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Diario de Pernambuco PE 24/02/2013 - 07:29 Colunas Diario Político Marisa Gibson Estado unipolar Tendo o governador Eduardo Campos (PSB) conquistado todos os espaços no estado, Pernambuco vive um momento político singular. Com exceção do PSB e do PTB, que aguarda sinalização do governador, os demais partidos não têm projetos de poder. O PT estadual é uma legenda sufocada pelos interesses da aliança nacional com o PSB; o PSDB também não vai longe porque está atrelado aos interesses tucanos, tanto no plano local como no nacional, em relação a Eduardo. Com a aliança do senador Jarbas Vasconcelos com Eduardo, foi decretado o fim do peemedebismo e o PMDB abdicou de quase tudo, enquanto as demais legendas governistas, todas gravitam em torno do governador. A oposição, que poderia ousar, além de não ter projeto de poder, não tem nem novas ideias e se resume a discursos e ações individuais dos tucanos Daniel Coelho e Terezinha Nunes, e de Raul Jungmann (PPS). É um feijão com arroz, sem qualquer movimento em torno de uma nova proposta. Nenhum dos três oposicionistas pensa em encarar uma majoritária em 2014. Já circulou pelos bastidores que, diante de tanta escassez de lideranças, a oposição poderia arriscar uma candidatura de Jungmann ao governo do estado. Gato escaldado, Jungmann adianta que já preencheu sua cota de sacrifício em 2010, quando disputou o Senado na chapa de Jarbas para o governo do estado. Aliás. nem mesmo o Senado entra nas cogitações de ninguém, até porque, se Jarbas não tentar a reeleição, a vaga será de quem Eduardo decidir, podendo até ser ele mesmo caso não entre na disputa presidencial. E nesse cenário, a quase totalidade dos políticos pernambucanos planeja apenas garantir ou conquistar mandatos na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. Folha de Pernambuco PE 24/02/2013 - 08:35 Colunas Folha Política Renata Bezerra de Melo Diogo Monteiro (interino) JUSTIÇA - Na última quarta, O deputado estadual Tony Gel (DEM) solicitou ao presidente do TJPE, desembargador Jovaldo Nunes, a implantação de uma Câmara Regional com competência Cível e Criminal em Caruaru.

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Diario de Pernambuco – PE 24/02/2013 - 07:29 Colunas

Diario Político Marisa Gibson Estado unipolar Tendo o governador Eduardo Campos (PSB) conquistado todos os espaços no estado, Pernambuco vive um momento político singular. Com exceção do PSB e do PTB, que aguarda sinalização do governador, os demais partidos não têm projetos de poder. O PT estadual é uma legenda sufocada pelos interesses da aliança nacional com o PSB; o PSDB também não vai longe porque está atrelado aos interesses tucanos, tanto no plano local como no nacional, em relação a Eduardo. Com a aliança do senador Jarbas Vasconcelos com Eduardo, foi decretado o fim do peemedebismo e o PMDB abdicou de quase tudo, enquanto as demais legendas governistas, todas gravitam em torno do governador. A oposição, que poderia ousar, além de não ter projeto de poder, não tem nem novas ideias e se resume a discursos e ações individuais dos tucanos Daniel Coelho e Terezinha Nunes, e de Raul Jungmann (PPS). É um feijão com arroz, sem qualquer movimento em torno de uma nova proposta. Nenhum dos três oposicionistas pensa em encarar uma majoritária em 2014. Já circulou pelos bastidores que, diante de tanta escassez de lideranças, a oposição poderia arriscar uma candidatura de Jungmann ao governo do estado. Gato escaldado, Jungmann adianta que já preencheu sua cota de sacrifício em 2010, quando disputou o Senado na chapa de Jarbas para o governo do estado. Aliás. nem mesmo o Senado entra nas cogitações de ninguém, até porque, se Jarbas não tentar a reeleição, a vaga será de quem Eduardo decidir, podendo até ser ele mesmo caso não entre na disputa presidencial. E nesse cenário, a quase totalidade dos políticos pernambucanos planeja apenas garantir ou conquistar mandatos na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa.

Folha de Pernambuco – PE 24/02/2013 - 08:35 Colunas

Folha Política Renata Bezerra de Melo Diogo Monteiro (interino) JUSTIÇA - Na última quarta, O deputado estadual Tony Gel (DEM) solicitou ao presidente do TJPE, desembargador Jovaldo Nunes, a implantação de uma Câmara Regional com competência Cível e Criminal em Caruaru.

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Folha de Pernambuco – PE 24/02/2013 - 08:37 Colunas

Fogo Cruzado Inaldo Sampaio Dilma e Eduardo entre tapas e beijos As crias - Em seus mais de 30 anos de vida pública, Fernando Lyra “empurrou” para a política o irmão João Lyra Neto, a sobrinha Raquel Lyra e a vereadora Marília Arraes. Mas a “cria” de que mais se orgulhava era Cristovam Buarque, que graças ao seu incentivo foi governador de Brasília, ministro da educação e senador. O sonho de Cristovam era ser somente professor. O rumo - Após ser expulso do PMDB, Rivaldo Soares passou a organizar em Caruaru o partido de Marina Silva (Rede Sustentabilidade). É à frente dessa nova legenda que ele pretende continuar fazendo oposição ao prefeito José Queiroz (PDT) e ao deputado Tony Gel (DEM).

Folha de Pernambuco – PE 24/02/2013 - 08:38 Colunas

Folha Sertão Carlos Britto O voo de Eudes O ex-prefeito de Cabrobó, Eudes Caldas (PTB) ainda não descartou a possibilidade de concorrer a uma vaga de deputado estadual nas próximas eleições. Apesar da Imprensa da região insistir em divulgar a renúncia de Eudes, o ex-gestor não confirma a desistência e garante que ainda está refletindo sobre o assunto. “Isso é só especulação da Imprensa, ainda estou no período de reflexão”, declarou. A íntimos companheiros, Eudes teria confidenciado que tem bons motivos para seguir com esse projeto adiante. Estão entre as razões elencadas por ele os amigos que construiu e pelos espaços que abriu durante a sua atuação política. Mas a maior decepção do ex-prefeito, registra-se nos bastidores, seria mesmo a falta de apoio, e até de atenção, da sua legenda, o Partido Trabalhista Brasileiro. Ele não confirma, mas para quem convive com o petebista é clara a sua insatisfação com a falta de reciprocidade dos “caciques” do PTB. Teria faltado da “turma” uma chegadinha em Vital Sampaio, de Belmonte, para que ele fechasse compromisso com Eudes. Como ninguém falou nada, Vital se abraçou com o deputado Rodrigo Novaes, do PSD.

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Jornal do Commercio – PE 24/02/2013 - 09:38 Cultura e Lazer

Dia a dia Deputada federal Luciana Santos o líder do governo na assembleia, deputado Waldemar Borges, comemoram hoje, com festa infantil, o 1º aninho da filha Luana Bolo político A deputada federal Luciana Santos o líder do governo na assembleia, deputado Waldemar Borges, comemoram hoje, com festa infantil, o 1º aninho da filha Luana. Os parabéns, que deve reunir nomes do mundo político, ocorre em bufê em Casa Forte. Noé Souto Maior recebe homenagem da Alepe dia 27, às 18h, por iniciativa do deputado Sebastião Rufino, por sua contribuição ao desenvolvimento de Bom Jardim.

Jornal do Commercio – PE 24/02/2013 - 07:20 Política

Embate marca início do ano Legislativo Apesar de diminuta, a bancada de deputados de oposição inicia 2013 com uma agenda de "desconstrução" da gestão Eduardo, abrindo embates com a base governista Otávio Batista O ano legislativo começou no primeiro dia de fevereiro, mas, como é comum no País do Carnaval, foi após os festejos que, de fato, os parlamentares entraram no ritmo e começaram os primeiros embates na Assembleia Legislativa. Em um ano em que o governador Eduardo Campos (PSB) busca uma inserção nacional, atraindo atenções para o Estado e suas ações, de olho na disputa presidencial de 2014, a atuação dos deputados entra no jogo, tanto com o apoio da base governista como com as investidas da oposição. E assim transcorreu as últimas semanas. Sob o comando de Daniel Coelho (PSDB), a oposição foi à tribuna da Assembleia criticar o aumento de 7,98% nas contas d´água e a Parceria Público-Privada da Compesa. Nos apartes, os deputados governistas fizeram a defesa do projeto, marcando o primeiro embate oposição x governo, em uma Assembleia marcada por uma maioria maciça da base governista. Na última quinta-feira, os oposicionistas fizeram uma "blitz" para denunciar o atraso nas obras do presídio que está sendo construído em Itaquitinga, na Mata Norte, a primeira de 10 agendas surpresas previstas pela diminuta bancada de oposição, que promete deixar o governo do Estado em saia justa. Enquanto isso, o governo organiza um seminário sob o nome de "Juntos por Pernambuco" reunindo todos os prefeitos do Estado com injeção de R$ 612 milhões nos cofres dos municípios e a promessa de alinhamento entre as políticas municipal e estadual. No evento, deputados estaduais do campo de apoio ao governo com bases eleitorais em todo o Estado participam e elogiam largamente a ação.

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Jornal do Commercio – PE 24/02/2013 - 08:53 Opinião

Repórter JC Prefeitura Amiga da Mulher A deputada Terezinha Nunes quer premiar as prefeituras que valorizam a mulher. Parceria com a Secretaria Estadual da Mulher.

Diario de Pernambuco – PE 25/02/2013 - 07:31 Política

Audiência pública na Assembleia No traçado do projeto há, ainda, reformas viárias, como a abertura de uma quarta faixa no sentido Centro/Zona Sul Da Redação Na próxima quarta-feira, às 9h, uma audiência pública será realizada na Assembleia Legislativa para discutir o Projeto Novo Recife, que prevê a construção de um complexo com 12 torres, sendo oito residenciais, dois hotéis e dois empresariais, na área entre os muros da antiga Rede Ferroviária Federal S.A, no Cais José Estelita. No traçado do projeto há, ainda, reformas viárias, como a abertura de uma quarta faixa no sentido Centro/Zona Sul

Diário de Pernambuco Online – PE 24/02/2013 - 10:33 Cidades

Impactos urbanísticos do projeto Novo Recife em debate na Alepe Da Redação Os impactos urbanísticos do projeto Novo Recife serão alvo de debate na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na próxima quarta-feira (27), às 9h. Já confirmaram presença o diretor da construtora Moura Dubeux, Eduardo Moura, a promotora de justiça do Meio Ambiente, Belize Câmara, e a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano da Prefeitura do Recife. A discussão foi convocada pela deputada Terezinha Nunes (PSDB). O encontro será realizado no Plenarinho 3, 6º andar,que fica no prédio anexo. Na última sexta-feira (22), foi divulgada a suspensão do processo do projeto Novo Recife pelo juiz José Ulisses Viana, da 7ª Vara da Fazenda Pública. O motivo, segundo o magistrado, seria uma série de irregularidades encontradas. O Novo Recife é um complexo formado por empresariais, flats, hotéis e áreas de comércio e lazer. A ideia do consórcio imobiliário é construir 12 torres, que terão de 21 a 41 andares (serão oito residenciais, dois empresariais e dois flats), e cinco edifícios-garagem ao longo do Cais

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José Estelita, na área central do Recife. De acordo com o projeto, o conjunto de galpões localizado nas proximidades do Forte das Cinco Pontas deve ser preservado e transformado em um centro cultural. Confira a decisão do juiz na íntegra: Cuida-se de AÇÃO CIVIL PÚBLICA com pedido de liminar proposta pela PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEFESA DA CIDADANIA, HABITAÇÃO E URBANISMO do Ministério Público Estadual, contra o MUNICÍPIO DO RECIFE, pessoa jurídica de direito público interno, com sede nesta comarca, pugnando pela concessão de medida liminar acautelatória com o intuito de sustar o andamento dos processos administrativos nºs. 07.32990.4.08; 07.32986.7.08; 07.32987.3.08; 07.32989.6.08 e 07.32988.0.08 referentes a projeto imobiliário denominado de NOVO RECIFE que se encontra tramitando perante os órgãos administrativos municipais responsáveis por sua aprovação, indicando uma série de irregulares que aos olhos do demandante inquinam de nulidade os citados processos, por ferirem preceitos de ordem pública. No mérito propõe a decretação da nulidade dos processos em questão. Os autos se encontram fartamente instruídos com os documentos reputados pelo autor por essenciais para a comprovação das alegações, inclusive no que concerne ao Inquérito Civil Público que antecedeu a presente demanda. Ao recepcionar a inicial, determinou o juízo a notificação do Município demandado, que no prazo assinado foi ouvido com relação ao requerimento de urgência, rebatendo ponto a ponto os fatos aduzidos na inicial, bem como também acostando farto acervo documental aos autos. Examino a urgência. As questões apontadas como irregulares no andamento dos processos administrativos ora impugnados dizem respeito à omissão do encaminhamento do projeto de parcelamento à Comissão de Controle Urbano (CCU) e ao Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU), ocorrendo um verdadeiro fatiamento dos processos, com a submissão aos citados órgãos dos projetos arquitetônicos que foram avaliados de forma dissociada do parcelamento, ocorrendo uma subversão da ordem lógica na medida em que os referidos processos arquitetônicos se encontram imbricados ao projeto de parcelamento, podendo ocorrer exigências no parcelamento que repercutam nos projetos de arquitetura forçando as suas modificações. Ademais, ainda alega a ausência da participação dos órgãos de preservação do patrimônio histórico e cultural, na esfera estadual a FUNDARPE e na esfera federal o IPHAN, posto que ambas as entidades necessariamente têm que intervir no processo por se tratar de área em processo de tombamento, integrada por casario e equipamentos que constituem o patrimônio que pertence ou pertenceu à Rede Ferroviária Federal do Nordeste. Complementa o rol das irregularidades, aduzindo a ausência de consulta prévia ao DENIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) em razão de que parte da localidade abrangida pelo projeto se encontra inserida em faixas de domínio do citado órgão federal, que vem utilizando as linhas férreas ainda em funcionamento no local em áreas consideradas non aedificandi, e ainda em complemento aponta a composição irregular do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) que é órgão de representação paritária, mas que na reunião de aprovação do projeto se encontrava com a paridade de representantes comprometida pela ausência do preenchimento de vagas pertencentes a membros indicados por organizações não governamentais. Entende este juízo que apesar da pretensão de urgência do M.P. ter sido manejada como medida cautelar, a mesma tem natureza antecipatória, razão por que o órgão demandado foi previamente ouvido. Destarte, examino os requisitos estabelecidos pelo CPC suplementando o artigo 12 da Lei de Ação Civil Pública no que tange à concessão de medida liminar. A concessão de medida antecipatória dos efeitos da tutela, em obrigações de fazer ou não fazer, submete-se aos requisitos do art. 461,§ 3º do CPC, condicionando-se à comprovação de existência da relevância do fundamento da demanda, conjugada ao requisito do perigo de dano de caráter irreversível ou de difícil reparação. Compulsando os documentos acostados à inicial, em cotejo com as informações prévias fornecidas pelo município demandado, verifica-se, sem maiores sobressaltos, que a tutela de urgência requestada se enquadra no modelo estabelecido pelo diploma processual retro invocado, possibilitando a sua concessão, haja vista que a principal preocupação nos presentes autos não é inviabilizar a execução do projeto, mas submete-lo à tutela do devido

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processo legal substantivo, o que no direito anglo-saxão é denominado de due process Law substantive porquanto o intuito da ação é evitar dano à ordem urbanística, e a bens considerados de valor histórico e paisagístico. Explico. Para se entender a preocupação do M.P. com a violação do devido processo legal substantivo, é necessário que nos reportemos aos artigos 182 e 183 da Constituição Cidadã que tratam da Política Urbana, cuja principal garantia preconizada é a de que a política de desenvolvimento urbano executada pelo Poder Público Municipal, tenha por principais objetivos o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, assegurando-se o bem estar dos seus habitantes e o pleno ordenamento das funções sociais da cidade. Para tanto, o constituinte de 88 permitiu que a União editasse normas gerais em matéria de direito urbanístico, respeitando o direito dos municípios de suplementar a legislação federal no que lhe couber. Dessa forma, o Congresso Nacional editou a lei federal nº 10.257/01, regulamentando os citados artigos 182 e 183 da C.F. conhecida como ESTATUTO DAS CIDADES, que estabeleceu as diretrizes gerais de política urbana, democratizando o sistema de desenvolvimento urbano, determinando uma série de exigências a serem cumpridas pelos municípios para a execução de suas políticas públicas, notadamente através de uma gestão democrática com a participação da população e associações representativas dos vários segmentos da comunidade com o fito de formular, executar e acompanhar planos, programas e projetos. Também estabeleceu ao poder público municipal, a obrigatoriedade de audiência da população no processo de implantação de empreendimentos ou atividades que causem impacto ao meio ambiente, paisagístico ou ao patrimônio histórico, cultural, artístico e arqueológico, bem como ao sistema viário, onde se exige, a realização de estudo prévio do impacto ambiental e de vizinhança. Pois bem, em complementação ao processo legislativo objetivando concretizar as normas constitucionais e a norma geral anteriormente referida, o município do Recife editou uma série de leis e regulamentos para tais finalidades, dentre elas o Plano Diretor, a Lei Municipal sobre o Parcelamento do Solo Urbano, a Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano, o Decreto Municipal nº 17.324/96 que regulamenta a Comissão de Controle Urbanístico (CCU) e o decreto nº 16.940/95 que cria o Regimento Interno do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU). O CDU, conforme definido pela Lei Orgânica do Município do Recife, tem a função precípua de promover o acompanhamento, a avaliação e o controle do Plano Diretor. Dessa forma, dentro do contexto marcadamente democrático em que foi aprovada a Constituição Federal, foi instituído na cidade do Recife o Conselho de Desenvolvimento Urbano, órgão municipal paritário, integrado por 28 conselheiros, 14 representando o Poder Público Municipal e 14 representando a sociedade civil, constituindo-se como um importante órgão de controle, avaliação e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano, como ocorre com o projeto denominado NOVO RECIFE, empreendimento que sem nenhuma dúvida causará um grande impacto não só na fisionomia geográfica urbana do nosso município, como também no meio ambiente e no adensamento populacional da área e do seu sistema viário. Ademais, há a necessária participação e intervenção de outros órgãos estaduais e federais no processo de legalização e aprovação do empreendimento porquanto se trata de local onde há interesse na preservação do patrimônio histórico, cultural e arqueológico e alteração do sistema viário devendo contar com anuência prévia e o consentimento dos órgãos competentes que são a FIDEM, FUNDARPE, IPHAN e o DENIT. Feitas estas breves digressões, examinemos, doravante, onde se encontra a relevância do fundamento da demanda e o perigo de dano, conforme alhures reconhecido. É verdadeira a afirmação de que o projeto NOVO RECIFE ainda se encontra em tramitação, devendo percorrer de forma concatenada os caminhos legais determinados por atos procedimentais que o levará a uma apreciação final pela autoridade competente com a sua esperada aprovação, acaso satisfeitos todos os requisitos e exigências legais. Entrementes, tem que ser respeitado o devido procedimento substantivo legal, que além da observância da lei, ainda exige que os atos prescrevam minimamente a adequação ao nosso senso comum, dentro de um padrão de normalidade que deve servir como parâmetro para aferir da sua razoabilidade. Com efeito, considerando a importância do Conselho de Desenvolvimento Urbano, não é razoável, conforme se encontra comprovado nos autos, que processos que irão alterar toda a

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estrutura urbana do centro da nossa cidade, sejam analisados pelo citado Conselho de forma fatiada, sendo omitido o projeto de parcelamento do solo, como muito bem situou o M.P. em sua exordial, apenas com o exame dos processos arquitetônicos. E se estes processos (arquitetônicos) tiverem que ser alterados em decorrência de modificações do projeto de parcelamento, como fica o acompanhamento, avaliação e controle do Plano Diretor por parte do CDU? Conforme documentos acostados pelo município do Recife (fls.204/206), é necessário que o consórcio autor do projeto, antes de concluída a sua análise (do projeto), firme um termo de compromisso com minuta a ser submetida previamente ao IPHAN e ao DENIT, onde se comprometa a compensar e mitigar impactos ao patrimônio cultural definindo-se as responsabilidades. Ora, tal compromisso inexiste e a exigência não foi submetida ao CDU, que em reunião avaliou o projeto, sem conhecimento de tal fato. É razoável a omissão? Também se constata, que a submissão dos processos ao CDU ocorreu sem que nenhum documento de anuência da FIDEM tivesse sido apresentado na reunião, constando às fls. 182 o referido documento de anuência prévia que foi concedido após a reunião mencionada, condicionada, entretanto, a pareceres de outros órgãos que , segundo consta do citado documento "não são da competência da agência CONDEPE/FIDEM a exemplo da IPHAN, FUNDARPE, ANTT/DENIT". E assim, o projeto foi avaliado pelo órgão municipal, sem que documento de tamanha importância tivesse sido apresentado e examinado, até por que a anuência, ao nosso ver, é questionável, na medida em que foi outorgada de forma condicionada a pareceres de outros órgãos (???). Ademais, da ata da reunião (fls.57/73) consta no parecer do relator, representante da CDL/Recife, que "Todas as exigências da legislação sobre verticalização e proteção do patrimônio histórico, além das sugestões das repartições que participaram da analise foram cumpridas, sem exceção". E este parecer foi avaliado mesmo que a afirmação não correspondesse à realidade, conforme se pode verificar das provas constantes dos autos. Importante destacar os protestos dos representantes do IAB/PE e do Mestrado de Desenvolvimento Urbano da UFPE (fls. 65 e 68 dos autos) que se recusaram a examinar os projetos aduzindo razões por demais óbvias, ora destacadas na presente ACP. Por fim também se encontra com razão o M.P. quando demonstra a irregularidade na composição do CDU com relação à garantia da paridade dos seus representantes. A questão não é simplesmente o fato dos projetos terem sido apreciados validamente pela existência de quorum no momento da votação, ou da desistência de representantes de ONGs de integrar o órgão. Na verdade, mais uma vez se constata a violação do principio da legalidade, no que concerne à observância do devido processo legal substantivo. Com efeito, dos documentos acostados pelo município demandado, vê-se às fls. 222/226 que existem vários órgãos que estão sem representantes designados, com a vacância do seu titular ou suplente. Ora, caberia ao município, seguindo o procedimento legal, atendendo aos prazos prescritos e através do órgão competente, que é o presidente do CDU, ouvido o Colégio de representantes da sociedade civil, convocar as entidades não governamentais para preencherem as vagas, tudo em consonância com o que dispõe o § 3º, do artigo 3º da Lei Municipal nº 15.735/92 e o artigo 35 do Regimento do CDU, Decreto nº 16.940/95. Dessa forma, não comprovou o município demandado, qualquer diligência no sentido de preencher as vagas no prazo legal, comprometendo a higidez da analise e decisões proferidas pelo órgão, em face da não garantia da paridade na reunião de avaliação dos projetos. Isto posto, e sem qualquer aprofundamento no exame do meritum causae, por ainda nos encontrarmos em fase de cognição sumária é que concedo a liminar requestada, determinando o sobrestamento dos processos administrativos preambularmente referidos, sustando os seus trâmites legais até ulterior deliberação do juízo. Comino multa diária no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em decorrência do descumprimento da presente decisão. Já ocorrendo a citação, aguarde-se o transcurso do prazo para entrega da peça de resistência. P.I. Recife, 20 de fevereiro de 2013. José Viana Ulisses Filho Juiz de Direito

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Folha de Pernambuco – PE 25/02/2013 - 06:29 Colunas

Folha Econômica Jamille Coelho Curtas Portos - A polêmica MP dos Portos será tema de audiência pública, no próximo dia 4, na Alepe. O foco da discussão será como a proposta poderá prejudicar os empreendimentos do Porto de Suape

Folha de Pernambuco - PE 25/02/2013 - 06:56 Cultura e Lazer

Projeto Alepe Cultural comemora dez anos Ângela Fisher, diretora do balé, diz que o espetáculo vai reunir vários ritmos da dança popular, como guerreio, brincante, maracatu e frevo Da Redação A Assembleia Legislativa de Pernambuco recebe hoje, no palco do Projeto Alepe Cultural, o Balé Popular de Recife, que este ano comemora dez anos de atuação. O grupo se apresenta com o show “Nordeste - a Dança do Brasil”, às 18h e será aberto ao público. Ângela Fisher, diretora do balé, diz que o espetáculo vai reunir vários ritmos da dança popular, como guerreio, brincante, maracatu e frevo. Esta será uma oportunidade única de conferir a apresentação, que raramente é feita em espaços fechados gratuitamente. Mais de 200 grupos já passaram pelo Projeto Alepe Cultural na última década. “O projeto é de grande importância por ser um espaço aberto para que os artistas divulguem seus trabalhos, sem nenhum custo ao público”, destacou o presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa.

Folha de Pernambuco – PE 25/02/2013 - 06:26 Colunas

Folha Política Renata Bezerra de Melo Curtas ...simpática - O tucano nutre boa relação com o Palácio das Princesas, mas, oficialmente, ainda integra a oposição na Alepe. Claudiano Filho também marcou presença.

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Jornal do Commercio – PE 25/02/2013 - 06:29 Colunas

Dia a dia Da Redação Daniel cobra 1 A Bancada de Oposição na Alepe questiona a "MP dos Portos", de autoria do governo federal, que pode trazer prejuízos ao Estado, que há mais de 30 anos realiza investimentos próprios para o Porto de Suape. Pernambuco não pode perder nem sua autonomia, nem os recursos já investidos. Daniel cobra 2 O líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Daniel Coelho (PSDB), espera uma posição rápida e firme do Estado a respeito desta questão. Não quer que o governo de Pernambuco fique só no campo da falácia. Espera iniciativas concretas.

Jornal do Commercio – PE 25/02/2013 - 07:05 Cultura e Lazer

Um especial do balé popular Espetáculo estreou em 1987 e a versão apresentada hoje tem cerca de 40 minutos Eugênia Bezerra Em dez anos de existência, o programa Alepe Cultural realizou apresentações de mais de duzentos artistas e grupos. Entre elas, uma do Balé Popular do Recife, em 2008. O grupo participa mais uma vez do projeto, hoje, em uma edição especial do evento que a Assembléia Legislativa de Pernambuco promove para celebrar o aniversário da iniciativa. Os bailarinos da companhia fundada por André Madureira mostram uma versão compacta do espetáculo Nordeste - a dança do Brasil. A apresentação, que começa às 18h, é aberta ao público e acontece no pátio do Palácio Joaquim Nabuco. O espetáculo estreou em 1987 e a versão apresentada hoje tem cerca de 40 minutos. "Temos a parte dos brincantes, temos maracatu, caboclinhos e sequências de frevo, por exemplo. Vão participar da apresentação 16 bailarinos", afirma a diretora executiva do grupo, Ângela Fischer. Além de criar espetáculos inspirados na cultura popular brasileira, e de já ter apresentado-a em vários países, o Balé Popular do Recife também transmite estes conhecimentos às novas gerações em sua sede, a Escola Brasílica (Rua do Sossego, 52, Boa Vista). "A escola trabalha com quatro ciclos de dança: o carnavalesco, o junino, o afroameríndio e o natalino. Estamos agora com a parte carnavalesca, que fazemos entre os meses de janeiro, fevereiro e março. Estamos ensinando às pessoas os passos do frevo, do caboclinho, la ursa, toda esta parte carnavalesca. Depois de março, já começa a parte junina", explica a diretora. Na Brasílica, há turmas com aulas nas segundas e quartas-feiras, nas terças e quintas-feiras e também nos sábados. Atualmente, a escola conta com quatro professores. "Lá trabalhamos a parte prática e teórica. A caminhada, a harmonização, o alongamento, os passos, os gestos de coreografia... Isso é parte do trabalho que fazemos, a gente tem uma metodologia própria, a Brasílica", continua Ângela.

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"A maior parte dos nossos alunos são crianças e adolescentes porque, além de a gente dar aulas na sede do balé, também trabalha com várias escolas. Os adultos aparecem mais nestas aulas durante a semana e também tem pessoas de fora, turistas que vêm procurar aprender a nossa dança. A gente também prepara muita gente para o Carnaval", completa a diretora. O Balé Popular passou por um momento bem difícil, quando, em fevereiro de 2009, um incêndio atingiu a sede do grupo. O fogo destruiu uma boa parte do figurino e dos adereços da companhia, que já tinha mais de 30 anos de história (na época, os artistas da cidade se uniram para fazer apresentações em prol da companhia). "O figurino, nós não recuperamos, eram 2,5 mil peças, fora o acervo do Balé. A gente perdeu muita coisa. O grupo recuperou o prédio com a ajuda dos artistas e também da Prefeitura do Recife e da Fundarpe (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco). Muita gente pensa que depois do incêndio a escola parou, mas ela está funcionando normalmente. A gente está ajeitando umas coisas antigas e seguindo em frente, com muita dificuldade porque somos um grupo particular. A gente vive lutando sempre para fazer um trabalho cada vez melhor e mostrar a nossa cultura", afirma Ângela. Sobre os próximos planos do Balé Popular do Recife, ela adianta: "A gente tem um projeto para remontar um espetáculo, mas isto está sendo estudado, ainda não posso dizer qual é. Espero que dê certo e que, em três ou quatro meses, a gente esteja com um grande espetáculo. Queremos fazer a remontagem de um espetáculo grandioso, muito bonito, muito trabalhoso e bem coreografado".

O Globo – RJ 24/02/2013 - 11:22 Colunas

Caetano Veloso Yoani e a „Senhor‟ É difícil aceitar como progressista a atitude dos que agrediram Yoani Sanchez em sua chegada ao Brasil. E logo em minhas duas terras, Bahia e Pernambuco (ganhei cidadania da Assembleia Legislativa Pernambucana, a Casa de Joaquim Nabuco). Se um indivíduo eleva voz dissidente num país que mantém presos políticos por décadas, deveria receber o apoio dos que lutam pela justiça. Quando Marighella ficou sabendo o que se passava na União Soviética sob Stalin (pelas revelações que Nikita Kruschev, num esboço de perestroica-glasnost, incentivou), ficou semanas a fio em pranto. Para ser sincero, não me surpreenderam as revelações kruschevianas: meu pai, apesar de ser simpatizante de esquerda, sempre comentava que a Rússia stalinista podia esconder opressões brutais. Mas o pasmo entre comunistas foi grande. O chororô de Marighella pareceu desproporcional a alguns de seus companheiros, mas diz algo de profundamente bom sobre ele. Não desconheço a possibilidade de interpretar os fatos políticos a partir de uma perspectiva que submeta o sentido moral do caso Yoani à crítica do desequilíbrio mundial. A força americana pode ser sentida a ponto de neguinho pôr sua capacidade de solidariedade abaixo de uma visão geral da luta. Aí Fidel pode ser visto como o herói que enfrenta o Dragão da Maldade, qualquer relativização desse enfrentamento sendo suspeito. Por que Obama não acaba com o bloqueio a Cuba? Yoani pode aparecer nesse quadro como uma colaboracionista. Mas como, se ela própria declara repúdio ao embargo? Tive a honra de ser atacado juntamente com Yoani por Fidel em pessoa. Fidel escreveu o prefácio a um livro sobre Evo Morales (que nome! Sempre paro quando ouço ou leio o nome de Eva no masculino) e, nesse prefácio, me desancou por eu ter dito em entrevista que minha canção “Base de Guantánamo” não significava apoio à política de Estado cubana. Ali, o herói caribenho me equiparava à blogueira de milhões. Éramos, os dois, agentes do imperialismo americano. Inocentes úteis da potência capitalista. Gosto dos textos de Yoani. Fui a Havana em 1999 e sinto a presença da vida cubana neles. Eu teria mais confiança em nossos esquerdistas se eles a tratassem com respeito.

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Gente próxima e distante estranhou que eu escrevesse que estou triste. Minha mãe morreu. Senti a passagem do tempo com violência. Mas leio “Porventura”, de Antonio Cicero, e a força (qualidade) dos poemas me revigora. Filósofo e poeta, Cicero é um dos grandes. Recebi de presente essa maravilha que é o livro-antologia da revista “Senhor”. Gracias Ana Maria Mello e Ruy Castro. Em 1959, um vendedor de enciclopédias bateu à nossa porta em Santo Amaro. Ele oferecia a assinatura de uma revista cujos primeiros números trazia consigo. Meu irmão Rodrigo, a quem devo tanto, ficou impressionado com o que via e me chamou para que eu tomasse conhecimento da novidade. Ele sabia que eu ia gostar. Fiquei extasiado com as capas e os títulos das matérias: contos de grandes autores conhecidos e desconhecidos, cartuns geniais, comentários inteligentes e cheios de humor sobre assuntos diversos. Suponho que contei longamente sobre o efeito que tiveram sobre mim o primeiro LP de João Gilberto (que saiu em 1959) e, já a partir de 1960, as atividades culturais da Universidade da Bahia sob o reitor Edgard Santos. Devo ter mencionado a “Senhor” também. Mas não creio que tenha dito com todas as letras que essa revista desempenhou papel no mínimo igualmente determinante em minha formação. E estou certo de tê-la conhecido antes de ouvir João. O impacto foi enorme. Tudo o que eu adivinhava nas páginas de Millôr em “O Cruzeiro” (que eu guardava numa caixa) e nos contos de William Saroyan — a modernidade — aparecia desenvolvido nessa publicação. É emocionante para mim rever os desenhos de Glauco Rodrigues, Bea Feitler, Carlos Scliar; os artigos de Paulo Francis; as charges elegantíssimas de Jaguar (que traço!, que ideias!); os contos de Clarice. Curioso ler o texto de Ivan Lessa sobre justamente a nascente bossa nova. Ele, informadíssimo, no calor da hora já falava em Chet Baker. Mas reagia à Rolleiflex do “Desafinado” (e à canção como um todo) com rejeição semelhante à sofrida por imagens e sons tropicalistas poucos anos depois. Eu, que dependia da elegância da Bossa e da “Senhor”, já aprovava a liberdade da menção à marca de câmera e o humor do jogo com o verbo “revelar”. Lessa (que tem um texto engraçadíssimo e muito bem escrito no livro paralelo “SR, uma senhora revista”) censurava. Revelava sua enorme ingratidão. Mas ele saúda o surgimento de Carlos Lyra e Roberto Menescal (embora, como Bob Dylan, por cima de Jobim!)