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Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Sistema automatizado de alimentação individualizada para suínos visando aplicação em rastreabilidade animal Aldie Trabachini Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em Ciências. Área de Concentração: Física do Ambiente Agrícola Piracicaba 2013

Aldie Trabachini Versao Revisada

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Universidade de São Paulo

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

Sistema automatizado de alimentação individualizada para suínos visando aplicação em rastreabilidade animal

Aldie Trabachini

Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em Ciências. Área de Concentração: Física do Ambiente Agrícola

Piracicaba

2013

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Aldie Trabachini

Engenheiro de Produção Mecânica

Sistema automatizado de alimentação individualizada para suínos visando aplicação em rastreabilidade animal

Versão revisada de acordo com a resolução CoPGr 6018 de 2011

Orientadora:

Prof.ª Dr.ª KÉSIA OLIVEIRA DA SILVA MIRANDA

Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em Ciências. Área de concentração: Física do Ambiente Agrícola

Piracicaba

2013

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação DIVISÃO DE BIBLIOTECA - ESALQ/USP

Trabachini, Aldie Sistema automatizado de alimentação individualizada para suínos visando aplicação

em rastreabilidade animal / Aldie Trabachini.- - versão revisada de acordo com a resolução CoPGr 6018 de 2011. - - Piracicaba, 2013.

171 p: il.

Dissertação (Mestrado) - - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, 2013.

1. Alimentação animal 2. Automação 3. Bem-estar animal 4. Suínos 5. Zootecnia de precisão I. Título

CDD 636.4084 T758s

“Permitida a cópia total ou parcial deste documento, desde que citada a fonte – O autor”

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DEDICATÓRIA

Dedicado ao Sr. Vanderlei Bressiani, falecido em 2012, grande empreendedor da suinocultura e incentivador deste trabalho.

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AGRADECIMENTOS

No desenvolvimento deste trabalho, tive a honra de contar com a colaboração de inúmeras pessoas as quais tenho a maior gratidão.

Inicialmente gostaria de agradecer ao Sr. Paulo Cesar Michelone, grande amigo, que abriu as portas para o ingresso no fascinante mundo da ciência com seu olhar crítico e sempre buscando a quebra de paradigmas que norteou o desenvolvimento deste trabalho.

À professora Késia Oliveira da Silva Miranda por me receber como seu orientando, apoiando meus estudos e transmitindo sua experiência e conhecimento durante esses anos de dedicação.

Ao Professor Jarbas Honório de Mirada, pela atenção e amizade em todos os momentos.

A todos os companheiros do PPG em Física do Ambiente Agrícola, e os amigos do NUPEA, que como uma equipe sempre estavam prontos a colaborar na realização dos experimentos com grande camaradagem.

Aos Professores Iran José Oliveira da Silva, Jose Paulo Molin, Jarbas Honório de Miranda, Quirijn de Jong Van Lier, Sérgio Oliveira Moraes e Sônia Maria de Stefano Piedade pelos conhecimentos transmitidos em suas magistrais aulas, ampliando os horizontes de meus conhecimentos e de minhas ações.

Aos senhores Renato Ficher e Paulo Antonio Michelone, juntamente com os diretores da Agropecuária Bressiani, por acolherem este projeto na Granja Querência e pela dedicação e parceria prestada em todos os momentos.

Ao senhor Adriano Michelone e Dona Rosa Yguchi Suko por abrirem as portas da Granja Mamy no início do desenvolvimento deste projeto.

Aos Amigos Rosangela F. Santos, Roberto F. Santos e Celso de Almeida pelo apoio durante os experimentos.

Aos amigos e colegas de trabalho, Mauro Tomazela, Anderson Luiz de Souza, Marcelo José Simonetti, Sandra Mauren Ell, Marcos Lopes, Rosirlei Clarete Batista Pavão, Orlando Homen de Mello, José Luiz Antunes de Almeida, Arnaldo Gonçalves, Otilia Tomazela, Donizeti Leite, Luis Gustavo de Mello Paracêncio, Osvaldo D'Estefano Rosica, Edson Ferreira Portela, Nelson Guerra, José Antonio Campos Badin, Olavo Felter Júnior, Eik Tenório, Eliana Teodoro dos Santos, Eoná Moro Ribeiro, Fábio Augusto Nogueira; Flávio Isaac, Maria das Dores Boscariol, Moacir Tomazela, Nádia Marcuz, Michele da Rocha Moreira Mathias, Thiago Ap. Vicentin, Volney Mattos de Oliveira, Alaor Schultz Junior, Dirceu Roque Paris, Fernando Ferraz Casemiro, Heider Ramon de

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Campos Silva, Sérgio Soares, Vanderlei de Jesus Miranda pelo apoio amizade e contribuições técnicas.

Em especial gostaria de agradecer ao Sr. Felipe Augusto Barnabé, jovem que tive a oportunidade de ser seu professor, que com sua dedicação, conhecimento técnico e boa vontade, me ajudou nas mais diversas situações, sem medir esforços para o desenvolvimento deste trabalho, tornando-se um grande amigo e um mestre para mim.

Por fim a minha família, que considero sem igual, aos meus pais Antenor e Rute os quais me apoiam de forma incondicional. À minha esposa Daniela pelo amor, carinho e dedicação e as minhas filhas Lara e Mariana que dão alegria e força em minha vida para superar todas as dificuldades.

Gostaria de agradecer a Deus, pela minha família e pela grande proteção em minhas infinitas horas de direção nas estradas, permitindo que sempre pudesse retornar ao meu lar com saúde para receber o carinho e o amor de meus familiares.

O meu muito obrigado a todos!

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"Inovação é o que distingue um líder de um seguidor."

Steve Jobs

"O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário."

Albert Einstein

“As ideias não colocadas em prática inibem nosso desenvolvimento, que se definha aos

poucos nos levando à inércia do comodismo, pela decepção da não concepção."

Ivan Teorilang

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SUMÁRIO

ABSTRACT .................................................................................................................. 13

LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................................. 15

LISTA DE TABELAS .............................................................................................................................. 19

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 23

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 27

2.1 Automação ............................................................................................................................ 27

2.1.1 Principais elementos de um sistema de automação ....................................................... 28

2.1.2 Sistemas RFID ...................................................................................................................... 33

2.1.2.1 Aplicação dos sistemas RFID ............................................................................................. 36

2.1.3 Tecnologia disponível para automação da suinocultura e equipamentos .................... 38

2.1.4 Processo de nutrição ideal para gestação ........................................................................ 45

2.1.5 Bem-estar animal ................................................................................................................. 47

2.1.6 Desenvolvimento do produto .............................................................................................. 51

2.1.6.1 Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) ..................................................... 53

2.2 Material e Métodos ............................................................................................................... 54

2.2.1 Área experimental e descrição das etapas ....................................................................... 54

2.2.1.1 Etapa 1................................................................................................................................... 55

2.2.1.2 Etapa 2................................................................................................................................... 58

2.2.1.3 Etapa 3................................................................................................................................... 60

2.2.1.4 Etapa 4................................................................................................................................... 62

2.2.1.5 Etapa 5................................................................................................................................... 64

2.3 Resultados e Discussão ...................................................................................................... 71

2.3.1 Etapa 1................................................................................................................................... 71

2.3.2 Etapa 2................................................................................................................................... 73

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2.3.3 Etapas 3 e 4 .......................................................................................................................... 83

2.3.4 Etapa 5 ................................................................................................................................... 86

3 CONCLUSÕES ................................................................................................ 107

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 109

ANEXOS .................................................................................................................... 115

ANEXO A: Esquemas dos módulos de controle do primeiro sistema de automação .. 116

ANEXO B: Programa do cocho dos primeiro sistema de automação .......................... 121

ANEXO C: Programa supervisório do segundo sistema de automação ................................. 147

ANEXO D: Programa do CL segundo sistema de automação .................................... 165

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RESUMO

Sistema automatizado de alimentação individualizada para suínos visando rastreabilidade

Nas granjas comerciais fatores como a ambiência e o bem-estar animal são objetivos desejáveis. O estudo realizado objetivou a construção de um sistema de alimentação automática acionado por Identificação por Rádio Frequência, para processos de criação intensivos e extensivos. Para tal, foi necessário desenvolver a configuração de seu layout considerando aspectos importantes tais como: formato do alimentador, número de animais atendidos, instalação fixa ou móvel, tipo de acesso, programação de horários de alimentação e bem-estar animal. O desenvolvimento do layout passou por processo criativo em experimentos práticos para sua definição, proporcionando confiabilidade ao produtor e funcionamento operacional para permitir rastreabilidade de dados gerados pelo processo de alimentação. Para levantamento de parâmetros para o projeto do alimentador, foram utilizados conceitos de mecatrônica e zootecnia de precisão. Os experimentos ocorreram em duas granjas comerciais do interior de São Paulo, em piquetes nos quais foram introduzidos seis animais por doze dias de observação, em um novo ambiente, proporcionando-lhes condições de se moldar a forma com que melhor se adaptaria ao sistema de alimentação. No primeiro experimento o procedimento para a utilização dos alimentadores foi inicialmente seis baias para a entrada dos animais. Os animais receberam ração no momento da entrada às baias por meio de sistema de liberação por cabos. Os animais que já vinham de um sistema de produção confinado ficavam dentro das baias e se alimentaram apenas uma vez ao dia no mesmo horário do manejo da granja. No segundo experimento houve uma interação entre os animais e a proposta de layout do alimentador avaliado. Estereótipos quase não foram observados, totalizando somente 0,45% dos comportamentos totais, indicando um baixo nível de stress. Interações agressivas também não foram significativas 0,90%, ocorrendo somente nos primeiros dias. Os experimentos mostraram como é complexa a introdução de um sistema de automação, pois há aspectos que só podem ser verificados na prática, pois o animal se comporta com individualidade. O layout final foi definido com o uso de dois cochos e proteção para metade do corpo do animal. A automação do sistema foi desenvolvida, a principio, com um sistema de placas microprocessadas, onde dois módulos sendo um de controle e outro de comando que eram interligados por rede protocolo Zigbee, o seu sistema de pesagem atingiu precisão de 0,29g, porém houve muitas falhas em sua execução em campo sendo este sistema desqualificado. Um novo sistema de automação foi desenvolvido com o uso de um controlador lógico programável e nesse caso, o sistema de pesagem atingiu precisão de 0,06g, e não apresentou falhas sendo adotado pelo projeto.

Palavra-chave: Automação; Zootecnia de Precisão; Bem-estar animal

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ABSTRACT

Automated system for individualized feeding to swine aiming traceability

In commercial farms some factors as ambience and animal welfare are desirable targets. The study performed aimed to build a system of automatic feeding triggered by radio frequency Identification for intensive and extensive breeding processes. For this, it was necessary to develop the configuration of your layout considering important aspects such as feeder format, number of animals under feeding, fixed or mobile instalation, type of access, feeding scheduling and animal welfare. The layout development passed by a creative process in practical experiments in order to get its definition and finally to acomplish breader reliability and good operational functioning that allow traceability of data generated by the feeding process. To rising parameters for the design of the feeder were used concepts of mechatronics and zootechnics. The experiments took place in two commercial granges in the interior of São Paulo state, in confined paddocks in which six animals were introduced by twelve days of observation and control, in a new ambience, providing them a position to shape the way that best adapt to the supply feeding system. In the first experiment the procedure for using the feeders was initially six bays for the entrance of the animals. The animals were fed at the entry of the track via a cable release system. The animals that were already in a production system were confined within the stalls and fed only once a day at the same time choiced by the management of the grange. In the second experiment there was an interaction between the animals and the proposed layout feeder evaluated. Stereotypes were not observed and checked only around 0.45% of the total behaviors, indicating a low stress level. Aggressive interactions were not significant (around 0.90%), occurring only in the early days. The experiments showed how the introduction of a complex automation system, because there are aspects that can only be verified in practice because the animal behaves with individuality. The final layout is defined using two half troughs and protection for the half animal's body. The automation systems was developed, at first, with a system of microprocessor cards, where two modules being a control and other system command were interconnected by network Zigbee protocol, your weighing system reached precision of 0.29 g, but there were many flaws in its execution in this field being disqualified system. A new automation system was developed using a programmable logic controller and in that case, the weighing system has reached accuracy of 0.06 g, and had not been adopted by the fault design.

Keyword: Automation; Precision Animal Science; Animal Welfare

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Conectores DB 25 (25 pinos) e DB 9 (9 pinos) ...................................................... 32

Figura 2 - Módulo ZigBee (MESSIAS, 2008) ............................................................................ 33

Figura 3 -- Tags de RFID de diversos fabricantes ................................................................... 34

Figura 4 - Protótipo medição automatizada de espessura sobre bacon (BFL-ON- LINE.DE, 1999) ............................................................................................................................. 39

Figura 5 - Pesquisas na Bayerisches Staatsministerium für Ernährung (LfL, 2008) ........... 39

Figura 6 - Sistema Calan Cate (HERSOM e WAHRMUND, 2009) ....................................... 40

Figura 7 - Comedouro eletrônico para cavalos (Marc Sistem, 2012) .................................... 40

Figura 8 - Comedouros tipo Cone de diversos fabricantes .................................................... 41

Figura 9 - Comedouros de diversos fabricantes ...................................................................... 41

Figura 10 - Equipamentos para disposição de ração em sistema de alçapão .................... 42

Figura 11 - Equipamento programável para disposição de ração em sistema de alçapão

(RUPOMAQ. AVI, 2012) .............................................................................................................. 42

Figura 12 - Comedouros para gestação de diversos fabricantes .......................................... 43

Figura 13 - Sistema de alimentação de suínos com ração líquida (HIDROMIX, 2012) ...... 44

Figura 14 - Instalações com sistema de alimentação de ração líquida (HIDROMIX, 2012) ........................................................................................................................................................ 44

Figura 15 - a) Vista superior do equipamento; b) Animal empurrando a portinhola de entrada; c) Vista do cocho lateral e do animal abrindo a portinhola de saída; d) Animal usando coleira com o tag de RFID (VARKENS HACKEN COMPUTERSYSTEEM, 2012)45

Figura 16 - Modelo de IIDA (IIDa,1995, p. 359) ....................................................................... 52

Figura 17 - Layout do primeiro experimento ............................................................................. 56

Figura 18 – a) e b) Visão frontal dos piquetes construídos para o experimento, c) Visão

traseira dos piquetes, d), e) e f) Detalhes construtivos ........................................................... 57

Figura 19 - a) e b) Visão de diferentes ângulos do alimentador do experimento. c) Visão traseira do alimentador. d) Sistema acionado por cabos do fundo do compartimento ....... 58

Figura 20 - Layout do segundo experimento ............................................................................ 59

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Figura 21 - Montagem do segundo experimento: a) Montagem da cerca elétrica; b) Fixação da gaiola; c) Montagem de bebedouro; d) Instrumentação para análise bioclimática ....................................................................................................................................59

Figura 22 - Protótipo digital ou digital mock-up do alimentador .............................................61

Figura 23 - Vista explodida do alimentador com detalhamentos ...........................................62

Figura 24 - Lógica de funcionamento do sistema de alimentação ........................................65

Figura 25 - Validação de balanças .............................................................................................66

Figura 26 - Bancada de testes para o primeiro sistema de automação................................68

Figura 27 - Imagem do sistema supervisório de controle de alimentação dos animais .....69

Figura 28 - Imagens do compilador Delphi 7 ............................................................................70

Figura 29 - Tela de cadastro sistema supervisório para controle alimentação dos animais ........................................................................................................................................................70

Figura 30 - a) Visão do alimentador com cobertura. b) Animais utilizando o sombreamento da cobertura do conjunto de baias dos alimentadores c) e d) Animais explorando o piquete. e) Portão de acesso ao piquete f) Conflito entre os animais para acesso a alimentação com a restrição do número de baias ...................................................................72

Figura 31 - a) Retirada da cerca elétrica próxima ao bebedouro; b) Fixação do cocho; c)

Animais pastando; d) Cocho inapropriado ................................................................................74

Figura 32 - Manejo para adaptação dos animais ao sistema .................................................75

Figura 33 - Adaptação dos animais ao sistema e montagem do sistema de automação ..76

Figura 34 - Detalhes segundo protótipo ....................................................................................76

Figura 35 - Variação da temperatura média diária nas áreas de sol e de sombra ..............77

Figura 36 - Variação da temperatura média horária nas áreas de sol e de sombra ...........78

Figura 37 - Variação média horária da temperatura de globo negro nas áreas de sol e de

sombra ...........................................................................................................................................78

Figura 38 - Layout final do alimentador .....................................................................................82

Figura 39 - Sistema de rosca transportadora na horizontal....................................................83

Figura 40 - Silo em formato de cunha .......................................................................................84

Figura 41 - Montagem das células de carga ............................................................................84

Figura 42 - Vias de distribuição de ração e montagem dos cochos ......................................85

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Figura 43 - Suportes de fixação e regulagem .......................................................................... 85

Figura 44 - Estrutura mecânica do sistema de alimentação .................................................. 86

Figura 45 - A direita o primeiro módulo (M1) e a esquerda o segundo módulo (M2) ......... 88

Figura 46 - Placa IHM do primeiro ............................................................................................. 88

Figura 47 - Placa principal da central ........................................................................................ 89

Figura 48 - Placa principal do cocho.......................................................................................... 90

Figura 49 - Módulo de comunicação do cocho ........................................................................ 90

Figura 50 - Sistema de automação concluído .......................................................................... 91

Figura 51 - Diagrama de Ishikawa - Travamento do sistema na troca de dados entre os módulos M1 e M2 ......................................................................................................................... 93

Figura 52 - Diagrama de Ishikawa - Perda de dados para rastreabilidade .......................... 95

Figura 53 - Diagrama de Ishikawa – Erro de pesagem. .......................................................... 97

Figura 54 - Diagrama de Ishikawa – Queima de componentes ............................................. 98

Figura 55 - Componentes queimados e falta de qualidade na confecção ........................... 98

Figura 56 - Equipamento desenvolvido que faz a interface entre o modulo M2 e o programa supervisório ................................................................................................................. 99

Figura 57 - Diagrama de Ishikawa – Falha na troca de dados e travamento do sistema .. 99

Figura 58 - Aranha dentro de equipamento eletrônico .......................................................... 101

Figura 59 - Animais testando o alimentador ........................................................................... 102

Figura 60 - Animais testando o alimentador e ao fundo animais em busca de alimento em

baia convencional ....................................................................................................................... 102

Figura 61 - Aceite do animal ao sistema do alimentador ...................................................... 102

Figura 62 – CL montado no Painel do segundo sistema de automação ............................ 104

Figura 63 – Segundo sistema de automação em bancada de teste ................................... 104

Figura 64 - Ajuste da balança é feito pelo programa do CL ................................................. 106

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Análise bioclimática, valores médios diários das variáveis ambientais no piquete em área de sombra e de sol ......................................................................................... 77

Tabela 2 - Análise comportamental dos animais no experimento ......................................... 79

Tabela 3 - Posturas associadas aos comportamentos ........................................................... 80

Tabela 4 – Falhas no teste de bancada do primeiro sistema de automação ....................... 93

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

CAD - Coleta Automática de Dados

CP - Controlador Lógico Programado, conhecido como CLP

CPU - Unidade Central de Processamento

EIA 232 - Sigla que substituiu RS na década de 90

EU - União Européia

FAL - Bundesforschungsanstalt für Landwirtschaft

fdp - função de densidade de probabilidade

GHhz - Gigahertz

HF - Tecnologia de Frequência

IFF - Identify Friend or Foe

ISO - International Organization for Standardization

IT -Sistema de Identificação

KHz - Kilohertz

MASP - Método de Análise e Solução de Problemas

MHhz - Megahertz

MIT - Massachusets Institute of Tecnology

MSP - Método de Solução de Problemas

NEMA - National Electrical Manufactures Association

NUPEA - Núcleo de Pesquisa Ambiência Animal

OMC - Organização Mundial de Comércio

PDCA -PLAN. DO. CHECK. ACT -Planejar. Executar. Verificar. Atuar

RF - Rádio Frequência

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RFID - Radio Frequency Identification

RS - Recommendaed Standard

RS 232 - protocolo utilizado pelos sensores

TAGs - dispositivos usados para identificação e rastreamento

TQC - Controle da Qualidade Total

UHF - Ultra Hight Frequency

Wi-Fi - Wi-Fi Alliance tecnologia IEEE 802.11

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente vivencia-se um cenário de rápidas mudanças, onde a

concorrência se torna cada vez mais acirrada. O consumidor é cada vez mais

exigente em relação ao custo e a qualidade do produto e dos serviços. O mercado

global impõe diretrizes de forma imperativa, e a informação ganha grande

importância como instrumento de competitividade. Dentro deste cenário, o uso de

tecnologias de automação, aliadas a ferramentas de rastreabilidade e

gerenciamento, se tornam essenciais para atender às novas exigências do

mercado.

A evolução dos negócios exige um tratamento prioritário no que diz

respeito às informações, uma vez que estas são apontadas como uma estratégia

competitiva e por meio delas, as empresas têm condições de ganhar mercado e

ocupar posições importantes na economia. A crescente utilização das novas

tecnologias de informação e a aplicação de sistemas de informação nas

organizações se deve ao grande desenvolvimento tecnológico (HEINZMANN,

2004).

O controle de zoonoses, o bem estar animal e outros aspectos ligados a

produtos alimentares, vem se tornando fatores decisivos para o comércio

internacional. Garantindo que as exigências sejam respeitadas, a Organização

Mundial do Comércio (OMC) impõem que qualquer ação se baseie em normas

internacionais ou, quando isso não acontece, que essas medidas sejam

fundamentadas nos conhecimentos científicos. (LIVRO BRANCO, 2008).

As propriedades rurais de suinocultura vêm desenvolvendo seu processo

de produção visando à melhoria dos índices zootécnicos e de melhores técnicas

de manejo para se adequar a nova realidade imposta pelo mercado.

No mercado de equipamentos para suinocultura são encontrados alguns

sistemas de alimentação que proporcionam de forma confiável a disponibilidade

de alimento aos animais, porém não há um controle individualizado para a correta

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alimentação em cada fase de sua vida, nem a geração de dados que permitam o

gerenciamento e a rastreabilidade.

Atendendo à demanda do mercado em se fazer uma nutrição ideal para um

grande número de animais em um curto espaço de tempo de uma unidade de

produção de suíno, buscou-se elaborar um equipamento que, lançando mão de

tecnologias avançadas nas áreas de mecatrônica e automação, permitisse a

elaboração de um processo de nutrição, atendendo aos quesitos de zootecnia

para as fases de gestação, onde são necessários diferentes níveis de restrição

alimentar para que o animal possa expressar todo seu potencial produtivo.

No mercado atual, os equipamentos permitem o trato pela média de

necessidades do grupo ou pelo tempo de gestação de cada indivíduo, o que

provoca, na maioria das vezes, uma subnutrição para parte do grupo ou

supernutrição para outra parte, não permitindo a alimentação ideal e

individualizada para cada animal.

A automação está relacionada a equipamentos que controlam processos

ou plantas. Controle é a aplicação de uma ação pré-planejada para que aquilo

que se considera como objeto de controle atinja certo objetivo (MIYAGI, 1996).

O equipamento, objeto deste trabalho, busca atender o controle

individualizado da nutrição animal, bem como sua rastreabilidade no período de

gestação. Pretende promover, dessa forma, um índice de precisão maior na

nutrição fornecida, gerando maior produtividade e melhora na qualidade da prole,

que nascerá mais uniforme.

O controle da nutrição gerado pelo equipamento poderá permitir maior

conforto e bem estar animal, devido à ausência de fome e deficiência alimentar,

uma vez que seu uso dispensa a contenção das matrizes em gaiolas individuais,

propiciando liberdade de movimento e menos stress por não ter que disputar

alimento com outros animais. O animal teria a liberdade de se alimentar diversas

vezes ao dia, não ficando restrito a um ou dois tratos diários como é feito

atualmente.

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25

O desafio deste projeto é a criação de um sistema de alimentação de

suínos, configurável para o trato individual do animal, com a geração e coleta de

dados para rastreabilidade e gerenciamento do processo, utilizando conceitos de

automação.

A rastreabilidade neste processo é fundamental, pois além de ser uma das

exigências dos grandes mercados consumidores internacionais, também é

fundamental para o controle econômico da produção, e possibilita o

gerenciamento dos índices zootécnicos durante o processo de gestação.

Um aspecto relevante é que a rastreabilidade supre o controle de mão de

obra especializada que é em número deficiente na suinocultura e que

normalmente apresenta falhas. Com a rastreabilidade é possível o monitoramento

da granja à distância, podendo obter-se relatórios individualizados de cada animal

e propor ações corretivas em tempo real. Esta ferramenta auxilia na deficiência de

mão de obra em fins de semana e/ou feriados, onde o número de funcionários é

reduzido.

O projeto incorpora os conceitos de desenvolvimento do produto,

levantando os parâmetros, criando critérios para sua validação, buscando

alternativa e inovação para a solução dos problemas identificados para a

confiabilidade do sistema.

O uso da tecnologia de identificação por radiofrequência ou RFID (Radio

Frequency Identification) permite esta identificação individual do animal e

possibilita que uma interface digital acione outros dispositivos analógicos e digitais

interligados por um controlador programável que é um equipamento eletrônico

digital com hardware e software compatíveis com aplicações a automação do

processo. Os dados gerados pela presença do animal durante a sua alimentação

ficam armazenados em um banco de dados gerando a rastreabilidade para amplo

gerenciamento do processo.

O objetivo principal deste trabalho é o desenvolvimento e implantação de

um sistema de automação para a alimentação de suínos configurável para o trato

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26

individual do animal, com a geração e coleta de dados para rastreabilidade e

gerenciamento do processo.

Quanto aos objetivos específicos buscou-se:

Projetar um sistema de alimentação utilizando tecnologia de automação

e controle individual; e

Avaliar a eficiência do sistema de automação para a alimentação de

suínos com o uso da identificação eletrônica como mecanismo de

acionamento e rastreabilidade do processo e no bem estar animal.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Automação

A automação pode ser definida como um conjunto de técnicas destinadas a

tornar automáticos vários processos, substituindo o trabalho muscular e mental do

homem por equipamentos diversos. O conceito de automação varia com o

ambiente e experiência da pessoa envolvida. (SILVEIRA & SANTOS 2007)

O conceito de automação inclui a idéia de usar a potência elétrica ou

mecânica para acionar algum tipo de máquina. Porem deve ser acrescentando à

máquina algum tipo de inteligência para que ela execute sua tarefa de modo mais

eficiente e com vantagens econômicas e de segurança. (JÚNIOR, 2006)

A maioria dos sistemas de automação é composta por controladores

programáveis que leem os sinais dos sensores e controlam o funcionamento dos

atuadores.

A produtividade, qualidade e segurança em um processo são os principais

benefícios da automação. Em um sistema típico, toda informação dos sensores é

concentrada em um controlador programável, o qual de acordo com o programa

em memória define o estado dos atuadores.

Os sistemas de automação permitem a conexão de um sistema de

supervisão e controle com sistemas gerenciais. Esta conectividade permite o

compartilhamento de dados importantes da operação diária dos processos,

contribuindo para uma maior agilidade do processo decisório, rastreabilidade e

maior confiabilidade dos dados que suportam as decisões dentro da empresa

para assim melhorar a produtividade.

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2.1.1 Principais elementos de um sistema de automação

O processo de automação envolve uma série de componentes e

equipamentos que visam possibilitar a execução de uma série de eventos

predeterminados sem a interferência externa. Estes componentes e

equipamentos são: os atuadores, transdutores e sensores; o controlador

programável e o sistema RFID, apresentados a seguir.

a) Atuadores, transdutores e sensores

Os atuadores ou dispositivos de saída são elementos de campo utilizados

para executar as instruções de controle. São dispositivos a serem acionados para

executarem uma determinada ação, definida pelo sistema de controle e podem

ser magnéticos, hidráulicos, pneumáticos, elétricos ou de acionamento misto.

Os transdutores são dispositivos que transmitem sinais sob uma forma de

energia de um sistema à outro..

O sinal analógico é aquele que representa de forma contínua uma

determinada faixa de valores da grandeza física como, por exemplo, a pressão,

temperatura etc.

O sinal digital é aquele onde somente dois valores são representados por 0

e 1.

Os sensores são elementos de campo que agem como coletores de dados

do controlador programável. São definidos como dispositivos sensíveis a

fenômenos físicos, tais como: temperatura, umidade, luz, pressão etc. Por meio

desta sensibilidade os sensores enviam um sinal, geralmente de natureza elétrica,

para os dispositivos de controle.

b) Controlador programável

Page 30: Aldie Trabachini Versao Revisada

29

O controlador programável pode ser definido como um dispositivo utilizado

para controle de sistemas automatizados, o qual é capaz de armazenar instruções

para implementação de funções de controle, além de realizar operações lógicas e

aritméticas, manipulação de dados e comunicação em rede (GEORGINI, 2003).

Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o

Controlador Programável é um equipamento eletrônico digital com hardware e

software compatíveis com aplicações industriais. Segundo a NEMA (National

Electrical Manufactures Association), é um aparelho eletrônico digital que utiliza

uma memória programável para armazenar internamente instruções e para

implementar funções específicas, tais como lógica, sequenciamento,

temporização, contagem e aritmética, controlando, por meio de módulos de

entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou processos.

O Controlador Programável foi desenvolvido na empresa General Motors,

em 1968, devido à grande dificuldade de mudar a lógica de controle dos painéis

de comando. Tais mudanças implicavam em altos gastos de tempo e dinheiro.

Sob a liderança do engenheiro Richard Morley, elaborou-se uma especificação

que refletia as necessidades de muitos usuários de circuitos e relés, sendo hoje

utilizado em grande parte dos sistemas automatizados.

Os sinais de entrada e saída dos CPs podem ser digitais ou analógicos.

Existem diversos tipos de módulos de entrada e saída que se adéquam às

necessidades do sistema a ser controlado. Os módulos de entradas e saídas são

compostos por grupos de bits, associados em conjunto de 8 bits (1 byte) ou

conjunto de 16 bits, de acordo com o tipo da Unidade Central de Processamento

(CPU). As entradas analógicas são módulos conversores A/D, que convertem um

sinal de entrada em um valor digital, normalmente de 12 bits (4096 combinações).

As saídas analógicas são módulos conversores D/A, ou seja, um valor binário é

transformado em um sinal analógico.

Os sinais dos sensores são aplicados às entradas do controlador e a cada

ciclo (varredura) todos esses sinais são lidos e transferidos para a unidade de

memória interna denominada memória imagem de entrada. Estes sinais são

Page 31: Aldie Trabachini Versao Revisada

30

associados entre si e aos sinais internos. Ao término do ciclo de varredura, os

resultados são transferidos à memória imagem de saída e então aplicados aos

terminais de saída.

A flexibilidade dos CPs é percebida neste momento, pois as alterações

lógicas podem ocorrer com grande facilidade, sem que sejam necessárias

alterações do hardware ou inclusão de componentes eletrônicos ou elétricos. Esta

é a principal característica dos sistemas de automação flexíveis e o que faz dos

CPs ferramentas de grande aplicação nas estruturas de automação.

c) Protocolos de comunicação

Segundo Bolzani (2004), protocolo é um conjunto de comunicações.que

seguem convenções que regulam o formato e o sincronismo da troca de

mensagens entre dois sistemas de comunicação.

Para Helb (1999) por protocolo de comunicação, entende-se um conjunto

de regras e convenções que permitem a conversação e troca de informação entre

sistemas. Isto significa que, conhecendo-se exatamente as regras e convenções

definidas num dado protocolo, a princípio pode-se construir um dispositivo capaz

de trocar informações usando aquele protocolo.

Com o uso de controladores lógicos a integração de dados pode ser

arquitetada em rede mediante protocolos de comunicação, que são definidos

como um padrão que especifica o formato de dados e as suas formas de

interação. Um protocolo determina como um programa deve preparar os dados

para serem enviados para o estágio seguinte do processo de comunicação.

Existem diversos protocolos de comunicação utilizados em redes

industriais para estabelecer a comunicação entre os equipamentos eletrônicos e

as máquinas, porém, cada tipo de equipamento utiliza um determinado protocolo

de comunicação. Por sua vez, cada protocolo utiliza um meio físico diferente para

a transmissão de sinais de comunicação.

Page 32: Aldie Trabachini Versao Revisada

31

De modo geral, utiliza-se como meio físico o cabo coaxial, o cabo de par

trançado, a fibra óptica e ondas eletromagnéticas (Wi-Fi). A escolha do

cabeamento define como os bits (para transmissão de sinais digitais) são

codificados e os dados, assim, transmitidos, devendo sua escolha ser ponderada

por parâmetros como extensão do barramento, velocidade de transmissão,

confiabilidade e resistência mecânica (LUGLI, 2010).

O meio físico constitui como os dados do processo são transferidos. São

caracterizados como a plataforma física utilizada pelos protocolos completos. De

ampla abrangência, os meios físicos podem também ser descritos por padrões

específicos para montagem de condutores e níveis elétricos, como RS-232, RS-

485, IEC 61158-2 e Ethernet.

Por RS-232 entende-se tratar de um padrão de nível físico para

comunicação voltado à transmissão serial de dados. A sigla RS significa

Recommended Standard (padrão recomendado). Foi criado no início dos anos 60,

tendo, na década de noventa, sua nomenclatura substituída por EIA-232. A

nomeação antiga do padrão, porém, ainda é a mais utilizada na prática.

Muitos sensores utilizam o protocolo RS-232 que define como devem ser

realizadas as ligações físicas entre dispositivos, os níveis de tensão utilizados, as

temporizações e funções dos sinais, determinando um conjunto de conceitos para

ligações elétricas e regras para transmissão. Tipicamente, o padrão é utilizado

para a comunicação entre dois dispositivos.

Por ser um padrão assíncrono, é responsabilidade do transmissor e do

receptor efetuarem controles de tempo para saber o instante no qual cada bit é

inicializado e finalizado. Na interface RS232 o nível lógico "1" corresponde à uma

tensão entre -3V e -12V e o nível lógico "0" à uma tensão entre 3V e 12V.

A taxa de transferência ou baud rate (velocidade com que os dados são

enviados através de um canal) é medida em transições elétricas por segundo. A

norma EIA 232 especifica uma taxa máxima de transferência de dados de 20.000

bits por segundo (o limite usual é de 19200 bps). Baud rates fixos não são

Page 33: Aldie Trabachini Versao Revisada

32

fornecidos pela norma. Contudo, os valores comumente usados são 300, 1200,

2400, 4800, 9600 e 19200 bps (CANZIAN, 2009):.

Os conectores para RS-232 são conhecidos como DB 25 e DB 9, podendo

ser visualizados a seguir conforme Figura 1:

Figura 1 - Conectores DB 25 (25 pinos) e DB 9 (9 pinos)

A criação de redes sem fios pode ser feita utilizando-se de uma grande

variedade de protocolos de radiofrequência (RF). Alguns desses protocolos são

propriedade de entidades independentes e outros são protocolos base, ou seja,

standard da indústria. O protocolo ZigBee, que é um standard da indústria para

a transmissão de dados, e o IEEE802.15.4, que é o protocolo base sobre o qual

foi desenvolvido o ZigBee. Este protocolo é uma alternativa de comunicação em

redes sem fio que não necessitam de soluções mais complexas para o seu

controle, ou seja, torna os custos de aquisição, instalação de equipamentos,

manutenção e mão de obra mais baratos. Trata-se, portanto de uma tecnologia

relativamente simples, que utiliza um protocolo de pacotes de dados com

características específicas, senso projetado para oferecer flexibilidade quanto aos

tipos de dispositivos que pode controlar (Figura 2)

Page 34: Aldie Trabachini Versao Revisada

33

Figura 2 - Módulo ZigBee (MESSIAS, 2008)

Para Teza (2002) o padrão ZigBee pode ser alimentado com pilhas

alcalinas comuns e a expectativa de duração das mesmas é superior a dois anos.

A tecnologia ZigBee permite o uso de fontes de energias renováveis como

eólica e solar, pois necessita de pouca energia para o seu próprio funcionamento

e de seus periféricos(MESSIAS, 2008).

Hoje o uso de diferentes protocolos não é mais um problema devido à

possibilidade de equipamentos de diferentes fabricantes comunicarem entre si,

também chamados de “protocolos abertos” ou mediante gateways.

2.1.2 Sistemas RFID

Historicamente a primeira implementação de um sistema RFID foi durante

a 2a Guerra Mundial. O sistema IFF – Identify Friend or Foe – consistia em um

transmissor de sinal e era montado nos aviões britânicos permitindo sua

identificação pelos radares britânicos em solo, desse modo distinguindo dos

aviões inimigos (RFID JOURNAL, 2008).

A tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) tem um significado

conotado com sistemas para identificar e rastrear objetos tanto globalmente como

localmente de forma automática. Estabelecem a ligação com os sistemas IT que

anteriormente dependia da introdução manual de dados. Os sistemas RFID fazem

parte de um conjunto de tecnologias conhecidas por procedimentos Auto-ID de

Page 35: Aldie Trabachini Versao Revisada

34

identificação automática onde muitas organizações estão gradualmente

implantando nas suas cadeias de fornecimento. (NEVES, 2008)

A identificação por radiofrequência (RFID) é uma tecnologia em expansão

e está sendo adotada em grande parte dos setores produtivos. A adoção dessa

tecnologia de coleta automática de dados (CAD) foi recentemente reforçada pelo

estabelecimento de padrões, por normas do setor de varejo e do poder público,

pela melhoria do desempenho da tecnologia e pela diminuição dos custos de

implantação.

A nova tecnologia dispensa a leitura óptica, reconhecendo de uma só vez

todos os produtos que estão em um determinado ambiente.

Nascida nos laboratórios do Massachusets Institute of Techonology (MIT),

dos Estados Unidos, essa ideia começa a tomar forma no mundo prático por

iniciativa de grandes redes de varejo, do departamento de defesa norte americano

de empresas dos setores farmacêuticos e aeronáutico, nas encomendas

expressas e na rastreabilidade de animais.

Os sistemas RFID consistem em tags, leitores e software para

processamento dos dados. Normalmente, as tags são aplicadas nos itens, muitas

vezes como parte de uma etiqueta adesiva. As tags também podem ser

colocadas em encapsulamentos resistentes e em cartões de identificação,

pulseiras e brincos sendo estes muito usados na identificação animal. Os leitores

podem ser unidades autônomas sem intervenção humana (como portais),

integrados a um computador móvel para uso portátil ou a um CL que armazena as

informações referentes a leitura dos tags em um cartão de memória para posterior

coleta e análise (Figura 3).

Figura 3 -- Tags de RFID de diversos fabricantes

Page 36: Aldie Trabachini Versao Revisada

35

O leitor envia um sinal de rádio que é recebido por todas as tags presentes

no campo de ação e sintonizadas nessa frequência. As tags recebem o sinal por

suas antenas e respondem transmitindo os dados armazenados nelas. A tag pode

conter vários tipos de dados, entre eles números de série, instruções de

configuração, histórico de atividades (por exemplo, data da última vacinação de

um animal, o momento em que a tag passou por um determinado local, etc.), ou

até mesmo temperatura e outros dados fornecidos por sensores. O dispositivo de

leitura/gravação recebe o sinal da tag pela sua antena, decodifica-o e transfere os

dados para o sistema de computador através de uma conexão com ou sem fio

Os sistemas RFID variam em relação ao alcance e à frequência utilizada,

memória dos chips, segurança, tipo de dados coletados e outras características.

A tecnologia NFC – Near Field Communication – é uma interface de

comunicação sem fios para interações a curta distância. É descrita por NFCIP-1 e

padronizada por ISO 18092, ECMA 340, ETSI TS 102 190. Os dispositivos

descritos por NFCIP-2 são definidos por ISO 21481, ECMA 352 e ETSI TS 102

312 e além de serem compatíveis com os dispositivos NFCIP-1, segundo norma

ISO 14443 e 15693 (PAUS, 2007).

A frequência é o principal fator que determina o alcance de uma solução

RFID, a resistência a interferências e outros atributos de desempenho. A maioria

dos sistemas comerciais de RFID funciona na faixa de UHF (Ultra High

Frequency) entre 859 e 960 MHz ou de alta frequência (High Frequency - HF), a

13,56 MHz. Entre as outras frequências comuns de RFID estão 125 kHz (uma

frequência de pequeno alcance, usada muitas vezes na identificação de animais).

Nos Estados Unidos, a frequência de transmissão de 125 kHz é a mais comum,

embora algumas empresas ofereçam sistemas 134,2 kHz e interrogadores

compatíveis com a ISO 11784 e 11785 para identificação animal (RFID

JOURNAL, 2008). A frequência de 134,2KHz adotado como padrão internacional

para identificação animal, do tipo brinco, 430 MHz e 2,45 GHz, ambas usadas

para identificação à longa distância, muitas vezes com tags ativas (com sistema

Page 37: Aldie Trabachini Versao Revisada

36

composto de bateria e antena interna que envia o sinal até as leitoras) é de alto

custo.

O alcance de leitura de um sistema RFID, que é a distância a que uma

antena deve estar em relação à tag para ler as informações armazenadas no seu

chip,varia de alguns centímetros até dezenas de metros, dependendo da

frequência utilizada, da potência de saída e da sensibilidade direcional da antena.

A tecnologia HF é usada para aplicações de curta distância, podendo ser lida a

uma distância de até três metros. A tecnologia UHF proporciona uma distância de

20 metros ou mais dependendo do ambiente físico envolvido.

2.1.2.1 Aplicação dos sistemas RFID

A tecnologia RFID é utilizada em sistemas tais como os de centrais de

bloqueio de veículos, controles de acessos, passaportes e em vários produtos de

consumo (BITKOM, 2005).

O sistema RFID foi utilizado pela primeira vez para rastrear gado e

testados em vacas leiteiras para monitorar a saúde e ovulação. Foi também

usado em equinos para monitorar fraudes na gestão de puro-sangue. Em

pesquisas de conservação da vida selvagem, tags passivos foram utilizados em

peixes para monitoramento, uma prática que mais tarde foi feita em mamíferos,

répteis, anfíbios e outros animais. Etiquetas RFID também foram utilizadas para

estudar padrões de movimento e comportamento dos animais em seu habitat. Um

estudo envolvendo RFID implantado em pinguins, com dados coletados por data-

logger que registrou identidade animal, peso, tempo e direção de viagem cada

vez que um pinguim atravessa um portal de antenas de RFID.

As práticas de identificação de animais dentro dos diversos sistemas de

produção têm como objetivo principal possibilitar a coleta das informações

inerentes ao indivíduo e ao meio ambiente ao qual está inserido (KORTHALS et

al., 1992).

Page 38: Aldie Trabachini Versao Revisada

37

A técnica de identificação mais utilizada é a marcação no exterior do animal

que permite seu reconhecimento visual. Na suinocultura, as informações geradas

para identificação e rastreabilidade podem ter problemas tais como: mais de um

animal utilizando a mesma identificação; controle ineficaz das movimentações

entre os grupos; inconsistências nos dados de paternidade dos animais; bem

como nas mortes e, por fim, planilhas e relatórios manuais sem confiabilidade

(MALUCELLI, 2000). A adoção de sistema de RFID para rastreabilidade vem de

encontro para sanar estas dificuldades.

O sistema RFID permite a evolução da zootecnia de precisão, onde o

fabricante Digital Angel Corporation desenvolveu microchips RFID biossensor

passivo para determinar a temperatura do corpo do animal (subcutâneos) que

foram recentemente introduzidos no mercado. A empresa TekVet, que desenvolve

tecnologia para agricultura em parceria com a IBM, desenvolveu um sistema RFID

ativo de rastreamento de gado com frequência 418 MHz, RFID, onde os tags são

fixados nos ouvidos dos animais incorporando sensores de temperatura inserido

no canal do ouvido dos bovinos e a leitura pode ser feita por antenas de recepção

a uma distância de 300 a 500 metros, podendo se obter um monitoramento

instantâneo de cada animal e enviar as informações via satélite a qualquer

localidade do planeta.

A União Europeia, por meio da resolução CE Nº 820/97 exige que todo o

processo de produção da carne esteja inserido em um programa de identificação

e registro que possibilite o levantamento de todas as informações pertinentes ao

animal, desde o seu nascimento, até o consumo do produto final. Esta resolução

atinge tanto os produtores e as indústrias da Europa, quanto seus fornecedores

(IDEA, 2000). Devido a essa exigência estão sendo desenvolvidos sistemas que

permitam a identificação individual dos animais com total segurança e

possibilidade de recuperação das informações em tempo real (IDEA, 2000).

A utilização da tecnologia de identificação eletrônica de animais no Brasil

se encontra principalmente em empresas agropecuárias que estão fazendo uso

da técnica da implantação de microchips e leitura por um leitor de rádio

frequência. Empresas agropecuárias como “Fazendas reunidas Boi Gordo”

(FOLHA DE SÃO PAULO, 1997), e a “Zoonet” (O ESTADO DE SÃO PAULO,

Page 39: Aldie Trabachini Versao Revisada

38

1996), são pioneiras em nosso país na utilização de microchips para identificação

em animais de produção. Pesquisa elaborada em granja de suinocultura na região

de Salto no estado de São Paulo demonstra a eficiência do sistema RFID na

rastreabilidade no processo produtivo (SILVA & NÄÄS; 2006).

Teste realizado em frigorífico na região de Cabreúva estado de São Paulo

demonstrou que a utilização dos sistemas de RFID pode abranger toda cadeia

produtiva do agronegócio, onde mais de dezoito mil quilos de produtos foram

identificados com esta tecnologia, aumentando em quarenta e três por cento a

velocidade de controle e rastreabilidade do processo produtivo. (SABER

ELETRÔNICA ON-LINE, 2008)

O uso de banco de dados e tecnologias da informação em granjas de

suinocultura vem usando a tecnologia de RFID para monitoramento de índices

zootécnicos e homogeneização do plantel.

2.1.3 Tecnologia disponível para automação da suinocultura e equipamentos

Vários trabalhos já foram realizados com o intuito de automatizar sistemas

de alimentação para animais inseridos em um processo de produção em larga

escala.

Em 1999 na Bundesforschungsanstalt für Landwirtschaft (FAL), Instituto de

Tecnologia Industrial e Building Research foi criado um sistema de automação

para alimentação de suínos e medição por ultra-som e mecânica da espessura do

dorso do animal para verificar se a alimentação era suficiente ou deveria ser

alterada (Figura 4).

Page 40: Aldie Trabachini Versao Revisada

39

Figura 4 - Protótipo medição automatizada de espessura sobre bacon (BFL-ON- LINE.DE, 1999)

Na Bayerisches Staatsministerium für Ernährung, Landwirtschaft und

Forsten situada na Alemanha, outros projetos de alimentadores estão sendo

desenvolvidos desde 1992 para suínos, bovinos e ovinos A alimentação é

controlada em dosadores volumétricos de ração (para suínos a ração é líquida) e

liberada aos animais por um sistema de acionamento RFID (Figura 5).

Figura 5 - Pesquisas na Bayerisches Staatsministerium für Ernährung (LfL, 2008)

Outro sistema de alimentação para animais que é utilizado principalmente

para bovinos é o Calan Gate, que possibilita pesar os alimentos a serem

fornecidos e as sobras de cada animal, mediante controle eletrônico. (HERSOM e

WAHRMUND, 2009) (Figura 6).

Page 41: Aldie Trabachini Versao Revisada

40

Figura 6 - Sistema Calan Cate (HERSOM e WAHRMUND, 2009)

Um sistema muito interessante utilizado para equinos é fabricado pela Marc

Sistem, que desenvolveu um alimentador onde se pode programar o volume de

alimento a ser liberado ao animal, o horário a ser liberado e gravar a voz do

tratador chamando o animal no momento em que a ração é liberada (Figura 7).

Figura 7 - Comedouro eletrônico para cavalos (Marc Sistem, 2012)

Page 42: Aldie Trabachini Versao Revisada

41

Comercialmente no Brasil, os sistemas de alimentação para suínos são em

sua grande maioria compostos por mecanismos que disponibilizam alimento aos

animais sem nenhum tipo de controle, seja alimentar ou de rastreabilidade. Os

comedouros tipo cone são muito utilizados e permitem a disponibilidade constante

do alimento contido no interior do cone, e o volume a ser disponibilizado é

regulado pela altura do vão existente entre o cone e a base (Figura 8).

Figura 8 - Comedouros tipo Cone de diversos fabricantes

Existem outras configurações para os alimentadores de mercado

apresentando as mesmas características, permitindo a disponibilidade do

alimento ao animal sem exercer nenhum controle ou sua rastreabilidade (Figura

9).

Figura 9 - Comedouros de diversos fabricantes

Page 43: Aldie Trabachini Versao Revisada

42

Equipamentos para disposição de ração em sistema de alçapão também

estão disponíveis no mercado e distribuem a ração em cochos feitos no solo de

maneira uniforme para posteriormente ser aberto um alçapão dando acesso aos

animais ao alimento (Figura 10).

Figura 10 - Equipamentos para disposição de ração em sistema de alçapão

Nesta mesma linha de equipamento para disposição de ração em sistema

de alçapão a empresa RupoMaq, desenvolveu um silo móvel que deposita de

forma uniforme a ração em cochos feitos no solo sendo possível a sua

programação. Possui também um controlador que equaliza a velocidade em que o

silo está sendo empurrado com o volume de ração despejado (Figura 11).

Figura 11 - Equipamento programável para disposição de ração em sistema de alçapão (RUPOMAQ. AVI, 2012)

Page 44: Aldie Trabachini Versao Revisada

43

Para o período de gestação onde o animal tem restrições alimentares,

existem sistemas mais sofisticados, onde dosadores volumétricos (com volume

para um trato diário) após terem sido abastecidos manualmente ou

mecanicamente, liberam o alimento aos animais em uma determinada hora

programada ou por acionamento manual (Figura 12).

Figura 12 - Comedouros para gestação de diversos fabricantes

No mercado internacional a empresa “Big Dutchman” oferece um sistema

com um alto grau de sofisticação técnica para o trato de suínos com ração líquida,

com precisão de 1 kg a 100 gramas na dosagem da ração conforme

especificações do fabricante, porém de alto custo e sem exercer nenhum controle

de rastreabilidade individualizada do animal no processo. Este sistema ainda

necessita de mão de obra especializada para sua manutenção e correto

funcionamento (Figuras 13 e 14).

Page 45: Aldie Trabachini Versao Revisada

44

Figura 13 - Sistema de alimentação de suínos com ração líquida (HIDROMIX, 2012)

Figura 14 - Instalações com sistema de alimentação de ração líquida (HIDROMIX, 2012)

O uso do sistema RFID em sistemas de alimentação para suínos é

representado pela Varkens hacken computersysteem, empresa de origem

holandesa. O seu sistema é composto de uma portinhola que é aberta pelo suíno

a empurrando. Posteriormente o animal é identificado por um sistema RFID, a

ração é liberada em um cocho localizado lateralmente e após se alimentar o

animal com o focinho libera uma trava de outra portinhola. Com a liberação desta

trava a portinhola de entrada é aberta para a entrada de um novo animal (Figura

15).

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45

Figura 15 - a) Vista superior do equipamento; b) Animal empurrando a portinhola de entrada; c) Vista do cocho lateral e do animal abrindo a portinhola de saída; d) Animal usando coleira com o tag de RFID (VARKENS HACKEN COMPUTERSYSTEEM, 2012)

Na observação do funcionamento do sistema pode-se notar que os animais

são de pequeno porte, não possuem brincos de identificação, não há registros

para a rastreabilidade e o alimento é dosado volumetricamente.

A suinocultura vem se modernizando e novos equipamentos e soluções se

fazem necessários para atender as novas legislações e gerar bem-estar animal.

2.1.4 Processo de nutrição ideal para gestação

O uso do Sistema de Alimentação por Rastreabilidade permitirá dividir a

nutrição de uma nutrição de uma matriz em cinco fases ideais e não mais em

duas como é feito na maioria das unidades de produção. Estas fases foram

identificadas mediante vivência em campo com produtores. (PANZARDI, 2009)

Page 47: Aldie Trabachini Versao Revisada

46

A primeira fase é compreendida na pré-cobertura (anterior à inseminação)

ou flusching, onde se objetiva um aumento no fornecimento de energia e proteína

para obter-se um alto índice de ovulação.

A ovulação é provocada por um aumento na concentração dos hormônios

HL e FSH. Este período, em primíparas (animais que nunca reproduziram)

normalmente é de 10 a 15 dias. Em multíparas (animais que já reproduziram) é de

2 a 5 dias. Neste caso é fundamental a possibilidade de alimentar os animais

individualmente, pois a diferença de score corporal pode determinar a

necessidade de alimento a ser fornecido para cada animal.

A segunda fase compreende da cobertura (inseminação) até 30 dias após.

Período onde os embriões são formados e suas respectivas nidações (fixação do

embrião na parede do útero), mecanismos fisiológicos que são prejudicados por

uma alta concentração de energia na dieta alimentar, exigindo um controle

absoluto para que se obtenha a menor perda possível de embriões gerados.

Como normalmente, em grandes unidades de produção, existe um alto

número de animais nestas condições de gestação, o controle individual de

alimentação possibilitado pelo equipamento permite maior sucesso na produção,

além de gerar economia de ração.

A terceira fase compreende dos 31 a 70 dias da gestação, onde já se tem

definido o número de embriões viáveis e fixados.

Dá-se então, uma fase onde a prioridade do controle e ajuste de

alimentação visa o acerto de score corporal para cada animal, procurando assim

criar uma uniformidade no plantel.

Esta uniformidade, somada à ausência de stress por fome ou qualquer

outro fator que gere desconforto ao animal, pode evitar a mumificação do feto,

aumentando o número de nascidos vivos.

A taxa de mortalidade observada na produção intensiva na Grã-Bretanha

vem sendo de 18,3% (BAXTER et al, 2012), na Inglaterra é de 9,6% (KILBRIDE et

al, 2012), na França 6,6% (GALLOIS et al, 2005) e de 7,2% no Brasil (ABRAHÃO

Page 48: Aldie Trabachini Versao Revisada

47

et al, 2004)]. Em trabalho apresentado por Furtado (2012), o baixo índice de

mortalidade, observado em seu estudo, é reflexo do manejo intenso de

assistência ao parto e aos lactentes, especialmente aos leitões pequenos.

A quarta fase compreende de 71 a 111 dias de gestação, período

extremamente importante para o resultado final de uma unidade de produção,

pois nesta fase se define o número de fibras musculares e o peso do leitão ao

nascimento, aumentando ou diminuindo a viabilidade e o desempenho dos leitões

por toda sua vida.

Por fim a quinta fase compreende dos 112 dias ao parto (114 dias), onde

se reduz a cada dia o fornecimento de alimento em 50% para que, no dia do

parto, a matriz esteja com o intestino limpo e apta ao trabalho de parto, evitando

natimortos intraparto.

Esta redução alimentar também provoca a cascata de hormônios

necessários ao parto (Prostaglandina, Prolactina e Ocitocina).

Todos estes benefícios justificam o desenvolvimento e implantação do

sistema de alimentação proposto.

2.1.5 Bem-estar animal

Nos últimos anos houve aumento significativo da produção animal, este

aumento de produção é uma tendência para países em desenvolvimento como o

Brasil, o que acarreta sistemas de criação cada vez mais intensivos (LIN et al.,

2006).

Os animais de produção têm necessidades comportamentais específicas e

são capazes de alterar seu comportamento para se adaptarem ao ambiente em

que vivem (BROOM, 1991; BROOM & MOLENTO, 2004). Em sistemas de

produção intensivo as alterações fisiológicas ou comportamentais são indicativos

de comprometimento do estado de bem-estar dos animais de produção

(MOLENTO,2005).

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48

O bem-estar animal pode ser considerado uma demanda para que um

sistema seja defensável eticamente e aceitável socialmente e, segundo

WARRISS (2000), as pessoas desejam comer carne com "qualidade ética", isto é,

carne oriunda de animais que foram criados, tratados e abatidos em sistemas que

promovam o seu bem-estar, que sejam sustentáveis e ambientalmente corretos.

A União Europeia (EU) entende que há uma necessidade evidente de

debater a questão do bem-estar dos animais no contexto da Organização Mundial

de Comércio (OMC). As questões são reais, para produtores e consumidores, e a

OMC, na sua qualidade de principal organização comercial internacional, deve

estar preparada para abordar essas questões. Atendendo à inter-relação

existente entre as medidas de bem-estar dos animais e o comércio internacional

de produtos agrícolas e alimentares de origem animal, a DE considera que esta

questão deve ser abordada no contexto das negociações sobre agropecuária,

visando ao estabelecimento de um conjunto de normas que caracterize as

exigências sobre o bem-estar na exploração de animais domésticos,

caracterizando-se efetivamente as barreiras técnicas à comercialização.

Na União Europeia, uma questão polêmica que se coloca com frequência

cada vez maior na suinocultura, são as novas regulamentações sobre o bem-

estar, podendo apresentar impacto sobre a suinocultura brasileira à medida que

podem afetar as importações europeias de carne suína.

A proposta da Diretiva do Conselho COM (2001) 20 - CS-0039/2001

¬2001/0021(CNS) que altera a Diretiva 91/630/CE, com base nas disposições do

artigo 6°, tem os seguintes objetivos:

Proibir a utilização de celas individuais para as porcas e marrãs

prenhes, bem como a utilização de amarras;

Aumentar a área livre destinada às porcas e marrãs;

Permitir que as porcas e marrãs tenham acesso a materiais para

fuçar;

Elevar o nível de formação e a competência dos suinocultores e do

pessoal responsável pelos animais em relação às questões

relacionadas com a proteção; e

Page 50: Aldie Trabachini Versao Revisada

49

Solicitar novos pareceres científicos sobre certas questões do

domínio da suinocultura.

As normas referentes às matrizes dependem da sua fase no ciclo

reprodutivo, podem-se distinguir porcas em crescimento, secas e em gestação e

porcas em preparação para o parto ou em fase de parto e cria.

O alojamento das matrizes em crescimento, secas ou em gestação, deve

ser feito em grupo, em estabulação livre, para permitir um adequado contato

social. A partir de 01 de janeiro de 1996 foi proibido, através da diretiva europeia,

a construção ou reformas de instalações em que os animais sejam mantidos em

confinamento individual, através de celas individuais, coleiras ou cintas. O

alojamento individual nestas fases é apenas permitido antes da cobrição,

inseminação, ou para tratamento. Foi definido um período de transição para as

instalações já existentes, até 01 de janeiro de 2006.

As matrizes em preparação para o parto, ou durante a fase de parto e cria,

devem ser alojadas em maternidades que satisfaçam as necessidades da mãe e

dos leitões. A área de repouso da porca deve ser limpa, confortável e bem

drenada.

Segundo FRASER (1999), a maioria das tentativas dos cientistas de

conceituar o bem-estar animal resume-se em três questões principais:

Os animais devem sentir-se bem, não serem submetidos ao medo, à

dor ou estados desagradáveis de forma intensa ou prolongada;

Os animais devem funcionar bem, no sentido de saúde, crescimento

e funcionamento comportamental e fisiológico normal;

Os animais devem levar vida natural diante do desenvolvimento e do

uso de suas adaptações naturais.

Uma definição de bem-estar bastante utilizada atualmente foi estabelecida

pelo relatório de Brambell (1965), e revisado pelo Conselho de Bem-Estar de

Animais do Reino Unido -Farm Animal Welfare Council (FAWC, 1992), citada por

Page 51: Aldie Trabachini Versao Revisada

50

CHEVILLON (2000), na Inglaterra, mediante o reconhecimento das cinco

liberdades inerentes aos animais:

Primeira a liberdade fisiológica (ausência de fome e de sede),

Segunda a liberdade ambiental ( edificações adaptadas),

Terceira a liberdade sanitária (ausência de doenças e de fraturas),

Quarta a liberdade comportamental (possibilidade de exprimir

comportamentos normais),

Quinta a liberdade psicológica (ausência de medo e de ansiedade).

Pesquisas têm sido realizadas para o desenvolvimento de metodologias

que possam mensurar o bem-estar dos animais (PEREA et al., 1997; AKSIT et al.,

2006; LIN et al., 2006; ALVES, 2007). As avaliações podem ser feitas por meio de

medidas fisiológicas, tais como: o aumento da frequência cardíaca; o aumento da

atividade adrenal e da diminuição da resposta imunológica após algum desafio.

Com estas informações podem-se gerar indicadores do bem-estar dos animais

(BORGES, 2008). Mensurações comportamentais também possuem valor na

avaliação do bem-estar (BROOM & MOLENTO, 2004).

Como técnicas não invasivas, temos desde procedimentos para avaliação

endócrina, por novas metodologias (BORGES, 2008) e (PIZZUTTO et al., 2008),

estudos com vocalização e sua associação com enfermidades (RISI, 2010) e

(BARNABE, 2010), e de ruídos emitidos por um grupo de animais e a relação com

as variáveis ambientais; pela relação da temperatura superficial e outros

parâmetros não invasivos.

Alterações nas instalações rurais e novas propostas de manejo também

vêm de encontro à melhoria do bem estar animal. Existem propostas para o uso

de piquetes e baias com cantos arredondados e paredes fechadas para a

condução dos animais sem a geração de estresse.

Dessa forma, a avaliação do bem-estar animal na exploração agropecuária

pode envolver aspectos ligados às instalações, ao manejo e ao ambiente, tais

como a distribuição de água e de comida, existência de camas, possibilidade de

movimento, descanso, contato entre animais e reprodução, temperatura,

Page 52: Aldie Trabachini Versao Revisada

51

ventilação, luz, espaço disponível ou tipo de pavimento, sendo estas variáveis

estudadas pela zootecnia de precisão usando conceitos de monitorização

automática e contínua dos animais e dos processos físicos relacionados com a

utilização de instrumentação.

2.1.6 Desenvolvimento do produto

O processo de desenvolvimento de produto é uma atividade caracterizada

por um ciclo de projetar-construir-testar que faz uso intensivo do conhecimento

existente no setor de projetos. Uma parte dele está armazenada nos documentos

gerados no decorrer deste processo, são conhecimentos explícitos e já

dominados. Quando há novos parâmetros para um projeto onde não existe

conhecimentos explícitos e já dominados é necessário o desenvolvimento. A

primeira etapa no desenvolvimento de um novo produto é a concepção do

conceito do produto.

A análise de especificações, aplicação de soluções e sua avaliação, são as

etapas no desenvolvimento do produto final.

Na criação de um produto deve se preocupar para que sejam adequados

aos diversos níveis de usuários, como o cliente, os fornecedores, os produtores,

consumidores e a própria sociedade, em sua forma mais ampla. O designer deve

compreender a relação entre estes diversos usuários e antecipá-las no caso do

desenvolvimento de novos produtos. (MEDINA, 2001)

Designer é conceituado como o esforço intelectual para atender certas

exigências pelos melhores meios possíveis, podendo-se considerar também que

Design pode ser definido como a atividade onde são organizadas e planejadas as

características do produto, como a busca por soluções para aperfeiçoar o

desempenho funcional do produto e a sua melhor relação custo-benefício (PAHL

e BEITZ, 1988).

Page 53: Aldie Trabachini Versao Revisada

52

No modelo de IIDA (1995), o início do desenvolvimento de produtos ocorre

com uma ideia inicial em função de necessidades e oportunidades de mercado. A

partir do estabelecimento de especificações do produto, as alternativas são

formuladas e avaliadas. Um modelo ou digital mock-up é testado antes da

construção de um protótipo (Figura 16).

Ideia Inicial

Construção e Teste

do protótipo

Construção e Teste

do mock-up

Avaliação de

Alternativas

Formulação de

Alternativas

Especificações do

produto

Decorre de novas necessidades e

oportunidades.

Aplicação de critérios estabelecido

na fase 2.

Processo criativo, raciocínio intuitivo

ou associativo, isento de

julgamento.

Decorre da exigência do

consumidor , mercado, marketing e

recursos produtivos.

Modelo simplificado para analise de

configurações.

Verificação dos parâmetros

operacionais, desempenho,

segurança, manutenção e custos.

Fluxo de realimentação

Figura 16 - Modelo de IIDA (IIDa,1995, p. 359)

Para SLACK (1997) o inicio do desenvolvimento de um produto passa por

um cuidadoso processo de análise de conceitos e viabilidade. Incluindo a

elaboração de um projeto preliminar como apoio ao desenvolvimento.

Page 54: Aldie Trabachini Versao Revisada

53

2.1.6.1 Método de Análise e Solução de Problemas (MASP)

Segundo XAVIER (1998), ferramentas de qualidade basicamente

identificam a causa do problema e consequentemente sugerem uma ação de

bloqueio e solução dos problemas que afetam o desempenho e a confiabilidade

dos equipamentos, neste caso será abordado o método MASP.

O Método de Análise e Solução de Problemas, MASP, como é conhecido

no Brasil, foi desenvolvido a partir do método QC-Story que foi um

desdobramento e detalhamento do ciclo PDCA levado ao Japão a partir de 1950

por Deming e posteriormente por Juran(1995). No Brasil Vicente Falconi Campos,

que inseriu uma descrição do método em sua obra TQC Controle da Qualidade

Total no Estilo Japonês, denomina o método de MSP- Método de Solução de

Problemas.

A introdução do QC-Story na literatura feita por Campos (2004) apresenta

não somente apenas como um componente do Controle da Qualidade Total, mas

um movimento de proporções muito mais amplas. Este método se popularizou

como MASP - Método de Análise e Solução de Problemas.

O MASP indica como um problema deve ser resolvido e não como ele é

resolvido e por esse motivo é também definido como um modelo racional. Saindo

também da suposição de que toda solução há um custo associado, a solução que

se pretende descobrir é aquela que maximize os resultados, minimizando os

custos envolvidos.

O MASP é um método prescritivo, racional, estruturado e sistemático para

o desenvolvimento de um processo de melhoria num ambiente organizacional,

visando solução de problemas e obtenção de resultados otimizados. Para a

construção deste método segundo Jeremias (2010), foi necessário a aplicação de

um conceito, ciclo PDCA, para incorporar um conjunto de ideias relacionadas

dentro do próprio método.

Page 55: Aldie Trabachini Versao Revisada

54

O ciclo PDCA opera reconhecendo que problemas (oportunidades de

melhoria) em um processo, são determinados pela diferença entre necessidades

do cliente (Interno e/ou Externo) e o desempenho do processo.

Segundo Slack (1997), a natureza repetida e cíclica do melhoramento

contínuo pode ser resumida no ciclo PDCA. Sendo assim esta metodologia está

intimamente ligada ao entendimento do conceito de processo, sendo um caminho

para se atingir uma meta (CAMPOS. 2004).

O significado no idioma de origem do PDCA é: PLAN. DO. CHECK. ACT.

que significa. PLANEJAR. EXECUTAR. VERIFICAR, ATUAR.

Para NUNES (2010), o ciclo PDCA é uma sequência de passos utilizada

para controlar qualquer processo definido. É uma ferramenta de qualidade que

auxilia na organização do processo de implantação de melhorias, dando uma

diretriz para a condução de tais projetos.

2.2 Material e Métodos

2.2.1 Área experimental e descrição das etapas

A proposta para o desenvolvimento do protótipo de um alimentador teve

início em 2010, tendo como base inicial o protocolo do modelo IIDA. O modelo

IIDA, foi seguido para estabelecer especificações do produto para o

desenvolvimento do alimentador automático. Desta forma, permitindo o

levantamento de informações por um processo criativo e raciocínio intuitivo ou

associativo para: definir especificações do produto.

A condução da pesquisa foi dividida em 5 etapas, assim denominadas: 1)

Experimento 1, 2) Experimento 2 (com base nos fatos obtidos pelo Experimento

1), 3) Montagem do Digital MOCKP (protótipo digital), 4) Construção física do

equipamento e 5) Testes de automação (validação do equipamento).

Page 56: Aldie Trabachini Versao Revisada

55

A etapa 1 foi conduzida em uma granja comercial de produção de suínos

localizada no município de Monte Mor-SP, situada a 22°33' de Latitude Sul e a

47°11' de Longitude Oeste (Greenwich) e altitude média de 560 m.

A etapa 2 e parte do teste de automação foi feito em uma granja comercial

de produção de suínos localizada no município de Elias Fausto situada a 23°08'

de Latitude Sul e a 47°23' de Longitude Oeste (Greenwich) e altitude média de

517 m.

As etapas 3, 4 e parte do teste de automação foram feitos na FATEC Tatuí

- Prof. Wilson Roberto Ribeiro de Camargo, na cidade de Tatuí/SP.

2.2.1.1 Etapa 1

Os principais materiais utilizados nessa etapa foram:

Seis gaiolas de gestação;

Seis reservatórios com fundo deslizante;

Fio de nylon nº 90;

Arame de aço liso para cerca.

O experimento foi estruturado em um piquete de dez metros de largura e

por 40 metros de comprimento, montado especialmente para o experimento,

totalizando 400 metros quadrados de área. No piquete foi construída uma área

sombreada de três metros de largura por seis metros de comprimento, totalizando

18 metros quadrados de área sombreada e sua localização foi em posição oposta

aos alimentadores com um ponto com bebedouro nas proximidades do

sombreamento, conforme layout (Figura 17).

Page 57: Aldie Trabachini Versao Revisada

56

Área sombreada

Ponto de

água

Ba

ias c

om

os

Alim

en

tad

ore

s

Co

be

rtu

ra

10

m

40 m

Figura 17 - Layout do primeiro experimento

A escolha de se construir um piquete para o experimento foi introduzir os

animais em um novo ambiente, proporcionando-lhes condições de se moldar a

forma com que melhor se adaptaria ao sistema de alimentação. Sendo este um

processo criativo, raciocínio intuitivo ou associativo (Modelo de IIDA) onde se

levantaria parâmetros para o desenvolvimento final do alimentador que pudesse

ser utilizado tanto em processos de produção intensivo como no extensivo.

O piquete foi cercado por fios de arame liso e com um fio eletrificado para

proteção da cerca e dos animais. Foram inseridos no piquete por dez dias, seis

animais para o experimento (Figura 18).

O planejamento do procedimento para a utilização dos alimentadores foi

estabelecido inicialmente com a liberação das seis baias para a entrada dos

animais. Estes animais estavam marcados e só teriam acesso à ração na hora

que eles entrassem nas baias em busca do alimento, sendo assim, haveria um

alimentador por matriz instalada no piquete do experimento.

O acionamento era realizado por cabos que deslocavam uma chapa no

fundo do reservatório de ração. O reservatório era dividido em dois

compartimentos permitindo a liberação do alimento em até duas vezes, sendo o

volume total de ração de dois quilos diários, seguindo os procedimentos

estabelecidos no trato dos animais de seus proprietários (Figura 19).

Page 58: Aldie Trabachini Versao Revisada

57

Figura 18 – a) e b) Visão frontal dos piquetes construídos para o experimento, c) Visão traseira dos piquetes, d), e) e f) Detalhes construtivos

O uso do formato tradicional de baia de contenção (gaiola) foi devido ao

grande número de equipamento existentes nas granjas e pensado na

possibilidade de se criar uma alternativa de automação, utilizando estes

dispositivos, viabilizando a sua aceitação pelo produtor e o custo final do

equipamento.

Posteriormente o número de alimentadores foi sendo restringido, até só

restar uma baia disponível para a alimentação para seis matrizes. A utilização dos

alimentadores foi feita inicialmente com a liberação das seis baias para a entrada

de seis animais e posteriormente o número de alimentadores foi restringido, até

restar apenas uma baia disponível.

Page 59: Aldie Trabachini Versao Revisada

58

O acionamento para liberação da ração foi feto por cabos (fio de nylon nº

90) que deslocavam uma chapa no fundo do reservatório de ração, dividido em

dois compartimentos, permitindo a liberação do alimento duas vezes ao dia.

O período de observação foi de doze dias e em horário comercial de

funcionamento da granja.

Figura 19 - a) e b) Visão de diferentes ângulos do alimentador do experimento. c) Visão traseira do alimentador. d) Sistema acionado por cabos do fundo do compartimento

2.2.1.2 Etapa 2

Os principais materiais utilizados nessa etapa foram:

Uma gaiola de gestação;

Dois cochos de cimento;

Um cocho de aço;

Arame de aço liso para cerca.

Page 60: Aldie Trabachini Versao Revisada

59

A segunda etapa foi estruturada em um piquete com área de

aproximadamente 300 metros quadrados, com dois bebedouros, equipamento de

instrumentação para análise bioclimática e uma baia para simulação do sistema e

inserção de sistema de automação (Figuras 20 e 21).

23 m

12

m

15

m

Alim

en

tad

or

Ponto

de água

Ponto

de água

Área com

sombreamento

natural

Área com

sombreamento

natural

Área com

sombreamento

natural

Figura 20 - Layout do segundo experimento

Figura 21 - Montagem do segundo experimento: a) Montagem da cerca elétrica; b) Fixação da gaiola; c) Montagem de bebedouro; d) Instrumentação para análise bioclimática

Page 61: Aldie Trabachini Versao Revisada

60

Os aspectos observados na Etapa 1 foram levados em conta na

formulação da Etapa 2: localização do alimentado perante a área sombreada;

localização dos bebedouros e quantidade de baias para simulação do

alimentador.

O experimento foi realizado em um período de doze dias seguidos no

período das oito horas às dezoito horas, utilizando uma gaiola como base para o

desenvolvimento do alimentador.

Foi planejado que a alimentação dos animais seria fornecida por meio de

uma caneca acoplada em uma vara simulando a automação e posteriormente

seria introduzido um sistema com válvulas elétricas que seriam acionadas por

controle remoto para a liberação do alimento.

O alimento foi liberado em porções de aproximadamente 650 g, totalizando

dois quilos de ração ao dia, mantendo os manejos no processo de alimentação

usuais da granja onde foi feito o experimento.

Foram utilizados seis animais para o experimento e conforme a sua reação,

ao processo de alimentação, foram feitas alterações físicas na gaiola, buscando

um formato ideal.

Para a análise comportamental dos animais foram feitas observações

durante uma hora, em intervalos de quinze minutos, três vezes ao dia, durante

sete dias. O período total dessa análise foi de sete dias e em horário comercial de

funcionamento da granja.

2.2.1.3 Etapa 3

O protótipo digital ou digital mock-up, foi desenvolvido em programa de

modelagem de sólidos SOLIDWORKS 2013, da empresa Dassault Systèmes

Page 62: Aldie Trabachini Versao Revisada

61

SolidWorks Corp. Tendo como base o layout desenvolvido pelas observações

feitas em dois experimentos das etapas 1 e 2. As peças do alimentador foram

modeladas e posteriormente montadas gerando o protótipo digital (Figura 22).

Figura 22 - Protótipo digital ou digital mock-up do alimentador

Partindo do projeto preliminar (layout), foram estabelecidas determinações

definitivas para a disposição de elementos, para a forma, para o acabamento das

superfícies, para a especificação de materiais, para a documentação de

processos, de desenhos e de todos os detalhes que possam ajudar no seu

perfeito entendimento. A falta de qualquer detalhe que possa ser relevante tem

consequências diretas na confecção do equipamento, pois todas as atividades

tomam como base a documentação resultante do projeto detalhado.

Page 63: Aldie Trabachini Versao Revisada

62

O projeto detalhado, portanto, não se resume a apenas desenhos de peças

isoladas. É uma etapa que busca a compatibilização do projeto em estudo com os

recursos disponíveis para minimizar custos e facilitar trabalho (Figura 23).

Figura 23 - Vista explodida do alimentador com detalhamentos

2.2.1.4 Etapa 4

Os principais materiais utilizados foram:

Oito arruelas 6 mm, regular padronizado DIN 125.

Uma base da balança superior com Bypass.

Quatro parafusos sextavados M10 x 1.5 x 35 padronizado DIN 933.

Dose parafusos sextavados M6 x 1.0 x 20 padronizado DIN 933.

Uma base de apoio do redutor em aço SAE 1020.

Page 64: Aldie Trabachini Versao Revisada

63

Quatro porcas sextavadas M8 x 1.25 padronizado DIN 934.

Três parafusos sextavados, M8 x 1.25 x 16 padronizado DIN 933.

Três arruelas 8 mm, estreita padronizado DIN 125.

Um motor indução Weg (0,25 cv) com Redutor NBR 7094.

Quatro parafusos sextavados M8 x 1.25 x 25 padronizado DIN 933.

Um Acoplamento tipo garra E-67.

Uma tampa do tubo lado redutor aço SAE 1020.

Um cocho superior com Tampa da balança superior.

Quatro parafusos sextavados M6 x 1.0 x 35 DIN 933.

Doze porcas sextavadas M6 x 1 padronizado DIN 934.

Uma estrutura proteção lado direito com as porcas aço SAE 1020.

Um silo de armazenagem da ração aço SAE 1020.

Uma tampa do tubo Aço SAE 1020.

Dois Mancais com rolamento UCFL-205-K.

Quatro arruelas 10 mm, regular padronizado DIN 125.

Quatro porcas sextavadas M10 x 1.5mm padronizado DIN 934.

Uma chaveta 8x5-22 Aço SAE 1045 DIN 6885.

Uma rosca transportadora da ração aço SAE 1020/304.

Uma Base Principal aço SAE 1020.

Uma estrutura proteção lado esquerdo com as porcas aço SAE

1020.

Trinta arruelas simples 6 mm estreita padronizado DIN 125.

Vinte dois parafusos sextavados M6 x 1.0 x 10 padronizado DIN 933.

Dois cochos inferiores de aço inox 304.

Duas balanças inferiores.

A estrutura mecânica foi desenvolvida atendendo aos desenhos de produto

e as especificações técnicas.

Após a estrutura física pronta, foi desenvolvida a automação do sistema e a

realização de testes para analisar seu desempenho e aceitação do animal ao

sistema.

Page 65: Aldie Trabachini Versao Revisada

64

2.2.1.5 Etapa 5

Essa etapa consiste na automação do sistema de alimentação, bem como,

a validação das balanças, e os principais materiais utilizados foram:

Doze células de carga G20 Alfa Instrumentos.

Seis antenas RFD AP 20 Acura.

Quatro mód. ZiggBee Mod. XB24-Z7WIT04.

Seis placas de fonte KMT-016 Kumatec 5V/-5V/12V/3,3Volts.

Três placas de comunicação ZiggBee / RFID KMT-020ª Kumatec.

Três placas de controle de saída de potencia M KMT – 017

Kumatec.

Três placa de controle Principal KMT-018 Kumatec.

Três transformadores de entrada Kumatec De 110Vac/220Vac para

12Vac e 2 Vac.

Três Central de Comando e armazenamento de dados Wireless

KMT-013a e KMT-013b Kumatec.

Uma central de comando e armazenamento de dados Wireless

KMT-013a e KMT-013b Kumatec.

Um controlador lógico programável EATON com uma interface serial

RS232 para leitura de sinais provenientes de um leitor de RFID, com

I/O´s (módulos do CP) digitais e analógicas.

O sistema eletrônico foi construído para funcionar em conformidade com o

diagrama de bloco abaixo (Figura 24).

Page 66: Aldie Trabachini Versao Revisada

65

Início

Leitura RFID

Consulta

BD

Animal se

Alimentou ?

Liberação de

Alimento

Dados para

Rastreabilidade

Não Sim

Figura 24 - Lógica de funcionamento do sistema de alimentação

Os dados matemáticos coletados eletronicamente no processo de

automação alimentação (distribuição espacial, comportamento temporal do

processo de alimentação, consumo de alimento por animal por dia, média

semanal, sobra de ração por animal por dia, média semanal de sobra de ração

por anima) foram requisitos de projeto, permitindo a rastreabilidade do

comportamento do animal.

Foi utilizado motorredutor da marca Weg com potência de um quarto de

cavalo-vapor (cv) equivalente a 184 Watts (W), com redução de 1:30, sistema

RFID desenvolvido pela KUMATEC para tag 125 khz passivo, com leitura a uma

distancia máxima da 20 cm (antenas da empresa Acura), células de carga com

capacidade para 20 kg da marca Líder Balanças.

Outros componentes do projeto foram os sensores de medição de

temperatura e a rede de comunicação sem fio com padrão ZigBee com alcance

de 50 metros entre postos de rede.

Page 67: Aldie Trabachini Versao Revisada

66

O sistema de automação do alimentador irá gerar relatórios com os

seguintes dados: identificação da matriz, peso do alimento liberado

individualizado, peso da sobra de alimento individualizado, hora e dia do evento (o

número de vezes que a matriz acessa o comedouro com ou sem a disponibilidade

de alimento), temperatura, e quantidade de alimento ingerido pela matriz.

Para validação das balanças foi utilizado um peso padrão de mil gramas,

no qual o sistema foi tarado e ajustado buscando a maior precisão do sistema.

Após a calibração, liberou-se a ração com o sistema ajustado em mil gramas, a

qual foi coletada no cocho com o uso de um pincel e cujo peso foi estimado por

uma balança com precisão de uma grama (Figura 25).

Desta forma foi possível alimentar várias vezes o animal com pequenas

porções de ração, evitando o stress pela fome, gerado por um ou dois tratos

diários, que é o padrão de manejo feito atualmente nas granjas comerciais.

Figura 25 - Validação de balanças

Foram feitas 50 medições e a partir disso foi calculado o valor médio pela

equação (1):

Page 68: Aldie Trabachini Versao Revisada

67

Onde: = valor médio;

= somatória das medidas

= numero de medições

Em seguida foi calculado o desvio padrão pela equação (2):

Onde: = desvio padrão

O cálculo do erro da média foi feito pela equação (3):

Onde: ε = erro da média

Sendo o desvio padrão da série, maior ou igual a precisão do instrumento

cujo resultado é expresso pela equação (4):

A bancada de teste foi desenvolvida com a fixação das células de carga na

bancada, a ligação de dois motores de pequeno porte para visualização dos

acionamentos e os módulos M1 e M2 com as suas respectivas antenas, sensores

de presença (Figura 26).

(2)

(3)

(4)

(1)

Page 69: Aldie Trabachini Versao Revisada

68

Figura 26 - Bancada de testes para o primeiro sistema de automação

O procedimento do teste de bancada foi primeiramente cadastrar trinta

tags, e cada uma foi programada para acionar o sistema duas vezes ao dia com

um intervalo de tempo entre o acionamento do mesmo tag de cinco minutos

(simulando o acesso dos animais ao comedouro). Ao acionar o sistema seria

colocado sobre a célula de carga um peso padrão de 1000 g (simulando a

dosagem da ração feita após o acionamento do motor principal) e verificando a

coletas dos dados no módulo M1.

Os tag seriam aproximadas das antenas de RFID, sendo um acionamento

na antena do lado direito e outra tag do lado esquerdo (simulando a entrada diária

de trinta animais do lado direito e trinta animais do lado esquerdo) de forma

sequencial.

Após os 30 primeiros tag acionarem o sistema (15 de cada lado), e

respeitando o tempo de restrição entre um acionamento e outro de cinco minutos,

seria repetida a ação de acionamento mais trinta vezes.

A cada dez acionamento seria colocado um peso padrão de quinhentos

gramas na balança do cocho de forma alternada (lado direito e lado esquerdo)

simulando a sobra de ração no cocho para que a ração a ser liberada fosse

subtraída no próximo acionamento.

No final deste ciclo diário de testes o sistema seria ligado e desligado

rapidamente simulando uma queda de tensão elétrica e verificando o seu

reacionamento, e o sistema ficaria ligado até o dia seguinte.

Page 70: Aldie Trabachini Versao Revisada

69

Com a experiência desenvolvida na elaboração do primeiro sistema, foi

feito um novo projeto utilizando componentes comerciais homologados para

automação industrial. Procedimentos de Homologação são elaborados em

obediência as normas, às leis, portarias e regimentos vigentes (MANUAL DE

PROCEDIMENTOS DE HOMOLOGAÇÃO, 2008)

O novo projeto para automatizar o alimentador automático já construído

utilizou um controlador lógico programável (CL) do fabricante EATON com uma

interface serial RS232 para leitura de sinais provenientes de um leitor de RFID,

com I/O´s (módulos do CP) digitais e analógicas para comandar os motores do

alimentador. As entradas analógicas farão a leitura de três células de carga do

dispositivo de pesagem da ração. As saídas analógicas controlarão a velocidade

das roscas dosadoras da ração.

O programa de supervisão utilizado é o mesmo do primeiro experimento,

porém foi aperfeiçoado para comunicação com CL por porta serial DB9 para

interface serial RS232 e foi desenvolvido em Delphi 7 (Figura 27, 28 e 29).

Figura 27 - Imagem do sistema supervisório de controle de alimentação dos animais

Page 71: Aldie Trabachini Versao Revisada

70

Figura 28 - Imagens do compilador Delphi 7

Figura 29 - Tela de cadastro sistema supervisório para controle alimentação dos animais

A função do sistema supervisório e de enviar e receber informações do CL,

as quais são analisadas e transformadas em ações no processo de alimentação.

O supervisório armazena todos os dados do processo de alimentação em um

banco de dados possibilitando a geração de relatórios para a rastreabilidade do

processo de forma individualizada, tais como: Hora em que os animais se

alimentaram; Comportamento temporal do processo de alimentação, Consumo de

alimento por animal por dia, Média semanal, Sobra de ração por animal por dia,

Média semanal de sobra de ração por animal.

Page 72: Aldie Trabachini Versao Revisada

71

Estas informações podem posteriormente ser relacionadas com índices

zootécnicos para ações gerenciais.

2.3 Resultados e Discussão

2.3.1 Etapa 1

O desenvolvimento do primeiro experimento foi feito em doze dias

consecutivos, com o acompanhamento dos animais no período das sete horas até

às dezessete horas. Várias ocorrências foram observadas neste experimento tais

como:

Os animais que já vinham de um sistema de produção confinado

ficaram dentro das baias e demoraram a explorar o piquete;

Os animais não usaram o sombreamento distante do alimentador,

usando a cobertura do alimentador que tinha a função de proteção

da ração, como área sombreada;

Os animais foram se alimentar apenas uma vez ao dia no mesmo

horário que estavam condicionados a serem tratados;

Com a restrição das baias para alimentação, o animal dominante

monopolizou a baia onde a comida era disponibilizada gerando

brigas entre os animais do experimento (Figura 30).

Visto o observado mostra que os animais de produção têm necessidades

comportamentais específicas e são capazes de alterar seu comportamento para

se adaptarem ao ambiente em que vivem (BROOM, 1991; BROOM & MOLENTO,

2004).

O início do desenvolvimento de um produto passa por um cuidadoso

processo de análise de conceitos e viabilidade. Incluindo a elaboração de um

projeto preliminar como apoio ao desenvolvimento (SLACK, 1997).

Page 73: Aldie Trabachini Versao Revisada

72

Figura 30 - a) Visão do alimentador com cobertura. b) Animais utilizando o sombreamento da cobertura do conjunto de baias dos alimentadores c) e d) Animais explorando o piquete. e) Portão de acesso ao piquete f) Conflito entre os animais para acesso a alimentação com a restrição do número de baias

Com estas observações o projeto de automação de sistema de

alimentação animal individualizada com tecnologia RFID, passou por mudanças

técnicas e de conceito para atender às necessidades da aplicação em campo, tais

como:

Retirada do telhado para evitar agrupamento dos animais;

Page 74: Aldie Trabachini Versao Revisada

73

Mudança na disposição dos alimentadores que estavam paralelos

uns aos outros;

O uso do formato de baia teria que ser alterado para que não

houvesse conflito entre os animais para acesso a alimentação;

A robustez do equipamento teria de ser maior que o inicialmente

pensado, devido a grande força dos animais; e

A automação teria de possibilitar vários tratos ao dia, com a

pesagem da ração, para que o animal saísse do condicionamento de

um trato diário usado na maioria das granjas comerciais.

O designer deve compreender a relação entre estes diversos usuários e

antecipá-las no caso do desenvolvimento de novos produtos. (MEDINA, 2001).

Os resultados observados no primeiro experimento foram de valor,

permitindo a elaboração de alguns parâmentos para o projeto do alimentador

automatizado. Entretanto muitas dúvidas não foram respondidas e a necessidade

de outro experimento era fundamental para o desenvolvimento do layout final.

2.3.2 Etapa 2

O segundo experimento em campo para avaliação do sistema de

alimentação foi realizado em uma granja comercial de produção de suínos,

localizada no estado de São Paulo, na cidade de Elias Fausto, para análise do

formato definitivo do alimentador. Foi analisada a possível necessidade de o

sistema ter um controle de acesso ao alimentador, tais como portões e gaiolas

visando a entrada individual dos animais, permitindo a correta dosagem do

alimento e coletar dados para rastreabilidade. Todos os índices de ambiência e de

bem-estar físico dos animais foram medidos para o sistema de criação de suínos

ao ar livre durante a simulação do sistema de alimentação automática.

Page 75: Aldie Trabachini Versao Revisada

74

Foram usados seis animais para o experimento. No piquete houve grande

consumo de pasto, porém até no terceiro dia do período de observação, não foi

constatado o acesso dos animais ao comedouro e bebedouro.

Várias hipóteses foram levantadas e trabalhadas uma a uma para solução

deste impasse.

A primeira hipótese analisada foi a que o animal estaria com receio da

gaiola, que estava inicialmente com seu portão, pois havia a ideia de por meio de

cabos fechar o portão enquanto o animal se alimentasse, protegendo-o dos

demais que quizessem se alimentar no mesmo momento. Foi então retirado o

portão, e no quarto dia dois aniamais entraram na gaiola onde estava fixado um

cocho de metal.

Vários manejos foram realizados a fim de conseguir uma resposta dos

animais ao experimento, onde se verificou um grande medo da cerca elétrica,

sendo que tudo que estava ao redor e nas suas proximidades foi retirado. No

cocho adotado inicialmente não cabia a cabeça do animal, um novo bebedouro foi

colocado ao lado da gaiola (Figura 31).

Figura 31 - a) Retirada da cerca elétrica próxima ao bebedouro; b) Fixação do cocho; c) Animais pastando; d) Cocho inapropriado

Page 76: Aldie Trabachini Versao Revisada

75

Estes problemas observados mostraram como é complexa a

introdução de um sistema de automação, pois há aspectos que só podem

ser verificados na prática e o animal se comporta com individualidade e tem

reações inesperadas.

Várias alterações feitas apresentaram melhora na busca de alimento,

porém foi preciso realizar uma série de manejos para adaptar os animais a

ideia proposta de automação. O alimento foi sendo colocado aos poucos de

forma que os animais entrassem na gaiola. A gaiola foi divida em duas

partes iguais permitindo o uso de dois cochos de alimentação (Figura 32).

Figura 32 - Manejo para adaptação dos animais ao sistema

Por fim houve uma inteiração entre os animais e a proposta do

experimento onde se definiu o layout final para o alimentador. Sendo assim

Page 77: Aldie Trabachini Versao Revisada

76

foi montado um sistema de automação acionado por controle remoto para

teste (Figuras 33 e 34).

Figura 33 - Adaptação dos animais ao sistema e montagem do sistema de automação

Figura 34 - Detalhes segundo protótipo

Entretanto novos aspectos surgiram durante o experimento, após uma

tempestade um raio queimou o equipamento desenvolvido para a

automação, e a qualidade da energia elétrica era muito ruim, com grandes

oscilações de corrente e cortes frequentes, dificultando ainda mais o

processo de automação proposto.

Page 78: Aldie Trabachini Versao Revisada

77

Em termos da análise bioclimática do experimento, sabe-se que

valores médios acima da temperatura considerada ótima para matrizes é de

23°C (NOBLET et al , 1989), tanto na sombra quanto no sol, porém é

considerado crítico temperatura acima de 28°C (MOUNT e STEPHENS

1970, BRUCE e CLARK 1979, CURTIS et al 1983, SILVA et al 2008)

Os valores medidos durante o experimento podem ser observados

pela Tabela 1:

Tabela 1 - Análise bioclimática, valores médios diários das variáveis ambientais no piquete em área de sombra e de sol

Tbs (°C) UR (%) Tgn (°C) h (kJ/kg)

Sombra 25,33 83 27,6 71,33

Sol 27 81 34,9 76,83

Houve uma diferença entre as temperaturas médias de globo negro,

mostrando uma radiação muito mais intensa na área de sol, a umidade

relativa ligeiramente alta e grande quantidade de energia no ar,

principalmente na área de sol conforme mostra as Figuras 35, 36 e 37.

Figura 35 - Variação da temperatura média diária nas áreas de sol e de sombra

Page 79: Aldie Trabachini Versao Revisada

78

Figura 36 - Variação da temperatura média horária nas áreas de sol e de sombra

Figura 37 - Variação média horária da temperatura de globo negro nas áreas de sol e de sombra

Apesar dos parâmetros indicarem uma situação de conforto

inadequada aos animais, não foram observados sinais de stress térmico. Os

seguintes aspectos contribuíram para isto:

Área totalmente aberta, permitindo uma boa ventilação;

Grande disponibilidade de sombra natural;

Baixa densidade de animais na área;

Page 80: Aldie Trabachini Versao Revisada

79

Disponibilidade de lama e água para animais se refrescarem; e

Boa quantidade de vegetação na área.

Em termos da análise comportamental dos animais no experimento,

foi feita uma observação de seis animais durante uma hora, em intervalos de

quinze minutos, três vezes ao dia, durante sete dias, totalizando seiscentos

e trinta observações (Tabela 2).

Notou-se que os animais permaneceram inativos por cerca de

metade do tempo (50,9%). Nas demais atividades, aquela que se mostrou

mais frequente foi o ato de fuçar (9%), um dos comportamentos naturais que

o animal é impossibilitado de realizar em regime de confinamento, bem

como as atividades de caminhar (5,5%) e pastejar (3,4%).

Tabela 2 - Análise comportamental dos animais no experimento

Atividade Frequência

Inativo 321 (50,9%) Inativo alerta 111 (17,6%) Fuçar 57 (9%) Cheirar 10 (1,5%) Pastejar 22 (3,4%) Esperar para comer 15 (2,3%) Comer 47 (7,4%) Beber 7 (1,1%) Caminhar 35 (5,5%)

Interação social Frequência

Lamber 1 (0,15%)

Cheirar 4 (0,60%)

Estereotipia Frequência

Movimentar a Língua 0 (0%) Abrir e fechar a boca 1 (0,15%) Esticar pescoço 0 (0%) Morder grade 2 (0,30%)

Interação agressiva Frequência

Perseguir 1 (0,15%) Ameaçar 1 (0,15%) Brigar 2 (0,30%) Morder 2 (0,30%)

Page 81: Aldie Trabachini Versao Revisada

80

Os animais procuravam o cocho para comer cerca de três a quatro

vezes por dia (7,4%) e bebiam água (1,1%) principalmente nas horas mais

quentes e após comer ração.

Os comportamentos estereotipados quase não foram observados,

totalizando somente 0,45% dos comportamentos totais, indicando um baixo

nível de stress e monotonia no ambiente. Em trabalho realizado semelhante

(PANDORFI et al, 2005) em gaiolas e baias coletivas e observou um total de

23,97% de comportamentos estereotipados.

As interações sociais foram pouco evidentes (0,75%), devido a grande

área disponível, permitindo maior exercício de exploração do ambiente e

outras atividades.

As interações agressivas também não foram significativas (0,90%),

ocorrendo somente nos primeiros dias, até o estabelecimento de uma

hierarquia, e eventualmente nas horas de alimentar-se.

Posturas associadas aos comportamentos, sendo que predominou a

postura de deitar lateralmente. Os animais permaneciam inativos e deitados

nas horas mais quentes do dia (Tabela 3).

Tabela 3 - Posturas associadas aos comportamentos

Postura Frequência

Deitar lateral 371 (58,8%) Deitar ventral 44 (6,98%) Em pé 198 (31,42%) Sentar 14 (2,22%) Ajoelhar 3 (0,45%)

Foi observado um grande bem-estar dos animais, não gerando

disputas por alimentação, decorrente da proposta do alimentador que

permitira acesso ao alimento quando o animal tem fome e não apenas

quando ele é tratado pelo criador, desta forma não foi observada a

Page 82: Aldie Trabachini Versao Revisada

81

necessidade de colocar portões para controle de acesso e para o resguardo

do animal que está se alimentando.

Apesar dos parâmetros bioclimáticos se apresentarem inadequados,

aparentemente o sistema respeita o bem-estar animal:

Não houve sinais de stress ou comportamentos anormais e

possibilitou a expressão do comportamento natural;

Houve grande degradação da pastagem (sistema rotacionado para

recuperação);

Os animais buscaram em média o alimento quatro vezes no período

de observação, mostrando que uma distribuição maior do número de

vezes que o animal é alimentado ao dia se faz como um requesito

mostrado pelo comportamento do animal; e

Os problemas observados realmente mostraram como é complexa a

introdução de um sistema de automação, pois há aspectos que só

podem ser verificados na prática e o animal se comporta com

individualidade.

Portanto, pôde-se concluir que não é necessário o uso de uma gaiola

para a alimentação automática, apenas baias individuais com proteção

lateral com dois cochos, pois os animais aceitaram melhor e se alimentam

sem grandes disputas.

O sistema respeitou o bem-estar animal, não havendo sinais de stress

ou comportamentos anormais e possibilitou a expressão do comportamento

natural. Os animais demoraram a adaptar-se ao novo ambiente e o uso de

manejos para a adaptação devem ser analisados no processo.

Cuidados como aterramento do sistema elétrico e sistema de para-

raios são imprescindíveis para aplicação de um sistema automatizado no

campo. A adoção de gerador de emergência suprindo as quedas de tensão

otimizaria o bom funcionamento do sistema de alimentação automatizado.

Page 83: Aldie Trabachini Versao Revisada

82

No desenvolvimento dos dois experimentos, foram levantadas várias

informações observando a ação dos animais e com estas observações

(parâmetros do projeto do produto) se definiu o formato final do alimentado

automático.

As informações levantadas foram utilizadas como parâmetro do

projeto, permitido identificar necessidades do animal, definir especificações

do produto, avaliar modelos simplificados para configurações, sendo uma

nova etapa a construção e teste do modelo final e verificação dos

parâmetros operacionais e de desempenho do sistema de alimentação

animal individualizada com tecnologia RFID.

O layout definitivo do alimentador foi definido (Figura 38).

Figura 38 - Layout final do alimentador

Page 84: Aldie Trabachini Versao Revisada

83

2.3.3 Etapas 3 e 4

A estrutura mecânica foi desenvolvida atendendo aos desenhos de produto

e as especificações técnicas.

Um dos principais desafios foram os sistemas de silo e de pesagem com

direcionamento da ração. O silo tradicional em formato de cone com sistema de

rosca na vertical não apresentou bom desempenho gerando pontos de

compactação da ração e não permitindo a liberação correta do alimento. Para a

solução deste impasse foi analisado o uso de um vibrador, porém a melhor

solução foi a alteração do formato do silo, sendo adotado o formato de cunha com

um sistema de rosca posicionado na horizontal com capacidade de 0,4 metros

cúbicos que permite uma autonomia de três a cinco dias de funcionamento

(Figuras 39 e 40).

Figura 39 - Sistema de rosca transportadora na horizontal

Page 85: Aldie Trabachini Versao Revisada

84

Figura 40 - Silo em formato de cunha

A estrutura do dosador foi apoiada em células de carga e possui um

motor de passo para a distribuição da ração para o lado em que o animal foi

detectado pelo sistema RFID (Figura 41).

Figura 41 - Montagem das células de carga

Page 86: Aldie Trabachini Versao Revisada

85

Outro item de especial atenção foi o formato do cocho e sua correta

posição para o acesso do animal. Constatou-se que em alguns cochos o suíno

não consegue posicionar sua cabeça e desta forma não se alimenta. O

material utilizado para sua confecção foi aço inox para maior sanidade do

processo de alimentação e durabilidade (Figura 42).

Figura 42 - Vias de distribuição de ração e montagem dos cochos

Os cochos possuem suportes de fixação e regulagem, pois são

colocados sobre células de carga para caso haja sobra de alimento e na

entrada de um novo animal, uma nova dosagem de ração foi pesada

compensando o peso da ração depositada como sobra no cocho (Figura 43).

Figura 43 - Suportes de fixação e regulagem

Page 87: Aldie Trabachini Versao Revisada

86

Desta forma a estrutura mecânica foi analisada, configurada e

construída visando atender a todos os possíveis problemas de sua aplicação

no campo e com um padrão de construção mecânica industrial (Figuras 44A e

44B).

(A) (B)

Figura 44 - Estrutura mecânica do sistema de alimentação

2.3.4 Etapa 5

O primeiro sistema de automação desenvolvido foi feito com placas

microprocessadas divididas em dois módulos, sendo o primeiro módulo (M1),

responsável pelo controle do sistema, onde as tags eram cadastradas,

relacionando com cada etiqueta (tag) a massa de alimento a ser disponibilizada

diariamente ao animal, em quantas vezes sua liberação seria dividida e o tempo

de espaçamento entre uma liberação de alimento e outra, estabelecendo assim o

controle individualizado para cada animal com seu tag correspondente.

Page 88: Aldie Trabachini Versao Revisada

87

O primeiro módulo mediante uma rede sem fio protocolo ZiggBee (Mod.

XB24-Z7WIT04) trocou estas informações como o segundo módulo (M2) que

tinha a função de receber o sinal de acionamento do processo de alimentação

pela leitura de uma tag por uma antena de RFID instalada no interior do cocho

(distância de leitura da tag máxima de 20 cm). Após a leitura, o segundo módulo

enviou por rede sem fio protocolo ZiggBee esta informação ao primeiro módulo

para verificar se a etiqueta (tag) possuía cadastro e posteriormente, retransmitir a

autorização para a liberação de comida e a sua quantidade.

O segundo módulo recebeu estas informações, e sendo elas favoráveis a

liberação do alimento, acionou o motor principal, que ao girar uma rosca sem fim

colocada dentro do silo, transportou a ração até a balança principal que mediu o

valor estipulado de alimento estabelecido no primeiro módulo. Atingindo o valor

mássico estipulado, o motor principal desativou e o alimento pesado foi

direcionado para o lado em que foi feita a leitura da tag pela antena de RFID

(equipamento possui duas entradas uma a direita e outra a esquerda), por um

segundo motor instalado na balança principal, voltando na posição inicial para

uma nova pesagem (Figura 45).

Durante o processo de alimentação houve possibilidade do animal deixar

sobras de ração no cocho, permitindo o acesso indevido ao alimento a outro

animal. Para que isto não ocorresse, foi instaladas células de carga na base dos

dois cochos, que forneciam ao segundo módulo a leitura da massa de alimento

deixado e este módulo retransmitia esta informação ao primeiro módulo que

descontava o valor deixado de ração do valor a ser liberado ao próximo animal a

acessar o sistema.

Page 89: Aldie Trabachini Versao Revisada

88

Figura 45 - A direita o primeiro módulo (M1) e a esquerda o segundo módulo (M2)

O sistema eletrônico do primeiro módulo tinha um cartão de memória SD

para armazenar a programação de liberação de comida e o tempo de restrição

entre uma liberação e outra, esta programação foi individualizada pelo número da

tag de RFID que é diferente para cada animal e alojado no seu brinco de

identificação. Estas informações foram inseridas no sistema mediante a digitação

feita no próprio módulo (placa IHM da Central de controle). O primeiro módulo

possui os seguintes componentes:

Placa IHM da Central de controle, responsável pela interface entre o

usuário do sistema e o primeiro módulo (M1) (Figura 46).

Figura 46 - Placa IHM do primeiro

Page 90: Aldie Trabachini Versao Revisada

89

Placa principal da central (M1), onde foi acoplado IHM, o módulo de

rede ZiggBee, cartão de memória SD com o programa de sistema e

microprocessador e um pen-drive onde são gravados as

informações para a rastreabilidade do processo (Figura 47).

Figura 47 - Placa principal da central

O segundo módulo do sistema de automação foi composto pelos

componentes:

Placa principal do cocho (M2), que possuía os componentes das

balanças do sistema, acoplados via cabo nas células de carga,

microprocessador e o modulo RFID acoplado as antenas via cabo

(Figura 48).

Page 91: Aldie Trabachini Versao Revisada

90

Figura 48 - Placa principal do cocho

Módulo de comunicação em rede ZiggBee do cocho (Figura 49).

Figura 49 - Módulo de comunicação do cocho

Outros componentes são: uma placa de comando no motor instalado

na balança e uma placa de fonte de alimentação.

Page 92: Aldie Trabachini Versao Revisada

91

Alguns componentes, tais como as placas dos módulos do sistema foram

adquiridas em redundância, visando a possibilidade de implantar modificações no

decorrer dos testes e garantir o uso do sistema caso algum deles seja danificado.

O sistema de automação para alimentação individualizada foi montado em sua

configuração final utilizando primeiro sistema de automação desenvolvido (Figura

50).

Figura 50 - Sistema de automação concluído

Esquemas elétricos do sistema de automação estão no Anexo A e os

códigos fonte do programa dos microcontroladores estão no Anexo B.

O sistema de pesagem conseguiu atingir uma variação média de 28 g com

tolerância de 1 g para mais ou para menos, que permitiu a aplicação dos

conceitos de zootecnia de precisão no processo de alimentação dos animais. A

faixa de utilização na prática em granja de alto padrão é de 500 a 2500 gramas

com uma variação de mais ou menos 50 gramas. O sistema desenvolvido pode

trabalhar em uma faixa de 0 a 5000 gramas com variação de 28 g com tolerância

de 1 g para mais ou para menos, com a programação no tempo de restrição

Page 93: Aldie Trabachini Versao Revisada

92

alimentar (tempo de liberação de uma dose de ração e outra) dentro de uma faixa

de 0 a 86400 segundos (24 horas).

Seguido a metodologia estatística forram encontrados os seguintes

resultados:

Para a balança principal:

= 1000,29 gramas

= 2,05 gramas

ε = 0,29

O valor médio das medições da balança principal dado pela equação

(4) é: 1000,29±1 gramas.

Sendo assim, ao liberar mil gramas de ração o sistema na verdade estará

fornecendo ao animal mil e vinte nove gramas com tolerância de mais ou menos

uma grama.

Para a balança do cocho direito:

= 1000,23 gramas

= 1,62 gramas

ε = 0,23

O valor médio das medições da lança do cocho direito, dado pela equação

(4) é: 1000,23±1 gramas

. Para a balança do cocho esquerdo:

= 1000,32 gramas

= 2,26 gramas

ε = 0,32

Page 94: Aldie Trabachini Versao Revisada

93

O valor médio das medições da lança do cocho esquerdo dado pela

equação (4) é: 1000,32±1 gramas

Pela Tabela 4 pode-se observar a ocorrência de falhas no teste de

bancada do primeiro sistema de automação

Tabela 4 – Falhas no teste de bancada do primeiro sistema de automação

Dias corridos (total de 30)

Falha

3 Travamento do sistema na troca de dados entre os módulos M1 e M2 4 Travamento do sistema na troca de dados entre os módulos M1 e M2 6 Travamento do sistema na troca de dados entre os módulos M1 e M2 9 Perda de dados para rastreabilidade 16 Perda de dados para rastreabilidade 18 Perda de dados para rastreabilidade

Em termos do travamento do sistema na troca de dados, aplicou-se o

diagrama de Ishikawa e analisando todos os fatores que possam ter gerado a

falha do equipamento pelo uso do método MASP, apontou-se todas as principais

possíveis causas que podem ter ocasionado o travamento do sistema na troca de

dados entre os módulos M1 e M2 (Figura 51):

travamento do sistema

na troca de

dados entre os

módulos M1 e M2

Mão de Obra Meio Ambiente Materiais

Máquina Medição Métodos

Manuseio

inadequado

Material da Placa

deformou-se

Erro de projeto da placa do M1

Erro de projeto do M2

Erro na escolha

de componentes

Erro no

programa do M1

Erro no

programa do M2

Erro na

configuração da rede

Ventilador

interferindo

no sensor

de presença

Oscilações

de tensão

Quebra de trilhas

soldadas da placa

Quebra de trilhas

soldadas da placa

Falha de sinal

dos sensores

Atrasos

do processo Mal funcionamento

dos Sensores

Figura 51 - Diagrama de Ishikawa - Travamento do sistema na troca de dados entre os módulos M1 e M2

Page 95: Aldie Trabachini Versao Revisada

94

Analise do diagrama de Ishikawa - Travamento do sistema na troca de dados

entre os módulos M1 e M2:

MÃO DE OBRA: não apresentou manuseio inadequado;

MEIO AMBIENTE: houve interferência do ventilador de teto que fazia com que

os sensores de presença ficassem acionados

Ação de correção: isolamento dos sensores de presença.

Resultado: eliminou a falha.

MATERIAIS: placa feita com material de baixa qualidade e ao se deformar

quebrava trilhas soldadas.

Ação de correção: mudança no material das outras placas e reforço na solda das

trilhas.

RESULTADO: eliminou a falha.

MÁQUINA: a princípio não houve erros de projeto..

MEDIÇÕES: não houve oscilações registradas durante a ocorrência dos

defeitos, porem foi necessária a troca dos sensores de presença, que tinham

um tempo de resposta muito lento gerando uma atraso no processo conhecido

como tempo morto.

Todo processo possui características que determinam atraso na

transferência de energia o que consequentemente dificulta a ação de controle,

visto que elas são inerentes aos processos. Tempo Morto é o intervalo de tempo

entre o instante em que o sistema sofre uma variação qualquer e o instante em

que esta começa a ser detectada pelo elemento sensor.

Ação de correção: Troca de marca do sensor.

Resultado: eliminou a falha.

MÉTODOS: constavam erros de configuração e programação.

Page 96: Aldie Trabachini Versao Revisada

95

Ação de correção: correções no programa e ajustes de configuração.

Resultado: eliminou a falha.

Com isso sanou-se a falha de travamento do sistema na troca de dados

entre os módulos M1 e M2 no experimento em bancada do primeiro sistema de

automação.

Em relação à perda de dados para rastreabilidade, aplicou-se o diagrama

de Ishikawa e analisando todos os fatores que possam ter gerado a falha do

equipamento pelo uso do método MASP, apontou-se todas as principais possíveis

causas que podem ter ocasionado o travamento do sistema na troca de dados entre

os módulos M1 e M2 (Figura 52):

Perda de dados

para rastreabilidade

Mão de Obra Meio Ambiente Materiais

Máquina Medição Métodos

Manuseio

inadequado

Material da Placa

deformou-se

Erro de projeto da placa do M1

Erro na escolha

de componentes

Erro no

programa do M1Oscilações

de tensão

Quebra de trilhas

soldadas da placa

Figura 52 - Diagrama de Ishikawa - Perda de dados para rastreabilidade

Analise do diagrama de Ishikawa - Perda de dados para rastreabilidade:

MÃO DE OBRA: não apresentou manuseio inadequado;

MEIO AMBIENTE: não apresentou interferência.

MATERIAIS: placa feita com material de baixa qualidade e ao se deformar quebrava

trilhas soldadas.

Page 97: Aldie Trabachini Versao Revisada

96

Ação de correção: mudança no material das outras placas e reforço na solda das

trilhas.

Resultado: eliminou a falha.

MÁQUINA: houve erro na escolha de componentes

Ação de correção: Substituição do pen drive, no qual eram salvos os dados de

rastreabilidade gerados pelo sistema.

Resultado: eliminou a falha.

MEDIÇÕES: não houve oscilações registradas durante a ocorrência dos defeitos.

Métodos: contavam erros de programação.

Ação de correção: correções no programa.

RESULTADO: eliminou a falha.

Com isso, sanou-se a falha de perda de dados para rastreabilidade no

experimento em bancada do primeiro sistema de automação.

Decorrente das falhas e do tempo gasto para a sua solução o número de

ciclos feito no teste foram de 300, seguindo o protocolo estabelecido.

O teste em campo foi realizado em uma granja comercial de produção de

suínos, localizada no estado de São Paulo na cidade de Elias Fausto para

levantamento dos dados para a rastreabilidade do processo produtivo e analisar o

funcionamento do primeiro sistema de automação.

O primeiro sistema de automação foi montado no conjunto mecânico, foi

feita a instalação elétrica e de aterramento, os módulo M1 e M2 foram ligados em

um no-break garantindo seu funcionamento em quedas de tensão.

Os testes iniciais tiveram como metodologia o mesmo protocolo de

atividade do teste de bancada e posteriormente foram introduzidos animais para

verificar a aceitação dos mesmos ao alimentador.

Porém no início do teste de campo houve muitos problemas não permitindo

correto seguimento do protocolo. Os principais problemas foram:

Erro na pesagem da ração

Page 98: Aldie Trabachini Versao Revisada

97

Queima de componentes eletrônicos;

Falha na troca de dados entre os módulos e travamento do sistema;

Em relação ao erro na pesagem da ração, aplicando-se o diagrama de

Ishikawa e analisando todos os fatores que possam ter gerado as falhas do

equipamento através do uso do método MASP. Aplicando o diagrama de Ishikawa

para o erro na pesagem da ração (Figura 53).

Erro na pesagem

da ração

Mão de Obra Meio Ambiente Materiais

Máquina Medição Métodos

Defeito nas

células de carga

Erro na escolha

de componentesErro no

programa do M2

Falha de sinal

células de carga

Atrasos

do processo

Figura 53 - Diagrama de Ishikawa – Erro de pesagem.

MEDIÇÕES: o motor principal mesmo montado em um redutor transferia a ração de

forma muito rápida para a balança e o tempo de resposta do sistema de pesagem não

acompanhava esta velocidade de transferência.

Ação de correção: Introdução de um inversor de frequência para controlar a rotação do

motor e para-lo no instante exato em que o valor estipulado de ração seja atingido.

RESULTADO: eliminou a falha.

Em relação à queima de componentes eletrônicos, aplicando-se o

diagrama de Ishikawa para queima de componentes eletrônicos (Figura 54).

Page 99: Aldie Trabachini Versao Revisada

98

Queima de

componentes

eletrônicos

Mão de Obra Meio Ambiente Materiais

Máquina Medição Métodos

Baixa qualidade

dos componentes

Erro de projeto Erro no

programa do M1

Ação de gases

e umidade

Oscilações

de tensão

Vibração

Desqualificação

técnica e

incompetência

Figura 54 - Diagrama de Ishikawa – Queima de componentes

O problema foi encontrado nos itens abaixo:

MÁQUINA (erro de projeto), MÃO DE OBRA (desinteresse e desqualificação técnica

dos desenvolvedores do sistema), MATERIAIS (baixa qualidade) (Figura 55).

Ação de correção: novo projeto eliminando o módulo M1 do sistema e criando uma

interface que usando o sistema de rede ZiggBee transmitiria os dados gerados no

módulo M2 e estes dados seriam trabalhados por um computador onde um programa

supervisório faria a função do módulo M1 (Figuras 56).

RESULTADO: eliminou a falha.

Figura 55 - Componentes queimados e falta de qualidade na confecção

Page 100: Aldie Trabachini Versao Revisada

99

Figura 56 - Equipamento desenvolvido que faz a interface entre o modulo M2 e o programa supervisório

Em termos da aplicação do diagrama de Ishikawa para a falha na troca de

dados e travamento do sistema (Figura 57).

Travamento do sistema

E perda na troca de

dados entre os

módulos.

Mão de Obra Meio Ambiente Materiais

Máquina Medição Métodos

Manuseio

inadequado

Material da Placa

deformou-se

Erro de projeto do M2

Erro na escolha

de componentesErro na

configuração da rede

Mampo

magnetico

Quebra de trilhas

soldadas da placa

Quebra de trilhas

soldadas da placa

Falha de sinal

dos sensores

Atrasos

do processo

Mal funcionamento

dos Sensores

Figura 57 - Diagrama de Ishikawa – Falha na troca de dados e travamento do sistema

O problema foi encontrado nos itens abaixo:

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100

MÁQUINA: mal funcionamento dos sensores devido aranhas ficarem se

movimentando no seu raio de ação travando o sistema,

MEDIÇÃO: Harmônica gerada pelo inversor de frequência interferia no sinal das

antenas do sistema RFID e , módulo de rede ZiggBee para intalação em malha não

adequado ao sistema.

MÉTODO: erros de configuração na rede gerando um tempo muito grande entre o

envio do dado e o seu retorno, gerando travamento do sistema.

Ação de correção: blindagem do sistema e de todos os cabos, aterramento da

blindagem, limpeza e dedetização do equipamento.

RESULTADO: a falha persiste.

Sendo assim o primeiro sistema de automação não possibilitou o termino

da maquina e foi descartado o seu uso em campo.

Outros fatores contribuíram para que o primeiro sistema de automação

fosse desconsiderado inadequado para o projeto. Um destes fatores foi o

abandono pela empresa desenvolvedora do sistema, que se recusou a dar

assistência em campo, mostrando que a escolha de um desenvolvedor deve

passar por critérios qualificadores mais aprimorados e uma acessória jurídica para

que se possa através de contrato evitar tal atitude.

Outro fator inusitado foi a presença constante de insetos que como já

relatado interferiam no sensor de presença e em determinado momento houve a

queima de uma fonte de alimentação decorrente da entrada em seu interior de

uma aranha conforme Figura 58.

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101

Figura 58 - Aranha dentro de equipamento eletrônico

O computador utilizado no experimento com a finalidade de comandar o

sistema de alimentação pelo programa de supervisão do equipamento e de

registrar os experimentos em vídeo, queimou duas vezes durante os trabalhos

sendo necessária a troca da sua placa mãe.

O sistema em alguns dias de funcionamento na presença de oito animais

em baia coletiva fechada de aproximadamente quarenta e cinco metros

quadrados de área, visando intensificar a busca de alimento pelos animais e

testar o sistema de alimentação, mostrou uma perfeita aceitação do animal ao

sistema. Em menos de uma hora os oito animais acessaram o alimentador, e a

ração foi liberada na dosagem correta conforme Figuras 59, 60 e 61.

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102

Figura 59 - Animais testando o alimentador

Figura 60 - Animais testando o alimentador e ao fundo animais em busca de alimento em baia convencional

Figura 61 - Aceite do animal ao sistema do alimentador

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103

No segundo sistema de automação foi utilizado um CL (controlador lógico

programável), que é digital e imune a ruídos e interferências eletromagnéticas,

permite varias configurações para montagem de redes, onde vários equipamentos

por meio de um protocolo de comunicação e rede Ethernet se comunicariam.

Uma rede permite a troca de informações (envio e recebimento) entre

alimentadores. As redes Ethernet utilizam o protocolo CSMA (Carrier Sense

Multiple Access) para coordenar o acesso ao meio de transmissão. O

endereçamento é feito com base numa sequência de 6 bytes (48 bits)

habitualmente conhecida por endereço físico, endereço MAC ou endereço

ethernet. O formato de trama Ethernet usa um cabeçalho de 14 bytes: 6 bytes

para o endereço de origem; 6 bytes para o endereço de destino e mais dois bytes

contendo o número de total de bytes de dados transmitidos. A inicial CSMA

refere-se a um protocolo que permite a partilha do meio de transmissão

baseando-se na detecção da existência de uma transmissão em curso (Carrier

Sense). Quando um nó pretende emitir dados, verifica se o meio de transmissão

está livre, se for esse o caso procede à emissão.

Por esse protocolo de rede, apenas um CL usado no sistema de

alimentação interagindo com o supervisório, pode comandar outros cento e vinte

e oito alimentadores. Desta forma viabilizando o sistema em uso em grande

escala (Figura 62).

O procedimento para validação seguiu a o mesmo protocolo de ciclos de

acionamentos do primeiro sistema. Visando garantir que o sistema não tenha

falhas na aplicação no campo, foi montada uma bancada de testes utilizando

todos os componentes do sistema (balanças de motores), visando a simulação

sistema (Figura 63).

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104

Figura 62 – CL montado no Painel do segundo sistema de automação

Figura 63 – Segundo sistema de automação em bancada de teste

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105

A validação das balanças foi feita seguindo a metodologia do primeiro

sistema, Foram realizadas cinquenta medições, destas medições foi calculado o

valor médio das medições, o desvio padrão e o erro da média.

Seguindo a metodologia estatística forram encontrados os seguintes

resultados:

Para a balança principal:

= 1000,06 gramas

= 0,42 gramas

ε = 0,06

O valor médio das medições da bança principal é: 1000,06±1

gramas.

Sendo assim, ao liberar 1000 gramas de ração, o sistema na verdade

estará fornecendo ao animal 1006 gramas com tolerância de mais ou menos um

grama.

Para a balança do cocho direito:

= 1000,04 gramas

= 0,28 gramas

ε = 0,04

O valor médio das medições da lança cocho direito é: 1000,04±1

gramas

. Para a balança do cocho esquerdo:

= 1000,08 gramas

= 0,56 gramas

ε = 0,08

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106

O valor médio das medições da lança do cocho esquerdo é:

1000,08±1 gramas

Estes valores de boa precisão devem-se ao ajuste da balança feito pelo

programa do CL, que permitiu um ajuste fino ao sistema. As células de carga são

ligadas a conversores de sinal analógico/analógico de 0 a 10 volts, e estes estão

conectados ao CL (Figura 64).

Figura 64 - Ajuste da balança é feito pelo programa do CL

Para se estabelecer a confiabilidade do sistema foi feito um ciclo de 1200

acionamentos do sistema, simulando a alimentação de trinta animais com acesso

a comida (duas vezes diárias) em uma distribuição temporal de vinte dias (480

horas), onde não foram constatados falhas. Sendo assim, chegou-se a um

sistema ideal para o alimentador automático.

O desenvolvimento do sistema de alimentação automático com RFID, terá

seu prosseguimento com a introdução de animais verificando análise

comportamental o e resultados do processo de gestação.

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107

3 CONCLUSÕES

Pelos resultados obtidos pôde-se concluir que:

O desenvolvimento do sistema automatizado de alimentação

individualizada para suínos atendeu a individualidade do animal permitindo

a rastreabilidade do processo;

A automação do sistema de alimentação pelo layout desenvolvido foi

validada tendo grande aceitação pelo animal, que durante o período de

observação não evidenciou sinais de stress; e

O processo de desenvolvimento do sistema de alimentação proposto com

a sua estrutura mecânica e a automação do sistema mostraram ser um

processo desafiador apresentando muitas variáveis a serem descobertas e

analisadas.

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108

Page 110: Aldie Trabachini Versao Revisada

109

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114

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ANEXOS

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ANEXO A: Esquemas dos módulos de controle do primeiro sistema de automação

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ANEXO B: Programa do cocho dos primeiro sistema de automação

#include <C:\Users\Admin\Projetos\AltoPIg\cocho\cocho.h>

#include <C:\Users\Admin\Projetos\AltoPIg\cocho\lcd4.c>

#include <string.h>

#include <math.h>

#define chave input(pin_a4) //chave para selecionar o motor de programação

#define bot1 input(pin_e0) //bot1 para comessar o modo de calibração

#define bot2 input(pin_e1)

#define sen1 input(pin_c0) //sensor de presensa da baia1

#define sen2 input(pin_c1) //sensro de presensa da baia2

#define motorrosca pin_b0 //motor da rosca

#define clockmotor pin_b1 //clock para motor de passo usando o L297 e L298

#define motorDir pin_b2 //pino de direção do motor de passo

#define fim_curso_dir input(pin_b3) //fim de curso para motor de passo para direita tipo na

#define fim_curso_esq input(pin_b4) //fim de curso para motor de passo para esquerda tipo na

#define fim_curso_mid input(pin_b5) //fim de curso para motor de passo do meio tipo na

int enderecomestre[]={0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00};

int set1=1,set2=1;

signed long cont1,cont2;

signed long baia1quanti; //quantidade em analagica de quanta cumida tem na baia

signed long baia2quanti; //quantidade deixada pelo porco

signed long taracilo1; //quantidade de tara da rosca

signed long taracilo2;

signed long quantirosca; //quantidade que a rosca tem que atingir

signed long tarabaia1; //quantidade de tara da baia1

long tarabaia2; //quantidade de tara da baia2

int reset=0;

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122

#use fixed_io(d_outputs=PIN_d7, PIN_d6,pin_d5,pin_d4,pin_d2,pin_d1)

#use fixed_io(b_outputs=PIN_b0, PIN_b1,pin_b2)

//set_tris_d(0b00001001);

long calibre1,calibre2,calibre,calibre3,calibre4;

long adc_to_g(int ad) //conversao de ad 5volts para peso em gramas

{

long kg,cont,adcmed=0;

int32 val=0;

float volts;

set_adc_channel(ad);

delay_ms(1);

for(cont=0;cont<1000;cont++)

{

adcmed=read_adc();

val+=adcmed;

delay_us(10);

}

//volts=val/10;

kg=((float)val*20000)/1023000;

//kg=volts*(20000/4.94);

return(kg);

}

#int_TIMER1

void TIMER1_isr(void)

{

cont1++;

cont2++;

Page 124: Aldie Trabachini Versao Revisada

123

if(sen1)

cont1=0;

if(sen2)

cont2=0;

if(cont1>=48)

{

set1=1;

cont1=0;

limpa_lcd();

baia1quanti=adc_to_g(2)-calibre3;

//baia1quanti-=tarabaia1;

}

if(cont2>=48)

{

limpa_lcd();

cont2=0;

set2=1;

baia2quanti=adc_to_g(3)-calibre4;

//baia2quanti-=tarabaia2;

}

}

int calcula_cheqsum(int *str,int start,int stop) //str aponta para string start e partir de qual bit vai começa e stop qual bit vai parar

{

int cheqsum=0,indice;

for(indice=start;indice<=stop;indice++)

{

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124

cheqsum+=str[indice];

}

cheqsum=0xff-cheqsum;

return(cheqsum);

}

char timed_getc_zigbee()

{

long timeout;

timeout=0;

while(!kbhit()&&(++timeout<50000)) // 1/2 second

delay_us(10);

if(kbhit())

return(fgetc());

else {

return(0xff);

}

}

char timed_getc_zigbee2()

{

int32 timeout;

timeout=0;

while(!kbhit()&&(++timeout<5000)) // 1/2 second

delay_us(10);

if(kbhit())

return(getc());

else {

return(0xff);

}

}

Page 126: Aldie Trabachini Versao Revisada

125

char timed_getc_rfid1()

{

int32 timeout;

timeout=0;

while(!kbhit(rfid1)&&(++timeout<5000)) // 1/2 second

delay_us(10);

if(kbhit(rfid1))

return(fgetc(rfid1));

else {

return(0xff);

}

}

char timed_getc_rfid2()

{

int32 timeout;

timeout=0;

while(!kbhit(rfid2)&&(++timeout<5000)) // 1/2 second

delay_us(10);

if(kbhit(rfid2))

return(fgetc(rfid2));

else

{

return(0xff);

}

}

float get_temp()

{

Page 127: Aldie Trabachini Versao Revisada

126

long temperatura;

float temp,res,logn,volts;

long adc;

set_adc_channel(4);

delay_us(10);

adc=read_adc();

volts=(float)adc*5/1023;

res=((10000*5)/volts)-10000;

//RT = RT0 x e^{b [(1/T) - (1/T0)]

logn=log(res/10000);

//temp=(300831/((74,5*logn)+1009,5))-273;

//temp (1/((logn/B)+0.003354016))-273.15

temp=(1/((logn/3977)+0.003354016))-273.15; //isolando a temperatura

temperatura=volts;

return(temp);

}

void pede_autorizacao()

{

int ind;

int x;

int pinga[]={0x7e,0x00,0x10,0x10,0x00,0x00,0x13,0xA2,0X00,0X40,0x66,0X10,0X17,0X00,0X00,0X00,0X00,0X52,0x51,0XCA,0xff}; //matriz para pingar o pingue consiste em enviar dois bytes RD

int enderecocentral[]={0x00,0x0e,0x90,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x01,0x4f,0x4b}; //matriz para comparação que diz se ta ok caso receba

int endecompara[16];

for(ind=3;ind<=12;ind++)

{

enderecocentral[ind]=enderecomestre[ind-3];

}

for(ind=5;ind<=14;ind++)

Page 128: Aldie Trabachini Versao Revisada

127

{

pinga[ind]=enderecomestre[ind-5];

}

x=0x4c;

for(ind=5;ind<=14;ind++)

{

x-=pinga[ind];

}

pinga[19]=x;//seta o cheqsum

limpa_lcd();

//7E 00 10 10 00 00 13 A2 00 40 66 10 17 00 00 00 00 52 51 CA

do

{

for(ind=0;ind<=19;ind++)

{

putc(pinga[ind]);

}

ind=timed_getc_zigbee();

if(ind==0x7e)

{

x=1;

for(ind=0;ind<16;ind++) //ao chegar no 16 o zigbee não é para enviar nada então ele retorna 0xff

{

endecompara[ind]=timed_getc_zigbee();

if(enderecocentral[ind]!=endecompara[ind])

{

ind=17;

x=0;

}

}

Page 129: Aldie Trabachini Versao Revisada

128

}

else

x=0;

}while(x==0);

}

void busca_end_mestre()

{

char nomestr[]={0x08,0x01,'D','N',' ','C','E','N','T','R','A','L',0xFF}; //nome do link onde deseja se conectar terminando com 0xff

int startbit=0,x,len=4,cheqsum=0,cheqsumverifi;

start: //caso nao consiga descobrir o endereço tenta até conseguir

for(x=0;x<=10;x++)

enderecomestre[x]=0;

delay_ms(500);

cheqsumverifi=0;

x=0;

len=0;

cheqsum=0xFF;

do

{

len++;

cheqsum-=nomestr[x]; //define o cheqsum

x++;

}while(nomestr[x]!=0xff);

putc(0x7E); //comessa a enviar os dados para o zigbee

putc(0x00);

putc(len);

//putc(0x08);

//putc(0x01);

Page 130: Aldie Trabachini Versao Revisada

129

//putc('D');

//putc('N');

x=0;

do

{

putc(nomestr[x]); //envia o nome do zigbee a ser enviado

x++;

}while(nomestr[x]!=0xff);

putc(cheqsum); //envia o cheqsum

// delay_ms(2000);

startbit=timed_getc_zigbee2();//timed_getc_zigbee2(); //verifica o start bit para comessar recever se nao tenta denovo

if(startbit==0x7e)

{

x=timed_getc_zigbee2();//1

x=timed_getc_zigbee2();//2

x=timed_getc_zigbee2();//3

x=timed_getc_zigbee2();//4

x=timed_getc_zigbee2();//5

x=timed_getc_zigbee2();//6

x=timed_getc_zigbee2();//7

enderecomestre[8]=timed_getc_zigbee2(); //recebe a primeira parte do endereço my

enderecomestre[9]=timed_getc_zigbee2(); //recebe a segunda parte do endereço my

for(x=0;x<8;x++)

{

enderecomestre[x]=timed_getc_zigbee2();//recebe a parte do endereço na parte extendida

}

enderecomestre[10]=0xff; //ultima parte do endereço mestre apenas para controle não e utilizado

cheqsumverifi=timed_getc_zigbee2();

cheqsum=0x88+0x01+0x44+0x4e;

Page 131: Aldie Trabachini Versao Revisada

130

for(x=0;x<10;x++)

{

cheqsum+=enderecomestre[x];

}

cheqsum=0xff-cheqsum;

if(cheqsum!=cheqsumverifi)

{

reset++;

if(reset>5)

reset_cpu();

// byte_lcd(0,0x80);

// printf(w_lcd,"zigbee problema");

// delay_ms(1500);

// reset_cpu();

goto start;

}

}

else

{

reset++;

if(reset>5)

reset_cpu();

// byte_lcd(0,0x80);

// printf(w_lcd,"zigbee problema");

// delay_ms(1500);

// reset_cpu();

goto start;

}

Page 132: Aldie Trabachini Versao Revisada

131

}

void envia_temp_tag(int temp,char *string[10])

{

//7E 00 1A 10 00 00 13 A2 00 40 66 10 17 00 00 00 00 XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX

int ind,cheqsum;

int envia[]={0x7E,0x00,0x1A,0x10,0x00,0x00,0x13,0xA2,0x00,0x40,0x66,0x10,0x17,0x00,0x00,0x00,0x00,0xff,0xff,0xff,0xff,0xff,0xff,0xff,0xff,0xff,0xff,0xff,0xff,0xff};

for(ind=5;ind<=14;ind++)

{

envia[ind]=enderecomestre[ind-5]; //substitui o endereço para o endereço registrado

}

for(ind=0;ind<10;ind++)

{

envia[ind+17]=string[ind]; //tag a ser enviada

}

envia[27]=0x00; //envia a temperatura em duas partes

envia[28]=temp; //segunda parte do endereço da temperatura

envia[29]=0xff;

cheqsum=0;

for(ind=3;ind<=28;ind++)

{

cheqsum+=envia[ind];

}

envia[29]-=cheqsum; //calcula o cheqsum

for(ind=0;ind<=29;ind++)

{

putc(envia[ind]); //envia o dado tendo ele endereço mais o tag mais o cheqsum

}

Page 133: Aldie Trabachini Versao Revisada

132

}

void gets_RFID1(char *ptr[100])

{

int i=0;

do

{

i=0;

ptr[i]=fgetc(rfid1);

while(ptr[i]!=0x7e)

{

i++;

ptr[i]=fgetc(rfid1);

}

}while(i<=8);

}

void gets_RFID2(char *ptr[100])

{

int i=0;

do

{

i=0;

ptr[i]=fgetc(rfid2);

while(ptr[i]!=0x7e)

{

i++;

ptr[i]=fgetc(rfid2);

Page 134: Aldie Trabachini Versao Revisada

133

}

}while(i<=8);

}

long gets_kg_ok(long &peso,int &bit_autoriza)

{

int x,string[19],cheqsum,i;

do

{

string[0]=getc();

}

while(string[0]!=0x7e);

for(x=1;x<=18;x++)

{

string[x]=getc();

}

bit_autoriza=string[15];

peso=string[16]<<8;

peso=peso|string[17];

cheqsum=calcula_cheqsum(string,3,17);

// return(bit_autoriza);

}

long pesa_cocho(int nCOCHO)

{

long peso;

return(peso);

Page 135: Aldie Trabachini Versao Revisada

134

}

void parte_potencia(int baia,long peso)

{

float volts;

long p1,p2,p3,p4,p5,p6;

if(baia==1)

quantirosca=((adc_to_g(0)-calibre1)+(adc_to_g(1)-calibre2))+baia1quanti;

if(baia==2)

quantirosca=((adc_to_g(0)-calibre1)+(adc_to_g(1)-calibre2))+baia2quanti;

//se

//se der problema ativar essa linha

//quantirosca=((adc_to_g(0)-taracilo1)+(adc_to_g(1)-taracilo2));

//quantirosca=adc_to_g(0)-(adc_to_g(2)+adc_to_g(3)); /////pode dar problemas **************8///// nesta linha se der problema desativar essa linha

output_high(motorrosca);

while(quantirosca<peso)

{

//quantirosca=((adc_to_g(0)-taracilo1)+(adc_to_g(1)-taracilo2));

if(baia==1)

quantirosca=((adc_to_g(0)-calibre1)+(adc_to_g(1)-calibre2))+baia1quanti;

if(baia==2)

quantirosca=((adc_to_g(0)-calibre1)+(adc_to_g(1)-calibre2))+baia2quanti;

// volts=(float)read_adc()*4.94/1023;

byte_lcd(0,0xc0);

printf(w_lcd,"%ld ,%ld ",quantirosca,peso);

}

Page 136: Aldie Trabachini Versao Revisada

135

output_low(motorrosca);

if(baia==1)

output_high(motordir);

else if(baia==2)

output_low(motordir);

while(fim_curso_esq && fim_curso_dir)

{

delay_ms(25);

output_high(clockmotor);

delay_ms(25);

output_low(clockmotor);

}

delay_ms(200);

if(baia==1)

output_low(motordir);

else if(baia==2)

output_high(motordir);

while(fim_curso_mid)

{

delay_ms(10);

output_high(clockmotor);

delay_ms(10);

output_low(clockmotor);

}

}

void main()

{

char idat1[11]={0x01,0x02,0x03,0x04,0x05,0x06,0x07,0x08,0x09,0x0a};

char idat2[11];

Page 137: Aldie Trabachini Versao Revisada

136

char idat1comp[11]; //strig para comparação

char idat2comp[11]; //strig para comparação

char a,b; //inteiros para verificar se recebem

int autorizaali; //inteiro que diz se pode alimetar

int temperatura,ps1;

long pesoenviado,adc,adc1,adc2,adc3,adc4;

float pesotest,temp;

set_tris_a(0b00111111);

set_tris_b(0b11111000);

set_tris_c(0b10010011);

set_tris_d(0b00000101);

set_tris_e(0b00000111);

setup_timer_1(T1_INTERNAL|T1_DIV_BY_8); //52.4 ms overflow

SETUP_ADC(ADC_CLOCK_DIV_64);

SETUP_ADC_PORTS(AN0_TO_AN4_ANALOG );

calibre1=read_eeprom(0x10);//le a parte mais significativa do dado

calibre1=calibre1<<8;//

calibre1=calibre1|read_eeprom(0x11);//le a parte menos significativa do dado

calibre2=read_eeprom(0x12);//le a parte mais significativa do dado

calibre2=calibre2<<8;//

calibre2=calibre2|read_eeprom(0x13);//le a parte menos significativa do dado

calibre3=read_eeprom(0x14);//le a parte mais significativa do dado

calibre3=calibre3<<8;//

calibre3=calibre3|read_eeprom(0x15);//le a parte menos significativa do dado

calibre4=read_eeprom(0x16);//le a parte mais significativa do dado

Page 138: Aldie Trabachini Versao Revisada

137

calibre4=calibre4<<8;//

calibre4=calibre4|read_eeprom(0x17);//le a parte menos significativa do dado

output_b(0x00);

ini_lcd();

limpa_lcd();

byte_lcd(0,0x80);

printf(w_lcd,"PROCURANDO");

calcula_cheqsum(idat1,0,5);

baia1quanti=adc_to_g(2);

baia2quanti=adc_to_g(3);

busca_end_mestre();

limpa_lcd();

byte_lcd(0,0x80);

printf(w_lcd,"KUMATECH");

byte_lcd(0,0xc0);

printf(w_lcd,"Tel 15-81168268");

delay_ms(3000);

limpa_lcd();

byte_lcd(0,0x80);

printf(w_lcd,"pronto");

delay_ms(1000);

limpa_lcd();

enable_interrupts(INT_TIMER1);

enable_interrupts(GLOBAL);

temp=get_temp();

while(true)

Page 139: Aldie Trabachini Versao Revisada

138

{

byte_lcd(0,0x80);

printf(w_lcd,"scanning");

while(!chave)

{

printf(w_lcd,"Monitorando");

fputc('~',rfid1);

fputc('~',rfid2);

a=fgetc(rfid1);

b=fgetc(rfid2);

limpa_lcd();

printf(w_lcd,"valor %c,%c",a,b);

delay_ms(200);

}

while(chave)

{

if(bot1)

{

byte_lcd(0,0x80);

printf(w_lcd,"calibracao");

delay_ms(500);

// byte_lcd(1,0b11100000);

byte_lcd(0,0xc0);

printf(w_lcd,"cilo");

delay_ms(2000);

limpa_lcd();

Page 140: Aldie Trabachini Versao Revisada

139

while(bot1)

{

adc=adc_to_g(0);

adc1=adc_to_g(1);

adc2=adc_to_g(2);

adc3=adc_to_g(3);

byte_lcd(0,0x80);

printf(w_lcd,"%04lu %04lu ",adc,adc1);

byte_lcd(0,0xc0);

printf(w_lcd,"%04lu %04lu ",adc2,adc3);

if(bot2==0)

{

calibre1=adc;

calibre2=adc1;

calibre3=adc2;

calibre4=adc3;

ps1=calibre1>>8;

write_eeprom(0x10,ps1);

ps1=calibre1;

write_eeprom(0x11,ps1);

ps1=calibre2>>8;

write_eeprom(0x12,ps1);

ps1=calibre2;

write_eeprom(0x13,ps1);

ps1=calibre3>>8;

write_eeprom(0x14,ps1);

ps1=calibre3;

Page 141: Aldie Trabachini Versao Revisada

140

write_eeprom(0x15,ps1);

ps1=calibre4>>8;

write_eeprom(0x16,ps1);

ps1=calibre4;

write_eeprom(0x17,ps1);

limpa_lcd();

byte_lcd(0,0x80);

printf(w_lcd,"peso tara");

delay_ms(1000);

byte_lcd(0,0x80);

printf(w_lcd,"%04lu %04lu ",adc,adc1);

byte_lcd(0,0xc0);

printf(w_lcd,"%04lu %04lu ",adc2,adc3);

delay_ms(1000);

}

}

limpa_lcd();

}

delay_ms(500);

}

}

}

Page 142: Aldie Trabachini Versao Revisada

141

Programa do receptor:

#include <18F4685.h>

#include <C:\Users\Admin\Desktop\Nova pasta\codigo\cocho\lcd4.c>

#include <string.h>

#include <stdlib.h>

#include <math.h>

//#device *=16

#FUSES NOWDT //No Watch Dog Timer

#FUSES WDT128 //Watch Dog Timer uses 1:128 Postscale

//#FUSES INTRC_IO //Internal RC Osc, no CLKOUT

#FUSES HS

#FUSES NOFCMEN //Fail-safe clock monitor disabled

#FUSES NOIESO //Internal External Switch Over mode disabled

#FUSES NOPUT //No Power Up Timer

#FUSES NOBROWNOUT //No brownout reset

//#FUSES BORV21 //Brownout reset at 2.1V

#FUSES NOPBADEN //PORTB pins are configured as digital I/O on RESET

#FUSES NOLPT1OSC //Timer1 configured for higher power operation

#FUSES NOMCLR //Master Clear pin used for I/O

#FUSES NOSTVREN //Stack full/underflow will not cause reset

#FUSES NOLVP //No low voltage prgming, B3(PIC16) or B5(PIC18) used for I/O

#FUSES BBSIZ1K //1K words Boot Block size

#FUSES NOXINST //Extended set extension and Indexed Addressing mode disabled (Legacy mode)

#FUSES NODEBUG //No Debug mode for ICD

#FUSES NOPROTECT //Code not protected from reading

#FUSES NOCPB //No Boot Block code protection

#FUSES NOCPD //No EE protection

#FUSES NOWRT //Program memory not write protected

Page 143: Aldie Trabachini Versao Revisada

142

#FUSES NOWRTC //configuration not registers write protected

#FUSES NOWRTB //Boot block not write protected

#FUSES NOWRTD //Data EEPROM not write protected

#FUSES NOEBTR //Memory not protected from table reads

#FUSES NOEBTRB //Boot block not protected from table reads

#use delay(clock=20000000)

#use rs232(baud=9600,parity=N,uart1,bits=8,stream=ZIGBEE,errors)

#use rs232(baud=9600,parity=N,xmit=PIN_D2,rcv=PIN_D3,bits=8,stream=VDIP)

int hora,min,sec,dia,mes,ano,semana;

int cocho[10],tag[11];

char timed_getc_zigbee()

{

int32 timeout;

timeout=0;

while(!kbhit()&&(++timeout<200000)) // 1/2 second

delay_us(10);

if(kbhit())

return(getc());

else {

return(0xff);

}

}

int calcula_cheqsum(int *str,int start,int stop) //str aponta para string start e partir de qual bit vai começa e stop qual bit vai parar

{

int cheqsum=0,indice;

for(indice=start;indice<=stop;indice++)

{

Page 144: Aldie Trabachini Versao Revisada

143

cheqsum+=str[indice];

}

cheqsum=0xff-cheqsum;

return(cheqsum);

}

recebe_ping()

{

// 7E 00 0E 90 XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX 01 52 51 XX

int string[5],i;

string[0]=timed_getc_zigbee();

// byte_lcd(0,0x80);

if(string[0]==0x7e)

{

string[1]=timed_getc_zigbee();

string[2]=timed_getc_zigbee();

string[3]=timed_getc_zigbee();

if(string[1]==0x00 && string[2]==0x0e && string[3]==0x90)

{

for(i=0;i<10;i++)

{

cocho[i]=timed_getc_zigbee();

}

return(1);

}

}

else

return(0);

Page 145: Aldie Trabachini Versao Revisada

144

}

void send_ok()

{

// 7E 00 10 10 00 XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX 00 00 4F 4B XX

int i;

int string[]={0x7E,0x00,0x10,0x10,0x00,0x99,0x99,0x99,0x99,0x99,0x99,0x99,0x99,0x99,0x99,0x00,0x00,0x4F,0x4B,0x99};

for(i=0;i<8;i++)

{

string[i+5]=cocho[i];

}

string[19]=calcula_cheqsum(string,3,18);

for(i=0;i<=19;i++)

{

fputc(string[i],zigbee);

}

}

long recebe_tag_temp(char *endereco)

{

int temp,i;

// 7E 00 18 90 XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX 01 XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX

int stringtest[27];

test:

stringtest[0]=fgetc(zigbee);

if(stringtest[0]!=0x7e)

Page 146: Aldie Trabachini Versao Revisada

145

goto test;

stringtest[1]=fgetc(zigbee);

if(stringtest[1]!=0x00)

goto test;

stringtest[2]=fgetc(zigbee);

if(stringtest[2]!=0x18)

goto test;

stringtest[3]=fgetc(zigbee);

//if(stringtest[0]==0x7e && stringtest[1]==0x00 && stringtest[2]==0x18 && stringtest[3]==0x00)

// {

for(i=4;i<=27;i++)

{

stringtest[i]=fgetc(zigbee);

}

for(i=0;i<10;i++)

{

tag[i]=stringtest[i+15];

}

temp=stringtest[26];

// }

return(temp);

}

void send_peso(int sn,long peso)

{

//7E 00 11 10 00 XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX 00 00 XX XX XX XX

int i;

int string[]={0x7E,0x00,0x11,0x10,0x00,0x99,0x99,0x99,0x99,0x99,0x99,0x99,0x99,0x99,0x99,0x00,0x00,0x99,0x99,0x99,0x99};

for(i=0;i<10;i++)

{

Page 147: Aldie Trabachini Versao Revisada

146

string[i+5]=cocho[i];

}

string[17]=sn;

string[18]=peso>>8;

string[19]=peso;

string[20]=calcula_cheqsum(string,3,19);

for(i=0;i<=20;i++)

{

fputc(string[i],zigbee);

// send_peso(sn,peso);

}

}

main()

{

//char k,nome_arq[20],dado[100],latitude[20],longitude[20];

int i,sn;//por1,por2,gps,por23,byte1,byte2; //por1 e por2 são variaveis utilizadas para verificação, para visualizar se ja atingiu a quantidade

long temp,peso;//,indice,testehora,hora_alimentado,testhora,hora_permitida;

//int32 comand,endereco;

set_tris_a(0b00010000);

set_tris_b(0b11110000);

set_tris_c(0b10010000);

set_tris_d(0b10001010);

set_tris_e(0b00000010);

output_high(pin_d0);

delay_ms(3000);

Page 148: Aldie Trabachini Versao Revisada

147

while(true)

{

i=recebe_ping(); //passo 1

if(i==1)

{

send_ok(); //passo 2

temp=recebe_tag_temp(tag);

sn=1;

peso=1;

peso=peso>>8;

send_peso(sn,peso); //passo 3

}

}

ANEXO C: Programa supervisório do segundo sistema de automação

unit U_principal;

interface

uses

Windows, Messages, SysUtils, Variants, Classes, Graphics, Controls, Forms,

Dialogs, Menus, Grids, DBGrids, StdCtrls, ComCtrls, ExtCtrls, Mask,

DBCtrls, DB, CPort, CPortCtl, janArrowButton, pngimage, jpeg, Unit1,

VrControls, VrSystem, WinSkinData, SSBaseXP;

Page 149: Aldie Trabachini Versao Revisada

148

type

TFm_Principal = class(TForm)

MainMenu1: TMainMenu;

CadastrodeAnimais1: TMenuItem;

Cadastro1: TMenuItem;

Consulta1: TMenuItem;

Relatrio1: TMenuItem;

Sair1: TMenuItem;

StatusBar1: TStatusBar;

GroupBox1: TGroupBox;

Timer1: TTimer;

ComPort1: TComPort;

GroupBox2: TGroupBox;

DBGrid1: TDBGrid;

DBNavigator1: TDBNavigator;

ComPort2: TComPort;

ComPort3: TComPort;

Button2: TButton;

Sobre1: TMenuItem;

Usuaro1: TMenuItem;

Cadastro2: TMenuItem;

Slo1: TMenuItem;

Animais1: TMenuItem;

Animais2: TMenuItem;

Alimentao1: TMenuItem;

Animais3: TMenuItem;

Alimentao2: TMenuItem;

Exportar1: TMenuItem;

Sair2: TMenuItem;

Page 150: Aldie Trabachini Versao Revisada

149

GroupBox3: TGroupBox;

Button1: TButton;

Frem_Principal1: TFrem_Principal;

SkinData1: TSkinData;

procedure Cadastro1Click(Sender: TObject);

procedure Timer1Timer(Sender: TObject);

procedure Button1Click(Sender: TObject);

procedure ComPort1RxChar(Sender: TObject; Count: Integer);

procedure janArrowButton1Click(Sender: TObject);

procedure ComPort2RxChar(Sender: TObject; Count: Integer);

procedure ComPort3RxChar(Sender: TObject; Count: Integer);

procedure Sair2Click(Sender: TObject);

procedure Animais1Click(Sender: TObject);

private

{ Private declarations }

public

{ Public declarations }

end;

var

Fm_Principal: TFm_Principal;

RFID, RFID_Dir, RFID_Esq, serial, LADO : string;

silo : string[6];

ContRecb, CodSobraDir, CodSobraEsq :integer;

implementation

uses U_Cadastro, U_Banco;

{$R *.dfm}

Page 151: Aldie Trabachini Versao Revisada

150

procedure TFm_Principal.Cadastro1Click(Sender: TObject);

begin

Fm_CadastroAnimal.show;

end;

procedure TFm_Principal.Timer1Timer(Sender: TObject);

var

xnome, hora, peso: string;

cod, fim, xcod, hr, min, count, count1: integer;

begin

if (RFID <> '') then begin

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.Last;

cod:= DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORCOD_ALIMENTADOR.Value+1;

xnome:=RFID;

if (LADO = '1') then //Desabilita serial lado direito

Comport2.Connected:= false;

if (LADO = '2') then //Desabilita Serial lado esquerdo

Comport3.Connected:=false;

with Dm_Banco.IBQ_Animais do begin

close;

sql.clear;

sql.add ('select * from ANIMAIS where COD_RFID like :pNome');

sql.add ('order by COD_RFID');

parambyname('pnome').asstring := xnome;

prepare;

Page 152: Aldie Trabachini Versao Revisada

151

open;

end;

xcod:=DM_Banco.IBQ_AnimaisCOD_ANIMAL.Value;

if (Lado ='1') then

CodSobraDir:=xcod;

if (Lado ='2') then

CodSobraEsq:=xcod;

if DM_Banco.IBQ_AnimaisCOD_RFID.Value = RFID then begin

with Dm_Banco.IBQ_ALIMENTADOR do begin

close;

sql.clear;

sql.add ('select * from ALIMENTADOR where COD_ANIMAL like :pNome AND DATA like :pdata');

sql.add ('order by INDICE');

parambyname('pnome').AsInteger:= xcod;

parambyname('pdata').AsDate:=strtodate(FormatDateTime('dd/mm/yyyy',date));

prepare;

open;

end;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.Last;

count:=DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORINDICE.Value;

hora:=DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORHORA.Value;

if DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORCOD_ALIMENTADOR.Value >=1 then begin

hr:=strtoint(hora[1]+hora[2]);

hr:=strtoint(FormatDateTime('hh',now))-hr;

end

else

hr:=1;

RFID:='';

//showmessage('passo1'+' '+inttostr(hr));

if count < DM_Banco.IBQ_AnimaisPORCOES.Value then begin

Page 153: Aldie Trabachini Versao Revisada

152

// showmessage('passo2'+' '+inttostr(hr));

if hr >= 1 then begin

// showmessage('passo3'+' '+inttostr(hr));

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.Last;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.Append;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORCOD_ALIMENTADOR.Value:=cod;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORCOD_ANIMAL.Value:=xcod;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORINDICE.Value:=count+1;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORCOD_RFID.Value:=xnome;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORTEMPERATURA.Value:=31.1;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORHORA.Value:=FormatDateTime('hh:mm',now);

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORDATA.Value:=strtodate(FormatDateTime('dd/mm/yyyy',date));

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORAUTORIZAR.Value:='S';

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.ApplyUpdates;

DM_Banco.IBT_Banco.CommitRetaining;

peso:=floattostr((DM_Banco.IBQ_AnimaisPeso.Value/DM_Banco.IBQ_AnimaisPORCOES.Value)*1000);

// edit1.Text:=inttostr(strtoint(floattostr((DM_Banco.IBQ_AnimaisPeso.Value/DM_Banco.IBQ_AnimaisPORCOES.Value)*1000)));

Comport1.WriteStr(LADO+','+Peso+',0');

//Codigo enviado ao Painel

end

else begin

//Comport1.WriteStr('n');

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.Last;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.Append;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORCOD_ALIMENTADOR.Value:=cod;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORCOD_ANIMAL.Value:=xcod;

//DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORINDICE.Value:=count+1;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORCOD_RFID.Value:=xnome;

Page 154: Aldie Trabachini Versao Revisada

153

//DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORTEMPERATURA.Value:=31.1;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORHORA.Value:=FormatDateTime('hh:mm',now);

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORDATA.Value:=strtodate(FormatDateTime('dd/mm/yyyy',date));

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORAUTORIZAR. Value:='N';

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.ApplyUpdates;

DM_Banco.IBT_Banco.CommitRetaining;

// peso:=strtoint(floattostr((DM_Banco.IBQ_AnimaisPeso.Value/DM_Banco.IBQ_AnimaisPORCOES.Value)*1000));

// edit1.Text:='Não autorizado';

end;

end

else begin

//Comport1.WriteStr('n');

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.Last;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.Append;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORCOD_ALIMENTADOR.Value:=cod;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORCOD_ANIMAL.Value:=xcod;

//DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORINDICE.Value:=count+1;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORCOD_RFID.Value:=xnome;

//DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORTEMPERATURA.Value:=31.1;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORHORA.Value:=FormatDateTime('hh:mm',now);

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORDATA.Value:=strtodate(FormatDateTime('dd/mm/yyyy',date));

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORAUTORIZAR.Value:='N';

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.ApplyUpdates;

DM_Banco.IBT_Banco.CommitRetaining;

peso:=floattostr((DM_Banco.IBQ_AnimaisPeso.Value/DM_Banco.IBQ_AnimaisPORCOES.Value)*1000);

// edit1.Text:='Não autorizado';

if (Lado = '1') then

Comport1.WriteStr('1,'+peso+',0');

if (Lado = '2') then

Comport1.WriteStr('2,'+peso+',0')

Page 155: Aldie Trabachini Versao Revisada

154

end;

end

else begin

//Comport1.WriteStr('n');

RFID:='';

end;

with Dm_Banco.IBQ_ALIMENTADOR do begin

close;

sql.clear;

sql.add ('select * from ALIMENTADOR');

sql.add ('order by COD_ALIMENTADOR');

prepare;

open;

end;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.Last;

end;

end;

procedure TFm_Principal.Button1Click(Sender: TObject);

begin

if button1.Caption = 'Conectar' then begin

timer1.Enabled:=true;

// ComPort1.Connected:=true;

statusbar1.SimpleText:='Sistema Auto Pig Online';

button1.Caption:='Desconectar';

DBGrid1.Enabled:=true;

with Dm_Banco.IBQ_ALIMENTADOR do begin

Page 156: Aldie Trabachini Versao Revisada

155

close;

sql.clear;

sql.add ('select * from ALIMENTADOR');

sql.add ('order by COD_ALIMENTADOR');

prepare;

open;

end;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.Last;

end

else if button1.Caption = 'Desconectar' then begin

timer1.Enabled:=false;

// ComPort1.Connected:=false;

statusbar1.SimpleText:='Sistema Auto Pig Offline';

button1.Caption:='Conectar';

DBGrid1.Enabled:=false;

end;

end;

procedure TFm_Principal.ComPort1RxChar(Sender: TObject; Count: Integer);

var

Str: string;

CodSobra: Integer;

begin

ComPort1.ReadStr(Str, Count);

if (ContRecb <> 6) then begin

serial:=serial+Str;

ContRecb:=ContRecb+1;

Page 157: Aldie Trabachini Versao Revisada

156

end;

if (ContRecb = 6) then begin

silo:=serial;

serial:='';

//showmessage('Antena desbloqueada');

// Edit2.Text:=RFID;

ContRecb:=0;

if (silo[1] = '1') then begin

Comport2.Connected:= true;

showmessage('passo 2 antena 1');

silo:='';

CodSobra:=CodSobraDir;

CodSobraDir:=0;

end;

if (silo[1] = '2') then begin

// showmessage('passo 2 antena 2');

Comport3.Connected:= true;

silo:='';

CodSobra:=CodSobraEsq;

CodsobraEsq:=0;

end;

with Dm_Banco.IBQ_ALIMENTADOR do begin

close;

sql.clear;

sql.add ('select * from ALIMENTADOR where COD_ANIMAL like :pNome');

sql.add ('order by INDICE');

parambyname('pnome').AsInteger:= CodSobra;

Page 158: Aldie Trabachini Versao Revisada

157

prepare;

open;

end;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.Edit;

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADORSOBRA.Value:=(Silo[3]+Silo[4]+Silo[5]+Silo[6]);

DM_Banco.IBQ_ALIMENTADOR.ApplyUpdates;

DM_Banco.IBT_Banco.CommitRetaining;

end;

end;

procedure TFm_Principal.janArrowButton1Click(Sender: TObject);

begin

Fm_CadastroAnimal.show;

end;

procedure TFm_Principal.ComPort2RxChar(Sender: TObject; Count: Integer);

var

Str: string;

cont: integer;

begin

ComPort2.ReadStr(Str, Count);

if Str = '' then

RFID_Dir:='';

if (Str <> '') and (Str <> ' ') then

RFID_Dir:=RFID_Dir+Str;

if (Str = ' ') then begin

Page 159: Aldie Trabachini Versao Revisada

158

// Ed_rfid1.Text:=RFID_Dir;

// ComPort2.Connected:=false;

RFID:=RFID_Dir;

RFID_Dir:='';

LADO:='1';

end;

end;

procedure TFm_Principal.ComPort3RxChar(Sender: TObject; Count: Integer);

var

Str: string;

cont: integer;

begin

ComPort3.ReadStr(Str, Count);

if Str = '' then

RFID_Esq:='';

if (Str <> '') and (Str <> ' ') then

RFID_Esq:=RFID_Esq+Str;

if (Str = ' ') then begin

//Ed_rfid2.Text:=RFID_Esq;

RFID:=RFID_Esq;

RFID_Esq:='';

//Comport3.Connected:=false;

Lado:='2';

end;

end;

procedure TFm_Principal.Sair2Click(Sender: TObject);

begin

close;

Page 160: Aldie Trabachini Versao Revisada

159

end;

procedure TFm_Principal.Animais1Click(Sender: TObject);

begin

Fm_CadastroAnimal.Show;

end;

end.

Codigo fonte da tela de cadastro

unit U_Cadastro;

interface

uses

Windows, Messages, SysUtils, Variants, Classes, Graphics, Controls, Forms,

Dialogs, CPort, StdCtrls, Mask, DBCtrls, ExtCtrls, DB;

type

TFm_CadastroAnimal = class(TForm)

ComPort1: TComPort;

GB_Cadastro: TGroupBox;

Label1: TLabel;

DBEdit1: TDBEdit;

DBEdit2: TDBEdit;

Label2: TLabel;

DBEdit3: TDBEdit;

Label3: TLabel;

DBEdit4: TDBEdit;

Page 161: Aldie Trabachini Versao Revisada

160

Label4: TLabel;

DBEdit5: TDBEdit;

Label5: TLabel;

Panel1: TPanel;

DBNavigator1: TDBNavigator;

Btn_Novo: TButton;

Btn_Salvar: TButton;

Btn_Excluir: TButton;

Btn_Alterar: TButton;

Btn_Cancelar: TButton;

Btn_Sair: TButton;

procedure ComPort1RxChar(Sender: TObject; Count: Integer);

procedure Btn_NovoClick(Sender: TObject);

procedure Btn_SalvarClick(Sender: TObject);

procedure Btn_ExcluirClick(Sender: TObject);

procedure Btn_AlterarClick(Sender: TObject);

procedure Btn_CancelarClick(Sender: TObject);

procedure Btn_SairClick(Sender: TObject);

private

{ Private declarations }

public

{ Public declarations }

end;

var

Fm_CadastroAnimal: TFm_CadastroAnimal;

rfid: string;

implementation

Page 162: Aldie Trabachini Versao Revisada

161

uses U_Banco, U_principal;

{$R *.dfm}

procedure liga (bt1,bt2,bt3,bt4,bt5,bt6,bt7:boolean);

Begin

Fm_CadastroAnimal.GB_Cadastro.Enabled:=bt1;

Fm_CadastroAnimal.Btn_Novo.Enabled:=bt2;

Fm_CadastroAnimal.Btn_Salvar.Enabled:=bt3;

Fm_CadastroAnimal.Btn_Alterar.Enabled:=bt4;

Fm_CadastroAnimal.Btn_Cancelar.Enabled:=bt5;

Fm_CadastroAnimal.Btn_Excluir.Enabled:=bt6;

Fm_CadastroAnimal.Btn_Sair.Enabled:=bt7;

end;

procedure TFm_CadastroAnimal.ComPort1RxChar(Sender: TObject; Count: Integer);

var

Str: string;

cont: integer;

begin

ComPort1.ReadStr(Str, Count);

if Str = '' then

rfid:='';

if (Str <> '') and (Str <> ' ') then

rfid:=rfid+Str;

if (Str = ' ') then

DBEdit2.Text:=rfid;

end;

procedure TFm_CadastroAnimal.Btn_NovoClick(Sender: TObject);

begin

Page 163: Aldie Trabachini Versao Revisada

162

liga(true,false,true,false,true,false,true);

DBEdit3.setfocus;

Dm_Banco.IBQ_Animais.Append;

end;

procedure TFm_CadastroAnimal.Btn_SalvarClick(Sender: TObject);

var

xcod: integer;

begin

liga(false,true,false,true,false,true,true);

if Dm_Banco.IBQ_Animais.State in [dsinsert] then begin

xcod:=0;

DM_Banco.IBTa_Animais.open;

DM_Banco.IBTa_Animais.Last;

XCod:= DM_Banco.IBTa_AnimaisCOD_ANIMAL.Value +1;

DM_Banco.IBTa_Animais.close;

DM_Banco.IBQ_AnimaisCOD_ANIMAL.Value:=Xcod;

end;

DM_Banco.IBQ_Animais.ApplyUpdates;

DM_Banco.IBT_Banco.CommitRetaining;

end;

procedure TFm_CadastroAnimal.Btn_ExcluirClick(Sender: TObject);

begin

try

if messagedlg('Comfirmar Exclusão?',MtConfirmation,[mbyes,mbno],0)=mryes then

DM_Banco.IBQ_Animais.Delete;

except

showmessage('tem registros vinculados a este codigo');

end;

Page 164: Aldie Trabachini Versao Revisada

163

end;

procedure TFm_CadastroAnimal.Btn_AlterarClick(Sender: TObject);

begin

liga(true,false,true,false,true,false,false);

DBEdit3.SetFocus;

DM_Banco.IBQ_Animais.Edit;

end;

procedure TFm_CadastroAnimal.Btn_CancelarClick(Sender: TObject);

begin

liga(false,true,false,true,false,true,true);

DM_Banco.IBQ_Animais.CancelUpdates;

DM_Banco.IBT_Banco.RollbackRetaining;

end;

procedure TFm_CadastroAnimal.Btn_SairClick(Sender: TObject);

begin

close;

end;

end.

Codigo SQL banco de dados

/* Table: ANIMAIS, Owner: SYSDBA */

CREATE TABLE "ANIMAIS"

Page 165: Aldie Trabachini Versao Revisada

164

(

"COD_ANIMAL" INTEGER NOT NULL,

"COD_RFID" VARCHAR(20),

"ANIMAL" VARCHAR(40),

"PORCOES" INTEGER,

"PESO" DECIMAL(4, 4),

PRIMARY KEY ("COD_ANIMAL")

);

CREATE TABLE "ALIMENTADOR"

(

"COD_ALIMENTADOR" INTEGER NOT NULL,

"COD_ANIMAL" INTEGER,

"INDICE" INTEGER,

"COD_RFID" VARCHAR(20),

"TEMPERATURA" DECIMAL(2, 2),

"HORA" VARCHAR(6),

"DATA" DATE,

"SOBRA" VARCHAR(6),

"LATITUDE" VARCHAR(15),

"LONGITUDE" VARCHAR(15),

"AUTORIZAR" VARCHAR(2),

PRIMARY KEY ("COD_ALIMENTADOR")

);

ALTER TABLE "ALIMENTADOR" ADD FOREIGN KEY ("COD_ANIMAL") REFERENCES ANIMAIS ("COD_ANIMAL");

Page 166: Aldie Trabachini Versao Revisada

165

ANEXO D: Programa do CL segundo sistema de automação

Page 167: Aldie Trabachini Versao Revisada

166

Page 168: Aldie Trabachini Versao Revisada

167

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Page 172: Aldie Trabachini Versao Revisada

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