13
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ANANINDEUA, ESTADO DO PARÁ. PROCESSO Nº: 0003444-05.2010.814.0006 ______________________________________________________________________ _________ Travessa Gurupá nº 337 – Cidade Velha –Belém Estado do Pará Fone/Fax:(91) 3225-1873 - Celular: (91) 8101-0838 [email protected]

Alegações finais Alexsandro

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Alegações finais Alexsandro

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ANANINDEUA, ESTADO DO PARÁ.

PROCESSO Nº: 0003444-05.2010.814.0006

ALEXSANDRO NASCIMENTO DA SILVA, qualificado nos autos em epígrafe, através de seu advogado infrafirmado, vem, à presença de V. Exª., apresentar suas alegações finais, em forma de memorial, nos termos a seguir expostos:

_______________________________________________________________________________Travessa Gurupá nº 337 – Cidade Velha –Belém Estado do Pará

Fone/Fax:(91) 3225-1873 - Celular: (91) 8101-0838 [email protected]

Page 2: Alegações finais Alexsandro

1- DOS FATOS:

SÍNTESE DA DENÚNCIA

O Ministério Público na exordial, aduziu que o acusado no dia 09/04/2010, por volta das 15:00h, na Vila Fumaça, nas proximidades da Rua Salvador, ceifou a vida de Jolay de Jesus Silva Pereira, praticando, dessa forma, o delito tipificado no art. 121, do CP.

Afirma o parquet, que em na data e hora citadas acima, a vítima, a qual encontrava-se aparentemente embriagado, encontrava-se saindo da casa de sua ex-namorada, quando passou a proferir xingamentos e perturbar a tranqüilidade local.

Ato contínuo, o defendente, interveio, requisitando que o mesmo parasse, e por não ser atendido, o denunciado passou a desfiri golpes violentos contra a cabeça da vítima.

Passada a agressão, a vítima foi levada ao hospital metropolitano, onde permaneceu internada por oito dias, porém não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. Cabe ressaltar que durante este período em que a vítima ficou internado, ela passou cinco dias em coma, e após acordar, relatou “apenas” a sua irmã que o seu agressor teria sido o denunciado.

Esses os fatos que serão refutados pelo denunciado.

DA CITAÇÃO E DA DEFESA PRÉVIA

Devidamente citado, o acusado foi interrogado, momento em que foi intimado para apresentar defesa prévia, como de fato aconteceu, reservando-se para fazer a defesa de mérito no momento das alegações finais.

DA INSTRUÇÃO CRIMINAL

DAS TESTEMUNHAS

No decorrer da instrução criminal foram arroladas apenas duas testemunhas de acusação, a Sra. Maria Ocilene e a Sra. Joice Silva (irmã e ex-namorada da vitima, respectivamente).

_______________________________________________________________________________Travessa Gurupá nº 337 – Cidade Velha –Belém Estado do Pará

Fone/Fax:(91) 3225-1873 - Celular: (91) 8101-0838 [email protected]

Page 3: Alegações finais Alexsandro

Iniciada a audiência, o Ministério Público desistiu da oitiva de Joice, posto que esta não havia sido localizada, realizando apenas a oitiva da primeira testemunha.

Em depoimento a testemunha Maria Ocilene, relatou que não estava presente no momento dos fatos. Informou ainda que seu irmão costumava beber muito e também era usuário de drogas e que no dia dos fatos o mesmo estava bebendo desde o período da manhã na sua casa, antes de ir ao encontro de Joice.

Relatou inclusive que a ex-namorada do seu irmão, estava tentando armar uma “casinha” para este, pois tinha o intuito de se apoderar dos seus bens.

Por fim, relatou que acompanhou seu irmão no hospital durante o período que o mesmo ficou internado, e que após cinco dias de coma a vítima acordou. Acrescentando ainda que o mesmo tinha constantes alucinações, chegando em alguns momentos em confundi-la com outra pessoa. Por fim relatou que após seu irmão acordar, este falou, somente a ela, que o denunciado seria o autor de seu agressão, vindo a falecer posteriormente a isso.

Ressalta-se ainda um ponto especial, que foi a desistência do MP da oitiva da segunda testemunha, haja vista que esta teria um papel determinante para indicar a real autoria do crime, posto que esta teria presenciado o delito.

DO ACUSADO

Em seu depoimento o acusado negou a pratica do crime, informando que na data dos fatos encontrava-se na casa de seu irmão. Informando ainda que não conhecia a vítima, não tendo qualquer tipo de contato com ela.

Ao ser questionado por que a testemunha lhe acusava da pratica do referido delito, este relatou que na época em que foi preso por outro crime a imprensa divulgou amplamente a sua foto, dizendo que este seria o justiceiro daquela área onde morava e em razão disso vários crimes lhe foram imputados.

_______________________________________________________________________________Travessa Gurupá nº 337 – Cidade Velha –Belém Estado do Pará

Fone/Fax:(91) 3225-1873 - Celular: (91) 8101-0838 [email protected]

Page 4: Alegações finais Alexsandro

Ainda foi lhe questionado o motivo ao ser interrogado na delegacia ter dito que agrediu a vítima. O defendente informou que foi coagido a dizer tais fatos, pois havia sido agredido por policiais civis e militares, além disso os mesmo ameaçaram matar sua esposa e filho.

2- DO DIREITO:

DA FALTA DE TESTEMUNHAS PRESENCIAIS DO FATO

Nobre Magistrado, seguindo-se à análise dos depoimentos

colhidos no sumário de culpa não há prova testemunhal

suficientemente hábil a garantir a autoria da prática delitiva.

Ou seja, única testemunha ouvida assume que não viu o

ocorrido, além do fato que esta é irmã da vítima. Tratando-se então

de mera informante, tornando seu depoimento viciado,

impossibilitando qualquer decisão calcada em seu conteúdo.

A obviedade deste antagonismo está latente, pois a

acusação não levantou uma testemunha ocular sequer, portanto não

há prova cabal para a pronúncia do alegante.

Encontra-se, portanto, ausente a prova testemunhal

capaz de fundamentar uma sentença condenatória contra o acusado,

haja vista que não há definição testemunhal que aponte qual a

autoria da conduta praticada, não havendo que se falar em suposição

ou presunção de participação de prática delituosa.

Assim, são requisitos da Pronúncia, os indícios da autoria e a

existência do crime doloso contra a vida, consoante o Artigo 413 do

Código de Processo Penal.

A impronúncia, por outro lado, está prevista no atual art. 414 do

Código de Processo Penal, que assim determina:

_______________________________________________________________________________Travessa Gurupá nº 337 – Cidade Velha –Belém Estado do Pará

Fone/Fax:(91) 3225-1873 - Celular: (91) 8101-0838 [email protected]

Page 5: Alegações finais Alexsandro

"Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado".

No caso "sub judice" a autoria do delito contra o acusado não

está patente, primeiro porque o acusado nega, em juízo, a autoria do

crime; segundo porque a testemunha, ouvida em Juízo, não

presenciou o crime em tela, apenas relatando que seu irmão antes de

falecer lhe contou que o defendente era o autor do crime.

Aliás, ao tratar do tema, já se posicionou o vanguardista

processualista penal Doutor Eugênio Pacelli de Oliveira:

“Se a fase do sumário de culpa é reservada à identificação da existência, provável e/ou possível, de um crime da competência do Tribunal do Júri, nada mais lógico que se reserve ao juiz. sumariante ou singular, uma certa margem de convencimento judicial acerca da idoneidade e da suficiência do material probatório ali produzido. Quando o juiz, após a instrução, não vê ali demonstrada sequer a existência do fato alegado na denúncia, ou, ainda, não demonstrada a existência de elementos indicativos da autoria do aludido fato, a decisão haverá de ser de impronúncia ou de improcedência da peça acusatória (denúncia ou queixa).”

Em nosso sistema acusatório vigora o princípio expresso na

máxima latina Actori incumbit probatio, o qual traduz o encargo de

provar o fato aquele que o alegou. Neste sentido, leciona o Mestre

Fernando Costa Tourinho:

“Se o Promotor denuncia B por haver praticado lesão corporal em L, cumpre ao órgão da acusação carrear para os autos os elementos de prova necessários para convencer o julgador de que B produziu lesão corporal em L”. (Processo Penal, Vol III, Pág. 236)

_______________________________________________________________________________Travessa Gurupá nº 337 – Cidade Velha –Belém Estado do Pará

Fone/Fax:(91) 3225-1873 - Celular: (91) 8101-0838 [email protected]

Page 6: Alegações finais Alexsandro

A propósito, cumpre trazer a lume a lição do Professor Julio

Mirabete:

“(...)No Processo Penal condenatório, oferecida a denúncia ou queixa cabe ao acusador a prova do fato típico (incluindo dolo e culpa) e da autoria, bem como das circunstâncias que causam o aumento da pena (...)” (Código de Processo Penal Interpretado, 10ª Ed. pág. 475)

Com efeito, é de se reconhecer que o conjunto probatório colhido

não autoriza a pronúncia do acusado, haja vista não haver provas ou

indícios suficientes de sua autoria no crime.

DA NEGATIVA DE AUTORIA

No caso em tela, o defendente ao ser interrogado perante este juízo, negou a pratica do delito imputado contra sua pessoa. Contrariando o que disse anteriormente junto à autoridade policial.

Conforme já citado, o acusado relatou que havia agredido a vítima durante seu interrogatório na fase pré processual, porque foi obrigado pelos policiais que lhe conduziram, por meio de agressões físicas e de ameaças contra sua esposa e filho.

Além do citado acima, o conjunto probatório apresentado pela acusação se mostra falho e insuficiente, pois o Parquet ao requerer a pronúncia do réu, pautou-se apenas nas declarações prestadas pelo mesmo junto a autoridade policial.

É evidente a estratégia do orgão acusatório quando este desiste de localizar a vítima para ser ouvida em Juízo: está contente com a declaração produzida em procedimento administrativo e irá se utilizar dela em plenário. 

Assim consegue burlar o art. 155 do Código de Processo Penal, mas a um preço altíssimo para a defesa, vez que viola as garantias da ampla defesa e do contraditório.Neste sentido, a importante lição de Nucci sobre o desvio de finalidade do inquérito policial no Júri:

_______________________________________________________________________________Travessa Gurupá nº 337 – Cidade Velha –Belém Estado do Pará

Fone/Fax:(91) 3225-1873 - Celular: (91) 8101-0838 [email protected]

Page 7: Alegações finais Alexsandro

“Na realidade, o inquérito deveria ser uma garantia ao acusado de que não será processado sem haver elementos mínimos para tanto, devidamente demonstrados pelas provas coletadas. Atualmente, entretanto, sofreu um abalo na sua finalidade precípua. Tornou-se um instrumento que, apesar de formar um conjunto probatório pré-processual, sustentáculo da denúncia ou da queixa, também tem oferecido ao órgão acusatório, principalmente, elementos produzidos fora dos contexto das garantias da ampla defesa e do contraditório, a serem utilizados, em juízo. Este tem sido o seu desvio de finalidade. (NUCCI, Guilherme de Souza. Tribunal do Júri – São Paulo: RT, 2008, p. 54)”.

Vale lembrar que a prova produzida administrativamente não se projeta automaticamente para a esfera judicial, vez que deve ser refeita em Juízo e com a participação da defesa técnica. 

É seguro afirmar-se que as declarações do defendente produzidas apenas perante a autoridade policial não servem para fundamentar uma condenação, o que é do conhecimento de todos os juízes togados deste país. No entanto, o mesmo não ocorre perante os juízes leigos no Tribunal do Júri.

Essa distorção que apenas ocorre no julgamento dos crimes dolosos contra a vida pode e deve ser corrigida, bastando que não se utilize a mencionada declaração na sentença de pronúncia.É neste sentido a lição de Aramis Nassif: 

“As informações colhidas na fase inquisitorial, não reproduzidas judicialmente, é um nada jurídico, pois, ao contrário das garantias constitucionais do processo aplicados no momento judicial do procedimento, não tem elas observância absoluta no inquérito. O procedimento administrativo é instaurado com a finalidade unidirecional da incriminação e jamais para provar a inocência do acusado. Comprometido, pois com sua teleologia, o dossiê inquisitorial não pode alimentar convencimento do juiz, mas e apenas para a formação da opinio delicti do Ministério Público”. (NASSIF, Aramis. O

_______________________________________________________________________________Travessa Gurupá nº 337 – Cidade Velha –Belém Estado do Pará

Fone/Fax:(91) 3225-1873 - Celular: (91) 8101-0838 [email protected]

Page 8: Alegações finais Alexsandro

novo júri brasileiro – Porto Alegre, Livraria do Advogado, 2009, p. 58).

Portanto, inadmissível que a prova produzida no inquérito policial fundamente uma sentença de pronúncia, penalizando a defesa pelo desinteresse ministerial na produção de provas em Juízo.

DA DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME DE HOMICÍDIO PARA LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE

Nobre julgador, caso tenha entendimento diferente do citado acima, cabe destacar nesse momento o interrogatório do réu perante a autoridade policial.

O defendente ao ser questionado se teria agredido a vítima Jolay, relatou que teria agredido o mesmo posto que Jolay havia ameaçado lhe jogar a moto, tendo então para se defender o réu passado a desferir socos na cabeça e no peito do mesmo, contudo sem a intenção de matá-lo, conforme in verbis abaixo:

QUE: JOLAY saiu na moto e passou a criar confusão próximo da Rua Salvador, pois o mesmo estava embriagado; QUE: o depoente se aproximou de JOLAY e mandou o mesmo parar de fazer tumulto na rua; QUE: JOLAY parou a moto e passou a ofender o depoente, dizendo textuais “SE ELE PASSAR PASSASSE NA FRENTE IRIA ATROPELÁ-LO”; QUE: o depoente empurrou JOLAY, o qual caiu e foi então que começou a agressão usando as mãos; QUE: perguntado ao depoente se soube que JOLAY faleceu no hospital metropolitano oito dias depois da agressão? Respondeu que não sabia que JOLAY tinha falecido e que quando agrediu não teve a intenção de matá-lo, apenas queria feri-lo, pois o mesmo ameaçou em jogar a moto contra o depoente onde encontrasse.

Assim, considerando o interrogatório do réu, verifica-se que o resultado pretendo pelo mesmo, não era o resultado morte da vítima, e sim de provocar-lhe lesão corporal, o que em decorrência da mesma resultou em morte, fato que da suporte a isso foi o fato da vítima ainda passar 8 dias internados no hospital metropolitano.

_______________________________________________________________________________Travessa Gurupá nº 337 – Cidade Velha –Belém Estado do Pará

Fone/Fax:(91) 3225-1873 - Celular: (91) 8101-0838 [email protected]

Page 9: Alegações finais Alexsandro

Ora, frente a tal circunstância, impossível assoma a pronúncia do réu, haja vista, que o tipo que lhe é irrogado, (tentativa de homicídio), reclama como elemento nuclear de concreção, a existência do dolo na conduta do agente, sem o qual fenece.

Nessa senda é a mais alvinitente jurisprudência, que emana da cortes de justiça, digna de decalque:

TENTATIVA DE HOMICÍDIO. ANIMUS NECANDI. INEXISTÊNCIA. PRETENSÃO PROVIDA PARCIALMENTE PARA DESCLASSIFICAR O DELITO PARA LESÕES CORPORAIS.

"A tentativa de morte exige para o seu reconhecimento atos inequívocos da intenção homicida do agente. Não basta, pois, para configurá-la, o disparo de arma de fogo e a ocorrência de lesões corporais no ofendido, principalmente quando o réu não foi impedido de prosseguir na agressão e dela desistiu" (TJSP - Rel. Carvalho Filho - RT 458/344).

DECISÃO: por votação unânime, dar provimento parcial ao recurso para despronunciando o recorrente, dá-lo como incurso nas sanções do artigo 129, do Código Penal, seguindo o feito seu rito normal.

(Recurso criminal nº 97.000407-9, de Itajaí. Relator: Des. José Roberge. Recorrente: Arlindo Westphal. Recorrida: a Justiça, por seu Promotor. 2ª Câmara Criminal do TJSC, publicado no DJ nº 9.694 de 31.03.97).

"INEXISTINDO A CERTEZA DE QUE QUISESSE O RÉU MATAR E NÃO APENAS FERIR, NÃO DE CONFIGURA A TENTATIVA DE MORTE. É QUE ESTA EXIGE ATOS INEQUÍVOCOS DA INTENÇÃO DO AGENTE (RT 434/357).

"SE AS PROVAS DOS AUTOS NÃO AUTORIZAM O CONVENCIMENTO CABAL DE QUE O RÉU QUERIA O RESULTADO LETAL EM RELAÇÃO À VÍTIMA OU ASSUMIU O RISCO DE PRODUZI-LO, DEMONSTRANDO, AO REVÉS, QUE PRETENDIA APENAS AGREDI-LA, É DE RIGOR A DESCLASSIFICAÇÃO DA TENTATIVA DE HOMICÍDIO PARA LESÕES CORPORAIS (RT nº 385/95).

Quanto a prova coligida no deambular da instrução judicial a mesma conforta e referenda a tese esposada pelo réu, esgrimida desde a primeira hora.

_______________________________________________________________________________Travessa Gurupá nº 337 – Cidade Velha –Belém Estado do Pará

Fone/Fax:(91) 3225-1873 - Celular: (91) 8101-0838 [email protected]

Page 10: Alegações finais Alexsandro

Donde, encontrando-se o alegante despido do ânimo de matar, impossível veicula-se sua pronúncia, pelo delito de homicídio, cumprindo seja desclassificado o tipo irrogado para lesão corporal seguida de morte.

Outrossim, constituir-se-ia em verdadeiro constrangimento ilegal submeter-se o réu ao veredicto popular, eis ausente o elemento tópico e primordial para emprestar-se agnição a pronúncia, qual seja o dolo, o qual não restou configurado e ou evidenciado, ainda que de forma rudimentar, na conduta palmilhada pelo réu.

3- DO PEDIDO:

Ante ao exposto, pugna a Defesa: 

Seja decretada a IMPRONÚNCIA do acusado, dando-se por IMPROCEDENTE a Denúncia, em razão da inexistência de suporte probatório mínimo a indicar a autoria do crime imputado ao acusado.

Caso não seja este o entendimento, requer seja desclassificada a infração de homicídio para o crime de lesão corporal seguida de morte, com base no art. 419 do Código de Processo Penal;

Termos que,Pede Deferimento.

Ananindeua, 01 de agosto de 2013.

_______________________________________FERNANDO HENRIQUE MENDONÇA MAIA

OAB/PA 18.238

_______________________________________________________________________________Travessa Gurupá nº 337 – Cidade Velha –Belém Estado do Pará

Fone/Fax:(91) 3225-1873 - Celular: (91) 8101-0838 [email protected]