DIA MUNDIAL DA PAZ

Mensagem de Paz Dialogar descobrir Quando mais avanarmos Na descoberta dos outros, Tanto mais substituiremos As tenses por laos de paz. Pelo dilogo, aprenderemos a: Respeitar a pessoa humana, Seus valores, sua cultura, Sua autonomia legtima, Sua autodeterminao. Olhar para alm de ns mesmos, A fim de compreender e apoiar O que h de bom nos outros, Contribuir para um desenvolvimento E crescimento justo, Transformar a solidariedade E o dialoga em caractersticas Permanentes do mundo Em que vivemos. A paz um valor sem fronteiras. Joo Paulo II

Cano de Paz

Imagine John Lennon

Imagine John Lennon

Imagine there's no heaven, It's easy if you try, No hell below us, Above us only sky, Imagine all the people living for today... Imagine there's no countries, It isnt hard to do, Nothing to kill or die for, No religion too, Imagine all the people living life in peace... Imagine no possessions, I wonder if you can, No need for greed or hunger, A brotherhood of men, imagine all the people Sharing all the world... You may say I'm a dreamer, but Im not the only one, I hope some day you'll join us, And the world will live as one

Imagine que no exista nenhum paraso, fcil se voc tentar. Nenhum inferno abaixo de ns, Sobre ns apenas o firmamento. Imagine todas as pessoas Vivendo pelo hoje... Imagine que no exista nenhum pas, No difcil de fazer. Nada porque matar ou porque morrer, Nenhuma religio tambm. Imagine todas as pessoas Vivendo a vida em paz... Imagine nenhuma propriedade, Eu me pergunto se voc consegue. Nenhuma necessidade de ganncia ou fome, Uma fraternidade de homens. Imagine todas as pessoas Compartilhando o mundo todo. Voc talvez diga que sou um sonhador, Mas eu no o nico. Eu espero que algum dia voc junte-se a ns,

E o mundo viver como um nico

Carnaval no Brasil(Simone Borba Pinheiro) Mscaras gigantes decoram as ruas e os elegantes clubes das cidades. Confetes, serpentinas e mulheres semi-nuas, surgem em grandes quantidades. Os vos chegam lotados de estrangeiros extasiados com a beleza brejeira que tem a menina faceira do ensolarado Brasil. E, quando a noite comea, o povo sabe que a festa no tem hora para acabar, vo danar at o dia raiar. Bailarinas, colombinas, estilizadas ou no, vestem as lindas meninas a danar pelo salo. E, no Rio de Janeiro, no sambdromo, a passar, esto as escolas de samba para o povo alegrar. E, quando o dia amanhece, a praia fica lotada de gente que adormece, junto areia molhada. Em meio a tanta folia, os jornais circulam a mil,

bradando a grande manchete: - carnaval no Brasil!

Mulher

Mulheres, personalidades honradssimas Temos ns, orgulho em t-las. Me, amada, irm... amigussimas Impossvel no perceb-las. Desde as meigas, s extremistas, No h quem possa venc-las. Como me, semeia esperana Como irm, espalha fervor Se esposa, h perseverana Se sofrida, nos causa dor Se trabalhadora, emite confiana, Mas em tudo, cultiva amor. Mulher, smbolo da vida, Imagem da perfeio. Tantas vezes abatida Por causa da traio De algum que, enlouquecida Entregou seu corao. Com palavras vim demonstrar, Da humanidade a gratido, Tu mereces compartilhar De toda realizao, Pois est sempre a participar Do que enaltece uma nao. Independente do nome Que voc recebeu, a maior demonstrao De beleza, garra, amor.... f. Por tudo isso voc conquistou O Dia Internacional da Mulher

Orao pela MulherObrigado Senhor por teres criado no mundo a mulher E por t-la enriquecido com preciosos dons: o carinho, a sensibilidade, a beleza, a ternura, a dedicao e o amor. Deste ao homem a graa de encontrar na mulher: uma amiga, irm, companheira, esposa e me. Nela se processa o mistrio da vida, sendo capaz de gerar, de trazer luz filhos e filhas. Sem sua presena no mundo, o amor estaria fadado extino. E o mundo ficaria pobre e sem sentido. Perdoa-nos, Senhor, por nem sempre sabermos reconhecer o verdadeiro valor da mulher, por muitas vezes a considerarmos objetos,

sexo frgil e fora de trabalho domstico. Que tambm a mulher reconhea seu valor, sua dignidade e sua misso no mundo. Que ela no aceite ser instrumentalizada nem banalizada no seu corpo e nos seus sentimentos. Que no corpo e na alma de cada mulher, possamos continuar encontrando os sinais de ME que nela plantaste, Amm

Mulher( Emlio Santiago) No sei, que intensa magia, teu corpo irradia Que me deixa louco assim, mulher No sei, teus olhos castanhos, profundos, estranhos Que mistrio ocultaro,mulher No sei dizer Mulher, s sei que sem alma Roubaste-me a calma e aos teus ps eu fico a implorar O teu amor tem gosto amargo e eu fico sempre a chorar nesta dor Por teu amor, por teu amor Mulher

Dia Nacional do Livro InfantilO Dia Nacional do Livro Infantil comemorado em 18 de abril porque foi nessa data, no ano de 1882, que nasceu Monteiro Lobato, criador da literatura infantil no Brasil. So dele as obras Reinaes de Narizinho, Emlia no pas da gramtica, O saci, Viagem ao cu. Nesses e em outros livros, as conhecidas e queridas personagens do Stio do Picapau Amarelo - Pedrinho, Narizinho, a boneca Emlia, Tia Nastcia e D. Benta, Visconde, Saci-Perer, Marqus de Rabic, a Cuca, entre outros, fazem a crianada viajar num mundo de fantsticas aventuras. As histrias de Monteiro Lobato, dos grandes escritores nacionais e estrangeiros e toda a cultura que o homem transmite de gerao a gerao voc encontra nos livros. por isso que eles so to valorizados pelos povos do mundo todo. Ler como fazer uma viagem terra das aventuras, terra da cincia, terra dos sonhos, nossa terra. Se pudermos conviver com livros de que gostemos, que sentimos prazer em ler; se tivermos pais, amigos, professores e bibliotecrios que nos incentivem e orientem na leitura; bibliotecas pblicas e escolares organizadas e em quantidade, passaremos a gostar de ler. Esse gosto representa uma grande conquista.

O DESTINO DOS LIVROS EST ESCRITO NAS ESTRELAS

Jn Uliiansky Os adultos perguntam com frequncia o que acontecer aos livros quando as crianas deixam de os ler. Talvez esta seja uma resposta: Ns carreg-los-emos todos em enormes naves espaciais e envi-los-emos para as estrelas! Uau...! Os livros so realmente como estrelas num cu nocturno. H tantos, no podem ser contados e frequentemente esto to longe de ns que no ousamos procurlos. Mas imaginem s como ficaria escuro se um dia todos os livros, esses cometas no nosso universo cerebral, partissem e cessassem de fornecer essa energia ilimitada da imaginao e do conhecimento humanos... Valha-nos Deus! Vocs dizem que as crianas no podem compreender uma fico cientfica como esta?! Muito bem, eu viajarei para a terra e permitir-me-ei recordar os livros da minha prpria infncia. De qualquer maneira, isto o que me veio mente quando eu estava a olhar para a Ursa Maior, a constelao a que ns, Eslovacos, chamamos Grande Carroa, porque os meus livros mais preciosos me chegaram numa carroa... Isto , no chegaram inicialmente a mim, mas minha me. Foi durante a guerra. Um dia, estava ela beira da estrada quando passou chocalhando uma carroa uma carroa de feno atulhada de livros e puxada por uma parelha de cavalos. O condutor disse minha me que estava a transportar os livros da biblioteca da cidade para um lugar seguro, para impedir que fossem destrudos. Nesse tempo a minha me era ainda uma menina pequena, ansiosa por ler, e vista daquele mar de livros os olhos dela iluminaram-se como estrelas. At ento s tinha visto carroas cheias de feno, palha ou talvez estrume. Para ela uma carroa cheia de livros era como algo sado de um conto de fadas. Arranjou coragem para pedir: Por favor, no poderia dar-me ao menos um livro dessa grande pilha? O homem sorriu, assentiu, saltou da carroa abaixo, desatou um dos lados e disse: Podes levar para casa todos os que carem no caminho! Alguns volumes caram ruidosamente na estrada poeirenta, e pouco depois aquela

estranha carroa j tinha desaparecido numa curva da estrada. A minha me apanhou os livros, com o corao a bater furiosamente de excitao. Depois de lhes limpar o p, verificou que entre eles, perfeitamente por acaso, havia uma edio completa dos contos de Hans Christian Andersen. Nos cinco volumes de vrias cores no existia uma nica ilustrao, mas aqueles livros iluminaram milagrosamente as noites que a minha me tanto temia. Isso acontecia porque durante aquela guerra ela tinha perdido a sua prpria me. Quando lia aqueles contos ao sero, cada um deles era para ela um pequeno raio de esperana, e com uma imagem tranquila no corao, pintada com pestanas meio fechadas, podia adormecer sossegadamente, pelo menos durante um bocado... Os anos sucederam-se e aqueles livros passaram para mim. Eu levo-os sempre comigo pelas poeirentas estradas da minha vida. De que poeira que eu falo, perguntam vocs? Ah! Talvez eu estivesse a pensar na poeira de estrelas que se instala nos nossos olhos quando nos sentamos numa cadeira a ler numa noite escura. Isto , se estivermos a ler um livro. No fim de contas, ns podemos ler todo o tipo de coisas. Uma face humana, as linhas da palma de uma mo, e as estrelas... As estrelas so livros num cu nocturno e iluminam a escurido. Sempre que eu duvido se vale a pena escrever mais um livro, contemplo o cu e digo para mim prprio que o universo realmente infinito e que ainda deve haver lugar para a minha pequena estrelinha.

19 DE ABRIL: DIA DO NDIO LENDA: O SURGIRO Pai/Me Ancestral dos Guaranis ergueu-se na escurido, Iluminado pelos reflexos de seu prprio corao, E criou as chamas e a tnue neblina. Criou o amor e no tinha a quem d-lo Criou a fala, mas no havia quem escutasse. Ento encomendou s divindades que construssem o mundo e que se encarregassem do fogo, da nvoa, da chuva e do vento, Entregou-lhes a msica e as palavras das canes de poder, para que dessem vida s mulheres e aos homens. Assim o amor fez-se comunho, e a fala ganhou vida e Pai/Me Ancestral redimiu sua solido. Ele/ acompanha os homens e as mulheres que caminham e cantam: J estamos pisando esta terra, J estamos pisando esta terra reluzente. Lenda Guarani sobre como surgiu a vida.

DIA DO NDIOQue Deus abenoe a cada um de vocs. Saibam que suas preces encontram as nossas quando o Sol nasce e quando se pe. Que o Grande Esprito os guie em segurana no caminho do amor, paz, liberdade nesta Me Terra. Que os ancestrais sagrados do amor e da luz os mantenham seguros em sua terras e em seus lares. Rezem a Deus para lhes dar algo importante para fazer neste grande trabalho que temos pela frente, para trazer paz Terra. Fiquem bem, e pensem bons pensamentos de paz e unio. Paz para toda a vida na Terra e paz uns com os outros em seus lares, em suas famlias e em

seus pases. Ns no somos muito diferentes aos olhos do Criador. O mesmo Grande Pai Sol brilha com seu amor para cada um de ns diariamente, enquanto a Me Terra prepara as substncias para a nossa mesa. Afinal ns somos um. Chefe Dan Evehema, lder espiritual Nao Soberana Hopi.

Dia do ndio Todo dia dia de ndio?Sim, pois no adianta somente lembrar dos ndios apenas um dia. Eles fazem parte de nossa histria e tm muito a nos ensinar. Mas, justamente por serem importantes, foi reservada uma data no calendrio anual para comemorar o Dia do ndio, que 19 de abril. Quer saber porque esse dia? Bem, que nessa data, no ano de 1940, foi realizado o I Congresso Indgena da Amrica Latina, no Mxico, com objetivo de divulgar a cultura indgena em toda a Amrica e tambm para que os governos criassem normas em relao qualidade de vida dos povos indgenas, que ainda sofriam com a discriminao do homem branco.

CantoPequenos Indiozinhos Um, dois, trs indiozinhos, Quatro, cinco, seis indiozinhos, Sete, oito, nove indiozinhos, Remavam a canoa. Um, dois, trs indiozinhos, Quatro, cinco, seis indiozinhos, Sete, oito, nove indiozinhos, Pescavam de arco e flecha, Um, dois, trs indiozinhos, Quatro, cinco, seis indiozinhos, Sete, oito, nove indiozinhos, Passeavam na floresta...

Vitria da Vida Sobre a Morte!!!!No alto do calvrio se rene a multido. Mais uma cruz elevada e cumpre a sua funo. Mais um prisioneiro punido. Mais um homem crucificado. Mas a escurido do cu anuncia injustia. O punido no simples prisioneiro, e sim o libertador. O crucificado no apenas um homem, e sim a divindade. E a cruz assume nova funo. No terceiro dia, Cristo transcende as fronteiras entre a morte e a vida. Ressurge glorioso, rompendo as correntes do dio, da prepotncia e do egosmo. Vence a cruz, sua ltima morada e trono de vitria. Vence a humilhao para maravilhar-nos com sua bondade. Ressurge para nos mostrar que o viver no tem limites e a morte apenas a porta que nos conduz sua essncia. Provou-nos que a vida o maior dom entregue por Deus. Deste modo plenificou o sentido da Pscoa.

Feliz Pscoa!!!! Vida Nova a todos!!!!!

Feliz PscoaNada que acontea vai nos fazer felizes de novo!" O medo e a confuso dominaram aqueles que tinham acreditado no poder do amor. Eles, que tinham aprendido a alegria de amar o prximo do Mestre que se fazia prximo daqueles de quem ningum se aproxima: dos pobres, dos doentes, das prostitutas, dos marginalizados e marginalizadas. O cho se desfez sob seus ps, a morte os atingiu... Estranho, porm, foi que a morte no os matou; algo extraordinrio aconteceu: os olhos dos amigos e amigas, que haviam acreditado num mundo transformado pelo amor, reconheceram o Mestre esperado e proclamaram: Jesus o Filho de Deus ressuscitado! E desde ento, para eles e para ns, se coloca como vitria sobre a dor, opresso e morte, a certeza da ressurreio. Alegria, alegria, agora e para sempre. Amm

Feliz Pscoa!!!!!!

Conto de PscoaSentado na beira da calada , com um ovo de chocolate pequenino nas mos , olhar srio , aquele menino se ps a imaginar. Havia muitas coisas que ele no entendia, por mais que tentasse. Durante a semana toda, na escola, na rua , em casa , em todos os lugares s se ouvia falar de Pscoa , coelhinho e ovos de chocolate. A professora at colocou Jesus no meio da histria, mas s aumentou a sua confuso; ele no conseguia organizar o pensamento. Jesus no aquele que nasceu no Natal? Faz to pouquinho tempo, e ele j morreu??!! No, decididamente ele no entendia nada . No sabia exatamente o que uma coisa tinha a ver com a outra. Afinal de contas, por que comemorar, se Jesus morreu? Por que os ovos so de chocolate? E o coelho, o que ele faz nessa histria? Complicaaadooo!!!! Separava somente as coisas que entendia , e sabia o que era.. Entendia que estava esperando ganhar um ovo bem grande, daqueles que tinha visto na televiso, embrulhado num papel brilhante e com um lao de fita vermelha , que no veio, e ele sabia por qu: o dinheiro no deu. Ele sabia. Nem seu pai e nem sua me tinham prometido dar-lhe um ovo de pscoa; e ele sabia, tambm, que o coelhinho no o trazia para ningum. Ento, como que ele poderia satisfazer a sua vontade de comer chocolate? Como ia passar o domingo de pscoa sem comer ovo de pscoa? E a idia veio assim, de repente!!! Por que no??? Foi at o primeiro semforo daquela movimentada avenida e, quando o sinal ficava vermelho ele se lanava entre os carros e ia pedindo: "Moo, d um ovo de pscoa pra mim?" "Senhor, poderia me dar um ovo de pscoa?" "Moa , d um ovo de chocolate pra mim?" Assim, ia pedindo e ouvindo as mais esfarrapadas respostas, quando algum respondia . At que, enfim, parou um carro velho, todo manchado de ferrugem. Dentro, um homem com cara de bravo ... Ele tomou coragem, foi at l e arriscou o mesmo pedido: "Moo , eu quero um ovo de pscoa" . E qual no foi sua surpresa quando aquele homem pegou, no banco do passageiro, um embrulhinho e lho estendeu pelo vidro. "Brigado, moo!!!" E saiu em disparada. De volta sua calada, ele olhou o ovinho e sorriu feliz. Afinal, agora ele comemoraria a Pscoa.

Eu sou o CoelhinhoDe olhos vermelhos De plos branquinhos De pulo bem leve Eu sou o Coelhinho. Comi uma cenoura Com casca e tudo To grande ela era Que fiquei barrigudo. Eu pulo para frente Eu pulo para trs Dou mil cambalhotas Eu sou forte demais. De olhos vermelhos De plos branquinhos De pulo bem leve Eu sou o coelhinho.

Coelhinho da PscoaCoelhinho da Pscoa, que trazes pra mim ? Um ovo, dois ovos, trs ovos assim ! Um ovo, dois ovos, trs ovos assim ! Coelhinho da Pscoa, que cor eles tm ? Azul, amarelo e vermelho tambm ! Azul, amarelo e vermelho tambm ! Coelhinho da Pscoa, com quem vais danar? Com esta menina que sabe cantar ! Com esta menina que sabe cantar ! Coelhinho maroto, porque vais fugir? Em todas as casas eu tenho que ir! Em todas as casas eu tenho que ir!

TiradentesQuem foi Tiradentes? O seu nome era Joaquim Jos da Silva Xavier, nasceu em 1746 na Vila de So Jos Del Rei (hoje Tiradentes), Minas Gerais. Seu pai era um pequeno fazendeiro. Ficou conhecido como Tiradentes por ser dentista, profisso que aprendeu com o tio aps ficar rfo. Tiradentes no foi apenas dentista, mas tambm minerador entre outros ofcios. Como muitos, Tiradentes no aceitava os altos impostos cobrados na poca por Portugal, essa revolta foi aumentando at que surgiu um movimento revolucionrio chamado de Inconfidncia Mineira que tinha como objetivo acabar com os impostos abusivos e tambm conseguir a independncia brasileira. Este movimento foi denunciado antes de ser concretizado. Foi iniciado um processo contra todos os revolucionrios, mas apenas Tiradentes, o nico condenado a morte foi enforcado em praa pblica em janeiro de 1792

Romance XXIV ou da Bandeira da InconfidnciaCeclia Meireles Atravs de grossas portas, sentem-se luzes acesas, e h indagaes minuciosas dentro das casas fronteiras: olhos colados aos vidros, mulheres e homens espreita, caras disformes de insnia, vigiando as aes alheias.

Pelas gretas das janelas, pelas frestas das esteiras, agudas setas atiram a inveja e a maledicncia. Palavras conjeturadas oscilam no ar de surpresas, como peludas aranhas na gosma das teias densas, rpidas e envenenadas, engenhosas, sorrateiras. Atrs de portas fechadas, luz de velas acesas, brilham fardas e casacas, junto com batinas pretas. E h finas mos pensativas, entre gales, sedas, rendas, e h grossas mos vigorosas, de unhas fortes, duras veias, e h mos de plpito e altares, de Evangelhos, cruzes, bnos. Uns so reinis, uns, mazombos; e pensam de mil maneiras; mas citam Verglio e Horcio, e refletem, e argumentam, falam de minas e impostos, de lavras e de fazendas, de ministros e rainhas e das colnias inglesas. Atrs de portas fechadas, luz de velas acesas, uns sugerem, uns recusam, uns ouvem, uns aconselham. Se a derrama for lanada, h levante, com certeza. Corre-se por essas ruas? Corta-se alguma cabea? Do cimo de alguma escada, profere-se alguma arenga? Que bandeira se desdobra? Com que figura ou legenda? Coisas da Maonaria, do Paganismo ou da Igreja? A Santssima Trindade? Um gnio a quebrar algemas? Atrs de portas fechadas, luz de velas acesas, entre sigilo e espionagem,

acontece a Inconfidncia. E diz o Vigrio ao Poeta: "Escreva-me aquela letra do versinho de Verglio..." E d-lhe o papel e a pena. E diz o Poeta ao Vigrio, com dramtica prudncia: "Tenha meus dedos cortados antes que tal verso escrevam..." LIBERDADE, AINDA QUE TARDE, ouve-se em redor da mesa. E a bandeira j est viva, e sobe, na noite imensa. E os seus tristes inventores j so rus pois se atreveram a falar em Liberdade (que ningum sabe o que seja). Atravs de grossas portas sentem-se luzes acesas, e h indagaes minuciosas dentro das casas fronteiras. "Que esto fazendo, to tarde? Que escrevem, conversam, pensam? Mostram livros proibidos? Lem notcias nas Gazetas? Tero recebido cartas de potncias estrangeiras?" (Antiguidades de Nimes em Vila Rica suspensas! Cavalo de La Fayette saltando vastas fronteiras! vitrias, festas, flores das lutas da Independncia! Liberdade - essa palavra, que o sonho humano alimenta: que no h ningum que explique, e ningum que no entenda!) E a vizinhana no dorme: murmura, imagina, inventa. No fica bandeira escrita, mas fica escrita a sentena.

FALTA UM ZERO NO MEU ORDENADO(Ary Barroso/Benedito Lacerda) Trabalho como um louco Mas ganho muito pouco Por isso eu vivo sempre atrapalhado Fazendo faxina, comendo no china T faltando um zero no meu ordenado T faltando um zero no meu ordenado T faltando sola no meu sapato Somente o retrato da rainha do meu samba que me consola nessa corda bamba

SALRIO MNIMO(Ernni Alvarenga) Cansei de tanto trabalhar Na iluso de melhorar Cinco filhos, mulher e sogra pra sustentar Setecentos e cinqenta cruzeiros no d No d No d No, no d Trabalhei demais por causa deles Os trajes deles so os de Ado e Eva Se acostumaram a passar mal Mas isso no legal, a vida que a gente leva

Mame QueridaAqu estou, para te dar meu carinho Sentir teu perfume embalando meus sonhos Teus abraos de amor a me proteger Teu sorriso, tuas mos, tua pele, teus olhos Tudo que me faz crescer Agradeo a vida Consentida, refletida No espelho da alma Amiga e companheira Agradeo o amor To suave em teu peito To puro e sem medo To mgico e pleno Da luz de Jesus Das bnos de Deus! Te amo!

Marcas de Dedoss vezes, voc se aborrece Porque ainda sou criancinha

E sempre deixo marcas de dedos Nos mveis da casa inteirinha. Mas estou crescendo dia a dia E logo adulta vou ser E essas marcas de dedos Vo todas desaparecer. Agora deixo uma marca bem especial Pra voc nunca esquecer Como eram meus dedinhos Antes de eu crescer. Para voc mame, com todo o meu carinho!!

Retrato de Me

Uma simples mulher existe que, pela imensido do seu amor, tem um pouco de Deus, e pela constncia de sua dedicao tem um pouco de anjo; que, sendo moa, pensa como uma anci e, sendo velha, age com todas as foras da juventude; quando ignorante, melhor que qualquer sbio desvenda os segredos da natureza, e, quando sbia, assume a simplicidade das crianas. Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama e, rica, empobrecer-se para que seu corao no sangre, ferido pelos ingratos. Forte, entretanto, estremece ao choro duma

criancinha, e fraca, no se altera com a bravura dos lees. Viva, no sabemos lhe dar o valor porque sua sombra todas as dores se apagam. Morta, tudo o que somos e tudo que temos daramos para v-la de novo, e receber um aperto de seus braos e uma palavra de seus lbios. No exijam de mim que diga o nome dessa mulher, se no quiserem que ensope de lgrimas este lbum: porque eu a vi passar no meu caminho. Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta pgina. Eles lhe cobriro de beijos a fronte, e diro que um pobre viandante, em troca de suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua prpria ME.

Orao por minha MePai, tu, sendo Deus, quiseste mostrar entre ns tua face materna... Por isso criaste todas as mes! Peo-te por minha me, sinal concreto e visvel de teu amor entre ns. Multiplicai os seus dias em nosso meio! Acompanha-a em todo riso e em toda lgrima, todo trabalho e toda prece, todo dia e toda noite! Que tua bno cubra de luz a vida de minha me para que, inundada de ti, ela seja sempre mais Presena do divino em minha vida. Amm.

Santo Antnio - 13 de junhoEntre os santos que mais so comemorados durante as festas juninas, Santo Antnio com certeza o que mais possui devotos espalhados pelo Brasil e tambm por Portugal. Esse santo, que normalmente representado carregando o menino Jesus em seus braos, ficou realmente conhecido como "casamenteiro"e sempre o mais invocado para auxiliar moas solteiras a encontrarem seus noivos. Em vrios lugares do Brasil, h moas que chegam a realizar verdadeiras maldades com a imagem de Santo Antnio a fim de agilizarem seus pedidos. No so raras as jovens que colocam a imagem do santo de cabea para baixo e dizem que s o colocam novamente na posio correta se lhes arrumar um namorado. Tambm separam-no do menino Jesus e prometem devolv-lo depois de alcanarem o pedido. Na madrugada do dia 13 so realizadas diversas simpatias com este intuito. Mas no s o ttulo de casamenteiro que Santo Antnio carrega. Ele tambm conhecido por ajudar as pessoas a encontrarem objetos perdidos. Padre Vieira, um jesuta, definiu assim Santo Antnio em um sermo que realizou no Maranho em 1663: "Se vos adoece o filho, Santo Antnio; se requereis o despacho, Santo Antnio; se perdeis a menor miudez de vossa casa, Santo Antnio; e, talvez, se quereis os bens alheios, Santo Antnio", disse Padre Vieira. Na tradio brasileira, o devoto de Santo Antnio gosta de ter sua imagem pequena para poder carreg-la. Por esse e tantos outros motivos que ele considerado o "santo do milagres". Ainda com a tradio que so realizadas duas espcies de reza e festa em homenagem a Santo Antnio. A primeira delas, chamada "os responsos, realizada quando o santo invocado para achar coisas perdidas e a segunda, designada "trezena", a cerimnia dedicada ao santo do dia 1 ao dia 13 de junho, com cnticos, fogos, comes e bebes e uma fogueira com o formato de um quadrado. Ainda h um outro costume que muito praticado pela Igreja e pelos fiis. Todo o

dia 13 de junho, as igrejas distribuem aos pobres e afortunados os famosos pezinhos de Santo Antnio. A tradio diz que o pezinhos deve ser guardado dentro de uma lata de mantimento, para a garantia de que no faltar comida durante todo o ano.

So Joo - 24 de junhoOutro santo muito comemorado no ms de junho So Joo. Esse santo o responsvel pelo ttulo de "santo festeiro", por isso, no dia 24 de junho, dia do seu nascimento, as festas so recheadas de muita dana, em especial o forr. No Nordeste do Pas, existem muitas festas em homenagem a So Joo, que tambm conhecido como protetor dos casados e enfermos, principalmente no que se refere a dores de cabea e de garganta. Alguns smbolos so conhecidos por remeterem ao nascimento de So Joo, como a fogueira, o mastro, os fogos, a capelinha, a palha e o manjerico. Existe uma lenda que diz que os fogos de artifcio soltados no dia 24 so "para acordar So Joo". A tradio acrescenta que ele adormece no seu dia, pois, se ficasse acordado vendo as fogueiras que so acesas em sua homenagem, no resistiria e desceria terra. As fogueiras dedicadas a esse santo tm forma de uma pirmide com a base arredondada. O levantamento do mastro de So Joo se d no anoitecer da vspera do dia 24. O mastro, composto por uma madeira resistente, rolia, uniforme e lisa, carrega uma bandeira que pode ter dois formatos, em tringulo com a imagem dos trs santos, So Joo, Santo Antnio e So Pedro; ou em forma de caixa, com apenas a figura de So Joo do carneirinho. A bandeira colocada no topo do mastro. O responsvel pelo mastro, que chamado de "capito" deve, juntamente com o "alferes da bandeira", responsvel pela mesma, sair da vspera do dia em direo ao local onde ser levantado o mastro. Contra a tradio que a bandeira deve ser colocada por uma criana que lembre as feies do santo. O levantamento acompanhado pelos devotos e por um padre que realiza as oraes e benze o mastro. Uma outra tradio muito comum a lavagem do santo, que feita por seu padrinho, pessoa que est pagando por alguma graa alcanada. A lavagem geralmente feita meia-noite da vspera do dia 24 em um rio, riacho, lagoa ou crrego. O padrinho recebe da madrinha a imagem do santo e lava-o com uma cuia, caneca ou concha. Depois da lavagem , o padrinho entrega a imagem madrinha que a seca com uma toalha de linho.

Durante a lavagem comum lavar os ps, rosto e mos dos santos com o intuito de proteo, porm, diz a tradio que se alguma pessoa olhar a imagem de So Joo refletida na gua iluminada pelas velas da procisso, no estar vivo para a procisso do ano seguinte.

A Festa de So JooA tradio de celebrar o ms de junho antiga. H mais de dois mil anos, os povos antigos da Europa, acendiam fogueira, danavam e comiam para festejar o incio das colheitas. No Brasil, a data celebrada desde 1583. O costume foi trazido pelos portugueses e espanhis para agradecer a colheita e homenagear os santos do ms de junho: Santo Antnio, dia 13, So Joo, dia 24, e So Pedro no dia 29. Diz a lenda que Santa Isabel, grvida de So Joo, acendeu uma fogueira para avisar sua prima Maria, me de Jesus, do nascimento de seu filho. Desde ento, a prtica virou costume. Ao longo dos anos outros elementos foram sendo introduzidos s comemoraes juninas: fogos, como forma de espantar o mau-olhado, bales para enviar mensagens a So Joo e a quadrilha, trazida pela corte portuguesa no sculo 19.

So Pedro, o Fundador da Igreja Catlica-29 de junhoSo Pedro, o Apstolo e o pescador do lago de Genezareth, cativa seus devotos pela histria pessoal. Homem de origem humilde, ele foi Apstolo de Cristo e depois encarregado de fundar a Igreja Catlica, tendo sido seu primeiro Papa. Considerado o protetor das vivas e dos pescadores, So Pedro festejado no dia 29 de junho, com a realizao de grandes procisses martimas em vrias cidades do Brasil. Em terra, os fogos e o pau-de-sebo so as principais atraes de sua festa. Depois de sua morte, So Pedro, segundo a tradio catlica, foi nomeado chaveiro do cu. Assim, para entrar no paraso, necessrio que o santo abra suas portas. Tambm lhe atribuda a responsabilidade de fazer chover. Quando

comea a trovejar, e as crianas choram com medo, costume acalm-las, dizendo: " a barriga de So Pedro que est roncando" ou "ele est mudando os mveis de lugar". No dia de So Pedro, todos os que receberam seu nome devem acender fogueiras na porta de suas casas. Alm disso, se algum amarrar uma fita no brao de algum chamado Pedro, ele tem a obrigao de dar um presente ou pagar uma bebida quele que o amarrou, em homenagem ao santo. Acalanto de So Pedro.

Canes das Festas JuninasCapelinha de Melo Capelinha de melo de So Joo de cravo, de rosa de manjerico Apanhei rosas pelos caminhos As mensageiras do meu amor Tu me fizeste com os seus espinhos Uma coroa de dor Mandei-te cravos, tu no ligaste E nem lhes deste nenhum valor Com duros cravos tu me pregaste Na cruz do teu falso amor

Pedro, Antnio e Joo Com a filha de Joo Antnio ia se casar Mas Pedro fugiu com a noiva Na hora de ir pro altar

A fogueira est queimando E um balo est subindo Antnio estava chorando E Pedro estava fugindo E no fim dessa histria Ao apagar-se a fogueira Joo consolava Antnio Que caiu na bebedeira

Isso l com Santo AntnioEu pedi numa orao Ao querido So Joo Que me desse um matrimnio So Joo disse que no! So Joo disse que no! Isto l com Santo Antnio! Eu pedi numa orao Ao querido So Joo Que me desse um matrimnio Matrimnio! Matrimnio! Isto l com Santo Antnio! Implorei a So Joo Desse ao menos um carto Que eu levava a Santo Antnio So Joo ficou zangado So Joo s d carto Com direito a batizado Implorei a So Joo Desse ao menos um carto Que eu levava a Santo Antnio Matrimnio! Matrimnio! Isso l com Santo Antnio! So Joo no me atendendo A So Pedro fui correndo Nos portes do paraso Disse o velho num sorriso: Minha gente, eu sou chaveiro! Nunca fui casamenteiro! So Joo no me atendendo A So Pedro fui correndo

Nos portes do paraso Matrimnio! Matrimnio! Isso l com Santo Antnio

Pula Fogueira Pula a fogueira, Iai! Pula a fogueira, Ioi! Cuidado para no se queimar Olha que a fogueira J queimou o meu amor! Nesta noite de festana Todos caem na dana Alegrando o corao Foguetes, cantos e troa Na cidade e na roa Em louvor a So Joo Nesta noite de folguedo Todos brincam sem medo A soltar seu pistolo Morena flor do serto Quero saber se tu s Dona do meu corao

O Sanfoneiro s Tocava Isso

O baile l na roa Foi at o sol raiar A casa estava cheia Mal podia se andar! Estava to gostoso Aquele rebolio Mas que o sanfoneiro

S tocava isso! De vez em quando algum Vinha pedindo pra mudar O sanfoneiro ria Querendo agradar! Diabo que a sanfona Tinha qualquer enguio! Mas que o sanfoneiro S tocava isso!

Fogueteira Sou Maria fogueteira Vou soltando meus rojes Vou soltando as bombinhas Vou soltando as rodinhas... Conquistando coraes... Suspirando alegria, Soprando muita iluso, Vou brincando neste dia Aqui vai o meu balo! noite de So Joo! Chegou a vez da quadrilha, Com meu par eu vou danar Vou cantando a modinha, Pulando a noite todinha, Como gosto de brincar... Na fogueira da paixo Alegro meu corao, Cantando e rodando a saia, Batendo com a palma da mo, No compasso da cano... Meus foguetes vou soltar, Estrelinhas de monto, Buscaps de sopeto, Mas eu gosto mesmo, enfim soltar o meu rojo...

Noite alta vai chegando, Na saudade uma iluso Que vontade de ficar, Com o mais caro esperar, E conquistar seu corao

Malmiqu... Bemmiqu...

Pego a fr... Com carim... Vou contando... Malmiqu... Bemmiqu... L ta ela... graadim... A danada da Rosinha... Que caquele jeitim... Martrata meu coraaum... Ele bate... faz tum tum... Sisparrama pelo chaum... Pego a fr... Com carim... Vou contando... Malmiqu... Bemmiqu... meu Deusi... d um jeitim... Mi d quela mui....