua idade, necessidade educativa e ao ano de escolaridade que frequenta;

b) Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no

âmbito das atividades escolares;

c) Seguir as orientações dos professores relativas ao seu processo de ensino;

d) Tratar com respeito e correção qualquer membro da comunidade educativa não

podendo, em caso algum, ser discriminado em razão da origem étnica, saúde, sexo,

69 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

orientação sexual, idade, identidade de género, condição económica, cultural ou

social ou convicções políticas, ideológicas, filosóficas ou religiosas;

e) Guardar lealdade para com todos os membros da comunidade educativa;

f) Respeitar a autoridade e as instruções dos professores e do pessoal não docente;

g) Contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração na

escola de todos os alunos;

h) Participar nas atividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem

como nas demais atividades organizativas que requeiram a participação dos alunos;

i) Respeitar a integridade física e psicológica de todos os membros da comunidade

educativa, não praticando quaisquer atos, designadamente violentos,

independentemente do local ou dos meios utilizados, que atentem contra a

integridade física, moral ou patrimonial dos professores, pessoal não docente e

alunos;

j) Prestar auxílio e assistência aos restantes membros da comunidade educativa, de

acordo com as circunstâncias de perigo para a integridade física e psicológica dos

mesmos, comunicando sempre em primeiro lugar ao pessoal docente ou não

docente a ocorrência sofrida ou testemunhada;

k) Zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações, material didático,

mobiliário e espaços verdes da escola, fazendo uso correto dos mesmos;

l) Respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da comunidade educativa;

m) Permanecer na escola durante o seu horário, salvo autorização escrita do

encarregado de educação ou da direção da escola;

n) Participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes toda a colaboração;

o) Conhecer e cumprir o estatuto do aluno e da ética escolar, as normas de

funcionamento dos serviços da escola e o regulamento interno da mesma,

subscrevendo declaração anual de aceitação do mesmo e de compromisso ativo

quanto ao seu cumprimento integral;

p) Não possuir e não consumir substâncias aditivas, em especial drogas, tabaco e

bebidas alcoólicas, nem promover qualquer forma de tráfico, facilitação e consumo

das mesmas;

q) Não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou

engenhos, passíveis de, objetivamente, perturbarem o normal funcionamento das

atividades letivas ou poderem causar danos físicos ou psicológicos aos alunos ou a

qualquer outro membro da comunidade educativa;

r) Não utilizar quaisquer equipamentos tecnológicos designadamente telemóveis,

equipamentos, programas ou aplicações informáticas, nos locais onde decorram

aulas ou outras atividades formativas ou reuniões de órgãos ou estruturas da escola

em que participe, exceto quando a utilização de qualquer dos meios acima referidos

esteja diretamente relacionada com as atividades a desenvolver e seja

70 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

expressamente autorizada pelo professor ou pelo responsável pela direção ou

supervisão dos trabalhos ou atividades em curso;

s) Não captar sons ou imagens, designadamente, de atividades letivas e não letivas,

sem autorização prévia dos professores, dos responsáveis pela direção da escola

ou supervisão dos trabalhos ou atividades em curso, bem como, quando for o caso,

de qualquer membro da comunidade escolar ou educativa cuja imagem possa,

ainda que involuntariamente, fiar registada;

t) Não difundir, na escola ou fora dela, nomeadamente, via internet ou através de

outros meios de comunicação, sons ou imagens captadas nos momentos letivos e

não letivos, sem autorização do diretor da escola;

u) Respeitar os direitos de autor e de propriedade intelectual;

v) Apresentar-se com vestuário que se revele adequado, em função da idade, à

dignidade do espaço e à especificidade das atividades escolares, no respeito pelas

regras estabelecidas pela escola:

w) Repara os danos por si causados a qualquer membro da comunidade educativa ou

em equipamentos ou instalações da escola ou outras onde decorram quaisquer

atividades decorrentes da vida escolar e, não sendo possível ou suficiente a

reparação, indemnização os lesados relativamente aos prejuízos causados.

Artigo 129º

Representação dos alunos

1. Os alunos podem reunir-se em assembleia de alunos ou assembleia geral de alunos e

são representados pelos seus representantes nos órgãos de direção da escola, pelo

delegado ou subdelegado de turma, nos termos da lei e do regulamento interno do

agrupamento de escolas.

2. Os representantes dos alunos nos órgãos de direção da escola têm o direito de solicitar a

realização de reuniões para apreciação de matérias relacionadas com o funcionamento

da escola.

3. O delegado e o subdelegado de turma, têm o direito de solicitar a realização de reuniões

da turma, sem prejuízo do cumprimento das atividades letivas.

4. Por iniciativa dos alunos ou por sua própria iniciativa, o diretor de turma ou o professor

titular de turma pode solicitar a participação dos representantes dos pais ou

encarregados de educação dos alunos da turma na reunião referida no número anterior.

5. Não podem ser eleitos ou continuar a representar os alunos nos órgãos ou estruturas da

escola aqueles a quem seja ou tenha sido aplicada, nos últimos dois anos escolares,

medida disciplinar sancionatória superior à de repreensão registada, ou sejam, ou

tenham sido nos últimos dois anos escolares, excluídos da frequência de qualquer

disciplina ou retidos em qualquer ano de escolaridade por excesso grave de faltas, nos

termos do estatuto do aluno e ética escolar.

71 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 130º

Prémio de mérito

1. Para efeitos do disposto da alínea h) do artigo 132º este regulamento interno prevê

prémios de mérito destinados aos alunos que, em cada ciclo de escolaridade desde que

preencham um ou mais dos seguintes requisitos:

a) Revelem atitudes exemplares de superação das suas dificuldades;

b) Alcancem excelentes resultados escolares;

c) Produzam trabalhos académicos de excelência ou realizem atividades curriculares ou

de complemento curricular de relevância;

d) Desenvolvam iniciativas ou ações de reconhecida relevância social.

2. Os prémios de mérito devem ter natureza simbólica ou material, podendo ter uma

natureza financeira desde que, comprovadamente, auxiliem a continuação do percurso

escolar do aluno.

3. Cada escola pode procurar estabelecer parcerias com entidades ou organizações da

comunidade educativa no sentido de garantir os fundos necessários ao financiamento

dos prémios de mérito.

Artigo 131º

Processo Individual do Aluno

1. O processo individual acompanha o aluno ao longo do seu percurso escolar e é

devolvido aos pais e encarregado de educação ou ao aluno maior de idade no ano

termo da escolaridade obrigatória.

2. São registados no processo individual as informações relevantes do seu no percurso

educativo, designadamente as relativas a comportamentos meritórios e medidas

disciplinares aplicadas e respetivos efeitos.

3. O processo individual do aluno constitui-se como registo exclusivo em termos

disciplinares.

4. Tem acesso ao processo individual do aluno, além do próprio, os pais e encarregados

de educação, quando aquele for menor, o professor titular da turma ou o diretor de

turma, os os titulares dos órgãos de gestão e administração da escola e os funcionários

afetos ao serviço de gestão dos alunos e da ação social escolar.

5. Podem ainda ter acesso ao processo individual do aluno, mediante autorização do

diretor da escola e no âmbito do estrito cumprimento das respetivas funções, outros

professores da escola, os psicólogos e médicos escolares ou outros profissionais que

trabalhem sob a sua égide e os serviços do Ministério da Educação e Ciência com

competências reguladoras do sistema educativo, neste caso após comunicação ao

diretor.

6. O processo do aluno pode ser consultado nos serviços administrativos do agrupamento,

no período de funcionamento deste, não podendo criar obstáculos ao aluno, aos pais ou

aos encarregados de educação do aluno menor.

72 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

7. As informações contidas no processo individual do aluno referentes a medidas

disciplinares, bem como os de natureza pessoal ou relativos à família, são estritamente

confidenciais, encontrando-se vinculados ao dever de sigilo todos os membros da

comunidade educativa que a elas tenham acesso.

Artigo 132º

Outros Instrumentos de Registo

1. Constituem ainda instrumentos de registo de cada aluno:

a) O registo biográfico;

b) A caderneta escolar;

c) As fichas de registo de avaliação.

2. O registo biográfico contém os elementos relativos à assiduidade e aproveitamento do

aluno, cabendo à escola a sua organização, conservação e gestão.

3. A caderneta escolar contém as informações da escola e do encarregado de educação,

bem como outros elementos relevantes para a comunicação entre a escola e os pais ou

encarregados de educação, sendo propriedade do aluno e devendo ser por este

conservada.

4. As fichas de registo de avaliação contêm, de forma sumária, os elementos relativos ao

desenvolvimento dos conhecimentos, capacidades e atitudes do aluno e são entregues

no final de cada momento de avaliação, designadamente, no final de cada período

escolar, aos pais ou ao encarregado de educação pelo professor titular da turma, no 1º

ciclo, ou pelo diretor de turma, nos restantes casos.

5. A pedido do interessado, as fichas de registo de avaliação serão ainda entregues ao

progenitor que não resida com o aluno menor de idade.

6. Os modelos do processo individual, registo biográfico, caderneta do aluno e fichas de

registo da avaliação, nos seus diferentes formatos e suportes, são definidos por

despacho do membro do Governo responsável pela área de educação.

SUBSECÇÃO I

QUADROS DE VALOR E EXCELÊNCIA

Artigo 133º

Noção

1. São reconhecidos os alunos que se distingam quer pela dedicação e esforço no

trabalho escolar, quer pelo desempenho de ações meritórias em favor da comunidade

em que o aluno está inserido.

2. Os Quadros de Valor e de Excelência, deverão ser organizados no final do ano letivo.

73 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

3. Nenhum aluno pode ser proposto para os Quadros, se tiver sido sujeito, no ano letivo ao

qual se reporta a avaliação, a alguma medida corretiva ou disciplinar sancionatória

contemplada no Regulamento Interno do Agrupamento ou no Estatuto do Aluno e Ética

Escolar.

Artigo 134º

Quadro de Excelência

1. O Quadro de Excelência destina-se a reconhecer os alunos ou grupos de alunos que

revelem excelentes resultados nos seus desempenhos escolares.

2. Cumprirão os requisitos para integrarem os Quadros de Excelência os alunos que

reúnam as seguintes condições:

a) No final do 1º ciclo, obtenção de apreciação quantitativa de 5 a Português e a

Matemática e de Muito Bom nas restantes áreas disciplinares.

b) No 2º Ciclo do Ensino Básico, obtenção de 4,5 nível médio com obrigatoriedade de

nível 5 a Português e a Matemática.

c) No 3º Ciclo do Ensino Básico, obtenção de nível 4,5 nível médio com

obrigatoriedade de nível 5 a Português e a Matemática.

d) Em todos os ciclos, é necessária a obtenção de uma apreciação global de Muito

Bom, relativamente ao comportamento.

3. As listas de alunos para o quadro de excelência serão formalizadas pelos Conselhos de

Ano / Turma nas reuniões de avaliação do 3º período, mediante preenchimento de um

impresso próprio a entregar ao Diretor.

Artigo 135º

Quadro de Valor

1. O Quadro de Valor destina-se a reconhecer os alunos ou grupos de alunos de qualquer

ano de escolaridade que revelem grandes capacidades ou atitudes exemplares de

superação das dificuldades ou que desenvolvam iniciativas ou ações igualmente

exemplares, de benefício claramente social ou comunitário ou de expressão de

solidariedade, na Escola ou fora dela.

2. O processo de inclusão no quadro de valor inicia-se com a apresentação, por qualquer

membro da comunidade educativa, de proposta escrita e devidamente fundamentada

em impresso próprio fornecido pela escola, dirigida ao professor titular de turma, no final

do 1º ciclo, ou ao Diretor de Turma no 2º e 3º ciclo, a fim de ser analisada e completada

de acordo com o estatuído no nº 3 do artigo 148º em Conselho de Ano ou Conselho de

Turma, respetivamente no final do ano letivo. Esta proposta pode ser feita diretamente

ao Conselho de Ano ou ao Conselho de Turma, se for apresentada pelo professor titular

da turma ou pelo Diretor de Turma.

74 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

3. As propostas de candidatura acima mencionadas serão entregues ao Presidente do

Conselho Geral para serem analisadas e homologadas por este órgão.

4. Poderão integrar o quadro de valor os alunos que revelem uma das seguintes situações:

a) Manifestação da noção de responsabilidade – o esforço desenvolvido de maneira

exemplar para superação de dificuldades;

b) Expressão de solidariedade individual e coletiva relevante e continuada;

c) Manifestação de ações tendentes a beneficiar a comunidade escolar, em particular

e a sociedade em geral;

d) A atribuição de prémios resultantes da participação em atividades relevantes

promovidas por entidades externas à escola;

e) A atribuição de prémios em representação da escola;

f) Qualquer outra situação relevante.

Artigo 136º

Competências

1. A homologação das propostas relativas ao Quadro de Valor é da competência do

Conselho Geral.

2. O Diretor, ou alguém por si delegado, deverá:

a) Elaborar a lista final dos alunos a fazer constar nos Quadros de Valor e Excelência

em cada ano letivo;

b) Diligenciar a divulgação e fazer afixar a listagem no site do Agrupamento e em local

visível a toda a comunidade até ao início do ano letivo seguinte.

Artigo 137º

Prémios

1. Os alunos que integrem os Quadros de Valor e Excelência receberão um diploma e,

sempre que possível um prémio, a serem entregues durante o 1º Período do ano letivo

seguinte, em cerimónia própria para o efeito.

2. Os prémios têm uma função eminentemente educativa pelo que deverão ser

estabelecidos de acordo com o nível etário dos alunos e deverão ter por função

estimular o prosseguimento do empenhamento escolar, a superação de dificuldades e o

espírito de serviço.

3. A comunidade escolar reunir-se-á na citada cerimónia, com a presença de todos os

agentes educativos ou seus representantes, a mencionar: órgãos de gestão,

professores, encarregados de educação, assistentes operacionais e técnicos e alunos,

de modo a que se proceda à entrega dos respetivos prémios aos alunos que foram

nomeados para os respetivos Quadros.

4. A iniciativa da organização desta cerimónia protocolar cabe ao Diretor.

5. Deverá ser inscrita anualmente na ficha biográfica dos alunos a sua inclusão nos

Quadros de Valor e Excelência.

75 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

SUBSECÇÃO II

DEVER DE ASSIDUIDADE

Artigo 138º

Frequência e Assiduidade

1. Para além do dever de frequência da escolaridade obrigatória, nos termos da lei, os

alunos são responsáveis pelo cumprimento do dever de assiduidade e pontualidade.

2. Os pais e encarregados de educação dos alunos menores de idade são responsáveis

conjuntamente com estes pelo cumprimento dos deveres referidos no número anterior.

3. O dever de assiduidade e pontualidade implica para o aluno quer a presença e a

pontualidade na sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar

munido de material didático ou equipamentos necessários de acordo com a orientação

dos professores bem como quer uma atitude de empenho intelectual e comportamental

adequada, de acordo com a sua idade, ao processo de ensino e aprendizagem.

4. O controlo da assiduidade dos alunos é obrigatório, nos termos em que é definida no

número anterior, em todas as atividades escolares letivas e não letiva em que

participem ou devam participar.

5. Sem prejuízo do disposto no Estatuto do Aluno e Ética Escolar, as normas a adotar no

controlo de assiduidade, da justificação de faltas e da sua comunicação aos pais ou ao

encarregado de educação são fixadas no presente regulamento interno.

Artigo 139º

Faltas e sua natureza

1. A falta é a ausência do aluno a uma aula ou a outra atividade de frequência obrigatória,

ou facultativa caso tenha havido lugar a inscrição, a falta de pontualidade ou a

comparência sem o material didático ou equipamento necessários.

2. Decorrendo as aulas em tempos consecutivos, há tantas faltas, quantos os tempos de

ausência do aluno à exceção do 1º ciclo onde a mesma é diária.

3. As faltas são registadas pelo professor titular de turma, pelo professor responsável pela

aula ou atividade ou pelo Diretor de turma em suportes administrativos adequados.

4. A participação em visitas de estudo previstas no plano de atividades da escola não é

considerado falta relativamente às disciplinas ou áreas disciplinares envolvidas,

considerando-se dadas as aulas das referidas disciplinas previstas para o dia em causa

no horário da turma.

5. São previstas no presente regulamento as faltas justificadas e injustificadas, bem como

os seus efeitos.

6. As faltas resultantes da aplicação da ordem de saída da sala de aula, ou de medidas

disciplinares sancionatórias, consideram -se faltas injustificadas.

76 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 140º

Dispensa da atividade física

1. O aluno pode ser dispensado temporariamente das atividades de educação física ou

desporto escolar por razões de saúde, devidamente comprovadas por atestado médico,

que deve explicar claramente as contraindicações da atividade física.

2. Sem prejuízo do disposto do número anterior, o aluno deve estar sempre presente no

espaço onde decorre a aula de educação física.

3. Sempre que, por razões devidamente fundamentadas, o aluno se encontra

impossibilitado de estar presente no espaço onde decorre a aula de educação física

deve ser encaminhado para um espaço em que seja pedagogicamente acompanhado.

Artigo 141º

Justificação de Faltas

1. São consideradas justificadas as faltas dadas pelos seguintes motivos:

a) Doença do aluno, devendo esta ser informada por escrito pelo encarregado de

educação ou pelo aluno quando maior de idade quando determinar um período

inferior ou igual a três dias úteis ou, por médico se determinar impedimento superior

a três dias úteis podendo, quando se trate de doença de carácter crónico ou

recorrente, uma única declaração ser aceite para a totalidade do ano letivo ou até

ao termo da condição que a determinou;

b) Isolamento profilático, determinado por doença infecto-contagiosa de pessoa que

coabite com o aluno, comprovada através de declaração da autoridade sanitária

competente;

c) Falecimento de familiar, durante o período legal de justificação de faltas previsto no

regime de contrato de trabalho dos trabalhadores que exercem funções públicas;

d) Nascimento de irmão, durante o dia do nascimento e o dia imediatamente posterior;

e) Realização de tratamento ambulatório, em virtude de doença ou deficiência, que

não possa efetuar-se fora do período das atividades letivas;

f) Assistência na doença a membro do agregado familiar, nos casos em que,

comprovadamente, tal assistência não possa ser prestada por qualquer outra

pessoa;

g) Comparência a consultas pré-natais, período de parto e amamentação, nos termos

da legislação em vigor;

h) Ato decorrente da religião professada pelo aluno, desde que o mesmo não possa

efetuar-se fora do período das atividades letivas e corresponda a uma prática

comummente reconhecida como própria dessa religião;

i) Preparação e participação em competições desportivas de alta competição, nos

termos legais aplicáveis;

77 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

j) Participação em atividades culturais, associativas e desportivas reconhecidas, nos

termos da Lei, como de interesse público ou consideradas relevantes pelas

respetivas autoridades escolares;

k) Cumprimento de obrigações legais que não possam efetuar-se fora do período das

atividades letivas;

l) Outro facto impeditivo da presença na escola ou em qualquer atividade escolar,

desde que, comprovadamente, não seja imputável ao aluno ou seja,

justificadamente, considerado atendível pelo Diretor de turma ou professor titular de

turma.

m) Outro facto invocado pelo encarregado de educação, e não imputável ao aluno,

para justificar falta de material ou equipamento ou por atraso.

n) As decorrentes de suspensão preventiva aplicado no âmbito de procedimento

disciplinar, no caso de ao aluno não vir a ser aplicada qualquer medida disciplinar

sancionatória, lhe ser aplicada medida não suspensiva da escola, ou na parte em

que ultrapassem a medida efetivamente aplicada;

o) Participação em visitas de estudo previstas no plano de atividades da escola,

relativamente às disciplinas ou áreas disciplinares não envolvidas na referida visita.

Artigo 142º

Processo de Justificação de Faltas

1. O pedido de justificação de faltas é apresentado por escrito pelos pais ou encarregado

de educação ou, quando o aluno for maior de idade, pelo próprio, ao Diretor de turma ou

ao professor titular de turma, com indicação do dia, hora e da atividade letiva em que a

falta ocorreu, referenciando-se os motivos justificativos da mesma na caderneta escolar.

2. O Diretor de turma, ou o professor titular da turma, pode solicitar, aos pais ou

encarregado de educação, ou ao aluno, quando maior, os comprovativos adicionais que

entenda necessários à justificação da falta, devendo, igualmente, qualquer entidade que

para esse efeito for contactada, contribuir para o correto apuramento dos factos.

3. A justificação da falta deve ser apresentada previamente, sendo o motivo previsível, ou,

nos restantes casos, até ao terceiro (3º) dia útil subsequente à verificação da mesma.

4. Nos casos em que, decorrido o prazo referido no número anterior, não tenha sido

apresentada justificação para as faltas, ou a mesma não tenha sido aceite, deve tal

situação ser comunicada no prazo máximo de três (3) dias úteis, pelo meio mais

expedito, aos pais ou encarregados de educação ou, quando maior de idade, ao aluno,

pelo Diretor de turma ou pelo professor titular de turma.

5. Nas situações de ausência justificada às atividades escolares, o aluno tem direito a

beneficiar de medidas, a definir pelos professores responsáveis e ou pela escola,

adequadas à recuperação da aprendizagem em falta.

78 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 143º

Falta de Material

1. Quando o aluno não se faça acompanhar do material mínimo essencial às atividades

escolares, definido em conselho de ano ou departamento e comunicado

preferencialmente no início de cada ano escolar pelos professores aos alunos e

encarregados de educação, por escrito, serão aplicados os seguintes procedimentos:

a) O professor marcará uma falta de presença no livro de ponto, a cada quarta falta e

subsequentes (cada terceira incidência);

b) O professor deverá comunicar ao diretor de turma (2º e 3º ciclo), em impresso

próprio, o registo das faltas de material que levaram à marcação da falta;

c) O diretor de turma ou o professor titular da turma, convocará os pais ou o

encarregado de educação, com o objetivo de informar sobre esta ocorrência;

d) Na falta de comparência dos pais ou do encarregado de educação, estes serão

informados através da caderneta escolar;

e) Os pais ou o encarregado de educação poderão justificar a falta presencialmente

junto do diretor de turma ou do professor titular de turma, que deverá registar essa

justificação por escrito, ou através da caderneta escolar.

Artigo 144º

Faltas por Atraso

1. Caso o aluno não compareça pontualmente à aula ou atividade de natureza obrigatória,

deverá o professor marcar-lhe no livro de ponto falta por atraso, nos seguintes termos:

a) No 1º ciclo, 15 minutos após o toque de entrada;

b) No 2º e 3º ciclo, 10 minutos após o toque de entrada nos primeiros tempos de cada

turno, e 5 minutos nos restantes tempos;

c) O diretor de turma ou o professor titular da turma, informará os pais ou o

encarregado de educação, sobre esta ocorrência, pelo meio mais expedito possível.

d) Na falta de justificação dos pais ou do encarregado de educação, estes serão

convocados pelo professor titular de turma/ diretor de turma.

e) Os pais ou o encarregado de educação poderão justificar a falta presencialmente

junto do diretor de turma ou do professor titular, que deverá registar essa

justificação por escrito, ou através da caderneta escolar.

Artigo 145º

Faltas Injustificadas

1. As faltas são injustificadas quando:

a) Não tenha sido apresentada justificação, nos termos do artigo 142º;

b) A justificação tenha sido apresentada fora do prazo;

c) A justificação não tenha sido aceite;

79 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

d) A marcação da falta resulte da aplicação da ordem de saída da sala de aula ou de

medida disciplinar sancionatória.

2. Na situação prevista na alínea c) do número anterior, a não aceitação da justificação

apresentada deve ser devidamente fundamentada de forma sintética.

3. As faltas injustificadas são comunicadas aos pais ou encarregados de educação ou,

quando maior de idade, ao aluno, pelo diretor de turma ou pelo professor titular de

turma, no prazo máximo de três dias úteis, pelo meio mais expedito.

Artigo 146º

Excesso Grave de Faltas

1. Em cada ano letivo as faltas injustificadas não podem exceder

a) Dez dias seguidos ou interpolados, no 1º ciclo do ensino básico;

b) Nos restantes ciclos ou níveis de ensino, as faltas injustificadas não podem exceder

o dobro do número de tempos letivos semanais, por disciplina.

2. Quando for atingido metade do limite de faltas injustificadas, os pais ou encarregados

de educação ou, quando maior de idade, o aluno, são convocados à escola, pelo meio

mais expedito, pelo diretor de turma ou pelo professor que desempenhe funções

equiparadas ou pelo professor titular de turma.

3. A notificação referida no número anterior tem como objetivo alertar para as

consequências da violação do limite de faltas injustificadas e procurar encontrar uma

solução que permita garantir o cumprimento efetivo do dever de assiduidade.

4. Caso se revele impraticável o referido no número anterior, por motivos não imputáveis à

escola, e sempre que a gravidade especial da situação o justifique, a respetiva

comissão de proteção de crianças e jovens deve ser informada do excesso de faltas do

aluno menor de idade, assim como dos procedimentos e diligências até então adotados

pela escola e pelos encarregados de educação, procurando em conjunto soluções para

ultrapassar a sua falta de assiduidade.

5. Para efeitos do disposto no nº 1 , são também contabilizadas como faltas injustificadas

as decorrentes da aplicação da medida corretiva de ordem de saída da sala de aula,

nos termos do n.º 5 do artigo 154º, bem como as ausências decorrentes da aplicação da

medida disciplinar sancionatória de suspensão prevista na alínea c) do ponto 2 do

artigo158º.

Artigo 147º

Efeitos da ultrapassagem dos limites de faltas

1. A ultrapassagem dos limites de faltas injustificadas previstas no nº 1 do artigo anterior

constitui uma violação dos deveres de frequência e assiduidade e obriga o aluno

faltoso ao cumprimento de medidas de recuperação e ou corretivas específicas, de

acordo com o estabelecido nos artigos seguintes, podendo ainda conduzir à aplicação

80 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

de medidas disciplinares sancionatórias, nos termos do Estatuto do Aluno e Ética

Escolar.

2. O previsto nos números anteriores não excluía responsabilização dos pais ou

encarregados de educação do aluno, designadamente, nos termos dos artigos 44º e

45º do Estatuto do Aluno e Ética escolar.

3. Todas as situações, atividades, medidas ou suas consequências previstas no presente

artigo são obrigatoriamente comunicadas, pelo meio mais expedito, aos pais e

encarregados de educação ou ao aluno, quando maior de idade, ao diretor de turma e

ao professor tutor do aluno, sempre que designado, e registadas no processo individual

do aluno.

4. A ultrapassagem do limite de faltas estabelecido no regulamento interno da escola

relativamente às atividades de apoio ou complementares de inscrição ou de frequência

facultativa implica a imediata exclusão do aluno das atividades em causa.

Artigo 148º

Medidas de Recuperação e Integração

1. Para os alunos que frequentam o 1.º ciclo do ensino básico, a violação do limite de

faltas injustificadas previsto no n.º 1 do artigo anterior obriga ao cumprimento de um

plano de atividades e acompanhamento pedagógico que incidirá sobre todo o programa

curricular do nível que frequenta e que permita recuperar o atraso das aprendizagens e

ou a integração escolar e comunitária do aluno e pelos quais os alunos e os seus

encarregados de educação são corresponsáveis.

2. Para os alunos que frequentam o 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, a violação do limite

de faltas injustificadas previsto no n.º 2 do artigo anterior obriga ao cumprimento de um

plano de atividades e acompanhamento pedagógico, que incidirá sobre a disciplina ou

disciplinas em que ultrapassou o referido limite de faltas e que permita recuperar o

atraso das aprendizagens.

3. O recurso ao plano de atividades e acompanhamento pedagógico previsto nos números

anteriores apenas pode ocorrer uma única vez no decurso de cada ano letivo e é

decidido pelo professor titular da turma ou pelos professores das disciplinas em que foi

ultrapassado o limite de faltas, de acordo com as regras aprovadas pelo conselho

pedagógico e aprovadas pelo conselho geral, a saber:

a) Trabalho a apresentar ao docente mediante tema definido pelo mesmo;

b) Realização de ficha de trabalho;

c) Fornecimento ao aluno de materiais ou indicação para a realização de um

trabalho/ficha com consulta;

d) Realização de fichas de compreensão escrita;

e) Frequência de Atelier de Escrita Criativa;

f) Execução de fichas de pesquisa no dicionário, na biblioteca ou em casa.

81 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

4. A avaliação das medidas constantes no ponto anterior obedecem ao critério: cumpriu ou

não cumpriu.

5. O cumprimento do plano de atividades e acompanhamento pedagógico por parte do

aluno realiza-se em período suplementar ao horário letivo, competindo ao conselho

pedagógico definir os termos da sua realização podendo revestir a forma oral.

6. O previsto no número anterior não isenta o aluno da obrigação de cumprir o horário letivo

da turma em que se encontra inserido.

7. Sempre que cesse o incumprimento do dever de assiduidade por parte do aluno são

desconsideradas as faltas em excesso.

8. Após o estabelecimento do plano de acompanhamento e apoio pedagógico, a

manutenção da situação do incumprimento do dever de assiduidade, por parte do aluno,

determina que o diretor da escola, na iminência de abandono escolar, possa propor a

frequência de um percurso curricular alternativo no interior da escola ou agrupamento de

escolas.

9. O incumprimento reiterado do dever de assiduidade determina a retenção no ano de

escolaridade que o aluno frequenta.

Artigo 149º

Incumprimento ou Ineficácia das Medidas

1. O incumprimento das medidas previstas no artigo anterior e a sua ineficácia ou

impossibilidade de atuação determinam, tratando-se de um aluno menor, a comunicação

obrigatória do facto à respetiva comissão de proteção de crianças e jovens de forma a

procurar encontrar, com a colaboração da escola e, sempre que possível, com a

autorização e corresponsabilização dos pais ou encarregados de educação, uma

solução adequada ao processo formativo do aluno e à sua inserção social e

socioprofissional, considerando de imediato, a possibilidade de encaminhamento do

aluno para diferente percurso formativo.

2. A opção a que se refere o número anterior tem por base as medidas definidas na lei

sobre o cumprimento da escolaridade obrigatória, podendo, na iminência de abandono

escolar, ser aplicada a todo o tempo, sem necessidade de aguardar pelo final do ano

escolar.

3. Tratando-se de um aluno com idade superior a doze anos que já frequentou, no ano letivo

anterior, o mesmo ano de escolaridade, poderá haver lugar, até final do ano letivo em

causa por decisão do diretor da escola, à prorrogação da medida corretiva aplicada nos

termos do artigo anterior.

4. Quando a medida a que se referem os números 1 e 2 não for possível ou o aluno for

encaminhado para oferta formativa diferente da que já frequenta e o encaminhamento

ocorra após 31 de janeiro, o não cumprimento das atividades e ou medidas previstas no

artigo anterior ou a sua ineficácia por causa não imputável à escola determinam ainda,

logo que definido pelo professor titular ou pelo conselho de turma:

82 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

a) Para os alunos que frequentam o 1º ciclo do ensino básico, a retenção do ano de

escolaridade respetiva, com a obrigação de frequência das atividades escolares até final

do ano letivo, ou até ao encaminhamento para o novo percurso formativo, se ocorrer

antes;

b) Para os restantes alunos, a retenção no ano de escolaridade em curso, no caso de

frequentarem o ensino básico sem prejuízo da obrigação de frequência da escola até

final do ano letivo e até perfazerem 18 anos de idade, ou ate ao encaminhamento para o

novo percurso formativo, e ocorrer antes.

5. As atividades a desenvolver pelo aluno decorrentes do dever de frequência estabelecido

na alínea b) do nº 4, no horário da turma ou das disciplinas de que foi retido ou excluído

são as seguintes:

6. O incumprimento ou a ineficácia das medidas e atividades referidas no presente artigo

implica também restrições à realização de provas de equivalência à frequência ou de

exames, sempre que tal se encontre previsto em regulamentação específica de qualquer

modalidade de ensino ou oferta formativa.

7. O incumprimento reiterado do dever de assiduidade e ou das atividades a que se refere o

número anterior pode dar ainda lugar à aplicação de medidas disciplinares

sancionatórias previstas no Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

SUBSECÇÃO III

DISCIPLINA

Artigo 150º

Qualificação da Infração

1. A violação pelo aluno de algum dos deveres previstos no Regulamento Interno da

escola, em termos que se revelem perturbadores do funcionamento normal das

atividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa, constitui

infração passível da aplicação de medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória,

nos termos dos artigos seguintes.

Artigo 151º

Participação de ocorrência

1. O professor ou membro do pessoal não docente que presencie ou tenha conhecimento

de comportamentos suscetíveis de constituir infração disciplinar nos termos do artigo

anterior deve participá-los imediatamente ao diretor do agrupamento.

2. O aluno que presencie comportamentos referidos no número anterior deve comunicá-los

imediatamente ao diretor de turma/professor titular de turma, o qual, no caso de os

83 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

considerar graves ou muito graves, os participa, no prazo de um dia útil, ao diretor do

agrupamento.

Artigo 152º

Finalidades das medidas corretivas e das disciplinares sancionatórias.

1. Todas as medidas corretivas e medidas disciplinares sancionatórias prosseguem

finalidades pedagógicas, preventivas, dissuasoras e de integração, visando, de forma

sustentada, o cumprimento dos deveres do aluno, o respeito pela autoridade dos

professores no exercício da sua atividade profissional e dos demais funcionários, bem

como a segurança de toda a comunidade educativa.

2. As medidas corretivas e as medidas disciplinares sancionatórias visam ainda garantir o

normal prosseguimento das atividades da escola, a correção do comportamento

perturbador e o reforço da formação cívica do aluno, com vista ao desenvolvimento

equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da

sua plena integração na comunidade educativa, do seu sentido de responsabilidade e

das suas aprendizagens.

3. As medidas disciplinares sancionatórias, tendo em conta a especial relevância do dever

violado e a gravidade da infração praticada, prosseguem igualmente, finalidades

punitivas.

4. As medidas corretivas e as medidas disciplinares sancionatórias devem ser aplicadas

em coerência com as necessidades educativas do aluno e com os objetivos da sua

educação e formação, no âmbito do desenvolvimento do plano de trabalho da turma e

do projeto educativo da escola, nos termos deste regulamento interno.

Artigo 153º

Determinação da Medida Disciplinar

1. Na determinação da medida disciplinar corretiva ou sancionatória a aplicar, deve ter-se

em consideração a gravidade do incumprimento do dever, as circunstâncias, atenuantes

e agravantes apuradas, em que esse incumprimento se verificou, o grau de culpa do

aluno, a sua maturidade e demais condições pessoais, familiares e sociais.

2. São circunstâncias atenuantes da responsabilidade disciplinar do aluno o seu bom

comportamento anterior, o seu aproveitamento escolar e o seu reconhecimento, com

arrependimento, da natureza ilícita da sua conduta.

3. São circunstâncias agravantes da responsabilidade do aluno a premeditação, o conluio,

a gravidade do dano causado a terceiros bem como a acumulação de infrações

disciplinares e a reincidência, em especial se no decurso do mesmo ano letivo.

84 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 154º

Medidas Disciplinares Corretivas

1. As medidas corretivas prosseguem finalidades pedagógicas, dissuasoras e de

integração, nos termos do n.º 1 do artigo 152º assumindo uma natureza eminentemente

preventiva.

2. São medidas corretivas, sem prejuízo de outras que, obedecendo ao disposto no

número anterior, venham a estar contempladas no regulamento interno da escola:

a) A advertência;

b) A ordem de saída da sala de aula, e demais locais onde se desenvolva o trabalho

escolar;

c) A realização de tarefas e atividades de integração na escolar ou na comunidade,

podendo, para esse efeito, ser aumentado o período de permanência obrigatória,

diária ou semanal, do aluno na escola ou no local onde decorram as tarefas ou

atividades, nos termos previstos no artigo seguinte;

d) O condicionamento no acesso a certos espaços escolares, ou na utilização de

certos materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontrem afetos a

atividades letivas;

e) A mudança de turma.

3. A advertência consiste numa chamada verbal de atenção ao aluno, perante um

comportamento perturbador do funcionamento normal das atividades escolares ou das

relações entre os presentes no local onde elas decorrem, com vista a alertá-lo para que

deve evitar tal tipo de conduta e a responsabilizá-lo pelo cumprimento dos seus deveres

como aluno.

4. Na sala de aula, a advertência é da exclusiva competência do professor, enquanto que,

fora dela, qualquer professor ou membro do pessoal não docente tem competência para

advertir o aluno.

5. A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho

escolar é da exclusiva competência do professor respetivo e implica a marcação de falta

injustificada ao aluno e a permanência do aluno na escola,

6. A aplicação das medidas corretivas previstas nas alíneas c), d) e e) do n.º 2 é da

competência do diretor do agrupamento de escolas, que para o efeito, precede sempre

à audição do diretor de turma ou o professor titular da turma a que o aluno pertença

bem como do professor tutor.

7. A aplicação da medida corretiva de ordem de saída da sala de aula pela terceira vez,

por parte do mesmo professor, ou pela quinta vez, independentemente do professor que

a aplicou, implica a análise da situação em conselho de turma, tendo em vista a

identificação das causas e a pertinência da proposta de aplicação d outras medidas

disciplinares corretivas ou sancionatórias, nos termos do estatuto do Aluno e Ética

Escolar.

85 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

8. A aplicação, e posterior execução, da medida corretiva prevista na alínea d) do n.º 2

não pode ultrapassar o período de tempo correspondente a um ano letivo.

9. A aplicação das medidas corretivas previstas no n.º 2 é comunicada aos pais ou ao

encarregado de educação, tratando-se de aluno menor de idade.

Artigo 155º

Atividades de Ocupação na Sequência de Saída da Sala de Aula

1. A ordem de saída da sala de aula imposta a um aluno, como medida disciplinar, só deve

ser aplicada em caso extremo, após esgotadas todas as possibilidades de um normal

funcionamento da aula.

2. No caso de se verificar a saída do aluno da sala de aula, por expressa indicação do

professor, este deverá tomar as seguintes medidas:

a) Marcar falta de presença ao aluno e, comunicar por escrito, ao diretor de turma;

b) Encaminhar o aluno para a biblioteca ou onde este permanecerá até final da aula

em causa, executando uma tarefa atribuída pelo professor;

c) O aluno será acompanhado pelo funcionário do bloco/piso em que a aula decorre;

d) O aluno em causa não deve abandonar a biblioteca sem a autorização do professor

da turma.

e) O diretor de turma/professor titular de turma desenvolverá as diligências

necessárias para evitar a repetição da ocorrência e comunicará o facto ao

encarregado de educação.

Artigo 156º

Aplicação da Medida de Atividade de Integração na Escola ou na Comunidade

1. Sem prejuízo da definição de outras pelo conselho de turma ou pela direção de escola,

consideram-se como atividades de integração escolar: Elaboração pelo aluno de um

trabalho escrito de reflexão/investigação sobre comportamentos relacionados com a

infração cometida, o qual deverá ser entregue ao diretor de turma/professor titular de

turma no prazo de uma semana;

2. O cumprimento das medidas corretivas realiza-se em período suplementar ao horário

letivo nos espaço escolar ou fora dele, neste caso com acompanhamento dos pais ou

encarregados de educação ou de entidade local ou localmente instalada idónea e que

assuma coresponsabilizar-se, nos termos a definir em protocolo escrito celebrado nos

termos previstos neste regulamento interno.

3. A execução da medida corretiva que seja aplicada dentro do espaço escolar deverá ser

sempre acompanhada por um docente ou por um funcionário não docente, a indicar

pelo diretor.

4. Compete ao diretor de turma/professor titular de turma ou tutor verificar o cumprimento

das medidas corretivas referidas.

86 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

5. O previsto no número dois não isenta o aluno da obrigação de cumprir o horário letivo

da turma em que se encontra inserido ou de permanecer na escola durante o mesmo.

6. A aplicação das medidas corretivas é comunicada pelo diretor de turma/professor titular

de turma aos pais ou ao encarregado de educação.

Artigo 157º

Aplicação da Medida de Condicionamento no Acesso a Espaços Escolares e/ou na

Utilização de Certos Materiais e Equipamentos

1. A aplicação da medida disciplinar de condicionamento de acesso a espaços escolares

e/ou na utilização de certos materiais e equipamentos consiste na interdição de acesso

e/ou utilização dos mesmos, por determinado período e é reservada a infração

disciplinar que envolva grave perturbação do normal funcionamento dos locais e

espaços de apoio às atividades curriculares e extracurriculares, assim como dos seus

materiais e equipamentos.

2. Esta medida é da responsabilidade do diretor, sob proposta do diretor de

turma/professor titular de turma.

3. Para aplicação da medida disciplinar adequada, o diretor ponderará o relatório

apresentado pelo diretor de turma/professor titular de turma, do qual consta,

obrigatoriamente, o registo acerca da natureza dos atos e dos danos, da audição do

aluno e da do respetivo encarregado de educação.

4. No âmbito da aplicação desta medida disciplinar pode o aluno ser interditado do acesso

e utilização:

a) Da biblioteca escolar;

b) Dos locais onde decorram atividades de apoio à aprendizagem e/ou

extracurriculares e seus equipamentos;

c) De locais onde decorram atividades lúdicas e seus equipamentos;

d) De locais onde decorram atividades desportivas e seus equipamentos;

5. O período de interdição a estes espaços e/ou utilização de materiais e equipamentos, a

definir pelo diretor, não pode ultrapassar um ano letivo.

6. Compete ao diretor de turma/professor titular de turma informar, por escrito, os

responsáveis dos locais interditos ao aluno e/ou utilização de equipamentos, bem como

o período de aplicação desta medida, de forma a assegurar o seu cumprimento.

7. A aplicação desta medida disciplinar é comunicada ao respetivo encarregado de

educação, pelo diretor de turma/professor titular de turma.

Artigo 158º

Medidas Disciplinares Sancionatórias

1. As medidas disciplinares sancionatórias traduzem uma sanção disciplinar imputada ao

comportamento do aluno, devendo a ocorrência dos factos suscetíveis de a

configurarem ser participada de imediato, pelo professor ou funcionário que a

87 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

presenciou, ou dela teve conhecimento, à direção do agrupamento de escolas com

conhecimento ao diretor de turma e ao professor tutor ou à equipa de integração e

apoios ao aluno, caso existam.

2. São medidas disciplinares sancionatórias:

a) A repreensão registada;

b) A suspensão até 3 dias úteis;

c) A suspensão da escola entre 4 e 12 dias úteis;

d) A transferência de escola.

e) A expulsão da escola.

3. A aplicação da medida disciplinar sancionatória de repreensão registada, quando a

infração for praticada na sala de aula, é da competência do professor respetivo, sendo

do diretor do agrupamento de escolas nas restantes situações, averbando-se no

respetivo processo individual do aluno a identificação do autor do ato decisório, a data

em que o mesmo foi proferido e a fundamentação, de facto e de direito, que norteou tal

decisão.

4. A suspensão até três dias úteis, enquanto medida dissuasora, é aplicada, pelo diretor

do agrupamento de escolas, após o exercício dos direitos de audiência e defesa do

visado.

5. Compete ao diretor, ouvidos os pais ou o encarregado de educação do aluno quando

menor de idade, fixar os termos e condições em que a aplicação da medida disciplinar

sancionatória referida no número anterior é executada, garantindo ao aluno um plano de

atividades pedagógicas a realizar, coresponsabilizando-os pela sua execução e

acompanhamento, podendo igualmente, se assim o entender, estabelecer eventuais

parcerias ou celebrar protocolos ou acordos com entidades públicas ou privadas.

6. A decisão de aplicar a medida disciplinar sancionatória de suspensão entre 4 e 12 dias

úteis é precedida da audição em processo disciplinar do aluno visado, do qual constam,

em termos concretos e precisos, os factos que lhe são imputados, os deveres por ele

violados e a referência expressa, não só da possibilidade de se pronunciar

relativamente àqueles factos, como da defesa elaborada, sendo competente para a sua

aplicação o diretor do agrupamento, que pode, previamente, ouvir o conselho de turma

devendo ser convocado o professor tutor, quando exista e não seja o professor da

turma.

7. O não cumprimento do plano de atividades pedagógicas a que se refere o número

anterior pode dar lugar à instauração de novo procedimento disciplinar, considerando-se

a recusa circunstância agravante nos termos do número 3 do art.º 25º do Estatuto do

Aluno e Ética Escolar.

8. A aplicação da medida disciplinar sancionatória de transferência de escola compete,

com possibilidade de delegação, ao diretor-geral da educação após a conclusão do

procedimento disciplinar a que se refere o artigo 30º do Estatuto do Aluno e Ética

Escolar e reporta-se à prática de factos notoriamente impeditivos do prosseguimento do

88 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

processo de ensino dos restantes alunos da escola, ou do normal relacionamento com

algum ou alguns dos membros da comunidade educativa.

9. A medida disciplinar sancionatória de transferência de escola apenas é aplicável a

aluno de idade igual ou superior a 10 anos e, frequentando o aluno a escolaridade

obrigatória, desde que esteja assegurada a frequência de outro estabelecimento de

ensino situado na mesma localidade ou na localidade mais próxima servida de

transporte público ou escolar.

10. A aplicação da medida disciplinar de expulsão da escola compete, com possibilidade de

delegação, ao diretor-geral da educação precedendo conclusão de procedimento

disciplinar e consiste na retenção do aluno no ano de escolaridade que frequenta

quando a medida é aplicada e na proibição de acesso ao espaço escolar até ao final

daquele ano escolar e nos dois anos escolares imediatamente seguintes.

11. A medida disciplinar de expulsão da escola é aplicada ao aluno maior quando, de modo

notório, se constate não haver outra medida ou modo de responsabilização no sentido

do cumprimento dos seus deveres como aluno.

12. Complementarmente às medidas previstas no n.º 2, compete ao diretor do agrupamento

de escolas decidir sobre a reparação dos ou a substituição dos bens lesados ou,

quando aquelas não forem possíveis, sobre a indemnização dos prejuízos causados

pelo aluno à escola ou a terceiros, podendo o valor da reparação calculado ser

reduzido, na proporção a definir pelo diretor, tendo em conta o grau de responsabilidade

do aluno e ou a sua situação socioeconómica.

Artigo 159º

Cumulação de medidas disciplinares

1. A aplicação das medidas corretivas previstas nas alíneas a) e e) do n.º 2 do artigo 154º

é cumulável entre si.

2. A aplicação de uma ou mais das medidas corretivas é cumulável apenas com a

aplicação de uma medida disciplinar sancionatória.

3. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, por cada infração apenas pode ser

aplicada uma medida disciplinar sancionatória.

SUBSECÇÃO IV

PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

Artigo 160º

Tramitação do Procedimento Disciplinar

1. A competência para a instauração de procedimento disciplinar por comportamentos

suscetíveis de configurarem a aplicação de alguma das medidas disciplinares

sancionatórias previstas nas alíneas c) e d) do ponto 2 do artigo 163º é do diretor do

89 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

agrupamento de escolas, devendo o despacho instaurador e de nomeação do instrutor,

que deve ser um professor da escola, ser proferido no prazo de dois dias úteis a contar

do conhecimento da situação.

2. No mesmo prazo, o diretor notifica os pais ou encarregados de educação do aluno,

quando este for menor, pelo meio mais expedito, designadamente eletrónico, telefónico

ou por via postal simples para a morada constante no seu processo.

3. Tratando-se de aluno maior de idade, a notificação é feita diretamente ao próprio,

pessoalmente.

4. O diretor do agrupamento de escolas deve notificar o instrutor da sua nomeação no

mesmo dia em que profere o despacho de instauração do procedimento disciplinar.

5. A instrução do procedimento disciplinar é efetuada no prazo máximo de seis dias úteis,

contados da data de notificação ao instrutor do despacho que instaurou o procedimento

disciplinar, sendo obrigatoriamente realizada, para além das demais diligências

consideradas necessárias, a audiência oral dos interessados, em particular do aluno e,

sendo este menor de idade, do respetivo encarregado de educação.

6. Os interessados são convocados com a antecedência de um dia útil para a audiência

oral, não constituindo a falta de comparência motivo do seu adiamento, embora, se for

apresentada justificação da falta até ao momento fixado para a audiência, esta possa

ser adiada.

7. No caso de o respetivo encarregado de educação não comparecer, o aluno menor de

idade pode ser ouvido na presença de um docente por si livremente escolhido e do

diretor de turma ou professor tutor, quando exista ou, no impedimento deste, de outro

professor da turma designado pelo diretor.

8. Da audiência é lavrada ata de que consta o extrato das alegações feitas pelos

interessados.

9. Finda a instrução, o instrutor elabora e remete ao diretor, no prazo de três dias úteis o

relatório final do qual constam, obrigatoriamente:

a) Os factos cuja prática é imputada ao aluno, devidamente circunstanciados quanto

ao tempo, modo e lugar;

b) Os deveres violados pelo aluno, com referência expressa às respetivas normas

legais ou regulamentares;

c) Os antecedentes do aluno que se constituem como circunstâncias atenuantes ou

agravantes nos termos previstos na lei;

d) A proposta de medida disciplinar sancionatória aplicável ou de arquivamento do

procedimento.

10. Do documento referido no número anterior é extraída cópia que, no prazo de um dia útil,

é entregue ao aluno, mediante notificação pessoal, sendo de tal facto, e durante esse

mesmo período de tempo, informados os pais ou o respetivo encarregado de educação,

quando o aluno for menor de idade.

90 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

11. No caso da medida disciplinar sancionatória ser a transferência de escola, a mesma é

comunicada para decisão do diretor-geral da educação, no prazo de dois dias úteis.

Artigo 161º

Celeridade do procedimento disciplinar

1. A instrução do procedimento disciplinar prevista nos números 5 a 8 do artigo anterior

pode ser substituída pelo reconhecimento individual, consciente e livre dos factos, por

parte do aluno maior de 12 anos e a seu pedido, em audiência a promover pelo

instrutor, nos dois dias úteis subsequentes à sua nomeação, mas nunca antes de

decorridas vinte e quatro horas sobre o momento previsível da prática dos factos

imputados ao aluno.

2. Na audiência referida no número anterior, estão presentes, além do instrutor, o aluno, o

encarregado de educação do aluno menor de idade e, ainda:

a) O diretor de turma ou o professor tutor do aluno, quando exista, ou, em caso de

impedimento e em sua substituição, um professor da turma designado pelo diretor;

b)Um professor da escola livremente escolhido pelo aluno.

3. A não comparência do encarregado de educação, quando devidamente convocado, não

obsta à realização da audiência.

4. Os participantes referidos no nº 2 têm como missão exclusiva assegurar e testemunhar,

através da assinatura do auto a que se referem os números seguintes, a total

consciência do aluno quanto aos factos que lhe são imputados e às suas

consequências, bem como a sua total liberdade no momento da respetiva declaração

de reconhecimento.

5. Na audiência é elaborado auto, no qual constam, entre outros, os elementos previstos

nas alíneas a) e b) do número 9 do artigo anterior, o qual, previamente a qualquer

assinatura, é lido em voz alta e explicado ao aluno pelo instrutor, com a informação

clara e expressa de que não está obrigado a assiná-lo.

6. O facto ou factos imputados ao aluno só são considerados validamente reconhecidos

com a assinatura do auto por parte de todos os presentes, sendo que, querendo

assinar, o aluno o faz antes de qualquer outro elemento presente.

7. O reconhecimento dos factos por parte do aluno é considerado circunstância atenuante,

nos termos e para os efeitos previstos no número 2 do artº 25 do Estatuto do Aluno e

Ética Escolar, encerrando a fase da instrução e seguindo-se-lhe os procedimentos

previstos no artigo anterior.

8. A recusa do reconhecimento por parte do aluno implica a necessidade da realização da

instrução, podendo o instrutor aproveitar a presença dos intervenientes para a

realização da audiência oral prevista no artigo anterior.

91 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 162º

Suspensão Preventiva do Aluno

1. No momento da instauração do procedimento disciplinar, mediante decisão da entidade

que o instaurou, ou no decurso da sua instauração por proposta do instrutor, o diretor

pode decidir a suspensão preventiva do aluno, mediante despacho fundamentado,

sempre que:

a) A sua presença na escola se revelar gravemente perturbadora do normal

funcionamento das atividades escolares;

b) Tal seja necessário e adequado à garantia da paz pública e da tranquilidade na

escola;

c) A sua presença na escola prejudique a instrução do procedimento disciplinar.

2. A suspensão preventiva tem a duração que o diretor do agrupamento de escolas

considerar adequada na situação em concreto, sem prejuízo de, por razões

devidamente fundamentadas, poder ser prorrogada até à data da decisão do

procedimento disciplinar, não podendo, em qualquer caso, exceder 10 dias úteis.

3. Os efeitos decorrentes da ausência do aluno no decurso do período de suspensão

preventiva, no que respeita à avaliação das aprendizagens, são determinados em

função da decisão que vier a ser proferida no final do procedimento disciplinar, nos

termos estabelecidos neste regulamento interno.

4. Os dias de suspensão preventiva cumpridos pelo aluno são descontados no

cumprimento da medida disciplinar sancionatória prevista na alínea c) do n.º 2 do artigo

158º a que o aluno venha a ser condenado na sequência do procedimento disciplinar

previsto no artigo 160º.

5. Os pais e os encarregados de educação são imediatamente informado da suspensão

preventiva aplicada ao seu educando e, sempre que a avaliação que fizer das

circunstâncias o aconselhe, o diretor do agrupamento de escolas deve participar a

ocorrência à respetiva comissão de proteção de crianças e jovens.

6. Ao aluno suspenso preventivamente é também fixado, durante o período de ausência

da escola, o plano de atividades previsto no n.º 5 do artigo 158º.

7. A suspensão preventiva do aluno é comunicada, por via eletrónica, pelo diretor do

agrupamento de escolas ao serviço do Ministério da Educação e Ciência responsável

pela coordenação da segurança escolar, sendo identificados sumariamente os

intervenientes, os factos e as circunstâncias que motivaram a decisão de suspensão.

Artigo 163º

Decisão Final do Procedimento Disciplinar

1. A decisão final do procedimento disciplinar, devidamente fundamentada, é proferida no

prazo máximo de dois dias úteis, a contar do momento em que a entidade competente

para o decidir receber o relatório do instrutor, sem prejuízo do disposto no n.º 4.

92 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

2. A decisão final do procedimento disciplinar fixa o momento a partir do qual se inicia a

execução da medida disciplinar sancionatória, sem prejuízo da possibilidade de

suspensão da execução da medida, nos termos do número seguinte.

3. A execução da medida disciplinar sancionatória, com exceção da referida na alínea d)

do ponto dois do artigo 158º, pode ficar suspensa pelo período de tempo e nos termos e

condições em que a entidade decisora considerar justo, adequado e razoável, cessando

a suspensão logo que ao aluno seja aplicada outra medida disciplinar sancionatória no

decurso dessa suspensão.

4. Quando esteja em causa a aplicação da medida disciplinar sancionatória de

transferência de escola, o prazo para ser proferida a decisão final é de cinco dias úteis,

contados a partir da receção do processo disciplinar na direção-geral da educação.

5. Da decisão proferida pelo diretor-geral da educação respetivo que aplique a medida

disciplinar sancionatória de transferência de escola deve igualmente constar a

identificação do estabelecimento de ensino para onde o aluno vai ser transferido, para

cuja escolha se procede previamente à audição do respetivo encarregado de educação,

quando o aluno for menor de idade.

6. A decisão final do procedimento disciplinar é notificada pessoalmente ao aluno no dia

útil seguinte àquele em que foi proferida, ou, quando menor de idade, aos pais ou

respetivo encarregado de educação, nos dois dias úteis seguintes.

7. Sempre que a notificação prevista no número anterior não seja possível, é realizada

através de carta registada com aviso de receção, considerando -se o aluno, ou, quando

este for menor de idade, os pais ou o respetivo encarregado de educação, notificado na

data da assinatura do aviso de receção.

8. Tratando-se de alunos menores, a aplicação de medida disciplinar sancionatória igual

ou superior à de suspensão da escola por período superior a cinco dias úteis e cuja

execução não tenha sido suspensa, nos termos previstos nos números 2 e 3 anteriores,

é obrigatoriamente comunicada pelo diretor da escola à respetiva comissão de proteção

de crianças e jovens em risco.

Artigo 164º

Execução das medidas corretivas ou disciplinares sancionatórias

1. Compete ao diretor de turma ou ao professor titular de turma e ou o professor-tutor o

acompanhamento do aluno na execução da medida corretiva ou disciplinar

sancionatória a que foi sujeito, devendo aquele articular a sua atuação com os pais e ou

encarregados de educação e com os professores da turma, em função das

necessidades educativas identificadas e de forma a assegurar a corresponsabilização

de todos os intervenientes nos efeitos educativos da medida.

2. A competência referida no número anterior é especialmente relevante aquando da

execução da medida corretiva de atividades de integração na escola ou no momento do

93 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

regresso à escola do aluno a quem foi aplicada a medida disciplinar sancionatória de

suspensão da escola.

3. O disposto no número anterior aplica-se também aquando da integração do aluno na

nova escola para que foi transferido na sequência da aplicação dessa medida disciplinar

sancionatória.

4. Na prossecução das finalidades referidas no n.º 1, a escola pode contar com a

colaboração dos serviços especializados de apoio educativo e ou das equipas

multidisciplinares.

Artigo 165º

Equipas Multidisciplinares

1. O agrupamento de escolas pode, se necessário, constituir uma equipa multidisciplinar

destinada a acompanhar em permanência os alunos, designadamente aqueles que

revelem maiores dificuldades de aprendizagem, risco de abandono escolar,

comportamentos de risco ou gravemente violadores dos deveres do aluno ou se

encontrem na iminência de ultrapassar os limites de faltas previstos no Estatuto do

Aluno e Ética Escolar.

2. A equipa multidisciplinar referida no número anterior deve pautar as suas intervenções

nos âmbitos da capacitação do aluno e da capacitação parental tendo como

referência boas práticas nacionais e internacionais reconhecidas.

3. A equipa a que se refere o presente artigo tem a seguinte constituição:

a) docentes e técnicos detentores de formação especializada e ou experiência e

vocação para o exercício da função;

b) diretor de turma;

c) professor-tutor;

d) psicólogo;

e) técnicos e serviços especializados;

f) médicos;

g) serviços de ação social escolar;

h) responsáveis por projetos de natureza extracurricular;

i) equipas ou gabinetes escolares de promoção da saúde;

j) voluntários cujo contributo seja relevante face aos objetivos a prosseguir.

4. As equipas são constituídas por membros escolhidos em função do seu perfil,

competência técnica, sentido de liderança e motivação para o exercício da missão e

coordenadas por um dos seus elementos designados pelo diretor, em condições de

assegurar a referida coordenação com carácter de permanência e continuidade,

recorrendo para o efeito, designadamente a docentes com ausência de componente

letiva, às horas provenientes do crédito horário ou a horas da componente não letiva

de estabelecimento, sem prejuízo do incentivo ao trabalho voluntário de membros

da comunidade educativa.

94 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

5. A atuação das equipas multidisciplinares prossegue, designadamente, os seguintes

objetivos:

a) Inventariar as situações problemáticas com origem na comunidade envolvente,

alertando e motivando os agentes locais para a sua intervenção,

designadamente preventiva;

b) Promover medidas de integração e inclusão do aluno na escola tendo em conta a

sua envolvência familiar e social;

c) Atuar preventivamente relativamente aos alunos que se encontrem nas situações

referidas no número 1;

d) Acompanhar os alunos nos planos de integração na escola e na aquisição e

desenvolvimento de métodos de estudo, de trabalho escolar e medidas de

recuperação da aprendizagem;

e) Supervisionar a aplicação de medidas corretivas e disciplinares sancionatórias,

sempre que essa missão lhe seja atribuída;

f) Aconselhar e propor percursos alternativos aos alunos em risco, em articulação

com outras equipas ou serviços com atribuições nessa área;

g) Propor o estabelecimento de parcerias com órgãos e instituições, públicas ou

privadas, da comunidade local, designadamente com o tecido socioeconómico e

empresarial, de apoio social na comunidade, com a rede social municipal, de

modo a participarem na proposta ou execução das diferentes medidas de

integração escolar, social ou profissional dos jovens em risco previstas no

Estatuto do Aluno e Ética Escolar;

h) Estabelecer ligação com a comissão de proteção de crianças e jovens em risco,

designadamente, para o efeito das medidas previstas neste regulamento interno,

relativas ao aluno e ou às suas famílias;

i) Promover as sessões de capacitação parental, conforme previsto nos números 4 e

5 do artigo 44º do Estatuto do Aluno e Ética Escolar;

j) Promover a formação em gestão comportamental ao pessoal não docente, se tal

for considerado útil para a melhoria do ambiente escolar;

k) Assegurar a mediação social, procurando, supletivamente, outros agentes para a

mediação na comunidade educativa e no meio envolvente, nomeadamente pais e

encarregados de educação.

Artigo 166º

Recurso

1. Da decisão final de aplicação de medida disciplinar cabe recurso, a interpor no prazo de

cinco dias úteis apresentado nos serviços administrativos do agrupamento de escolas e

dirigido:

a) Ao conselho geral do agrupamento de escolas, relativamente a medidas aplicadas

pelos professores ou pelo diretor;

95 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

b) Para o membro do governo competente, relativamente às medidas disciplinares

sancionatórias aplicadas pelo diretor-geral da educação.

2. O recurso tem efeito meramente devolutivo exceto quando interposto de decisão de

aplicação das medidas disciplinares sancionatórias previstas nas alíneas c) e d) do nº 2

do artigo 158º do presente regulamento interno.

3. O presidente do conselho geral designa, de entre os seus membros, um relator, a quem

compete analisar o recurso e apresentar ao conselho geral uma proposta de decisão.

4. Para os efeitos previstos no número anterior, será constituída uma comissão

especializada do conselho geral constituída, entre outros, por professores e pais ou

encarregados de educação, cabendo a um dos seus membros o desempenho da função

de relator.

5. A decisão do concelho geral é tomada no prazo máximo de 15 dias úteis e notificada

aos interessados pelo diretor nos termos dos números 6 e 7 do artigo 33º da Estatuto do

Aluno e Ética Escolar.

6. O despacho que apreciar o recurso referido na alínea b) do número 1 é remetido à

escola, no prazo de cinco dias úteis, cabendo ao respetivo diretor a adequada

notificação nos termos referidos no número anterior.

Artigo 167º

Salvaguarda da convivência escolar

1. Qualquer professor ou aluno da turma contra quem tenha praticado ato de agressão

moral ou física, do qual tenha resultado a aplicação efetiva de medida disciplinar

sancionatória de suspensão da escola por período superior a oito dias úteis, pode

requerer ao diretor a transferência do aluno em causa para turma à qual não lecione ou

não pertença, quando o regresso daquele à turma de origem possa provocar grave

constrangimento aos ofendidos e perturbação da convivência escolar.

2. O diretor decidirá sobre o pedido no prazo máximo de cinco dias úteis, fundamentando a

sua decisão.

3. O indeferimento do diretor só pode ser fundamentado na inexistência no agrupamento de

escolas de outra turma na qual o aluno possa ser integrado, para efeitos da frequência

da disciplina ou disciplinas em causa ou na impossibilidade de corresponder ao pedido

sem grave prejuízo para o percurso formativo do aluno agressor.

Artigo 168º

Intervenção dos pais e encarregados de educação.

1. Entre o momento da instauração do procedimento disciplinar ao seu educando e a sua

conclusão, os pais e encarregados de educação devem contribuir para o correto

apuramento dos factos e, sendo aplicada medida disciplinar sancionatória, diligenciar

para que a execução da mesma prossiga os objetivos de reforço da formação cívica do

educando, com vista ao desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua

96 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na comunidade

educativa, do seu sentido de responsabilidade e das suas aprendizagens.

Artigo 169º

Intervenção de outras entidades

1. Perante situação de perigo para a segurança, saúde ou educação do aluno,

designadamente por ameaça à sua integridade física ou psicológica, deve o Diretor de

agrupamento de escolas diligenciar para lhe pôr termo, pelos meios estritamente

adequados e necessários e sempre com preservação da vida privada do aluno e da sua

família, atuando de modo articulado com os pais, representante legal ou quem tenha a

guarda de facto do aluno.

2. Para efeitos do disposto no número anterior, deve o diretor, quando necessário, solicitar

a cooperação das entidades competentes do sector público, privado ou social.

3. Quando se verifique a oposição dos pais, representante legal ou quem tenha a guarda

de facto do aluno, à intervenção da escola no âmbito da competência referida nos

números anteriores, o diretor deve comunicar imediatamente a situação à comissão de

proteção de crianças e jovens com competência na área de residência do aluno ou, no

caso de esta não se encontrar instalada, ao magistrado do Ministério Público junto do

tribunal competente.

4. Se a escola, no exercício da competência referida nos n.º 1 e 2, não conseguir

assegurar, em tempo adequado, a proteção suficiente que as circunstâncias do caso

exijam, cumpre ao diretor comunicar a situação às entidades referidas no número

anterior.

Artigo 170º

Responsabilidade Civil e Criminal

1. A aplicação de medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória, não isenta o aluno

e o respetivo representante legal da responsabilidade civil e criminal a que, nos termos

gerais de direito, haja lugar.

2. Sem prejuízo do recurso, por razões de urgência, às autoridades policiais, quando o

comportamento do aluno maior de 12 anos e menor de 16 anos puder constituir facto

qualificado como crime, deve o diretor de agrupamento de escolas comunicar o facto ao

Ministério Público junto do tribunal competente em matéria de menores.

3. Caso o menor tenha menos de 12 a comunicação no número anterior, deve ser dirigida

à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.

4. O início do procedimento criminal pelos factos que constituam crime e que sejam

suscetíveis de desencadear medida disciplinar sancionatória depende apenas de queixa

ou participação pela direção da escola, devendo o seu exercício fundamentar-se em

97 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

razões que ponderem, em concreto, o interesse da comunidade educativa no

desenvolvimento do procedimento criminal perante os interesses relativos à formação

do aluno em questão.

5. O disposto no número anterior não prejudica o exercício do direito de queixa por parte

dos membros da comunidade educativa que sejam lesados nos seus direitos e

interesses legalmente protegidos.

SECÇÃO III

PESSOAL DOCENTE

Artigo 171º

Direitos do Pessoal Docente

1. Sem prejuízo dos direitos estabelecidos para os funcionários e agentes do Estado, são

direitos profissionais específicos do pessoal docente:

a) Direito de participação no processo educativo;

b) Direito à formação e informação para a exercício da função educativa;

c) Direito ao apoio técnico, material e documental;

d) Direito à segurança na atividade profissional;

e) Direito à consideração e ao reconhecimento da sua autoridade pelos alunos, suas

famílias e demais membros da comunidade educativa;

f) Direito à colaboração das famílias e da comunidade educativa no processo de

educação dos alunos;

g) Direito à negociação coletiva nos termos legalmente estabelecidos.

2. O direito de participação, exerce-se no quadro do sistema educativo, da escola e da

relação com a comunidade, pode ser exercido a título individual ou coletivo,

nomeadamente através das organizações profissionais e sindicais de pessoal docente,

compreende:

a) O direito a emitir opiniões e recomendações sobre as orientações e o funcionamento

do estabelecimento de ensino e do sistema educativo;

b) O direito a participar na definição das orientações pedagógicas ao nível do

estabelecimento de ensino ou das suas estruturas de coordenação;

c) O direito à autonomia técnica e científica e à liberdade de escolha dos métodos de

ensino, das tecnologias e técnicas de educação e dos tipos de meios auxiliares de

ensino mais adequados, no respeito pelo currículo nacional, pelos programas e

pelas orientações programáticas curriculares ou pedagógicas em vigos;

d) O direito a propor inovações e a participar em experiências pedagógicas, bem como

nos respetivos processos de avaliação;

98 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

e) O direito de eleger e ser eleito para órgãos colegiais ou singulares dos

estabelecimentos de educação ou de ensino, nos casos em que a legislação sobre

a sua gestão e administração o preveja.

3. O direito à formação e informação para o exercício da função educativa é garantido:

a) Pelo acesso a ações de formação contínua regulares, destinadas a atualizar e

aprofundar os conhecimentos e as competências profissionais dos docentes;

b) Pelo apoio à autoformação dos docentes, de acordo com os respetivos planos

individuais de formação.

4. O direito ao apoio técnico, material e documental exerce-se sobre os recursos

necessários à formação e informação do pessoal docente, bem como ao exercício da

atividade educativa.

5. O direito à segurança na atividade profissional que também compreende a penalização

da prática de ofensa corporal ou outra violência sobre o docente no exercício das suas

funções ou por causa destas, e:

a) A prevenção e redução dos riscos profissionais, individuais e coletivos, através da

adoção de programas específicos dirigidos à melhoria do ambiente de trabalho e

promoção das condições de higiene, saúde e segurança do posto de trabalho;

b) A prevenção e tratamento das doenças que venham a ser definidas por portaria

conjunta dos Ministros da educação e ciência e da saúde, como resultando

necessária e diretamente do exercício continuado da função docente.

6. O direito à consideração exerce-se no plano da relação com os alunos, as suas famílias e

os demais membros da comunidade educativa e exprime-se no reconhecimento de

autoridade em que o docente está investido no exercício da suas funções.

7. O direito à colaboração das famílias e dos demais membros da comunidade educativa

compreende o direito a receber o seu apoio e cooperação ativa, no quadro da partilha

entre todos da responsabilidade pelo desenvolvimento e pelos resultados da

aprendizagem dos alunos.

Artigo 172º

Deveres do Pessoal Docente

1. O pessoal docente, no exercício das funções que lhe estão atribuídas nos termos da

presente estatuto, está obrigado ao cumprimento dos seguintes deveres profissionais:

a) Orientar o exercício das suas funções pelos princípios do rigor, da isenção, da

justiça e da equidade;

b) Orientar o exercício das suas funções por critérios de qualidade, procurando o seu

permanente aperfeiçoamento e tendo como objetivos a excelência;

c) Colaborar com todos intervenientes no processo educativo, favorecendo a criação

de laços de cooperação e o desenvolvimento de relações de respeito e

reconhecimento mútuo, em especial entre docentes, alunos, encarregados de

educação e pessoal não docente;

99 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

d) Atualizar e aperfeiçoar os seus conhecimentos, capacidades e competências, numa

perspetiva de aprendizagem ao longo da vida, de desenvolvimento pessoal e

profissional e de aperfeiçoamento do seu desempenho;

e) Participar de forma empenhada nas várias modalidades de formação que frequente,

designadamente nas promovidas pela administração, e usar as competências

adquiridas na sua prática profissional;

f) Zelar pela qualidade e pelo enriquecimento dos recursos didático pedagógicos

utilizados, numa perspetiva de abertura à inovação;

g) Desenvolver a reflexão sobre a sua prática pedagógica, proceder à sua

autoavaliação e participar nas atividades de avaliação da escola;

h) Conhecer, respeitar e cumprir as disposições normativas sobre educação,

cooperando com a administração educativa na prossecução dos objetivos

decorrentes da política educativa, no interesse dos alunos e da sociedade.

2. Constituem deveres específicos dos docentes relativamente aos seus alunos:

a) Respeitar a dignidade pessoal e as diferenças culturais dos alunos valorizando os

diferentes saberes e culturas, prevenindo processos de exclusão e discriminação;

b) Promover a formação e realização integral dos alunos, estimulando o

desenvolvimento das suas capacidades, a sua autonomia e criatividade;

c) Promover o desenvolvimento do rendimento escolar dos alunos e a qualidade das

aprendizagens, de acordo com os respetivos programas curriculares e atendendo à

diversidade dos seus conhecimentos e aptidões;

d) Organizar e gerir o processo ensino-aprendizagem, adotando estratégias de

diferenciação pedagógica suscetíveis de responder às necessidades individuais dos

alunos;

e) Assegurar o cumprimento integral das atividades letivas correspondentes às

exigências do currículo nacional, dos programas e das orientações programáticas

ou curriculares em vigor;

f) Adequar os instrumentos de avaliação às exigências do currículo nacional, dos

programas e das orientações programáticas ou curriculares e adotar critérios de

rigor, isenção e objetividade na sua correção e classificação;

g) Manter a disciplina e exercer a autoridade pedagógica com rigor, equidade e

isenção;

h) Cooperar na promoção do bem-estar dos alunos, protegendo-os de situações de

violência física ou psicológica, se necessário solicitando a intervenção de pessoas e

entidades alheias à instituição escolar;

i) Colaborar na prevenção e deteção de situações de risco social, se necessário

participando-as às entidades competentes;

j) Respeitar a natureza confidencial da informação relativa aos alunos e respetivas

famílias.

3. Constituem deveres específicos dos docentes para com a escola e outros docentes:

100 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

a) Colaborar na organização da escola, cooperando com os órgãos de direção

executiva e as estruturas de gestão pedagógica e com o restante pessoal docente e

não docente tendo em vista o seu bom funcionamento;

b) Cumprir os regulamentos, desenvolver e executar os projetos educativos e planos de

atividades e observar as orientações dos órgãos de direção executiva e das

estruturas de gestão pedagógica da escola;

c) Coresponsabilizar-se pela preservação e uso adequado das instalações e

equipamentos e propor medidas de melhoramento e remodelação;

d) Promover o bom relacionamento e a cooperação entre todos os docentes, dando

especial atenção aos que se encontram em início de carreira ou em formação ou

que denotem dificuldades no seu exercício profissional;

e) Partilhar com os outros docentes a informação, os recursos didáticos e os métodos

pedagógicos, no sentido de difundir as boas práticas e de aconselhar aqueles que

se encontrem no início da carreira ou em formação ou que denotem dificuldades no

seu exercício profissional;

f) Refletir, nas várias estruturas pedagógicas, sobre o trabalho realizado individual e

coletivamente, tendo em vista melhorar as práticas e contribuir para o sucesso

educativo dos alunos:

g) Cooperar com os outros docentes na avaliação do seu desempenho;

h) Defender e promover o bem-estar de todos os docentes, protegendo-os de

quaisquer situações de violência física ou psicológica, se necessário solicitando a

intervenção de pessoas e entidades alheias à instituição escolar.

4. Constituem deveres específicos dos docentes para com os pais e encarregados de

educação dos alunos:

a) Respeitar a autoridade legal dos pais ou encarregados de educação e estabelecer

com eles uma relação de diálogo e cooperação, no quadro da partilha da

responsabilidade pela educação e formação integral dos alunos;

b) Promover a participação ativa dos pais ou encarregados de educação na educação

escolar dos alunos, no sentido de garantir a sua efetiva colaboração no processo de

aprendizagem;

c) Incentivar a participação dos pais ou encarregados de educação na atividade da

escola, no sentido de criar condições para a integração bem sucedida de todos os

alunos;

d) Facultar regularmente aos pais ou encarregados de educação a informação sobre o

desenvolvimento das aprendizagens e o percurso escolar dos filhos, bem como

sobre quaisquer outros elementos relevantes para a sua educação;

e) Participar na promoção de ações específicas de formação ou informação para os

pais ou encarregados de educação que fomentem o seu envolvimento na escola

com vista à prestação de um apoio adequado aos alunos.

101 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

5. O pessoal docente está igualmente obrigado ao cumprimento dos deveres estabelecidos

para os funcionários e agentes da administração pública em geral.

SECÇÃO IV

PESSOAL NÃO DOCENTE

Artigo 173º

Papel do pessoal não docente

1. O pessoal não docente deve colaborar no acompanhamento e integração dos alunos na

comunidade educativa, incentivando o respeito pelas regras de convivência,

promovendo um bom ambiente educativo e contribuindo, em articulação com os

docentes, os pais e encarregados de educação, para prevenir e resolver problemas

comportamentais e de aprendizagem.

2. O pessoal não docente do agrupamento de escolas deve realizar formação em diversas

áreas de interesse para a comunidade escolar.

3. A necessidade de formação constante no número anterior é identificada pelo diretor e

deve, preferencialmente, ser promovida pelo CENFORMA.

Artigo 174º

Direitos do Pessoal Não Docente

1. O pessoal não docente goza dos direitos estabelecidos para os funcionários e agentes

do Estado, constantes no presente código do trabalho:

a) O direito à informação, com afixação da mesma em local visível;

b) O direito à formação, para aperfeiçoamento e atualização necessárias a uma maior

dignificação da carreira;

c) O direito à participação no processo educativo, sendo eleito para os órgãos de

administração e gestão do Agrupamento;

d) O direito de ter condições de trabalho dignas;

e) O direito ao exercício da atividade sindical e à negociação coletiva, nos termos da

Lei.

f) Ser avaliado de acordo com o desempenho das suas funções;

g) Apresentar ao seu superior hierárquico sugestões e críticas para melhorar o

funcionamento da Escola/Agrupamento.

h) Participar em atividades culturais e recreativas da Escola/Agrupamento.

i) Contar com o apoio dos Órgãos de Gestão e Administração escolar para resolução

dos seus problemas a nível de trabalho.

j) Dispor de um cacifo ou de um local seguro para guarda dos seus pertences.

102 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

k) Dispor de um intervalo de 15 minutos na parte da manhã e na parte da tarde,

consoante o seu turno desde que esse não coincida com o intervalo dos alunos e

sem prejudicar o serviço.

Artigo 175º

Deveres do Pessoal Não Docente

1. Para além dos deveres previstos no Estatuto Disciplinar dos Trabalhadores, que

exercem Funções Públicas, Lei nº 58/2008, de 9 de setembro, são ainda deveres

específicos do Pessoal Não Docente:

a) Refletir uma imagem positiva, pois trata-se de um sector aberto à população escolar

e ao público geral;

b) Contribuir para a plena formação, realização, bem-estar e segurança dos alunos;

c) Colaborar ativamente com todos os intervenientes no processo educativo;

d) Participar na organização e assegurar a realização e o desenvolvimento regular das

atividades prosseguidas no Agrupamento;

e) Participar em ações de formação, sempre que estas lhes sejam propostas,

empenhando-se no sucesso das mesmas;

f) Cooperar com os restantes intervenientes no processo educativo, na deteção de

situações de carência ou de necessidades que exijam correção ou intervenção

urgente;

g) Cooperar e zelar pela preservação das instalações e equipamentos escolares e

propor medidas de melhoramento e renovação;

h) Respeitar, no âmbito do dever de sigilo profissional, a natureza confidencial da

informação relativa aos alunos, respetivos familiares e restantes utentes da

comunidade educativa;

i) Respeitar as diferenças culturais de todos os membros da comunidade educativa;

j) Acompanhar os alunos sinistrados a tratamento, quando isso seja necessário;

k) Informar corretamente e com celeridade qualquer anomalia que ponha em causa a

segurança de qualquer elemento da comunidade escolar, para que possam ser

tomadas as medidas adequadas;

l) Impedir a presença, nas escolas do Agrupamento, de pessoas estranhas a estas

que, pelo seu comportamento, possam perturbar o regular funcionamento das

atividades escolares ou o são convívio na comunidade escolar;

m) Encaminhar os Alunos que se encontrem sem aulas para os locais convenientes,

tais como sala de estudo, biblioteca, campos de jogos, para que as atividades

letivas não sejam perturbadas;

n) Ser assíduo e pontual cumprindo com empenho as tarefas que lhe forem atribuídas;

103 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

o) Vigiar os espaços circundantes dos edifícios escolares, zelando pela assiduidade

dos alunos devendo para isso verificar os seus horários caso suspeite de que o

aluno está a faltar;

p) Tentar resolver conflitos que surjam entre os alunos e levar ao conhecimento do

diretor de turma ou do professor titular de turma, por escrito, os casos mais graves;

q) Cooperar com os colegas, auxiliar os professores e prestar assistência aos alunos,

sempre que seja necessário;

r) Contribuir para o bom funcionamento das aulas com o material didático sempre que

este seja solicitado pelos professores.

Artigo 176º

Carreiras Gerais do Pessoal Não Docente

1. São as seguintes as designações das categorias e conteúdos funcionais do pessoal não

docente:

a) Coordenador técnico – tem funções de chefia técnica e administrativa, programando

e organizando o trabalho dos assistentes técnicos que coordena, seguindo

orientações superiores e executando trabalhos de natureza técnica e administrativa

mais complexa. Exerce as suas funções com alguma autonomia e responsabilidade.

b) Assistente técnico - tem funções de natureza executiva de complexidade média,

com base em diretivas do coordenador técnico, nas áreas comuns e instrumentais

dos vários domínios de atuação dos órgãos e serviços.

c) Encarregado operacional – tem funções de coordenação dos assistentes

operacionais, com responsabilidade pelos seus resultados, realizando tarefas de

programação, organização e controlo dos trabalhos a executar pelo pessoal sob sua

coordenação.

d) Assistente operacional – tem funções de carácter manual ou mecânico com graus

de complexidade variáveis, executando tarefas de apoio complementares que

podem comportar esforço físico e que sejam indispensáveis ao funcionamento dos

órgãos ou serviços, responsabilizando-se pelos equipamentos à sua guarda, pela

sua correta utilização e pela sua manutenção e reparação quando necessário.

2. Os conteúdos funcionais específicos de cada uma das categorias referidas no número

anterior, deverá constar de um regimento próprio a elaborar pelo Diretor, do qual será

dado conhecimento a todo o pessoal não docente.

Artigo 177º

Avaliação do Pessoal Não Docente

1. A avaliação do pessoal não docente processa-se de acordo com o Sistema Integrado de

Avaliação de Desempenho da Administração Pública.

104 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

SECÇÃO V

AUTARQUIAS

Artigo 178º

Competências da Autarquia

1. São competências da Autarquia:

a) Participar na vida do agrupamento, através da colaboração e articulação com o

Diretor;

b) Participar no processo de elaboração e aprovação dos instrumentos de autonomia

do Agrupamento;

c) Comparecer nos estabelecimentos de educação e ensino que integram o

Agrupamento, através de seus representantes, por sua iniciativa ou quando para tal

for solicitado.

d) Intervir no processo de participação dos órgãos do Agrupamento através dos seus

representantes no Conselho Geral.

e) Colaborar no desenvolvimento do projeto educativo da Escola e dos seus planos

anuais de atividades, nomeadamente através de apoio material, humano e

financeiro, no uso das competências de acordo com critérios de equidade;

f) Fornecer o equipamento e material didático e pedagógico necessário ao

funcionamento dos estabelecimentos do 1º ciclo e Pré-Escolar;

g) Competências em matéria de pessoal não docente das escolas básicas do 1º ciclo e

pré-escolar;

h) Competências relativas ao pessoal não docente, designadamente:

I. Recrutamento;

II. Afetação e colocação do pessoal;

III. Gestão de carreiras e remunerações;

IV. Poder disciplinar.

i) Competências em matéria de avaliação do desempenho do pessoal não docente,

de homologação e de decisão de recursos.

j) As competências referidas nas alíneas g), h) e i) podem ser objeto de delegação

nos órgãos de direção, administração e gestão dos agrupamentos de escolas.

k) Ao nível da implementação de medidas de apoio sócio - educativo, gestão de

refeitórios, fornecimento de refeições escolares.

l) Apoiar ou comparticipar no apoio à ação social escolar e às atividades

complementares no âmbito de projetos educativos, nos termos da lei;

m) Participar no planeamento e na gestão dos equipamentos educativos e realizar

investimentos nos seguintes domínios:

i.Construção, apetrechamento e manutenção dos estabelecimentos do 1º ciclo e pré-

escolar.

105 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

n) Competências em matéria de organização e funcionamento dos transportes

escolares do ensino básico de forma a compatibilizá-la com os horários letivos.

o) Competências em matéria de atividades de enriquecimento curricular no 1° ciclo do

ensino básico, sem prejuízo das competências do Ministério da Educação

relativamente à tutela pedagógica, orientações programáticas e definição perfil de

formação e habilitações dos professores.

p) Elaborar a carta educativa a integrar nos planos diretores municipais;

q) Dinamizar os conselhos municipais de educação.

r) Exercer as demais competências que lhe sejam atribuídas por lei.

2. A Câmara Municipal pode delegar competências na Junta de Freguesia de Montijo,

através de um protocolo, com a definição das respetivas cláusulas de direitos e

obrigações.

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS

Artigo 179º

Acesso aos Estabelecimentos de Ensino

1. Tem livre acesso às instalações dos estabelecimentos de ensino do Agrupamento todo

o pessoal docente e não docente que neles prestam serviço, bem como os alunos que

os frequentam, exceto, no que concerne aos discentes, aqueles a que tiverem sido

aplicadas medidas disciplinares de suspensão.

2. O acesso às instalações da EB D. Pedro Varela é feito mediante a utilização do cartão

eletrónico da escola cujo regulamento é dado a conhecer a toda a comunidade.

3. A presença dos alunos nos estabelecimentos de ensino apenas é permitida para a

frequência das aulas, para a participação em atividades programadas e para a utilização

de recursos da escola, nomeadamente o refeitório ou a biblioteca quando os respetivos

regulamentos o permitam, não podendo os mesmos permanecer nos recintos escolares

noutras circunstâncias quando fora do seu horário letivo.

4. Têm acesso condicionado às instalações dos estabelecimentos de ensino do

Agrupamento, os pais e encarregados de educação das crianças e alunos que os

frequentam ou qualquer outro membro da comunidade educativa, ou não, desde que

previamente identificado e que neles tenham assuntos a tratar.

5. Tendo como objetivo um controle eficaz do acesso aos estabelecimentos do

agrupamento, garantindo o seu normal funcionamento e a segurança dos que o

frequentam, devem os responsáveis dos mesmos estabelecer as regras de acesso aos

mesmos, em articulação com o Diretor.

106 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

Artigo 180º

Funcionamento dos Estabelecimentos de Ensino

1. No prazo máximo de um ano após a aprovação deste RI, deverão ser elaboradas pelo

Diretor as normas de funcionamento de todos os estabelecimentos de ensino do

Agrupamento.

2. As normas referidas no ponto anterior deverão ser aprovadas pelo Conselho Geral e

anexadas a este RI.

Artigo 181º

Ocupação dos Alunos na Ausência do Educador/Professor

1. A ocupação dos tempos escolares dos alunos no caso de ausência do docente será

efetuada de acordo com o previsto na legislação em vigor, visando a ocupação plena

dos tempos escolares dos alunos.

Artigo 182º

Matrículas

1. A frequência dos Jardins de Infância do Agrupamento tem carácter facultativo e destina-

se a crianças com idades compreendidas entre os três anos e a idade legal de ingresso

no 1º ciclo do Ensino Básico.

2. A matrícula de crianças na Educação Pré-Escolar efetua-se, em cada ano letivo, nos

Serviços Administrativos do Agrupamento de Escolas de Montijo, respeitando o

estabelecido na legislação em vigor.

2. Na matrícula das crianças, nos Jardins de Infância, são observadas as seguintes

prioridades:

a) Crianças que completem os cinco anos de idade até 31 de dezembro;

b) Crianças com necessidades educativas especiais de carácter permanente;

c) Crianças filhas de pais estudantes menores;

d) Que completem os 4 anos de idade até 31 de dezembro;

e) Que completem os 3 anos de idade até 15 de setembro;

f) Que completem os 3 anos de idade entre 16 de setembro e 31 de dezembro;

2.1. Como forma de desempate, em situação de igualdade, devem ser observadas,

sucessivamente, as seguintes prioridades:

a) Crianças mais velhas, contando-se a idade, para o efeito, sucessivamente em

anos, meses e dias;

b) Crianças com irmãos a frequentar o estabelecimento de educação pretendido;

c) Crianças cujos encarregados de educação residam, comprovadamente, na área

de influência do estabelecimento de educação pretendido;

d) Crianças cujos encarregados de educação desenvolvam a sua atividade

profissional, comprovadamente, na área de influência do Estabelecimento de

Educação pretendido.

107 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

2.2. A matrícula de crianças que completem três anos de idade entre 16 de setembro e

31 de dezembro é aceite, a título condicional, dependendo a sua aceitação definitiva

da existência de vaga nas turmas já constituídas, depois de aplicada as prioridades

definidas anteriormente, à data do início do ano escolar.

3. A renovação da matrícula da componente educativa efetua-se no Jardim-de-Infância

que a criança frequenta, no calendário definido para as matrículas, junto dos

educadores de infância titulares de grupo.

4. Nos Estabelecimentos de Educação onde se verifica a necessidade de Componente de

Animação Socioeducativa (Complemento de Horário), depois de ouvido o diretor, a

autarquia aprova o seu regulamento.

5. O serviço referido no ponto anterior destina-se a crianças cujos pais ou encarregados

de educação comprovem o exercício de uma atividade profissional, atestando que o

respetivo local e horário sejam incompatíveis com o horário da componente educativa.

6. A renovação da inscrição na Componente de Animação Socioeducativa efetua-se, em

cada ano, no Jardim-de-Infância que a criança frequenta, junto do Animador

Sociocultural, com a apresentação da documentação solicitada pelo mesmo, nos prazos

determinados para o efeito.

7. A matrícula de crianças no 1º ciclo tem carácter obrigatório e abrange todas as crianças

que completem seis anos até 15 de setembro de cada ano, sendo dirigida ao

Agrupamento de Escolas cujo estabelecimento de educação e de ensino é indicado

como primeira preferência.

8. A matrícula destas crianças é apresentada, preferencialmente, via internet na aplicação

informática disponível no Portal das Escolas, com o recurso à autenticação através de

cartão de cidadão.

9. Não sendo possível cumprir o disposto no ponto anterior, o pedido de matrícula pode

ser apresentado de modo presencial nos serviços administrativos do agrupamento,

devendo esses serviços proceder ao registo da matrícula na aplicação informática

referida no número anterior.

10. No ato da matrícula, os encarregados de educação devem indicar por ordem de

preferência os estabelecimentos de ensino que pretendem que os seus educandos

frequentem, sendo a matrícula considerada condicional até à conclusão do processo de

distribuição dos alunos pelos estabelecimentos de ensino.

11. Na matrícula de alunos do 1º ciclo são observadas as seguintes prioridades:

a) Crianças com necessidades educativas especiais que impliquem adequação de

instalações;

b) Crianças com necessidades educativas especiais não abrangidas na alínea anterior;

c) Crianças que no ano letivo anterior frequentaram a educação pré-escolar ou o

ensino básico no mesmo estabelecimento de ensino;

d) Crianças cujos encarregados de educação residam, comprovadamente, na área de

influência do estabelecimento de ensino;

108 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

e) Crianças com irmãos já matriculados no estabelecimento de educação e ou ensino;

f) Crianças cujos pais ou encarregados de educação residam ou exerçam a sua

atividade profissional na área de influência do estabelecimento;

g) Crianças que no ano anterior frequentaram outro estabelecimento do pré-escolar ou

ensino básico do Agrupamento;

h) Crianças mais velhas na primeira matrícula, e mais novas nas restantes situações

i) Crianças matriculadas condicionalmente, com prioridade aos mais velhos,

contando-se a idade, para o efeito, sucessivamente, em anos, meses e dias.

12. As renovações de matrícula no 1º ciclo são efetuadas pelos docentes das turmas de

forma automática.

13. As matrículas dos alunos que concluem o 1º ciclo e vão frequentar o 2º ciclo, são

efetuadas em cada estabelecimento de ensino pelos encarregados de educação junto

dos docentes das turmas, mediante a apresentação de documentação oportunamente

solicitada e preenchimento de impressos próprios, ocorrendo logo após a conclusão das

avaliações do 3º período.

Artigo 183º

Visitas de Estudo

1. As visitas de estudo a realizar por docentes e crianças/ alunos do Agrupamento devem,

de acordo com a lei, obedecer ao rácio de dois adultos por cada grupo/turma, incluindo

o docente.

2. A situação prevista no ponto anterior só excecionalmente pode ser ultrapassada, e por

motivos devidamente justificados.

3. A realização das visitas de estudo implica a sua participação ao Conselho Pedagógico

para aprovação por este órgão, o envio de informação/autorização aos encarregados de

educação, e a posterior elaboração do relatório da visita por parte dos docentes

responsáveis.

4. Só poderão realizar-se visitas de estudo que obtenham a autorização de participação

por parte dos pais e encarregados de educação de, no mínimo, 70% (arredondado à

unidade mais próxima) dos alunos do grupo/turma.

5. Poderão vir a ser autorizadas visitas de estudo que não cumpram a percentagem

referida no ponto anterior mediante despacho devidamente fundamentado do diretor.

Artigo 184º

Atividades de Enriquecimento Curricular

1. As atividades de enriquecimento curricular (AEC) são alvo de um protocolo anual entre

a Câmara Municipal e o Agrupamento de Escolas de Montijo, onde se distribuem

competências e responsabilidades e se estabelecem as normas e condições para a sua

implementação e frequência.

109 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

2. As AEC, desenvolvem-se de acordo com o projeto educativo do agrupamento e

constam do plano anual de atividades., sendo implementadas conforme as orientações

emanadas do Ministério da Educação ou de acordo com o currículo nacional do ensino

básico.

3. As AEC contemplam o Ensino da Música, a Expressão Plástica, a Atividade Física e

Desportiva e o Ensino de Inglês (responsabilidade da entidade promotora),

desenvolvendo-se em horário definido de acordo com os horários curriculares das

turmas.

4. Em cada estabelecimento de ensino será designado um coordenador das AEC que as

supervisionará no âmbito da distribuição interna de tarefas.

Artigo 185º

Cacifos

1. Na escola-sede poderão ser disponibilizados cacifos aos alunos, mediante o pagamento

de um aluguer anual por uma verba a ser fixada no início do ano letivo pelo diretor.

CAPÍTULO VII

DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 186º

Legislação Subsidiária

1. Em tudo o que não se encontrar especialmente regulamentado ou omisso no presente

regulamento são subsidiariamente aplicáveis as disposições do Código do

Procedimento Administrativo e da legislação em vigor.

Artigo 187º

Responsabilidade Civil

1. A aplicação de medidas corretivas e disciplinares sancionatórias não isenta o aluno e o

respetivo representante legal da responsabilidade civil por danos causados ao lesado.

2. O Agrupamento não se responsabiliza pelo extravio ou desaparecimento de qualquer

tipo de bens pessoais dos docentes, não docentes ou alunos, ocorrido dentro dos

estabelecimentos de ensino ou durante a realização de visitas de estudo.

Artigo 188º

Divulgação

1. O original do texto do Regulamento Interno é confiado à guarda do diretor do

agrupamento.

2. O Regulamento Interno deverá ser divulgado a toda a comunidade escolar, no início de

cada ano letivo:

110 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

a) Aos alunos, pais e encarregados de educação, esta divulgação será feita pelos

diretores de turma / professor titular de turma / educadores de infância,

preferencialmente na primeira reunião destes com os pais e encarregados de

educação, após o início do ano letivo

b) Ao pessoal docente e não docente, pelo diretor do agrupamento.

c) Deverão estar disponíveis para consulta, exemplares do Regulamento Interno, em

todos os estabelecimentos de ensino que compõem o agrupamento, devendo

também constar na sua página eletrónica.

Artigo 189º

Revisão do Regulamento Interno

1. De acordo com a Lei, o Regulamento Interno pode ser revisto ordinariamente quatro

anos após a sua aprovação e extraordinariamente a todo o tempo por deliberação do

Conselho Geral, aprovada por maioria absoluta dos membros em efetividade de

funções, em reunião devidamente convocada para o efeito.

2. Pode o Diretor do Agrupamento apresentar, extraordinariamente, propostas de

alteração ao Regulamento, acompanhadas de parecer do Conselho Pedagógico.

Artigo 190º

Entrada em Vigor do Regulamento Interno

1. O Regulamento Interno entra em vigor cinco dias após a sua aprovação em reunião do

Conselho Geral convocada para o efeito.

Aprovado em reunião de 19 de setembro de 2013

A Presidente do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Montijo

_____________________________

Cristina Guerreiro

111 REGULAMENTO INTERNO Agrupamento de Escolas de Montijo

ANEXO I

Constituição do Conselho Geral responsável pela revisão do Regulamento Interno:

INTERVENIENTES NOME

Repres. Pessoal Docente Cristina Lúcia da Conceição Guerreiro

Repres. Pessoal Docente Sandra Cáceres

Repres. Pessoal Docente Alexandra Fernandes

Repres. Pessoal Docente Carla Margarida da Silva Branquinho

Repres. Pessoal Docente Carla Marina Fernandes Miranda Revez

Repres. Pessoal Docente Sandra Maria da Silva Larisma

Repres. Pessoal Docente Luís Filipe Marques de Sousa

Repres. Pessoal não Docente Sílvia Cristina Almeida Pinto

Repres. Pessoal não Docente Carla Jerónimo

Repres. Enc. Educação Ana Maria Pina Inácio

Repres. Enc. Educação Filipe Manuel Vicente do Pereiro

Repres. Enc. Educação José Filipe de Almeida

Repres. Enc. Educação Paulo Alexandre Terras Saraiva

Repres. Enc. Educação Joana Pinho Oliveira

Repres. dos alunos Marlene Gonçalves

Repres. da Autarquia Maria Clara Silva

Repres. da Autarquia Rui Neves

Repres. da Autarquia José Marques

Repres. Comunidade Local Miguel Crato

Repres. Comunidade Local Suzel Cardoso

Repres. Comunidade Local Francisco Santos

Diretor do Agrupamento Nuno Fernando Bastos Martins Peres