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AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM CONTROLADORIA E FINANÇAS CORPORATIVAS 8,0 A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA AS EMPRESAS ANGÉLICA GISIELE DIAS [email protected] ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO JUÍNA/2017

AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2017-12-17 · ... GIRO DO ATIVO GE: GRAU DE ENDIVIDAMENTO ILC: ÍNDICE DE LIQUIDEZ

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AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE

DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM CONTROLADORIA E FINANÇAS CORPORATIVAS

8,0

A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA AS

EMPRESAS

ANGÉLICA GISIELE DIAS

[email protected]

ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO

JUÍNA/2017

AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE

DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM CONTROLADORIA E FINANÇAS CORPORATIVAS

A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA AS

EMPRESAS

ANGÉLICA GISIELE DIAS

ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO

“Trabalho apresentado como exigência parcial para obtenção do Título de Especialização em Controladoria e Finanças Corporativas.”

JUÍNA/2017

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida e sabedoria, por sempre

me guiar e orientar.

Agradeço aos meus pais, Vicente Bento Dias e Maria Aparecida Casarin

Dias, que sempre me apoiaram e foram os principais impulsores para esta

conquista.

Aos professores do curso, que fizeram parte do conjunto de informações que

obtive para chegar até aqui, foi através de seus ensinamentos e dedicação tornou-se

possível esta conquista.

Enfim, agradeço a meus irmãos, familiares, amigos e a todas as pessoas

que de alguma forma influenciaram para que esta conquista fosse alcançada.

“É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É

melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final. Eu

prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.

Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver.”

Martin Luther King

RESUMO

A escolha do tema para o presente trabalho surgiu do interesse de ampliar

os conhecimentos obtidos nas disciplinas de Análise das Demonstrações Contábeis,

o que motivou a realizar a estudo bibliográfico que forneceu todos os documentos e

informações necessárias para a realização do estudo. Neste sentido, o trabalho tem

como objetivo estudar, analisar e demonstrar a importância das análises das

demonstrações contábeis para as empresas. Para isso, utiliza-se do método de

pesquisa bibliográfica, elaborada através de livros, restivas e pesquisas na web.

Diante dessa perspectiva buscou-se mostrar como é possível através das análises

dos indicadores econômicos, financeiros e patrimoniais, transformar o conjunto de

dados registrados pela contabilidade no dia-a-dia da empresa em informações.

Buscou-se também mostrar como as informações obtidas através das análises

podem auxiliar os gestores no processo de toma de decisão. Com todas as

informações obtidas através do estudo realizado pode-se concluir que a partir das

análises dos índices é possível que os gestores tenham uma visão gerencial mais

ampla da real situação em que a empresa se encontra em determinado período, o

que possibilidade que seja traçado metas e estratégias mais eficientes, possibilidade

também que os gestores consigam evitar problemas futuros com base nos dados

atuais.

Palavras-chave: Análise das demonstrações contábeis. Processo decisório.

Situação econômico-financeira.

LISTAS DE SIGLAS

AC: ATIVO CIRCULANTE

BP: BALANÇO PATRIMONIAL

CE: COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO CMV:

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS

DRE: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

ELP: EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

GA: GIRO DO ATIVO

GE: GRAU DE ENDIVIDAMENTO

ILC: ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE

ILG: ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL

ILI: ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA

ILS: ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA

IPL: IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

ML: MARGEM LÍQUIDA

PC: PASSIVO CIRCULANTE

PCT: PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL DE TERCEIROS PL:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

PMPC: PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS

PMRE: PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES

PMRV: PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS

RLP: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

ROA: RENTABILIDADE DO ATIVO

ROE: RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 07

1. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................................. 12

1.1 BALANÇO PATRIMONIAL ........................................................................ 12

1.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ............................ 12

2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .................................... 14

2.1 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL ..................................................... 14

2.2 ÍNDICES DE LIQUIDEZ .............................................................................. 15

2.2.1. ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA .............................................................. 15

2.2.2. ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE ........................................................... 15

2.2.3 ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA ..................................................................... 16

2.2.4 ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL ................................................................... 16

2.3 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO ................................................................ 17

2.3.1 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS (GRAU DE ENDIVIDAMENTO) ..................................................................................... 17

2.3.2 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO ..................................................... 18 2.3.3 IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO……………………………….18

2.3.4 IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES…………………...18

2.4 ÍNDICES DE ATIVIDADE ........................................................................... 19

2.4.1. PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES (PMRE) ....................... 19

2..4.2. PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS (PMRV) ................... 19

2..4.3. PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS (PMPC) ................... 20

2.5 CICLO OPERACIONAL E CICLO FINANCEIRO ....................................... 20

2.6 ÍNDICES DE RENTABILIDADE ................................................................. 21

2.6.1. GIRO DO ATIVO ........................................................................................ 21

2.6.2. MARGEM LÍQUIDA .................................................................................... 22

2.6.3. RENTABILIDADE DO ATIVO .................................................................... 22

2.6.4. RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ......................................... 22

3. A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA AS EMPRESAS ............................................................................... 24

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 27

INTRODUÇÃO

O processo de gestão de uma empresa é bastante complexo, necessita de

uma adequada estrutura de dados e informações e para que isso ocorra às

atividades financeiras desenvolvidas precisam ser registradas adequadamente.

Estes registros demonstram a vida da empresa e quando escriturados de forma

inadequada apresenta dados incoerentes impossibilitando uma análise completa da

sua situação.

Diante disso, a contabilidade vem tomando um papel de destaque dentro

das organizações, pois consegue reunir todas as informações necessárias para

auxiliar os gestores nas tomadas de decisão. As empresas necessitam cada vez

mais de controles mais apurados, análises e averiguações da situação da empresa,

e a contabilidade através de suas ferramentas dispõe disso para as empresas.

Uma dessas ferramentas é a realização das análises das demonstrações

contábeis, cujo objetivo é diagnosticar a situação econômica, financeira e

patrimonial das empresas e sua evolução.

As análises das demonstrações contábeis são de grande utilidade, quando

se busca o enfoque gerencial, uma vez que serve como base de informações que

auxiliam na tomada de decisão dos gestores por serem alimentadas pelas

transações diárias realizadas na empresa, tornando-se um sistema de informação

indispensável à gestão.

Quanto mais numerosas as informações filtradas das demonstrações, maior

a possibilidade de se elaborar um planejamento financeiro, atribuindo à empresa

uma maior competitividade em relação a seus concorrentes, o que contribui para um

melhor desenvolvimento e crescimento econômico e financeiro da empresa.

Dentro do contexto das análises das demonstrações contábeis tem-se a

análise financeira que busca avaliar capacidade de pagamento da empresa, a curto,

médio e longo prazo, tendo como foco os investimentos operacionais em giro e o

ciclo financeiro da empresa, ou seja, a análise financeira avalia as disponibilidades

como forma de saldar as dívidas da empresa. E a análise econômica que cuida da

solidez da empresa, representada pelo seu patrimônio líquido. É obtida pela relação

entre as fontes de recursos que financiam a atividade da empresa, seu nível e perfil

de endividamento e com os investimentos fixos realizados.

Expondo a grande importância dessas ferramentas, o presente estudo tem

como pretensão evidenciar a importância das análises para os gestores mostrando

que através desta ferramenta consegue-se definir qual a real situação econômica e

financeira da empresa, como por exemplo, a capacidade de pagamento das

despesas, rentabilidade do capital investido, possibilidade de falência entre outros.

PROBLEMA DE PESQUISA

Com o crescimento constante das empresas, surgiu à necessidade em

analisar a sua situação econômica e financeira, ou seja, o grau de solidez das

mesmas e suas forças diante de uma eventual crise no mercado de capitais,

procurando identificar se as mesmas terão recursos suficientes para assegurar os

compromissos assumidos.

Tendo em vista o aumento constante da competividade no mercado, as

empresas precisam cada vez mais investir em seus negócios e estar atentas às

demandas, pois o conhecimento do próprio negócio é determinante para sua

sobrevivência. E são as análises das Demonstrações Contábeis que informam a

situação econômica e financeira de uma empresa a fim de demonstrar o real estado

da empresa auxiliando os gestores no processo de tomada de decisões.

Diante disso buscou-se através deste trabalho responder à seguinte

problemática: A análise das demonstrações contábeis é importante para as

empresas? Pode auxiliar os gestores no processo decisório?

OBJETIVOS

A definição de objetivos de acordo com MARCONI e LAKATOS (2001), “a

visão global e abra-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos e eventos,

quer das ideias estudadas. Vincula-se diretamente à própria significação da tese

proposta pelo projeto”. (p. 102).

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OBJETIVO GERAL

O objetivo geral deste trabalho é demostrar a importância de se realizar as

análises das demonstrações contábeis nas empresas enfatizando como as análises

das demonstrações contábeis auxiliam o processo decisório da empresa.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Contextualizar as demonstrações contábeis demonstrando sua viabilidade.

Mostrar a importância das análises das demonstrações contábeis para as

empresas.

Ressaltar como a análise das demonstrações podem se tornar ferramentas de

apoio para a gestão da empresa no processo de tomada de decisão.

JUSTIFICATIVA

Este trabalho foi desenvolvido tendo como premissa o estudo da importância

das informações geradas pela análise das Demonstrações Contábeis. Conforme

MARCONI e LAKATOS (2001, p. 102):

É o único item do projeto que apresenta respostas á questão por quê? De suma importância, geralmente é o elemento que contribui mais diretamente na aceitação da pesquisa pela(s) pessoa(s) ou entidade(s) que vai(ão) financiá-la. Consiste numa exposição sucinta, porém completa, das razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática que tornam importante a realização da pesquisa.

Através de uma análise bem feita, elaborada em cima de dados e

informações corretas pode-se saber como esta o desempenho das empresas,

podendo compará-las a períodos anteriores e ate mesmo esboçar estratégias futuras

e é neste sentido que este trabalho esta voltado, ressaltar a importância da Análise

das Demonstrações Contábeis.

Os conceitos expostos tem a finalidade de demonstrar que através da

análise dos indicadores extraídos dos demonstrativos contábeis da empresa é

possível assegurar com exatidão a situação financeira da mesma auxiliando os

gestores no planejamento, estratégias e decisões a serem tomadas, mostrando a

viabilidade dessa ferramenta para as empresas de modo geral.

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Justificando-se por demonstrar a importância da elaboração e análise das

demonstrações contábeis para as empresas e mostrando como essas ferramentas

podem e devem ser usadas para auxiliar à tomada de decisões.

METODOLOGIA

Um trabalho científico assim como qualquer outra pesquisa, necessita de

métodos e técnicas na sua elaboração. A metodologia tem como finalidade definir de

que maneira é conduzida a pesquisa.

Para o desenvolvimento desse trabalho, a metodologia utilizada quanto a

sua finalidade é a pesquisa aplicada. Quanto aos procedimentos, serão utilizadas as

técnicas: bibliográfica e documental. A pesquisa bibliográfica, conforme explica GIL

(2008, p.29):

É elaborada com base em material já publicado. [...] inclui material impresso, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais eventos científicos. Todavia, em virtude da disseminação de novos formatos de informação, estas pesquisas passaram a incluir outros tipos de fontes, como discos, fitas magnéticas, CDs, bem como o material disponibilizado pela internet.

Para produzir este trabalho e alcançar os objetivos propostos, o conjunto de

técnicas a ser utilizado baseia-se na consulta em livros e artigos de caráter

exploratório.

DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

O presente estudo delimitou-se em apresentar alguns dos indicadores de

análise das demonstrações contábeis, entre eles estão: análise horizontal e vertical,

os índices de liquidez, os índices de endividamento, os índices de atividade e os

índices que transmitem a que ponto está à rentabilidade da organização.

São essas as ferramentas apresentadas por este trabalho, que tem como

finalidade demonstrar a importância de se realizar a análise das demonstrações

contábeis dentro de uma empresa.

ESTRUTURA DO TRABALHO

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No primeiro capítulo o presente trabalho discorre sobre o conceito de

demonstrações contábeis e cada uma delas (Balanço Patrimonial e Demonstração

do Resultado do Exercício). O segundo capítulo aborda o conceito das Análises das

Demonstrações Contábeis e suas ferramentas, mostrando detalhadamente qual sua

finalidade e como se calcula cada índice. O terceiro e último capítulo fala sobre a

importância dessas análises das demonstrações contábeis para as empresas.

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1- DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As Demonstrações Contábeis expõem os principais fatos ocorridos em um

determinado período de forma resumida e ordenada que foram registrados pela

contabilidade.

Através dos demonstrativos contábeis é possível fazer análise, comparação

e interpretação dos dados registrados com o objetivo de adquirir informações para

realizar um diagnóstico sobre a situação financeira e econômica da empresa em

determinado período, pois quando são analisados, os demonstrativos deixam de ser

apenas um conjunto de dados e passa a ter valor com informação para os gestores

das empresas.

1.1 BALANÇO PATRIMONIAL

O Balanço Patrimonial (BP) é uma das principais demonstrações contábeis

existente. Ele mostra como de fato está o Patrimônio da empresa em determinado

momento.

No Balanço constam os valores do Ativo (bens e direitos), do Passivo

(exigibilidades e obrigações) e do Patrimônio Líquido. De acordo com ASSAF (2009,

p. 68):

O balanço compõe-se de três partes essências: ativo, passivo e patrimônio líquido. cada uma dessas partes apresenta suas diversas contas classificadas em “grupos”, os quais, por sua vez, são dispostos em ordem decrescente de grau de liquidez para o ativo e em ordem decrescente de exigibilidade para o passivo.

O balanço patrimonial é parte de um conjunto de relatórios que compõem as

demonstrações contábeis de uma entidade. Além do balanço, há a demonstração do

resultado do exercício que será apresentada a seguir.

1.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um tipo de

demonstrativo contábil elaborado em conjunto com o balanço patrimonial, que tem

como foco principal reunir as informações financeiras da empresa oferecendo um

resumo das atividades operacionais e não operacionais em um determinado

período, demonstrando claramente se houve lucro ou prejuízo. Conforme CHAGAS

(2005, p. 151):

Entre os demonstrativos que a lei 6.404/76 faz obrigatórios para as entidades econômicas, inclui-se a Demonstração do Resultado do Exercício – que no jargão contábil é abreviada para D.R.E. Consiste numa relação de contas de receitas e despesas geradas pela entidade – dispostas em ordem vertical e dedutiva. Destina-se a demonstrar a apuração do lucro ou prejuízo da empresa, feita no encerramento do exercício.

Seu objetivo é mostrar a formação do resultado líquido através das receitas,

despesas e resultados apurados em um exercício, gerando assim informações

significativas para tomada de decisão.

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2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A análise das demonstrações contábeis é uma técnica que realiza a

comparação e interpretação dos demonstrativos contábeis com o objetivo de extrair

informações para verificação da real situação econômica, financeira e patrimonial da

empresa. Para PADOVEZE (2010, p. 147):

O objetivo básico dos indicadores econômico financeiros é evidenciar a posição atual da empresa, ao mesmo tempo em que tentam inferir o que pode acontecer no futuro, com a empresa, caso aquela situação detectada pelos indicadores tenha sequência.

Estas análises oferecem uma visão clara da situação da empresa, podendo

assim ser identificado seus pontos fortes e fracos e verificar de a empresa evoluiu ou

não em comparação os anos anteriores. A partir das análises das evoluções da

empresa é possível fazer um planejamento para as situações que a empresa pode

vivenciar num futuro próximo.

2.1 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL

Um dos principais instrumentos de análise de estrutura patrimonial é a

análise vertical, que consiste na determinação dos percentuais de cada conta ou

grupo de contas do Balanço Patrimonial em relação ao valor total do Ativo ou do

valor total do Passivo. De acordo com MATARAZZO (2008, p. 243):

Análise vertical baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras. Para isso se calcula o percentual de cada conta em relação a um valor-base. Por exemplo, na Análise Vertical do Balanço calcula-se o percentual de cada conta em relação ao total do Ativo.

Já a análise horizontal é refere-se a comparação do valor de cada item do

demonstrativo, em cada ano, com o valor correspondente em determinado ano

anterior (considerado como base). Conforme BLATT (2001, p. 60):

Tem por objetivo demonstrar o crescimento ou queda ocorrida em itens que constituem as demonstrações contábeis em períodos consecutivos. A análise horizontal compara percentuais ao longo de períodos, ao passo que a análise vertical compara-os dentro de um período. Esta comparação é feita olhando-se horizontalmente ao longo dos anos nas demonstrações financeiras e nos indicadores.

Tem por objetivo mostrar a evolução de cada conta ou grupo de contas

consideradas isoladamente.

2.2 ÍNDICES DE LIQUIDEZ

Os índices de liquidez referem-se às medidas de avaliação da capacidade

financeira que uma empresa tem em cumprir com suas obrigações. Um método de

saber se a empresa tem capacidade para saldar suas dividas tanto imediatamente, a

curto e a longo prazo. De acordo com SILVA (2008, p. 283), “[...] a liquidez decorre

da capacidade de a empresa ser lucrativa, da administração de seu ciclo financeiro

e de suas decisões estratégicas de investimento e financiamento”.

Para avaliar a capacidade de pagamento a curto prazo utiliza-se o índice de

liquidez corrente e o índice de liquidez seca, a longo prazo o índice de liquidez geral

e de imediato o índice de liquidez imediata como já diz o próprio nome. Cada um

apresenta sua particularidade e fornecem informações diferentes sobre a situação

da empresa, porém esses índices não podem ser analisamos isoladamente. Os

mesmos serão apresentados mais detalhadamente a seguir.

2.2.1 ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA

O índice de liquidez imediata faz a comparação entre Disponível e o Passivo

Circulante, indicando o percentual dos compromissos que a empresa tem

capacidade de liquidar imediatamente. Segundo ASSAF (2009, p. 190):

Revela a porcentagem das dívidas a curto prazo (circulante) em condições de serem liquidadas imediatamente. Esse quociente é normalmente baixo pelo pouco interesse das empresas em manter recursos monetários em caixa, ativo operacionalmente de reduzida rentabilidade.

Esse índice é obtido através da formula a seguir:

Disponibilidade Liquidez imediata = -----------------------

Passivo circulante

2.2.2 ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE

O índice de liquidez corrente mostra se no curto prazo, os ativos são

suficientes para saldar as obrigações de curto prazo. É obtido dividindo-se a soma

dos direitos a curto prazo da empresa pela soma das dívidas a curto prazo.

15

Para ASSAF (2009, p. 177), “quanto maior a liquidez corrente, mais alta se

apresenta a capacidade da empresa financiar suas necessidades de capital de giro.”

Esse indicador é calculado através da formula:

Ativo circulante Liquidez corrente = ----------------------- Passivo circulante

2.2.3 ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA

O índice de liquidez seca refere-se a uma versão mais rigorosa que a

liquidez corrente, pois para a apuração desse indicador são removidos os estoques

do ativo circulante fornecendo assim uma medida mais apurada da liquidez da

empresa.

Ele indica com quanto a empresa pode contar dos recursos circulantes, sem

vender os estoques, para liquidar as obrigações a curto prazo. Para IUDÍCIBUS

(2013, p. 96) “esta é uma variante muito adequada para se avaliar

conservadoramente a situação da liquidez da empresa. Eliminando-se os estoques

do numerador, estamos eliminando uma fonte de incerteza”.

O índice de liquidez seca é calculado a partir da formula abaixo:

Ativo circulante - Estoques Liquidez seca = -------------------------------------- Passivo circulante

2.2.4 ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL

Quando se fala em índice de liquidez geral trata-se da capacidade de

pagamento que a empresa tem a longo prazo, ou seja, a capacidade de pagamento

de todo o passivo exigível da empresa. Esse indicador mostra o quanto a empresa

tem de recursos para cumprir com todos os seus compromissos. De acordo ASSAF

(2009, p. 191)

esse indicador revela a liquidez, tanto a curto como a longo prazo. De cada $ que a empresa tem de dívida, o quanto existe de direitos e haveres no ativo circulante e no realizável a longo prazo.

Esse indicador é obtido através da formula:

Ativo circulante + Realizável a longo prazo Liquidez Geral = -------------------------------------------------------------

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Passivo circulante + Exigível a longo prazo

2.3 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO

Os índices de estrutura de capital (endividamento) estão relacionados ao

grau de endividamento da empresa. Mostra a participação do capital de terceiros nas

atividades da empresa, quando maiores forem esses indicadores, maior será o

capital de terceiro utilizado pela empresa. Para IUDÍCIBUS (2013, p. 98):

Este quociente é um dos mais utilizados para retratar o posicionamento das empresas com relação aos capitais de terceiros. Grande parte das empresas que vão à falência apresenta, durante um período relativamente longo, altos quocientes e Capitais de Terceiros/Capitais Próprios. Isto não significa que uma empresa com um alto quociente necessariamente irá à falência, mas todas ou quase todas as empresas que vão à falência apresentam este sintoma.

Os índices de endividamento são subdivididos em: participação de capital

de terceiros (grau de endividamento), composição do endividamento, imobilização

do patrimônio líquido e imobilização dos recursos não correntes, que serão

apresentados a seguir.

2.3.1 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS (GRAU DE

ENDIVIDAMENTO)

O índice de participação de capitais de terceiros indica o percentual de

Capital de Terceiros em relação ao Patrimônio Líquido da empresa, mostrando o

quanto a empresa depende de recursos externos. Para MATARAZZO (2008, p. 88):

O índice de participação de capitais de terceiros relaciona, portanto, as duas grandes fontes de recursos da empresa, ou seja, capitais próprios e capitais de terceiros. É um indicador de risco ou de dependência a terceiros, por parte da empresa. Também pode ser chamado índice de Grau de Endividamento.

Esse indicador relaciona as duas maiores fontes de recursos da empresa,

que são capitais próprios e capitais de terceiros, demonstrando o nível de

dependência de terceiros, por parte da empresa. Também pode ser chamado índice

de Grau de Endividamento. É calculado através da formula:

17

2.3.2 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO

A composição do endividamento tem como finalidade de demonstrar o

método utilizado para captação de recursos de terceiros, onde é possível identificar

através desse indicador se a empresa concentra seu endividamento a curto ou longo

prazo. Segundo SILVA (2007, p. 111) “através desta análise é possível mensurar o

volume de dividas da empresa com vencimento no curto prazo em relação a dívida

total.”

Esse indicador é uma avaliação da qualidade do passivo da empresa, em

termos de prazo. É possível compara o montante de dívidas no curto prazo com o

endividamento total. É obtido através da formula a seguir:

2.3.3 IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

O indicador de imobilização do patrimônio líquido mostra quanto do ativo

permanente da empresa é financiado pelo seu próprio capital, ou seja, quanto do

patrimônio líquido da empresa esta investido no seu ativo permanente. Conforme

MATARAZZO (2008, p. 93):

O ideal em termos financeiros é a empresa dispor de Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo Permanente e ainda sobrar uma parcela – CCP = Capital Circulante Próprio – suficiente para financiar o Ativo Circulante. Por suficiente entende-se que a empresa deve dispor da necessária liberdade de comprar e vender sem precisar sair o tempo todo correndo atrás de bancos.

Quando maior for esse índices maior a dependência de capital de terceiros

para cumprir com suas compromissos e obrigações. Para calcular esse indicador

usa-se a formula:

2.3.4 IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES

A imobilização dos recursos não correntes ou imobilização em recursos

permanentes é o indicador que mensura o quanto do capital próprio e do capital de

18

terceiros está investido em ativos permanentes na empresa. Segundo SILVA (2007,

p. 112):

Através da análise deste índice é possível identificar quanto dos Recursos não Correntes da empresa (Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo) está aplicado no Ativo Permanente. Este índice permite uma melhor identificação de quanto a empresa possui de Capital Circulante Próprio.

É obtido através da formula:

2.4 ÍNDICES DE ATIVIDADE

Os índices de atividade indicam as rotatividades sofridas pelo capital e por

valores empregados na produção da empresa, mostrando quantas vezes foram

empregados e recuperados em um determinado período. GITMAN (2010, p. 53), “os

índices de atividade medem a velocidade com que diversas contas se convertem em

vendas ou caixa – entradas ou saídas.”

Os principais indicadores que possibilitam conhecer a evolução da atividade

operacional da empresa são: prazo médio de rotação dos estoques, prazo médio de

recebimento das vendas, prazo médio de pagamento das compras, ciclo operacional

e ciclo financeiro, que serão apresentados a seguir.

2.4.1 PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES (PMRE)

O prazo médio de rotação dos estoques é um indicador que mostrar o

período entre o tempo em que a mercadoria fica estocada até o momento da sua

venda. Quanto maior for a quantidade de vendas mais rápido será a rotatividade dos

estoques e em menos tempo o ativo será recuperado. De acordo IUDÍCIBUS (2013,

p. 110) “este quociente, muito divulgado, procura (mensurado pelo custo das

vendas) representar quantas vezes se “renovou” o estoque por causa das vendas.”

Esse indicador é calculado através da formula abaixo:

2.4.2 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS (PMRV)

19

O prazo médio de recebimento das vendas é o demonstra o período entre o

momento em que as vendas foram realizadas ate o momento que elas são

recebidas. Mostra quanto tempo em média a empresa leva para receber as suas

vendas. Conforme PADOVEZE (2010, p. 214), “este indicador tem por objetivo dar

um parâmetro médio de quanto tempo em média a empresa demora para receber

suas vendas diárias.”

Para esse quociente quanto maior os prazos concedidos e maiores a

quantidade de vendas a prazo, pior para a empresa, pois quando mais prazo a

empresa conceder, maior o comprometimento do seu capital de giro.

2.4.3 PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS (PMPC)

Esse quociente determina o período entre o momento que a compra foi

efetuada ate o momento do seu pagamento. Indica a quantidade média de dias que

a empresa leva para pagar suas contas a partir do momento que foi realizada as

compras. PADOVEZE (2010, p. 215), diz que “a finalidade deste indicador é mostrar

o prazo médio que a empresa consegue pagar seus fornecedores de materiais e

serviços.”

Para saber qual o prazo médio de pagamento das compras utiliza-se a

formula:

2.5 CICLO OPERACIONAL E CICLO FINANCEIRO

O ciclo operacional de uma empresa compreende desde a aquisição da

matéria prima, sua transformação em produto acabado, a estocagem até que sua

venda, o período em que são realizados os pagamentos aos fornecedores e o

período do recebimento das vendas, ou seja, refere-se ao período total desde a data

da compra até o recebimento da venda. Conforme PADOVEZE (2010, p. 216), “para

obter-se o ciclo operacional, basta somar o prazo médio de estocagem com o prazo

médio de recebimento em dias.”

Este indicador pode ser calculado através da seguinte formula:

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O ciclo financeiro é a média de tempo entre o pagamento dos fornecedores

e o recebimento das vendas. É o período em que a empresa financia o ciclo

operacional. É recomendável que este período não seja longo para que ciclo

operacional não se torne oneroso. MATARAZZO (2008, p.320), explica “quanto

maior o ciclo financeiro, pior para a empresa, pois representa maior tempo de

utilização de financiamento e, portanto, maior custo.”

Para obter este índice utiliza-se a formula a seguir:

2.6 ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Os índices de rentabilidade têm como finalidade evidenciar o quanto foi

rentável os investimentos feitos pela empresa, ou seja, demonstra a lucratividade

dos recursos que foram aplicados, o que explica o grande interesse dos sócios em

conhecer esses resultados. Os índices de rentabilidade para SCHMIDT (2006, p.

134):

Estão intimamente relacionados ao desempenho econômico da empresa, apresentando o retorno ou a rentabilidade dos recursos investidos e a eficiência de sua gestão. Dessa forma, os índices de rentabilidade têm em vista mensurar os resultados obtidos pela empresa em relação a determinados parâmetros. As principais bases de comparação utilizadas no estudo dos resultados empresariais são o ativo total, o patrimônio líquido e a receita de vendas. Já os resultados normalmente utilizados são o resultado operacional e o lucro líquido do exercício.

Os principais índices que possibilitam conhecer a rentabilidade do capital

investido são: giro do ativo, margem líquida, rentabilidade do ativo e rentabilidade do

patrimônio líquido, que serão apresentados a seguir.

2.6.1 GIRO DO ATIVO

O giro do ativo tem como intuito relacionar as vendas do período e os

investimentos totais efetuados na empresa, que estão representados pelo ativo

médio. Monstra quantas vezes o ativo girou com o resultado das vendas ou quanto a

empresa vendeu para cada R$ 1,00 de investimento total. Segundo SCHMIDT

(2006, p.139)

Esse índice é obtido, de forma simplificada, pela razão entre o lucro líquido do exercício e os ativos totais da empresa, isto é, compara o resultado do exercício obtido pela empresa com o ativo total. Dessa forma, o índice de

21

retorno sobre os ativos evidencia o retorno propiciado por unidade de ativo da empresa.

O giro do ativo é calculado através da seguinte formula:

2.6.2 MARGEM LÍQUIDA

A margem líquida ou retorno sobre as vendas compara o lucro líquido em

relação às vendas líquidas de um determinado período. Determina a quantidade de

dinheiro que a empresa lucra a cada real de receita adquirido depois de pagar todas

as suas despesas, custos e impostos. De acordo com Silva (2007, p. 114), “este

índice compara o Lucro Líquido em relação ás Vendas Líquidas do período,

apresentando o percentual de LUCRATIVIDADE gerado.”

A margem líquida é calculada a partir da seguinte formula:

2.6.3 RENTABILIDADE DO ATIVO

Rentabilidade do Ativo é o indicador que determina o retorno sobre os

investimentos totais realizados pela empresa em um determinado período seja com

o capital próprio ou capital de terceiros. Mostra o quanto de lucro a aplicação dos

ativos está gerando. Segundo SCHMIDT (2006, p.139):

Esse índice é obtido, de forma simplificada, pela razão entre o lucro líquido do exercício e os ativos totais da empresa, isto é, compara o resultado do exercício obtido pela empresa com o ativo total. Dessa forma, o índice de retorno sobre os ativos evidencia o retorno propiciado por unidade de ativo da empresa.

O percentual da rentabilidade do ativo é adquirido através da seguinte

formula:

2.6.4 RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Através do índice de rentabilidade do patrimônio líquido é possível identificar

o quanto rentável foi o capital próprio investido na empresa no período em análise,

22

ou seja, evidencia qual retorno do capital próprio aplicado na empresa. De acordo

IUDÍCIBUS (2013, p. 111), “[...] expressar os resultados globais auferidos pela

gerência na gestão de recursos próprios e de terceiros, em benefícios dos

acionistas.”

Esse índice é calculado através da fórmula:

23

3. A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA

AS EMPRESAS

As demonstrações contábeis são, segundo IUDÍCIBUS (2013), ferramentas

essenciais para auxiliar os gestores no processo de toma de decisão das

organizações. É através dela que se torna possível realizar a análise da situação

financeira, econômica e patrimonial da empesa.

Quando as demonstrações contábeis são analisadas, segundo CHAGAS

(2005), elas deixam de ser apenas um conjunto de dados e passa a ter valor como

informação. E devido à importância dessas informações obtidas através da análise

das demonstrações contábeis é que cada vez mais os gestores das empresas estão

se interessando por esse assunto.

O processo de análise das demonstrações contábeis, segundo

MATARAZZO (2008), realiza o diagnóstico, a interpretação e a comparação dos

dados registrados pelos demonstrativos contábeis, para adquirir informações sobre

qual a real situação em que a empresa se encontra. Para o processo de análise é

fundamental que os dados sejam registrados e separados corretamente de acordo

com as normas e princípios contábeis, a fim de viabilizar sua interpretação.

É importante frisar, segundo IUDÍCIBUS (2013), que a análise das

demonstrações contábeis não se prende apenas como cálculos e resultados finais e

sim como informações de extrema importância para auxiliar o processo decisório da

empresa, possibilitando aos gestores projeções mais precisas e eficientes.

Quanto maior for o número de informações obtidas pelos gestores, maior

será o poder de controle. Com as informações extraídas das análises é possível,

segundo ASSAF (2009), realizar um gerenciamento estratégico das ações da

empresa. Na medida em que os dados registrados pela contabilidade da empresa

vão sendo transformados em informações através da elaboração das analises, torna

se mais eficiente o conhecimento do meio envolvente, facilitando o planejamento

estratégico.

Com base nas informações retiradas das análises, segundo IUDÍCIBUS

(2013), os gestores podem traçar objetivos e metas, direcionando o rumo da

empresa e monitorando as ações de forma confiável.

A análise das demonstrações contábeis, possibilidade que os gestores da

empresa direcionem o futuro da empresa. Pois a partir das informações que são

retiradas delas, segundo PADOVEZE (2010), é possível realizar uma comparação

com os concorrentes, verificando os pontos fortes e os pontos a serem melhorados,

o que torna a empresa em vantagem em relação as demais que não utilizam dessas

ferramentas.

25

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os principais assuntos abordados neste trabalho tiveram como enfoque

evidenciar a importância da análise das demonstrações contábeis para as empresas,

mostrando que é possível revelar qual a situação econômica, financeira e patrimonial

a partir dos indicadores de liquidez, dos índices de endividamento, dos índices de

atividades e dos índices de rentabilidade.

As análises têm por finalidade transformar os dados fornecidos pela

contabilidade em informações uteis para auxiliar os gestores nas tomadas de

decisões, sendo assim esta técnica interpreta os demonstrativos financeiros de uma

empresa.

Quando a empresa passa a utilizar as análises das demonstrações

contábeis como ferramenta de auxilio, os gestores começam a ter uma visão mais

ampla e estratégica do negócio. Por meio das informações fornecidas através das

análises as decisões poderão ser tomadas com mais precisão e confiabilidade, uma

vez que estão munidos de informações da real situação econômica e financeira da

empresa. Pois sabendo qual a verdadeira posição financeira e econômica da

empresa, os gestores poderão traçar metas e objetivos para alavancar o

crescimento e ascensão da empresa no meio em que se encontra.

A partir da pesquisa apresentada pode-se concluir que através das análises

das demonstrações contábeis a empresa pode avaliar sua capacidade de saldar

suas dividas com base nos índices de liquidez, onde esses indicadores demonstrar a

liquidez da empresa e sua situação financeira a curto, longo ou em prazo imediato.

Os índices de endividamento e rentabilidade refletem a situação econômica e

patrimonial, fatores que permitem articulações para as tomada de decisões como

aplicações, reinvestimentos, ampliações e até mesmo planejamentos estratégicos.

Evidencia a estrutura de capitais, liquidez, previsões, falência entre outras

movimentações da empresa, sendo assim são ferramentas indispensáveis para a

empresa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSAF, Neto Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2009. BLATT, Adriano. Análises de balanços – estrutura e avaliação das demonstrações financeiras e contábeis. São Paulo: Makron, 2001. CHAGAS, Gilson. Contabilidade geral simplificada. Distrito Federal: Senac, 2005. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2013. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001. MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. São Paulo: Atlas, 2010. SCHMIDT, Paulo; MARTINS, Marco Antônio. Fundamentos de análise das demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, 2006. SILVA, Alexandre Alcântara da. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, 2007. SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2008.