Agrupamento de Escolas JOSÉ CARDOSO PIRES PROJETO ... · II. POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOSÉ CARDOSO PIRES 1. Referenciais de diagnóstico 11 1.1 Documentos

Agrupamento de Escolas JOSÉ CARDOSO PIRES

PROJETO EDUCATIVO 2017-2021

JI A-da-Beja

EB1 / JI José Garcês

EB1 / JI Moinhos

da Funcheira EB1 / JI Brito Pais

EB2,3 José Cardoso Pires

1 PROJETO EDUCATIVO 2017-2021

Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires

ÍNDICE

Nota introdutória

I. PERFIL DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOSÉ CARDOSO PIRES

1. Contexto e caracterização geral do Agrupamento 4

1.1 As escolas do Agrupamento

1.2 As pessoas do Agrupamento

1.2.1 A população discente

1.2.2 Professores, assistentes operacionais e técnicos

2. A equipa multidisciplinar de apoio à comunidade educativa – EMACE 7

3. Os parceiros do Agrupamento 7

4. Redes de colaboração 9

5. Os patronos das escolas do Agrupamento 10

II. POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOSÉ CARDOSO PIRES

1. Referenciais de diagnóstico 11

1.1 Documentos das avaliações externa e interna

1.2 Resultados educativos e escolares

III. VALORES, MISSÃO E VISÃO

1. Os valores da Educação para o século XXI 14

1.1 Os valores do compromisso com e na escola

1.2 A construção de uma escola inclusiva: os projetos de referência

2. Da missão à visão do Agrupamento 16



IV. ÁREAS ESTRUTURANTES DE INTERVENÇÃO

1. Abordagem multinível 18

2. Áreas estruturantes e objetivos gerais 19

Objetivo 1. Consolidar a prestação de um serviço educativo de qualidade

Objetivo 2. Promover a melhoria dos resultados escolares e a qualidade do ensino

aprendizagem

Objetivo 3. Promover a melhoria do clima de escola e das relações na comunidade escolar

Objetivo 4. Aperfeiçoar o planeamento a a articulação das práticas de ensino e de

aprendizagem

Objetivo 5. Valorizar as escolas do agrupamento como espaços privilegiados para

trabalhar as diferentes áreas da cidadania

Objetivo 6. Desenvolver uma identidade do agrupamento, envolvendo toda a comunidade

educativa reconhecendo os seus contributos

Objetivo 7. Acompanhar e avaliar a implementação do Projeto educativo

3. Lógicas de ação: objetivos específicos e estratégias de ação 20

Área 1. LIDERANÇA E GESTÃO ORGANIZACIONAL

Área 2. QUALIDADE DO ENSINO-APRENDIZAGEM

Área 3. FORMAÇÃO INTEGRAL DAS CRIANÇAS E DOS JOVENS

Área 4. ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE EDUCATIVA NA VIDA DO AGRUPAMENTO

Área 5. ACOMPANHAMENTO AVALIATIVO DOS PROCESSOS

V. APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO

30

ANEXOS

- Critérios de formação das turmas

- Resultados escolares comparados – 2014/2017

Domínio 1: Sucesso escolar na avaliação externa

Domínio 2: Sucesso escolar na avaliação interna

Domínio 3: Interrupção precoce do percurso escolar

Domínio 4: Indisciplina



Nota introdutória

Enquanto documento que reflete a filosofia educativa e a cultura de escola, este projeto educativo

pretende ser o espaço de consolidação das boas práticas, nomeadamente no que diz respeito à prestação

de um serviço público de educação de qualidade e à relevância das relações que, no quotidiano, se

estabelecem com a comunidade e com os diferentes agentes educativos.

Como documento agregador do trabalho educativo desenvolvido pelas escolas que constituem este

agrupamento, este projeto cumpre as seguintes funções:

Ser o ponto de referência para a gestão organizacional e para a tomada de decisões pelos

competentes órgãos, garantindo assim a unidade da ação estratégica e a consolidação da cultura

identitária do agrupamento.

Ser o documento dinamizador de uma cultura de exigência e rigor profissionais, por parte de todos

os que trabalham nas escolas do agrupamento.

Ser o documento que, de uma forma concertada e estratégica, posiciona o Agrupamento de

Escolas José Cardoso Pires no seu território, concretizando as parcerias necessárias para o

cumprimento da sua missão e envolvendo as famílias na vida e nos percursos escolares dos seus

educandos.

O Projeto Educativo 2017-2021 do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires tem como seus princípios a

Lei de Bases do Sistema Educativo, o Relatório para a UNESCO, da Comissão Internacional sobre Educação

para o Século XXI e o Perfil dos Alunos para o Século XXI.

Para que uma obra surja, é necessário um Projeto;

o Projeto parte do presente, mas é uma condição de futuro;

para que se realize, é necessário um ato de vontade.

Agostinho da Silva



I. PERFIL DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOSÉ CARDOSO PIRES

1. Contexto e caracterização geral do Agrupamento

O Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires foi estabelecido em 2003/2004 e integra, desde 2007, o

programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária. É constituído pelas escolas JI A-da-Beja,

EB1/JI Brito Pais, EB1/JI José Garcês, EB1/JI Moinhos da Funcheira e a escola sede, a EB2,3 José Cardoso

Pires que, embora localizadas numa área próxima, servem populações com características distintas. As

escolas da A-da-Beja e dos Moinhos da Funcheira localizam-se em bairros de implantação mais antiga,

resultantes dos movimentos migratórios dos anos sessenta e setenta; as escolas EB1/JI Brito Pais e EB1/JI

José Garcês integram-se num bairro de realojamento social – Casal da Mira – construído para albergar as

famílias dos antigos bairros de lata da periferia do concelho da Amadora. A EB2,3 José Cardoso Pires está

localizada no bairro de Casal de São Brás.

1.1. As escolas do Agrupamento

Os estabelecimentos de ensino que constituem o Agrupamento, à exceção do JI A-da-Beja, são edifícios

construídos de raiz, com tipologias adequados ao exercício da prática letiva, encontrando-se todos em

ótimas condições de preservação e funcionamento. No edifício do JI A-da-Beja funciona também a Creche

Municipal da Amadora.

As escolas de Primeiro Ciclo do Agrupamento garantem, entre as 7h30m e as 9h00m e as 17h:30m e as

19h30m, um serviço de apoio à família, assegurado no JI A-da-Beja pela Santa Casa da Misericórdia da

Amadora, na EB1/JI Brito Pais pelo ABCD – Associação Cultura e Desporto da Brandoa, na EB1/JI José

Garcês pelo CEBESA – Centro de Bem Estar Social da Amadora e na EB1/JI Moinhos da Funcheira pela Junta

de Freguesia de Mina d´Água.

As escolas do Agrupamento possuem instalações adequadas para a prática da Educação Física, em todos os

ciclos de escolaridade. Na EB1/JI Brito Pais existe um ginásio com dois balneários e nas EB1/JI José Garcês

e EB1/JI Moinhos da Funcheira uma sala multifunções, com os respetivos balneários. Nesta última escola,

este espaço serve simultaneamente de refeitório e de ginásio. Na EB2,3 José Cardoso Pires, estas

instalações incluem um pavilhão e uma sala de ginástica com balneários, uma sala de aula teórica e uma

sala de professores. Nos espaços exteriores existe um campo com marcações para desportos coletivos e

uma pista de atletismo, servidos com balneários próprios.

A grande maioria das salas de aula está equipada com recursos tecnológicos – computadores,

retroprojetores e telas de projeção e, em algumas salas de aula, quadros interativos.

As quatro bibliotecas escolares do Agrupamento estão integradas na Rede de Bibliotecas.

No Agrupamento funcionam três unidades de Apoio à Multideficiência e Surdocegueira Congénita (EB1/JI

Brito Pais, EB1/JI José Garcês e EB2,3 José Cardoso Pires), sendo que na EB1/JI José Garcês existe



também uma sala de estimulação sensorial – Sala de Snoezelen, utilizada não só pelos alunos deste

Agrupamento, como também de outras escolas do concelho.

Quadro 1. Escolas e instalações do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires

Turmas Salas de aula Espaços funcionais

Normais Específicas Outras Biblioteca Ginásio Refeitório Bar Papelaria Secretaria

JI A-da-Beja

JI 3 3 - - - - 1 -

EB1/JI Brito Pais

JI 3 3 1 Sala apoio JI

-

1 1 1 - 1º

CEB 7 7

1 Laboratório

1 UAM

EB1/JI José Garcês

JI 4 4 - -

1 1 1 - 1º CEB

6 7 1

Sala Snoezelen

1 UAM

EB1/JI Moinhos da Funcheira

JI 3 3 - -

1 1

Sala multifunções

- 1º CEB

9 10 - -


2º CEB

10

12

11 EV e ET CN e FQ

Informática

1 UAM

1 2 1 1 1 1 3º

CEB 13

1.2 As pessoas do Agrupamento

1.2.1 A população discente

Para a caracterização da população discente apresentam-se os dados relativos ao número de crianças e

alunos que, nos últimos três anos letivos, frequentaram as escolas do Agrupamento e as percentagens

destes que beneficiaram de apoio social escolar e de integração no regime educativo especial.

Quadro 2. Crianças e alunos a frequentar as escolas do agrupamento nos últimos três anos letivos

JI A-da-Beja

EB1/JI Brito Pais

EB1/JI José Garcês

EB1/JI Moinhos da Funcheira

EB2,3 José Cardoso

Pires No Agrupamento

JI 1º

CEB JI

1º CEB

JI 1º

CEB JI

1º CEB

2º/3º CEB JI EB

1º + 2º/3º CEB

Total

2015/2016 60 26 63 134 83 107 65 196 538 271 463 + 538 1272

2016/2017 63 10 72 145 87 135 75 204 516 297 494 + 516 1307

2017/2018 63 - 72 156 86 136 75 199 509 296 491 + 509 1296



Quadro 3. Crianças e alunos: % Apoio Social Escolar e % Necessidades Educativas Especiais

JI A-da-Beja EB1/JI Brito

Pais EB1/JI José

Garcês EB1/JI Moinhos da Funcheira


No Agrupamento

% ASE

% NEE

% ASE

% NEE

% ASE

% NEE

% ASE

% NEE %

ASE %

NEE %

ASE %

NEE

2015/2016 34,6 4,7 69,4 3,1 86,9 10 44,4 4,6 53,5 7,9 57,7 6

2016/2017 40 0 62 7 85,9 7,2 50 4,3 57,2 8,5 59 6,8

2017/2018 46 0 63,4 7,3 60 7,2 47,7 5,4 55,4 10 54,5 7,5

Relativamente ao número total de crianças e alunos, as perto de trezentas crianças que frequentam os

quatro jardins de infância representam o preenchimento da quase totalidade da capacidade de resposta

educativa. Da mesma maneira, no Primeiro Ciclo a tendência aponta para os perto de quinhentos alunos,

registando-se um aumento do número de alunos na EB1/JI Brito Pais e um número estável na EB1/JI José

Garcês. Diferente tendência parece apontar a perda de alunos na EB2,3 José Cardoso Pires.

Quanto aos dois indicadores escolhidos para caracterizar esta população discente, é expressivo do perfil

socioeconómico das famílias o facto de mais de metade destas crianças e alunos beneficiarem de um apoio

social escolar; igualmente significativo é a percentagem de crianças e alunos que estão enquadradas no

regime educativo especial.

1.2.2 Professores, assistentes e técnicos

Apresentam-se, para melhor conhecer a população docente em serviço nas escolas do Agrupamento, dois

indicadores: o número de docentes do quadro e dos docentes contratados em serviço efetivo em

2017/2018 e a média de idades dos docentes do quadro, neste mesmo ano, nos diferentes ciclos de

escolaridade.

Quadro 4. Docentes do quadro e contratados ao serviço, em 2017/2018

Pré-Escolar 1º CEB 2º + 3º CEB

Quadro Contrato Total %

Contrato Quadro Contrato Total

% Contrato

Quadro Contrato Total %

Contrato

8 5 13 38 % 13 16 29 55 % 38 24 62 39 %

Quadro 5. Média de idade dos professores do quadro de Agrupamento

Pré-Escolar 1º CEB 2º + 3º CEB

53 48 55



O número de assistentes operacionais e técnicos cumpre o estipulado na regulamentação legal:

Quadro 6. Assistentes operacionais e técnicos (ratio/crianças e alunos)

Assistentes operacionais Assistentes

técnicos

Pré 1º CEB 2º + 3º

CEB UAM

7

JI A-da-Beja 3

EB1/JI Brito Pais 3 4 2

EB1/JI José Garcês 4 3 2

EB1/JI Moinhos da Funcheira 3

EB2,3 José Cardoso Pires 20 2

Trabalham ainda no Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires uma psicóloga escolar, uma técnica social

e um mediador escolar. Estes técnicos especializados integram a equipa que constitui a EMACE – Equipa

Multidisciplinar de Apoio à Comunidade Educativa.

2. A equipa multidisciplinar de apoio à comunidade educativa – EMACE

O Agrupamento tem em funcionamento uma equipa multidisciplinar de apoio à comunidade educativa –

EMACE - que assegura a organização e implementação das estratégias de apoio aos alunos e famílias

sinalizados por razões decorrentes de problemáticas individuais e escolares ou familiares. Este serviço

constitui um grupo de trabalho que integra, a um nível restrito, a Direção, a psicóloga escolar e os

técnicos do Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, a coordenadora dos diretores de turma, da Educação

Especial, do Primeiro Ciclo e do Pré-Escolar, competindo-lhes a análise das situações referenciadas e a

conceção dos projetos de prevenção primária.

Fazem ainda parte, como elementos da equipa alargada, os coordenadores dos estabelecimentos de JI e

Primeiro Ciclo e a coordenadora do PES - Programa de Educação para a Saúde, podendo ser convocados,

consoante as necessidades sentidas pela equipa multidisciplinar, as entidades e associações que se

constituem como parceiros do Agrupamento.

3. Os parceiros do Agrupamento

Constituem-se como parceiros, nas diferentes áreas do trabalho educativo desenvolvido nas escolas do

Agrupamento, as entidades com as quais, de uma forma organizada, se estabelecem relações de

colaboração. Enquadram-se neste âmbito as associações de pais – Associação de Pais do JI A-da-Beja,

Associação de Pais da EB1/JI Moinhos da Funcheira e a Associação de Pais da EB2,3 José Cardoso

Pires.



A Câmara Municipal da Amadora é outro dos parceiros privilegiados do Agrupamento. Iniciativas como os

Jogos Juvenis Escolares, a Mostra de Teatro das Escolas e o AmadoraEduca têm ajudado a fomentar a

abertura ao meio, desenvolvendo sinergias positivas no território. A Câmara Municipal da Amadora tem

também contribuído para a promoção de atividades educativas diversificadas e complementares,

nomeadamente com as iniciativas Arte na Escola e, enquadradas na colaboração entre a Rede das

Bibliotecas Escolares e a Biblioteca Municipal, o projeto Newton gostava de Ler, que assenta na

dinamização da leitura entre os mais novos e alia a promoção da leitura à experimentação científica. Com

um impacto muito significativo no trabalho escolar, o programa Amadora Aprender Digital, que envolve as

educadoras e os professores do Primeiro Ciclo na apresentação e dinamização de projetos pedagógicos

com as suas turmas, visa a utilização pedagógica de recursos tecnológicos. Este programa permitiu ainda,

na fase de candidatura, o apetrechamento tecnológico das escolas de Primeiro Ciclo.

A existência de três unidades de apoio à multideficiência e surdocegueira congénita nas escolas do

Agrupamento torna muito relevante a parceria que se estabeleceu com a CERCIAMA – Cooperativa de

Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Amadora, concretamente com o seu centro de

recursos para a Inclusão, que assegura a estes jovens um plano de terapias individualizado, bem como a

possibilidade de dinamização de atividades ocupacionais, no âmbito dos Planos Individuais de Transição –

PIT – dos alunos do Agrupamento, com Currículo Específico Individual – CEI – e com mais de quinze anos.

Em estreita colaboração com o trabalho desenvolvido no Agrupamento, ao nível da facilitação da inclusão

dos alunos portadores de deficiência nas atividades escolares, o CANTIC/CRTIC – Centro de Recursos TIC

para a Educação Especial de Amadora/Lisboa, sediado na EB2,3 José Cardoso Pires, tem garantido não só

a realização de formação contínua aos docentes, assistentes operacionais e outros profissionais e famílias

nas temáticas das tecnologias de apoio, das problemáticas associadas aos diferentes domínios da

deficiência ou incapacidade e das metodologias mais adequadas aos alunos com necessidades educativas

especiais a implementar em contexto educativo, como também o apoio à avaliação e acompanhamento

destes alunos com necessidades educativas de caráter permanente para fins de adequação das tecnologias

de apoio às suas necessidades específicas. Dá ainda resposta a alunos hospitalizados ou em domicílio por

incapacidade ou doença grave, utilizando sistemas de videoconferência para acompanhamento da

escolaridade.

No âmbito da componente de apoio às famílias, o Agrupamento articula o seu serviço, desenvolvendo o

programa Aprender a Brincar no Pré-Escolar e assegurando as Atividades de Enriquecimento Curricular no

Primeiro Ciclo, com as seguintes entidades parceiras: Junta de Freguesia de Mina d´Água, CEBESA –

Centro de Bem Estar Social da Amadora, Santa Casa da Misericórdia da Amadora e ABCD – Associação

Cultura e Desporto da Brandoa.

As especificidades e os desafios do território educativo deste Agrupamento tornam determinantes as

relações de trabalho que, ao longo dos anos letivos, se têm estabelecido com a rede social e formativa do

concelho, destacando-se a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Amadora, o Instituto de

Segurança Social da Amadora, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Polícia de Segurança Pública – Escola

Segura, o Hospital Fernando Fonseca, a Unidade de Cuidados Continuados da Amadora, a Associação

de Socorros Médicos “O Vigilante”, o Centro Social e Paroquial de São Brás, a Escola Intercultural das

Profissões e do Desporto da Amadora e as associações Loja MiraJovem, MirAtiva, Passo a Passo e



Presley Ridge. Não menos relevante é o trabalho colaborativo desenvolvido com as juntas de freguesia

da Mina d´Água e da Encosta do Sol.

4. Redes de colaboração

Por iniciativa da Câmara Municipal da Amadora, em parceria com o CICS.NOVA - Centro Interdisciplinar de

Ciências Sociais da Universidade Nova, o Agrupamento integra desde 2013/2014 a rede ESCXEL – Rede de

Escolas de Excelência. A coordenação desta rede no concelho é assumida pelo Centro de Formação da

Associação de Escolas do Concelho da Amadora (CFAECA), estando cada agrupamento representada na

equipa de trabalho por um mediador.

Fazem parte desta rede de colaboração todos os agrupamentos escolares do concelho que, localmente,

definiram como prioridades as seguintes áreas de intervenção:

Articulação curricular e vertical

Disciplina

Português e Matemática no Primeiro Ciclo

No âmbito da participação nesta rede pretende-se produzir trabalho de identificação e difusão de boas

práticas, através da realização de seminários concelhios e da organização de visitas e sessões inter

escolas, assegurar um plano de formação de docentes, nomeadamente ao nível da avaliação interna, e de

produção, pelo CICS.NOVA, de relatórios anuais de evolução dos resultados escolares.

O Agrupamento faz também parte da rede dos agrupamentos Territórios Educativos de Intervenção

Prioritária cujo perito externo pertence ao ISCTE – IUL – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e

Empresa. As áreas de trabalho definidas como prioritárias pelo Agrupamento têm em vista os seguintes

enquadramentos:

Disciplina e reforço dos comportamentos positivos

Articulação curricular e pedagógica

Supervisão e Intervisão



5. Os patronos das escolas do Agrupamento

Patrono da EB2,3 José Cardoso Pires

Membro da Sociedade Portuguesa de Escritores, publicou várias obras, entre as quais o "Hóspede de Job",

que lhe valeu o Prémio Camilo Castelo Branco, "O Delfim" e "Alexandra Alpha", obra que mereceu o Prémio

Especial da Associação de Críticos, no Brasil. Nos anos 80 publica "A Balada da Praia dos Cães", romance

que lhe valeu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. Em 1995

sofreu um acidente vascular cerebral que o levou a ficar algum tempo em estado de coma. Recuperado,

publica em 1997 a obra "De Profundis, Valsa Lenta", pela qual recebeu dois prémios: Prémio D. Dinis e

Prémio da Crítica, atribuído pela Associação Internacional de Críticos Literários. Nesse ano recebeu

também o Prémio Pessoa. Em 1998 sofreu outro acidente vascular cerebral, que viria a ser a causa da sua

morte a 26 de outubro, em Lisboa.

Patrono da EB1/JI Brito Pais

Em 1922, sem autorização do ministro da Guerra, partiu a bordo do decrépito “Cavaleiro Negro” e tentou

um voo direto para a Madeira, orientado unicamente por uma bússola, mas o nevoeiro fê-lo cair ao mar,

de onde foi resgatado por uma embarcação britânica. Os seus superiores censuraram-no por desobediência

e louvaram-no por bravura. Seguiu-se a viagem até Macau no "Pátria" um Breguet 16 Bn2, com partida

oficial de Vila Nova de Milfontes a 7 de abril de 1924, juntamente com Sarmento Beires, chegando ao

destino a 20 de junho. Morreu a 22 de fevereiro de 1934, da forma mais irónica possível: não resistiu a um

embate de aviões, provocado por… encandeamento solar.

Patrono da EB1/JI José Garcês

O nome de José Garcês está associado sobretudo à criação de BD com figuras e acontecimentos da História

de Portugal, com um traço realista e detalhado, feito integralmente à mão, com tinta-da-china e

aguarela. Entre os livros publicados estão, por exemplo, “A História de Portugal em BD”, “Bartolomeu

Dias”, “Cristóvão Colombo”, “D. João V”, “História do Porto” e “História do Jardim Zoológico”.

Escritor português, José Augusto Neves Cardoso Pires nasceu a 2 de outubro de

1925, no concelho de Vila de Rei, em Castelo Branco. Em 1949, publica o seu

primeiro livro, "Os Caminheiros e Outros Contos", retirado de circulação pela

censura. Nos princípios dos anos 50, foi detido pela PIDE depois da apreensão do

seu livro de contos "Histórias de Amor". Nos anos 70, foi professor de Literatura

Portuguesa e Brasileira em Inglaterra, no King's College da Universidade de

Londres.

Nascido em Lisboa, a 23 de julho de 1928, foi em outubro de 1946 que a

revista de BD O Mosquito publicou a história “Inferno Verde”, que

assinalava a estreia de José Garcês, um jovem lisboeta, saído da escola

António Arroio, que tinha jeito para o desenho e queria muito fazer

histórias em quadradinhos.

António Jacinto da Silva Brito Paes nasceu em Colos (Odemira), a 15 de

julho de 1884. Militar, em Moçambique e Angola, distinguiu-se na França e

na Flandres, durante a 1ª Guerra Mundial, tendo recebido várias

condecorações. Tirou o brevet de piloto e esteve ligado aos primeiros

passos da aviação militar em Portugal.



II. POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOSÉ CARDOSO PIRES

1. Referenciais de diagnóstico

Constituem-se como referenciais do diagnóstico para este projeto educativo, os documentos de produção

interna ou externa que refletem uma natureza reflexiva e avaliativa. Neste sentido, destacam-se quatro

fontes:

Relatório da Avaliação Externa – IGEC (Inspeção Geral de Educação), de 2014.

Relatórios intermédios e Relatório Final do Plano de Ações de Melhoria, produzidos até 2017.

Relatórios intermédios e finais do Programa TEIP – Territórios Educativos de Intervenção

Prioritária, produzidos até 2017.

Relatórios produzidos pela Rede Escxel – Rede de Escolas de Excelência

1.1 Documentos das avaliações externa e interna

No relatório produzido, em sede de avaliação externa de escola, pela IGEC – Inspeção Geral da Educação

e Ciência, em 2014, destacam-se os seguintes pontos fortes e áreas de melhoria:

Pontos fortes:

O trabalho efetuado no âmbito da Educação Pré-Escolar assente em metodologias ativas

promotoras do desenvolvimento das aprendizagens das crianças e facilitadoras dos seus percursos

escolares.

Os projetos salto Mágico e Salto de Gigante que, incluindo a interação com as famílias, favorecem

a transição de ciclo e potenciam o sucesso.

A dinâmica inclusiva do agrupamento e o trabalho desenvolvido no âmbito da Educação Especial,

fornecendo uma resposta muito positiva às crianças e jovens com necessidades educativas

especiais de caráter permanente.

O papel fulcral das bibliotecas escolares na promoção do desenvolvimento de competências no

domínio da língua portuguesa, na dinamização de ações mobilizadoras da comunidade escolar e

no incremento de hábitos de leitura nas famílias.

O desempenho dos diretores de turma na resolução das dificuldades que afetam os jovens, na

dinamização de projetos que contribuem para a sua formação integral e na promoção da

interação com os encarregados de educação.

A capacidade para captar financiamentos e recursos da comunidade que contribuem para dar

resposta às necessidades das crianças e dos alunos, para a concretização das iniciativas do plano

anual de atividades e para promover o desenvolvimento profissional dos docentes.



Áreas de melhoria:

A identificação dos fatores de insucesso inerentes aos processos de aprendizagem para

aperfeiçoamento das estratégias de melhoria dos resultados na disciplina de matemática.

A definição de um plano direcionado para a melhoria dos comportamentos em sala de aula

assente na uniformização de procedimentos e numa ação concertada e assumida por todos os

intervenientes educativos.

O incremento da articulação curricular, vertical e horizontal, como forma de facilitar a

sequencialidade e de maximizar as aprendizagens e o ensino.

O reforço das estratégias de diferenciação pedagógica e das metodologias ativas, com o objetivo

de melhorar as aprendizagens e o sucesso.

A implementação de mecanismos de supervisão do trabalho em sala de aula e a reflexão e

partilha de práticas científico-pedagógicas relevantes, como estratégias formativas e de

desenvolvimento profissional.

No âmbito do trabalho desenvolvido em sede de avaliação interna, o Relatório Final do Plano de Ações de

Melhoria Final, nas ações consideradas de intervenção prioritária – Melhorar a comunicação interna e

externa e Aperfeiçoar a monitorização dos processos de ensino/aprendizagem com vista à sua melhoria e

reduzir as situações de indisciplina - aponta para os seguintes aspetos a aprofundar na organização,

identificando-os como oportunidades de desenvolvimento que ainda se colocam ao Agrupamento de

Escolas José Cardoso Pires:

Promover uma maior visibilidade dos projetos e das atividades do Agrupamento na página web,

envolvendo uma participação mais orgânica dos departamentos.

Observação voluntária de aulas por pares, através da aplicação do guião elaborado para o efeito e

supervisionado pelos coordenadores de departamento.

1.2 Resultados educativos e escolares

O documento Resultados Escolares Comparados 2014/2017, que constitui um anexo a este Projeto

Educativo, apresenta a evolução geral dos resultados escolares conseguidos nos anos de referência, nos

quatro domínios que estruturam o Programa TEIP.

Existem, no entanto, outros dados que importa considerar neste capítulo, nomeadamente a percentagem

de alunos que, em 2016, prestaram provas de aferição, nos três ciclos de escolaridade, com uma idade

superior à esperada.

O quadro 7 apresenta esses dados estatísticos (Fonte: infoescolas.mec.pt).



Quadro 7. Percentagem de alunos que realizaram as prova de aferição com idade superior à idade

normal para realização desta prova, nos três ciclos de escolaridade.

Entre os alunos que realizaram as provas de aferição do 2º ano, que percentagem tinha idade superior a 7 anos?

Na escola Nacional

EB1/JI Brito Pais 41 %

13 % EB1/JI José Garcês 32 %

EB1/JI Moinhos da Funcheira 13 %


Na escola Nacional

EB2,3 José Cardoso Pires 42 % 19 %


Na escola Nacional

EB2,3 José Cardoso Pires 38 % 25 %



III. VALORES, MISSÃO E VISÃO

1. Os valores da Educação para o século XXI

“Desta porta para dentro todos aprendem, incluindo a Escola.”

Joaquim Azevedo

1.1 Os valores do compromisso com e na escola

Todas as crianças e jovens devem ser encorajados a pôr em prática, nas suas atividades de aprendizagem,

os valores que devem pautar a cultura de escola, mais ainda o ethos da escola:

Responsabilidade e integridade – Respeitar-se a si mesmo e aos outros; saber agir eticamente,

consciente da obrigação de responder pelas próprias ações; ponderar as ações próprias e alheias

em função do bem comum.

Excelência e exigência – Aspirar ao trabalho bem feito, ao rigor e à superação; ser perseverante

perante as dificuldades; ter consciência de si e dos outros; ter sensibilidade e ser solidário para

com os outros.

Curiosidade, reflexão e inovação – Querer aprender mais; desenvolver o pensamento reflexivo,

crítico e criativo; procurar novas soluções e aplicações.

Cidadania e participação – Demonstrar respeito pela diversidade humana e cultural e agir de

acordo com os princípios dos direitos humanos; negociar a solução de conflitos em prol da

solidariedade e da sustentabilidade ecológica; ser interventivo, tomando a iniciativa e sendo

empreendedor.

Liberdade – Manifestar a autonomia pessoal centrada nos direitos humanos, na democracia, na

cidadania, na equidade, no respeito mútuo, na livre escolha e no bem comum.

Perfil dos Alunos para o Século XXI

O Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires assume os valores que acima se referem e que constam do

documento elaborado pelo Grupo de Trabalho criado nos termos do Despacho nº 9311/2016, de 21 de

julho: Perfil dos Alunos para o Século XXI.

No âmbito deste projeto educativo, os valores da Responsabilidade e Integridade, da Excelência e

Exigência, da Curiosidade, Reflexão e Inovação, da Cidadania e Participação e da Liberdade, determinam

o compromisso da comunidade educativa na realização das iniciativas que resultam da responsabilidade

conjunta de promover, nas nossas escolas, uma educação de qualidade para todas as crianças e alunos.



1.2 A construção de uma escola inclusiva: os projetos de referência

A educação formal deve reservar tempo e ocasiões suficientes nos programas para iniciar os jovens em

projetos de cooperação, logo desde a infância, no campo das atividades desportivas e culturais,

evidentemente, mas também estimulando a sua participação em atividades sociais (…). Por outro lado, na

prática letiva diária, a participação de professores e alunos em projetos comuns, pode dar origem à

aprendizagem de métodos de resolução de conflitos e constituir uma referência para a vida futura dos

alunos, enriquecendo a relação professor/aluno.

Relatório para a UNESCO, da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI

O Relatório para a UNESCO, da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI não só define a

missão da Educação para este nosso século - fornecer a cartografia dum mundo complexo e

constantemente agitado e, ao mesmo tempo, ser a bússola que permita navegar através dele, como

também identifica os seus quatro pilares: Aprender a conhecer, Aprender a fazer, Aprender a viver

juntos, aprender a viver com os outros e Aprender a ser.

Enquadrados na seguinte recomendação do citado relatório: A experiência prova que, para reduzir o risco,

não basta pôr em contacto e em comunicação membros de grupos diferentes (…). Se, no seu espaço

comum, estes diferentes grupos já entram em competição, ou o seu estatuto é desigual, um contacto

deste género pode, pelo contrário, agravar ainda mais as tensões e degenerar em conflitos. Pelo

contrário, se este contacto se fizer num contexto igualitário, e se existirem objetivos e projetos comuns,

os preconceitos e a hostilidade latente podem desaparecer e dar lugar a uma cooperação mais serena e

até à amizade, assumem especial importância os dois últimos pilares: Aprender a viver juntos, aprender a

viver com os outros e Aprender a ser.

Neste sentido, o presente projeto educativo perceciona o seu entendimento do que é a Educação como

um trabalho de toda a escola, concertado em dois estados: num primeiro, direcionado para a descoberta

progressiva do outro, levar os alunos a reconhecerem e a aceitarem as semelhanças e as diversidades – é o

nível da integração; num segundo estado, propor a participação de todos em atividades comuns, para que

os projetos se sustentem em práticas de partilha – é aqui que se ganha a inclusão e que se trabalha para

uma escola inclusiva, uma verdadeira escola para todos, porque todos têm necessidades educativas

diferentes e todos devem ter nela os seus espaços de realização pessoal e social.

Nos critérios gerais de constituição das turmas, do Pré-Escolar ao Terceiro Ciclo, prevalece também este

mesmo entendimento de Educação e a conceção da Escola como o espaço privilegiado para a

aprendizagem e o exercício de relações pessoais e socias saudáveis. Deste modo, assegura-se que,

especialmente nos Segundo e Terceiro Ciclos, cada turma reflita um equilíbrio na distribuição dos alunos

oriundos das escolas de Primeiro Ciclo, não permitindo que os alunos fiquem nem isolados, nem todos

juntos, de modo a promover-se uma melhor integração de todos na escola básica de Segundo e Terceiro

Ciclos.

Os critérios gerais de formação das turmas encontram-se em anexo a este documento.



A qualidade estratégica das ações educativas assenta no reconhecimento do impacto que têm as

atividades partilhadas por toda a comunidade educativa e que nascem das parcerias de trabalho entre

professores dos diferentes grupos disciplinares e das propostas feitas pelos técnicos que asseguram uma

cada vez mais determinante faceta da escola, a que se prende com os esperados resultados sociais. A

inclusão na escola faz-se envolvendo todos nas mesmas ações, com a mesma preocupação de garantir um

percurso escolar e educativo de sucesso para todos os alunos.

A Educação Especial assume-se neste Agrupamento como uma valência diferenciadora e transmissora do

valor da inclusão social. Exemplos desta prática são a realização de projetos conjuntos como a Semana do

Desporto Adaptado – que assinala a Comemoração do Dia da Pessoa com Deficiência, durante a qual todos

os alunos experimentam diferentes modalidades de desportos adaptados, e que é organizado com os

professores de Educação Física e, colaborando com as bibliotecas escolares, o projeto Todos Juntos

Podemos Ler - trabalho realizado nas turmas, com vista à promoção de uma leitura inclusiva para todos os

alunos, mas também a Loja Solidária - dinamizada pelos técnicos da EMACE com o objetivo de garantir

não só a existência de um banco de material escolar, mas também o aprofundamento dos valores da

solidariedade e da partilha na comunidade escolar.

Demonstrativo desta intenção de trabalhar para a construção de uma escola que preza a inclusão de todos

os alunos é a especificidade da oferta educativa do Agrupamento, que aposta em três salas específicas – as

Unidades de Apoio à Multideficiência e Surdocegueira Congénita – garantindo assim a frequência do

ensino básico a alunos com características e necessidades especiais de educação. Estas salas funcionam

nas EB1/JI Brito Pais e EB1/JI José Garcês e na EB2,3 José Cardoso Pires.

2. Da missão à visão do Agrupamento

“A escola é um edifício com quatro paredes e o amanhã dentro dele.”

George Bernard Shaw

A missão de uma escola da rede de ensino público é cumprir o serviço público de Educação – cujos

princípios, valores e objetivos gerais estão definidos na Lei de Bases do Sistema Educativo - o que equivale

a assumir como desígnio a formação integral dos alunos, que se pretendem futuros cidadãos responsáveis

e autónomos. Neste propósito o valor da escola reforça-se, pois ganha uma dimensão que ultrapassa o

escolar ao implicar a realização de aprendizagens e experiências sociais, pessoais e coletivas, com

impacto no crescimento de cada um, mas também no da própria organização.

MISSÃO

A missão do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires é, pois, cumprir os princípios gerais

plasmados na Lei de Bases do Sistema Educativo, dando resposta às necessidades do território

educativo e da realidade social em que está inserido, contribuindo para a formação de cidadãos



responsáveis e autónomos, que valorizem a dimensão humana do trabalho e se mostrem capazes de

respeitar o outro e a diferença, proporcionando-lhes as ferramentas que lhes permitam explorar as

suas capacidades intelectuais, físicas e artísticas.

Assim, decorre desta missão, que se construa um enunciado para o trabalho educativo que se quer

desenvolver neste quadriénio, estruturado em duas dimensões:

A formação integral do aluno, valorizando em cada um não só o seu sucesso académico, mas

também as suas atitudes e práticas demonstrativas do seu respeito pelos valores que estruturam a

sociedade em que vivemos.

A satisfação da comunidade educativa que, consciente da sua participação na construção de um

projeto educativo, reclama para si a responsabilidade da prestação de um serviço educativo de

qualidade, assumindo uma postura de organização aprendente.

Na conjugação destas duas dimensões, formula-se a visão que projeta o compromisso de futuro para a

ação da comunidade educativa do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires.

VISÃO

Os jovens do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires realizam as aprendizagens essenciais

durante um percurso escolar de 9 anos, sustentado e orientado para a conclusão da escolaridade

obrigatória.



IV. ÁREAS ESTRUTURANTES DE INTERVENÇÃO

1. Abordagem multinível

O Projeto Educativo 2017-2021 está organizado em torno de cinco áreas estruturantes, que se constituem

como prioridades educativas, devendo ser consideradas (conjuntamente com os objetivos gerais que lhes

estão associados) um todo internamente articulado e coerente.

Esta conceção de projeto educativo – integrador e sistémico - implica uma abordagem multinível nas

tomadas de decisão relativas à formulação das estratégias de ação, ao desenho das ações e à

correspondente afetação dos recursos, garantindo-se assim um conhecimento assertivo do público para o

qual está direcionado o enfoque de cada ação e a coerência interna dos procedimentos de monitorização e

avaliação.

Quadro 8. Abordagem multinível: articulação entre níveis e medidas com enfoque nas aprendizagens

e na promoção dos comportamentos positivos

Nível III – Medidas universais Promoção do comportamento pro-social na escola e na sala de aula Apoio em sala de aula no 1º CEB Apoio ao Estudo no 2º CEB Coadjuvação em sala de aula nos 2º e 3º CEB (Matemática) EMACE Projetos de referência no Agrupamento Bibliotecas escolares Programa de Educação para a Saúde Desporto Escolar Clubes Quadros de reconhecimento dos alunos

Nível II – Medidas seletivas Instrução suplementar e intervenção em pequenos grupos, focada no desenvolvimento de competências Apoio Tutorial Específico Ninhos de aprendizagem Apoio em pequeno grupo, fora da sala de aula Atendimento às turmas

Nível I – Medidas intensivas Instrução e intervenção intensa e individualizada Unidades de apoio à multideficiência Apoios pedagógicos personalizados Apoios pedagógicos acrescidos

Público-alvo

80 a 85%

Público-alvo

15 a 20%

Público-alvo

1 a 5%

Nível I – Medidas intensivas Intervenção transformadora e formativa dirigida à família em questão EMACE – Equipa Multidisciplinar de Apoio à Comunidade Educativa Reforço da componente de trabalho do diretor de turma

Nível II – Medidas seletivas Intervenção pedagógica corretiva dirigida ao aluno em questão Apoio Tutorial Específico GPS – Gabinete de Promoção do Sucesso Reforço da componente de trabalho do diretor de turma

Nível III – Medidas universais Promoção do comportamento pro-social na escola e na sala de aula / intervenção preventiva e formativa EMACE Projetos de referência no Agrupamento Bibliotecas escolares Programa de Educação para a Saúde Desporto Escolar Clubes Quadros de reconhecimento dos alunos



2. Áreas estruturantes e objetivos gerais

Apresenta-se o desenho do Projeto Educativo 2017-2021.

ÁREAS ESTRUTUTANTES OBJETIVOS GERAIS

1 LIDERANÇA E GESTÃO ORGANIZACIONAL

1. Consolidar a prestação de um serviço educativo de qualidade.

2 QUALIDADE DO ENSINO-APRENDIZAGEM

2.1 Resultados escolares 2. Promover a melhoria dos resultados escolares e a qualidade do ensino-aprendizagem

2.2 Prevenção da desistência e do abandono

2.3 Promoção dos comportamentos positivos e responsáveis na escola

3. Promover a melhoria do clima de escola e das relações na comunidade escolar

2.4 Articulação curricular e pedagógica

4. Aperfeiçoar o planeamento e a articulação das práticas de ensino e de aprendizagem.

3

FORMAÇÃO INTEGRAL DAS CRIANÇAS E DOS JOVENS

3.1 Educação para os valores e para a cidadania 5.

Valorizar as escolas do agrupamento como espaços privilegiados para trabalhar as diferentes áreas da cidadania.

3.2 Espaços e experiências de aprendizagem complementares

4

ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE EDUCATIVA NA VIDA DO AGRUPAMENTO

6. Desenvolver uma identidade do agrupamento, envolvendo toda a comunidade educativa e reconhecendo os seus contributos.

5 ACOMPANHAMENTO AVALIATIVO DOS PROCESSOS

7. Acompanhar e avaliar a implementação do Projeto Educativo.



3. Lógicas de ação: objetivos específicos e estratégias de ação

Área 1. LIDERANÇA E GESTÃO ORGANIZACIONAL

Esta área pretende dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, com vista à construção

da identidade do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires e de uma cultura de escola sustentadas no

envolvimento da comunidade educativa.

1. LIDERANÇA E GESTÃO ORGANIZACIONAL

Objetivo geral Consolidar a prestação de um serviço educativo de qualidade

Objetivos específicos Estratégias de ação

1. Melhorar a eficácia das ações inscritas no plano de intervenção e melhoria.

1.1 Manter o processo de autoavaliação do agrupamento.

2. Gerir os recursos, numa abordagem multinível,

garantindo as necessidades do Agrupamento.

2.1 Reforçar o tempo de trabalho para o exercício das funções de diretor de turma.

2.2 Garantir o plano de apoio às aprendizagens dos alunos.

2.3 Garantir um conjunto de atividades diversificadas que complementam o currículo.

3. Otimizar o funcionamento dos diferentes órgãos e estruturas de liderança intermédias.

3.1 Definir e valorizar as responsabilidades das lideranças intermédias.

4. Promover o desenvolvimento profissional dos professores.

4.1 Assegurar a realização de práticas de trabalho colaborativo.

4.2 Promover a formação contínua.

5. Promover o desenvolvimento profissional do pessoal não docente.

5.1 Promover a formação contínua.

6. Aprofundar o sistema de relações do agrupamento com a comunidade.

6.1 Valorizar e reconhecer os contributos da comunidade educativa.

6.2 Aprofundar as relações de parceria na comunidade.

7. Melhorar a divulgação do trabalho pedagógico do agrupamento na comunidade.

7.1 Manter atualizada a informação sobre o agrupamento nos diferentes canais de comunicação interna e externa.

7.2 Dinamizar e apoiar os projetos que envolvam uma articulação entre as escolas do agrupamento.

7.3 Participar nos projetos educativos promovidos na comunidade.

8. Valorizar os espaços escolares, melhorando o seu aspeto e a sua funcionalidade.

8.1 Realizar as beneficiações necessárias nas escolas do agrupamento.



Área 2. QUALIDADE DO ENSINO-APRENDIZAGEM

Considerando-se determinante nesta área a qualidade do ensino-aprendizagem, esta organiza-se em torno

de quatro domínios: 2.1 Resultados escolares, 2.2 Prevenção da desistência e do abandono, 2.3 Promoção

dos comportamentos favoráveis à disciplina e 2.4 Articulação curricular e pedagógica.

2. QUALIDADE DO ENSINO-APRENDIZAGEM

2.1 Resultados escolares

Objetivo geral Promover a melhoria dos resultados escolares e da qualidade do ensino-aprendizagem


1. Apoiar o processo de consolidação das aprendizagens pelos alunos.

1.1 Desencadear mecanismos de apoio pedagógico ao desempenho escolar dos alunos.

1.2 Implementar estratégias de apoio à superação de dificuldades específicas, a desenvolver de forma articulada com o trabalho em turma.

1.3 Desenvolver as medidas educativas que se considerem ajustadas aos alunos com necessidades educativas especiais.

2. Envolver os encarregados de educação no acompanhamento da vida escolar dos seus educandos.

2.1 Manter os encarregados de educação informados sobre o desenvolvimento das aprendizagens e a vida escolar dos seus educandos.

2.2 Reforçar junto dos encarregados de educação a importância dos seus educandos frequentarem de forma regular e controlada os apoios / sessões / atividades / espaços onde se trabalha o reforço e a consolidação das aprendizagens.

Numa lógica de atuação multinível, a organização e implementação do apoio à consolidação das

aprendizagens pelos alunos, nomeadamente no Primeiro Ciclo, tem desenvolvido outras estratégias, para

além do apoio pedagógico. Destacam-se os Ninhos de aprendizagem, onde se procuram consolidar, em

contexto de aprendizagem em pequeno grupo, as competências leitoras dos alunos. Esta ação está em

desenvolvimento nas EB1/JI Brito Pais e EB1/JI José Garcês.

Na EB2,3 José Cardoso Pires, para além do programa de Coadjuvação na disciplina de Matemática (5º e

7º anos), tem sido implementado o Atendimento à Turma, no 3º ciclo na disciplina de Português, ambas

medidas desenhadas para apoiar a realização e consolidação das aprendizagens dos alunos.




2.2 Prevenção da desistência e do abandono

Objetivo geral Promover a melhoria dos resultados escolares e da qualidade do ensino-aprendizagem


1. Prevenir a desistência precoce.

1.1 Implementar a ação de uma equipa multidisciplinar: EMACE.

1.2 Monitorizar as situações de absentismo, insucesso escolar e abandono.

2. Desenvolver mecanismo de combate ao abandono escolar.

2.1 Desencadear mecanismos de apoio tutorial dos alunos.

Enquadrado nesta preocupação com o sucesso educativo global e integrado, o Agrupamento desenvolve,

na EB2,3 José Cardoso Pires, o programa de Apoio Tutorial Específico. As tutorias têm como objetivos a

promoção da autonomia e da iniciativa dos alunos, a melhoria dos comportamentos nas salas de aula, a

melhoria dos resultados escolares e a prevenção do abandono e do absentismo.

A medida de tutoria é uma estratégia de apoio e orientação pessoal e escolar, entre um tutor e um

tutorando, que visa não só o acompanhamento escolar, mas também o desenvolvimento pessoal e a

realização do potencial do tutorando, através de uma relação desenvolvida de forma partilhada e

construída por ambos os elementos da díade. A coordenação da sua implementação é da responsabilidade

da psicóloga escolar.


2.3 Promoção dos comportamentos favoráveis à disciplina

Objetivo geral Promover a melhoria do clima de escola e das relações na comunidade escolar


1. Concretizar práticas de valorização dos comportamentos positivos e responsáveis na escola.

1.1 Desenvolver os projetos de referência no Agrupamento, assentes em práticas de promoção e valorização dos comportamentos positivos.

2. Implementar um plano direcionado para a melhoria dos comportamentos e do clima de escola.

2.1 Uniformizar comportamentos e ações de resposta assumidas por toda a comunidade educativa.

2.2 Desencadear mecanismos de acompanhamento dos alunos que revelem comportamentos menos adequados.

2.3 Rever os documentos internos de informação e prevenção da Indisciplina.



No trabalho diário de reforço e valorização dos comportamentos positivos e responsáveis dos alunos na

escola, ocupam lugar de destaque dois projetos de referência: Um por Todos e Todos por Um e Ajudar /

Pontuar / Alcançar. Nestes dois projetos, com o público-alvo definido nos alunos do Segundo Ciclo, é o

sistema de pontos acumulados ao longo de cada período que determina a turma vencedora, numa lógica

de reforço positivo, como força motivadora para a adoção de um comportamento adequado no contexto

escolar.

Outro projeto em desenvolvimento é o GPS - Gabinete de Promoção do Sucesso, para onde são

enquadrados os alunos com ordem de saída da sala de aula, e que tem como objetivo formativo levar o

aluno a refletir sobre a situação que deu origem à sua ordem de saída da sala de aula e sobre o seu

comportamento de resposta.


2.4 Articulação curricular e pedagógica

Objetivo geral Aperfeiçoar o planeamento e a articulação das práticas de ensino e aprendizagem


1. Implementar práticas de articulação curricular, horizontal e vertical, facilitadoras da sequencialidade das aprendizagens.

1.1 Criar as condições necessárias para que os professores possam conhecer os contextos de aprendizagem de ciclos diferentes e do pré-escolar.

1.2 Promover entre os professores experiências de observação de aulas.

2. Consolidar as práticas de trabalho colaborativo entre os professores.

2.1 Organizar os tempos de trabalho colaborativo entre os docentes, no seu ano e/ou grupo disciplinar.

2.2 Desenvolver projetos de trabalho partilhado promotores da articulação entre os ciclos e com o pré-escolar e no pré-escolar entre os jardins de infância.

O desenvolvimento profissional dos docentes do Agrupamento tem-se pautado por práticas de trabalho

colaborativo entre professores do mesmo grupo disciplinar, mas também entre docentes de diferentes

ciclos. Enquadra-se aqui o projeto A par dos 3 aos 9, com o qual se pretende criar uma identidade

positiva que inclua o Pré-Escolar e o Primeiro Ciclo, identificando e reforçando estratégias comuns de

continuidade pedagógica entre duas turmas (uma do Pré-Escolar outra do Primeiro Ciclo) e, ao mesmo

tempo, promovendo a reflexão positiva sobre a prática profissional (propósito e intencionalidade) e a

diferenciação pedagógica. Outro projeto, que se desenvolve ao longo do ano letivo em todos os jardins de

infância, é a Correspondência entre JI.



Área 3. FORMAÇÃO INTEGRAL DAS CRIANÇAS E DOS JOVENS

Decorrente dos enunciados para a missão e a visão deste projeto educativo, esta área assume-se como

aglutinadora de todos os projetos e experiências educativas que se oferecem aos alunos das escolas do

Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires.

3. FORMAÇÃO INTEGRAL DAS CRIANÇAS E DOS JOVENS

3.1 Educação para os valores e para a cidadania

Objetivo geral Valorizar as escolas do agrupamento como espaços privilegiados para trabalhar as diferentes áreas da

cidadania


1. Valorizar o papel cívico de cada um na construção do clima de escola.

1.1 Apoiar a realização dos projetos que promovem a cooperação e o espírito de entreajuda na comunidade escolar.

1.2 Apoiar a realização do voluntariado juvenil e reconhecer as atitudes solidárias no espaço escolar.

1.3 Dinamizar oportunidades de participação dos alunos na vida das escolas.

2. Promover ações de inclusão com impacto na vida escolar e que apostem no respeito pela diferença.

2.1 Promover a realização de projetos de inclusão

com a participação de todos os alunos das escolas

do agrupamento.

Ao nível das decisões curriculares, a promoção e a prática dos valores da Responsabilidade e Integridade,

da Cidadania e Participação e da Liberdade fazem-se também na oferta complementar que, no

Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires assenta na área da Formação Pessoal e Social, nos Segundo e

Terceiro Ciclos, e na área da Cidadania e Tecnologias da Informação e Comunicação, no Primeiro Ciclo.

Os Amigos Solidários, enquanto projeto de promoção dos valores da solidariedade, do voluntariado e da

entreajuda, nasceu em 2006/2007, como proposta da coordenadora dos Diretores de Turma, da

necessidade de, em primeiro lugar, contribuir para a integração e o acompanhamento dos alunos do 5º ano

por alunos voluntários do 9º ano, e em segundo lugar, para promover atitudes de tolerância e respeito

pela diferença e de responsabilidade e de cooperação, a partir de situações e experiências do dia-a-dia

escolar.

A participação cívica dos alunos é potenciada nas Assembleias de Alunos, no Primeiro Ciclo, e nas

Assembleias de Delegados e Subdelegados de Turma, nos Segundo e Terceiro Ciclos, que se realizam

todos os períodos.

Servem o mesmo propósito de educar para os valores e para a cidadania dois projetos, organizados por

professores de diferentes grupos disciplinares, como a Semana do Desporto Adaptado e o Todos Juntos

Podemos Ler, ambos parcerias da Educação Especial com os professores de Educação Física, o primeiro, e

com as professoras bibliotecárias e os professores do Primeiro Ciclo e as Educadoras, o segundo.



A integração dos novos alunos numa escola é um passo importante para a adesão à cultura da escola e

para o máximo aproveitamento de cada aluno. Neste âmbito são de destacar o Salto Mágico e o Salto de

Gigante, projetos que se desenvolvem ao longo do ano e que se baseiam na troca de experiências entre

crianças e alunos da mesma escola e entre alunos de escolas diferentes do agrupamento. No Salto Mágico,

crianças do jardim-de-infância realizam atividades partilhadas com os alunos do 3º ano que, no ano

seguinte já no 4º ano, serão os seus padrinhos de 1º ano, atribuição que se formaliza numa Cerimónia de

Apadrinhamento, no início do ano letivo. O Salto de Gigante pretende ser uma festa de apresentação da

EB2,3 José Cardoso Pires aos seus futuros alunos de 5º ano.

A educação para os valores faz-se também com a Loja Solidária, projeto do Agrupamento que, mais do

que garantir uma bolsa de material escolar, visa a prática de ações de partilha e cooperação entre todos

os elementos da comunidade, estimulando nos jovens atitudes de empreendedorismo cívico. A

coordenação da Loja Solidária é da responsabilidade da EMACE – Equipa Multidisciplinar de Apoio à

Comunidade Educativa.

3. FORMAÇÃO INTEGRAL DAS CRIANÇAS E DOS JOVENS

3.2 Espaços e experiências de aprendizagem complementares

Objetivo geral Valorizar as escolas do agrupamento como espaços privilegiados para trabalhar as diferentes áreas da

cidadania


1. Desenvolver as literacias para o século XXI, tendo em vista um uso eficaz dos espaços e dos recursos das bibliotecas escolares.

1.1 Integrar curricularmente as atividades das bibliotecas escolares.

1.2 Realizar atividades de promoção da leitura nas bibliotecas escolares.

2. Promover junto dos alunos estilos e práticas de vida saudável.

2.1 Realizar atividades de formação para alunos nas áreas da educação alimentar, da educação física e da saúde.

3. Promover a prática de diferentes modalidades desportivas na escola.

3.1 Organizar uma oferta de núcleos de desporto escolar diversificados.

3.2 Participar nos eventos desportivos promovidas na comunidade.

4. Organizar experiências de aprendizagem diversificadas que vão de encontro aos interesses dos alunos.

4.1 Organizar uma oferta de clubes e atividades de enriquecimento do currículo diversificada.

A gestão das Bibliotecas Escolares no quadro de um agrupamento e a sua otimização pedagógica devem

favorecer o trabalho escolar dos professores e dos alunos. Esta gestão implica uma visão de

aproveitamento e uso comum das potencialidades das bibliotecas, que deve traduzir-se no uso informal do

espaço, com possibilidades pedagógicas acrescidas e com impacto no funcionamento global da escola, na

agregação de recursos, com um papel determinante no desenvolvimento do gosto pela leitura e pelo saber



e na formação socioafetiva e cognitiva dos alunos e, também, na criação de possibilidades de trabalho

potenciadoras de melhores aprendizagens. As bibliotecas escolares das escolas do agrupamento são

encaradas como pólos de atividade cultural e de construção de aprendizagens, de utilização aberta e

criativa. Neste sentido, são dinamizadas de modo a aproveitarem todo o seu potencial, quer através da

realização de trabalhos, quer através de mostras, exposições ou partilha de recursos.

O Programa de Educação para a Saúde desenvolve, de acordo com o Referencial da Educação para a

Saúde, um projeto de trabalho com todas as crianças e alunos do Agrupamento, assente em três grandes

áreas: Educação Alimentar, Atividade Física e Saúde, enquadrando-se nesta última os domínios da saúde

mental e prevenção da violência, da saúde visual e oral e dos afetos e da educação para a sexualidade.

O Desporto Escolar, por ser uma prática que cria elos de ligação e inclusão entre os alunos, é usado no

Agrupamento como instrumento de ajuda para cimentar uma cultura de escola identificada com os valores

da Responsabilidade e integridade, da cidadania e participação, alicerçados nos princípios do

desportivismo, que também ajudam a desenvolver nos alunos um sentimento de pertença, contribuindo

assim para manter um ambiente escolar mais disciplinado e motivador. Encarado como uma vertente da

formação global dos alunos, é também particularmente relevante como potenciador da criação de um

vínculo à escola por alunos que não são facilmente cativáveis pela componente académica, para além da

promoção que se faz de uma vida saudável, que contribui para a formação equilibrada dos jovens.

Ainda neste âmbito, são de referir as variadas oportunidades educativas que se oferecem aos alunos do

agrupamento, nomeadamente a participação nos jornais escolares – O Tagarela, um jornal da EB1/JI Brito

Pais, e A Voz da Escola, o jornal onde se promove a participação de todas as escolas, a Rádio TEEN, rádio

a funcionar na EB2,3 José Cardoso Pires e os diferentes clubes desta escola, como o Clube de Música,

Ciência na Escola, Artes e Artes e Pregos.



Área 4. ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE EDUCATIVA NA VIDA DO AGRUPAMENTO

A prática de uma valorização de desempenhos positivos favorece os bons resultados académicos, pelo que

se revela vantajoso incorporar na escola momentos formais onde se premeia o sucesso em todas as

dimensões escolares. Cabem aqui os quadros de mérito do Agrupamento, como o Quadro de Honra e

Cooperação da Educação Física, que anualmente distingue em cada turma dois alunos que se

evidenciaram pelos seus comportamentos e atitudes exemplares durante a prática letiva e nas atividades

do Desporto Escolar, e os Quadro de Valor, de Excelência e de Valor e Excelência, que se inserem numa

conceção de ensino-aprendizagem que visa a promoção e o reconhecimento, nos domínios cognitivo e

pessoal e social, dos resultados escolares exemplares, do gosto por aprender e do desenvolvimento de uma

cidadania ativa e responsável no espaço escolar e em contextos a ela ligados.

É estruturante nesta área a ação que a equipa multidisciplinar de apoio à comunidade educativa – EMACE

desenvolve, no sentido de organizar e implementar estratégias de apoio aos alunos e famílias sinalizados

por razões decorrentes de problemáticas individuais, escolares ou familiares. Para além de garantir esta

rede de apoio, em articulação com a rede social e clínica do concelho, a EMACE promove ainda sessões

temáticas com as famílias, os Encontros com pais na escola.

4. ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE EDUCATIVA NA VIDA DO AGRUPAMENTO

Objetivo geral Desenvolver uma identidade de agrupamento, envolvendo toda a comunidade educativa e

reconhecendo os seus contributos


1. Reconhecer o valor e o mérito dos alunos.

1.1 Valorizar o esforço e o desempenho dos alunos que revelem resultados, capacidades e/ou atitudes exemplares de superação de dificuldades.

1.2 Reconhecer e premiar os alunos que revelem atitudes de cooperação e companheirismo na prática desportiva.

2. Melhorar os processos de comunicação interna e externa.

2.1 Manter atualizada a página web com a informação relevante do e para o Agrupamento.

2.2 Manter atualizados os blogs do Agrupamento com a informação relevante.

3. Envolver os pais e encarregados de educação na vida das escolas e na vida escolar dos seus educandos, através da açáo da equipa multidisciplinar – EMACE.

3.1 Promover as respostas de apoio aos alunos e famílias sinalizados por razões decorrentes de problemáticas individuais, escolares ou familiares.

3.2 Organizar ações temáticas para pais e encarregados de educação.

4. Estreitar as relações com a comunidade, reforçando os mecanismos de colaboração com os parceiros.

4.1 Promover a participação das escolas do Agrupamento nos projetos socioeducativos da comunidade e dos parceiros.



Área 5. ACOMPANHAMENTO AVALIATIVO DOS PROCESSOS

Como é que a escola pode aprender tudo aquilo que necessita para continuar a trabalhar, diariamente, de

uma forma positiva e eficaz?

A resposta à pergunta é simples: adquirindo conhecimento valorativo sobre tudo aquilo que nela acontece,

o que equivale a dizer, estar atenta aos processos e não apenas aos resultados, ser global, porque tudo

está relacionado, como um todo dentro da escola, ser educativa e estar direcionada para a aprendizagem

e para a melhoria. Numa palavra, avaliando-se.

O Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires tem, desde 2013/2014, uma equipa de autoavaliação, que

desenvolve um trabalho de acompanhamento e monitorização das ações de melhoria inscritas no Planos de

Ações de Melhoria.

No Relatório Final do Plano de Ações de Melhoria Final, apresentado no fim do ano letivo 2016/2017,

foram consideradas como prioritárias duas ações, sendo que foi também apresentada para cada uma delas

uma oportunidade de desenvolvimento:

1. Ação 1: Melhorar a comunicação interna e externa.

Oportunidade de desenvolvimento: Promover uma maior visibilidade dos projetos e atividades do

Agrupamento na página web, envolvendo uma participação mais orgânica dos departamentos

2. Ação 2: Aperfeiçoar a monitorização dos processos de ensino/aprendizagem com vista à sua

melhoria e reduzir as situações de indisciplina.

Oportunidade de desenvolvimento: Observação voluntária de aulas por pares, através da aplicação

do guião elaborado para o efeito e supervisionado pelos coordenadores de departamento.

Estas ações estão agora integradas no Plano de Melhoria e Intervenção que acompanha este Projeto

Educativo, uma vez que cumprem os seus objetivos gerais e encontram-se operacionalizáveis nas

estratégias de ação que decorrem da formulação dos objetivos específicos.

No âmbito deste Projeto Educativo 2017-2021, e dando continuidade ao trabalho já desenvolvido,

compete à equipa de autoavaliação acompanhar a implementação das ações inscritas no Plano de

Intervenção e Melhoria, coordenando os seus processos de monitorização, em colaboração com os

docentes responsáveis pela implementação dessas ações.

A equipa de autoavaliação é responsável pela execução dos objetivos específicos que cumprem o objetivo

geral 7 – Acompanhar e avaliar a implementação do Projeto educativo – que se apresentam na tabela

abaixo, coordenando o seu trabalho com os professores responsáveis pelas ações inscritas no Plano de

Intervenção e Melhoria.



5. ACOMPANHAMENTO AVALIATIVO DOS PROCESSOS

Objetivo geral Acompanhar e avaliar a implementação do Projeto Educativo


Acompanhar a implementação das ações inscritas no plano de intervenção e melhoria.

1. Aperfeiçoar a monitorização dos processos de ensino e aprendizagem, com vista à sua melhoria.

1.1 Analisar e apresentar os resultados da avaliação formativa e sumativa para conhecimento da comunidade.

2. Acompanhar a eficácia dos procedimentos de controlo interno da desistência e do abandono.

2.1 Disponibilizar periodicamente à comunidade informação analisada sobre a implementação das medidas de prevenção da desistência e do abandono.

3. Acompanhar a eficácia dos procedimentos de controlo interno das situações de indisciplina.

3.1 Disponibilizar periodicamente à comunidade informação analisada sobre as situações de indisciplina registadas e as estratégias implementadas.

4. Acompanhar a implementação das atividades propostas no Plano Anual de Atividades.

4.1 Disponibilizar periodicamente à comunidade informação sobre a realização das atividades inscritas no Plano Anual de Atividades.

5. Acompanhar a implementação das atividades dinamizadas pelas Bibliotecas Escolares.

6.1 Integrar o MABE (Modelo de Avaliação das Bibliotecas Escolares) na avaliação interna do Agrupamento.

6. Acompanhar os processos através dos quais se estabelecem e reforçam os mecanismos de colaboração com a comunidade educativa.

5.1 Disponibilizar periodicamente à comunidade informação analisada sobre as ações desenvolvidas com vista ao envolvimento da comunidade educativa na vida do agrupamento.



V. APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO

O Projeto Educativo 2017-2021, após a aprovação pelos órgãos competentes, será divulgado na

comunidade educativa, através da página web do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires –

www.aejcardosopires.pt.

Ficará também disponível para consulta pública, um exemplar em papel em cada uma das escolas do

Agrupamento – JI A-da-Beja, EB1/JI Brito Pais, EB1/JI José Garcês e EB1/JI Moinhos da Funcheira e EB2,3

José Cardoso Pires. Nas escolas de Primeiro Ciclo com Jardim de Infância e no Jardim de Infância este

exemplar fica ao cuidado das respetivas coordenações de estabelecimento; na EB2,3 José Cardoso Pires,

este exemplar fica disponível nos serviços administrativos.

A todos os elementos do Conselho Pedagógico e do Conselho Geral serão entregues dois exemplares deste

Projeto Educativo 2017-2021, um em formato digital e outro em suporte de papel.

Apreciado e aprovado pelo Conselho Pedagógico em 12 de dezembro de 2017

A Diretora

Cristina Maria Bento Madaleno

Aprovado pelo Conselho Geral em 28 de março de 2017

http://www.aejcardosopires.pt/

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Agrupamento de Escolas JOSÉ CARDOSO PIRES PROJETO ... · II. POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOSÉ CARDOSO PIRES 1. Referenciais de diagnóstico 11 1.1 Documentos