AIDPI Modulo 6 Part 1

8/14/2019 AIDPI Modulo 6 Part 1

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MINISTRIO DA SADE

AIDPI

Ateno Integrada s DoenasPrevalentes na Infncia

Curso de Capacitao

Ateno Crianade 1 Semana a 2 Meses de Idade

Mdulo 6

2 Edio revista

Srie F. Comunicao e Educao em Sade

Braslia DF2002


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1999. Ministrio da Sade. Organizao Mundial da Sade. Organizao Pan-Americana da Sade. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.Srie F. Comunicao e Educao em SadeTiragem: 2 edio revista 2002 2.000 exemplares

Management of Childhood Illnessfoi preparado pela Diviso de Sade e Desenvolvimento Infantil (CHD), daOrganizao Mundial da Sade (OMS) em conjunto com o Fundo das Naes Unidas para a Infncia (UNICEF),atravs de um contrato com a ACT Internacional, Atlanta, Gergia, USA.A verso em portugus, que corresponde ao Curso de Capacitao sobre Ateno Integrada s Doenas Prevalentes naInfncia, foi preparada pela Unidade de Ateno Integrada s Doenas Prevalentes na Infncia, Programa de DoenasTransmissveis, Diviso de Preveno e Controle de Doenas (HCP/HCT/AIDPC), da Organizao Pan-Americanada Sade / Organizao Mundial da Sade (OPAS/OMS), em Coordenao com UNICEF-TACRO, Washington,DC, USA, agosto 1996, sendo feita adaptao s normas nacionais e autorizada a publicao pela OPAS/OMS noBrasil.

Edio, distribuio e informaes

MINISTRIO DA SADESecretaria de Polticas de Saderea da Sade da CrianaEsplanada dos Ministrios, bloco G, 6 andar, sala 636CEP: 70058-900, Braslia DFTels.: (61) 315 3429/315 2866/315 2407/224 4561Fax: (61) 315 2038/322 3912

Este material foi adaptado com a valiosa colaborao dos consultores e das instituies aos quais o Ministrio da Sadee a OPAS/OMS agradecem o empenho e dedicao.

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha Catalogrfica

Catalogao na fonte Editora MS

EDITORA MSDocumentao e InformaoSIA, Trecho 4, Lotes 540/610CEP: 71200-040, Braslia DF

Tels.: (61) 233 1774/2020 Fax: (61) 233 9558E-mail: [email protected]

Brasil. Ministrio da Sade.AIDPI Ateno Integrada s Doenas Prevalentes na Infncia: curso de capacitao: ateno criana de 1 semana

a 2 meses de idade: mdulo 6 / Ministrio da Sade, Organizao Mundial da Sade, Organizao Pan-Americana daSade. 2. ed. rev. Braslia: Ministrio da Sade, 2002.

52 p.: il. (Srie F. Comunicao e Educao em Sade)

ISBN 85-334-0610-X

1. Sade Infantil. 2. Capacitao em servio. I. Brasil. Ministrio da Sade. II. Organizao Mundial da Sade.III. Organizao Pan-Americana da Sade. IV. Ttulo. V. Srie.

NLM WA 320


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SUMRIO

Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5

Objetivos de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6

1 Avaliar e classificar a criana de 1 semana a 2 meses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

1.1 Verificar se h infeco bacteriana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

Exerccio A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111.2 Verificar e classificar todas as crianas quanto

possibilidade de infeco bacteriana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12

1.3 Avaliar a diarria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

1.4 Classificar a diarria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14

Exerccio B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

1.5 A seguir, verificar se h problema de alimentao ou peso baixo . . . . . . . . . . . . . .19

1.5.1 Perguntar sobre a alimentao e determinar o peso para a idade . . . . . . . .19

1.5.2 Avaliar a amamentao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22Exerccio C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25

Exerccio D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26

1.6 Classificar a alimentao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27

1.7 Depois verificar a situao das vacinas da criana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28

1.8 Avaliar outros problemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29

Exerccio E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

2 Identificar o tratamento apropriado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32

2.1 Determinar se a criana necessita ser referida com urgncia ao hospital . . . . . . . . . .32

2.2 Identificar os tratamentos para uma criana que no necessita serreferida com urgncia ao hospital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32

2.3 Administrar tratamentos urgentes antes de referir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32

2.4 Referir a criana ao hospital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33

3 Tratar a criana doente e orientar a me ou o acompanhante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34

3.1 Administrar um antibitico recomendado por via oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35


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3.2 Administrar a primeira dose de antibitico por via intramuscular . . . . . . . . . . . . . .36

Exerccio F . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37

3.3 Para tratar a diarria, consultar o quadro tratar a criana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .383.4 Vacinar todas as crianas, conforme seja necessrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38

3.5 Ensinar me a tratar as infeces locais em casa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38

3.6 Ensinar a posio e a pega corretas para a amamentao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39

3.7 Ensinar me a extrao manual do leite e a sua conservao . . . . . . . . . . . . . . . .42

Exerccio G . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45

3.8 Orientar a me ou acompanhante sobre os cuidados domiciliares criana . . . . . . .46

Exerccio H . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47

Anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49

Equipe tcnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51


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INTRODUO

Neste mdulo voc aprender sobre a ateno a uma criana de 1 semana a 2 meses de idade. O pro-cesso muito parecido ao que voc aprendeu para a ateno a uma criana doente de 2 meses a 5 anos deidade. Todos os passos esto em um quadro:

AvaliarClassificarTratarOrientar a Me ou o AcompanhanteConsulta de Retorno

As crianas de 1 semana a 2 meses de idade tm caractersticas especiais que devem ser consideradas

quando suas doenas so classificadas. Podem adoecer e morrer em um curto espao de tempo por infec-es bacterianas srias. Freqentemente apresentam apenas os sinais gerais como hipoatividade, febre, outemperatura corporal baixa. A tiragem subcostal leve normal nas crianas pequenas porque a musculatu-ra torcica delgada. Por essas razes, voc avaliar, classificar e tratar a criana de uma maneira um poucodiferente da qual avalia a criana de mais de 2 meses de idade. O quadro AVALIAR, CLASSIFICAR ETRATAR A CRIANA DE 1 SEMANA A 2 MESES lista os sinais especiais que devem ser avaliados paraa classificao e o tratamento deste grupo etrio.

Esse quadro no serve para o recm-nascido com menos de 1 semana de idade. Na primeira semanade vida, os recm-nascidos geralmente ficam doentes em conseqncia das condies relacionadas com otrabalho de parto e o parto, ou tm infeces que requerem tratamento especial. Os profissionais de sadeque atendem os recm-nascidos doentes devem estar familiarizados com todo o perodo perinatal e suascomplicaes. Portanto, a capacitao para a ateno destes recm-nascidos ser associada com a capacita-o para a ateno ao trabalho de parto e o parto em outro curso.

H um Formulrio de Registro especial para crianas de 1 semana a 2 meses de idade. Tem o forma-to parecido com o do Formulrio de Registro para crianas maiores. Ali existe uma lista de sinais para seremavaliados em uma criana de 1 semana a 2 meses de idade (no anexo h uma cpia deste formulrio).

Parte do que voc aprendeu sobre a ateno a crianas doentes de 2 meses a 5 anos de idade serve paraas crianas de 1 semana a 2 meses de idade. Este mdulo se concentrar em novas informaes e tcnicasque voc necessita para tratar essas crianas.

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Este mdulo apresentar uma descrio das seguintes tcnicas e lhe permitir praticar algumasdelas (algumas sero praticadas no servio de sade):

avaliar e classificar a possvel infeco bacteriana de uma criana;

avaliar e classificar uma criana com diarria;

verificar se h um problema de alimentao ou baixo peso, avaliando a amamentao eclassificando a alimentao;

tratar uma criana com antibiticos de administrao oral ou intramuscular;

dar lquidos para o tratamento da diarria;

ensinar me a tratar as infeces locais em casa;

ensinar a posio e a pega corretas para a amamentao;

orientar a me ou o acompanhante sobre a maneira de prestar os cuidados domiciliares.

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1 AVALIAR E CLASSIFICAR ACRIANA DE 1 SEMANA A 2 MESES

Pergunte me quais so os problemas que a criana apresenta. Determine se trata-se de uma primei-ra consulta ou de retorno por causa desses problemas. Caso seja uma consulta de retorno, voc dever tra-tar a criana de acordo com as instrues especiais para tal. Essas instrues especiais esto nos quadros deconsulta de retorno na parte inferior do quadro CRIANA DE 1 SEMANA A2 MESES. So ensinadas no mdu-lo CONSULTA DE RETORNO.

Caso se trate de uma primeira consulta, siga a seqncia dos passos que figuram no quadro. Nestaseo so ensinados os passos para avaliar e classificar a criana doente na consulta inicial.

Verifique se h sinais de possvel infeco bacteriana. A seguir, classifique a criana de acordo

com os sinais encontrados. Pergunte a respeito da diarria. Caso a criana tenha diarria, avalie os sinais relacionados a ela.

Classifique-a, tambm, quanto desidratao, diarria persistente e disenteria, caso este-jam presentes.

Verifique se h um problema de alimentao ou baixo peso. Nisso pode estar includa a ava-liao da amamentao. Depois classifique a alimentao.

Verifique o estado de imunizao da criana. Avalie qualquer outro problema.

Caso encontre um motivo pelo qual a criana necessite ser referida com urgncia ao hospital, voc nodever continuar a avaliao. Nesse caso, no deve avaliar a amamentao porque poder tomar tempo.

1.1 VERIFICAR SE H INFECO BACTERIANAEste passo da avaliao deve ser seguido em todas crianas de 1 semana a 2 meses de idade. Neste passo

voc est procurando sinais de infeco bacteriana, especialmente uma infeco grave. A criana pode adoe-cer e morrer muito rapidamente por infeces bacterianas graves como pneumonia, septicemia e meningite.

importante avaliar os sinais seguindo a seqncia do quadro e manter a criana tranqila. A crian-a deve estar tranqila e pode estar dormindo enquanto voc avalia os primeiros quatro sinais, ou seja,enquanto conta a respirao e observa a tiragem subcostal, o batimento das asas do nariz e o gemido.

Para avaliar os seguintes sinais voc pedir a me que tire a roupa da criana, observar a pele de todoo corpo e medir a temperatura. A esta altura a criana provavelmente j estar acordada. Voc poder entover se ela est letrgica ou inconsciente e observar seus movimentos.

PERGUNTAR ME QUAIS SO OS PROBLEMAS DA CRIANA DE 1 SEMANA A 2MESES DE IDADE.

Determinar se esta a primeira consulta para este problema ou consulta de retorno.

- Se for uma consulta de retorno, utilizar as instrues do quadro CONSULTA DE RETORNO.- Se for a primeira consulta, avaliar a criana como a seguir:

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A seguir, descreve-se como avaliar cada sinal.

PERGUNTAR: a criana teve convulses? A criana no consegue alimentar-se? A criana vomita tudoque ingere?

Faa essas perguntas me. Verifique a veracidade das respostas.

OBSERVAR: contar o nmero de respiraes por minuto. Repetir se a contagem for elevada.

Conte a freqncia respiratria como faria com uma criana maior de 2 meses. As crianas menoresgeralmente respiram num ritmo mais rpido. A freqncia respiratria de uma criana menor de 2 mesessadia mais elevada que 50 respiraes por minuto. Assim sendo, considerada freqncia respiratria ele-vada se apresenta 60 respiraes ou mais por minuto.

Caso a primeira contagem seja de 60 respiraes ou mais, repita a contagem. Isso importante por-que a freqncia respiratria de uma criana menor de 2 meses normalmente irregular. A criana ocasio-nalmente deixar de respirar por poucos segundos, e depois seguir com um perodo de respirao maisrpida. Caso a segunda contagem seja tambm de 60 respiraes ou mais, a criana tem respirao rpida.

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OBSERVAR: se h tiragem subcostal grave.

Observe a tiragem subcostal da criana da mesma forma que observaria a tiragem subcostal de uma

criana de mais de 2 meses. Entretanto, a tiragem subcostal leve normal em uma criana dessa idade por-que a musculatura torcica delgada. A tiragem subcostal grave muito profunda e fcil de ser vista, sendosinal de POSSVEL INFECO BACTERIANA GRAVE nesse grupo etrio.

OBSERVAR: se h batimento das asas do nariz (dilatao das narinas quando a criana inspira).

VERIFICAR E ESCUTAR: se h gemido.

Os gemidos so sons suaves e breves que uma criana produz ao expirar. O gemido ocorre quando acriana tem dificuldade para respirar.

OBSERVAR E PALPAR: para ver se a fontanela est abaulada.

Para examinar a fontanela anterior, a criana no deve estar chorando. A seguir, observe e palpe afontanela. Caso a fontanela esteja abaulada ao invs de plana, considerar a POSSVEL INFECO BACTERIANAGRAVE.

OBSERVAR: se h secreo purulenta no ouvido.

Certifique-se de que a me no secou o ouvido anteriormente.

EXAMINAR: o umbigo apresenta-se eritematoso ou com secreo purulenta? O eritema estende-se pele?

Pode haver algum eritema na extremidade do umbigo, ou o umbigo pode estar com secreo puru-lenta. A gravidade da infeco determinada pela medida em que o eritema se estende em volta do umbi-go. Caso o eritema estenda-se pele da parede abdominal (como se observa neste desenho), trata-se de umainfeco grave.

PALPAR: tirar a temperatura (ou tocar para determinar se a temperatura corprea est alta ou baixa).

Nos dois primeiros meses de vida, a febre pouco comum. Caso a criana tenha febre, possvel quetenha uma infeco bacteriana grave. Ademais, a febre pode ser o nico sinal de infeco bacteriana grave.

As crianas podem tambm responder infeco com hipotermia, sendo inclusive esta ocorrncia mais fre-qente que a febre. Considerar febre se apresenta temperatura axilar igual ou superior a 37,5C e hipoter-

mia se a temperatura axilar for menor de 35,5C. Caso no haja um termmetro, toque a pele da criana edetermine se est quente ou muito fria.

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OBSERVAR: se h pstulas na pele. As pstulas so muitas ou extensas?

Examine a pele de todo o corpo. As pstulas na pele so manchas vermelhas com vesculas que con-

tm pus. Caso voc veja pstulas, so poucas ou numerosas? A pstula grave grande e o eritema se esten-de ao seu redor. As pstulas, quando so numerosas ou graves, indicam uma POSSVEL INFECO BACTERIA-NA GRAVE.

OBSERVAR: se a criana est letrgica ou inconsciente.

As crianas freqentemente dormem a maior parte do tempo, o que no um sinal de doena. Umacriana letrgica permanece sonolenta e talvez no desperte depois de algum estmulo. Caso a criana nodesperte durante a avaliao, pea me que a acorde. Observe se a criana acorda quando a me fala comela ou a sacode suavemente ou quando voc bate palmas. Veja se ela fica acordada.

Uma criana inconsciente no responde quando tocada ou falam com ela.

OBSERVAR: os movimentos da criana. Movimenta-se menos do que o normal?

Quando voc observa atentamente, ver que a criana desperta move normalmente os braos e as per-nas ou gira a cabea vrias vezes em um minuto. Observe os movimentos da criana enquanto executa aavaliao.

OBSERVAR: se apresenta dor manipulao.

Observar se apresenta dor manipulao e movimentao dos membros superiores e inferiores, parapesquisar sinais de artrite sptica ou sfilis congnita ou POSSVEL INFECO BACTERIANA GRAVE.

SEU FACILITADOR DIRIGIR UM EXERCCIO ORAL PARA REPASSAR OSLIMITES PARA A RESPIRAO RPIDA NAS CRIANAS.

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EXERCCIO A

Parte 1 Vdeo

Voc assistir um vdeo no qual sero mostradas crianas doentes. Nele se demonstrar como avaliara criana doente de 1 semana a 2 meses de idade com possvel infeco bacteriana, bem como sero apre-sentados exemplos de sinais clnicos.

Parte 2 Fotografias

Estude as fotografias numeradas de 60 a 62 no livro de fotografias. Leia as explicaes que figuramabaixo de cada fotografia.

Fotografia 60: umbigo normal em um recm-nascido.Fotografia 61: eritema umbilical que se estende pele do abdome.Fotografia 62: numerosas pstulas cutneas.

Estude as fotografias numeradas de 63 a 65. Indique com uma marca como avaliou o umbigo de cadauma dessas crianas.

O GRUPO DISCUTIR O VDEO E AS FOTOGRAFIAS.

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1.2 VERIFICAR E CLASSIFICAR TODAS AS CRIANASQUANTO POSSIILIDADE DE INFECO BACTERIANA

Verifique e classifique todas as crianas no quadro referente possibilidade de infeco bacteriana.Compare os sinais da lista e escolha a classificao apropriada. Caso a criana apresente algum dos sinais dafileira superior, escolha POSSVEL INFECO BACTERIANA GRAVE. Se a criana apresentar leso restrita aoumbigo ou pele, escolha INFECO BACTERIANA LOCAL. Selecione apenas uma das classificaes destequadro.

POSSVEL INFECO BACTERIANA GRAVE

Uma criana com os sinais desta classificao pode ter uma doena grave e apresentar alto risco de

vida. A criana pode ter pneumonia, septicemia ou meningite. difcil distinguir entre estas infeces nacriana de 1 semana a 2 meses de idade.

Uma criana com algum dos sinais de POSSVEL INFECO BACTERIANA GRAVE necessita ser referidacom urgncia ao hospital. Antes de referi-la, administre uma dose de antibitico por via intramuscular eprevina a hipoglicemia.

Explique me que muito importante manter a criana doente agasalhada. As crianas pequenas tmdificuldade para manter a temperatura do corpo. Hipotermia isoladamente j representa um fator impor-tante com risco de morte.

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INFECO BACTERIANA LOCAL

As crianas com esta classificao podem ter uma infeco umbilical ou uma infeco cutnea.

No tratamento est includo a administrao de um antibitico oral apropriado em casa por sete dias.A me tambm tratar a infeco local e dar cuidados em casa. A me dever retornar com a criana emdois dias para assegurar-se que a infeco est melhorando. As infeces bacterianas podem avanar rapida-mente nas crianas de 1 semana a 2 meses de idade.

Observao: no caso da criana apresentar pequenas pstulas na pele e em n reduzido(menor decinco), a me poder ser orientada para fazer a limpeza das leses com soluo de Permanganato de Potssioe usar pomada tpica de antibitico (Neomicina), trs vezes ao dia. A criana dever ser acompanhada dia-riamente at a regresso das leses. Caso continue inalteradas ou no apresentem melhora, dever ser ini-ciada an tibioticoterapia oral ou com uma aplicao nica de Penicilina G Benzatina (dose: 50.000 UI/kg).

1.3 AVALIAR A DIARRIA

Caso a me diga que a criana tem diarria, avalie e classifique a diarria. As fezes da criana que mamano peito so freqentes e amolecidas e no constituem diarria. A me da criana pode reconhecer a diar-ria porque a consistncia ou freqncia das dejees so diferentes das normais. A avaliao similar a dacriana de mais de 2 meses de idade, porm um nmero menor de sinais so verificados.

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Como Usar o Formulrio de Registro da Criana de 1 Semana a 2 Meses de Idade

A seguir, apresenta-se parte do Formulrio de Registro da Criana de 1 Semana a 2 Meses de Idade. As

linhas que aparecem na parte superior so iguais do Formulrio de Registro da criana de 2 meses a 5 anosde idade. As sees seguintes esto destinadas a avaliar e classificar POSSVEL INFECO BACTERIANA eDIARRIA. Note que para a criana, no h sinais gerais de perigo em separado. Estude o exemplo abaixo. Elefoi preenchido para mostrar parte dos resultados da avaliao e as classificaes para a criana chamada

Jolmir.

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EXERCCIO B

Neste exerccio voc praticar como registrar os resultados da avaliao em um Formulrio de Registrode crianas de 1 semana a 2 meses de idade. Voc classificar as crianas por possvel infeco bacteriana ediarria.

Obtenha do facilitador cinco Formulrios de Registro de crianas de 1 semana a 2 meses de idade embranco. Abra o livreto de Quadros de Conduta no quadro AVALIAR, CLASSIFICAR E TRATAR A CRIANADOENTE DE 1 SEMANA A2 MESES DE IDADE.

Para registrar cada caso:

1. Preencha um Formulrio de Registro com o nome da criana.

2. Leia a informao sobre o caso. Anote a idade, o peso, a temperatura e o problema da criana.Ponha uma marca em Primeira Consulta (todas as crianas deste exerccio vieram aoservio de sade pela primeira vez).

3. Anote os resultados da avaliao no formulrio.4. Verifique e classifique a criana quanto possibilidade de infeco bacteriana e diarria.5. A seguir, passe ao caso seguinte.

Caso 1: Henrique

Henrique uma criana de 3 semanas de idade. Pesa 3,6 kg. Tem uma temperatura axilar de 37C.Foi levado ao servio de sade como primeira consulta porque tem dificuldade para respirar. O profissio-nal de sade verifica primeiro se a criana tem sinais de possvel infeco bacteriana. A me disse queHenrique no tem tido convulses, consegue alimentar-se, porm com dificuldade, e vomitou somente umavez. O profissional de sade conta 74 respiraes por minuto. Repetiu a contagem. A segunda vez contou70 respiraes por minuto. Verifica que Henrique tem tiragem subcostal leve e batimento das asas do nariz.No tem gemido. A fontanela no est abaulada. No h secreo purulenta nos ouvidos, o umbigo estnormal e no h pstulas na pele. Henrique est tranqilo e desperto e seus movimentos so normais. Notem diarria.

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Caso 2: Sandra

Sandra tem 5 semanas de idade. A menina pesa 4 kg. Tem uma temperatura axilar de 37C. A me a

levou ao servio de sade porque tem uma erupo. O profissional de sade avalia os sinais de possvel infec-o bacteriana. A me de Sandra diz que ela no tem tido convulses. Mama bem e no apresentou vmi-tos. A freqncia respiratria de Sandra de 55 por minuto. No apresenta tiragem subcostal, batimentodas asas do nariz, nem gemido. A fontanela no est abaulada. No h secreo purulenta nos ouvidos e oumbigo est normal. O profissional de sade examina todo o corpo da menina e encontra uma erupo eri-tematosa com apenas algumas pstulas nas ndegas. Est desperta, no est letrgica e seus movimentos sonormais. No tem diarria.

Caso 3: Elias

Elias um menino franzino que nasceu exatamente h duas semanas. Pesa 2,5 kg. Tem uma tempe-ratura axilar de 37C. A me disse que nasceu prematuro, em casa, e que era muito menor que seus outrosfilhos. Est preocupada porque o umbigo est infectado. Disse que a criana no tem tido convulses, ali-menta-se bem e vomita quando mama muito. O profissional de sade conta as respiraes e verifica umafreqncia respiratria de 55 por minuto. No apresenta tiragem subcostal, batimento das asas do nariz,nem gemido. A fontanela no est abaulada. Os ouvidos no tm secreo purulenta. O umbigo tem umpouco de pus na ponta que est tambm eritematosa. O profissional de sade observa todo o corpo e noencontra erupes cutneas sem pstulas. O menino est desperto e contente. Ele movimenta-se regular-mente, sem dor. No tem diarria.

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Caso 4: Jeremias

Jeremias tem 7 semanas de idade. Pesa 3 kg. Tem uma temperatura axilar de 36,9C. A me o levou

ao servio de sade porque tem diarria. O profissional de sade primeiro avalia os sinais de infeco bac-teriana. A me disse que o menino no tem tido convulses, no apresenta vmitos e alimenta-se bem. Afreqncia respiratria de 58 por minuto. Jeremias est dormindo agora nos braos da me, porm des-pertou porque a me o despiu. Apresenta tiragem subcostal leve, no tem batimento das asas do nariz nemgemido. A fontanela no est abaulada. Os ouvidos no tm secreo purulenta. O umbigo no est erite-matoso nem tem secreo purulenta. Tem uma erupo na regio das fraldas, porm no tem pstulas. Estchorando e movendo os braos e pernas normalmente.

Quando o profissional de sade pergunta me a respeito da diarria de Jeremias, ela responde quecomeou h trs dias e que no h sangue nas fezes. Jeremias ainda est chorando. Parou de chorar uma vezquando a me deu-lhe o peito. Comeou a chorar outra vez quando a me deixou de amament-lo. A meinformou que Jeremias no tem dormido direito h um dia. A me disse que Jeremias est chorando muitomais do que o normal. Os olhos parecem normais, no esto fundos. Ao sinal da prega a pele do abdomevolta ao estado anterior lentamente.

Caso 5: Isabel

Isabel tem 6 semanas de idade. Pesa 4,2 kg. Tem uma temperatura axilar de 36,5C. A me levou amenina ao servio de sade porque tem diarria desde ontem noite, no consegue mamar e parece muitodoente. Quando o profissional de sade perguntou me se Isabel tinha tido convulses, ela disse que noe que no apresenta vmitos. O profissional de sade contou 50 respiraes por minuto. Isabel apresentatiragem subcostal grave. No tem gemido nem batimento das asas do nariz. A fontanela no est abaulada.

Os ouvidos no tm secreo purulenta e o umbigo no est erimatoso e, tambm, no tem secreo puru-lenta. No h pstulas no corpo. Quando sua roupa tirada, quando falam com ela ou lhe sacodem os bra-os e pernas, ou quando levantada, Isabel no desperta, est inconsciente.

Em resposta s perguntas do profissional de sade, a me disse que Isabel tem tido diarria por umasemana e que no h sangue nas fezes. O profissional de sade verifica que os olhos da menina esto fun-dos. Ao sinal da prega do abdome, a pele volta ao estado anterior muito lentamente.

QUANDO TERMINAR ESTE EXERCCIO,DISCUTASUAS RESPOSTAS COM UM FACILITADOR.

Nota: guarde os Formulrios de Registro dessas cinco crianas. Voc continuar avaliando, classificando e determinando o tratamento para eles maisadiante neste mdulo.

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1.5 A SEGUIR, VERIFICAR SE H PROBLEMA DEALIMENTAO OU PESO BAIXO

Uma alimentao adequada essencial para o crescimento e o desenvolvimento da criana. A alimen-tao deficiente durante a infncia pode ter efeitos por toda a vida. O crescimento pode ser avaliado deter-minando o peso para a idade. importante avaliar a alimentao e o peso da criana para que se possa me-lhorar a alimentao, caso seja necessrio.

A lactncia materna exclusiva a melhor forma de alimentar a criana menor de 6 meses. exclusivaporque a criana somente se alimenta mamando ao peito, sem que lhe ofeream nenhum outro alimento,gua ou outros lquidos adicionais, exceto os medicamentos e vitaminas quando necessrio.

A lactncia materna exclusiva d criana pequena a melhor nutrio e proteo possvel contra asdoenas. Quando as mes entenderem que a amamentao exclusiva oferece a melhor probabilidade de cres-cimento e desenvolvimento adequados, estaro mais dispostas a amamentar seus filhos. Iro sentir-se moti-vadas a amament-los para proporcionar-lhes esta vantagem inicial, apesar das razes sociais ou pessoais queas levam a considerar que a amamentao exclusiva difcil.

A avaliao tem duas partes. Na primeira parte, voc faz perguntas me. Voc determina se ela esttendo dificuldade em alimentar a criana, como a alimenta e com que freqncia o faz. Voc tambm deter-mina o peso para a idade.

Na segunda parte, se a criana tem algum problema com a amamentao ou peso baixo para a idade,voc avalia como a criana mama. importante tambm avaliar a amamentao sempre que a criana vempara a primeira consulta no servio de sade, dessa maneira consegue-se identificar problemas no citados

pelas mes e representa uma boa oportunidade para avaliao das mamas das mes, assim como orientar aposio correta e uma boa pega.

1.5.1 Perguntar sobre a Alimentao e Determinar o Peso para a Idade

Procure obter o peso ao nascer ainda que ele no esteja na folha de registro, porque importante paracomparar com o peso/idade tomado durante a consulta. Procurar saber se ela tem o carto da criana, ins-trumento no qual se registra o peso ao nascer. importante considerar, no caso de uma criana menor que2 meses que nasceu com menos de 2,5 kg e foi classificada como de peso baixo, mas no carto apresenta

curva de peso ascendente. Nesse caso seu peso est adequado. Elogie a me.

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PERGUNTAR: h alguma dificuldade para alimentar?

Qualquer dificuldade mencionada pela me importante. Essa me talvez necessite de recomendaes

ou ajuda especfica para alguma dificuldade1. Se uma me diz que a criana no pode alimentar-se, certi-fique-se que essa informaco verdadeira, solicite me que tente alimentar a criana ou oferea leite mater-no na xcara. Uma criana que no consegue alimentar-se pode ter uma infeco grave ou outro problemaque pe sua vida em perigo e dever ser referida com urgncia ao hospital.

PERGUNTAR: a criana est sendo amamentada ao peito? Se a resposta for sim, quantas vezes em cada24 horas?

A recomendao que a criana seja amamentada com a freqncia e pelo tempo que ela desejar, diae noite, em livre demanda. A freqncia ser de oito vezes ou mais durante 24 horas.

PERGUNTAR: habitualmente a criana recebe quaisquer outros alimentos ou lquidos? Se a resposta forsim, que tipo e com que freqncia?

A criana dever ser amamentada de maneira exclusiva. Averige se a criana est recebendo qualqueroutro alimento ou lquidos, como outro leite, sucos, ch, papinhas comuns, cereais diludos ou at mesmogua. Pergunte com que freqncia recebe este alimento ou bebida e a quantidade. Voc precisa saber se acriana se alimenta mais freqentemente mamando ao peito ou mais freqentemente com outrosalimentos.

PERGUNTAR: que usa para alimentar a criana?

Caso a criana tome outros alimentos ou bebidas, verifique se a me usa mamadeira ou xcara.

OBSERVAR: determinar o peso para a idade.

Use a curva de peso para a idade para determinar se a criana tem peso baixo para a idade. Leve emconsiderao quepara uma criana menor de 2 meses voc dever usar a linha de peso baixo para a idade.Isso para captar precocemente essas crianas onde possvel recuperar mais facilmente o peso com medi-das e orientao de aleitamento materno ao invs da linha de peso muito baixo para a idade, empregadapara as crianas de mais de 2 meses.

Lembre-se que a idade da criana menor de 2 meses geralmente expressa em semanas, porm nacurva de peso por idade indicada em meses.Algumas crianas que tm peso baixo para a idade nasceram

com peso baixo e outras podem ser apenas bebs prematuros. Independente da causa, o peso ao nascer infe-rior a 2,5 kg representa um dos prncipais fatores de risco para o crescimento adequado e para a criana adoe-cer. Essas crianas devem ser acompanhadas com maior assiduidade pelos profissionais de sade.

Nota: as dificuldades para a amamentao mencionadas por uma me podem incluir: a criana se ali-menta com muita freqncia ou no se alimenta com bastante freqncia, ela no tem leite suficiente, osbicos do peito doem, tem os bicos do peito achatados ou invertidos e a criana no quer mamar ao peito.

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EXEMPLO: uma criana tem 6 semanas de idade e pesa 3 kg. Na continuao se mostra como o profissio-nal de sade verificou se esta criana tinha peso baixo para sua idade.

SEU FACILITADOR DIRIGIR UM EXERCCIO ORAL PARA QUE VOC PRATIQUECOMO LER UMQUADRO DEPESO PORIDADE PARA UMA CRIANA.

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