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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões Projecto Curricular 2009/2013

Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões · documento global orientador de opções educativas, ... na Lei de Bases do Sistema Educativo, ... Área de conhecimento do mundo

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Projecto Curricular 2009/2013

Projecto Curricular do Agrupamento 2

___________________________________________________________________________________

Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

ÍNDICE

Introdução …………………………………………………………………………………………………………….. 5

Capítulo 1 . Organização do Currículo ………………………………………………..………….. 7

1.1. Desenhos curriculares ……………………………………………………………………….. 7

1.1.1. Matriz Curricular da Educação Pré-Escolar ………………………………………. 7

1.1.2. Matriz Curricular do 1.º Ciclo do Ensino Básico ………………………………. 8

1.1.3. Matrizes Curriculares do 2.º Ciclo do Ensino Básico ………………………… 8

1.1.4. Matriz Curricular do 3.º Ciclo do Ensino Básico …………….…………………. 10

1.1.5. Matrizes Curriculares do Secundário ………………………………………………… 11

1.1.6. Matrizes Curriculares dos Cursos Profissionais (anexos) ………………… 12

1.1.7. Referenciais Gerais de Formação dos Cursos de Educação e

Formação de Adultos: Distribuição das durações máximas de

referência – em horas (anexos) ……………………………………….…....……….

13

Capítulo 2. Finalidades do Projecto Curricular ……………………………..……………… 13

2.1. Conceitos ……………………………………………………………………………………………. 13

2.1.1. Conceito de currículo ………………………………………………………………………… 14

2.1.2. Conceito de competência ………………………………………………………………….. 14

2.2. Orientações Curriculares ……………………………………………………………………. 15

2.2.1. Educação Pré-Escolar – Objectivos Pedagógicos ……………………………… 15

2.2.2. Princípios e valores orientadores do currículo ………………………………….. 16

2.2.2.1. Competências para o Ensino Básico …………………………………………………. 17

2.2.2.1.1. Articulação das Competências Gerais, Transversais e Específicas …. 17

2.2.2.1.2. Competências Específicas ………………………………………………………………….. 25

2.2.2.1.3. Competências Transversais ……………………………………………………………….. 26

2.2.3. Áreas Curriculares não Disciplinares …………………………………………………. 26

2.2.3.1. Área de Projecto …………………………………………………………………………………. 26

2.2.3.1.1. Perfil do Professor ……………………………………………………………………………… 27

2.2.3.2. Estudo Acompanhado ………………………………………………………………………… 28

2.2.3.2.1. Perfil do Professor ……………………………………………………………………………… 28

2.2.3.3. Formação Cívica …………………………………………………………………………………. 28

2.2.3.3.1 Perfil do Professor ……………………………………………………………………………… 29

2.2.4. Competências do Ensino Secundário ………………………………………………… 29

2.2.5. Orientações/Critérios para de distribuição de serviço docente e de

horários ……………………………………………………………………………………………..

30

2.2.6. Critérios para a constituição de turmas ……………………………………………. 31

Projecto Curricular do Agrupamento 3

___________________________________________________________________________________

Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

2.2.7. Plano de Ocupação Plena dos Tempos Escolares …………………………… 32

2.2.8. Orientações para a elaboração de Projectos Curriculares de Turma 34

2.2.9. Plano de Formação dos Docentes ……………………………………………………. 35

2.2.10. Estruturas de Orientação Educativa ………………………………………………… 35

2.2.11. Apoio e Complementos Educativos …………………………………………………. 35

2.2.11.1. Modalidades de Apoio Educativo …………………………………………………….. 36

2.2.11.2. Serviços Especializados de Educação Especial ……………………………….. 39

2.2.12. Actividades de Enriquecimento do Currículo …………………………………. 40

2.2.12.1. Organização e Gestão das Actividades de Animação e apoio à

Família ……………………………………………………………………………………………..

40

2.2.12.2. Organização e Gestão das Actividades de Enriquecimento

Curricular (AEC) …………………………………………………….………………..……..

41

2.2.13. Projectos e Clubes Escolares …………………………………………………………… 42

2.2.13.1. Projectos em Desenvolvimento no Agrupamento …………………………… 43

2.2.13.1.1. Bibliotecas Escolares ………………………………………………………………………… 43

2.2.13.1.2. Centro de Aprendizagem …………………………………………………………………… 44

2.2.13.1.3. Plano da Matemática II ……………………………………………………………………. 44

2.2.13.1.4. Plano Nacional de Leitura ………………………………………………………………… 45

2.2.13.1.5. Projecto Tecnológico da Educação ………………………………………………….. 46

2.2.13.1.6. Educação para a Saúde e Educação Sexual …………………………………… 46

2.2.13.1.7. Desporto Escolar ……………………………………………………………………………… 47

2.2.13.1.8. Parlamento Jovem ……………………………………………………………………………. 47

2.2.13.1.9. Parlamento Jovem Europeu …………………………………………………………….. 48

2.2.13.1.10. Projecto Gatil Simãozinho ………………………………………………………………… 48

2.2.13.1.11. Projecto PASSE ………………………………………………………………………………… 48

2.2.13.1.12. Programa Eco-Escola ……………………………………………………………………….. 49

2.2.13.1.13. Projecto “O 4.º no 5.º” ……………………………………………………………………. 49

2.2.13.2. Clubes/Actividades Escolares …………………………………………………………. 50

2.2.13.2.1. Clube Robótica ………………………………………………………………………………… 50

2.2.13.2.2. Clube Santuna ………………………………………………………………………………….. 50

2.2.13.2.3. Clube de Teatro ……………………………………………………………………………….. 50

2.2.13.2.4. Clube dos Porquês …………………………………………………………………………… 51

Projecto Curricular do Agrupamento 4

___________________________________________________________________________________

Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

2.2.13.2.5. Clube Moral em Alta ……………………………………………………………………… 51

2.2.13.2.6. Escola em Movimento …………………………………………………………………… 51

2.2.13.2.7. Feira Orienta-te …………………………………………………………………………….. 51

2.2.13.2.8. Arraial do Fim do ano Lectivo ……………………………………………………….. 51

2.2.13.2.9. Anuário do Agrupamento …………………………………………………………….. 52

2.2.13.2.10. Comissão Disciplinar ……………………………………………………………………. 52

2.2.14. Subtemas do Projecto Educativo …………………………………………………. 52

2.2.14.1. Áreas de incidência prioritária ao longo do quadriénio ………………. 52

2.2.14.1.1. Educação para o Ambiente - Ano lectivo 2009/2010 ………………….. 53

2.2.14.1.2. Educação para as Artes - Ano lectivo 2010/2011 ………………………. 54

2.2.14.1.3. Interculturalidade – Guimarães 2012 Ano lectivo 2011/2012 …… 55

2.2.14.1.4. Ano lectivo 2012/2013 - Património Local e as suas Tradições

Históricas ………………………………………………………………………………………

56

Capítulo 3. Avaliação dos Alunos ….…………………………………………………………... 57

3.1. Explicitação dos Mecanismos de Avaliação …………………………………. 57

3.1.1. Avaliação na Educação Pré-Escolar …………………………………………….. 57

3.1.2. Avaliação dos Ensinos Básico e Secundário ………………………………… 58

3.1.2.1. Planificação do processo de avaliação …………………………………………. 58

3.1.2.2. Procedimentos a adoptar nos momentos de avaliação ………………. 59

3.1.2.3. Registos informativos de avaliações ……………………………………………. 62

3.1.2.4. Instrumentos de avaliação ………………………………………………………….. 62

3.1.2.5. Informações ao Director de Turma/Encarregados de Educação … 63

3.1.2.6. Avaliação no final de cada período lectivo ………………………………….. 64

3.1.2.7. Critérios de avaliação nas Áreas Curriculares Não Disciplinares .. 66

3.2. Perfil do aluno à saída de cada ciclo ……………………………………………. 67

3.2.1. Perfil da criança à saída da Educação Pré-escolar ……………………… 67

3.2.2. Perfil do aluno à saída do 1.º Ciclo do Ensino Básico ………………… 68

3.2.3. Perfil do aluno à saída do 2.º Ciclo do Ensino Básico ………………… 70

3.2.4. Perfil do aluno à saída do 3.º Ciclo do Ensino Básico ………………… 71

3.2.5. Perfil do aluno à saída do Ensino Secundário …………………………….. 72

3.2.6. Perfil do aluno à saída dos Cursos Profissionais ………………………… 73

Capítulo 4 Avaliação do Projecto Curricular …………………..………………….…. 74

Referências legislativas

Projecto Curricular do Agrupamento 5

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

INTRODUÇÃO

O Decreto-Lei 6/2001 de 18 de Janeiro, no seu art.º 2, ponto 3, define que “as

estratégias de desenvolvimento do currículo nacional, visando adequá-lo ao contexto

de cada Escola, deverão ser objecto de um projecto curricular de escola, concebido,

aprovado e avaliado pelos respectivos órgãos de administração e gestão”. O

documento denominado Projecto Curricular de Agrupamento constitui um dispositivo,

em que os agrupamentos, tendo por base as orientações da reorganização curricular,

inferem “que o papel da escola e dos professores não se situe, essencialmente, no

terreno da execução, mas sim nos da decisão e da organização”.

Partindo do propósito que o Projecto Educativo define a política educativa para

o Agrupamento, englobando as grandes intenções e ambições educativas, devemos

entender o Projecto Curricular como o documento de acção curricular estratégica,

no qual estão definidas as opções assumidas pelo Agrupamento no domínio das

práticas de ensino-aprendizagem, sendo que o desenvolvimento do Projecto

Curricular de Agrupamento se efectua através do Projecto Curricular de cada turma,

adequado à realidade da mesma.

Deste modo, o Projecto Curricular do Agrupamento assume-se como o

documento global orientador de opções educativas, escolhas pedagógicas, definidor

de um modelo curricular e de uma linha de acção para a consecução dos objectivos

nele definidos, visando:

Dar respostas aos problemas reais do Agrupamento, integrando e

generalizando a acção dos diversos intervenientes e valorizando as relações

interpessoais;

Tornar a acção pedagógica mais informada e esclarecida;

Promover a aquisição de aprendizagens e o desenvolvimento de

competências;

Promover a criação de percursos educativos integradores e a articulação

entre os diversos níveis e ciclos que compõem o agrupamento;

Promover a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais.

O Projecto Educativo delineado para o quadriénio 2009/2013 - Educação para a

Cultura - define os princípios orientadores, valores e finalidades do Agrupamento,

encaminhando-nos para uma escola como lugar de decisão e de gestão curricular

mais reflexiva e dialogante donde deverá emergir uma cultura escolar que valorize

ainda mais as dimensões do ser, do estar, do fazer, do conviver, do comunicar, do

aprender e do fazer aprender, uma escola onde se desenvolvem comportamentos

Projecto Curricular do Agrupamento 6

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

assertivos para que os jovens cresçam duma maneira saudável. A reflexão e análise

de questões relacionadas com os processos de ensino/aprendizagem, a emergência

de uma cultura de equipa e de partilha e a reflexão sobre os diversos contextos e

especificidades do agrupamento são os pressupostos subjacentes à elaboração deste

Projecto Curricular.

Perspectivado para um horizonte de quatro anos irá ser levado a cabo através

dos subtemas Educação para o Ambiente (2009-2010), Educação para as Artes

(2010-2011), Interculturalidade – Guimarães 2012 (2011-2012) e Património Local e

as suas Tradições (2012-2013).

É nesta óptica que o Projecto Curricular de Agrupamento define o conjunto de

processos/acções de construção colectiva que concretizam as orientações

curriculares de âmbito nacional em propostas globais de intervenção pedagógico-

didácticas, adequando-as ao contexto do Agrupamento. Este processo de construção

e de adequação do currículo ao contexto específico do Agrupamento, tendo em conta

as necessidades dos alunos, realiza-se nos departamentos curriculares/grupos

disciplinares pela articulação e sequencialidade dos conteúdos, dando origem a

aprendizagens significativas, numa perspectiva integrada e interdisciplinar de

saberes. Para que esta forma de desenvolvimento seja realmente concretizada,

importa garantir alguns aspectos fundamentais para a construção de situações

significativas e que devem nortear a acção do professor, ou seja, que os alunos:

Compreendam e apliquem o que estão a aprender;

Se sintam implicados nas situações de aprendizagem e participem na

escolha de actividades, de temas e de materiais;

Sejam estimulados a realizar com sucesso as aprendizagens;

Sejam implicados no processo de avaliação das suas aprendizagens.

Importa, ainda, esclarecer que a concretização do Projecto Curricular do

Agrupamento, para além de ter subjacente os princípios gerais do Projecto Educativo,

assenta, também, juntamente com os normativos, no Currículo Nacional do Ensino

Básico, na Lei de Bases do Sistema Educativo, nas orientações programáticas e

currículos disciplinares para todos os níveis de ensino uma vez que, em conjunto,

definem as aprendizagens que os alunos devem realizar, o modo como estão

organizadas, o lugar que ocupam e o papel que desempenham no percurso escolar

dos alunos. Neles estão implícitos os conceitos, os conteúdos e os objectivos da

acção educativa e, também, toda a operacionalização didáctica (estratégias,

metodologias e materiais/recursos), bem como o processo avaliativo, enquanto

instrumento regulador do ensino/aprendizagem.

Projecto Curricular do Agrupamento 7

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CAPÍTULO 1. ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO

1.1. Desenhos Curriculares

1.1.1. Matriz Curricular da Educação Pré-Escolar

Na Educação Pré-Escolar não existe um currículo formal, pois as Orientações

Curriculares, não constituindo um currículo explícito, são “um conjunto de princípios

orientadores para apoiar o educador nas suas decisões sobre a sua prática (...)”.

Às crianças em idade pré-escolar são proporcionadas experiências de

aprendizagens, organizadas em áreas de conteúdo que constituem as referências

gerais consideradas no planeamento e avaliação das situações e oportunidades de

aprendizagem e que são as seguintes:

Área de formação pessoal e social;

Área de expressão/comunicação:

a) Domínio das expressões com diferentes vertentes – expressão motora,

expressão dramática, expressão plástica e expressão musical;

b) Domínio da linguagem oral e abordagem à escrita;

c) Domínio da matemática.

Área de conhecimento do mundo.

Tempos

Lectivos Áreas de Conteúdo

Actividades de

Animação e de Apoio à

Família (a)

25

Ho

ras s

em

an

ais

Área de Formação Pessoal e Social

Área de Expressão e Comunicação:

Domínio da Expressão Motora Domínio da Expressão Dramática

Domínio da Expressão Plástica Domínio da Expressão Musical Domínio da Linguagem oral e Abordagem à escrita Domínio da Matemática

Área do Conhecimento do Mundo

Dança

Educação Física

Expressão Dramática

2 horas semanais (tempo de estabelecimento)

Planificação/supervisão das actividades de animação e apoio à família

(a) Estas áreas são desenvolvidas uma vez por semana, 60’ cada área.

Projecto Curricular do Agrupamento 8

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1.1.2. Matriz Curricular do 1.º Ciclo do Ensino Básico

O Despacho n.º 19 575/2006, de 25 de Setembro, tem definido os tempos

mínimos semanais para a leccionação dos programas e o desenvolvimento dos

currículos das áreas de Língua Portuguesa, Matemática e Estudo do Meio, tendo em

vista o reforço dos saberes básicos, o desenvolvimento das aprendizagens e das

competências essenciais no final de ciclo.

(a) Estas áreas devem ser desenvolvidas entre si e com as áreas disciplinares, incluindo uma componente de trabalho dos alunos com as tecnologias de informação e comunicação, educação para a cidadania e

educação sexual e constar explicitamente do Projecto Curricular da Turma.

1.1.3. Matriz Curricular do 2.º Ciclo do Ensino Básico

A organização e a gestão curricular do 2º ciclo do Ensino Básico efectuam-se

segundo os princípios orientadores estabelecidos pelo DL n.º 6/2001, de 18 de

Janeiro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 209/02, de 17 de

Outubro.

Ed

ucação

para a

Cu

ltu

ra

Áreas Curriculares Disciplinares

Língua Portuguesa 8h

Matemática 7h

Estudo do Meio 5h

Expressões artísticas e físico-motoras 5h

Formação Pessoal e Social

Áreas curriculares não disciplinares (a)

Área de Projecto

Estudo Acompanhado

Formação Cívica

Total 25h

Actividades de

Enriquecimento Curricular

Ensino do Inglês (2x45’ 1.º 2.º anos; 3x45’ 3.º e 4.º anos)

Actividade Física e Desportiva (3x45’)

Artes Plásticas (3x45’ 1.º 2.º anos; 2x45’ 3.º e 4.º anos)

Apoio ao Estudo (2x45’)

2 horas semanais

(tempo de estabelecimento)

Supervisão pedagógica das actividades de enriquecimento curricular (planificação, articulação e observação)

Projecto Curricular do Agrupamento 9

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

MATRIZ CURRICULAR DO 2º CICLO

Componentes do Currículo

Carga Horária Semanal (x 90 min.)

5º ano 6º ano Total

Ed

ucação

para a

Cid

ad

an

ia

Áreas curriculares disciplinares

Línguas e Estudos Sociais:

Língua Portuguesa LE – Inglês História e Geografia de Portugal

(5)

2 1,5 1,5

(5,5)

2,5 1,5 1,5

10,5

Matemática e Ciências:

Matemática

Ciências da Natureza

(3,5)

2 (2,5)

1,5

(3,5)

2 (2,5)

1,5

7

Educação Artística e Tecnológica:

Educação Visual e Tecnológica Educação Musical

(3)

2 1

(3)

2 1

6

Educação Física 1,5 1,5 3

Form

ação P

essoal e

Socia

l

Educação Moral e Religiosa 0,5 0,5 1

Áreas Curriculares Não Disciplinares:

Área de Projecto Estudo Acompanhado

Formação Cívica

(3)

1 1

1

(2,5)

1 1

0,5

5,5

Total 16 (16,5) 16 (16,5) 32 (33)

A decidir pela escola 0,5 (Mat.) 0,5 (Mat.) 1

Máximo Global 17 17 34

Actividades de enriquecimento O Curso Básico de Música obedece ao plano de estudos criado pela Portaria n.º 691/2009, de 25 de Junho.

MATRIZ CURRICULAR DO 2º CICLO – Curso Básico de Música

Componentes do Currículo Carga Horária Semanal (x 90 min.)

5º ano 6º ano Total

Ed

ucação

para a

Cid

ad

an

ia

Áreas curriculares disciplinares

Línguas e Estudos Sociais:

Língua Portuguesa LE – Inglês História e Geografia de Portugal

(5)

2 1,5 1,5

(5)

2 1,5 1,5

10

Matemática e Ciências:

Matemática Ciências da Natureza

(3,5)

2 1,5

(3,5)

2 1,5

7

Educação Artística e Tecnológica:

Educação Visual e Tecnológica

Formação Vocacional:

Formação Musical Instrumento

Classe de Conjunto

(1)

1

(3,5)

1,5 1

1

(1)

1

(3,5)

1,5 1

1

(2)

(7)

Educação Física 1,5 1,5 3

Form

ação

Pessoal e S

ocia

l Educação Moral e Religiosa 0,5 0,5 1

Áreas Curriculares Não Disciplinares:

Área de Projecto

Formação Cívica

(1,5)

1

0,5

(1,5)

1

0,5

3

Total 16 (16,5) 16 (16,5) 32 (33)

Máximo Global 16,5 16,5 33

Actividades de enriquecimento

Projecto Curricular do Agrupamento 10

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

1.1.4. Matriz Curricular do 3. º Ciclo do Ensino Básico

A organização e a gestão curricular do 3º ciclo do Ensino Básico efectuam-se

segundo os princípios orientadores estabelecidos pelo DL n.º 6/2001, de 18 de

Janeiro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 209/02, de 17 de

Outubro.

MATRIZ CURRICULAR DO 3º CICLO

Componentes do Currículo Carga Horária Semanal (x 90 min.)

7º ano 8º ano 9º ano Total

Ed

ucação

para a

Cid

ad

an

ia

Áreas curriculares disciplinares

Línguas e Estudos Sociais:

Língua Portuguesa

LE I – Inglês

LE II – Espanhol/Francês

(5)

2 (2,5)

1,5

1,5

(4,5)

2 (2,5)

1

1,5

(4,5)

2

1,5

1

14

Ciências Humanas e Sociais:

História

Geografia

(2)

1

1

(2,5)

1

1,5

(2,5)

1,5

1

7

Matemática 2 2 (2,5) 2 6

Ciências Físicas e Naturais:

Ciências Naturais

Físico-Química

(2)

1

1

(2)

1

1

(2,5)

1.25

1.25

6,5

Educação Artística:

Educação Visual

Oferta da escola: Teatro

(2)

1

1

(2)

1

1

(1,5)

1,5

-

5,5

Educação Tecnológica 1 1 -

Educação Física 1,5 1,5 1,5 4,5

Int. às Tec. de Informação e Comunicação - - 1 1

Form

ação P

essoal e S

ocia

l

Educação Moral e Religiosa 0,5 0,5 0,5 1,5

Áreas Curriculares Não Disciplinares:

Área de Projecto

Estudo Acompanhado

Formação Cívica

(2,5)

1

1

0,5

(2,5)

1

1

0,5

(2)

1

0,5

0,5

7

Total 17 (17,5) 17 (17,5) 17,5 (18) 51,5

(53)

A decidir pela escola 0,5 (Port.) 0,5 (Mat.) - 1

Máximo Global 18 18 18 54

Actividades de enriquecimento

Projecto Curricular do Agrupamento 11

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

1.1.5. Matrizes Curriculares do Ensino Secundário

As matrizes curriculares do Ensino Secundário cumprem os princípios

orientadores da organização e da gestão curricular estabelecidos pelo Decreto-Lei nº

272/ 2007 de 26 de Julho.

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO SECUNDÁRIO

Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias Componentes de Formação

Disciplinas Carga semanal (x 90 minutos)

10º 11º 12º

Geral

Português

Língua Estrangeira I, II ou III

Filosofia

Educação Física

2

2

2

2

2

2

2

2

2

-

-

2

Sub-total 8 8 4

Específica

Matemática A 3 3 3

Opções

Física e Química A

Biologia e Geologia

3,5

3,5

3,5

3,5

-

-

Biologia

Química

-

-

-

-

3,5

3,5

Sub-total 10 10 10

Área Curricular Não Disciplinar

Área de Projecto - - 2

Educação Moral e Religiosa (disciplina de frequência facultativa) 1 1 1

Total 18 (19) 18 (19) 19 (17)

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO SECUNDÁRIO

Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades Componentes

de Formação Disciplinas

Carga semanal (x 90 minutos)

10º 11º 12º

Geral

Português Língua Estrangeira I, II ou III Filosofia Educação Física

2 2 2 2

2 2 2 2

2 - - 2

Sub-total 8 8 4

Específica

História A 3 3 3

Opções

Matem. Aplicada às C. Sociais Geografia A

3 3

3 3

- -

Sociologia

Psicologia B

-

-

-

-

3

3

Sub-total 9 9 9

Área Curricular Não Disciplinar

Área de Projecto - - 2

Educação Moral e Religiosa (disciplina de frequência facultativa) 1 1 1

Total 17 (18) 17 (18) 15 (15,5)

Projecto Curricular do Agrupamento 12

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO SECUNDÁRIO

Curso Científico-Humanístico de Artes Visuais

Componentes de Formação

Disciplinas Carga semanal (x 90 minutos)

10º 11º 12º

Geral

Português

Língua Estrangeira I, II ou III

Filosofia

Educação Física

2

2 2 2

2

2 2 2

2

- - 2

Sub-total 8 8 4

Específica

Desenho A 3,5 3,5 3,5

Opções

Geometria Descritiva A

Matemática B

História da Cultura e das Artes

3 3 3

3 3 3

- - -

Oficina das Artes

2ª opção (por definir)

-

-

-

-

3

3

Sub-total 9,5 9,5 9,5

Área Curricular Não Disciplinar

Área de Projecto - - 2

Educação Moral e Religiosa (disciplina de frequência facultativa) 1 1 1

Total 17,5

(18,5) 17,5

(18,5) 15,5

(16,5))

1.1.6. Matrizes Curriculares dos Cursos Profissionais

As matrizes curriculares dos Cursos Profissionais de Técnicos de:

1) Turismo Ambiental e Rural;

2) Gestão de Equipamentos Informáticos;

3) Gestão;

4) Apoio à Infância;

5) Turismo;

6) Informática de Gestão;

7) Multimédia.

estruturam-se segundo as orientações das portarias que os regulamentam e

encontram-se em anexo a este projecto curricular.

Projecto Curricular do Agrupamento 13

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

1.1.7. Referenciais Gerais de Formação dos Cursos de Educação e

Formação de Adultos

Os Cursos de Educação e Formação de Adultos - EFA- habilitação escolar,

promovidos por esta entidade formadora são os seguintes:

1) Nível básico e nível 2 de formação – B3;

2) Nível secundário - nível 3 de formação.

e respeitam o regime jurídico definido pela Portaria n.º 230/2008 de 7 de Março,

encontrando-se, em anexo, a gestão das horas referentes à formação de base.

CAPÍTULO 2. FINALIDADES DO PROJECTO CURRICULAR

2.1. Conceitos

2.1.1. Conceito de Currículo

Que ensinar?

ou seja, como adequar o currículo nacional aos contextos

reais e à diversidade do público escolar, de modo a que as

aprendizagens se revistam de significado para os alunos?

(Roldão, M. C., 2003)

O Decreto-Lei 6/2001, de 18 de Janeiro, no seu artigo 2.º, ponto 1, diz que o

currículo nacional é “o conjunto de aprendizagens e competências a desenvolver

pelos alunos ao longo do ensino básico, de acordo com os objectivos consagrados na

Lei de Bases do Sistema Educativo para este nível de ensino, expresso em

orientações aprovadas pelo Ministro da Educação”. Importa referir que são essas

orientações que definem “o conjunto de competências consideradas essenciais e

estruturantes no âmbito do desenvolvimento do currículo nacional” (ponto 2 do

citado artigo). Embora as estratégias de desenvolvimento e concretização do

currículo apontem para a adequação aos contextos escolares e estando na presença

de um currículo nacional, quase que a leitura deste normativo nos sugere adoptar

práticas contextuais de maneira uniformizada.

O currículo não pode ser visto como um plano estruturado porque está rodeado

de decisores na sua contextualização pois, e segundo Gimeno (1992), o currículo é

uma prática que resulta da intersecção de várias práticas e essas práticas situam-se

a vários níveis, por exemplo, político, sistema educativo, de produção de meios, de

conteúdos, de investigação, de participação do sistema cultural, organizativo, etc.

Projecto Curricular do Agrupamento 14

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

O design curricular, afirma Gimeno (1988:339), “agrupa uma acumulação de

decisões que dão forma ao currículo e à acção. É a ponte entre a intenção e a acção,

entre a teoria e a prática”.

Perfilhamos a concepção de currículo assente num plano de melhoria da acção

diária em contexto de sala de aula, num processo permanente de reflexão e de

revisão de forma a possibilitar a construção de uma autêntica autonomia curricular.

Neste contexto, o papel do docente é preponderante, quer individualmente,

quer enquanto membro de um grupo de docência a quem compete planificar o

currículo através de um processo de programação. O professor assume inúmeras

competências curriculares que suportam tomadas de decisão, posturas de parceria e

de liderança e de uma nova cultura curricular baseada no empenhamento e co-

responsabilização.

2.1.2. Conceito de Competência

Antes de mais cumpre clarificar o termo competência que surge no Currículo

Nacional do Ensino Básico (CNEB) - Competências Essenciais, “ como muito próximo

do conceito de literacia. A cultura geral que todos devem desenvolver como

consequência da sua passagem pela educação básica pressupõe a aquisição de um

certo número de conhecimentos e apropriação de um conjunto de processos

fundamentais mas que não se identifica com o conhecimento memorizado de termos,

factos e procedimentos básicos, desprovido de elementos de compreensão,

interpretação e resolução de problemas”. (pg.9).

O CNEB inclui uma formulação de três níveis de competências que todos os

alunos devem ter oportunidade de desenvolver no seu percurso ao longo do ensino

básico: competências gerais, competências transversais e competências essenciais.

Será importante tomar em consideração alguns pressupostos que estão por detrás

desta formulação. Reconhece-se aqui uma noção ampla de competência que integra

conhecimentos, capacidades e atitudes e que pode ser entendida como o saber em

acção.

As competências formuladas devem ser entendidas como referências nacionais

para o trabalho dos professores, apoiando a escolha das oportunidades e

experiências de aprendizagem que se proporcionam a todos os alunos, no seu

percurso de desenvolvimento gradual ao longo do ensino básico.

O CNEB enuncia as competências consideradas essenciais, fazendo a distinção

entre as que são gerais, correspondendo ao perfil do aluno à saída da educação

básica, e as que são específicas de cada área curricular ou disciplina.

Projecto Curricular do Agrupamento 15

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Com a designação de transversais pretende-se evidenciar que estas

competências atravessam todas as áreas de aprendizagem propostas pelo currículo,

ao longo dos vários ciclos de escolaridade, sendo igualmente susceptíveis de se

tornar relevantes em diversas outras situações da vida dos alunos. Com efeito, a

capacidade e o gosto pela pesquisa, a aptidão e a predisposição para procurar

informação em vários suportes e contextos ou a tendência para desenvolver um

pensamento autónomo e, ao mesmo tempo, para cooperar com outros, constituem

exemplos de aspectos centrais da aprendizagem que não podem ser vistos como

obra do acaso ou de experiências de que alguns alunos beneficiam em ambientes

extra-escolares, mas sim, como elementos fundamentais do currículo.

Pelo facto de se tratar de competências transversais a todas as áreas do

currículo, não deve inferir-se que os aspectos específicos da natureza das diferentes

disciplinas são irrelevantes. Os métodos de estudo, o tratamento da informação, a

comunicação, a construção de estratégias cognitivas ou o relacionamento

interpessoal e de grupo têm, naturalmente, muito em comum nos vários ambientes

de aprendizagem mas envolvem também características, modalidades e

concretizações diferenciadas. É importante assumir de modo explícito tanto os

aspectos comuns como as especificidades de cada disciplina. A articulação entre as

competências transversais e as competências essenciais em cada área disciplinar

constitui um elemento fulcral do desenvolvimento do currículo.

2.2. - Orientações Curriculares

2.2.1. Educação Pré-Escolar – Objectivos Pedagógicos

A Lei-quadro da Educação Pré-Escolar estabelece como princípio geral que “a

educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de

educação ao longo da vida, sendo complementar da acção educativa da família, com

a qual deve estabelecer estreita relação, favorecendo a formação e o

desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na

sociedade como ser autónomo, livre e solidário”.

Este princípio fundamenta todo o articulado da lei e dele decorrem os objectivos

gerais pedagógicos definidos para a educação pré-escolar que são:

a) Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em

experiências de vida democrática numa perspectiva de educação para a cidadania;

Projecto Curricular do Agrupamento 16

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

b) Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela

pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva consciência como membro da

sociedade;

c) Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o

sucesso da aprendizagem;

d) Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas

características individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens

significativas e diferenciadas;

e) Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens múltiplas

como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão

do mundo;

f) Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;

g) Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança,

nomeadamente no âmbito da saúde individual e colectiva;

h) Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e

promover a melhor orientação e encaminhamento da criança;

i) Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer

relações de efectiva colaboração com a comunidade.

2.2.2. Princípios e Valores Orientadores do Currículo

A Lei de Bases do Sistema Educativo define um conjunto alargado de

finalidades e objectivos para a Educação Básica que transcendem o campo do saber

“disciplinar”, situando-se, pela sua natureza e especificidade, no terreno

transdisciplinar, isto é, não pertencendo especificamente a qualquer “disciplina ou

área disciplinar”, integram o campo do trabalho pedagógico de todas elas e o

projecto educativo de cada escola.

Entendendo-se Currículo Nacional como o conjunto das aprendizagens e

competências a desenvolver pelos alunos ao longo dos ensinos básico e secundário,

e de acordo com os objectivos consagrados na Lei de Bases do Sistema Educativo,

são definidas as competências essenciais para cada um dos ciclos do ensino básico,

as competências gerais do final da educação básica e os tipos de experiências

educativas a proporcionar aos alunos.

É de salientar que a distribuição dos tempos lectivos – das diferentes áreas

curriculares – será equilibrada ao longo da semana e que o professor titular de

turma/disciplina elaborará um sumário diário das actividades desenvolvidas.

Assim, a noção de competência, relacionada com um saber em acção, envolve

o desenvolvimento integrado de conhecimentos, capacidades e atitudes e, por

Projecto Curricular do Agrupamento 17

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

conseguinte, proporciona a todos os alunos a aquisição de conhecimentos e de

aprendizagens imbuídas de significado, sustentando-se nos seguintes valores e

princípios implícitos na Lei de Bases do Sistema Educativo:

A construção e a tomada de consciência da identidade pessoal e social;

A participação na vida cívica de forma livre, responsável, solidária e crítica;

O respeito e a valorização da diversidade dos indivíduos e dos grupos

quanto às suas pertenças e opções;

A valorização de diferentes formas de conhecimento, comunicação e

expressão;

O desenvolvimento da curiosidade intelectual, do gosto pelo saber, pelo

trabalho e pelo estudo;

A construção de uma consciência ecológica conducente à valorização e

preservação de património natural e cultural;

A valorização das dimensões relacionais da aprendizagem e dos princípios

éticos que regulam o relacionamento com o saber e com os outros.

2.2.2.1. Competências para o Ensino Básico

Considera-se como objectivo fundamental do Ensino Básico a formação de base

comum a todos os alunos constituída pelos saberes e competências estruturantes

ligadas ao ser, ao saber, ao pensar, ao fazer e ao aprender a viver juntos.

Clarifica-se, de seguida, o conjunto de competências gerais e a sua

operacionalização, bem como, a exemplificação de acções que os professores podem

adoptar para levar a cabo a respectiva operacionalização transversal, deixando em

aberto, intencionalmente, a operacionalização específica. Entende-se, pois, que esta

deverá ocorrer em dois momentos: por um lado, poderá ser estabelecida

genericamente ao nível dos departamentos curriculares; por outro, deverá ser posta

em prática ao nível dos conselhos de turma e dos professores titulares de turma, no

contexto real dos projectos curriculares de turma (através da planificação

conjunta das actividades das áreas disciplinares e áreas curriculares não

disciplinares para grupos específicos de alunos).

2.2.2.1.1. Articulação das Competências Gerais, Transversais e

Específicas

Assim, no final do percurso do ensino básico, e de acordo com as Competências

Gerais preconizadas pelo Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências

Essenciais - e os objectivos definidos no art.º 7 da Lei de Bases do Sistema

Projecto Curricular do Agrupamento 18

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Educativo, pretende-se que os alunos tenham realizado aprendizagens e sejam

capazes de:

1) Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a

realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano;

Operacionalização Transversal

Prestar atenção a situações e problemas manifestando envolvimento e

curiosidade;

Conhecer e questionar outras realidades;

Questionar a realidade observada;

Prestar atenção a situações e problemas manifestando envolvimento e

curiosidade;

Analisar acontecimentos na perspectiva histórica, social e geográfica;

Identificar e articular saberes e conhecimentos para compreender uma

situação ou problema;

Pôr em acção procedimentos necessários para a compreensão da

realidade e para a resolução de problemas;

Avaliar a adequação dos saberes e procedimentos mobilizados e

proceder a ajustamentos necessários.

Papel do professor

Desenvolver actividades que permitam a análise de acontecimentos e

situações respeitando a realidade que lhe está subjacente;

Abordar os conteúdos da área do saber com base em situações e

problemas;

Rentabilizar as questões emergentes do quotidiano e da vida do aluno;

Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados,

dando atenção a situações do quotidiano;

Organizar o ensino prevendo a experimentação de técnicas,

instrumentos e formas de trabalho diversificados;

Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades

dirigidas à observação e ao questionamento da realidade e à integração

de saberes;

Organizar actividades cooperativas de aprendizagem, orientadas para a

integração e troca de saberes;

Desenvolver actividades integradoras de diferentes saberes.

Projecto Curricular do Agrupamento 19

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

2) Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cultural,

científico e tecnológico para se expressar;

Operacionalização Transversal

Reconhecer, confrontar e harmonizar diversas linguagens para a

comunicação de uma informação, de uma ideia, de uma intenção;

Utilizar formas de comunicação diversificadas, adequando linguagens e

técnicas aos contextos e às necessidades;

Comunicar, discutir e defender ideias próprias mobilizando

adequadamente diferentes linguagens;

Traduzir ideias e informações expressas numa linguagem para outras

linguagens;

Valorizar as diferentes formas de linguagem.

Papel do professor

Organizar o ensino prevendo a utilização de linguagens de comunicação

diversificadas;

Organizar o ensino com base em materiais e recursos em que são

utilizadas linguagens específicas;

Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades

diferenciadas de comunicação e de expressão;

Rentabilizar os meios de comunicação social e o meio envolvente;

Rentabilizar as potencialidades das TIC no uso adequado de diferentes

linguagens;

Apoiar o aluno na escolha de linguagens que melhor se adeqúem aos

objectivos visados, em articulação com os seus interesses.

Desenvolver a realização de projectos que impliquem o uso de diferentes

linguagens.

3) Usar correctamente a língua portuguesa para comunicar de forma adequada

e para estruturar pensamento próprio;

Operacionalização Transversal

Valorizar e apreciar a língua portuguesa, quer como língua materna,

quer como língua de acolhimento;

Projecto Curricular do Agrupamento 20

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Usar a língua portuguesa de forma adequada às situações de

comunicação criadas nas diversas áreas do saber, numa perspectiva de

construção pessoal do conhecimento;

Usar a língua portuguesa no respeito de regras do seu funcionamento;

Promover o gosto pelo uso correcto e adequado da língua portuguesa;

Auto-avaliar a correcção e a adequação dos desempenhos linguísticos,

na perspectiva do seu aperfeiçoamento.

Papel do professor

Organizar o ensino prevendo situações de reflexão e de uso da língua

portuguesa, considerando a heterogeneidade linguística dos alunos;

Promover a identificação e a articulação dos contributos de cada área do

saber com vista ao uso correctamente estruturado da língua portuguesa;

Organizar o ensino valorizando situações de interacção e de expressão

oral e escrita que permitam ao aluno intervenções personalizadas,

autónomas e críticas;

Rentabilizar os meios de comunicação social e o meio envolvente na

aprendizagem da língua portuguesa;

Rentabilizar as potencialidades das tecnologias de informação e de

comunicação no uso da língua portuguesa.

Desenvolver a realização de projectos que impliquem o uso de diferentes

linguagens.

4) Usar línguas estrangeiras para comunicar adequadamente em situações do

quotidiano e para apropriação de informação;

Operacionalização Transversal

Compreender textos orais e escritos em línguas estrangeiras para

diversificação das fontes dos saberes culturais, científicos e

tecnológicos;

Interagir, oralmente e por escrito, em línguas estrangeiras, para alargar

e consolidar relacionamentos com interlocutores/parceiros estrangeiros;

Usar a informação sobre culturas estrangeiras disponibilizada pelo meio

envolvente e, particularmente, pelos meios de comunicação social e

internet, com vista à realização de trocas interculturais;

Auto-avaliar os desempenhos linguísticos em línguas estrangeiras

quanto à adequação e eficácia.

Projecto Curricular do Agrupamento 21

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Papel do professor

Organizar o ensino prevendo o recurso a materiais pedagógicos em

língua estrangeira;

Rentabilizar o recurso a informação em língua estrangeira acessível na

internet e outros recursos informáticos;

Organizar actividades cooperativas de aprendizagem em situações de

interacção entre diversas línguas e culturas;

Promover actividades de intercâmbio presencial ou virtual, com

utilização, cada vez mais intensa, das tecnologias de informação e

comunicação;

Promover a realização de projectos em que seja necessário utilizar

línguas estrangeiras.

5) Adoptar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem,

adequadas a objectivos visados;

Operacionalização Transversal

Exprimir dúvidas e dificuldades;

Planear e organizar as suas actividades de aprendizagem;

Identificar, seleccionar e aplicar métodos de trabalho;

Confrontar diferentes métodos de trabalho para a realização da mesma

tarefa;

Auto-avaliar e ajustar os métodos de trabalho à sua forma de aprender

e aos objectivos visados.

Papel do professor

Organizar o ensino prevendo a experimentação de técnicas,

instrumentos e formas de trabalho diversificados;

Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades

dirigidas à expressão e ao esclarecimento de dúvidas e de dificuldades;

Organizar actividades cooperativas de aprendizagem;

Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados,

adequados às diferentes formas de aprendizagem;

Apoiar o aluno na descoberta das diversas formas de organização da sua

aprendizagem;

Projecto Curricular do Agrupamento 22

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Identificar situações problemáticas que estimulem o levantamento de

questões;

6) Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em

conhecimento mobilizável;

Operacionalização Transversal

Pesquisar, seleccionar, organizar e interpretar informação de forma

crítica em função de questões, necessidades ou problemas a resolver e

respectivos contextos;

Rentabilizar as tecnologias da informação e comunicação nas tarefas de

construção de conhecimento;

Comunicar, utilizando formas diversificadas, o conhecimento resultante

da interpretação da informação;

Auto-avaliar as aprendizagens, confrontando o conhecimento produzido

com os objectivos visados e com a perspectiva de outros.

Papel do professor

Organizar o ensino prevendo a pesquisa, selecção e tratamento de

informação e a utilização de fontes de informação diversas e das TIC;

Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades

dirigidas à expressão e ao esclarecimento de dúvidas e de dificuldades;

Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados,

adequados às diferentes formas de aprendizagem;

Promover actividades integradoras dos conhecimentos, nomeadamente

a realização de projectos.

7) Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de

decisões;

Operacionalização Transversal

Seleccionar informação e organizar estratégias criativas face às questões

colocadas por um problema;

Debater a pertinência das estratégias adoptadas em função de um

problema;

Projecto Curricular do Agrupamento 23

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Confrontar diferentes perspectivas face a um problema, de modo a

tomar decisões adequadas;

Propor situações de intervenção, individual e/ou colectiva, que

constituam tomadas de decisão face a um problema, em contexto.

Papel do professor

Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades que

permitam ao aluno fazer escolhas, confrontar pontos de vista, encontrar

caminhos e resolver problemas;

Organizar o ensino prevendo a utilização de fontes de informação

diversas e das TIC para o desenvolvimento de estratégias de resolução

de problemas;

Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades de

simulação e jogos de papéis que permitam a percepção de diferentes

pontos de vista;

Promover a realização de projectos que envolvam a resolução de

problemas e a tomada de decisões.

8) Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa;

Operacionalização Transversal

Realizar tarefas por iniciativa própria;

Identificar, seleccionar e aplicar métodos de trabalho, numa perspectiva

crítica e criativa;

Responsabilizar-se por realizar integralmente uma tarefa;

Valorizar a realização de actividades intelectuais, artísticas e motoras

que envolvam esforço, persistência, iniciativa e criatividade;

Avaliar e controlar o desenvolvimento das tarefas que se propõe realizar

Papel do professor

Organizar o ensino prevendo a realização de actividades por iniciativa do

aluno;

Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades

dirigidas à experimentação de situações pelo aluno e à expressão da sua

criatividade;

Organizar actividades cooperativas de aprendizagem rentabilizadoras da

autonomia, responsabilização e criatividade de cada aluno;

Projecto Curricular do Agrupamento 24

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados que

favoreçam a autonomia e a criatividade do aluno;

Apoiar o aluno na descoberta das diversas formas de organização da sua

aprendizagem e na construção da sua autonomia para aprender;

Criar na escola espaços e tempos para intervenção livre do aluno;

Valorizar, na avaliação da aprendizagem do aluno, a produção de

trabalhos livres e concebidos pelo próprio.

9) Cooperar com outros em tarefas comuns;

Operacionalização Transversal

Participar em actividades interpessoais e de grupo, respeitando normas,

regras e critérios de actuação, de convivência e de trabalho em vários

contextos;

Manifestar sentido de responsabilidade, de flexibilidade e de respeito

pelo seu trabalho e pelo dos outros;

Comunicar, discutir e defender descobertas e ideias próprias, dando

espaços de intervenção aos seus parceiros;

Avaliar e ajustar os métodos de trabalho à sua forma de aprender, às

necessidades do grupo e aos objectivos visados.

Papel do professor

Organizar o ensino prevendo e orientando a execução de actividades

individuais, a pares, em grupos e colectivas;

Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades

dirigidas para o trabalho cooperativo, desde a sua concepção à sua

avaliação e comunicação aos outros;

Propiciar situações de aprendizagem conducentes à promoção da auto-

estima e da autoconfiança;

Fomentar actividades cooperativas de aprendizagem com explicitação de

papéis e responsabilidades;

Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados

adequados a formas de trabalho cooperativo;

Apoiar o aluno na descoberta das diversas formas de organização da sua

aprendizagem em interacção com outros;

Desenvolver a realização cooperativa de projectos.

Projecto Curricular do Agrupamento 25

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

10) Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva

pessoal e interpessoal promotora da saúde e da qualidade de vida;

Operacionalização Transversal

Mobilizar e coordenar os aspectos psicomotores necessários ao

desempenho de tarefas;

Estabelecer e respeitar regras para o uso colectivo de espaços;

Realizar diferentes tipos de actividades físicas, promotoras de saúde, do

bem-estar e da qualidade de vida;

Manifestar respeito por normas de segurança pessoal e colectiva.

Papel do professor

Organizar o ensino prevendo a realização de actividades em que é

necessário estabelecer regras e critérios de actuação;

Organizar o ensino prevendo a realização de jogos diversificados de

modo a promover o desenvolvimento harmonioso do corpo em relação

ao espaço e ao tempo;

Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades

dirigidas à apropriação de hábitos de vida saudáveis e à

responsabilização face à sua própria segurança e à dos outros;

Organizar actividades diversificadas que promovam o desenvolvimento

psicomotor implicado no desempenho de diferentes tarefas;

Organizar actividades cooperativas de aprendizagem e projectos

conducentes à tomada de consciência de si, dos outros e do meio;

Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados.

2.2.2.1.2. Competências Específicas

No desenvolvimento de cada uma das competências específicas é indispensável

estabelecer, com clareza, metas de desenvolvimento por ciclo de escolaridade (e não

por ano de escolaridade), assegurando, ao mesmo tempo, a continuidade do

processo ao longo dos três ciclos da educação básica.

A articulação das competências essenciais por ciclo, com os respectivos

conteúdos disciplinares (programas) incluindo as etapas e metas a atingir, é definida

pelos departamentos curriculares/grupos disciplinares e são alvo de documentos

próprios.

Projecto Curricular do Agrupamento 26

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

2.2.2.1.3. Competências Transversais

Atendendo ao diagnóstico de problemas e às linhas orientadoras do Projecto

Educativo Educação para a Cultura define-se, nestas áreas, como prioritário o

desenvolvimento das seguintes competências transversais:

Ter hábitos e métodos de estudo e trabalho que proporcionem o

desenvolvimento de atitudes e de capacidades que favoreçam uma maior

autonomia na realização das aprendizagens, tendentes ao sucesso escolar,

nomeadamente, a utilização das tecnologias da informação e comunicação e

o uso regular da biblioteca escolar (nas escolas onde existam) como apoio

às actividades lectivas;

Cumprir normas e princípios básicos com vista a uma boa convivência social

entre todos;

Manifestar hábitos correctos na alimentação e na higiene;

Revelar apreço pelas diferentes manifestações culturais e artísticas;

Participar responsavelmente, com espírito de iniciativa e autonomia, em

actividades de enriquecimento curricular, de natureza recreativa, cívica e

cultural.

2.2.3. Áreas Curriculares não Disciplinares

O Despacho n.º 19308/2008, de 21 de Julho, nos pontos 15 e 16, define que

o trabalho a realizar em cada uma das áreas curriculares não disciplinares deve

obedecer a uma planificação que deverá constar no respectivo Projecto Curricular

de Turma, com a identificação das competências a desenvolver, as experiências de

aprendizagem e a respectiva calendarização. Ainda, segundo o referido despacho, o

trabalho desenvolvido em cada uma dessas áreas deve ser objecto de uma

avaliação participada e formativa, no contexto da turma e, ainda, de uma avaliação

global no final do ano lectivo, a realizar pelo Conselho Pedagógico, da qual deverá

resultar um relatório, no qual deve constar:

a) Recursos mobilizados;

b) Modalidades adoptadas;

c) Resultados alcançados.

2.2.3.1. Área de Projecto

Embora instituída pelo Decreto-Lei n.º6/2001, de 18 de Janeiro, a Área de

Projecto é uma área curricular não disciplinar que visa “a concepção, realização e

avaliação de problemas, através da articulação de saberes de diversas áreas

Projecto Curricular do Agrupamento 27

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

curriculares, em torno de problemas ou temas de pesquisa ou de intervenção, de

acordo com as necessidades e os interesses dos alunos”. No entanto, o Despacho

n.º 19308/2008, de 21 de Julho, vem condicionar as referidas necessidades e

interesses dos alunos ao desenvolvimento de competências, nos seguintes domínios:

a) Educação para a saúde e sexualidade de acordo com as orientações do

Despacho n.º 25995/2005, de 28 de Novembro, do Despacho n.º 2506/2007, de 23

de Janeiro e, também, da Lei n.60/2009, de 3 de Agosto;

b) Educação ambiental;

c) Educação para o consumo;

d) Educação para a sustentabilidade;

e) Conhecimento do mundo do trabalho e das profissões e educação para o

empreendorismo;

f) Educação para os Direitos Humanos;

g) Educação para a igualdade de oportunidades;

h) Educação para a solidariedade;

i) Educação Rodoviária;

j) Educação para os media;

k) Dimensão europeia da educação.

De acordo com as orientações do Despacho n.º 16149/2007, de 25 de Julho, no

8.º ano de escolaridade, a Área de Projecto deve destinar um tempo lectivo de

noventa minutos à utilização das tecnologias da informação e da comunicação (TIC).

2.2.3.1.1. Perfil do Professor

Atendendo aos objectivos e ao carácter transdisciplinar desta área, o professor

deve possuir e desenvolver as seguintes competências:

Ser conhecedor dos alunos e do seu meio envolvente;

Ser conhecedor dos seus problemas e expectativas de futuro;

Ser promotor de projectos que respondam aos interesses dos alunos e que

favoreçam o seu desenvolvimento pessoal e social;

Ser promotor de estratégias que contribuam para o trabalho de equipa, a

cooperação e a solidariedade;

Ser promotor de actividades que envolvam a consciência cívica dos alunos

através de actividades de participação na vida da escola;

Ser estimulador de iniciativas que promovam a relação escola - meio;

Ser estimulador do trabalho de equipa entre os professores e da

interdisciplinaridade.

Projecto Curricular do Agrupamento 28

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

2.2.3.2. Estudo Acompanhado

Esta área curricular não disciplinar visa “a aquisição de competências que

permitam a apropriação pelos alunos de métodos de estudo e de trabalho e

proporcionem o desenvolvimento de atitudes e de capacidades que favoreçam uma

cada vez maior autonomia na realização das aprendizagens”.

Assim, segundo o Despacho n.º 19308/2008, de 21 de Julho, e tendo em conta

a diversidade de experiências vividas nas escolas e a sua importância para a

promoção da melhoria das aprendizagens, a área de Estudo Acompanhado pode

integrar, entre outras, as seguintes modalidades:

a) Desenvolvimento de planos individuais de trabalho e estratégias de

pedagogia diferenciada de modo a estimular alunos com diferentes

capacidades;

b) Programas de tutoria para apoio a estratégias de estudo, orientação e

aconselhamento do aluno;

c) Actividades de compensação e de recuperação;

d) Actividades de ensino específico de Língua Portuguesa para alunos

oriundos do estrangeiro.

2.2.3.2.1. Perfil do Professor

Segundo o Despacho n.º 19308/2008, de 21 de Julho, esta área deve ser

assegurada pelo professor titular de turma, no caso do 1.º ciclo, e,

preferencialmente, pelos grupos de recrutamento de Língua Portuguesa e de

Matemática, nos 2.º e 3.º ciclos.

2.2.3.3. Formação Cívica

O Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro, consagra a Educação para a

Cidadania como uma área de formação transdisciplinar, estabelecendo, no entanto,

na alínea c), do ponto 3 do art.º 5.º, a área curricular não disciplinar Formação

Cívica como espaço privilegiado para o seu desenvolvimento, “visando o

desenvolvimento da consciência cívica dos alunos como elemento fundamental no

processo de formação de cidadãos responsáveis, críticos, activos e intervenientes,

com recurso, nomeadamente ao intercâmbio de experiências vividas pelos alunos, e

à sua participação, individual e colectiva, na vida da turma, da escola e da

comunidade”. A educação para a cidadania deve construir-se, no dia a dia da

escola, através da procura dos valores da liberdade e da justiça, em reflexão

aberta, em trabalho individual e em grupo e pela cidadania activa.

Projecto Curricular do Agrupamento 29

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Neste âmbito, o Despacho n.º 19308/2008, de 21 de Julho, determina que ao

longo do ensino básico, em Formação Cívica, à semelhança de Área de Projecto,

devem ser desenvolvidas competências nos seguintes domínios:

a) Educação para a saúde e sexualidade de acordo com as orientações dos

Despachos n.º 25995/2005, de 28 de Novembro, n.º 2506/2007, de 23 de

Janeiro e, também, da Lei n.º 60/2009, de 3 de Agosto;

b) Educação ambiental;

c) Educação para o consumo;

d) Educação para a sustentabilidade;

e) Conhecimento do mundo do trabalho e das profissões e educação para o

empreendorismo;

f) Educação para os Direitos Humanos;

g) Educação para a igualdade de oportunidades;

h) Educação para a solidariedade;

i) Educação Rodoviária;

j) Educação para os media;

k) Dimensão europeia da educação.

2.2.3.3.1. Perfil do Professor

A leccionação da Formação Cívica compete, no 1.º Ciclo, ao professor titular

de turma e, nos restantes ciclos, ao director de turma. Segundo o Despacho n.º

19308/2008, de 21 de Julho, o seu tempo curricular deverá ser utilizado para,

através da participação dos alunos, regular os problemas de aprendizagem e da

vida da turma, bem como, para desenvolver projectos no âmbito da cidadania e

participação cívica.

2.2.4. Competências para o Ensino Secundário

No final do percurso do ensino secundário, e de acordo com os objectivos

definidos no art.º 9 da Lei de Bases do Sistema Educativo, pretende-se que os

alunos:

Manifestem capacidade de raciocínio, de reflexão e de curiosidade

científica no sentido do aprofundamento dos elementos fundamentais de

uma cultura humanística, artística, científica e técnica que constituam

suporte cognitivo e metodológico apropriado para o eventual

prosseguimento de estudos ou para a inserção na vida activa;

Projecto Curricular do Agrupamento 30

___________________________________________________________________________________

Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Compreendam manifestações estéticas e culturais que possibilitem o

aperfeiçoamento da sua expressão artística;

Apliquem um saber cada vez mais aprofundado, assente no estudo, na

reflexão crítica, na observação e na experimentação;

Manifestem interesse pela realidade concreta da vida regional e nacional, e

apreço pelos valores permanentes da sociedade em geral, e da cultura

portuguesa, em particular, revelando-se jovens interessados na resolução

dos problemas do país e sensibilizados para os problemas da comunidade

internacional;

Articulem os conhecimentos adquiridos com o mundo do trabalho e a vida

activa;

Possuam formação técnica e tecnológica que permita a entrada no mundo

do trabalho;

Dominem hábitos de trabalho, individual e em grupo que favoreçam o

desenvolvimento de atitudes de reflexão metódica, de abertura de espírito

de sensibilidade e de disponibilidade e adaptação à mudança.

2.2.5. Orientações/Critérios de distribuição de serviço docente e de

horários lectivos

De acordo com o ponto 1 do artigo 10.º do Despacho n.º 19117/2008,

considera-se importante que se constituam equipas pedagógicas de docentes que

acompanhem os alunos ao longo do ciclo de ensino (Pré-escolar, 1.º Ciclo, 2.º

Ciclo, 3.º Ciclo, Cursos de Educação Formação, Ensino Secundário e Cursos

Profissionais).

A distribuição de serviço deve pautar-se por critérios de rentabilização dos

recursos disponíveis, aproveitando a formação de docentes. Sempre que possível, a

distribuição não deve ultrapassar os três níveis de ensino por cada docente e mais

do que seis turmas para que o trabalho possa ser otpimizado.

No caso do 2.º ciclo, as indicações são no sentido de se atribuir a um mesmo

professor as disciplinas de áreas afins – Língua Portuguesa/História e Geografia de

Portugal, Língua Portuguesa/Inglês, Matemática/Ciências Naturais.

Quanto às áreas curriculares não disciplinares, definem-se as seguintes

orientações:

Formação Cívica - prioridade ao Director de Turma na sua atribuição;

Estudo Acompanhado - 2.º e 3.º ciclos - prioridade aos professores

de Língua Portuguesa e Matemática;

Projecto Curricular do Agrupamento 31

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Área de Projecto - 2.º e 3.º ciclos - será atribuída a professores da

área de expressões que poderão fazer par pedagógico com os

professores de qualquer disciplina.

Estas orientações não são aplicadas quando a componente lectiva dos

professores e as cargas horárias das disciplinas o não permitirem.

Em relação à atribuição de cargos, atende-se às orientações legislativas em

vigor (Despacho n.º 19117/2008, artigo 7.º, ponto 1).

O cargo de Director de Turma deverá ser atribuído tendo em conta:

- Continuidade na função e na turma;

- Capacidade de interacção com a turma;

- Capacidade para coordenar o trabalho entre os docentes da turma;

- Coordenação do processo de aprendizagem com vista ao sucesso educativo

dos alunos da turma;

- Boa comunicação e trabalho de parceria com os pais e encarregados de

educação.

A componente não lectiva de estabelecimento será de duas horas semanais e

será utilizada para a ocupação plena dos tempos escolares dos alunos, cargos

pedagógicos, apoios educativos e acompanhamento de alunos. No pré-escolar

destinam-se à supervisão, organização e planificação das Actividades de Animação

e Apoio à família e no 1.º Ciclo ao Apoio ao Estudo e supervisão pedagógica das

Actividades de Enriquecimento Curricular.

As horas de horário superveniente serão utilizadas exclusivamente para apoio

aos alunos, nomeadamente, actividades de compensação/aula de apoio pedagógico

acrescido, apoio ao estudo e/ou hora de estudo, apoio individualizado na disciplina,

programas de tutoria, actividades de enriquecimento (frequência de clubes

escolares) e aulas complementares.

2.2.6. Critérios para a constituição de turmas

A constituição dos grupos e turmas do Agrupamento, nos diferentes níveis de

ensino, devem pautar-se pelo cumprimento das normas legais em vigor, em cada

ano lectivo de vigência do actual Plano Curricular de Agrupamento.

Na constituição das turmas e na distribuição de serviço são definidos critérios

a ter em conta:

- A garantia da qualidade do ensino;

- A continuidade, sempre que possível, do grupo de alunos na constituição de

turmas e tendo em conta as indicações resultantes dos docentes titulares de turma

e de conselhos de turma;

Projecto Curricular do Agrupamento 32

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

- O equilíbrio do nível etário, de género e número de retenções;

- A continuidade pedagógica;

- A atribuição de apoios educativos nas horas de horário superveniente aos

docentes do segundo e terceiro ciclos e ensino secundário: duas horas para os

docentes com vinte e duas, vinte e dezoito horas lectivas, uma hora para os

docentes com dezasseis e catorze horas lectivas.

2.2.7. Plano de Ocupação Plena dos Tempos Escolares

O Despacho n.º 19117/2008, de 17 de Julho, determina, no seu artigo 13.º, a

obrigatoriedade da existência de um plano de serviço docente destinado a

assegurar a ocupação plena dos tempos escolares dos alunos dos ensinos básico e

secundário durante o seu horário lectivo na situação de ausência de docentes.

Na Educação Pré-Escolar são estabelecidos os seguintes princípios:

O Educador de Infância titular de turma que vier a ausentar-se

temporariamente durante o seu horário lectivo deve deixar no Jardim-de-

infância a planificação correspondente a esse período e o material

necessário para a sua concretização;

Em caso de ausência do docente titular e, que o disposto do número

anterior não possa ser cumprido, as actividades deverão ser organizadas

pelo Educador que o irá substituir;

O Educador de Infância é o responsável por elaborar material a colocar

num dossier de forma a ser utilizado na ausência imprevista de um

educador;

O Educador de Infância que assegure a ocupação dos períodos de ausência

lectiva deve assinar o livro de ponto da respectiva sala e registar a

ausência das crianças no diário de frequência;

No 1.º Ciclo do Ensino Básico são estabelecidos os seguintes princípios:

O docente titular de turma que vier a ausentar-se temporariamente

durante o seu horário lectivo deve deixar na escola a planificação

correspondente a esse período e o material necessário para a sua

concretização;

Em caso de ausência do docente titular, em que o disposto no número

anterior não possa ser cumprido, as actividades deverão ser organizadas

pelo professor que o irá substituir de acordo com materiais disponibilizados

para o efeito na escola;

Projecto Curricular do Agrupamento 33

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

O professor que assegure a ocupação dos períodos de ausência lectiva

deve assinar o livro de ponto da respectiva sala e registar a ausência das

crianças;

Como prioridade, a turma será ocupada por um docente do Apoio

Educativo, e, quando isso não for possível, os alunos serão distribuídos

pelas outras turmas.

Na escola sede do Agrupamento, o plano rege-se pelos seguintes princípios:

- Deverá ser dada prioridade à permuta de aulas entre professores da mesma

turma, em caso de previsão de falta por parte de um docente;

- Na ausência de um docente, sem ter ocorrido troca, efectuar-se-á a

ocupação dos tempos escolares, obedecendo ao seguinte:

A substituição do professor em falta por um docente com habilitação

para leccionar a disciplina;

Rotatividade dos professores constantes na bolsa de docentes

disponíveis para cada segmento;

O docente, que prevê faltar a uma aula, terá que deixar plano de aula

(e o número de cópias do material necessário ao desenvolvimento da

aula) no dossiê de recursos, com a devida antecedência, para utilização

pelo professor que irá ocupar os seus alunos. Um exemplar do plano

deverá ser entregue na Direcção Executiva;

Em caso de ausência do docente titular da turma em que o disposto no

número anterior não possa ser cumprido proceder-se-á a actividades

de enriquecimento e complemento curricular que possibilitem a

ocupação educativa dos alunos;

Qualquer outro tipo de actividade educativa de ocupação,

nomeadamente, que esteja prevista no ponto 8 do artigo 13.º do

Despacho n.º 19117/2008, de 17 de Julho, carece de autorização

mediante proposta e respectiva análise da Direcção Executiva;

Quando o docente ausente pertencer ao grupo de Educação Física, este

deve ser prioritariamente substituído por um docente do mesmo grupo

que desenvolverá o plano da aula deixado, antecipadamente, pelo

professor titular da disciplina decorrendo esta no pavilhão. O grupo de

Educação Física deverá ter disponíveis, no dossier de recursos,

materiais/fichas de trabalho (teóricos) para prever situações em que a

sua substituição não possa ser assegurada por um professor do grupo;

Projecto Curricular do Agrupamento 34

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Não serão permitidas, em circunstância alguma, como forma de

ocupação de tempos escolares, actividades desportivas ou jogos de

cartas;

Cada D.T. será responsável pela organização e actualização do dossiê

de recursos pedagógicos da respectiva turma.

Este plano será dado a conhecer a conhecer pelos seguintes meios:

- Aos professores: será afixado na sala de professores;

- Aos alunos: será afixado nas vitrinas de informação dos alunos e estará

disponível na Internet, na página da escola;

- Aos pais / encarregados de educação: estará disponível para consulta, na

página da escola, na Internet. Os directores de turma informarão os respectivos

encarregados de educação pelas vias normais de comunicação.

2.2.8. Orientações para Elaboração de Projectos Curriculares de

Turma

A elaboração do Projecto Curricular de Turma é da responsabilidade do

docente titular de turma, na Educação Pré Escolar e no 1.º Ciclo, e do Conselho de

Turma, nos restantes níveis de ensino, tendo como referência os Projectos Curricular

e Educativo do Agrupamento e, apoiando-se na planificação dos processos de ensino-

aprendizagem, na articulação de saberes e preocupação com a sequencialidade das

aprendizagens ao nível do trabalho pedagógico. Deve ter em consideração as

características específicas dos alunos do grupo/turma e deve conseguir um bom nível

de articulação horizontal entre as áreas curriculares e conteúdos programáticos.

É neste contexto, que o Projecto Curricular de Turma assume “a forma

particular como, em cada turma, se reconstrói e se apropria um currículo face a uma

situação real, definindo opções e intencionalidade próprias e construindo modos

específicos de organização e gestão curricular, adequados à consecução das

aprendizagens que integram o currículo para os alunos concretos daquele

contexto” (Roldão, 1999).

O Projecto Curricular de Turma é um instrumento de diferenciação necessário

para a adequação do currículo às diferentes turmas e aos diferentes alunos de cada

turma, devendo focar a caracterização da turma e dos alunos, os problemas

diagnosticados e as estratégias de resolução, a planificação (explicitando o trabalho

a desenvolver nas áreas curriculares não disciplinares), as actividades a desenvolver

e a avaliação dos alunos e do projecto curricular de turma.

Projecto Curricular do Agrupamento 35

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

2.2.9. Plano de Formação dos Docentes

O Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões e o Centro de Formação

Francisco Holanda desenvolvem, em conjunto, o processo de formação contínua

dos docentes no sentido de melhorar o desempenho individual e,

consequentemente, o desempenho das nossas escolas. Entende-se que a formação

contínua constitui um direito profissional e é também um dos pilares estratégicos

na promoção de práticas inovadoras e no reforço da qualidade da educação. A

formação contínua deve ir ao encontro dos contextos de trabalho, deve estar em

estreita ligação com os problemas identificados no Projecto Educativo e com as

estratégias/projectos curriculares daí decorrentes, de modo a responder às

necessidades/interesses reais dos docentes e dos alunos. De acordo com o percurso

de formação dos docentes dos Agrupamento e Escolas não Agrupadas, o Centro de

Formação Francisco Holanda elabora um plano de formação para cada ano lectivo.

2.2.10. Estruturas de Orientação Educativa

Como definido pelo Decreto-lei nº 75/2008, de 22 de Abril, as estruturas de

orientação educativa, como estruturas de organização intermédia, asseguram a

coordenação pedagógica, a articulação curricular, o acompanhamento do percurso

escolar dos alunos em ligação com os pais e encarregados de educação, a acção

cooperativa dos docentes entre si e destes com os órgãos de administração e

gestão da escola, adequando o processo de ensino/aprendizagem às características

e necessidades dos alunos deste Agrupamento.

As estruturas de orientação educativa encontram-se definidas no

Regulamento Interno.

2.2.11. Apoio e Complementos Educativos

A gestão de medidas de apoio e complemento educativo procura assegurar as

condições necessárias à promoção do sucesso escolar e educativo de todos os

alunos garantindo o princípio de igualdade numa escola que se quer democrática e

inclusiva. O serviço de apoios e complementos educativos constituiu uma das

metas estabelecidas pelo agrupamento no seu projecto educativo – prestação de

apoio à aprendizagem dos alunos – e a sua dinamização e operacionalização

contribuirá para a consecução de duas outras metas, a da melhoria progressiva dos

resultados escolares e a da prevenção do abandono escolar.

Os apoios e complementos educativos são aplicados prioritariamente na

escolaridade básica obrigatória e dividem-se entre actividades de apoio destinadas

Projecto Curricular do Agrupamento 36

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

a alunos com dificuldades de aprendizagem pontuais e actividades de apoio

especializado destinadas a alunos com necessidades educativas especiais

permanentes.

Para os alunos com dificuldades de aprendizagem temporárias e pontuais, o

agrupamento disponibiliza um conjunto de medidas e modalidades de apoio e

complemento educativo. Compete ao professor titular de turma, no 1.º ciclo, do

ensino básico, e aos professores da respectiva turma, nos 2.º e 3.º ciclos do ensino

básico e no ensino secundário e no ensino profissional identificar os alunos com

dificuldades de aprendizagem e decidir a modalidade de apoio mais adequada,

dando conhecimento à direcção da escola e ao respectivo encarregado de educação

mencionando para o efeito o horário e o plano de apoio elaborado para o aluno.

Para os alunos dentro da escolaridade obrigatória, com plano de acompanhamento,

de recuperação e de desenvolvimento, a frequências das medidas de apoio tem um

carácter obrigatório, tal como determinado no Despacho Normativo 50/2005.

Todas as propostas de apoio e complemento educativo são acompanhadas

obrigatoriamente por um plano de acção, com a identificação das dificuldades de

aprendizagem, das competências e/ou conteúdos a desenvolver, da modalidade de

apoio a aplicar e proposta de actividades a trabalhar.

A avaliação do apoio educativo prestado é realizada trimestralmente pelo

professor apoiante em relatório próprio para o efeito. Estes relatórios são

posteriormente analisados pelo professor titular de turma no 1.º ciclo, no ensino

básico, pelos professores dos 2.º e 3.º ciclos, e pelos restantes professores no

ensino secundário e profissional, que decidem da eficácia das medidas e

modalidades de apoio aplicadas. Trimestralmente, em sede de Conselho Pedagógico,

procede-se a uma análise relativa à eficácia dos apoios e complementos educativos

disponibilizados e implementados no agrupamento.

2.2.11.1. Modalidades de Apoio Educativo

Pedagogia diferenciada na sala de aula

A pedagogia diferenciada na sala de aula constitui uma modalidade de apoio

desenvolvida pelo professor titular e/ou professores curriculares, em contexto da

sala de aula. Tem por pressuposto as características individuais e a diversidade de

referências culturais e intelectuais de cada jovem. Por isso, pode incluir, por este

motivo e de acordo com as dificuldades/necessidades, especificidades das

diferentes disciplinas e áreas curriculares, as seguintes actividades:

acompanhamento do trabalho do aluno, no sentido de o orientar na aquisição de

hábitos de utilização correcta do caderno diário e do manual escolar; incentivo e

Projecto Curricular do Agrupamento 37

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

controlo do trabalho de casa; elaboração de exercícios diferenciados de

consolidação dos conteúdos; valorização da participação do aluno na sala de aula;

reforço das competências da oralidade; realização de actividades para o exercício

do raciocínio lógico/abstracto e para a promoção do desenvolvimento da

atenção/concentração e da capacidade de memorização; promoção de situações de

ensino individual e elaboração de materiais específicos de ajuda na superação das

dificuldades.

Programas de Tutoria

Esta modalidade de apoio implica a existência de um professor tutor. Este tipo

de programa pode ser aplicado em situações de dificuldades de aprendizagem

provocadas por falta de motivação, dificuldades de relacionamento e integração e

indisciplina, tendo como objectivo ajudar os alunos a superar esta situação. O

programa de tutoria, tendo em conta a natureza das dificuldades/necessidades

diagnosticadas, pode ter as seguintes dimensões: orientação disciplinar e

comportamental, orientação e acompanhamento no estudo e nas tarefas escolares

e apoio, assim como, integração na turma e na escola. O professor tutor deve

desenvolver um conjunto de iniciativas multifacetado, como por exemplo, recolher

todos os dados pessoais do aluno (percurso escolar, dados familiares, interesses,

motivações, atitudes, dificuldades de aprendizagem, planos de apoio) a fim de

sobre ele ter um conhecimento aprofundado.

Estudo dirigido e/ou orientado e/ou autónomo a desenvolver no

Centro de Aprendizagem e/ou Biblioteca

Esta medida de apoio é aplicada a alunos que apresentem dificuldades, como

por exemplo, ausência de hábitos e métodos de estudo e de trabalho, de

organização do material e das matérias escolares, falta de concentração/atenção e

de empenho. Por isso, o aluno é encaminhado pelo professor ou por determinação

do conselho de turma para o Centro de Aprendizagem e/ou Biblioteca, com um

plano de apoio elaborado, onde será acompanhado por um professor.

Integra-se também nesta modalidade o estudo autónomo para alunos cuja

dificuldade diagnosticada se prenda com a falta de estudo ou para alunos com

capacidades excepcionais de aprendizagem. É também exercida nos espaços do

Centro de Aprendizagem e/ou Biblioteca e pode não necessitar de um professor

orientador.

Projecto Curricular do Agrupamento 38

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Aulas de recuperação

As aulas de recuperação aplicam-se nos casos em que, por qualquer razão –

colocação tardia de docente/ausência prolongada do docente, ou outra – se regista

um atraso na leccionação dos conteúdos programáticos previstos, que é necessário

recuperar, com aulas extraordinárias. No ensino básico e secundário, as aulas de

recuperação são também utilizadas para, em momentos oportunos, preparar os

alunos para as avaliações externas.

Actividades de compensação – aulas de apoio pedagógico acrescido

As actividades de compensação incluem as aulas de apoio pedagógico

acrescido para alunos com dificuldades de aprendizagem pontuais e temporárias.

Aprendizagem cooperativa ou ensino mútuo

Constituiu uma modalidade de diferenciação pedagógica. Aplicada na sala de

aula aproveitam-se os alunos com capacidades excepcionais de aprendizagem para

apoiar os seus colegas, especialmente, os que apresentam dificuldades de

aprendizagem.

Estudo Acompanhado

A área curricular não disciplinar de Estudo Acompanhado é utilizada e gerida

pelo agrupamento para a superação do insucesso escolar e poderá, na consecução

desse objectivo, ser usada no desenvolvimento do Plano da Matemática e/ou no

Plano Nacional da Leitura.

Actividades de ensino específico da Língua Portuguesa para alunos

oriundos de países estrangeiros

Esta modalidade de apoio destina-se apenas a alunos do agrupamento que

não têm o Português como língua materna. O objectivo principal desta modalidade

de apoio é proporcionar a estes alunos condições equitativas que permitam a sua

plena integração no meio escolar, social e cultural. As actividades de ensino da

Língua Portuguesa a desenvolver para estes alunos oriundos de países estrangeiros

devem ter em conta as orientações determinadas no Programa para integração dos

alunos que não têm o português como língua materna, do Ministério da Educação.

Adaptações programáticas e/ou curriculares

As adaptações programáticas estão previstas no Despacho n.º 50/2005 para

situações de alunos com insucesso escolar repetido. Estas adaptações podem incluir

supressões, alterações ou modificações do programa das disciplinas. Devem ser

Projecto Curricular do Agrupamento 39

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

elaboradas de forma séria e cuidadosa, com base na definição das aprendizagens

básicas essenciais do currículo, ou seja, as que devem ser proporcionadas a todos

os alunos sem excepção, distinguindo-as das não essenciais, de desenvolvimento

ou aprofundamento. Em relação às primeiras – aprendizagens essenciais definidas

neste Projecto Curricular da Escola – não pode haver quaisquer reduções,

supressões ou alterações ao nível dos conteúdos e dos objectivos, podendo a acção

dos professores incidir apenas sobre as estratégias/actividades/metodologias.

Quanto às aprendizagens não essenciais, para além da flexibilidade ao nível das

estratégias/actividades/metodologias, também os conteúdos e objectivos podem

ser alvo de intervenção e diferenciação, por parte do professor, no sentido de os

adequar às características dos alunos, mormente daqueles que revelem ao longo do

tempo grandes dificuldades de aprendizagem.

2.2.11.2. Serviços Especializados de Educação Especial

O Decreto-lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, “vem enquadrar as respostas

educativas a desenvolver no âmbito da adequação do processo educativo às

necessidades educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível

da actividade e participação, num ou vários domínios da vida, decorrentes de

alterações funcionais e estruturais de carácter permanente e das quais resultam

dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade,

da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social.” (Educação

Especial, Manual de Apoio à Prática, p. 11). O presente decreto pressupõe a

referenciação de crianças e jovens que possam vir a necessitar de respostas

educativas no âmbito da educação especial.

Ao Serviço de Educação Especial do agrupamento cabe determinar essas

medidas educativas, adequadas aos alunos com necessidades educativas especiais,

podendo incluir:

Apoio pedagógico personalizado

Reforço de estratégias e competências específicas necessárias à

aprendizagem.

Adequações curriculares individuais

Adequações no âmbito curricular que não põem em causa o currículo comum.

Adequações no processo de matrícula

Permitem condições especiais de matrícula e percurso escolar.

Adequações no processo de avaliação

O processo de avaliação pode sofrer alterações/adequações (instrumentos

de avaliação, tipo, formas e meios de comunicação).

Projecto Curricular do Agrupamento 40

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Currículo específico individual e tecnologias de apoio

Alteração significativa no currículo comum numa perspectiva funcional,

tendo como objectivo facilitar o desenvolvimento de competências, pessoais,

sociais e de autonomia do aluno, numa variedade de contextos de vida.

2.2.12. Actividades de Enriquecimento do Currículo

2.2.12.1. Organização e Gestão das Actividades de Animação e Apoio à

Família

De acordo com a Circular nº 17/DSDC/DEPEB/2007, e em consonância com o

estipulado na Lei-quadro da Educação Pré-Escolar, em articulação com o Decreto-

Lei n.º 147/97, de 11 de Junho, a planificação das actividades de animação e de

apoio à família, tendo em conta as necessidades das famílias, é da responsabilidade

da direcção, ou das associações de pais, em articulação com a Câmara Municipal,

envolvendo os educadores responsáveis pelo grupo.

As decisões de natureza organizacional relativas às actividades de animação e

de apoio à família aplicam-se a todos os Jardins-de-infância do Agrupamento. A

gestão dos recursos humanos e materiais é função comum a todos os

intervenientes, cabendo-lhes também promover a formação de pessoal.

A supervisão pedagógica e o acompanhamento da execução das actividades

de animação e de apoio à família são da competência dos educadores responsáveis

pelo grupo. A supervisão pedagógica realiza-se após as cinco horas lectivas diárias,

no âmbito da componente não lectiva de estabelecimento, e compreende, nos

termos do Despacho n.º 12591/2006, de 16 Junho a programação das actividades,

o acompanhamento das actividades através de reuniões com os respectivos

dinamizadores, a avaliação da sua realização e reuniões com os encarregados de

educação. A planificação das actividades de animação e apoio à família deve ser

comunicada aos encarregados de educação no início do ano lectivo.

O desenvolvimento das diferentes actividades de animação e apoio à família,

terão sempre em conta as actividades/estratégias constantes no Projecto Educativo

do Agrupamento e projecto curricular de grupo.

Apresenta-se, de seguida, os conteúdos a trabalhar nas actividades de

animação e de apoio à família facultadas no Agrupamento:

Dança

Actividades rítmicas expressivas;

Exploração individual/pares/grupos do movimento;

Coreografias.

Projecto Curricular do Agrupamento 41

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Educação Física

Perícia e manipulação;

Deslocamentos e equilíbrios;

Jogos;

Actividades Físicas;

Expressão Dramática

Jogos de exploração;

Jogos dramáticos;

Representação de pequenas peças de teatro.

2.2.12.2. Organização e Gestão das Actividades de Enriquecimento Curricular

(AEC)

O Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro, no seu artigo 11.º, refere que

compete às escolas, no desenvolvimento da sua autonomia e no âmbito do seu

Projecto Educativo, conceber, propor e gerir medidas específicas de diversificação

de oferta curricular, entre outras, tendentes a combater o insucesso escolar.

Estas actividades, de carácter facultativo e lúdico, visam proporcionar aos

alunos um suplemento de condições favoráveis à sua formação integral como

cidadãos livres, participativos e responsáveis.

O Despacho n.º 14460/2008, de 26 de Maio, esclarece que as actividades de

enriquecimento curricular devem oferecer um tempo pedagogicamente rico e

complementar das aprendizagens associadas à aquisição das competências básicas.

Assim, em todos as escolas do 1.º Ciclo do Agrupamento, as crianças têm ao

seu dispor actividades diferentes que lhes proporcionam uma boa ocupação dos

tempos livres: Ensino do Inglês, Actividade Física e Desportiva, Artes Plásticas e

Apoio ao Estudo.

A supervisão pedagógica destas actividades é da competência dos professores

titulares de turma e a articulação horizontal (programação das actividades),

decorre nas reuniões de articulação entre docentes do 1.º ciclo e docentes das AEC.

Descreve-se, de seguida, os objectivos das AEC no Agrupamento:

Ensino do Inglês

Sensibilizar para a diversidade linguística e cultural;

Promover o desenvolvimento da consciência da identidade linguística e

cultural através do confronto com a língua estrangeira e a(s) cultura(s)

por ela veiculada;

Fomentar uma relação positiva com a aprendizagem da língua;

Projecto Curricular do Agrupamento 42

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Fazer apreciar a língua enquanto veículo de interpretação e comunicação

do/com o mundo que nos rodeia;

Promover a educação para a comunicação, motivando para valores como

o respeito pelo outro, a ajuda mútua, a solidariedade e a cidadania;

Contribuir para o desenvolvimento equilibrado de capacidades cognitivas

e sócio-afectivas, culturais e psicomotoras da criança;

Proporcionar experiências de aprendizagem significativas, diversificadas,

integradoras e socializadoras;

Favorecer atitudes de auto-confiança e de empenhamento no saber-

fazer;

Estimular a capacidade de concentração e de memorização;

Promover o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem;

Fomentar outras aprendizagens.

Actividade Física e Desportiva

Melhorar o nível geral da resistência e velocidade, de reacção, da

aceleração, do controlo espacial, do ritmo e da agilidade;

Desenvolver a capacidade de empenho em realizar as acções com

correcção e oportunidade;

Desenvolver o espírito de cooperação aplicando as regras definidas e

interacção com os companheiros.

Artes Plásticas

Apropriação das linguagens elementares das artes;

Desenvolvimento da capacidade de expressão e comunicação;

Desenvolvimento da criatividade;

Compreensão das artes no contexto.

Apoio ao Estudo

Realização de trabalhos de casa;

Consolidação das aprendizagens;

Acesso a recursos escolares educativos diversificados;

Apoio e acompanhamento por parte dos professores do agrupamento.

2.2.13. Projectos e Clubes Escolares

No Projecto Educativo do Agrupamento foram definidas como prioridades a

mobilização da comunidade educativa em torno da melhoria progressiva dos

resultados escolares, o desenvolvimento de capacidades e competências, a

Projecto Curricular do Agrupamento 43

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

promoção da qualidade do ensino, a redução do abandono escolar, a prestação dum

apoio eficaz às aprendizagens dos alunos, através de uma política direccionada para

os valores culturais e de cidadania e dinamização das relações com a comunidade.

Para que tudo isto se torne possível, as estruturas do Agrupamento

desenvolvem actividades diversificadas, implicando os diferentes níveis de ensino e

intervenientes da comunidade escolar, com o objectivo de promover uma cultura de

Agrupamento. Ou seja, defende-se que, com um projecto articulado e planificado,

se desenvolve e se interioriza a ideia de cultura de Agrupamento, contribuindo para

uma integração mais eficaz dos vários grupos. Como consequência, e sentindo o

espaço escola como sua pertença, a integração dos discentes, docentes e não

docentes torna-se num processo natural, influenciando positivamente as

aprendizagens dos alunos, pois podem acontecer num processo contínuo de

desenvolvimento de competências.

Os clubes são espaços de desenvolvimento de actividades e aprendizagem de

vida associativa, onde alunos e docentes, em função das suas afinidades, vocações

e motivações, se encontram para a concretização de projectos específicos.

2.2.13.1. Projectos em Desenvolvimento no Agrupamento

2.2.13.1.1. Bibliotecas Escolares

No Agrupamento existem quatro bibliotecas da Rede de Bibliotecas Escolares

(EB2,3/S Santos Simões, EB1/JI Serzedo, EB1/JI Cruz d’ Argola e Centro Escolar de

Infantas) que, sendo também conhecidas como Centro de Recursos Educativos,

constituem espaços de livre acesso, com mobiliário e equipamento adequados e

bem equipados com recursos informáticos e multimédia.

A coordenação e gestão das bibliotecas escolares está a cargo de uma

coordenadora na EB2,3/S e uma professora bibliotecária nas EB1/JI, tendo-se

tornado uma inevitável preocupação orientar a sua actividade no sentido de

motivar os alunos e professores à utilização deste recurso educativo. Foi, também,

constituída uma equipa de trabalho com formação adequada colaborando no

envolvimento de todos os docentes no projecto das bibliotecas escolares.

Os projectos das bibliotecas escolares enquadram-se nas restantes

actividades dos estabelecimentos de ensino, não só numa vertente curricular,

constituindo um serviço de apoio às actividades lectivas, um espaço isolado de

aprendizagem, como também, um espaço de ocupação de tempos livres. A

Biblioteca escolar constitui um contributo essencial para o sucesso educativo, sendo

um recurso fundamental para o ensino e para aprendizagem, na medida em que se

Projecto Curricular do Agrupamento 44

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

pretende que haja uma colaboração entre os professores e a equipa da Biblioteca

no sentido de fomentar uma aprendizagem efectiva dos alunos.

As Bibliotecas Escolares assumem um papel central no processo educativo,

fomentando competências a nível da literacia, da comunicação e informação, do

ensino/aprendizagem, tendo em vista o aprofundamento da cultura cívica,

científica, tecnológica e artística, de forma a criar utilizadores da informação nos

vários suportes e meios de comunicação, pensadores críticos e cidadãos

responsáveis.

O plano de acção das Bibliotecas Escolares é elaborado baseado nos

objectivos do Projecto Educativo. Esse plano é elaborado por quatro anos em que,

em cada ano lectivo, será escolhido um domínio, alvo de uma auto avaliação a ser

incorporada na avaliação da escola.

2.2.13.1.2. Centro de Aprendizagem

O Centro de Aprendizagem apresenta-se como uma estrutura de apoio ao

estudo com o acompanhamento e apoio de docentes de várias disciplinas que

possibilitam ao aluno adquirir métodos de estudo e autonomia face às suas

aprendizagens, combater as suas dificuldades, cooperar com outros colegas e

aprender a utilizar as novas tecnologias na perspectiva de uma aprendizagem

autónoma.

2.2.13.1.3. Plano da Matemática II

Constitui um projecto transversal que envolve todo o ensino básico com o

objectivo da melhoria dos resultados escolares dos alunos. É desenvolvido um

conjunto de estratégias, tais como, estabelecer assessorias de docentes de

Matemática na disciplina de Estudo Acompanhado nos 7.º, 8.º e 9.º anos, optimizar

os resultados nas provas de aferição dos 4.º e 6.º anos e nos exames do 9.º ano,

atribuir apoios pedagógicos com grupos de nível para os alunos dos 2.º e 3.º ciclos

e disponibilizar um conjunto de materiais e jogos matemáticos para todos os alunos.

Este projecto visa, assim, desenvolver um conjunto de acções que permitam

superar as dificuldades mais relevantes na aprendizagem da Matemática,

favorecendo um clima de trabalho cooperativo e envolvendo não só os professores

e alunos mas as famílias/encarregados de educação. O PM II é, ainda, uma

importante alavanca na implementação do novo Programa de Matemática em curso

no 1.º Ciclo.

Projecto Curricular do Agrupamento 45

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

2.2.13.1.4. Plano Nacional de Leitura

O Plano Nacional de Leitura (PNL) é um projecto promovido pelo Ministério da

Educação em articulação com o Ministério da Cultura e com o Gabinete do Ministro

dos Assuntos Parlamentares, que procura aumentar os níveis de literacia e

promover o gosto pela leitura. Desenvolve-se através dos Coordenadores do PNL do

2.º e 3.º Ciclos, numa interligação com a biblioteca escolar, em articulação com os

docentes das disciplinas de Língua Portuguesa e Estudo Acompanhado desses

mesmos ciclos.

Relativamente ao pré-escolar e 1.º Ciclo, os docentes definem as obras a

trabalhar em contexto de sala de aula, nos respectivos departamentos curriculares

e em articulação com a professora bibliotecária.

Este plano vem dotar o Agrupamento de recursos que permitirão melhorar os

níveis de literacia dos alunos, na transversalidade dos vários ciclos de estudo. Neste

sentido, são definidas estratégias para a realização de leitura diversificada de obras,

com base nos interesses e nas necessidades dos alunos das diferentes

turmas/Grupos, expressos nos seus Projectos Curriculares de Turma/Grupo no

âmbito do Plano Nacional de Leitura, com vista a atingir os objectivos deste

projecto:

Promover o gosto pela leitura, enquanto factor de crescimento individual e

colectivo;

Criar um ambiente favorável à leitura, introduzindo-a no quotidiano dos

alunos;

Criar instrumentos e actividades que estimulem o prazer de ler;

Consolidar e ampliar o papel da Biblioteca Escolar no desenvolvimento de

hábitos de leitura.

Partilhando das preocupações patentes no PNL, no que se refere aos baixos

níveis de literacia da população, pretendemos dinamizar diversas acções de

promoção de leitura, estimulando o prazer de ler e da descoberta, associando às

palavras outras formas de linguagem: a expressão musical, a expressão plástica e

a expressão corporal.

Conscientes do papel fundamental da leitura na formação individual do aluno,

pretende-se desenvolver um projecto que visa criar e desenvolver hábitos de leitura

continuada. Aliando os livros às diferentes formas de expressão artística, procura-

-se incutir nos alunos o gosto e o hábito da leitura, combater o iletrismo, estimular

a criação literária e fomentar o espírito crítico.

Projecto Curricular do Agrupamento 46

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2.2.13.1.5. Projecto Tecnológico da Educação

Este Projecto, constituindo um dos principais desafios, tem como objectivo a

utilização das novas tecnologias nas escolas do Agrupamento.

A equipa responsável coordena a instalação e manutenção dos equipamentos,

a formação interna do pessoal docente e não docente nas várias valências, a

produção de conteúdos multimédia e a gestão da plataforma Moodle e página Web

do Agrupamento.

Com a implementação deste projecto, a escola sede mantém e gere o serviço

de cartão electrónico dentro do estabelecimento, a gestão documental e respectivos

programas de gestão escola e promove a ligação permanente à Internet, por toda a

comunidade escolar.

A existência de 7 quadros interactivos, 35 projectores e de computadores em

todas as salas obriga a uma dinâmica de gestão dum parque de cerca de 200

máquinas que se encontram em pleno funcionamento.

As escolas do 1.º ciclo possuem computadores, impressoras e um quadro

interactivo em todas as salas, por escola. No entanto, a sua manutenção e gestão

está a cargo da Câmara Municipal.

2.2.13.1.6. Educação para a Saúde e Educação Sexual

Um dos principais vectores de actuação deste projecto centra-se na

“promoção de hábitos saudáveis de vida” e na “melhoria das relações interpessoais,

inter e intra - pares” inserido e de subsequente concretização nos Projectos

Curriculares e Turma.

Neste sentido, as temáticas da educação para a promoção da saúde fazem

parte do programa das disciplinas de Ciências da Natureza (6.º ano) e Ciências

Naturais (3.º Ciclo), Educação Física (2.º e 3.º Ciclos), Estudo do Meio (1.º Ciclo) e

na Área do Conhecimento do Mundo (Pré-Escolar). Os temas a desenvolver e os

conteúdos a trabalhar serão, também, transversais às Áreas Curriculares não

Disciplinares de Formação Cívica, Área de Projecto e, ainda, no Desporto Escolar.

Áreas de intervenção /temas a desenvolver:

- Alimentação e exercício físico

- Higiene pessoal, social e postural

- Violência em meio escolar

- Sexualidade

- Infecções Sexualmente Transmissíveis

- Consumo de substâncias psicoactivas

Projecto Curricular do Agrupamento 47

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

2.2.13.1.7. Desporto Escolar

Este projecto tem como objectivo proporcionar a todos os alunos, dentro da

escola, actividades desportivas de carácter recreativo/lúdico, de formação, ou de

orientação desportiva, tendo em vista a aquisição de competências físicas, técnicas

e tácticas, na via de uma evolução desportiva e da formação integral do jovem.

Os alunos deverão, ao longo do seu processo de formação, conhecer as

implicações e benefícios de uma participação regular nas actividades físicas e

desportivas escolares, valorizá-las do ponto de vista cultural e compreender a sua

contribuição para um estilo de vida activo e saudável.

Nas actividades do Desporto Escolar deverá ser observado o respeito pelas

normas do espírito desportivo, fomentando o estabelecimento, entre todos os

participantes, de um clima de boas relações interpessoais e de uma competição leal

e fraterna.

O projecto desenvolve-se nos 2.º e 3.º ciclos, a partir de grupos – equipas -

masculinos e femininos, que dizem respeito às diferentes modalidades desportivas

a oferecer, que são: basquetebol, BTT, voleibol e atletismo.

A competição entre equipas com outras escolas será desenvolvida através do

estabelecimento de protocolos e de campeonatos organizados pelo Gabinete de

Desporto Escolar.

Paralelamente o grupo de educação física promoverá a actividade interna do

desporto escolar com o envolvimento de todos os docentes da área, permitindo

uma transversalidade da acção e a motivação dos alunos pelo desporto.

2.2.13.1.8. Parlamento Jovem (Ensino Básico e Secundário)

O Projecto Parlamento dos Jovens surge como uma iniciativa institucional da

Assembleia da República todos os anos. A escola sede, pela importância de que se

reveste esta actividade, participa nas suas duas vertentes:

• Uma Sessão destinada aos alunos do ensino secundário;

• Uma Sessão destinada aos alunos do 2.º e 3.ºciclos do ensino básico.

O projecto, desenvolvido em diferentes fases, envolve os alunos que propõem

medidas, posteriormente defendidas em debates na escola e nos círculos distritais,

culminando com a realização anual de duas Sessões Nacionais na Assembleia da

República, no caso dos alunos do ensino secundário.

Os objectivos do Programa encontram-se direccionados para a educação da

cidadania, estimulando o gosto pela participação cívica e política, assim como, dar a

conhecer a Assembleia da República e as regras do debate parlamentar, promover

Projecto Curricular do Agrupamento 48

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

o debate democrático, o respeito pela diversidade de opiniões e pelas regras de

formação das decisões.

2.2.12.1.9. Parlamento Jovem Europeu (Ensino Secundário)

Projecto desenvolvido na cidade de Guimarães em parceria com as cidades

geminadas, promovido pela Associação Intermunicipal de âmbito europeu.

Pretende-se arquitectar uma réplica do processo democrático parlamentar onde os

vários representantes das escolas secundárias e profissionais apresentam e

debatem trabalhos e/ou medidas, procedendo-se, posteriormente, a uma votação

do melhor trabalho ou equipa que assume a representação do Município de

Guimarães.

2.2.13.1.10. Projecto Gatil Simãozinho

O Gatil Simãozinho representa um projecto pedagógico dado que se pretende,

através do contactar e cuidar dos gatos, educar para a cidadania, desenvolver

valores, como o respeito por todos os seres vivos, contribuindo para a formação de

melhores cidadãos.

Pretende-se que os alunos sejam sensibilizados para o aspecto cívico do

abandono e maus-tratos a que os animais estão sujeitos, responsabilizando-os pelo

seu bem-estar e limpeza. O aluno tem um papel de cuidador activo no tratamento,

alimentação, saúde e necessidades de um outro ser que depende deste aspecto.

2.2.13.1.11. Projecto PASSE

O “PASSE” é um projecto denominado Programa de Alimentação Saudável em

Saúde Escolar que tem como objectivo promover uma alimentação saudável em

crianças do 1.º ciclo.

Numa primeira fase aplicar-se-á aos 2.º e/ou 4.º anos e, posteriormente, para

os restantes alunos. É um projecto que se desenvolve em parceria com o Centro de

Saúde e que visa promover hábitos de alimentação saudável e o combate à

obesidade.

Os problemas de saúde ligados à alimentação, nomeadamente, mal nutrição,

colesterol, obesidade e cárie dentária são sentidos na nossa escola/comunidade.

As crianças não nascem com a capacidade de escolher alimentos em função

do seu valor nutricional, ganham os seus hábitos alimentares através da

experiência, observação e educação. Assim, a escola tem um papel inquestionável.

Projecto Curricular do Agrupamento 49

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

2.2.13.1.12. Programa Eco-Escola

O Programa Eco-Escolas é uma iniciativa de âmbito europeu sob a

responsabilidade da Fundação para a Educação Ambiental (FEE) destinado

fundamentalmente às escolas do ensino básico e que visa encorajar acções e

reconhecer o trabalho desenvolvido pela Escola em benefício do Ambiente (ABAE).

O Programa está orientado para a implementação da Agenda 21 ao nível local e

visa a aplicação de conceitos e ideias de educação ambiental à vida quotidiana da

escola e da comunidade que a rodeia bem como à das famílias. Pretende, ainda,

estimular junto das futuras gerações o hábito de participação nos processos de

decisão e a tomada de consciência da importância do ambiente no dia-a-dia da sua

vida pessoal e familiar.

Este Programa tenta encorajar acções e premiar o trabalho desenvolvido pelas

escolas, na melhoria do seu desempenho ambiental, gestão do espaço escolar e

sensibilização da comunidade na adopção de comportamentos sustentáveis no

quotidiano. No Programa são abordados os temas base (água, resíduos, energia) e

temas complementares (biodiversidade, agricultura biológica, espaços exteriores,

ruído, transporte). A EB1/JI Cruz d’ Argola, inscrita no programa desde o ano 2000

(ainda a pertencer ao Agrupamento Horizontal de Escolas de Belos Ares) tem vindo

a ser reconhecida com a Bandeira Verde pelo facto de seguir a metodologia

proposta e realizar actividades no âmbito dos temas base e do tema do ano, tendo

partilhados as experiências com os restantes estabelecimentos de ensino.

No âmbito deste projecto desenvolvem-se, ainda, em todos os

estabelecimentos de ensino a recolha de materiais (tampinhas, rolhas de cortiça,

óleos usados, pilhas), dando resposta a proposta de projectos do Agrupamento.

2.2.13.1.13. Projecto “O 4.º no 5.º”

A transição para um novo ciclo, com as mudanças a ela inerentes, provoca

sempre nas crianças alguma ansiedade que, desde logo, deverá ser prevenida.

Assim, no mês de Junho proporciona-se a todos os alunos do 4.º ano, um conjunto

de actividades das AEC que lhes permitem experienciar “a vida no 2.º Ciclo”.

Este projecto é organizado pelo Coordenador de Educação Física da escola

sede, os professores da Actividade Física e Desportiva e os professores titulares de

turma do 4.º ano de todos os estabelecimentos de ensino do agrupamento.

Os alunos das escolas mais distantes da escola sede fazem a viagem em

transportes públicos, de forma a identificarem as paragens de entrada e saída e os

horários das camionetas. Os alunos das escolas mais perto fazem o percurso a pé.

Projecto Curricular do Agrupamento 50

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Chegados à escola são recebidos por “alunos-guias” do 5.º ano que os

encaminham para todas as actividades que se vão realizar na escola. Durante toda

a manhã participam em actividades desportivas, tomam banho nos balneários,

lancham no bar, almoçam na cantina, visitam a escola, e os principais serviços que

vão utilizar, tendo ainda contacto com o cartão e a sua utilização.

Este projecto tem tido resultados muito positivos e é muito apreciado pelos

alunos.

2.2.13.2. Clubes/Actividades Escolares

2.2.13.2.1. Clube da Robótica

Pretende proporcionar aos alunos um novo olhar sobre a ciência e tecnologia,

despertar de forma lúdica conceitos leccionados em várias disciplinas, e em

particular nas disciplinas de Electrónica e Ciências Físico-Químicas, e sensibilizar a

comunidade para a associação da ciência e tecnologia com as preocupações sociais

de forma a colaborar na formação de cidadãos responsáveis e interventivos.

2.2.13.2.2. Clube Santuna

Este clube fundado no ano lectivo de 2006/2007, pretende criar um espaço de

são convívio entre os diferentes membros da comunidade escolar, constituindo um

meio de motivação dos alunos relativamente à escola. Santuna foi o nome dado à

Tuna onde é bem visível o empenhamento e a participação activa de docentes e

alunos de diferentes idades. Os objectivos, para além de educar para a cidadania e

divulgar a cultura musical, prendem-se também com o desenvolvimento da

autonomia, auto-estima e sentido de responsabilidade dos discentes.

2.2.13.2.3. Clube de Teatro

Este clube pretende fomentar e desenvolver as capacidades artísticas das

discentes reveladas na disciplina de Oficina de Teatro. É um espaço dedicado a

todos os alunos, incluindo os do secundário, dado que estes, não possuindo

nenhuma área relacionada no seu currículo, manifestam vontade de ocuparem os

seus tempos livres no aprofundamento desta forma de arte.

Projecto Curricular do Agrupamento 51

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

2.2.13.2.4. Clube dos Porquês

Criação de um espaço em que as concepções das disciplinas de Ciências

Físico-Químicas e Naturais sejam desestruturadas, promovendo-se a aprendizagem

assim como, despertar, nos alunos, interesse pela ciência, ilustrando, para tal, e de

forma lúdica muitos dos conceitos leccionados nas disciplinas. Pretende-se também

sensibilizar a comunidade para a importância e necessidade de seguir a política dos

três R’s (Reduzir, Reciclar e Reutilizar).

2.2.13.2.5. Clube Moral em Alta

Este clube assume um cariz relacionado com a cultura e a fé, em que se

pretende dar a conhecer e analisar realidades em que a dignidade humana é

colocada em causa; no fundo, um espaço em que se promove um olhar construtivo

e humano sobre a realidade, questões éticas e em que cada um aprende a respeitar

o outro.

2.2.13.2.6. Escola em Movimento

Iniciativa anual onde se mostram diversas potencialidades dos alunos do

agrupamento em actividades amplamente participadas por toda a comunidade

educativa. Na semana dedicada a esta iniciativa acontecem iniciativas diversificadas,

exposições várias, laboratórios abertos, feiras, palestras e ainda a apresentação de

representações teatrais dos alunos (no Café Teatro) e outras actividades culturais

(no Sarau Cultural).

2.2.13.2.7. Feira Orienta-te

Feira de orientação educativa organizada pela autarquia vimaranense que

pretende mostrar a oferta escolar na cidade de Guimarães em que o Agrupamento

participa. A idealização e montagem do stand na feira surgem dum trabalho em

conjunto de docentes e alunos, sobretudo discentes da área de artes.

2.2.13.2.8. Arraial do Fim do Ano Lectivo

Este acontecimento parece adoptar o significado de encerramento das

actividades lectivas. Com representações teatrais, dança, canto, entre outras

iniciativas dos alunos, docentes, não docentes e pais e encarregados de educação,

este momento reveste-se de alegria, de expectativa, até de brincadeira para

Projecto Curricular do Agrupamento 52

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

aqueles alunos que, montando um espaço de venda dos seus trabalhos, consideram

ter alcançado o seu grande objectivo: mostrar as suas capacidades. Bancas típicas

de restauração contribuem, também, para o saudável convívio entre os

intervenientes da comunidade educativa do Agrupamento, no final de cada ano

lectivo.

2.2.13.2.9. Anuário do Agrupamento

Edição anual, desde a fundação do Agrupamento, que pretende ser um registo

de toda a comunidade escolar e das actividades realizadas em cada ano lectivo e

que conta com a colaboração de alunos, professores e funcionários para a sua

elaboração.

2.2.13.2.10. Comissão Disciplinar

Monitorizar o fenómeno da indisciplina, orientar os alunos no respeito pelos

outros e na alteração de comportamentos desajustados é uma preocupação da

Direcção do Agrupamento.

A disciplina na escola e, especificamente, na sala de aula é uma condição

determinante para a promoção de um clima favorável à aprendizagem.

Consequentemente, assume um papel central na melhoria das aprendizagens, dos

resultados escolares e do ambiente da própria escola.

A criação de uma Comissão Disciplinar tem como principais objectivos:

Monitorizar o fenómeno da indisciplina na escola;

Gerir conflitos;

Orientar os alunos na mudança de atitudes;

Levar o aluno a reflectir sobre o seu comportamento;

Colaborar com os Directores de Turma na despistagem de casos de

indisciplina;

Apoiar o pessoal não docente na prevenção da indisciplina;

Contribuir para a melhoria do clima da escola.

2.2.14. Subtemas do Projecto Educativo

2.2.14.1 Áreas de incidência prioritária ao longo do quadriénio

Da análise da realidade e do contexto em que se insere o Agrupamento e na

sequência das intenções do Projecto Educativo Educar para a Cultura e dos

Projecto Curricular do Agrupamento 53

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

subtemas a aprofundar, resulta um conjunto de factores a ter em conta na

definição do trabalho a desenvolver, ao longo deste quadriénio.

Assim, torna-se pertinente o aprofundamento da ideia de Agrupamento e a

sua ligação ao Meio procurando responder aos seus desafios e necessidades, a

formação integral e integrada dos discentes respeitando a diversidade de cada

indivíduo, numa ampla visão de educação para a cidadania.

2.2.14.1.1. Educação para o Ambiente - Ano lectivo 2009/2010

Na actual sociedade de características eminentemente consumistas, onde

quase tudo é descartável e efémero, também a questão do Ambiente poderá ser

objecto de uma abordagem enquadrada no mero espírito da moda, se não tiver

tratamento profundo que a sua importância assume para toda a vida do Planeta. É

uma questão incontornável, por dela depender a vida humana. Não se poderá

tratar com seriedade esta problemática, se, ao mesmo tempo, não se estiver

imbuído de um apurado espírito crítico.

Para toda a comunidade educativa é essencial que o tema Ambiente se

discuta e se identifiquem as causas do desequilíbrio ambiental, e não se fique

apenas pela constatação dos seus efeitos.

De forma um pouco mais localizada, poder-se-á dizer que, na área do

Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões, não existem graves problemas

ambientais. Todavia, pelas implicações e complexidade do tema, reconhece-se que,

em toda a parte, a pertinência da questão ambiental se mantém nem que seja por

atitude preventiva, que é o nosso caso.

Os pequenos cursos de água poluídos, a progressiva destruição de área de

floresta, o desaparecimento dos campos agrícolas e a sua ocupação por

desordenado crescimento urbano, a ausência de espaços arborizados entre os

prédios que se comprimem, as questões alimentares ligadas à industrialização, o

tráfego automóvel desmesurado, a adopção de modelos culturais incorrectos por

influência dos “media”, são alguns dos muitos motivos de reflexão para a nossa

comunidade educativa.

Assim, focalizar os temas contidos nos programas através da reflexão sobre o

que se passa em termos ambientais na área de implantação do Agrupamento,

articulando esta particular incidência com outras preocupações mais gerais, afigura-

-se a forma adequada de abordar esta problemática.

Pretende-se um projecto que aborde problemas de ordem ambiental capaz de

evoluir em várias vertentes, de encontro aos interesses dos alunos e professores,

capaz de envolver toda a comunidade educativa e fundamentalmente capaz de

Projecto Curricular do Agrupamento 54

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

abordar situações práticas e objectivas, para as colocar ao serviço de uma acção

eficaz e real ao longo da vida dos alunos.

As prioridades de Acção são:

Reconhecer que pertencemos a um mundo onde todos vivem em união e

partilha de situações e espaços, que se pretendem cada vez mais

saudáveis;

Criar situações que promovam o convívio, o respeito entre todos, tornando

o mundo que os rodeia mais atractivo e são;

Sensibilizar para o desenvolvimento sustentável;

Consciencializar para um ambiente limpo e saudável, bem como, para a

preservação dos espaços verdes na cidade;

Alertar para os perigos da poluição;

Envolver as diferentes entidades na resolução de situações e problemas.

2.2.14.1.2. Educação para as Artes - Ano lectivo 2010/2011

A educação artística é elemento essencial para o crescimento intelectual,

social, físico e emocional dos jovens. É com base neste princípio basilar da Lei de

Bases do Sistema Educativo que, para o ano lectivo de 2010/2011, a área de

incidência deste projecto curricular, agregadora e transversal a todos os ciclos,

níveis de ensino e cursos, convergirá na educação para as artes, componente

essencial, indispensável na formação integral dos alunos do século XXI.

O objectivo primordial é desenvolver e consolidar as competências culturais

e artísticas, que promovam a compreensão, fruição, produção e criação de objectos

e conteúdos artísticos.

A escolha desta área granjeará também honrar o patrono do agrupamento

Joaquim Santos Simões, que se notabilizou na cidade de Guimarães como distinto

pedagogo, homem da ciência, das artes e da cultura e, em simultâneo, sensibilizar

toda a comunidade escolar para a participação activa, como actores e agentes, no

grande evento da cidade de Guimarães a realizar no ano de 2012 – Capital

Europeia da Cultura.

Por outro lado, pretende-se ainda motivar os jovens para a cultura e as

artes quer na dimensão estética quer na dimensão económica. Entenda-se que a

cultura e as artes devem ser encaradas como eixo de desenvolvimento da Cidade,

pelo que o projecto curricular de escola deve especial enfoque ao que de relevante

acontece, mostrando nichos de mercado, ofertas de desenvolvimento, interesses

novos e inovadores.

As Prioridades de acção são:

Projecto Curricular do Agrupamento 55

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Contribuir para o desenvolvimento da nossa comunidade e cultura

vimaranense através da promoção das competências da literacia artística –

comunicar e interpretar significados usando as linguagens artísticas;

Participar e cooperar com as entidades locais, regionais e nacionais em

realizações artísticas e culturais;

Impulsionar a prática da interdisciplinaridade;

Promover a assistência a espectáculos/exposições/instalações e outros

eventos artísticos;

Colaborar para o desenvolvimento de uma consciência multicultural

através do contacto com diferentes referências culturais e estéticas;

Desenvolver o conhecimento e a valorização do património artístico e

cultural local, de uma forma activa e interventiva;

Criar parcerias com instituições culturais e artísticas locais – Museu Alberto

Sampaio, Cineclube de Guimarães, Centro Cultural Vila Flor, Sociedade

Martins Sarmento, permitindo deste modo a dinamização cultural da

escola e a sua projecção na comunidade local.

2.2.14.1.3. Interculturalidade – Guimarães 2012 – Ano lectivo 2011/2012

Os conceitos de interculturalidade e de educação constituem uma necessidade

e uma exigência da sociedade actual onde a globalização, migração, minorias e

tentativas de hegemonia são realidades. Por isso, a escola não pode abstrair-se

desta situação em que ela se encontra necessariamente envolvida, representando

um meio de desenvolvimento de valores de cidadania, de tolerância e de educação

multicultural.

Tendo presente o papel da escola e a escolha da cidade de Guimarães para

Capital Europeia da Cultura 2012, o Projecto Educativo do Agrupamento teria, e

dado a actualidade do mesmo, de incluir o aspecto Interculturalidade – Guimarães

2012, até porque a vertente cultura constitui uma característica dos projectos que

se têm vindo a desenvolver e em que os discentes fazem questão de se envolverem.

Sendo Portugal um destino turístico, não é menos verdade que Guimarães é

uma referência obrigatória para todos os visitantes, representando um espaço

aberto ao mundo, de permanente diálogo secular que acompanhou a diáspora

portuguesa e, mais contemporaneamente, com os povos europeus que se deixam

cativar pelo ambiente vivido em cada recanto da cidade.

Projecto Curricular do Agrupamento 56

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

2.2.14.1.4. Património Local e suas Tradições Locais – Ano lectivo 2012/2013

A Escola, na sua vocação de formar os homens e as mulheres de amanhã,

tem todo o interesse em levar, junto dos alunos, uma sensibilização e uma

informação adequadas ao conhecimento do património local e ao respeito pelo meio

ambiente, para que a sua intervenção no espaço público, seja em volta dessas

temáticas.

Ao promovermos o conhecimento, a formação e a sensibilização dos alunos,

sobre a forma de proteger e de defender o património local e um ambiente

saudável, estamos certamente a participar no processo de formação e

desenvolvimento de cidadãos conscientes e intervenientes na sociedade e na

criação de melhores condições de vida e de saúde das populações.

O conhecimento do património local é, para nós, o conhecimento do contexto,

actual e passado, em que se movem as populações e das características que as

rodeiam: história, etnografia, arquitectura, flora, fauna, água e ar que se respira.

Este conhecimento passa por apreender as suas características, o seu passado e a

sua evolução futura e é uma condição “sine qua non” para que amanhã, os nossos

alunos de hoje, possam ser os futuros cidadãos activos e conscientes que poderão

influenciar um desenvolvimento não contrário aos interesses das populações e do

planeta.

Património local, tem certamente a ver com as “pedras” e a sua história – que,

é verdade, nos podem dar o estatuto de património da humanidade – mas, pela

parte que nos toca, o património local que nos mobiliza, será esse e mais aquele

que a natureza nos oferece e que, tantas vezes, nós destruímos ou desrespeitamos,

umas vezes por falta de respeito, outras por falta de uma informação adequada.

Desta forma é, sem dúvida, o conhecimento do património local, na sua

globalidade, que nos interessa e que pode ajudar a entender melhor um passado

comum a todos os que vivem num mesmo território para construir, amanhã, uma

sociedade mais respeitadora dos valores culturais, sociais e do meio ambiente que

nos cerca.

Conhecer o contexto em que nos inserimos, formar e mobilizar os futuros

cidadãos que participem e sejam actores do desenvolvimento local e que deverão

ser os nossos alunos, é a tarefa que a nós nos fixamos e que pensamos estar

adaptada à procura das necessárias respostas aos desafios que se nos deparam na

escola.

Sendo esta região, território geográfico de uma nação com mais de 800 anos,

possui um incomensurável património que, de forma organizada pode estar ao

Projecto Curricular do Agrupamento 57

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

serviço dos homens e das suas instituições. Sobretudo pode e deve ser utilizado

pelas instituições que formam as futuras gerações – as crianças e os jovens.

As prioridades de Acção são:

Valorização e conhecimento do património do concelho;

Conhecimento da cultura e tradições do concelho;

Reconhecimento da importância das nossas raízes:

Sensibilização para a importância de Guimarães como Património da

Humanidade;

Descoberta de actividades centradas no local, na época medieval.

CAPÍTULO 3 – AVALIAÇÃO DOS ALUNOS

3.1. Mecanismos de Avaliação

3.1.1. Avaliação na Educação Pré-Escolar

A avaliação é um elemento fundamental do processo de ensino/aprendizagem.

Avaliar consiste em recolher dados, ao longo do processo, que permitam obter

informação acerca da forma como se está a desenvolver o processo, de modo a

poder ajustar a intervenção educativa.

A avaliação deverá referir-se tanto à forma como as crianças estão a aprender,

como à revisão do procedimento do educador. Assim, o educador avalia o processo

de ensino/aprendizagem, a sua própria actuação e o desenvolvimento das

capacidades de cada criança em função das finalidades da educação de infância.

Importa, assim, saber o que avaliar, como avaliar e quando avaliar.

O educador deve reflectir sobre o grau de aprendizagem que pretende que as

crianças obtenham e para isso deve transformar os objectivos gerias em indicadores

a avaliar. Esses indicadores, que são como que uma especificação dos objectivos,

ajudam a ajustar o processo de ensino/aprendizagem e a dar melhor resposta aos

ritmos pessoais de cada criança.

Ao serem elaborados os critérios de avaliação para a educação pré-escolar,

deverão, os mesmos, incidir nas três áreas de conteúdo, apontadas nas Orientações

Curriculares. São elas:

Área de Formação Pessoal e Social;

Área de Expressão e Comunicação – que compreende três domínios:

a) Domínio das Expressões – com diferentes vertentes: Expressão Motora,

Expressão Dramática, Expressão Plástica e Expressão Musical;

Projecto Curricular do Agrupamento 58

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

b) Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita;

c) Domínio da Matemática.

Área de Conhecimento do Mundo

Na educação Pré-escolar a avaliação deve ser global, contínua e formativa. A

sua principal técnica é a observação directa e sistemática devidamente registada.

Esta deverá fornecer dados suficientes para que se possa informar os encarregados

de educação acerca do desenvolvimento dos seus educandos.

A avaliação é feita ao longo do processo, através da reflexão sobre a forma

como este se desenrola e a forma de actuação do educador, servindo para reajustar

a metodologia e fazer as correcções oportunas na sua planificação, assim como

verificar as evoluções e mesmo retrocessos na aprendizagem das crianças.

Esta reflexão/avaliação será transmitida aos encarregados de educação, em

ficha de avaliação.

3.1.2. Avaliação dos Ensinos Básico e Secundário

Todos sentimos e sabemos que a escola é, antes e acima de tudo, lugar e

tempo de crescer, construir, formar, ensinar e aprender. Aqui cabe também,

inevitavelmente, como consequência deste processo natural, a componente avaliar.

De acordo com as orientações e disposições consagradas no Decreto-Lei n.º

6/2001, de 18 de Janeiro e no Despacho n.º 1/2005, de 5 de Janeiro, os aspectos

que se seguem devem permitir que cada etapa se possa realizar adequadamente,

numa perspectiva formadora e construtiva, como parte integrante de um trabalho

global, que se deseja cada vez melhor e mais gratificante.

3.1.2.1. Planificação do processo de avaliação

No início do ano escolar, os grupos disciplinares/conselhos de ano procedem,

para cada disciplina/área curricular e nível, à planificação das actividades lectivas,

incluindo nomeadamente:

a sequenciação e a temporização dos conteúdos a leccionar em cada

período;

a definição das competências, métodos e recursos educativos;

a selecção dos instrumentos de avaliação a adoptar em cada unidade

didáctica ou conjunto de unidades;

Projecto Curricular do Agrupamento 59

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

a aferição destes instrumentos de avaliação, particularmente no que se

refere à estrutura dos testes, sua terminologia de classificação e

respectivos critérios gerais de correcção;

a definição dos critérios de avaliação correspondentes à disciplina/área

curricular.

Os critérios de avaliação, depois de aprovados em reunião de Conselho

Pedagógico, serão transmitidos por cada professor aos seus alunos, encarregados

de educação no caso do 1.º Ciclo, no decorrer do primeiro período, fazendo registo

dessa acção no sumário/acta.

Cada Director de Turma/Professor Titular de Turma deverá informar os

Encarregados de Educação dos critérios gerais.

Nos cursos profissionais, a avaliação é modular e incide sobre as

aprendizagens previstas no programa das disciplinas de todas as componentes de

formação, no plano da Formação em Contexto de Trabalho e ainda sobre as

competências identificadas no perfil de desempenho à saída do curso. A avaliação

sumativa integra, no final do 3.º ano do ciclo de formação, uma Prova de Aptidão

Profissional (PAP). A avaliação de cada módulo exprime a conjugação da auto e

heteroavaliação dos alunos e da avaliação realizada pelo professor, em função da

qual este e os alunos ajustam as estratégias de ensino-aprendizagem e acordam

novos processos e tempos para a avaliação do módulo.

No caso dos alunos de Educação Especial, o Conselho de Turma, em conjunto

com o professor de Educação Especial, define os critérios e formas de avaliação

adaptadas aos alunos em questão.

3.1.2.2. Procedimentos a adoptar nos momentos de avaliação

A avaliação no final de cada período lectivo deverá traduzir o trabalho do

aluno, desde o início do ano até esse momento específico de avaliação, tendo por

finalidade informar o aluno, o encarregado de educação e o próprio professor, da

aquisição dos conhecimentos e desempenho definidos.

De acordo com o n.º 6, do art.12.º e o n.º 1 do art. 13.º, do Decreto-Lei n.º

6/2001, de 18 de Janeiro, a avaliação constitui um processo regulador das

aprendizagens, orientador do percurso escolar e certificador das diversas

aquisições realizadas pelo aluno, compreendendo as modalidades de avaliação

diagnóstica, de avaliação formativa e de avaliação sumativa.

No início de cada ano lectivo, realiza-se a avaliação diagnóstica. Pretende-se

a articulação com estratégias de diferenciação pedagógica, de superação de

Projecto Curricular do Agrupamento 60

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

eventuais dificuldades dos alunos, de facilitação da sua integração escolar e de

apoio à orientação escolar e vocacional.

A avaliação formativa assume um carácter contínuo e sistemático e visa a

regulação do ensino e da aprendizagem. São registados os elementos relevantes,

recorrendo a uma variedade de instrumentos de recolha de informação, de acordo

com a natureza das aprendizagens e dos contextos em que ocorrem.

A avaliação sumativa realiza-se no final de cada período, através das

informações recolhidas na avaliação formativa e traduz-se na formulação de um

juízo globalizante sobre as aprendizagens realizadas pelos alunos.

No caso do 1.º Ciclo, o Departamento Curricular definiu os seguintes critérios

de avaliação, por anos de escolaridade:

1.º e 2.º Anos

A avaliação tem em conta a socialização e a integração da criança no grupo.

O comportamento e o respeito pelas regras estabelecidas contribuem para a

sua socialização.

É respeitado o ritmo de trabalho de cada aluno.

O interesse, o empenho, a autonomia e a iniciativa do aluno demonstrados na

realização das tarefas serão considerados importantes para o seu desempenho.

O desenvolvimento de hábitos e métodos de trabalho e de estudo resultarão

numa melhor organização e apresentação do caderno diário.

Em Língua Portuguesa, o aluno deverá apresentar um conhecimento

satisfatório ao nível da leitura e da escrita.

No Estudo do Meio, o aluno deverá apresentar um conhecimento satisfatório

sobre os temas relacionados com a descoberta de si mesmo e do meio próximo.

Em Matemática, deverá apresentar um conhecimento satisfatório ao nível do

sentido de número, cálculo mental e na resolução de problemas do seu quotidiano.

Na Educação Artística, o aluno deverá ter um domínio progressivo das

possibilidades do corpo e da voz, do cumprimento de regras, de destreza manual e

do controlo de postura.

3.º e 4.º Anos

A assiduidade e a pontualidade serão consideradas, bem como, o

empenhamento, o grau de responsabilidade, a autonomia, o espírito de iniciativa e

o interesse demonstrados.

A socialização é considerada através das relações interpessoais estabelecidas,

assim como, o comportamento do aluno.

Projecto Curricular do Agrupamento 61

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Em Língua Portuguesa, o aluno deverá apresentar um conhecimento

satisfatório ao nível das capacidades de comunicação oral, de comunicação escrita e

do funcionamento da língua – análise e reflexão.

No Estudo do Meio, o aluno deverá apresentar um conhecimento satisfatório

sobre os temas desenvolvidos ao longo do ano. É valorizado o desenvolvimento de

uma atitude crítica e fundamentada face aos temas em análise.

Em Matemática ,deverá apresentar um conhecimento satisfatório ao nível do

sentido de número e operação, do sentido espacial e das grandezas e medida.

Saber ler e interpretar dados, bem como organizar dados recolhidos, serão de

considerar na avaliação do aluno. Será, também, considerado o desenvolvimento

satisfatório das capacidades transversais.

No final do ano lectivo, o aluno fará a auto-avaliação que deve conter

informações relativas à aquisição de conhecimentos, capacidades e atitudes.

Sempre que se realizar a avaliação sumativa, compete ao professor titular de

turma, em articulação com o Departamento do 1.º Ciclo, reavaliar o Projecto

Curricular de Turma, com vista à introdução de eventuais reajustamentos no ano

em curso ou apresentação de propostas para o ano lectivo seguinte.

Compete ao professor titular de turma coordenar o processo de tomada de

decisões relativas à avaliação sumativa e garantir o respeito pelos critérios de

avaliação. Segundo o Despacho Normativo n.º 50/2005, de 9 de Novembro,

compete ao professor titular de turma, no final do 1.º período ou no decurso do 2.º

período, nomeadamente até à Interrupção do Carnaval, elaborar um Plano de

Recuperação para os alunos que revelem dificuldades de aprendizagem em

qualquer área curricular disciplinar ou não disciplinar. No final do ano lectivo, o

professor titular de turma elaborará um relatório dos alunos que foram submetidos

a um Plano de Recuperação. Os alunos que, em resultado da avaliação sumativa

final, fiquem retidos serão alvo de um Plano de Acompanhamento a aplicar no ano

escolar seguinte.

Quando um aluno que já foi retido em qualquer ano de escolaridade não

possuir as condições necessárias à sua progressão, deve o mesmo ser submetido a

uma avaliação extraordinária que ponderará as vantagens educativas de uma nova

retenção. A proposta de retenção ou progressão do aluno está sujeita à aprovação

do Conselho Pedagógico, com base em relatório que inclua: processo individual do

aluno; apoios, actividades de enriquecimento curricular e planos aplicados;

contactos estabelecidos com os encarregados de educação, incluindo parecer destes

sobre o proposto; parecer do Serviço de Psicologia e Orientação; proposta de

encaminhamento do aluno para um plano de acompanhamento, percurso

Projecto Curricular do Agrupamento 62

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

alternativo ou cursos de educação e formação, nos termos da respectiva

regulamentação.

No decorrer da avaliação sumativa do 1.º período, quando existir algum

aluno que revele capacidades excepcionais de aprendizagens será elaborado um

Plano de Desenvolvimento pelo Professor Titular de turma que o submete ao

Director.

Nos cursos profissionais, a avaliação sumativa ocorre no final de cada

módulo, com a intervenção do professor e do aluno, e em reunião do Conselho de

Turma após a conclusão do conjunto de módulos de cada disciplina.

Atendendo à lógica modular dos cursos profissionais, a notação formal de

cada módulo, a publicar em pauta, só terá lugar quando o aluno atingir a

classificação mínima de 10 valores. O professor emitirá uma pauta a ser rubricada

pelos alunos que concluíram ou não o módulo.

Os momentos de realização da avaliação sumativa, no final de cada módulo,

resultam do acordo entre cada aluno ou grupo de alunos e o professor da disciplina.

O aluno pode requerer, no início de cada ano lectivo e em condições fixadas

pelo Conselho Pedagógico, a avaliação dos módulos não realizados no ano lectivo

anterior (Épocas de Recuperação de Módulos).

Os alunos podem fazer a recuperação dos módulos aos quais se

inscreveram, de acordo com o previsto na planificação da respectiva disciplina.

Ao longo do ano lectivo, devem ser promovidos com os alunos momentos de

auto-avaliação e reflexão.

3.1.2.3. Registos informativos de avaliações

Sendo a avaliação um processo contínuo resulta necessariamente de uma

multiplicidade de registos informativos ao longo do ano lectivo pelo docente e pelos

alunos.

Cada área disciplinar deve seleccionar os diversos registos de informação a

utilizar ao longo do ano. Como instrumentos de avaliação consideram-se

intervenções orais e escritas dos alunos durante as aulas, registos de observação,

trabalhos individuais ou de grupo, trabalhos de casa, testes escritos e portfolios de

evidências de aprendizagem individual.

3.1.2.4. Instrumentos de avaliação

No caso específico do 1.º Ciclo os instrumentos de avaliação nas áreas

curriculares disciplinares e não disciplinares são os seguintes: fichas de diagnóstico,

Projecto Curricular do Agrupamento 63

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

registos do professor, realizações diárias (escritas e orais), questionários, fichas de

avaliação formativa, relatórios, trabalho experimental, desempenho motor (área

psicomotora), grelhas de observação, auto e hetero-avaliação.

Nos ensinos básico e secundário é obrigatória a realização de

provas/trabalhos escritas e/ou outras práticas de avaliação, a sugerir pela área

disciplinar.

Os docentes com livro próprio deverão registar as datas de realização das

provas escritas e/ou práticas no livro de sumários da turma.

Só a título excepcional poderão realizar-se mais de uma prova escrita e/ou

práticas de avaliação no mesmo dia.

É obrigatória a entrega das provas escritas e/ou práticas de avaliação

devidamente corrigidas e classificadas, sendo a sua entrega obrigatória antes de

cada respectivo momento de avaliação.

No caso do 1.º Ciclo, em termos de notação, nos testes e nas produções

escritas e orais, com significado relevante nos aspectos evolutivo e das dificuldades

nas áreas disciplinares curriculares, adopta-se os seguintes níveis, tomando como

ponto de partida, a valoração quantitativa apenas como referência para a tradução

em menção qualitativa: 0 a 46% - Não Satisfaz, 47 a 50% - Satisfaz Pouco, 51 a

69% - Satisfaz, 70 a 89% - Satisfaz Bastante e 90 a 100% - Excelente.

No caso do 1.º Ciclo, no domínio cognitivo das competências desenvolvidas

e nos conhecimentos adquiridos a avaliação terá uma ponderação de 75% e no

domínio das capacidades, atitudes e valores uma ponderação de 25%, conforme

documento elaborado no departamento do primeiro ciclo.

No Ensino Básico a classificação das provas escritas é de 0% a 100%, e no

Ensino Secundário é de 0 a 20 valores.

A correcção e entrega de cada teste escrito são efectuadas antes da

realização do teste seguinte.

Os resultados de todos os instrumentos de avaliação devem ser dados a

conhecer aos alunos antes do final das actividades lectivas do período lectivo em

questão.

Os professores deverão proceder à apresentação, perante os alunos, da

correcção das provas escritas de avaliação, de forma oral ou por escrito.

3.1.2.5. Informações ao Director de Turma/Encarregados de

Educação

Os professores titulares de turma no 1.º Ciclo elaboram as Fichas de

Informação da avaliação dos alunos, as quais serão entregues, no final de cada

Projecto Curricular do Agrupamento 64

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

período, aos encarregados de educação em reunião marcada para o efeito, ficando

cópia no processo do aluno.

Para que todos os Directores de Turma possam dispor de elementos

informativos tão objectivos e completos quanto possível, relativamente aos alunos

da sua direcção de turma, é obrigatório o preenchimento da ficha informativa, por

cada professor da turma, pelo menos uma vez em cada período lectivo.

O Director de Turma é responsável pela sua distribuição entre os professores

da turma e deverá fazê-lo no momento que considerar mais apropriado, tendo em

conta o direito à informação que assiste aos encarregados de educação. Por sua vez,

compete a cada docente entregar a ficha devidamente preenchida ao director de

turma, com a maior brevidade possível.

Nos Cursos Profissionais, no final de cada período lectivo, o director de

turma fornecerá aos pais uma ficha de informação com elementos sobre: módulos

leccionados, módulos concluídos e respectivas classificações, módulos em que o

aluno não obteve sucesso, faltas justificadas ou não, comportamento e

aproveitamento em cada disciplina, apreciação global do trabalho realizado e

dificuldades evidenciadas pelo aluno.

3.1.2.6. Avaliação no final de cada período lectivo

Nas reuniões de avaliação de Conselho de Estabelecimento, para todos os

anos de escolaridade, no final de cada período, será feito o registo do

desenvolvimento das aprendizagens do aluno, em todas as áreas curriculares,

através de uma apreciação qualitativa/descritiva, com a menção Satisfaz ou Não

Satisfaz. No final de cada ano de escolaridade a avaliação exprime-se em Transitou

ou Não Transitou, exceptuando-se no 4.º ano que se exprime em Aprovado ou Não

aprovado.

Nas reuniões de avaliação, o conselho de turma deverá avaliar cada aluno

relativamente ao desenvolvimento das competências gerais do currículo e

específicas de cada área disciplinar, nas áreas curriculares disciplinares ou não

disciplinares.

Nas reuniões dos Conselhos de Turma, é da responsabilidade dos seus

membros alertar para eventuais discrepâncias nas classificações propostas,

devendo estas situações ser objecto de ponderação acrescida, antes de ser decidida

a classificação a atribuir.

Nas reuniões de avaliação, os professores deverão trazer consigo todos os

elementos de avaliação relativos aos alunos para eventual análise pelo Conselho de

Turma.

Projecto Curricular do Agrupamento 65

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

No ensino secundário, as subidas e descidas de mais de dois valores nas

classificações dos alunos, relativamente ao período anterior, devem ser ponderadas

em Conselho de Turma e devidamente justificadas.

A fim de clarificar as decisões relativas à progressão/retenção dos alunos,

nas reuniões dos Conselhos de Turma para apuramento das classificações finais,

recomenda-se que sejam observadas as seguintes orientações no ensino básico:

Nos anos não terminais de ciclo (2.º, 3.º, 5.º, 7.º e 8.º anos), a decisão

de retenção de um aluno só pode ser tomada se, tendo por referência as

competências essenciais de final de ciclo, o aluno demonstrou estar a

uma grande distância de as desenvolver em tempo útil, isto é, até ao fim

do respectivo ciclo;

A decisão de progressão de um aluno é uma decisão pedagógica tomada

pelo Conselho de Turma/Professor Titular de Turma que tem,

obrigatoriamente, de considerar que as competências demonstradas pelo

aluno permitem o desenvolvimento das competências essenciais definidas

para o final do ciclo.

O que é relevante nessa decisão é a análise global das aprendizagens feitas e

conducentes ao desenvolvimento de competências e não o número de níveis

negativos, nem a natureza das disciplinas ou das áreas curriculares disciplinares e

não disciplinares.

A menção qualitativa “Não Satisfaz” na de Área de Projecto é considerada um

nível negativo.

Não se constituindo as propostas para os efeitos da avaliação sumativa a

seguir anunciadas como um “receituário”, competirá ao conselho de turma analisar

todas as situações, tendo em conta a legislação em vigor. Estas propostas

pretendem, sobretudo, evitar discrepância nas decisões dos diferentes conselhos de

turma.

Anos

Disciplinas com Nível Inferior a Três a)

EFEITOS

PRESUMÍVES

5.º

, 7

.º e

8.º

an

os L. Port. + Mat. Progressão

Disc. A + Disc. B + Disc. C Progressão

L. Port. + Mat.+ Disc. A Retenção

L. Port. ou Mat. + Disc. A + Disc. B Retenção

Disc. A + Disc. B + Disc. C + Disc. D Retenção

Projecto Curricular do Agrupamento 66

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

As decisões de transição/retenção devem ser fundamentadas, caso os alunos

apresentem um perfil enquadrado por estes exemplos.

No caso do 1.º Ciclo, o aluno, ao longo do seu percurso, deverá ter

desenvolvido as competências necessárias para prosseguir com sucesso os seus

estudos no 2.º Ciclo. De acordo com o disposto nas alíneas a) e b) do n.º 49, do

Despacho n.º 1/2005, de 5 de Janeiro, o Departamento Curricular definiu os

seguintes critérios de progressão:

a) Progridem os alunos que, no mínimo, fizeram aquisições de aprendizagens que

lhes permitem o desenvolvimento das competências essenciais definidas para o

final de ciclo, nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática;

b) Progridem os alunos com uma retenção que, no mínimo, fizeram aquisições de

aprendizagens que lhes permitem o desenvolvimento das competências

essenciais definidas para o final de ciclo, na área de Língua Portuguesa e que

revelem o conjunto de atitudes definidas no Registo de Avaliação (assiduidade,

interesse, bom comportamento, empenho,...);

c) Progridem os alunos com NEE que fizeram as aquisições de aprendizagens

definidas no respectivo PEI;

d) Progridem para o 2.º Ciclo os alunos com NEE, com idade igual ou superior a 12

anos, mesmo não tendo cumprido as aquisições de aprendizagem definidas no

PEI (com a anuência do encarregado de educação).

Nos anos terminais de ciclo (4.º, 6.º e 9.º anos), a decisão de

progressão/retenção é tomada de acordo com o Despacho Normativo n.º 1/2005,

de 5 de Janeiro, com as alterações introduzidas pelos Despachos Normativos n.º

18/2006, de 14 de Março e n.º 5/2007, de 10 de Janeiro.

Os despachos normativos acima mencionados, bem como o Despacho

Normativo n.º 50/2005, de 9 de Novembro assumem a retenção dos alunos como

uma medida pedagógica de última instância na lógica de ciclo e de nível, depois de

esgotado o recurso a actividades de recuperação ao nível da turma e da escola.

A nomenclatura a usar nos testes de avaliação sumativa nos 2.º e 3.º ciclos

do Ensino Básico, de acordo com indicações do Conselho Pedagógico, será a

seguinte: de 0% a 19% - Reduzido, de 20% a 49% - Não Satisfaz, de 50% a 69%

- Satisfaz, de 70% a 89% - Satisfaz Bastante e de 90% a 100% - Excelente.

3.1.2.7 Critérios de avaliação nas Áreas Curriculares Não

Disciplinares

Ao abrigo do Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro e do Despacho

Normativo n.º 1/2005, de 5 de Janeiro, são definidos os seguintes critérios:

Projecto Curricular do Agrupamento 67

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Critérios de Avaliação

ÁREA D

E P

RO

JEC

TO

Fase de Concepção/Fase de Realização (80%):

Criatividade; Empenho e interesse; Pesquisa, recolha e selecção de materiais/informação; Organização do trabalho;

Cooperação/cumprimento de regras; Rigor na execução de projectos; Assiduidade e pontualidade;

Fase de Avaliação (20%):

Apresentação do trabalho; Divulgação;

Capacidade de auto e hetero-avaliação; Assiduidade e pontualidade;

ESTU

DO

ACO

MPAN

HAD

O Assiduidade e pontualidade;

Organização/Método de Trabalho; Interesse e empenho; Recolha e selecção de informação; Autonomia;

Craiatividade; Cooperação; Capacidade de auto e hetero-avaliação;

FO

RM

AÇÃO

CÍV

ICA

Assiduidade e pontualidade; Cumprimento de normas e regras;

Empenho e interesse;

Cooperação.

Para o ensino secundário, a avaliação quantitativa é obrigatória, enquanto, no

profissional, estão previstas a quantitativa e a qualitativa. A nomenclatura a usar

nos testes de avaliação no Ensino Secundário é a seguinte: de 1 a 9,9 –

Insuficiente, de 10 a 13,9 – Suficiente, de 14 a 16,9 – Bom e de 17 a 20 - Muito

Bom.

3.2. Perfil do aluno à saída de cada ciclo

3.2.1. Perfil da criança à saída da Educação Pré-escolar

O aluno, como resultado do seu percurso escolar, deverá:

Integrar-se e colaborar na organização e quotidiano do grupo;

Aceitar e seguir as regras de convivência e de vida social;

Planear e terminar as suas tarefas;

Aceitar a diferença manifestando atitudes de tolerância;

Demonstar curiosidade de saber e compreender porquê;

Ter consciência da importância de uma educação ambiental;

Interpretar código simbólico;

Projecto Curricular do Agrupamento 68

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Diferenciar escrita convencional do desenho;

Compreender e utilizar vocabulário básico adequado ao seu nível etário;

Relatar acontecimentos, ideias ou histórias de forma organizada e

contextualizada;

Ser capaz de classificar, seriar e ordenar;

Fazer correspondência associando o número à quantidade;

Adquirir noção de espaço e tempo;

Revelar capacidades nas tarefas de motricidade fina e global;

Adquirir noção de lateralidade;

Ter realizado aprendizagens básicas ao nível da matemática;

Utilizar diferentes técnicas de experiências e diferentes materiais;

Participar no jogo simbólico;

Desenvolver actividades que permitam à criança produzir sons e ritmos

com o corpo, a viz e instrumentos musicais;

Desenvolver capacidades de escuta e de apreciação musical.

3.2.2. Perfil do aluno à saída do 1.º Ciclo do Ensino Básico

O aluno, como resultado do seu percurso escolar, ao terminar o 1.º ciclo

deverá possuir:

Os conhecimentos basilares que permitam o prosseguimento de estudos;

Uma formação que lhe garanta a descoberta e o desenvolvimento dos

seus interesses e aptidões, capacidades de raciocínio, memória, espírito

crítico, criatividade, sentido moral e sensibilidade estética, promovendo a

sua realização em harmonia com os valores da solidariedade social;

A consciência nacional aberta à realidade concreta numa perspectiva de

humanismo universalista, de solidariedade e de cooperação internacional;

O conhecimento e o apreço pelos valores característicos da identidade,

língua, história e cultura portuguesa;

Maturidade cívica e sócio-afectiva, atitudes e hábitos positivos de relação

e cooperação, quer no plano dos seus vínculos de família, quer no da

intervenção consciente e responsável na realidade circundante;

Responsabilidade e ser interveniente na vida comunitária;

Gosto por uma constante actualização de conhecimentos;

Um desenvolvimento físico-motor, tanto nas actividades manuais como na

educação artística;

Uma formação equilibrada e relacionada entre o saber e o saber fazer, a

teoria e a prática, a cultura escolar e a cultura do quotidiano;

Projecto Curricular do Agrupamento 69

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

As competências específicas de cada área curricular.

O aluno, ao longo do seu percurso curricular no 1.º Ciclo, deverá ter

desenvolvido as aprendizagens e competências necessárias para prosseguir com

sucesso os seus estudos no 2.º Ciclo e ser capaz de:

► Na área curricular de Língua Portuguesa

Clareza, iniciativa, espontaneidade e coerência do discurso;

Usar um vocabulário diversificado e adequado;

Organizar as ideias nas frases e/ou textos que produz;

Narrar acontecimentos com sequência lógica;

Apresentar correcção ortográfica;

Usar adequadamente sinais, convenções ortográficas e concordâncias

gramaticais;

Ler com fluência, clareza e boa dicção;

Localizar a informação no texto lido;

Aplicar conhecimentos gramaticais (classe das palavras: nomes, verbos,

adjectivos, e pronomes e determinantes, elementos fundamentais da frase,

tipos e formas de frase, tipos de texto).

► Na área curricular de Matemática

Explicar ideias, processos e justificar resultados matemáticos;

Argumentar as suas ideias;

Formular e testar conjecturas relativas a situações matemáticas simples;

Interpretar informação e ideias matemáticas representadas de diversas

formas;

Expressar ideias e processos matemáticos, oralmente e por escrito,

utilizando linguagem matemática;

Revelar proficiência em cálculo mental;

Revelar conhecimento e capacidade de utilização do sistema de

numeração decimal, bem como das grandezas;

Saber ler, interpretar e organizar dados recolhidos.

► Na área curricular de Estudo do Meio

Apresentar espírito crítico e interventivo;

Respeitar o ambiente que o rodeia;

Pesquisar, seleccionar e organizar informação e dados recolhidos;

Aplicar os conhecimentos adquiridos (sobre si, sobre o meio social, físico e

preservação da natureza, do património histórico, cultural e ambiental);

Aplicar processos simples de conhecimento da realidade;

Projecto Curricular do Agrupamento 70

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Compreender o mundo que o rodeia, quer ao nível do conhecimento

histórico, quer ao nível da ciência e do domínio experimental.

► Nas áreas de Expressões Artísticas

Criatividade;

Empenho;

Cooperação;

Participação;

Experimentar e explorar técnicas e materiais;

Explorar capacidades e potencialidades.

► Áreas Curriculares não Disciplinares

Participar de forma activa nos projectos da turma e da escola;

Revelar métodos de trabalho e organização do estudo;

Respeitar regras e normas da escola e da sala de aula, bem como

respeitar o outro;

Desenvolver trabalho cooperativo;

Revelar espírito crítico e emancipatório, demonstrando um grau crescente

de autonomia.

3.2.3. Perfil do aluno à saída do 2.º Ciclo do Ensino Básico

O aluno no final 2.º Ciclo deverá ser capaz de:

Manifestar interesse e curiosidade por situações e problemas, questionando

a realidade e intervindo no sentido de a compreender, mobilizando e

articulando saberes e conhecimentos adquiridos de forma adequada, quer

por iniciativa própria quer por orientação;

Compreender textos orais e escritos assimilando as ideias globais e usar,

correctamente, a Língua Portuguesa para estruturar o pensamento e

comunicar de forma adequada;

Comunicar fazendo uso adequado de diferentes linguagens culturais,

científicas, tecnológicas e artísticas, e de linguagem não verbal;

Participar de forma activa, empenhada e organizada nas actividades

lectivas;

Identificar, seleccionar e aplicar métodos de trabalho;

Organizar as suas actividades de aprendizagem, pesquisando,

seleccionando e estruturando informação para a transformar em

conhecimento mobilizável;

Compreender e utilizar o raciocínio matemático em situações reais;

Utilizar técnicas de produção sonora a nível vocal e instrumental;

Projecto Curricular do Agrupamento 71

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Compreender textos simples, orais e escritos, em língua inglesa;

Participar em actividades interpessoais e de grupo, respeitando normas de

segurança pessoal e colectiva, regras, critérios de actuação, de convivência

e de trabalho em vários contextos, manifestando sentido de

responsabilidade e respeito pelo seu trabalho e o dos outros, e atitudes de

entreajuda e solidariedade;

Mobilizar e coordenar os aspectos psicomotores necessários ao

desempenho de tarefas;

Manifestar atitudes de responsabilidade e postura activa face à preservação

do ambiente;

Se Auto-avaliar e ajustar métodos de trabalho à sua forma de aprender.

3.2.4. Perfil do aluno à saída do 3.º Ciclo do Ensino Básico

O aluno no final do 3.º Ciclo deverá ser capaz de:

Manifestar interesse e curiosidade por situações e problemas, questionando

a realidade e intervindo no sentido de a compreender, mobilizando e

articulando saberes e conhecimentos adquiridos de forma adequada, quer

por iniciativa própria quer por orientação;

Concretizar procedimentos pretendendo a compreensão da realidade e

resolução de problemas;

Compreender e utilizar o raciocínio matemático procedendo à modelização

do real;

Comunicar com uso adequado e capacidade de transferência entre diferentes

linguagens culturais, científicas e tecnológicas e artísticas;

Participar de forma activa, empenhada e organizada nas actividades lectivas,

expressando dúvidas e dificuldades, demonstrando persistência, esforço,

iniciativa e criatividade;

Discutir e defender, de forma fundamentada e argumentada, ideias, dando

espaços de intervenção aos outros;

Aplicar, correctamente, a língua portuguesa para comunicar de forma

adequada e para estruturar o pensamento, respeitando as regras do seu

funcionamento;

Compreender e produzir textos orais e escritos e interagir de forma oral e

escrita em língua inglesa, francesa ou espanhola;

Identificar, seleccionar e aplicar métodos de trabalho, organizando as suas

actividades de aprendizagem;

Projecto Curricular do Agrupamento 72

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em

conhecimento mobilizável, rentabilizando as tecnologias de informação e

comunicação nas tarefas de construção do conhecimento;

Manifestar sensibilidade e percepcionar estéticas da cultura do universo

visual e das várias expressões artísticas;

Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de

decisões, propondo-se intervir no confronto de diferentes perspectivas;

Participar em actividades interpessoais e de grupo, respeitando normas de

segurança pessoal e colectiva, regras, critérios de actuação, de convivência

e de trabalho em vários contextos, manifestando sentido de

responsabilidade e respeito pelo seu trabalho e o dos outros, e atitudes de

entreajuda e solidariedade;

Realizar diferentes tipos de actividades físicas promotoras do bem-estar, da

saúde e da qualidade de vida;

Determinar e respeitar regras para o uso colectivo de espaços;

Manifestar atitudes de responsabilidade e postura activa face à preservação

do ambiente;

Auto-avaliar as suas aprendizagens confrontando o conhecimento adquirido

com os objectivos propostos;

3.2.5. Perfil do aluno à saída do Secundário

Após a conclusão deste nível de ensino, pretende-se que o aluno consiga:

Actuar autonomamente, sabendo gerir pessoalmente e de forma eficaz

os seus objectivos, iniciativas e opções;

Articular a sua autonomia com a autonomia dos outros;

Manifestar segurança e uma auto-positiva nos seus comportamentos;

Ser capaz de desempenhar papéis sociais em contextos diferentes;

Comportar-se no quadro das regras sociais;

Estabelecer relações interpessoais satisfatórias de diversos tipos;

Consolidar uma cultura pessoal integradora que lhe permita reflectir

sobre as realidades do mundo actual;

Dominar competências de natureza técnico-científica que o habilitam a

intervir eficazmente numa sociedade cada vez mais tecnológica;

Dominar as competências comunicativas;

Demonstrar capacidades de compreensão, vivência e fruição da

realidade em que está inserido, nas suas diversas dimensões;

Projecto Curricular do Agrupamento 73

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Organizar os seus saberes e experiências, em sistemas interpretativos

coerentes, mas críticos e flexíveis;

Revelar capacidade de reconversão, actualização e incorporação de

novos elementos, face a novas situações;

Adquirir capacidade de actualizar competências técnico-científicas

adquiridas;

Desenvolver uma perspectiva de interesse face aos problemas do

grupo/sociedade;

Assumir juízos de valor pessoais sobre factos, pessoas, situações;

Preocupar-se com a qualidade, como factor de desenvolvimento das

pessoas e das sociedades;

Manifestar respeito, abertura e capacidade de diálogo face a

perspectiva/valores diferentes dos seus.

3.2.6. Perfil do aluno à saída dos Cursos Profissionais

Nos cursos profissionais, o perfil de desempenho à saída do curso encontra-se

definido na portaria de criação de cada curso que, do mesmo modo, enquadra os

cursos nas respectivas famílias profissionais e áreas de educação e formação.

Projecto Curricular do Agrupamento 74

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

4. AVALIAÇÃO DO PROJECTO

O presente Projecto Curricular de Agrupamento será objecto de uma

avaliação constante de forma a perspectivar um contínuo aperfeiçoamento das

práticas.

Será a partir da reflexão e do confronto entre o proposto e o realizado que se

irá progredindo, ajustando e avançando com novas propostas, definindo-se assim

as etapas seguintes.

Esta avaliação deve ser contínua, participativa, e os resultados devem ser

partilhados com todos os intervenientes da comunidade educativa, obedecendo a

momentos distintos, tais como:

Uma avaliação contínua no âmbito dos Projectos Curriculares de Turma, e como

tal, uma reformulação permanente das aprendizagens propostas, resultante das

necessidades e das características dos alunos;

No final de cada período lectivo, elaborada pelos Departamentos

Curriculares;

No final de cada ano lectivo, aprovada em Conselho Pedagógico;

No final do período de vigência, aprovada em Conselho Pedagógico.

Projecto Curricular do Agrupamento 75

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS

Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro (Currículos do ensino básico)

Decreto-Lei n.º 209/2002 (alteração ao Decreto-Lei n.º 6/2001)

Despacho Normativo n.º 1/2005, de 5 de Janeiro (princípios e procedimentos na

avaliação das aprendizagens e competências)

Despacho Normativo n.º 3/2005, de 10 de Fevereiro (rectifica o Desp. Norm. n.º

1/2005)

Despacho Normativo n.º 18/2006, de 14 de Março (altera Desp. Norm. n.º 1/2005)

Despacho Normativo n.º 25/2006, de 21 de Abril (rectifica o Desp. Norm. n.º

18/2006)

Despacho Normativo n.º 50/2005, de 8 de Novembro

Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março (Org. e Gest. dos currículos do E.

Secundário)

Decreto Rectificativo N.º 44/2004, de 25 de Maio (rectifica o Dec. Lei n.º 74/2004)

Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro – (altera o Dec. Lei n.º 74/2004)

Decreto Rectificativo n.º 23/2006, de 7 de Abril - rectifica o Dec. Lei n.º 24/2006)

Portaria n.º 550-D/2004 (Org., Func. e avaliação do Ensino Secundário – CCH)

Portaria n.º 259/2006, de 14 de Março – (altera a Portaria n.º 550-D/2004)

Decreto-Lei n.º 272/2007, de 26 de Julho – (reajustamento nos planos dos CCH)

Decreto Rectificativo n.º 84/2007, de 22 de Agosto – (rectifica ao Decreto-Lei n.º

272/2007)

Portaria n.º 1322/2007, de 4 de Outubro – (alterações introduzidas na

regulamentação dos CCH, reajustados pelo Decreto-Lei n.º 272/2007, de 26 de

Julho)

Portaria 550-A/2004, de 21 de Maio (Org., Func. e avaliação do E. Secundário –

CT)

Portaria n.º 260/2006, de 14 de Março – (altera a Portaria n.º 550-A/2004)

Portaria n.º 207/2008, de 25 de Fevereiro – (altera a Portaria n.º 550 A/ 2004)

Portaria n.º 550-C/2004, de 21 de Maio (Org., Func. e avaliação do E. Secundário –

CP)

Portaria n.º 797/2006, de 10 de Agosto – (altera a Portaria n.º 550-C/2004)

Portaria n.º 1283/2006, de 21 de Novembro (Criação de Curso P. T. de Apoio à

Infância)

Portaria n.º 1288/2006, de 21 de Novembro (Criação de Curso P. T. de Turismo)

Portaria n.º 1287/2006, de 21 de Novembro (Criação de Curso P. T. de Tur. Amb. e

Rural)

Projecto Curricular do Agrupamento 76

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Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões

Portaria n.º 913/2005, de 26 de Setembro (Criação de Curso P. T. de Inform. de

Gestão)

Portaria n.º 897/2005, 26 de Setembro (Criação de Curso P. T. de G. E.

Informáticos)

Portaria n.º 899/2005, de 26 de Setembro (Criação de Curso P. T. de Gestão)

Despacho n.º 14 758/2004, de 23 de Julho (funcionamento dos C.P. nas E. Sec.

Públicas)

Despacho Normativo n.º 36/2007, de 8 de Outubro (Regulamenta o processo de

reorientação do percurso formativo dos alunos, através dos regimes de

permeabilidade e equivalência entre disciplinas)

Despacho Normativo n.º 29/2008, de 5 de Junho (Altera o Desp. Norm. n.º

36/2007)

Despacho n.º 19308/2008, de 21 de Julho (Princípios orientadores da organização e

gestão do currículo)

Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto (Estabelece o regime de aplicação da educação

sexual em meio escolar)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CALP; Casa do Professor; AMORIM, M.C.; Virgo (2002). Competências,

Currículo e Planificação do 1.º Ciclo. Braga: Editora Nova Educação

Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências essenciais. Departamento

da Educação Básica: Ministério da Educação

GIMENO, José (1988). El curriculum: una reflexión sobre la práctica. Madrid:

Morata

ROLDÃO, Maria do Céu (1999) Fundamentos e Práticas. Lisboa: Ministério da

Educação

Educação Especial – Manual de Apoio à Prática (2008). Lisboa: Ministério da

Educação – DGIDC.