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Alain de Botton O curso do amor

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O que signifi ca o viveram felizes para sempre?

Em Edimburgo, Rabih e Kirsten se conhe-cem e logo se apaixonam. Eles se casam, têm fi lhos. A sociedade nos faz acreditar que esse é o fi m da história quando, na verda-de, é apenas o começo. Em O curso do amor, o escritor e fi lósofo Alain de Botton se vale da fi cção para discutir, através da história de Rabih e Kirsten, as complexidades de um re-lacionamento amoroso duradouro.

Ao acompanhar o percurso do casal, vi-venciamos com eles o furor da paixão, os inevitáveis desencantamentos cotidianos e, ainda, a liberdade e as descobertas que nos chegam com a maturidade. Botton não se atém apenas ao despertar do amor, mas ela-bora como esse sentimento pode se manter vivo ao longo dos anos. Mergulhamos com ele na forma como nossos ideais românticos aos poucos se modifi cam sob a pressão do dia a dia e deparamos com os esplêndidos — e, às vezes, assustadores — desdobramentos de se descobrir que amar é, essencialmente, mais uma habilidade que precisamos aprender.

Espirituoso, perspicaz e profundamente comovente, O curso do amor é um guia e uma refl exão sobre os relacionamentos modernos. Os desafi os da relação de Rabih e Kirsten são intercalados por comentários e anotações, o que resulta em uma narrativa ao mesmo tempo fi ccional, fi losófi ca e psicológica. Um livro extremamente provocativo e verdadeiro para todos que acreditam no amor.

“Alain de Botton mostra mais vez sua capacidade de expressar em palavras nossas

esperanças e inseguranças.”The New York Times

“Rabih levará muitos anos e vai precisar de várias experiências para chegar a algumas

conclusões diferentes, para reconhecer que exatamente aquilo que um dia ele considerou romântico — intuições silenciosas, anseios instantâneos, a crença em almas gêmeas — é o que o impede de aprender a fazer seus

relacionamentos darem certo. Vai entender que o amor só dura quando não somos fi éis às suas sedutoras ambições iniciais e que, para ter um relacionamento duradouro, precisará abrir mão dos sentimentos que desde o início o levaram a amar. Precisará aprender que o amor é mais habilidade do que entusiasmo.”

Alain de Botton nasceu em Zu-rique, na Suíça, em 1969, e desde os oito anos vive com a família na Inglaterra. Estudou na tradicional Universidade de Cambridge. Seus livros de ensaio sobre temas ligados à fi losofi a da vida cotidiana tornaram-se best-sellers em mais de trinta países. Alguns foram trans-formados em documentários para a televisão britânica. Seus escritos desenvolvem ideias originais apoiadas, de forma inusitada, na obra de grandes pensadores, seguindo uma tradição iniciada por Sêneca e Montaigne. É autor de Como Proust pode mudar sua vida, A arte de viajar, Religião para ateus, Arte como terapia e Notícias: manual do usuário, publicados pela Intrínseca.

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tradução de clóvis marques

alain de botton

O curso do amor

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Copyright © 2016 by Alain de Botton

TÍTULO ORIGINAL

The Course of Love

PREPARAÇÃO

Taissa Reis

REVISÃO

Ulisses TeixeiraCristiane Pacanowski

DIAGRAMAÇÃO

Laura Arbex | Ilustrarte Design e Produção Editorial

ILUSTRAÇÕES DE CAPA

Monica Ramos

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO. SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

B771c Botton, Alain de

O curso do amor / Alain de Botton ; tradução Clóvis Marques. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Intrínseca, 2017. 256 p. ; 21 cm. Tradução de: The course of loveISBN 978-85-510-0216-2

1. Ficção suíça. I. Marques, Clóvis. II. Título.

17-41575 CDD: 839.73CDU: 821.112.2(494)-3

[2017]

Todos os direitos desta edição reservados àEDITORA INTRÍNSECA LTDA.Rua Marquês de São Vicente, 99, 3o andar22451-041 GáveaRio de Janeiro – RJTel./Fax: (21) 3206-7400www.intrinseca.com.br

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Para John Armstrong, mentor, colega e amigo.

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sumário

Romantismo 9Paixões 11O início sagrado 16Apaixonados 26Sexo e amor 34O pedido 45

Para sempre 59Coisinhas bobas 61Emburrados 74Sexo e censura 80Transferência 93Culpa universal 102Ensinar e aprender 112

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Filhos 123Lições de amor 125Doçura 137Os limites do amor 142Sexo e paternidade 154O prestígio de lavar a roupa 165

Adultério 171Conquistador barato 173Prós 181Contras 188Desejos irreconciliáveis 200Segredos 207

Além do romantismo 211A teoria do apego 213Maturidade 227Prontos para o casamento 239O futuro 246

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Romantismo

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Paixões

O hotel fica num afloramento rochoso, meia hora a leste de Mála-ga. Foi projetado para receber famílias e inadvertidamente revela, sobretudo durante as refeições, os desafios de fazer parte de uma. Rabih Khan tem quinze anos e está de férias com o pai e a ma-drasta. O clima entre eles é pesado, e a conversa, hesitante. Já se passaram três anos desde a morte da mãe de Rabih. As refeições são servidas diariamente numa varanda com vista para a piscina. De vez em quando, a madrasta faz um comentário sobre a paella ou o vento que sopra forte do sul. Ela é de Gloucestershire e gosta de jardinagem.

Um casamento não começa com o pedido, nem no primeiro encontro. Começa muito antes, com o nascimento da ideia de amor, e, sendo mais exato, com o sonho de uma alma gêmea.

Rabih vê a garota pela primeira vez no tobogã da piscina. Ela é cerca de um ano mais nova que ele, com cabelos castanho-averme-

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lhados bem curtos, como os de um garoto, pele morena e braços e pernas esbeltos. Usa blusa listrada, short azul e chinelos amarelo--limão. No punho direito, há uma fina pulseira de couro. Ela olha para Rabih, esboça um sorriso pouco entusiasmado e se ajeita na espreguiçadeira. Passa algumas horas observando o mar, pensativa, ouvindo seu walkman, e, de vez em quando, rói as unhas. Os pais estão próximos a ela, a mãe de um lado folheando um exemplar da revista Elle e o pai do outro, lendo um romance de Len Deighton em francês. Como Rabih vai descobrir depois no livro de registro de hóspedes, ela é de Clermont-Ferrand e se chama Alice Saure.

Ele nunca sentiu nada nem mesmo parecido. A sensação o domina completamente desde o início. Não tem nada a ver com palavras — que eles nunca vão trocar. É como se, de certa forma, sempre a tivesse conhecido, como se ela detivesse a resposta para sua existência e, principalmente, para uma zona de dor e confu-são dentro dele. Nos dias seguintes, Rabih a observa pelo hotel a distância: no café da manhã, usando um vestido branco de bainha florida, pegando um iogurte e uma pera no bufê; na quadra de tênis, desculpando-se com o treinador por suas jogadas de fundo de quadra num inglês de sotaque bem marcado e com uma po-lidez comovente; e numa caminhada (aparentemente) solitária em volta do campo de golfe, fazendo uma pausa para contemplar cactos e hibiscos.

Pode surgir muito rapidamente essa certeza de que outro ser hu-mano é sua alma gêmea. Nem é necessário falar com a pessoa; talvez nem sequer saibamos o nome dela. O raciocínio lógico não entra em jogo. O que importa, na verdade, é a intuição; uma sensação espontânea que parece mais precisa e digna de respeito por ignorar os processos normais do raciocínio.

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A paixão se materializa em torno de uma série de elementos: um chinelo amarelo despreocupadamente pendendo do pé; uma edição de Sidarta, de Hermann Hesse, na toalha ao lado do pro-tetor solar; sobrancelhas bem definidas; um jeito distraído de res-ponder aos pais e uma maneira de pousar a bochecha na palma da mão enquanto leva à boca pequenas colheradas de musse de chocolate no jantar.

Instintivamente, Rabih deduz toda a sua personalidade a partir desses detalhes. Contemplando as pás de madeira do ventilador girando no teto do quarto, ele escreve na mente a história de sua vida ao lado dela. A garota será melancólica, mas do tipo que sabe se virar. Vai confiar nele e rir da hipocrisia das outras pessoas. Às vezes, poderá parecer ansiosa em relação a festas e à convivência com as demais meninas na escola, sintomas de uma personali-dade sensível e profunda. Até esse momento, terá sido solitária e jamais terá confiado completamente em alguém. Os dois vão ficar sentados em sua cama, brincando de entrelaçar os dedos das mãos. Nem ela terá imaginado que seria possível uma ligação assim entre duas pessoas.

Então, certa manhã, sem aviso prévio, ela foi embora. Um ca-sal holandês com dois meninos pequenos ocupa a mesa de Alice. A garota e os pais deixaram o hotel ao amanhecer para pegar o voo da Air France de volta para casa, explica o gerente.

O acontecimento é insignificante. Eles jamais voltarão a se ver. Rabih não conta a ninguém. Ela desconhece totalmente as intenções dele. Contudo, se a história tem início aqui — embora Rabih mude e amadureça muito ao longo dos anos — é porque sua compreensão de amor manterá por décadas a exata estrutura que assumiu pela primeira vez no hotel Casa Al Sur, no verão de seus quinze anos. Ele continuará acreditando na possibilidade

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de dois seres humanos se entenderem e sentirem empatia de for-ma rápida e incondicional, e na chance de um fim definitivo para a solidão.

Rabih vai vivenciar anseios tão bons quanto amargos por ou-tras almas gêmeas perdidas, avistadas em ônibus, entre prateleiras de supermercados e nas salas de leitura de bibliotecas. Terá exata-mente o mesmo sentimento aos vinte anos, durante um semestre de estudos em Manhattan, por uma mulher sentada à sua esquer-da no metrô da linha C, em direção ao norte da ilha; aos vinte e cinco, no escritório de arquitetura em Berlim onde será estagiá-rio; e aos vinte e nove, em um voo de Paris a Londres, depois de uma breve conversa sobre o canal da Mancha com uma mulher chamada Chloe: o sentimento de enfim ter deparado com uma parte de seu próprio ser perdida há muito tempo.

Para o romântico, há apenas um pequeno passo que separa ver um estranho de relance e formular uma conclusão majestosa e substancial: a de que a pessoa talvez possa representar uma resposta completa às questões implícitas à existência.Essa intensidade pode parecer trivial, até cômica, mas tal respei-to pelo instinto não é um planeta de menor importância na cos-mologia dos relacionamentos. Ela é o sol, subjacente e central, em torno do qual orbitam os ideais contemporâneos de amor.A fé romântica sempre deve ter existido, mas apenas nos últimos séculos vem sendo abordada para além de uma doença; só re-centemente a busca por uma alma gêmea pôde alcançar o status de algo próximo ao objetivo de vida. Um idealismo que antes se voltava para deuses e espíritos foi redirecionado para figuras humanas — um gesto ostensivamente generoso, mas carrega-do de consequências hostis e instáveis, pois não é nada simples

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para qualquer ser humano honrar, pela vida inteira, perfeições que possa ter demonstrado para um observador de imaginação fértil, seja na rua, seja no trabalho, seja no assento ao seu lado no avião.

Rabih levará muitos anos e vai precisar de várias experiên-cias amorosas para chegar a algumas conclusões diferentes, para reconhecer que exatamente aquilo que um dia ele considerou romântico — intuições silenciosas, anseios instantâneos, a cren-ça em almas gêmeas — é o que o impede de aprender a fazer seus relacionamentos darem certo. Vai entender que o amor só dura quando não somos fiéis às suas sedutoras ambições iniciais e que, para ter um relacionamento duradouro, precisará abrir mão dos sentimentos que desde o início o levaram a amar. Precisará aprender que o amor é mais habilidade do que entusiasmo.

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O que signifi ca o viveram felizes para sempre?

Em Edimburgo, Rabih e Kirsten se conhe-cem e logo se apaixonam. Eles se casam, têm fi lhos. A sociedade nos faz acreditar que esse é o fi m da história quando, na verda-de, é apenas o começo. Em O curso do amor, o escritor e fi lósofo Alain de Botton se vale da fi cção para discutir, através da história de Rabih e Kirsten, as complexidades de um re-lacionamento amoroso duradouro.

Ao acompanhar o percurso do casal, vi-venciamos com eles o furor da paixão, os inevitáveis desencantamentos cotidianos e, ainda, a liberdade e as descobertas que nos chegam com a maturidade. Botton não se atém apenas ao despertar do amor, mas ela-bora como esse sentimento pode se manter vivo ao longo dos anos. Mergulhamos com ele na forma como nossos ideais românticos aos poucos se modifi cam sob a pressão do dia a dia e deparamos com os esplêndidos — e, às vezes, assustadores — desdobramentos de se descobrir que amar é, essencialmente, mais uma habilidade que precisamos aprender.

Espirituoso, perspicaz e profundamente comovente, O curso do amor é um guia e uma refl exão sobre os relacionamentos modernos. Os desafi os da relação de Rabih e Kirsten são intercalados por comentários e anotações, o que resulta em uma narrativa ao mesmo tempo fi ccional, fi losófi ca e psicológica. Um livro extremamente provocativo e verdadeiro para todos que acreditam no amor.

“Alain de Botton mostra mais vez sua capacidade de expressar em palavras nossas

esperanças e inseguranças.”The New York Times

“Rabih levará muitos anos e vai precisar de várias experiências para chegar a algumas

conclusões diferentes, para reconhecer que exatamente aquilo que um dia ele considerou romântico — intuições silenciosas, anseios instantâneos, a crença em almas gêmeas — é o que o impede de aprender a fazer seus

relacionamentos darem certo. Vai entender que o amor só dura quando não somos fi éis às suas sedutoras ambições iniciais e que, para ter um relacionamento duradouro, precisará abrir mão dos sentimentos que desde o início o levaram a amar. Precisará aprender que o amor é mais habilidade do que entusiasmo.”

Alain de Botton nasceu em Zu-rique, na Suíça, em 1969, e desde os oito anos vive com a família na Inglaterra. Estudou na tradicional Universidade de Cambridge. Seus livros de ensaio sobre temas ligados à fi losofi a da vida cotidiana tornaram-se best-sellers em mais de trinta países. Alguns foram trans-formados em documentários para a televisão britânica. Seus escritos desenvolvem ideias originais apoiadas, de forma inusitada, na obra de grandes pensadores, seguindo uma tradição iniciada por Sêneca e Montaigne. É autor de Como Proust pode mudar sua vida, A arte de viajar, Religião para ateus, Arte como terapia e Notícias: manual do usuário, publicados pela Intrínseca.

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