24
Este trabalho foi elaborado por João André Pires Falcão, no âmbito do Estágio Curricular do 5ºano da Licenciatura em Psicologia Clínica e de Aconselhamento, sob orientação e supervisão da Dra. Natacha Torres da Silva. Agradecimentos à Dra. Natacha Torres da Silva pelo apoio e pelas críticas positivas com que contribui na elaboração deste guia e ao Prof. Doutor Domingos Neto pela oportunidade, disponibilidade e interesse demonstrados por este trabalho.

Alcoolismo_Guia para pais

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Brochura de apoio aos pais com filhos em situação de alcoolismo

Citation preview

  • Este trabalho foi elaborado por Joo Andr Pires Falco, no mbito do Estgio Curricular do 5ano da Licenciatura em Psicologia Clnica e de Aconselhamento, sob orientao e superviso da Dra. Natacha Torres da Silva. Agradecimentos Dra. Natacha Torres da Silva pelo apoio e pelas crticas positivas com que contribui na elaborao deste guia e ao Prof. Doutor Domingos Neto pela oportunidade, disponibilidade e interesse demonstrados por este trabalho.

  • Introduo O meu filho corre riscos, agora que est a entrar na adolescncia, de consumir substncias, tais como lcool e drogas? Ser que est suficientemente preparado para ultrapassar esta fase sem consumir lcool ou drogas? Como abordar este assunto? O que pensar ele sobre isto? O que fazer se ele realmente consumir lcool? Certamente que, como pai, j se deteve em algumas destas questes, que so legtimas e normais e em muitos pais originam alguma insegurana e inquietao. Foi ento, com o objectivo de ajudar os pais a lidar melhor com estas questes, que decidimos elaborar este guia. Pretende-se numa linguagem fcil, transmitir algumas ideias e estratgias de aco que podero ajudar os pais ou educadores a trabalhar com os jovens estas questes. De referir, que no h receitas, quando se fala de preveno. Deste modo, este guia pretende ser um suporte informativo sobre estas problemticas, mas tambm uma fonte de inspirao na criao e planeamento de estratgias a desenvolver com os mais novos, incentivando a reflexo e a discusso, para que venham a ser jovens mais informados e mais conscientes nos comportamentos e escolhas que fazem ao longo do seu crescimento. A Realidade: Em Portugal, o consumo de lcool entre jovens dos 12 aos 16 anos situa-se nos 60% e nos 70% nos jovens com mais de 16 anos (Mello, Barrias e Breda, 2001). Nos ltimos estudos, os dados indicam que em 1983 o consumo de lcool nos jovens com menos de 13 anos, situava-se nos 50%, sendo as bebidas mais consumidas sobretudo a cerveja e vinho (Mello et al., 2001). Visto que o lcool uma das principais causas de problemas escolares, judiciais e de acidentes entre os jovens, justifica-se a necessidade de desenvolver um trabalho de preveno, a iniciar durante a infncia. Estes nmeros constituram uma motivao ainda maior para levar avante a elaborao deste guia.

  • Riscos do lcool na vida de uma criana O lcool pode afectar a vida de uma criana directa (Aco txica) ou indirectamente (Aco Psicolgica). Na verdade, quando falamos de problemas ligados ao lcool na criana temos de falar dos riscos que esta corre por consumo do etanol, riscos directos na sua sade, mas tambm das suas vivncias relacionadas com o consumo de lcool dos seus educadores naturais, pais, avs, etc. Comeando pela aco directa na sade da criana, convm desde j referir que uma criana que inicie os seus consumos ainda durante a infncia, corre quatro vezes mais o risco de vir a desenvolver em adulto um sndrome de dependncia alcolica. (Ads & Lejoyeux, 1997) Os riscos indirectos esto relacionados com os modelos parentais e segundo alguns estudos a um factor hereditrio (Schumann, Saam, Heinz, Mann & Treutlein, 2005). De facto, mais provvel que os filhos de pais alcolicos possam desenvolver um problema com o lcool, pois o fcil acesso ao consumo, muitas vezes incitado pelos prprios educadores, devido s suas crenas irrealistas sobre o consumo, leva a que estes jovens estejam mais vulnerveis a apresentar um padro de consumo abusivo e mais tarde um sndrome de dependncia do lcool. Convm tambm lembrar que o lcool a droga mais consumida entre os jovens. Em comparao com outras drogas, o lcool a substncia consumida com mais frequncia e maiores quantidades. Ento a prpria idade um factor a ter em ateno, pois entre os 12 e os 15 anos que a maior parte dos jovens tem o seu primeiro contacto com as bebidas alcolicas. O lcool ento uma droga que altera os estados de humor, ou seja os jovem correm o risco de no consumir lcool em quantidades moderadas, conscientemente, podendo isto resultar em: (National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism, 2000)

    Acidentes de viao, que so a maior causa de morte e invalidez entre os jovens, sobretudo durante a noite, nos momentos em que os pais dormem ou esto mais descontrados;

    O lcool est tambm relacionado com as mortes entre os

    jovens por homicdio, suicdio e acidentes de vrios gneros;

  • Os jovens que consomem lcool tem tendncia a iniciar a sua

    vida sexual mais cedo, mais novos e a terem mais relaes desprotegidas, em comparao com aqueles que no consomem lcool;

    Os jovens que consomem lcool correm mais riscos de ser

    vtimas de crimes violentos, como raptos, assaltos violentos e roubos;

    Os jovens consumidores de lcool tem mais problemas no

    rendimento e comportamento na escola;

    Adolescncia, Tempo de Mudana A entrada para a adolescncia constitui para muitos pais um enorme desafio. Tambm para os jovens este no um tempo fcil, devido s inmeras mudanas que se operam tanto a nvel fsico como psquico. Deste modo, compreender e conhecer o mundo do seu filho de forma a saber as formas como poder ajuda-lo, ir facilitar e permitir uma melhor relao. As suas opinies iro ter mais impacto nele, influenciando-o mais nas suas escolhas, nomeadamente em relao ao consumo de lcool. Assim, parece-nos til descrever muito sucintamente algumas das mudanas pelas quais o adolescente passa.

  • Alteraes Fsicas: Para muitos jovens as mudanas fsicas neste perodo acontecem muito rapidamente, ou seja significativos aumentos de altura e de peso. Para estes jovens comum ser difcil lidar com estas mudanas, o que lhes traz muita insegurana e prejudica a sua auto-estima. Assim, importante que o educador se mostre profundamente envolvido e preocupado com as questes que afectam este perodo da vida do seu filho ou do jovem, sendo necessrio para isto que perceba o que se est a passar dentro dele. Consciencializao: Perceber at que ponto que o seu filho est consciente dos riscos que corre nesta nova fase da sua vida e at que ponto consegue ser responsvel pela sua maior autonomia, sem dvida importante. Para isto deve conhecer bem o seu filho. Muitos jovens no tm conscincia de que os seus actos, nomeadamente o seu consumo abusivo de lcool pode trazer consequncias negativas, revelando um tipo de crena muito comum que acreditar que as coisas ms no os afectam a eles, o que explica muitos dos comportamentos de risco aos quais os jovens se expem. Por isto importante que os pais ou educadores saibam falar com os jovens ajudando-os a compreender que tambm eles correm riscos, ensinando-os a distinguir os factos da fico. Alteraes Sociais e Emocionais: Como sabemos o sistema de pares assume durante o perodo da adolescncia um enorme destaque. Esta aproximao e identificao com os seus amigos e colegas de escola, leva a que estes comecem a questionar as regras e valores dos adultos, que at aqui eram inquestionavelmente aceites. Deste modo, importante que o adulto consiga compreender e respeitar estas mudanas e perceber que se trata de um caminho para a autonomia e independncia, fazendo com que o jovem sinta que tem apoio, mas tambm certificando-se de que o jovem sabe quais so os seus limites. Uma das melhores formas de levar os jovens a evitar consumir bebidas alcolicas trabalhar com os pais, fornecendo-lhe estratgias para que estes melhorem e estabeleam uma relao mais forte e de maior confiana com os seus filhos, influenciando-os mais eficazmente quando estes iniciem o seu contacto com o lcool.

  • Esta associao entre a relao pais/filhos e os hbitos de consumo faz todo o sentido, se percebermos que quando os jovens tm uma relao emocionalmente forte com os seus pais, tornam-se pessoas com mais auto-estima, sentindo-se bem com eles prprios e menos pressionados ou tentados a consumir lcool. Por outro lado, se existe uma boa relao entre progenitor e filho, este ltimo vai sentir-se mais motivado a manter esta boa relao, tentando corresponder o mais possvel s expectativas dos pais. Apresentam-se agora algumas estratgias para estabelecer uma boa relao com o seu filho, trabalhando no sentido da promoo da preveno do consumo de substncias, como o caso do lcool:

    Estabelecer um tipo de comunicao aberta. Isto torna mais fcil o seu filho falar abertamente e honestamente consigo;

    Mostrar-se preocupado e interessado, de forma a que o jovem perceba que importante para os seus pais. Escute o seu filho, sobre os seus sentimentos e pensamentos, pois isto aumentar a sua auto-confiana e contribuir para que se sinta mais confortvel. Estas competncias, estando desenvolvidas, podero revelar-se teis mais tarde, quando o jovem for confrontado com uma situao de presso externa para o consumo. Isto pode ser conseguido atravs da dedicao exclusiva de um tempo ao seu filho. Este tempo, pode apenas ser ocupado a conversar, como tambm se podem fazer actividades em conjunto como, cozinhar, andar de bicicleta, jantar ou almoar com o seu filho. Tudo pode ser desenvolvido, deste que seja um tempo de ateno exclusiva ao seu filho.

    Estabelecer regras claras e posies inequvocas em relao a determinados temas e s consequncias do no cumprimento dos compromissos assumidos em termos de regras. Isto deve ser reforado ao longo do tempo.

    Mostre compreenso. Assegure-se que o seu filho sabe que voc reconhece todos os seus esforos e as suas realizaes. Evite a desvalorizao ou a crtica demasiado dura. Assim, encoraje as escolhas dos seus filhos, dentro de contextos adequados sua idade, das regras claras estabelecidas em famlia e dos compromissos assumidos. Ao permitir ao seu filho fazer todo o tipo de escolhas correctas, est a torna-lo mais competente, o que contribuir para que voc e o seu filho se sintam mais seguros de que ele far as decises correctas numa situao de risco.

  • Compreender as mudanas do seu filho, assegurando-se que este sabe quais so as regras. Perceber o crescimento do seu filho, fornecendo-lhe independncia e respeitando o seu espao, a sua privacidade.

    Como falar sobre lcool com adolescentes? Como dizer no? Alguns pais tm muitas vezes dificuldades em conversar sobre determinados temas. O tema do lcool muitas vezes um deles, ou porque os filhos o evitam ou, por outro lado, porque os pais o temem. Deste modo, talvez a melhor forma dos pais procederem , antes de mais, pensando em quais os temas que acham oportuno discutir com os filhos. A partir daqui devem pensar na forma como vo discuti-lo, isto , tentando prever quais as reaces do seu filho, tentando antecipar que questes vai colocar e como se vai sentir a conversar sobre estes temas consigo. igualmente importante que os pais pensem em como vo reagir s questes dos filhos e aos seus sentimentos. Um bom mtodo ser os pais escolherem uma altura em que ambos, pais e filhos, tenham tempo e estejam tranquilos. Um momento de tempo livre pode ser uma boa altura, para introduzir o assunto. Tambm vale a pena perceber que o impacto e em consequncia o sucesso que um pai vai ter numa conversa sobre lcool com o seu filho, no passa pelo facto de o pai numa s discusso abordar tudo o que diga respeito a este assunto. Pelo contrrio, o que se pretende sensibilizar os pais para criarem uma plataforma de discusso com os filhos e num certo nvel de descontraco, irem ao longo do tempo abordando estes temas. Desta forma, tero muito mais influncia sobre os seus filhos adolescentes. Apresenta-se em seguida alguns temas que os pais podem utilizar, para desenvolver uma conversa sobre lcool. Salienta-se que estes tpicos servem apenas de exemplo, cabendo aos pais a iniciativa de os saber desenvolver, de uma forma natural e espontnea:

  • Crenas do seu filho acerca do lcool: Uma das formas de abordar o tema do alcoolismo, pode ser interrogando o seu filho acerca dos seus conhecimentos sobre o tema, as suas crenas e opinies. Por exemplo, pode-se introduzir a discusso com uma pergunta como esta: O que pensas acerca do consumo de lcool por parte dos jovens? importante que o oia sem interrupes, pois desta forma conseguir que o seu filho se sinta compreendido e respeitado, ao mesmo tempo que o progenitor consegue lanar a discusso, percebendo quais as dvidas e as crenas irrealistas que o filho poder ter acerca do consumo de bebidas alcolicas.

    Factos a reter: muito comum os adolescentes acreditarem que j sabem muito sobre quase tudo e o caso do lcool, no excepo. Assim, mesmo que o seu filho ou jovem a seu cargo exteriorize esta atitude, partilhe com ele alguns dos seguintes factos:

    O lcool uma droga que afecta o sujeito fsica e

    psicologicamente, ao nvel da coordenao motora, da viso, no aumento dos tempos de reaco e no raciocnio.

    A quantidade de lcool por bebida que cabe em cada um dos copos onde habitualmente se serve vinho, cerveja, vinho do Porto ou outras bebidas destiladas a mesma, de 8 a 12 gramas, variando apenas o tamanho dos copos onde so servidas.

    O lcool ingerido em apenas um nico copo, leva cerca de 2 a 3 horas a deixar o organismo. errada a ideia de que bebendo um caf, tomando um banho de gua fria ou mesmo indo apanhar ar fresco, se vai reduzir os efeitos do lcool, acelerando o seu processo de metabolizao.

    normal desvalorizar o efeito do lcool, acreditando-se que se mantm as faculdades necessrias para conduzir ou trabalhar com mquinas, o que no verdade, pois existem alteraes dos tempos de reaco, mesmo nas situaes em que se ingere uma s bebida.

    Qualquer pessoa pode desenvolver um Sndrome de Dependncia, incluindo os adolescentes.

  • O mito da poo mgica: Os media so muitas vezes responsveis por um certo fascnio que criam em torno do consumo de lcool. De facto, muitas vezes criam a ideia nos adolescentes que consumindo lcool, estes se vo tornar mais populares, atraentes e felizes. De facto, jovens com expectativas positivas acerca do consumo de lcool, comeam a consumir lcool mais cedo. Os pais podem, no entanto, ter um papel importante, na desmistificao destas ideias, dispensando algum tempo a ver televiso e filmes com o seu filho, aproveitando para conversar com ele, esclarecendo algumas das mensagens transmitidas, ao mesmo tempo que est a aproveitar para estar com o seu filho. Razes para no beber: Ao conversar com o seu filho sobre as razes para ele evitar o consumo de lcool evite, uma abordagem generalista e exagerada, evitando expresses do gnero todos os jovens que consomem lcool antes de conduzir, tm acidentes, ou todos os jovens que bebem, envolvem-se em discusses. Tenha uma abordagem realista, pois os adolescentes so muito crticos e conhecem certamente alguns elementos do seu grupo de pares, que j consumiram lcool e no tiveram qualquer problema. Assim, insista sobretudo nos consequncias do consumo. De seguida, so apresentadas algumas razes que podem ser discutidas com o seu filho e que podem faze-lo evitar o consumo de lcool:

    Assuma para si prprio que quer que o seu filho evite o

    consumo de lcool. Revele ao seu filho quais so as suas expectativas em relao ao seu consumo de lcool e estabelea claramente quais sero as consequncias se este ultrapassar as regras. Ao demonstrar quais so as suas expectativas, est tambm a transmitir princpios, trabalhando os valores e atitudes do jovem. Muitas vezes o seu filho no o demonstra, mas os seus princpios tm importncia para ele, por isto adopte uma atitude compreensiva.

    Apele ao auto-respeito do seu filho. Os jovens referem que uma das abordagens mais eficazes de persuadi-los a evitar o consumo bebidas alcolicas, apelando ao respeito por si prprio. Os jovens no gostam de se envolver em situaes embaraosas, que os ridicularizem face aos seus pares,

  • correndo o risco de prejudicarem alguns relacionamentos com relevncia para eles.

    Relembre-o de que beber ilegal para os jovens com menos de 16 anos. Assim, refira que o consumo de lcool lhe pode trazer problemas com as autoridades. Para alm disto, refira que se o consumo ocorrer na escola, isto tambm lhe poder trazer problemas, incluindo a suspenso. Este facto pode-lhe, mais uma vez, criar embaraos junto dos pares, visto que os outros pais no aprovam o relacionamento com o seu filho, se souberem que ele consome lcool. No entanto, apesar de legalmente o limite se situar nos 16 anos de idade, um jovem no deve consumir bebidas alcolicas antes dos 18 anos de idade, pois o seu organismo ainda no tem a maturao necessria para uma eficaz metabolizao do lcool e, por outro lado, um jovem com consumos precoces, antes dos 18 anos, corre um risco quatro vezes superior de desenvolver posteriormente uma dependncia alcolica.

    Consumir bebidas alcolicas imoderadamente perigoso. Uma das principais causas de invalidez e morte entre o jovens so os acidentes de viao, em consequncia de um consumo imoderado de lcool. O lcool tambm responsvel por violaes e relaes sexuais de risco, desprotegidas, e problemas de sade como as intoxicaes graves, o chamado coma alcolico, devido ao consumo abusivo de lcool. De facto, como o consumo de lcool afecta a capacidade de raciocnio e de avaliao, qualquer sujeito alcoolizado corre o risco de se envolver em situaes os actividades perigosas.

    Se eventualmente existir algum na sua famlia que tenha algum problema com o lcool, utilize este exemplo, focando-se nas consequncias que o lcool teve na vida deste familiar. Isto poder ajudar o seu filho a perceber melhor os riscos que corre e que pode ser vulnervel ao lcool.

    Como lidar com a presso para o consumo: No chega dizer a um adolescente que deve evitar consumir bebidas alcolicas, importante tambm dizer de que forma poder ele faz-lo. necessrio discutir com o seu filho algumas das estratgias que ele poder utilizar para lidar com situaes de risco, em que a presso dos pares pode ser um pretexto para consumir.

  • Apresentam-se seis exemplos de respostas que o seu filho pode utilizar numa situao difcil, em que algum lhe oferece uma bebida:

    1. No obrigado.

    2. No me est a apetecer isso, no tens outra coisa?

    3. O lcool no muito a minha onda.

    4. Ests a falar comigo? Esquece isso.

    5. Porque insistes, quando eu j disse que no me apetece?

    6. No sejas chato(a). Ser necessrio trabalhar com o seu filho, algumas competncias assertivas de forma a ele poder utilizar estas estratgias, resistindo presso sem se sentir mal consigo prprio. Uma das melhores formas de treinar estas competncias utilizando o Role Play. apresentado de seguida um exemplo: Role Play: Vamos jogar um jogo. Imagina que tu e os teus amigos esto sozinhos em casa do ___________ depois das aulas e que encontram umas cervejas no frigorfico e decidem beb-las, perguntando se te queres juntar a eles. A regra aqui em casa que os jovens no devem beber lcool. O que que tu dirias? Se o jovem responder de forma adequada, refore-o positivamente. Se ele demonstrar que no sabe o que responder. Sugira-lhe algumas das seguintes respostas: No, obrigado. Porque no vamos jogar (PlayStation, Monopoly)? No, obrigado, eu no bebo cerveja. Preciso de me manter em forma para o (basquetebol, futebol, surf).

    O que lhes responder?: Ao desenvolver uma conversa sobre lcool com adolescentes, natural que eles coloquem algumas dvidas, que podem deixar os pais ou educadores desconfortveis ou inseguros em relao forma mais correcta de lhes responder. Assim, na impossibilidade de prever todo o tipo de questes que os jovens podero colocar, abordamos algumas das perguntas que eles podero fazer e respectivas sugestes de resposta:

  • 1. A Me ou o Pai, quando eram jovens, beberam bebidas

    alcolicas? Apesar de ser umas das perguntas mais colocadas numa conversa sobre lcool, esta talvez a pergunta que os pais mais receiam. Isto talvez porque quase todos os pais beberam antes da maioridade e nalguns casos ter mesmo sucedido, por vezes, um consumo excessivo. Coloca-se ento aos pais um problema, a dvida em preferir no ser honesto com o filho, ou o receio de perda de legitimidade para falar sobre este assunto com o filho. Convm ento esclarecer que este um pensamento muitas vezes assumido pelos pais face a este tema, mas que de facto uma abordagem errada. Na verdade, os pais no devem ter receio de serem honestos. Podem optar por no partilhar essas experincias com os filhos, dizendo-lhes isso mesmo, que preferem no partilhar esse tipo de experincias, ou ento podem admitir que realmente chegaram a beber, quando eram jovens, mas sublinhando sempre e deixando bem claro, que consideram que foi um erro, aproveitando para partilhar uma possvel consequncia negativa desse comportamento imaturo. Deste modo, a sua experincia servir de exemplo e contribuir para a aprendizagem do seu filho, de que o consumo de lcool em idades muito precoces, pode resultar em consequncias muito negativas para eles.

    2. Por que que algumas pessoas consomem lcool,

    sabendo que lhes faz mal sade ou ilegal em certas idades? Dever explicar ao seu filho, que h muitos motivos que levam, as pessoas a consumir lcool e outras substncias ilegais. Refira-se importncia da informao, ou seja, que provavelmente algumas pessoas no saibam o mal que lhes provocam estas substncias, pois talvez no tiveram pais que lhes explicassem esses malefcios. Outra explicao que ser tambm importante dar, a de que algumas pessoas, por vezes, sentem-se mal com elas prprias ou no sabem lidar com os seus problemas e isso leva-as a recorrer ao lcool, o que lhes traz ainda mais problemas. Pergunte ao seu filho o que pensa ele disto.

    3. H pessoas que bebem lcool no lhes provocando

    quaisquer consequncias negativas para a sua vida? Neste caso dever ser explicado ao seu filho, quem, em que situaes e que quantidades se deve beber. Assim, quem

  • bebe deve faz-lo moderadamente, ou seja, no ultrapassando os 3 copos de vinho ou 3 copos mdios de cerveja, para os homens e 2 copos de ambos no caso das mulheres, por dia, repartindo-os pelas duas principais refeies do dia. (OMS,1987). Os pais devem tambm referir que apenas os indivduos com mais de 18 anos de idade saudveis, podem consumir lcool, apesar de legalmente se poder consumir desde os 16 anos de idade. No devem consumir lcool, as crianas e jovens at aos 18 anos de idade, as mulheres grvidas e a amamentar, as pessoas que esto a trabalhar, as pessoas que esto numa situao de conduo rodoviria, os doentes alcolicos e algum que j tenha sofrido um traumatismo craniano, doenas do aparelho digestivo ou do sistema nervoso. Devem-se sublinhar as consequncias negativas do lcool para a sade. Apesar de moderado, um consumo continuado ao longo dos anos traz tambm problemas de sade.

    Falar suficiente? Como agir? Conversar com o seu filho importante, mas no suficiente para prevenir que este tenha contacto com o lcool, antes dos 18 anos de idade ou para prevenir um problema ligado ao lcool, mais tarde. importante que os pais assumam uma postura activa e participativa em toda a educao dos filhos e relativamente ao consumo de lcool, no excepo. Os pais devem saber que estratgias usar para ajudar os seus filhos a resistir tentao de acabar por consumir bebidas contendo lcool. Assim, como os

  • adolescentes necessitam ainda de grande superviso, relativamente a estes assuntos, expomos aqui algumas formas de proceder: Controle o consumo de lcool em casa: O uso de lcool em casa deve ser monitorizado pelo pais, sobretudo se os pais decidirem ter lcool em casa. Por outro lado, importante que o seu filho perceba inequivocamente que no pode consumir bebidas alcolicas em casa. Uma boa estratgia a adoptar, combinar com o seu filho que, na sua ausncia, no so permitidos quaisquer tipos de encontros de amigos ou festas sem o seu consentimento. No entanto, no se iniba de sugerir ao seu filho que convite os seus amigos ou colegas a visit-lo em sua casa. Lembre-se de que quanto mais isto acontecer, mais oportunidades voc vai ter para conhecer quem so os amigos do seu filho e que tipo de actividades gostam de desenvolver em conjunto. Relacione-se com outros pais: O facto de voc contactar com outros pais seus amigos ou pais de amigos do seu filho, ou at mesmo educadores vai permitir que voc consiga discutir este tipo de temticas com pessoas que provavelmente tero o mesmo tipo de preocupaes. Isto ir p-lo mais vontade na abordagem destes temas. Outra vantagem que o facto de conversar com outros pais tem, permitir que voc perceba como que os pais dos amigos do seu filho encaram este problema, nomeadamente se estes se preocupam ou no com os comportamentos de risco dos seus filhos. Isto ir ser importante, por exemplo, numa situao em que o seu filho convidado para uma festa em casa de um dos amigos, voc ficar mais tranquilo se souber que os pais desse amigo tambm no permitem que em sua casa, os jovens consumam lcool. Acompanhe as actividades do seu filho: importante que o seu filho sinta que voc o acompanha nas suas actividades, sem se intrometer, mas sim preocupando-se e demonstrando interesse. Os jovens cujos os pais demonstram este tipo de atitudes, so mais receptivos aos conselhos dos pais e reagem melhor sua maior monitorizao.

  • Estabelea regras na famlia face ao consumo de lcool: Um jovem que cresa numa famlia, onde os pais estabelecem regras claras sobre o consumo de lcool, corre menos riscos, pois provvel que no procure o consumo de lcool antes dos 18 anos de idade. Poder referir por exemplo: Em nossa casa ningum consume drogas, apenas aquelas que o mdico receita quando estamos doentes. Os jovens no podem beber lcool. Isto porque gostamos muito de vocs e sabemos que o lcool ou outras drogas, iro prejudicar muito a vossa sade, podendo causar mesmo a morte. Cada famlia estabelece as suas regras, segundo os seus princpios, crenas e valores. No entanto, apresentamos em seguida alguns exemplos de regras que podem ser adoptadas pelos pais:

    Os jovens no podem beber lcool at aos (18,19,20,21, estabelea voc a idade conforme aquilo que conhece do seu filho) anos de idade.

    Os irmos mais velhos no podem incentivar ou apoiar o

    consumo de lcool dos irmos mais novos e no lhes devem facilitar o acesso.

  • Os jovens no podem estar em festas onde se consome lcool.

    Os jovens no devem deslocar-se num veculo, cujo condutor

    tenha ingerido bebidas alcolicas. Uma vez estabelecidas as regras, torna-se necessrio definir as consequncias para quando o jovem as ultrapassa. Estas devero ser apropriadas ao jovem, facto que se reveste de uma enorme importncia. Definir uma punio poder constituir por isso um momento de grande dificuldade para os pais, visto que punio a aplicar dever ser suficientemente negativa para ter alguma influncia sobre o jovem, mas no demasiado negativa, que possa vir a quebrar a comunicao entre os pais e o filho. Assim, dever ter a fora suficiente para fazer com que o jovem pense duas vezes antes de quebrar as regras, neste caso antes de consumir lcool. Deste modo, os pais nunca devem esquecer as consequncias que estabeleceram, sendo necessrio que as vo reforando aos filhos e as cumpram sempre que o jovem quebre os compromissos feitos em conjunto. Isto porque o jovem tem que sentir que o seu comportamento negativo, tem consequncias, porque caso contrrio o educador perde a influncia sobre o jovem. Se o adolescente sentir que, sempre que bebe, abusando ou no, perde privilgios, ele vai sentir-se mais motivado a cumprir os acordos estabelecidos com os pais e menos tentado a consumir lcool. Seja um bom exemplo: Durante o crescimento de uma criana, antes mesmo de chegar adolescncia, importante que voc seja um bom exemplo para ela. De facto, se queremos evitar comportamentos de riscos nos filhos, devemos comear a trabalhar logo desde o nascimento. Assim, no caso da preveno para os problemas ligados ao lcool, tambm necessrio que os pais tenham algum cuidado com o modelo parental que transmitem aos filhos, desde muito precocemente, visto que, o que os pais fazem tem mais importncia sobre a criana, que aquilo que os pais lhe dizem. Convm sempre lembrar os pais do importante papel de modelos que desempenham para os seus filhos, isto na infncia e at mesmo durante a adolescncia. Est provado que as crianas ou jovens, cujo os pais consomem lcool, esto mais vulnerveis ao risco de um consumo abusivo precoce. Se decidir alguma vez beber, h algumas estratgias que pode adoptar, como por exemplo:

  • Consuma lcool moderadamente

    Nunca diga ao seu filho que o lcool um bom escape ou que o ajuda a lidar com os seus problemas, ou seja, evite expresses deste gnero: Tive um dia terrvel, preciso de uma cerveja. Procure no chegar a casa depois do trabalho e ir imediatamente procurar uma bebida alcolica.

    Demonstre ao seu filho que tem formas saudveis de lidar

    com o stress, como por exemplo fazer exerccio, praticar desporto, ouvir msica, passear, brincar com o seu filho, falar com a esposa ou amigos.

    No partilhe com os seus filhos algumas histrias que

    envolvam um consumo de lcool excessivo, mesmo que tenham alguma piada. No saudvel que os seus filhos associem o lcool a uma brincadeira ou a algo divertido e engraado.

    Quando conduzir, nunca beba antes, nem faa viagens de

    carro com os seus filhos, com um condutor embriagado.

    Se voc organizar uma festa em sua casa, tente que no se consumam bebidas alcolicas. Se alguma das pessoas beber demais, arranje forma de essa pessoa regressar a casa em segurana.

    Lembra-se de que o seu comportamento deve reflectir os seus

    valores e crenas. Nunca promova o consumo entre os jovens: Como j foi referido, os seus comportamentos e atitudes influenciam os mais jovens. Evite dizer piadas ou contar anedotas que envolvam pessoas a beber ou sobre bebedeiras, porque isto pode ser entendido pelo seu filho como uma aceitao desse comportamento. Lembre-se mais uma vez de no proporcionar o contacto com o lcool ao seu filho e amigos em sua casa. Sabe-se actualmente que, os filhos, cujos pais promovem desta forma o consumo de lcool, correm mais riscos de desenvolver um sndrome de dependncia alcolica. Sugira, na escola do seu filho, discutir estes temas sobre os riscos do lcool com os jovens e proponha aumentarem o controlo e a criao de consequncias mais negativas para os jovens que sejam apanhados a consumir ou na posse de substncias psicoactivas.

  • Fale com membros da sua comunidade sobre estes temas. Colabore com a escola e outras entidades da sua regio, no sentido de se criarem medidas que dificultem o acesso dos jovens s bebidas alcolicas. Os bons e os maus amigos: O que torna um amigo bom ou mau algo que deve ser discutido com o seu filho logo desde muito cedo. Isto porque muitas vezes devido presso dos pares que um jovem inicia um comportamento de risco associado ao lcool. Se os amigos do seu filho consumirem lcool, aumenta muito a probabilidade de o seu filho vir tambm a consumir lcool. ento necessrio que os jovens percebam que, quem os pressiona para o consumo, (neste caso de lcool, mas tambm de outras substncias), no um bom amigo. Incentive os jovens a desenvolverem relaes de amizade com jovens que no consumam lcool, e que possam ser uma boa influncia para o seu filho, no que respeita a hbitos saudveis. Assim, podem-se ir partilhando algumas ideias logo desde cedo, para que a criana as interiorize naturalmente. Por exemplo, a uma criana com 8 anos de idade pode-se dizer que: Um bom amigo algum que partilha o mesmo tipo de jogos e actividades que tu e com quem divertido estar. Aos 11 ou 12 anos de idade, ele j vai perceber que um bom amigo aquele que partilha os mesmos valores e experincias, podendo voc referir que Uma pessoa nossa amiga respeita a nossas decises e est disponvel para nos ouvir, para compreender os nossos pensamentos e sentimentos. Esclarea tambm que o melhor amigo no tem que ser necessariamente o mais cool, mas sim aquele em que mais se pode confiar. Deste modo, est a educar o seu filho transmitindo-lhe valores e competncias importantes, relacionadas com a partilha e a entre-ajuda, ou cooperao e a prepar-lo para assumir uma atitude firme em relao s presses para o consumo de lcool ou outras substncias. Comecemos ento pela forma como podemos agir, enquanto os filhos so mais novos. Promova a participao em actividades saudveis, muito precocemente. Os desportos so um ptimo exemplo deste tipo de actividades, pois podem tambm ser praticados em grupo, ajudando na criao e manuteno de boas amizades. Ajude o seu filho a encontrar relaes fortes e saudveis. Durante a adolescncia acompanhe o seu filho. Faa um esforo para se manter atento ao seu filho e conhecer melhor os seus amigos. Pode consegui-lo pondo o seu filho vontade para os

  • convidar a estarem em sua casa, quando voc est presente e, deste modo, pode promover programas que lhes agradem e que sejam alternativos. Contudo, por vezes as coisas no so assim to fceis, sobretudo nas situaes em que os pais no aprovam determinada relao, por consider-la uma m influncia. A tentao imediata da maioria dos pais ser proibir o jovem de estar com esse amigo. Isto poder aumentar a vontade do jovem estar com esse amigo, resultando no insucesso desta posio. Assim, ser talvez mais eficaz expor as suas reservas a respeito do tal amigo, empaticamente e no de modo imperativo, mostrando a sua preocupao, mas fazendo com que o seu filho sinta o seu apoio incondicional. Outra estratgia que pode ser adoptada, limitar o tempo que o seu filho pode passar com esse amigo atravs das regras que a sua famlia criou, limitando, por exemplo, o tempo-livre depois da escola, que o jovem pode estar fora.

    Alternativas ao lcool: Uma das razes que leva muitas vezes os jovens a beber o facto de no ter com que ocupar o seu tempo. Assim, faz sentido persuadir o seu filho a participar em actividades depois da escola ou actividades durante os fins de semana, o que poder ser para alm de divertido um desafio para ele. Na verdade, um jovem que se sinta motivado para a pratica de actividades desportivas ou de tempos livres e que se sinta de alguma forma ligado a esta actividades, poder sentir menos motivao para o consumo de substncias psicoactivas, neste caso o lcool. No entanto, todos sabemos que muitas vezes a oferta de actividades adequadas para os jovens e onde estes podem

  • desenvolver algo que os ocupe com acompanhamento de adultos, diminuta nos locais onde vivemos. ento de considerar a hiptese de os pais ou educadores se juntarem e procuram pressionar as entidades locais, como as Cmaras Municipais ou Juntas de Freguesia, para criarem espaos, infra-estruturas e investirem em tcnicos que possam trabalhar nesta rea. Pode estar nas mos dos pais a criao de uma proposta de projecto com esta finalidade.

    Sinais de Alerta Muitos pais ou educadores devem estar a interrogar-se, sobre quais os sinais a que devem estar atentos, para perceber se um jovem est ou no a consumir lcool. Assim, se voc suspeita que um jovem consome lcool, procure falar com um tcnico de sade na zona onde reside, (por exemplo o seu mdico de famlia ou um psiclogo do seu Centro de Sade). Em princpio, estes tcnicos sabero responder s suas dvidas. No caso de isso no acontecer e se no o encaminharem para um servio especializado em alcoologia, procure ajuda num dos contactos presentes no fim deste guia. De seguida descrevemos alguns dos sinais que podero indicar que seu filho est a consumir lcool. No entanto, necessrio que os pais ou educadores percebam que qualquer jovem poder apresentar nalgum momento, qualquer um destes sinais, podendo isso ser apenas o reflexo das mudanas que se esto a processar dentro dele e consequentemente das inseguranas que resultam desse facto. Convm tambm referir, que pouco provvel que um jovem com menos de 12 anos, desenvolva um problema de lcool, contudo em raras excepes, isso pode acontecer.

  • Esteja atento para o facto de o seu filho ou jovem a seu cargo,

    poder apresentar mudanas repentinas do estado de humor: grandes exaltaes, alternadas de momentos de irritabilidade ou ansiedade visvel e sem razo aparente;

    Controle os seus desempenhos na escola. Esteja especialmente atento no caso de existirem mudanas bruscas do rendimento escolar; procure perceber o que se passa, junto dos professores e s depois fale com o seu filho. Estas mudanas podem-se reflectir em dfices de ateno nas aulas, notas baixas e a ocorrncia de actos de indisciplina recentes dentro ou fora das salas de aula;

    normal que os jovens, ao chegar adolescncia, questionem as regras que a famlia estabeleceu. No entanto um constante e sbito desrespeito por essas regras poder ser um sinal de que algo poder no estar a correr bem na vida do seu filho;

    Uma mudana do grupo de amigos, acompanhada de uma certa resistncia em deixar que o pai ou a me conhea os novos amigos, poder ser um sinal de alerta;

    Um jovem que apresente uma atitude generalizada de falta de interesse pelo que o rodeia, exteriorizada por um desleixo na sua aparncia e por uma certa falta de energia, poder significar que este est a ter comportamentos de risco que envolvam o consumo de lcool;

    Outro sinal bastante evidente de que um jovem est a consumir lcool encontrar-se garrafas ou latas de bebidas alcolicas no seu quarto ou mochila, ou ento, se o jovem surge a cheirar a lcool;

    O consumo de lcool poder fazer com que um jovem apresente alguns problemas psicolgicos. Esteja ento atento a sbitos lapsos de memria, a faltas recorrentes de concentrao, alguma descoordenao motora, mudana na forma do discurso, tornando-se mais arrastado, mais lento;

    As sadas noite constituem naturalmente um factor de risco acrescido, podendo ao mesmo tempo significar um importante sinal de alerta. Dependendo do restante comportamento do jovem, ou seja, se as sadas se conjugarem com outros sinais,

  • necessrio que os pais ponham a hiptese de o filho estar a consumir lcool precocemente e provavelmente imoderadamente;

    Onde pedir ajuda? Se deseja obter mais informaes sobre lcool e jovens ou se sabe ou suspeita que o seu filho ou jovem a seu cargo est a consumir bebidas alcolicas, deve contactar:

    Centro Regional de Alcoologia do Sul Parque de Sade de Lisboa Av. Brasil 53A, 1749-006 Lisboa Tel.: 217958030 / 217961807 / Fax: 217940427 Email: [email protected] www.cras.min-saude.pt

    Centro Regional de Alcoologia do Centro Conraria 3040 Castelo Viegas Tel.: 239793710 / Fax: 239780452 Email: [email protected] www.html.pt/cmv/crac

    Centro Regional de Alcoologia do Norte Rua Prof. lvaro Rodrigo 4100-040 Porto Tel.: 226102275 / 226100182 /226100183 / 226105604 Fax: 226102592 Email: [email protected] www.cra-porto.pt

    Linha Vida: Tel.: 800255255

    Sociedade Anti-Alcolica Portuguesa (S. A. A. P.) Rua Febo Moniz, 13 1 - 1150-152 Lisboa Tel.: 213571483 Fax: 213152313 Email: [email protected]

  • Bibliografia: Ads J. & Lejoyeux M. (1997). Comportamentos alcolicos e seu tratamento. Lisboa: Climepsi.

    Babor, T. & Higgins-Biddle, J. (2001). Brief Intervention for Hazardous and Harmful Drinking. World Health Organization. Blume, A., Lostutter, T., Schmaling, K. & Marlatt, G. (2003). Beliefs About Drinking Behavior Predict Drinking Consquences. Journal of Psychoactive Drugs, 35, 395-399. Dominjon, J. & Wagner A. (2006). Os estudantes e o lcool. Coimbra: Quarteto. Mercs de Mello, M., Barrias, J., Breda, J. (2001). lcool e problemas ligados ao lcool em Portugal. Lisboa: Direco Geral de Sade. National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism. (2004). Make a Difference: Talk to your child about alcohol (NIH Publication N. 03-4314). Recuperado a 19 de Fevereiro, 2006, em http://pubs.niaaa.nih.gov/publications/MakeADiffe_HTML/Makediff.htm

    Pacific Institute for Research and Evaluation. Underage Drinking Enforcement Training Center. (1999, September). Strategies to reduce underage alcohol use: Tipology and brief overview. Recuperado a 19 de Fevereiro de 2006, em http://66.208.49.16/udetc/documents/strategies.pdf U.S.Department of Health and Human Services.Substance Abuse and Mental Health Services Administration. (2001). Underage drinking prevention: Action guide and planner (DHHS Publication No. 3259). Recuperado a 21 de Fevereiro de 2006, em http://www.teachin.samhsa.gov/media/prevline/pdfs/phd58.pdf Schuckit, M. (1995). Abuso de lcool e drogas. Lisboa: Climepsi