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CidadeAberta

AKRAM KHAN COMPANYXENOS©

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XENOSAKRAM KHAN COMPANY

30 NOV 2019SÁBADO

DIREÇÃO ARTÍSTICA/COREOGRAFIA/PERFORMANCE AKRAM KHANDRAMATURGIA RUTH LITTLEDESENHO DE LUZ MICHAEL HULLSMÚSICA ORIGINAL E DESENHO DE SOM VINCENZO LAMAGNACENOGRAFIA MIRELLA WEINGARTENFIGURINOS KIMIE NAKANOESCRITOR JORDAN TANNAHILLDIREÇÃO DE ENSAIOS MAVIN KHOO E NICOLA MONACO

INTÉRPRETE AKRAM KHANMÚSICOS NINA HARRIES (CONTRABAIXO E VOZ), B C MANJUNATH (PERCUSSÃO E KONNAKOL), TAMAR OSBORN (SAXOFONE BARÍTONO), ADITYA PRAKASH (VOZ), CLARICE RARITY (VIOLINO)

PRODUTOR FAROOQ CHAUDHRYDIREÇÃO TÉCNICA RICHARD FAGANMANAGER DE PRODUÇÃO JOHN VALENTEDIREÇÃO DE CENA MAREK POMOCKIENGENHEIRO DE LUZ STÉPHANE DÉJOURSENGENHEIRO DE SOM JULIEN DELOISONTÉCNICO RUSSELL PARKERTOUR MANAGER MASHITAH OMARADEREÇOS FEITOS POR LOUISE EDGE DA LFX PROPS & SPECIAL FX.

A partitura original foi concebida em colaboração com os músicos e contém excertos do Requiem em Ré menor, K. 626 (Wolfgang Amadeus Mozart), Hanging on the Old Barbed Wire (composição tradicional), Tu Karim (composição tradicional), Chhap Tilak (Amir Khusro), Babul Mora (Náwa Wajid Ali Shah) e de Naiharwa (Kabir).

Espetáculo encomendado pelo 14-18 NOW, programa de artes do Reino Unido para o centenário da Primeira Guerra Mundial.

21H / M/12 CCB, GRANDE AUDITÓRIODURAÇÃO APROXIMADA: 65 MINUTOS S/ INTERVALO©

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Estreia mundial a 21 de fevereiro de 2018 no Centro Cultural Onassis, Atenas

Coproduzido por Centro Cultural Onassis (Atenas), The Grange Festival (Hampshire), Sadler’s Wells (Londres), Centro Cultural de Hong Kong, Théâtre de la Ville (Paris), Les Théâtres de la Ville de Luxembourg, National Arts Centre (Otava), The Center For China Shanghai International Arts Festival, Centro Cultural de Belém (Lisboa), Festspielhaus St. Pölten, Grec 2018 Festival de Barcelona, HELLERAU – Centro Europeu para as Artes (Dresden), Tanz Köln (Colónia), Festival Internacional de Edimburgo, Festival de Adelaide, Festival Montpellier Danse 2018, Julidans (Amesterdão), Canadian Stage (Toronto), Romaeuropa Festival, Torinodanza festival / Teatro Stabile di Torino – Teatro Nazionale, Lincoln Center for the Performing Arts (Nova Iorque), Universidade da Califórnia (Berkeley), Danse Danse (Montreal), Curve (Leicester), La Comédie de Clermont-Ferrand.

Financiado pela COLAS. Apoiado pelo Arts Council England.

Akram Khan é Artista Associado do Sadler’s Wells e Mountview (Londres) e do Curve (Leicester).

Produzido em residência no The Grange Festival,, Hampshire, e no Centro Cultural Onassis, Atenas.

Agradecimentos especiais a Katia Arfara & equipa do Centro Cultural Onassis, Michael Chance, Michael Moody, Nigel Hinds, Jenny Waldman, Sarah Goodfellow, Hervé Le Bouc, Delphine Lombard, Béatrice Abeille-Robin, Sr. e Sra. Khan, Yuko Khan, Sayuri & Kenzo Khan, Dannii Evans, Zia Ali, Es Devlin, Zena Edwards, Tim Freke, Ronan Harrington, Daniel Hernandez, Amit Lahav, Jerome Lewis, Confucius MC, Vahakn Matossian, Camilla Power, Ella Saltmarshe, Murray Shanahan, Zahed Sultan, Temujen Gunawardera, Jess Balla, Chris Timpson, Paul Evans, Robin Leonard, Florian Stagliano.

Akram Khan agradece com gratidão à equipa da Akram Khan Company: Farooq Chaudhry, Jan Hart, Richard Fagan, Tina Fagan, Mashitah Omar, Clare Cody-Richardson, Céline Gaubert, Christine Maupetit, Amy Sharkey, Hannah Patel, Mai Saroh Tassinari, Nathan White e todos aqueles que contribuíram para o sucesso desta produção.

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XENOSRUTH LITTLEDRAMATURGA

XENOS, de Akram Khan, coloca uma questão que surgiu há mais de 100 anos durante o cataclismo global da Primeira Guerra Mundial e que, desde então, continua a assombrar a nossa civilização: o que significa ser-se humano quando o homem é como um deus na terra?

Com base nos vestígios arquivísticos deixados por mais de um milhão de soldados indianos que lutaram pelo Império Britânico e que sofreram massacres a uma escala industrial nas suas muitas frentes, XENOS é um lamento para o corpo em guerra e um memento mori para o afastamento violento que se vive entre as pessoas e o mundo nos tempos que correm.

A Grande Guerra foi travada entre nações, mas os seus atos e resultados foram centrados no corpo humano individual. Devido a todas as suas batalhas infames, foi uma guerra de exaustão, trabalho, desconforto e tédio, pontuada por períodos indescritíveis de carnificina. Foi uma guerra de mãos, do trabalho interminável de entrincheiramento à escavação de sepulturas e tratamento de feridas, do ataque com baionetas à colocação de arame farpado e linhas de comunicação, do carregamento de provisões à fabricação de artilharia e da sua expedição implacável ao longo de centenas de quilómetros de linhas de frente em mudança progressiva.

O texto para XENOS, do aclamado dramaturgo canadiano Jordan Tannahill, dá voz ao sonho chocante de um soldado colonial indiano numa terra de ninguém. Muitos dos sipaios [soldados naturais da Índia ao serviço dos ingleses] que morreram em conflito foram enterrados no estrangeiro, enquanto que para aqueles que voltaram para casa, muitas vezes mutilados e traumatizados, seguiu-se outra forma de apagamento, pois as suas histórias foram enterradas em arquivos após a ascensão do nacionalismo indiano e a rejeição do

domínio colonial. Separados das suas próprias histórias, pátrias e compatriotas, tornaram-se xenoi [plural de «xenos»].

XENOS revela a beleza e o horror da condição humana através do retrato de um bailarino indiano cujo corpo hábil se torna num instrumento de guerra. ‘X’ não é homem, é todos os homens, o soldado desconhecido e o eterno, sozinho numa terra estrangeira, um estranho para si e para um inimigo que ele não conhece.

XENOS é um retrato do Homo deus trazido de volta às suas origens humanas em argila e fogo. No final, não nos rendemos aos deuses, à tradição ou ao império, mas à própria terra.

A linguagem do movimento de Akram Khan alterna entre o kathak clássico e a dança contemporânea no cenário íngreme e simbólico de Mirella Weingarten. O seu sipaio é filho de guerreiro, vítima de agressor, criador e destruidor de mitos, desafiando categorias de dever, lealdade e género. XENOS tem lugar na fronteira entre o Oriente e o Ocidente, passado e presente, mitologia e tecnologia, onde a humanidade ainda permanece maravilhada e desordenada.

A experiência direta do conflito na Primeira Guerra Mundial não é mais conhecida na Terra. Com a morte, em 2011, do último veterano de combate sobrevivente, a nossa própria relação com a experiência sentida da Guerra já só é possível através de relatos indiretos: filmes de arquivo, fotografias, entrevistas, espólio de museus e fragmentos herdados da história. Mas a humanidade tem outro arquivo de arte e cultura: o reservatório profundo e compartilhado da memória, beleza, e a esperança de que juntos possamos encontrar o caminho de casa.

«As nossas mãos são terra: os nossos corpos argila; os nossos olhos poças de água da chuva. Não sabemos se ainda estamos vivos.» ERICH MARIA REMARQUE, A OESTE NADA DE NOVO

«O seu eu despido empurrando um mundo abalado, Um só rebite para manter o universo unido.»MARY BORDEN, UNIDENTIFIED

© JEAN-LOUIS FERNANDEZ

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MENSAGEM DA COLASHERVÉ LE BOUCPRESIDENTE E CEO DA COLAS

Quem decide colocar uma carabina nas mãos de um bailarino? Quem se apodera de um único destino e decide quebrá-lo? No seu último trabalho a solo, Akram Khan personifica a voz de soldados indianos envolvidos na Primeira Guerra Mundial, soldados anónimos mortos nas trincheiras, confrontados com o absurdo e a aleatoriedade de uma luta que não era deles.

Dedicado aos soldados esquecidos de todas as guerras, XENOS reflete o estilo característico de Akram. A partir da história de um indivíduo, surge lentamente a questão do papel que a história desempenha no desenvolvimento da humanidade. O que é que aprendemos a partir das nossas tragédias? Ainda mais do que nos seus outros trabalhos, em XENOS o corpo de Akram é um vetor de pensamento, apontando-nos para uma questão perpétua: as duas facetas da condição humana, uma nobre e uma negra.

A Colas e a Akram Khan Company têm trabalhado juntas há quase dez anos. Conheci Akram em Londres, antes de ver o seu trabalho. Nessa noite, conversámos sobre as nossas histórias, as nossas vidas, bem como o significado e o valor do vínculo social que as estradas proporcionam. A partir de cada um dos nossos pontos de vista individuais, o vínculo entre populações e pessoas parecia óbvio para nós. Assim, ao longo dos anos, partilhámos os nossos mundos, criando assim um relacionamento pessoal próximo.

O QUE JÁ SE ESCREVEU SOBRE XENOS

Um trabalho de definição de grandeza e um adeus adequado a uma carreira no palco que iluminou a dança britânica.THE GUARDIAN

Um triunfo de energia, empatia e inteligência.THE TELEGRAPH

Um esplendor de glória. O lamento impressionante e belo de Khan é uma forma extraordinária de terminar uma carreira de dança a solo.TIME OUT LONDON

A performance [de Khan] é tão surpreendente quanto poderosa.THE TIMES

O mais impressionante de tudo é a presença e o carisma de Khan.EVENING STANDARD

AKRAM KHANDIRETOR ARTÍSTICO / COREÓGRAFO / BAILARINO

Akram Khan é um dos mais conhecidos e respeitados artistas da dança da atualidade. Em pouco mais de 19 anos, criou um conjunto de obras que contribuíram significativamente para as artes no Reino Unido e no estrangeiro. A sua reputação afirmou-se graças ao sucesso de produções imaginativas, relevantes e muitíssimo acessíveis, tais como Until the Lions, Kaash, iTMOi (in the mind of igor), DESH (apresentado no CCB em dezembro de 2014), Vertical Road, Gnosis e zero degrees (apresentado no CCB em julho de 2006).

Colaborador natural e instintivo, Khan tem sido um polo de atração para artistas oriundos de outras culturas e disciplinas. Os seus anteriores colaboradores incluem o Ballet Nacional da China, a atriz Juliette Binoche, a bailarina Sylvie Guillem, os coreógrafos/bailarinos Sidi Larbi Cherkaoui e Israel Galván, a cantora Kylie Minogue, os artistas visuais Anish Kapoor, Antony Gormley e Tim Yip, o escritor Hanif Kureishi e os compositores Steve Reich, Nitin Sawhney, Jocelyn Pook e Ben Frost.

O trabalho de Khan é reconhecido como profundamente comovente, no qual a sua narrativa inteligentemente trabalhada é naturalmente íntima e épica. Descrito pelo Financial Times como um artista «que fala tremendamente de coisas tremendas», destaca-se na sua carreira a criação da obra que integrou a Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, recebida com aclamação unânime.

Como coreógrafo, Khan desenvolveu uma estreita colaboração com o Ballet Nacional Inglês e com a sua diretora artística, Tamara Rojo. Criou a peça curta Dust, parte do programa Lest We Forget, que proporcionou um convite para criar a sua própria versão, aclamada pela crítica, do icónico ballet romântico Giselle.

Ao longo da sua carreira, Khan tem sido galardoado com numerosos prémios que incluem o Laurence Olivier Award, o Bessie Award (New York Dance and Performance Award), o prestigiado ISPA (International Society for the Performing Arts) Distinguished Artist Award, o Fred & Adele Astaire Award, o Herald Archangel Award no Festival Internacional de Edimburgo, o South Bank Sky Arts Award e oito Critics’ Circle National Dance Awards. Khan foi distinguido com um MBE pelos serviços prestados à dança em 2005. É igualmente Graduado Honorário das Universidades de Londres, de Roehampton e De Montfort e Membro Honorário do Trinity Laban.

Akram Khan é Artista Associado do Sadler’s Wells e Mountview (Londres) e do Curve (Leicester).

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CARTÃO AMIGO CCB

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A NÃO PERDER NO GRANDE AUDITÓRIO

13 DEZ 2019 / 21HCOMPANHIA PORTUGUESA DE BAILADO CONTEMPORÂNEOVASCO WELLENKAMPNA SUBSTÂNCIA DO TEMPOHOMENAGEM A SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

O coreógrafo Vasco Wellenkamp e a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo apresentam, na comemoração do Centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen, Na Substância do Tempo, espetáculo que conta com a música dos compositores Franz Liszt, Sergei Rachmaninov, Gustav Mahler e Benjamin Britten.

PARCEIRO MEDIA PARA A TEMPORADA 2019/2020

APOIO INSTITUCIONAL PARCEIRO INSTITUCIONAL

CPBC © HELENA GONÇALVES