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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA EDUCACIONAL APROVADA NOTA: 8,5 ALUNOS COM DIFICULDADES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAS Gerta Dreulo Damacena [email protected] Orientador: Profº. Dr. Ilso Fernandes do Carmo BRASNORTE/2015

AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO VALE DO … · alfabética ocorre dentro de um processo mais amplo de aprendizagem da língua ... preciso que se coloquem as questões centrais

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA EDUCACIONAL

APROVADA

NOTA: 8,5

ALUNOS COM DIFICULDADES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NAS

SÉRIES INICIAS

Gerta Dreulo Damacena

[email protected]

Orientador: Profº. Dr. Ilso Fernandes do Carmo

BRASNORTE/2015

AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA EDUCACIONAL

ALUNOS COM DIFICULDADES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NAS

SÉRIES INICIAS

Gerta Dreulo Damacena

Orientador: Profº. Dr. Ilso Fernandes do Carmo

“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do Título de Especialização em Psicopedagogia Clinica Educacional.”

BRASNORTE/2015

Agradecimento

Agradeço a Deus a minha família, amigos e

professores pela paciência e dedicação para eu

poder chegar ao meu objetivo que tanto almejei.

Dedicatória

Dedico em especial ao meu esposo e família, a compreensão, paciência de sempre estar do meu lado nas horas fácil e difíceis durante a caminhada dos estudos.

“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”

Nelson Mandela

RESUMO

Este trabalho discute a importância do professor alfabetizador para seus

alunos com dificuldade ensino /aprendizagem, e a escolha deste tema foi pela

necessidade que os alunos apresentavam durante o período do ano letivo. Esse foi

um dos fatores que influenciou na época do desenvolver deste trabalho, e buscar

novas metodologias para realizar as atividades e ajudar suprir as dificuldade na

aprendizagem.

Foi através de pesquisas bibliográficas, com leituras de vários autores que

desenvolveu-se este trabalho, durante os estudos realizados pode-se considerar que

a história de conceitos e métodos no processo da alfabetização juntamente com a

comunicação desenvolve na criança maneiras diferentes que ajudar, compreender,

interagir a vivência escolar e familiar e psicopedagogo, essa é uma forma que deu

certo após trabalhar com as crianças que apresentavam dificuldades de

aprendizagem, suprir a realidade do educando revendo grandes desafios na busca

de respostas para solucionar as dificuldades relacionadas ao conhecimento do

processo de ensino aprendizagem de nossas crianças principalmente na

alfabetização, séries iniciais, período esse muito importante na formação futura para

vida da mesma.

Palavras-chave: alfabetização, aprendizagem ,dificuldade, metodologia, conceito

SUMARIO

iNTRODUÇÃO...........................................................................................................07

CAPÍTULO I

UMA REFLEXÃO SOBRE A ALFABETIZAÇÃO E A IMPORTÂNCIA DOS

CONCEITOS E MÉTODOS TRABALHADOS NAS SÉRIES INICIAIS.....................10

CAPITULO II

OS PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUENCIAM NA APRENDIZAGEM DO

ALUNO.......................................................................................................................16

CAPITULO III

ESCOLA E FAMÍLIA PARCEIROS NA APRENDIZAGEM DOS FILHOS................23

CONCLUSÃO............................................................................................................29

REFERÊNCIAS..........................................................................................................30

INTRODUÇÃO

As dificuldades de aprendizagem afetam os seres humanos como um todo.

Em consequência os fracassos interferem o ser intimo ao ser social da pessoa,

considerando o lugar que o sucesso social do mundo em que vivemos hoje.

Podemos dizer que o baixo rendimento escolar é sinônimo de fracasso na vida em

que o sujeito constrói as ideias e propostas ao longo de suas existências. Na escola

a perspectiva de conseguir proporcionar estratégias e o bom desempenho que

possibilitem ajudar solucionar os problemas de dificuldades de aprendizagem que a

criança tem na vida escolar. Normalmente na sala de aula encontramos crianças

com capacidades necessárias, e não conseguem atingir um rendimento esperado,

não aprende como outras crianças, os métodos utilizados pelos professores não

funciona com eles. Sabemos que as dificuldades de aprendizagem são complexas,

essas manifestações de aprendizagem são sintomas de vários fatores que

influenciam e impede o aluno aprender, e que se deve trabalhar o diferenciado com

elas. É importante que as crianças e os professores da sua escola conheçam os

seus pontos positivos e negativos, a forma como aprende e como poderia aprender.

Devido as grandes dificuldades apresentadas em sala de aula pelos alunos das

series iniciais optei a escolha deste tema, e estar aprofundando e inovar a minha

prática pedagógica. Sendo que as dificuldades de aprendizagem devem estar em

constante aperfeiçoamento no cotidiano da mesma para auxiliar o educando no

processo de desenvolvimento de aprendizagem na construção de novos

conhecimentos. A escola tem, por sua vez, um papel importante de ensinar o que o

mundo do trabalho atual exige preparando o aluno para futuro. Sendo a família a

principal responsável pela fase da educação de seu filho, não deixando só a

responsabilidade para a escola. Acredita-se que quanto mais a família participa,

mais eficaz é o trabalho da escola, pois dessa forma, cada um se dedicará às suas

obrigações e deveres.

Os estudos bibliográficos para realização deste projeto é embasado no tema

dificuldades de aprendizagem nas séries iniciais, e os fatores que afetam, bem como

uma reflexão sobre o fazer pedagógico, e visa analisar os princípios métodos e

práticas no processo de alfabetização: métodos esse que auxiliam num processo

importante para o desenvolvimento social econômico do ser humano e fundamental

para todas as crianças. A educação é preparação para a formação da vida que lança

a base necessária para o desenvolvimento geral e o bem estar de todos os

educandos.

Devido as grandes dificuldades de aprendizagem em que se apresenta nas

séries iniciais durante as atividades proposta durante o ano letivo deve-se inovar as

práticas pedagógicas diariamente e apontar novos caminhos para a alfabetização.

Considera-se que a aprendizagem é compreender as ações e concepções

das letras e sons, de acordo com a vivencia da linguagem escrita, sendo um

processo continuo para toda a vida.

Abordar-se-á no Capitulo I - uma reflexão sobre a alfabetização e a

importância dos conceitos e métodos trabalhados nas séries iniciais.

A alfabetização considerada no seu sentido restrito de aquisição da escrita

alfabética ocorre dentro de um processo mais amplo de aprendizagem da língua

portuguesa.

O conhecimento a respeito de questões dessa natureza tem implicações

radicais na didática da alfabetização. A principal delas e que não se deve ensinar a

escrever por meio de práticas centradas apenas na condição de sons em letras. Ao

contrário e preciso oferecer aos alunos inúmeras oportunidades de aprenderem a

escrever em condições semelhantes as que caracterizam a escrita fora da escola. É

preciso que se coloquem as questões centrais da produção desde o inicio: Como

escrever, considerando ao mesmo tempo o que pretendem dizer e a quem o texto se

caracteriza pela aproximação máximo entre a intenção de dizer o que efetivamente

se escreve e quem e a interpretação de quem lê. É preciso que aprendam os

aspectos notacionais da escrita (o principio alfabético e as restrições ortográficas) no

inteiros de um processo de aprendizagem dos usos da linguagem escrita. É disso

que se diz que é preciso “Aprender a escrever, escrevendo.”.

Apresento no Capitulo II - Os principais fatores que influenciam na

aprendizagem do aluno.

São vários fatores que influenciam na aprendizagem do educando.

Compreender e refletir sobre a história social e dar condições sobre a natureza

08

usando métodos e desafios para auxiliar nas condições de aprendizagem do

educando.

O processo de aprendizagem já não é considerado uma ação passiva de

recepção, nem o ensinamento é uma simples transmissão de informações.

Ao contrario, hoje falamos da aprendizagem interativa da dimensionalidade

do saber. A aprendizagem supõe uma construção que ocorre por meio de um

processo mental que implica na aquisição de uma reconstrução interna e subjetiva,

processada e construída interativamente.

Oferece o Capitulo III - Escola e família parceiros na aprendizagem dos

filhos.

As famílias devem ser um verdadeiro apoio para seus filhos, principalmente

quando apresentam dificuldade na aprendizagem, muitas vezes até enfrentam

frustrações na escola. Por isso pais e professore devem estar atentos quando a

criança começa a apresentar algumas dificuldades durante o processo de

aprendizagem e juntos possibilitar a compreensão para a construção de novos

saberes.

É importante ajudar essas crianças a conheceram seus pontos fortes, a

compreenderem que suas dificuldades não existem por falta de capacidade e a

descobrirem estratégias que sejam úteis no seu aprendizado.

Em certo sentido a criança aprende pela imagem de si mesma que recebe

do outro. Assim, sendo, quanto mais integradora for a imagem que proporcionam a

ela seus pais e, em seguida, seus professores maior será sua possibilidade de

reconhecer suas capacidades a carências.

.

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CAPITULO I - UMA REFLEXÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS CONCEITOS E

MÉTODOS TRABALHADOS NAS SÉRIES INICIAIS.

Em nosso dia a dia deve-se ensinar as crianças a ler e escrever por meio

de práticas que lhe de condições de construir diferentes sentidos de sons e letras.

Ao contrário é preciso oferecer e mostrar para os alunos inúmeras oportunidades de

aprenderem a escrever construindo novas práticas, oferecendo condições

semelhantes as que caracterizam a escrita fora da escola.

Deve-se utilizar de diferentes métodos e recursos para trabalhar com

crianças de séries iniciais, pois é ali que as crianças aprendem suas histórias e

fazem delas a construção de pilares que reforçam suas vidas no conhecimento

como um todo. Portanto é importante que o professor alfabetizador saiba usar

ferramentas apropriadas para ensinar.

FERREIRO (2001, p. 14 15 16 e 17), diz à distinção que estabelecemos

entre sistema de codificação e sistema de representação não é apenas

terminológica. Suas consequências para a ação alfabetizadora marcam uma nítida

linha divisória.

Ao concebermos a escrita como um código de transcrição que converte as

unidades gráficas, segundo FERREIRO (2001) coloca-se no primeiro plano a

discriminação perceptiva nas modalidades envolvidas (visual e auditiva). Os

programas de preparação para a leitura e a escrita que devirão desta concepção

centram-se, assim, na exercitação da discriminação, sem se questionarem jamais

sobre a natureza das unidades utilizadas. A linguagem, como tal é colocada de certa

forma “entre parênteses “, ou melhor, reduzida a uma série de sons (contrastes

sonoros a nível do significante). O problema é que ao dissociar o significante sonoro

do significado, destruímos o signo linguístico. O pressuposto que existe por detrás

desta práticas é quase que transparente: se não há dificuldades para discriminar

entre duas formas visuais próximas, nem também para desenha-las, não deveria

existir dificuldades para aprender a ler, já que se trata de uma simples transcrição do

sonoro para um código visual.

Os indicadores mais claros das explorações que as crianças realizam para

compreender a natureza da escrita são, segundo FERREIRO (2001 p, 16), suas

produções espontâneas, entendendo como tal as que não são o resultado de uma

cópia (imediata ou posterior). Quando uma criança escreve como tal como acredita

que poderia escrever certo conjunto de palavras, está nos oferecendo um

valiosíssimo documento que necessita ser interpretado para poder ser avaliado.

Essas escritas infantis têm sido consideradas, displicentemente, como garatujas,

“puro jogo”, o resultado de fazer “como se” soubesse escrever. Aprender a lê-las –

isto é, a interpretá-las – è um longo aprendizado que requer uma atitude teórica

definida. Se pensarmos que a criança aprende só quando é submetida a um ensino

sistemático, e que a sua ignorância esta garantida ate que recebe tal tipo de ensino,

nada poderemos enxergar. Mas se pensarmos que as crianças são seres que

ignoram que devem pedir permissão para começar aprender, talvez comecemos a

aceitar que podem saber, embora não tenha sido dada a elas a autorização

institucional para tanto.

CARVALHO (2006, p. 16-17), nos fala da ampliação do conceito de

alfabetização se manifesta também na escola. Até muito recentemente,

considerava-se que a entrada da criança no mundo da escrita se fazia apenas pela

alfabetização, pelo aprendizado das ‘primeiras letras’, pelo desenvolvimento das

habilidades de codificação e de decodificação. O uso da língua escrita em práticas

sociais de leitura e produção de textos, seria uma etapa posterior á alfabetização,

devendo ser desenvolvido nas séries seguintes.

Desde os meados dos anos 80, porém, concepções psicológicas, linguísticas e psicolinguísticas de leitura e escrita vêm mostrando que se o aprendizado das relações entre as “letras” e os sons da língua é uma condição do uso da língua escrita, esse uso também é uma condição da alfabetização ou do aprendizado das relações entre as letras e os da língua. (CARVALHO, 2006, p 16).

Por meio desse conceito, a escola ampliou, assim, o seu conceito de

alfabetização. O que boa parte dos dados do Saeb mostra que muitas crianças,

embora alfabetizadas, não são letradas, ou manifestam diferentes graus de

alfabetismo funcional, já que os dois conceitos tendem a se sobrepor. Em outras

palavras, não são capazes de utilizar a língua escrita em praticas sociais,

particularmente naquelas que se dão na própria escola, no ensino e no aprendizado

de diferentes conteúdos e habilidades.

Para CARDOSO (2012, p 34), pensar a criança como agente e construtora

do seu conhecimento é, grosso modo, o que diferencia a psicogênese da língua

escrita de outras concepções de alfabetização. No entanto, há também aspecto

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enfatizando pelos autores que defendem essa concepção de ensino da língua

escrita: eles veem a alfabetização de maneira mais ampla, não a considerando

apenas como processo de construção do sistema de escrita. A Alfabetizar é também

entrar em contato com os diferentes gêneros textuais, compreendendo suas funções

e seus usos. Isso significa, por exemplo, que a criança ira desde cedo, por meio da

ajuda de um adulto, ouvir a leitura, de contos e perceber que pode ler por prazer e

ter habito de leitura, que ira seguir uma receita escrita para fazer um bolo ou que ira

ler um texto de uma enciclopédia para obter informações cientificas que esta

pesquisando.

A leitura do professor é de particular importância na primeira etapa da escolaridade, quando as crianças ainda não leem eficazmente por si mesmas. Durante esse período, o professor cria muitas variadas situações nas quais lê diferentes tipos de textos. (CARDOSO, 2012, p.42).

De acordo com a citação acima, pode-se dizer o quanto é importante na fase

inicial da criança as leituras lidas, isso desperta a imaginação até mesmo elas

viajam nas imaginações das histórias, fazendo com isso uma brincadeira de

armazenamento de conhecimentos de diferentes relatos possibilitando as mesmas a

construir suas próprias leituras e conseguem transmitir novas possibilidades e

habilidades.

É muito importante ler para a criança histórias, fábulas, lendas e mitos,

sempre explicando as os diversos gêneros textuais. Já desde cedo ainda na barriga

da mãe, faz-se a necessidade que ocorra esse tipo de leitura, o contato com a

criança desde cedo faz com que ela desenvolva um raciocínio logico e mental de

acordo com suas habilidades para um conhecimento de aprendizagem durante a

fase de alfabetização da mesma.

Para FRANCHI (2012, p 104), o aprendizado da escrita e da leitura tem que

orientar-se sempre para o que seja ler e escrever e nenhum processo ou método de

alfabetização será eficaz e retirar de perspectiva o valor da escrita e da leitura na

pratica social contemporânea.

O período de iniciação, segundo FRANCHI (2012, p 104), tanto, tem

características próprias e atividades que são de natureza didática completamente

diferente. Por exemplo: todos sabem que escrever e ler não consiste meramente em

estabelecer uma correspondência entre cadeias de sinais gráficos e cadeias de fala;

mas a alfabetização passa necessariamente pela correspondência entre sons e

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grafias. Sabe-se também que ler e escrever é uma atividade construtiva e criativa e

não um jogo de palavras; mas a alfabetização também precisa jogar com “babá” e

“bebê “, com “ama” e “cama” e com ”pa”, “pe” “ pi” “po” “pu”. Supoe um exercício de

um conjunto de práticas interrelacionadas e herarquizadas em vários níveis; supõe a

obtenção de habilidades especificas, perceptivas e motoras, para a grafia e

reconhecimentos de unidades sistemáticas contrapostas por traços distintivos sutis;

supõe um conhecimento muito especifico relativo ás regras convencionais da grafia,

da construção de unidades complexas e de analise destas em seus componentes.

Por isso, o projeto pedagógico tem suas exigências.

Está-se querendo dizer que, segundo FRANCHI (2012 p 104), desconsiderar

os aspectos conceituais ou nocionais do “saber” já construídos pelas crianças, o

ensino/ aprendizagem da leitura e da escrita é um processo de construção de novos

conhecimentos e, além disso, envolve aspectos técnicos que exigem treinamento e

método. È claramente equivocado tanto reduzir esta pratica a uma escolha de

métodos, quanto retirar dela o que tem de manipulação, de atividade circunscrita. È

necessário poi, recolocar na reflexão teórico- pedagógica sobre a alfabetização a

questão dos conteúdos e retomar as preocupações sobre como criar, em sala de

aula, as condições ideais de ensino/ aprendizagem, enquanto pratica orientada

planejada.

Essa é uma das razões pelas quais, neste trabalho, se vai tomar, como ponto de partida, o aspecto em que a escrita funciona como um sistema de representação da linguagem oral das crianças. A esse momento transitório de passagem de oralidade para a escrita, Gnerre chama de momento necessário de mediação: entre outras coisas , porque assim ganham espaço e se fortalecem todas as formas de manifestação não escrita, devolve-se o gosto e a confiança na oralidade, mantem-se o prestigio da arte verbal para evitar a fetichizaçaoda escrita. (FRANCHI, 2012, p. 106).

Conforme a citação pode-se dizer da importância e a diferença quando

usamos do diálogo com as crianças de acordo com a faixa etária e a convivência

cotidiana delas, no desenvolvimento, nas expressões, e gesto da fala pois a criança

constrói a comunicação de acordo com suas necessidades. Nesse caso a ajuda da

família é de grande valia para o desenvolvimento da criança durante o processo de

ensino aprendizagem. Tendo em vista que as dificuldades das crianças são,

ocorrem por diferentes fatores, mas todas tem os mesmos direitos de aprender, cada

uma com seu tempo determinado, umas aprendem mais rápido, que as outras, e

deve-se respeitar o tempo de cada uma. Professor deve ser amigo e utilizar de

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vários métodos para trabalhar com as crianças, pois assim elas terão varias formas

que possibilitam a aprendizagem, e construir novos conhecimentos.

Segundo Revista Nova Escola (2011, p 52-53),

quando comecei alfabetizar, não utilizava os resultados dos diagnósticos em sala de aula. Hoje, o mapa da classe funciona como um subsídio obrigatório para a organização de grupos de alunos com saberes próximos. Uma criança pré-silábica precisa de uma ajuda muito diferente de uma alfabética, por exemplo. Além disso, o diagnostico me ajuda a planejar atividades diferenciadas. Ao mesmo tempo em que trabalho textos de memória com os que estão em hipóteses menos avançadas, promovo a leitura com os que já sabem ler.

Tenho clareza de que as crianças refletem sobre o sistema de escrita quando são desafiadas a ler e a escrever, meu foco são os que ainda não estão alfabéticos. Para eles, preparo listas (de frutas, dos nomes da chamada, etc.) e textos de memória(musica, adivinhas etc.).Procuro ainda respeitar o tempo de evolução de cada aluno. Não da pra forçar que ele mude de hipótese só mostrando o que está errado. Esse é um processo cognitivo que depende de cada um.

Segundo BRASIL (1997, p 55-56),

se o objetivo é formar cidadãos capazes de compreender os diferentes textos com os quais se defrontam, é preciso organizar o trabalho educativo para que experimentem e aprendam isso na escola. Principalmente quando os alunos não tem contato sistemático com bons materiais de leitura e com adultos leitores, quando não participam de praticas onde ler é indispensável, a escola deve oferecer materiais de qualidade, modelos de leitores proficientes e praticas de leituras eficazes. Essa pode ser a única oportunidade de esses alunos interagirem significativamente com textos cuja finalidade não apenas a resolução de pequenos problemas do cotidiano. É preciso, portanto, oferecer-lhes os textos do mundo: não se formam bons leitores solicitando aos alunos que leiam apenas durante as atividades na sala de aula, apenas nos livros didático, apenas porque o professor pede. Eis a primeira e talvez a mais importante estratégia didática para a prática da leitura: o trabalho com a diversidade textual. Sem ela não pode-se ensinar a ler, mas certamente não se formarão leitores competentes.

Ainda BRASIL (1997), diz que:

É preciso superar algumas concepções sobre o aprendizado inicial de leitura. A principal dela é a de que ler é simplesmente decodificar, converter letras em sons, sendo a compreensão consequência natural dessa ação. Por conta dessa concepção equivocada a escola vem produzindo grande quantidade de “leitores” capazes de decodificar qualquer texto, mas com enormes dificuldades para compreender o que tentam ler.

O conhecimento atualmente disponível a respeito de leitura indicada que não se deve ensinar a ler por meio de práticas centradas na decodificação. Ao contrário, é preciso oferecer aos alunos inúmeras oportunidades de aprenderem a ler usando os procedimentos que os bons leitores utilizam. É preciso que antecipem, que façam inferências a partir do texto ou do conhecimento prévio que possuem, que verificam suas suposições – tanto a relação a escrita, propriamente, quanto ao significado. É disso que se esta falando quando se diz que é preciso “aprender a ler, lendo”: de adquirir o conhecimento da correspondência fonográfica, de compreender natureza e o funcionamento do sistema alfabético, dentro de uma prática ampla de

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leitura. Para aprender a ler, é preciso que o aluno se defronte com os escritos que utilizaria se soubesse mesmo ler- com os textos de verdade, portanto. Os materiais feitos exclusivamente para ensinar a ler não são bons para aprender a ler: têm seviso apenas para ensinar a decodificar, contribuindo para que o aluno construa uma visão empobrecida da leitura.

Para CARDOSO (2012, p. 8), a comunicação está presente na vida do

indivíduo desde o seu nascimento. Para comunicar o que sente ou quer, o bebê

chora esse expressa corporalmente. Aos poucos, essa comunicação vai se

transformando e se aprimorando. Surgem os primeiros balbucios, seguido da fala.

Muitas vezes dizemos que cada bebê fala “ a sua língua”. Cada um interage

interpreta e traduz o mundo a sua maneira. Dessa interação vão surgindo outros

modos de se comunicar. O choro da lugar á fala e, depois de certo tempo, também é

possível comunicar-se por meio da escrita.

A comunicação se desenvolve, primeiro, no âmbito familiar; é preciso comer, dormir lidar com a dor; é preciso pedir colo e carinho. Depois surgem outras vontades e necessidades: eu quero brincar, eu quero passear, eu quero a vovó, eu quero, a minha naninha. (CARDOSO, 2012, p.8).

Nota-se a importância da comunicação e seu valor na vida do ser humano,

desde muito cedo essa comunicação deve ser trabalhada na criança, mesmo em

casa quanto na escola na creche na educação infantil. Pois ela passa a conhecer

novos ambientes, novos amigos, precisa se adaptar-se com novas pessoas que

antes não as conhecia que não fazem parte da família, mas que precisa se socializar

com aquele meio, e interagir com as diferenças que ali encontrar. Esse é um desafio

tanto para o professor quanto para a criança e a escola, mas tudo isso vale a pena

quando se trabalha com amor.

Para CARDOSO (2012, p19), o processo de ensino aprendizagem na escola

deve ser construído, então tomando como ponto de partida o nível de

desenvolvimento real da criança- num dado momento e com relação a um

determinado conteúdo a ser desenvolvido- e como ponto de chegada os objetivos

estabelecidos pela escola, supostamente adequados á faixa etária

e ao nível de conhecimento e habilidades de cada grupo de criança.

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CAPÍTULO II - OS PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUENCIAM NA

APRENDIZAGEM DO EDUCANDO

No mundo que nos rodeia posso dizer que criança com dificuldades de

aprendizagem ao iniciar a vida escolar sempre existiu, mas nos últimos anos isso

vem aumentado. Diante da nossa realidade sabemos que são vários os fatores que

influenciam a aprendizagem da criança, pois aprender é um processo complexo e

muitas vezes apresenta bloqueios e inibições ao ser humano. É importante ajudar

essas crianças a conhecer seus pontos fortes, a compreender que suas dificuldades

não existem por falta de capacidade, cada ser humano é único basta descobrirem

estratégias que sejam úteis para seu aprendizado. Sabe-se que cada criança

apresenta reações diferente diante dos diversos fatores que interem na sua

aprendizagem, por isso é importante conhecer a criança por sua totalidade. Os

problemas de aprendizagem muitas vezes não desaparecem, pois quanto mais cedo

for realizada essa intervenção de suporte a criança poderá conduzir melhor sua

dificuldade de aprender.

Segundo FERREIRO (2001):

Tradicionalmente, as discussões sobre a prática alfabetizadora têm se centrado na polêmica sobre os métodos utilizados: métodos analíticos versus métodos sintéticos; fonéticos versus global, etc. Nenhuma dessas discussões levou em conta o que agora conhecemos: as concepções das crianças sobre o sistema de escrita. Dai a necessidade imperiosa recolocar a discussão sobre novas bases. Se aceitarmos que a criança não é uma tabua rsa onde se escrevem as letras e palavras segundo determinado método; se aceitarmos o “fácil” e o difícil” não podem ser definidos a partir da perspectiva do adulto mas da de quem aprende; se aceitarmos que qualquer informação deve ser assimilado (e portanto transformado )para ser operante, deveríamos também aceitar que os métodos (como sequencia de passos ordenados para chegar ao um fim) não oferecem mais do que sugestões , incitações, quando não praticas rituais ou conjunto de proibições. O método não pode criar conhecimento.

Nenhuma prática pedagógica é neutra. Todas estão apoiadas de certo modo de conceber o processo de aprendizagem e o objeto dessa aprendizagem. São provavelmente essas práticas (mais do que os métodos em si) que tem efeito mais duráveis a longo prazo , no domínio da língua escrita como em todos os outros , conforme se coloque a relação entre o sujeito e o objeto de conhecimento, e conforme se caracterize a ambos, certas praticas aparecerão como “normais” ou como “aberrantes”. È aqui que a reflexão psicopedagógico necessita apoiar em uma reflexão epistemológica. (p. 31).

De acordo com o que fala da autora, precisamos rever nossos conceito e

procurar saber o motivo pela qual o aluno apresenta as dificuldades durante o

processo de aprendizagem, conversar com a mãe e saber se a gestação foi tudo

bem. Porque muitas vezes a criança não aprende devido vários fatores que ate

mesmo os pais não sabem, ou nunca levaram a criança ao médico para saber dos

motivo que esta causando o não aprender, cada problema deve ser visto e

trabalhado em conjunto, família, escola, o professor também deve utilizar de vários

métodos e propor a esses alunos variedades de atividades possibilitando o

aprendizado do aluno com mais facilidade e entendimento.

Pois se sabe que tem criança com mais facilidade de aprender que a outra e

deve-se respeitar as fases de cada uma.

Segundo CARDOSO (2012, p 30-31), ao refletir sobre o trabalho com a

linguagem oral na escola, não há como deixar de comparar a importância que

normalmente se da a ela com a importância que se da á linguagem escrita. Isso se

torna evidente quando se observam os diferentes ciclos escolares.

No inicio da vida escolar de uma criança, valoriza-se o desenvolvimento da

linguagem oral, pois a criança encontra-se “em fase de aquisição “No entanto,

apesar dessa preocupação, muitas vezes o professor não tem clareza de seus

objetivo se acaba fazendo isso espontaneamente, como se fosse algo que acontece

independentemente, de qualquer coisa. Depois a linguagem escrita se torna o foco,

e o tempo escolar passa a ser tomado por atividades que tem por objetivo

desenvolver esse tipo de linguagem. Portanto, o discurso oral acaba sendo o

suporte da escrita, o que se mantem ao longo de toda a vida escolar do aluno.

Segundo CARDOSO (2012, p 32-33), a linguagem escrita teve lugar de

destaque nas praticas escolares. A maioria dos educadores considera seu ensino

muito importante. Geralmente as divergências que se manifestam a esse respeito

relacionam-se ao momento (quando) e á maneira (como) de dar início a esse

ensino.

Comecemos por como: Nos últimos anos, inúmeras discussões sobre o

processo de alfabetização vem se realizando e, sobre a perspectiva da psicogênese

da língua escrita desenvolvida pela psicóloga e educadora argentina (radicada no

México) Emília Ferreiro, com base na teoria construtivista da aprendizagem, houve a

reformulação do olhar sobre a criança. A criança que, que na concepção tradicional

e condutista é vista como um receptáculo de estimulo que reage imitando e

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seguindo reforços positivos, passa a ser compreendida como agente do processo de

aprendizagem, capaz de construir seu conhecimento por meio da interação com as

pessoas, com os objetos e com o meio em que vive. Citado por Emília Ferreiro

encontrado em CARDOSO (2012, p.33 ), afirma:

No lugar de uma criança que recebe pouco a pouco uma linguagem inteiramente fabricada por outros, aparece uma criança que reconstrói por si mesma a linguagem, tomando seletivamente a informação que lhe provê o meio.

NEWSWEEK, (1996, p 29 e 30), diz:

Desde o principio da sua vida o bebê está aprendendo. Em seu cérebro, trilhões de neurônios estão esperando para serem conectados. Algumas dessas conexões foram realizadas pelos genes durante a fertilização, nos circuitos que controlam a respiração e batimentos cardíacos, nos que regulam a temperatura ou produzem os reflexos. Porém, um grande número de neurônios esta pronto, são puros e seu potencial é infinito. Algum dia estarão conectados para realizar um calculo matemático ou, talvez, para escrever uma poesia.

O principal desafio que têm os pais, e professores e profissionais que

trabalham com crianças que apresentam dificuldades é ajudá-las a adquirir

confiança em si mesmas, a acreditar nas capacidades. Eles devem, Eles devem,

segundo NEWSWEEK (1996, p30) ,saber que as pessoas aprendem de diferentes

modos e que sua energia pode ser encaminhada para encontrar estratégias

adequadas para a aprendizagem, ao invés de procurar maneiras de esconder suas

dificuldades. Por isso, os professores e profissionais que trabalham com essas

crianças tem uma grande responsabilidade. Suas habilidades em observar, em

detectar o problema, em saber como dar o feedback e decidir como e quando intervir

são de suma importância. Estas crianças necessitam de um ambiente seguro,

estimulante, onde os erros sejam permitidos e assumir riscos sejam incentivados.

Quando a criança sente que aprender é uma experiência excitante da qual se pode

desfrutar, então isso se transformará em algo que nunca termina, durante toda a

vida.

As crianças aprendem a esconder suas dificuldades com comportamentos

como ser o palhaço da classe, manter-se calada, adoecer, fugir das

responsabilidades, demonstrar desinteresse ou, muitas vezes, através do mau

comportamento. Com frequência fica isolada, esconde-se ou evita fazer a coisa

porque assim ninguém poderá lhe causar dano. Estas máscaras protetoras

utilizadas para não serem tachadas de burras, lentas ou intratáveis isolam-nas

socialmente.

18

Continua NEWSWEEK (1996), aprender é um processo complexo e

multifacetado que apresenta bloqueios e inibições em todos os seres humano. É

fundamental que, quando um conflito apareça , não o qualifiquemos como um

problema, tentando evitar a consciência da doença. Uma pessoa pode enfrentar

diversas situações com seus filhos ou alunos: ás vezes pode parecer obsessivo em

relação a uma tarefa, pode aceita-la de bom grado ou rejeita-la quando a vê; ás

vezes apresentar uma crise diante de um problema que não tenha conseguido

resolver e, em outro casos, pode trabalhar a dificuldade e aceitar refazê-lo. As vezes

participa ativamente na sala de aula e outras vezes esta isolada. Todos esses

comportamentos aparecem na mesma criança e não necessariamente refletem um

problema. Os que os tornam significativos é quando esses comportamentos se

repetem.

Os seres humanos precisam de contínuas aprendizagens que começam a ocorrer a partir da gestação. O aprender é o caminho para atingir o crescimento, a maturidade e o desenvolvimento como pessoa num mundo organizado as interações com o meio nos permitem a organização do conhecimento. (NEWSWEEK, 1996, p 31 e 32).

Conforme o texto acima sabe-se que o processo de aprendizagem ele

ocorre durante toda nossa vida , estamos sempre aprendendo algo novo, seja dentro

ou fora da escola. É difícil às vezes dizer que existe uma definição exata no

desenvolver do aprender, mas temos que estar atentos quando percebemos algo

diferente durante o processo de ensino aprendizagem dos nossos alunos, pois é

importante que trabalhamos em conjunto, escola x família, assim a criança passa a

ter mais segurança conhecimento. É importante trabalhar essa criança mostrando a

ela os pontos fortes , e as capacidades de conhecer-se a si própria. O professor

deve respeitar as fases da criança, o tempo e espaço de acordo com cada uma

delas e suas necessidades.

De acordo com CARDOSO (2012, p 94 95), como cada sujeito tem seu ritmo

de aprendizagem, a ruptura e a continuidade ocasionadas pela zona de

desenvolvimento proximal acontecem em tempos e de maneira diferentes, de acordo

com as possibilidades de cada individuo. Além disso, é preciso levar em conta o

processo de internalização, que é também próprio de cada individuo. Por isso

consideramos a importância de o professor ter um olhar sensível para cada aluno,

vendo-o de maneira diferenciada, percebendo suas dificuldades e potencialidades,

para ajuda-lo a avançar na aprendizagem.

19

Mas como o professor pode avaliar seus alunos nesse contexto que

considera a individualidade e, ao mesmo tempo, a importância da interação no

processo de ensino aprendizagem?

É necessário, segundo CARDOSO (2012, p.95), abordar a avaliação como

um processo que envolve não somente o desempenho dos alunos, mas também o

trabalho do professor. Mediante a avaliação do andamento de seu próprio trabalho,

o educador reflete sobre os caminhos a tomar, observando o que foi construído até

então. Nesse percurso, o olhar enfoca tanto o trabalho do grupo como um todo

quanto o de cada aluno que o compõe.

É preciso que ao longo do semestre, sejam realizadas registros tanto das

atividades de grupos quanto de aprendizagem dos alunos. Esse registro variará de

um professor para o outro, pois cada um encontrará seu modo de se organizar

quanto a essa questão. Mas o importante é que esse registro seja feito, em tabelas

ou em forma de diário, por exemplo, e que contemple as varias linguagens e áreas

do conhecimento. Caso o professor opte por atividades de sondagem, elas devem

ser contextualizadas, ou seja, relacionadas com o trabalho realizado normalmente,

sem caráter de prova.

Para NEWSWEEK (1996, p 31), é difícil encontrar uma definição de

aprendizagem que abranja tudo que está envolvido no processo de aprendizagem:

Vamos tentar defini-lo através de distintas aproximações. É importante que nos

distanciemos de teorias simplistas que somente contemplem o fenômeno a partir de

pontos de vista isolados; não é somente um processo de entrada e saída de

informação, nem tampouco pode ser considerado somente a partir da área

emocional. O aprendizado integra o cerebral, o psíquico, o cognitivo e o social.

Portanto, podemos dizer que é um processo neuropsicocognitivo que ocorrerá num

determinado momento histórico, numa determinada sociedade, dentro de uma

cultura particular.

Deve-se destacar, segundo NEWSWEEK (1996 p. 31), a influência que toda

a nossa bagagem tem sobre o aprendizado, ou seja, nossas experiências passadas,

nossos sentimentos, nossas vivencias e as situações sociais nas quais se

desenvolve o aprender. Nosso estrutura psíquica dá sentido aos processos

perceptivos, enquanto a organização cognitiva sistematiza toda a informação

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recebida de uma forma forma muito pessoal de acordo com as experiências

vivenciadas e as situações sociais onde elas se desenvolvem. Portanto os sujeitos

da aprendizagem e seus modos de aprender são produtos das práticas culturais e

sociais.

O processo de aprendizagem já não é considerado uma ação passiva

recepção, nem o ensinamento uma simples transmissão de informação. Ao

contrario, hoje falamos da aprendizagem interativa, da dimensionalidade do saber. A

aprendizagem supõe, uma construção que ocorre por meio de um processo mental

que implica na aquisição de um conhecimento novo. È sempre uma reconstrução

interna e subjetiva, processada e construída interativamente.

A aprendizagem é um processo que ocorre durante toda a vida. A definição a seguir nos parece útil por abranger a aprendizagem no seu sentido mais amplo. A aprendizagem é um processo integral que ocorre desde o principio da vida. . (NEWSWEEK, 1996, p.32).

De acordo as palavras de NEWSWEEK (1996), não existe uma só forma de

se aprender, são varias cada ser humano aprende diferente de acordo com deu

desenvolver, mas todos tem capacidades de aprender, por isso nos professores

devemos respeitar os limites de cada um. Pois o processo de aprendizagem não é

único e sim durante toda nossas vidas. Aprender é compreender os fatos e ações de

armazenamentos da aprendizagem de acordo com seu desenvolvimento.

De acordo com FRANCHI (2012, p.22), o trabalho do professor, então, não é

o de contrariar as hipóteses iniciais insuficientes, mas oferecer, gradualmente, o

material de fato necessário e as condições de trabalho satisfatórias para a

construção, pelas próprias crianças, dessas hipóteses sucessivas.

Finalmente mais particularmente os processos de leitura e produção de

textos pelas crianças já instrumentadas. Não que esses processos não me tenham

ocupados antes; já disse que a alfabetização e o letramento não são processos

independentes, mas interdependentes e indissociáveis.

Mesmo não tendo vinculo tão fortemente a aquisição da escrita à oralidade,

sempre tive em mente que “escrever nunca vai ser a mesma coisa que falar” e ler

nunca vai ser a mesma coisa que realizar uma decodificação do texto em um

sistema fonético. De fato, o texto, segundo FRANCHI (2012, p. 22), tem uma certa

autonomia, enquanto objeto significativo e comunicativo, quando é produzido, e

21

supõe uma atividade criativa do leitor, quando lido.

22

CAPÍTULO III

ESCOLA E FAMÍLIA PARCEIROS NA APRENDIZAGEM DOS FILHOS.

Sabemos que o objetivo da educação é criar sentidos pessoais e formar

sistemas sociais. Sendo que o ser humano já nasce com certo conhecimento e ao

longo dos tempos os grupos sociais contribuem para a construção de indivíduos

responsáveis escolhendo seus próprios valores, tendo a liberdade de escolher o

bom/ruim, justo/injusto.

Para que ocorra sucesso durante o processo de aprendizagem é importante

as combinações daquilo que já existe, possibilitar ambiente criativo que favoreça o

ser humano ser capaz de construir seu conhecimento em idéias próprias.

Sabemos que cada ser humano tem uma maneira de aprender, uns mais

rápidos, outros mais lentos, Portanto o professor deve utilizar de todas as

ferramentas possíveis para contribuir na aprendizagem do mesmo.

Segundo BRASIL (1997, p. 45), a prática escolar distingue-se de outras

praticas educativas, como as que acontecem na família, no trabalho, na mídia no

lazer e nas demais formas de convívio social, por constituir-se uma ação intencional,

sistemática, planejada e continuada para crianças e jovens durante um período

continuo e externo de tempo. A escola, ao tomar para si o objetivo de formar

cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade, buscara

eleger, como objetivo de ensino, conteúdos que estejam em consonância com as

questões sociais que marcam cada momento histórico, cuja a aprendizagem e

assimilação são as consideradas essenciais para que os alunos exercer seus

direitos e deveres. Para tanto, ainda e necessário que a instituição escolar garanta

um conjunto de praticas planejado com o propósito de contribuir para que os alunos

se apropriem dos conteúdos de maneira critica e construtiva. A escola, por ser uma

instituição social com propósitos explicitamente educativo, tem o compromisso de

intervir efetivamente para promover o desenvolvimento e a socialização de seus

alunos.

Para BRASIL (1997, p. 29-30), o primeiro elemento dessa tríade, o aluno, é

o sujeito da ação de aprender, aquele que age sobre o sujeito de conhecimento. O

segundo elemento, o objeto de conhecimento, é a língua portuguesa, tal como se

fala e se escreve fora da escola, à língua que se fala em instâncias públicas e a que

existe nos textos escritos que circulam socialmente. E o terceiro elemento da tríade,

o ensino, neste enfoque teórico, concebido como a pratica educacional que organiza

a medição entre sujeito e objeto do conhecimento. Para que essa medição aconteça,

o professor devera planejar, implementar e dirigir as atividades didáticas, com o

objetivo de desencadear, apoiar e orientar o esforço de ação reflexão do aluno.

BRASIL (1997), afirma ainda que; toda a escola verdadeiramente

comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para o

desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça

necessidades pessoais que podem estar relacionadas ás ações afetivas do

cotidiano, á transmissão de busca de informação, ao exercício da reflexão. De modo

geral, os textos são produzidos, lidos e ouvidos em razão de finalidades desse tipo.

Sem negar a importância dos que respondem a exigência práticas da vida diária,

são os textos que favorecem a reflexão critica e imaginativa, o exercício de formas

de pensamento mais elaborado e abstrata, os mais vitais para a plena participação

numa sociedade letrada.

BRASIL (1997, p. 33-34), diz que a compreensão atual da relação entre a

aquisição das capacidades de redigir e grafar rompe com a crença arraigada de que

o domínio bê-â-bâ seja pré requisito para o inicio de língua e nos mostra que esses

dois processos de aprendizagem podem e devem ocorrer de forma simultânea. Um

diz respeito a aprendizagem de um conhecimento de natureza notacional; a escrita

alfabética o outro se refere á aprendizagem da linguagem que se usa para escrever.

Segundo BRASIL encontramos o seguinte comentário

Ensinar a escrever textos torna-se uma tarefa muito difícil fora do convívio com textos verdadeiros, com leitores e escritores verdadeiros e com situações de comunicação que os tornem necessários. Fora da escola escrevem-se textos dirigidos a interlocutores de fato. Todo texto pertence a um determinado gênero, com uma forma própria, que se pode aprender. Quando entram na escola, os textos que circulam socialmente cumprem um papel modalizador, servindo como fonte de referencia, repertorio textual, suporte de atividade intertextual. A diversidade textual que existe fora da escola pode e deve estar a serviço da expansão do conhecimento letrado do aluno. (BRASIL,1997, p. 34).

Conforme a citação acima, é importante que os professores ficam atentos

quando os alunos apresentam algumas das dificuldades que estejam atrapalhando o

aprendizado dos mesmos, esse é o momento de estar inovando diariamente nossas

praticas para então preparar um bom plano de aula, atividades que possam sanar

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algumas dificuldades. Saber lidar com as diferenças e uma virtude, afinal somos

seres humanos, pensamos diferentes, agimos diferentes, e aprendemos diferente,

ensinar para o aluno que a escola é importante e a aprendizagem é uma ferramenta

indispensável para a vida futura, sempre respeitando as fases e os limites de cada

criança.

Segunda REVISTA Nova Escola (2014, p. 80),

Aprender a ler cedo e competência é bom para os alunos, para a escola e a sociedade. Instituições que ensinam a ler nos anos escolares favorecem o sucesso acadêmico, e sociedade que apoiam fortemente o desenvolvimento da alfabetização desde cedo preparam a base para uma população educada e capaz de participar da vida cultural, econômica e cívica. A alfabetização é uma questão educacional e social. o fracasso desde o processo resulta oportunidades e resultados desiguais entre os grupos socioeconômicos e éticos e entre gêneros .

O momento de aprendizagem na alfabetização é crucial pois, segundo

REVISTA Nova Escola (2014, p. 80), os déficits de aquisição de leitura e escrita são

cumulativos e, sem intervenção, resistentes á mudanças. È indiscutível que as

politicas e praticas educacionais são baseadas em julgamentos fundamentados e

derivados de evidencias do que funciona. Entretanto, essas praticas , são com

frequências, influenciadas empíricas do que por tradições sociopolíticas arraigadas e

decorrentes de crenças equivocadas. O resulto é uma infinidade de praticas

resistentes, não comprovadas e raramente questionadas, que assumem o status de

mito.

Neste artigo, examinamos quatro mitos que influenciam negativamente o

desenvolvimento da alfabetização dos alunos e, consequentemente, as aspirações

sociais de inclusão e igualdade deles.

Os defensores desse mito apontam para uma grande variação na exposição

da linguagem e na interação durante os anos pré – escolares para argumentar que

os legados nessa fase preparam o alicerce e os limites para a alfabetização.

Argumentam que crianças que tem apoio e convivem num ambiente com vários

materiais que estimulam a leitura e a escrita chegam com mais habilidades e são

bem sucedidas na transição para a escola. Por outro lado, quem chega com uma

alfabetização fraca carece de habilidades para se beneficiar das instruções formais e

enfrenta mais dificuldades na aprendizagem da leitura.

Encontrado na REVISTA Nova Escola (2011, p 30):

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É desejável evitar que os pais sejam os professores, sobretudo quando polivalentes. Mas isso nem sempre é possível. O educador pode conversar com o filho sobre os diferentes espaços e painéis. Em casa, o pequeno ocupa lugar privilegiado. Na escola, tona-se igual aos demais, dando inicio á aprendizagem da convivência no espaço coletivo. A autoavaliação constante do professor pode corrigir desvios.

Inicialmente cabe, segundo REVISTA Nova Escola (2011, p. 30), reforçar

que nenhuma família está satisfeita diante de um filho ”difícil”, mesmo que

aparentemente parece estar. Em geral os pais, já fizeram tudo que sabiam para

modificar as coisas e se sentem frustrados. O melhor a fazer é ouvi-los e ampará-

los. De nada adianta chamar os pais para reclamar que a criança é terrível” ou tentar

ensiná-los a educa-la. Esse tipo de conduta não resolverá , pois isso possivelmente

já ocorreu e não trouxe resultados efetivos. Portanto é preciso procurar outros

caminhos. Os pais devem, antes de mais nada, saber que existe alguém que

compreende o que eles estão passando. É preciso ainda ter paciência com os que

se mostrarem agressivos, pois, com certeza, eles se sentem angustiados em relação

a si mesmos, a seus filhos e aos profissionais e então, portanto, numa posição

defensiva. Quando os pais quiserem concelhos, eles mesmo solicitarão e, quando o

professor os der, é importante reconhecer que ninguém realmente tem todas as

respostas . o que se pode fazer é apenas concordar em experimentar diferentes

estratégias mais coerentes com o desenvolvimento socioafetivo da criança e que

entendam ás necessidades dela.

Segundo BRASIL (1997, p. 53), a leitura é um processo no qual o leitor

realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir do seus

objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe

sobre a língua :características do gênero, do portador, do sistema de escrita, etc.

Não se trata simplesmente de extrair informação da escrita, decodificando-a letra por

letra, palavra por palavra,. Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente,

compreensão na qual os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura

propriamente leitura constatará que a decodificação é apenas um dos

procedimentos que utiliza quando lê: a leitura fluente envolve uma serie de outras

estratégias como seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é

possível rapidez e proficiência.

Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar, dentre os trechos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma necessidade sua. Que consegue utilizar e4strategias de

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leitura adequada para abordá-los de forma a atender a essa necessidade. (BRASIL,1997, p.54).

De acordo com a citação acima, vemos o quanto é importante a leitura para

o ser humano, ela nos leva a conhecer e compreender o mundo que nos rodeia no

cotidiano.

E é através dela que podemos transformar e construir novos conhecimentos,

colocar em pratica a leitura é cultivar as culturas e transmitir desafios perante a

sociedades em que se vive. A leitura é uma ferramenta indispensável na vida de

qualquer ser humano, por isso durante período processo de ensino aprendizagem

da criança, a participação dos pais na vida escolar é de grande vali para o

desenvolvimento físico e mental, além de proporcionar segurança e habilidades nas

atividades dentro e fora da escola.

BRASIL (1997, p.104-105):

No inicio da escolaridade, é preciso dedicar especial atenção ao trabalho de produção de texto em função da crença, ainda muito comum, de que produzir textos é algo possível apenas após a alfabetização inicial. E, no entanto, é possível produzir linguagem escrita oralmente: por exemplo, ditando uma historia tal como aparece por escrito- portanto, em meio de atividade desse tipo que o conhecimento sobre a língua escrita pode ir sendo construído antes mesmo que se saiba escrever autonomamente.

É necessário, portanto, organizar situações de aprendizagem que possibilitam a discussão e reflexão sobre a escrita alfabética. Essa situação de aprendizagem deve acontecer de modo a possibilitar que o professor conheça as concepções que os alunos possuem sobre como escrever e assim possa intervir para ajuda-los a pensar sobre elas, a avançar para além delas. Para tanto, a escola precisa oferecer variados materiais ao impresso de leitura, que sirvam como referencia e fonte de informação ao processo de aprendizagem da linguagem escrita.

Encontrado em Brasil (1997, p. 82).

Um tipo especial de trabalho de analise linguístico – que quando bem realizado tem um grande impacto sobre a qualidade dos textos produzidos pelos alunos – é o de observar textos impressos de diferentes autores com a intenção de desvelar a forma pela qual eles resolvem questões da textualidade. De preferencia, textos especialmente bem escritos, de autores reconhecidos, a fim de que, analisando os recursos que utilizam, possam aprender com eles. São situações que o grupo de alunos busca encontrar no texto a forma pela qual o autor resolveu o problema da repetição por meio de substituições, ou observar as características da pontuação usada por um determinado autor que marca seu estilo particular, ou mesmo rastreamento, em um conto, de todas as expressões que o autor usou para indicar mudança de lugar, de tempo ou do personagem em cena: é possível que, assim, se amplie o repertorio em uso pelos alunos, que se avance no conhecimento de recursos coesivos e até que, que desta ultima lista de expressões, saia uma de locuções adverbais (se enquanto for o caso).

Segundo CARDOSO (2012, p. 55).

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A criança conhece o mundo enquanto o cria, ao criar o mundo, ela nos revela a verdade sempre provisória da realidade em que se encontra. Construindo seu universo particular no seu interior de um universo maior reificado, ela é capaz de resgatar uma compreensão polifônica do mundo, devolvendo, através do jogo que estabelece na relação com os outros e com as coisas, os múltiplos sentidos que a realidade física e social pode adquirir. Por isso enriquece permanentemente a humanidade com novos mitos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No mundo que nos rodeia posso dizer que criança com dificuldades de

aprendizagem ao iniciar a vida escolar sempre existiu, cada uma de forma diferente

aprender, mas nos últimos anos isso vem aumentado. Diante da nossa realidade

sabemos que são vários os fatores que influenciam a aprendizagem da criança, pois

aprender é um processo complexo e muitas vezes apresenta bloqueios e inibições

ao ser humano. É importante ajudar essas crianças a conhecer seus pontos fortes, a

compreender que suas dificuldades, não existem por falta de capacidade, cada ser

humano é único basta descobrirem estratégias que sejam úteis para seu

aprendizado. Sabe-se que cada criança apresentam reações diferentes diante dos

diversos fatores que interferem na sua aprendizagem, por isso é importante

conhecer a criança por sua totalidade. Os problemas de aprendizagem muitas vezes

não desaparecem, pois quanto mais cedo for realizada essa intervenção de suporte

a criança poderá conduzir melhor sua dificuldade de aprender.

BIBLIOGRAFIA

BRASIL Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF,1997. BRASIL. Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF,1997. CARDOSO, Bruna Pugliside Assumpçao. Práticas de linguagem oral e escrita na educação infantil. São Paulo: Anzol, 2012. CARVALHO, Maria Angélica Freire de, MENDONÇA, Rosa Helena (orgs.). Prática de leitura e escrita. Brasilia: Ministério da Educação, 2006. FERREIRO, Emilio. Reflexão sobre alfabetização. Trad. Horácio Gonzales et. al. 24. ed. São Paulo: Cortez, 2001. ( Coleçao Questao da Època; v. 14). FRANCHI, Eglê Pedagogia do alfabetizador letrando: da oralidade a escrita. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2012. NEWSWEEK, Your Child’s Brain. Revista dificuldades de aprendizagem, edição MMIX, fev. 1996. REVISTA Nova Escola. Ministério da Educação FNDE ano 29 N°271, abr. 2014. REVISTA Nova Escola. Ministério da Educação FNDE ano XXVI n239, Jan. 2011.