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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS - MG
Instituto de Ciências da Natureza
Curso de Geografia – Licenciatura
ALESSANDRO EXPEDITO CABRAL
ESTUDO GEOTÉCNICO E AMBIENTAL DA VOÇOROCA
DA SERRA DA FORTALEZA EM CAMPOS GERAIS, SUL
DE MINAS GERAIS.
Alfenas - MG
2013
ALESSANDRO EXPEDITO CABRAL
ESTUDO GEOTÉCNICO E AMBIENTAL DA VOÇOROCA
DA SERRA DA FORTALEZA EM CAMPOS GERAIS, SUL
DE MINAS GERAIS.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentada como parte dos requisitos
para obtenção do título de Licenciado
em Geografia pelo Instituto de
Ciências da Natureza da
Universidade Federal de Alfenas-
MG, sob orientação do Prof. Dr.
Lineo Aparecido Gaspar Junior.
Alfenas – MG
2013
ALESSANDRO EXPEDITO CABRAL
ESTUDO GEOTÉCNICO E AMBIENTAL DA VOÇOROCA
DA SERRA DA FORTALEZA EM CAMPOS GERAIS, SUL
DE MINAS GERAIS.
A Banca examinadora abaixo-assinada
aprova o Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado como parte dos
requisitos para obtenção do título de
Licenciado em Geografia pela
Universidade Federal de Alfenas. Área
de concentração: Geologia Ambiental.
Aprovada em:
Profº.
Instituição: Assinatura:
Profº.
Instituição: Assinatura:
Profº.
Instituição: Assinatura:
ALFENAS/MG
2013
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus por ter me dado o dom da
vida, e sem ele não seria nada, e não estaríamos todos aqui vivendo
momentos tão importantes. A meus pais, Nivaldo e Luzia, por sempre me
apoiarem em minhas decisões. A meus irmãos, minha namorada, meus
amigos e todos que estiveram comigo em todos os momentos de minha
caminhada. A meus professores que sempre estavam presentes em
qualquer momento que precisei para tirar minhas duvidas e contribuírem
para minha formação.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Universidade Federal de Alfenas pela oportunidade de estudar na instituição
e poder realizar meu sonho de concluir um curso superior, podendo passar pelo PIBID
que contribuiu muito com minha formação profissional. Também agradeço a instituição
e aos professores Tomas e João Carvalho por terem me dado a oportunidade de
participar do Projeto Rondon, o qual me fez crescer como pessoa, onde mais aprendi do
que ensinei.
A todos os professores do curso de Geografia com os quais tive oportunidade de
aprender a “fazer geografia”. E aos que me auxiliaram nesses quatro anos de muita luta
e muito conhecimento.
Agradeço a minha família, amigos e todos que estão comigo nesse momento e vibraram
com mais essa conquista.
Por ultimo, mas não menos importante agradeço a meu orientador Prof. Dr. Lineo
Aparecido Gaspar Junior por ter tido paciência no decorrer de meu trabalho e pela
orientação em minha iniciação científica.
"Não basta olhar o mapa do Brasil aberto sobre a mesa de trabalho ou pregado à parede
de nossa casa. É necessário andar sobre ele para sentir de perto as angústias do povo,
suas esperanças, seus dramas ou suas tragédias; sua história e sua fé no destino da
nacionalidade" (Equipe Projeto Rondon da USP, 1979)
Resumo: Este trabalho teve como objetivo fazer um estudo Geotécnico, (químico e
físico) e Ambiental da voçoroca da Serra da Fortaleza no município de Campos Gerais-
MG, observando todos os fatores físicos (geologia, geomorfologia, pedologia, clima)
que levaram ao agravamento da voçoroca. O município localiza-se no sul de Minas
Gerais na micro-região de Varginha, entre as coordenadas geográficas 21°14'06'' de
latitude S e 45°45'31'' de longitude W, tendo como cidades limítrofes, Boa Esperança e
Campo do Meio ao norte, Santana da Vargem e Três Pontas a leste, a sul Paraguaçu e
Fama e a oeste Alfenas. Integra juntamente com estas cidades o Circuito das Águas, que
compreende todo o complexo da Represa de Furnas. O relevo da área é composto de
colinas e morros. A altitude mais elevada atinge 1266m, e altitudes menores de 786m e
850m estão localizadas próximas a Represa de Furnas e a área urbana, respectivamente.
A Serra da Fortaleza esta a aproximadamente 1000m de altitude. Os resultados
alcançados pelos estudos servem para se compreender melhor os processos erosivos que
ocorrem na região, para se ter um suporte para possível recuperação da área, e também
como instrumento de planejamento sócio-ambiental para o município.
Palavras chave: Geotécnico, Ambiental, Campos Gerais- MG, Serra da Fortaleza.
Abstract: This work aimed to study Geotechnical, (chemical and physical) and
Environmental gully Serra da Fortaleza in Campos Gerais, Minas Gerais, watching all
physical factors (geology, geomorphology, pedology, climate) that led to worsening
gully. The municipality is located in the south of Minas Gerais in the micro-region of
Varginha, between the geographical coordinates 21 ° 14'06'' S latitude and 45 ° 45'31''
W longitude, with the neighboring towns, Good Hope and Campo do Meio north,
Santana and the Vargem Three Tips east, south and west Fame and Paraguaçu Alfenas.
Integrates with these cities the Water Circuit, which comprises the entire complex of
Furnas Dam. The topography of the area consists of hills and mountains. The highest
altitude reaches 1266m, and lower altitudes of 786m and 850m are located near Furnas
Dam and urban areas, respectively. The Serra da Fortaleza this to about 1000m altitude.
The results achieved by the studies serve to better understand the erosion processes that
occur in the region, to have a support for possible recovery of the area, and also as an
instrument of socio-environmental planning for the city.
Keywords: Geotechnical, Environmental, Gerais Campos-MG, Serra da Fortaleza.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................12
2. OBJETIVOS..............................................................................................................12
3. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS DA ÁREA DE ESTUDO....................................13
3.1. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO..................................................................13
3.2. CLIMA.....................................................................................................................14
3.3. HIDROGRAFIA......................................................................................................15
3.4. ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS....................................................................15
3.5. COBERTURA VEGETAL.......................................................................................16
3.6. ASPECTOS PEDOLÓGICOS.................................................................................17
3.7. GEOLOGIA DA ÁREA...........................................................................................18
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................19
5. METODOLOGIA......................................................................................................22
5.1. ANÁLISE DOS MINERAIS EM LUPA.................................................................22
5.2. TEOR DE UMIDADE.............................................................................................23
5.3. TEOR DE LIQUIDEZ.............................................................................................23
5.4. TEOR DE PLASTICIDADE...................................................................................24
5.5. TEXTURA................................................................................................................24
5.6. ENSAIOS FÍSICOS DO SOLO EM CAMPO........................................................24
5.7. TEOR DE CARBONO ORGÂNICO.......................................................................26
5.8. PH DOS SOLOS......................................................................................................26
5.9. ELABOARAÇÃO DE MAPA HIPSOMÉTRICO E DE DECLIVIDADE ..........26
5.10. GRÁFICO DE INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO.......................................26
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................27
7. CONCLUSÃO............................................................................................................37
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................38
9. ANÉXOS ....................................................................................................................40
9.1. Anexo I - Curva de distribuição granulométrica do Ponto I................................40
9.2. Anexo II - Curva de distribuição granulométrica do Ponto II.............................41
9.3. Anexo III - Curva de distribuição granulométrica do Ponto III..........................42
9.4. Anexo IV - Curva do limite de liquidez dos solos do Ponto I................................43
9.5. Anexo V - Curva do limite de liquidez dos solos do Ponto II................................44
9.6. Anexo VI - Curva do limite de liquidez dos solos do Ponto III.............................45
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO MUNICIPIO DE CAMPOS
GERAIS...........................................................................................................................14
FIGURA 2 - MAPA GEOLÓGICO DE CAMPOS GERAIS.........................................19
FIGURA 3 – GRÁFICO DO TEOR DE UMIDADE.....................................................28
FIGURA 4 – TABELA DE DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA.........................29
FIGURA 5 – GRÁFICO DE CARBONO ORGÂNICO.................................................29
FIGURA 6- FOTO DA VOÇOROCA............................................................................31
FIGURA 7- CLASSIFICAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DA VOÇOROCA.................32
FIGURA 8- FOTO AÉREA DA VOÇOROCA..............................................................32
FIGURA 9- MAPA DE DECLIVIDADE DA SERRA DA FORTALEZA...................33
FIGURA 10- MAPA HIPSOMÉTRICO DA SERRA DA FORTALEZA.....................34
FIGURA 11- CURVA DE INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO..............................35
12
1.INTRODUÇÃO
Os impactos ambientais são um grande problema presentes no mundo todo. A
desertificação, o uso indevido da agricultura, a extração mineral, a retirada de cobertura
vegetal, entre outros processos levam a impactos ambientais. A erosão do solo também
é um grave problema de escala mundial, o qual acarreta diversos prejuízos à população
e ao meio ambiente.
O processo de erosão em solos férteis é a principal forma de degradação dos
solos, o que pode resultar na formação de uma ravina que posteriormente evolui para
uma voçoroca. Essas voçorocas contribuem para o processo de erosão e o
empobrecimento de solos férteis.
A área estudada em questão consiste em uma voçoroca que teve sua origem
devida à exploração de cascalho para a construção de vias de transporte. Essa voçoroca
se localiza na Serra da Fortaleza, em uma área rural, a 8 km do município de Campos
Gerais – MG. Através das análises feitas do local foi possível observar a presença de
quartzitos e mica-xistos, que pelo processo intempérico geraram um solo muito arenoso
e de pouca plasticidade, além de pobre em matéria orgânica, o que contribui para o
aumento da erosão. Através do mapeamento foto-aéreo foi possível determinar o
formato e a classificação geomorfológica desta voçoroca.
Com a execução dos trabalhos de campo na área foi possível determinar a
direção do fluxo da água, fato que associado com a erodibilidade do solo, contribuiu
para a evolução desta voçoroca. A presença de uma falha geológica entre o contato do
quartzito com o xisto possibilita o escoamento de água por esta, o que leva a evolução
do processo erosivo.
2. OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo fazer as análises geotécnica, química e
mineralógica da área estudada, observando todos os fatores físicos (geologia,
geomorfologia, pedologia e clima) que podem levar a evolução da voçoroca. Através da
interpretação de fotos aéreas, do levantamento de dados da geologia da área, pode-se
fazer um monitoramento de informações sobre o crescimento da voçoroca. Como fase
13
final do projeto procurou-se realizar um estudo de recuperação de área degradada
propondo as possíveis medidas mitigadoras para a solução do problema.
3. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS DA ÁREA DE ESTUDO
3.1. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO
Campos Gerais esta localizada entre as coordenadas 21°14'06'' de latitude S e
45°45'31'' de longitude W, esta localizada na mesorregião sul/sudoeste de Minas Gerais
e na micro região de Varginha. Tem como limites municipais as cidades de Alfenas,
Campo do Meio, Boa Esperança, Fama, Paraguaçu, Santana da Vargem e Três pontas, e
esta inserida nas cidades do circuito dos lagos (localizadas ao entorno do lago de
furnas). Sua principal atividade econômica é a agricultura, onde se destaca a produção
de café. Segundo dados do IBGE (2007), Campos Gerais é a terceira maior produtora de
café do sul de Minas Gerias. Na agricultura também pode se destacar a pecuária, porém
em menor quantidade.
Segundo o DER-MG (2007), a rodovia principal que atende o município é a BR-
369. A distância de Campos Gerais a capital mineira é de 331 km, da cidade de São
Paulo e Rio de Janeiro 450 km e 520 km respectivamente, e de Brasília dista 1015 km.
14
Figura 1 – Localização do município de Campos Gerais na meso-região do sul de
Minas Gerais. (PEREIRA, 2010.)
3.2. CLIMA
O clima de Campos Gerais é abordado em escala regional e local, devido à
ausência de uma estação meteorológica na cidade. Em uma análise regional é destacado
características genéricas do clima tropical que predomina na região sudeste, dados que
são fornecidos pelas estações meteorológicas em Lavras e Machado. Já em escala local
o clima é abordado a partir da consideração de uma série de dados históricos
pluviométricos gerados pelo próprio município.
SERRA, A & RATISBONNA (1942) in UFMG (2007), afirmaram que o regime
climático, no verão, é determinado pelas ações da Massa Tropical Atlântica (MTA), da
Massa Polar Atlântica (MPA), Massa Equatorial Continental (MEC), da Frente Polar
Atlântica (FPA) e das Linhas de Instabilidade ou Calhas Induzidas (CI).
A temperatura média da região é baseada na análise das duas estações já citadas.
Em Machado a temperatura média mensal, varia entre 15,3°C em julho e 22,4°C em
fevereiro. A média das máximas permanece entre 23,1°C em julho e 29°C em fevereiro,
15
já a média das mínimas muda de 8,8°C em julho a 17,8°C em janeiro. Já em Lavras, a
média mensal, varia de 15,8°C em julho a 21,7°C em janeiro. As medias das máximas
varia entre 23,7°C em julho e 28,4°C em fevereiro, e as mínimas de 10,4°C em julho a
17,9°C em fevereiro. (UFMG, 2007).
Com essas informações obtidas através dessas duas estações meteorológicas
podemos fazer uma relação mais precisa sobre o clima e a temperatura de Campos
Gerais. E por essas duas cidades ficarem a aproximadamente 100 km de Campos
Gerais, a temperatura se assemelha as citadas acima.
3.3. HIDROGRAFIA
A rede hidrológica do município de Campos Gerais é abastecida pelo Rio
Grande, pertencente à Bacia do Paraná. Na região, também é abastecida pelo Córrego
Ribeirão da Onça, Córrego do Cervo, do Galo e do Barreirinho, além de ser banhada
pela represa de furnas. (UFMG, 2007).
O Córrego do Cervo configura-se como o principal eixo de drenagem local,
situando na porção centro-oeste do município. As elevações próximas como a serra do
macuco, e a da fortaleza (essa ultima citada é o local onde se realizara o estudo),
constituem-se em um grande divisor d água da região.
Segundo o Instituto Mineiro das Águas (IGAM, 2007), o município de Campos
Gerais é inserido na Unidade de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos
(UPGRHs) GD3, na região central da bacia do Rio Grande, além de ter grande parte de
suas terras banhadas pelo lago de furnas.
3.4. ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS
Esta paisagem está inserida no Planalto de Varginha (GATTO, 1983) ou
Planalto Sul de Minas (alto Rio Grande) o qual, juntamente com o conjunto de serras,
faz parte do Planalto Atlântico do Sudeste (AB’SABER, 1975). O relevo da área é
muito acidentado, possui serras altas com vertentes íngremes.
16
Deve se dar destaque a áreas de topos de colinas e morros, onde ocorre alteração
de rochas sob condições bio-climaticas intertropicais. Como a serra do paraíso que
possui vertentes íngremes, e atinge 1266m de altitude, e altitudes menores de 786m
estão localizadas próximas a represa de furnas, e a serra da fortaleza que possui altitude
aproximada de 1000m. A área urbana esta localizada a 850 metros de altitude.
(PEREIRA, 2010).
Na faixa de 880m a 980m constitui um relevo de morrotes e morros com cristas
alinhadas aos principais vales fluviais da área. Nos setores mais elevados das vertentes
predomina a cultura de café. Nessas vertentes ocorre processo de rastejo e rampas
coluvionares. Acima dos 1000m, ocorrem vertentes convexo retilíneas contendo no
sopé depósitos coluvionares que estão interdigitados por sedimentos aluvionares dos
principais córregos que acompanham as serras do paraíso e a da fortaleza. (PEREIRA,
2010).
Ainda segundo PEREIRA (2010), a área urbana de Campos Gerais se
desenvolve em superfícies topográficas suaves, tendo como barreira topográfica natural
a Serra do Paraíso, cuja direção principal é NW-SE, impedindo o crescimento da cidade
para nordeste.
3.5. COBERTURA VEGETAL
O município de Campos Gerais possui uma cobertura vegetal do tipo campestre,
e inclui cobertura vegetal de porte arbórea, sendo constituída pela mata fechada, em
diferentes estágios, primaria ou secundaria.
Segundo PEREIRA (2010), a cobertura vegetal existente constitui-se de
importância para a região, visto que nesta possui importantes nascentes. Dessa forma, a
presença da mata, representa proteção aos solos, quando em bom estado de preservação
e/ou conservação, uma vez que impede o contato direto das águas das chuvas, que
afetaria a sua estrutura, diminuindo a infiltração da água, aumentando o escoamento
superficial e intensificando a ação de processos erosivos. Porém estes remanescentes
estão desaparecendo visto que o processo agrícola se desenvolve de maneira intensa e
não sustentável na região.
17
Devido à grande atividade agrícola da região, a cobertura vegetal é rapidamente
substituída por culturas permanentes ou provisórias, e também pela formação de
pastagens.
O município de Campos Gerais possui uma vegetação de Mata Secundária, Mata
Ciliar, Capoeira, Cerradão, Cerrado, Cerrado com Floresta Galeria, Campo Cerrado,
Campo Cerrado com Floresta Galeria, e Várzea, além de vegetação rasteira e gramíneas,
que são utilizadas como pastagem. (UFMG, 2007).
3.6. ASPECTOS PEDOLÓGICOS
Os solos do município de Campos Gerais variam conforme a altitude de cada
área. As áreas elevadas caracterizam-se por rochas mecanicamente resistentes ao
intemperismo, predominando o quartzito, encontradas na faixa central e na zona norte
da serra de Campos Gerais, e são cobertas por alissolos. Esses solos são formados
através da lavagem ácida sobre o material de origem arenoso de regiões úmidas. A
espessura do solo varia conforme o tipo de relevo, mas sua espessura é muitas vezes
inferior a 50 cm. Esse tipo de solo dificulta a agricultura. (UFMG, 2007).
Ao contrário, as áreas de relevos colinares, sustentados por rochas
predominantemente ígneas, com destaque para as rochas de caráter especialmente
máfico, exibem coberturas de latossolos vermelho escuros, predominantemente, o que
permitiu a exploração do território agrícola pela cafeicultura. Esses são solos profundos,
homogêneos, com alto teor de óxido de ferro e alumínio, distróficos, álicos, baixa CTC,
baixa reserva de nutrientes, adensamento e baixo armazenamento de água (UFMG,
2007).
Esses solos são definidos como não-hidromórficos, sendo moderado e
latossolico, de textura argilosa ou média, rico em sesquióxidos.
Finalmente, as baixadas úmidas, correspondentes aos fundos de vales mais
extensos apresentam, como era de se esperar, uma predominância de gleissolos, solos
fortemente argilosos, com cores variegadas e de difícil uso agrícola. As baixadas
acabam sendo dedicadas a extensões de pastos úmidos (UFMG, 2007).
18
3.7. GEOLOGIA DA ÁREA
A geologia da região ocupada pelo Lago de Furnas se insere, em escala regional,
na Província Estrutural Tocantins, composta das Faixas de Dobramento Uruaçu e
Brasília, unidades estruturais encostadas na borda sul do Cráton do São Francisco.
(UFMG, 2007).
Se tratando do aspecto estratigráfico geral, as rochas que afloram na região são
das unidades do Complexo Basal de Campos Gerais, (composto de granito e gnaisse),
do Grupo Araxá (composto por xistos verdes micaxistos e migmatitos) e do Grupo
Canastra, composto por filitos e quartzitos. (UFMG, 2007).
As relações entre estratigrafia e condições tecto-estruturais apontam para o
seguinte:
• o Complexo Basal teria idade Pré-cambriana Médio a Inferior e teria sido afetado
pelos ciclos tectônicos Transamazônicos ou Uruaçuano, com retrabalhamento pelo
Ciclo Brasiliano, no Proterozóico Superior;
• os grupos Araxá e Canastra teriam idade do Proterozóico Médio e impressões
tectônicas ligadas aos ciclos Uruaçuano e Brasiliano (UFMG, 2007).
O complexo Basal situa-se nos municípios de Boa Esperança e Campos Gerais, e
se inserem na Zona Estrutural Guaxupé. Já os grupos Araxá e Canastra situam-se
alojados aos municípios de Ilicinia e Guapé (UFMG, 2007).
O conjunto regional é caracterizado, do ponto de vista das estruturas tectônicas,
por falhamentos de empurrão, intensos dobramentos e zonas de cisalhamento rúpteis
representadas por sistemas de falhas transcorrentes, com movimentação sinistral e
direção predominante N60-70W (UFMG, 2007).
Do ponto de vista da geologia regional, Campos Gerais tem seu território sobre
duas zonas estruturais regionais, e a sede se situa no limite dessas. Portanto o município
é composto por duas áreas de geologia bem diferenciadas. A área meridional é
constituída por rochas pertencentes ao Complexo Campos Gerais. A área central é
representada por quartzo-dioritos. A área setentrional esta inserida na zona estrutural
Araxá-Canastra, constituída de rochas metamórficas, onde se destacam quartzitos puros,
ou intercalados com xistos e filitos. E a região do distrito de Córrego do Ouro é ocupada
19
por duas faixas com largura menores, caracterizadas por gonditos e anatexitos e rochas
metabásicas e calcissilicáticas (UFMG, 2007).
Figura 2- Mapa geológico do município de Campos Gerais.(UFMG, 2007).
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A ocupação do homem no meio rural leva a diversos problemas que agridem a
natureza. Esses problemas ambientais são de vários escalões e podem levar riscos para a
20
própria população. O mau manuseio do solo leva a sua erosão, a perca de fertilidade, a
redução da cobertura vegetal, redução de infiltração, e demais problemas que ajudam no
aumento a erosão do solo. A agricultura, a exploração vegetal e a mineração estão
diretamente ligadas a esse problema. Pode se definir erosão como um processo de
remoção ou degradação do solo e da rocha por agentes e exógenos. Com a interferência
do homem esse processo pode ser acelerado e aumentar sua intensidade, esse processo é
chamado de erosão acelerada ou antrópica. Através do mapeamento de feições erosivas
é possível identificar possíveis problemas ambientais ocorrendo em determinadas áreas
(GUERRA, 1999).
Estas feições podem ser o processo de formação de ravinas com um
agravamento para voçorocas. Estes processos estão associados com a retirada da
cobertura vegetal e outras ações impostas pelo homem ou mesmo pela natureza
(GUERRA, 1999). Segundo este autor,
O processo responsável pela desagregação do solo, após a retirada da
camada vegetal em sua superfície, é o impacto das gotículas da água da
chuva [...], com isso, os sedimentos são transportados de um local para
outro sendo o aprofundamento disto a formação de voçorocas (p.72)
De acordo com o mesmo autor a voçoroca é uma escavação ou rasgão de solo ou
rocha decomposta, ocasionado pela erosão do lençol do escoamento superficial. Essa
escavação pode ter ocorrida por ação antrópica, com a retirada da vegetação o solo fica
exposto e vulnerável a ação de agentes exógenos que provocam a erosão do local.
Segundo Guerra (1999), para esclarecer o que distingue uma ravina de uma
voçoroca, diversas definições podem ser encontradas na literatura internacional e
nacional, porém, em geral, predominam as distinções de caráter dimensional, sendo
assim, as voçorocas caracterizam-se como incisões no solo com largura e profundidade
superiores a cinqüenta centímetros. A formação de voçorocas pode ocorrer por falta de
planejamento da água das chuvas, como construções de estradas, cercas, com o
ordenamento de enxurrada em um único ponto, retirada da vegetação, cavas para
mineração entre outros fatores. Essas voçorocas podem chegar a vários metros de
21
profundidade e de comprimento, devido ao fluxo de águas que passa em seu interior em
períodos chuvoso, acarretando grandes movimentos de massas.
Sobre isso, FERREIRA (2007), afirma que, “as voçorocas são consideradas um
dos piores problemas ambientais em áreas de rochas cristalinas nas regiões tropicais de
montanha onde são freqüentes e podem alcançar grandes dimensões”. Quando uma
voçoroca atinge o nível do freático, pode ocorrer uma formação de um novo rio naquele
lugar, e pode levar ao rebaixamento do lençol, ocorrendo a diminuição das águas nas
nascentes próximas as regiões.
Para AB’SABER (1968), o processo de formação das voçorocas esta associado a
paisagens de onde foi retirada a sua cobertura vegetal. Nestas paisagens, a água de
escoamento superficial ao percolar linearmente no solo, e atingir o lençol freático,
compromete a estabilidade da área e gera a formação de voçorocas. As voçorocas
podem ser classificadas segundo seu grau de desenvolvimento, com ativa, inativa ou
paleovoçoroca
Esses graves processos de erosão do solo, como as voçorocas, requerem medidas
de monitoramento e recuperação da área degradada. Segundo a EMBRAPA (2002), a
correção de áreas de voçorocamento podem se dar a fim de “controlar a erosão na área a
montante ou cabeceira da encosta, retenção de sedimentos na parte interna da voçoroca,
revegetação das áreas de captação (cabeceira) e interna da voçoroca com espécies
vegetais que consigam se desenvolver adequadamente nesses locais.”
Para ser realizada uma eficaz recuperação de áreas onde ocorrem voçorocas, de
acordo com a EMBRAPA (2002), é necessário que se isole a área, realize uma análise
química e textural do solo do local para que se conheça sua fertilidade e textura, para a
obtenção de dados importantes para aplicação de insumos necessários ao
desenvolvimento das plantas a serem cultivadas no local e também para ter uma melhor
dimensão das práticas para controle da erosão. Podem ainda serem construídas
estruturas físicas a fim de evitar o aumento da erosão que está sendo causada,
diminuindo a perda e movimentação de sedimentos.
Segundo ARAUJO, ALMEIDA E GUERRA(2007), a escolha das plantas é uma
fase critica. Uma cobertura de gramíneas ou vegetação herbácea muito apertada e densa,
por exemplo, fornece uma das melhores proteções contra a erosão superficial. Ao
contrario de uma vegetação arbórea com raízes profundas, que é mais eficiente para
22
mitigar ou prevenir rupturas na estabilidade superficial e de massas de solo. Nesse
sentido, a bioengenharia do solo e os métodos biotécnicos também podem ser vistos
como estratégia ou procedimentos para minimizar o ônus da vegetação, enquanto
capitaliza seus benefícios.
Através desses conceitos é possível ressaltar que as voçorocas são um grande
problema ambiental. Para sua contenção é preciso de todo um processo de estudos sobre
a área para que sejam tomadas todas as medidas de recuperação, e sejam implantadas as
medidas mitigadoras corretas.
5. METODOLOGIA
A execução desse trabalho constituiu de análises mineralógicas, químicas e
geotécnicas dos diversos tipos de solo da área de estudo. Também se realizou um
monitoramento através de estacas, colocadas próximas ao limite de erosão da voçoroca,
onde foram retiradas medidas para determinar o índice de crescimento da erosão durante
um ano, utilizando bússola e trena para coleta dos dados.
As estacas foram colocadas nas seguintes coordenadas:
Ponto 1: latitude 23k 0414894, longitude UTM 7651683, altitude 892 metros;
Ponto 2: latitude 23k 0414171, longitude UTM 7651707, altitude 894 metros;
Ponto 3: latitude 23k 0414805, longitude UTM 7651753, altitude 910 metros;
Efetuou-se um levantamento bibliográfico de trabalhos que retratam a recuperação
de áreas degradadas, para uma melhor elaboração de medidas mitigadoras para a área
estudada.
Para realização da análise geotécnica foram retirados 3 amostras de solo de
pontos diferentes no interior da voçoroca, os quais foram denominados de P1, P2 e P3.
As análises de solo foram procedidas no Laboratório de Geociências da Universidade
Federal de Alfenas- UNIFAL-MG e seguem as normas da ABNT/NBR/6459/82, e
foram realizadas das seguintes maneiras:
5.1 - ANÁLISE DOS MINERAIS EM LUPA
Na análise em laboratório com a lupa (TECNIVAL com aumento 10 vezes)
temos à ampliação macroscópica das partículas que compõem o solo. Esta análise
possibilitou identificar a presença e a quantidade de minerais primários, variação quanto
23
a forma dos grãos, a cor, e assim com os processos de alteração da pedogênese, ou seja,
teor de matéria orgânica (raízes e compostos orgânicos).
5.2 - TEOR DE UMIDADE
Em campo retirou-se amostras de solo, com massa entre 10g a 100g de solo.
Após serem coletadas, estas foram ensacadas e devidamente lacradas.
No laboratório a massa de solo úmido foi pesada, e em seguida colocada em
estufa com temperatura entre 105°C e 110°C por 24 horas. Após esse período retirou-se
a amostra e pesou-se novamente para se obter a umidade do solo, através da seguinte
equação:
U(%)=[(mu - ms) x 100]/ms
Onde:
U(%)= teor de umidade
mu= massa do solo úmido
ms= massa do solo seco
5.3 - TEOR DE LIQUIDEZ
O limite de liquidez de um solo é o teor de umidade que separa o estado de
consistência líquido do plástico e para o qual o solo apresenta uma pequena resistência
ao cisalhamento. No ensaio utilizou-se o aparelho de Casagrande, onde tanto o
equipamento quanto o procedimento são normalizados (ABNT/NBR 6459/82).
O aparelho é formado por uma base dura (ebonite), uma concha de latão, um
sistema de fixação de concha à base e um parafuso excêntrico ligado a uma manivela
que movimentada a uma velocidade constante, de duas rotações por segundo, elevará a
concha a uma altura padronizada para em seguir deixá-la cair sobre a base.
Calculo
O índice é unitário para os solos com teor de umidade natural igual ao limite de
liquidez, e zero para solos que tem umidade natural igual ao limite de plasticidade. O
índice de liquidez é indicativo das tensões vividas pelo solo ao longo de sua história
geológica.
Após o ensaio com todos os valores numéricos, esses foram colocados em um
papel semi-logarítimico, sendo que o número de golpes representa o eixo das abscissas
(escala log.) e o teor de umidade as ordenadas (escala natural). Posteriormente foi
24
tracejada uma reta que melhor se ajustou aos pontos do gráfico. O valor do limite de
liquidez do solo é o teor de umidade correspondente a 25 golpes.
5.4 - TEOR DE PLASTICIDADE
O limite de plasticidade é o extremo inferior do intervalo de variação de
umidade no qual o solo apresenta comportamento plástico. Para a realização desse
ensaio foi necessário uma placa de vidro com uma face esmerilada e um cilindro padrão
com 3 mm de diâmetro.
Calculo
O índice de plasticidade e obtido pela expressão:
IP=LL-LP
Onde:
IP= índice de plasticidade
LL= limite de liquidez, determinado de acordo com ABNT 6459
LP= limite de plasticidade.
5.5. - TEXTURA
Os solos grossos possuem acima de 50% das partículas visíveis a olho nu: são as
areias e os pedregulhos. Os solos finos são aqueles que 50% das partículas não são
visíveis a olho nu; são as argilas e os siltes.
A distribuição granulométrica foi feita em laboratório através de peneiras de 10,
30, 40, 60, 120 e 270 mechs, onde obtivemos a classificação granulométrica dos solos.
Para a realização desta análise foram utilizados 100 gramas de solo.
5.6 - ENSAIOS FÍSICOS DO SOLO EM CAMPO
Em campo foram análise as características morfológicas que compõe o perfil do
solo.
Cor
Característica morfológica de fácil visualização e identificação. Com as
observações em campo foi possível observar a grande quantidade de quartzito (solo um
pouco mais claro) e micas-xisto (solo com cor mais escura, um pouco avermelhada).
25
Estrutura
A estrutura do solo é o termo que designa a situação do arranjo das partículas no
interior da massa de solo. Variando o arranjo, a estrutura do solo, depende
fundamentalmente do tamanho e forma dos grãos, bem como dos minerais constituintes
dos grãos. Os principais tipos de estruturas são: granular simples, alveolar ou em favo e
floculenta. Em campo foi possível observar a olho nu a estrutura dos grãos.
Porosidade
Consiste em determinar o volume do solo ocupado por água e pelo ar, quando no
perfil “in situ” analisando ao tamanho ou a quantidade de poros. Através da observação
em lupa foi possível observar a porosidade dos solos do local.
Cerosidade
Determinar os aspectos brilhantes e cerosos nas superfícies naturais que
revestem as diferentes faces de umidades estruturais, como cor de matiz mais intenso.
Consistência.
Consistência refere-se ao grau de resistência e plasticidade do solo que
dependem das ligações internas entre as partículas do solo. Os solos coesivos possuem
uma consistência plástica entre certos teores limites de umidade. A consistência do solo
foi observada em campo quando se retirou as amostras para as análises. Foi possível
observar o grau de dificuldade que a pá entrou no solo.
Plasticidade
A plasticidade de um solo argiloso esta relacionado à forma de suas partículas, e
que é característica do argilo-mineral existente no solo.
Pegajosidade
Propriedade da massa do solo de aderir a outros objetos. Em campo, o solo foi
molhado com uma piceta, e unindo o solo com o indicador e o polegar foi possível
estabelecer se o solo é pegajoso ou não.
Cimentação
26
Determinada pela consistência quebradiça e dura do material do solo como:
carbonato de cálcio, sílica, óxidos de ferro e alumínio. A cimentação continua e
descontinua, classificam como fracamente cimentados (massa quebradiça); fortemente
cimentada (quebra com facilidade); extremamente cimentada (dificuldade para quebrar).
5.7 - TEOR DE CARBONO ORGÂNICO
O carbono, em baixos valores pode afetar a produtividade em razão de seu efeito
na estrutura; na disponibilidade de água para as plantas, e no seu poder de
tamponamento frente à presença de compostos muitas vezes tóxicos às plantas. A
análise de carbono orgânica foi feita através da pesagem de 20 gramas de solo seco, e
depois queimado em mufla por 7 horas a aproximadamente 500 g° e depois de resfriado
pesado novamente, assim se obteve o teor de carbono orgânico do solo.
5.8 - PH DOS SOLOS
O pH é um indicador químico do solo que analisa os processos e
comportamentos do solo. A quantidade de H+ no solo determina-se um solo é acido
(pH>7). Avalia a solução de nutrientes no solo, exercendo influencia na absorção pela
planta. Para medições do pH utilizou-se o peagõmetro e uma solução de água destilada,
o peagõmetro indica o valor do pH do solo.
5.9 - ELABOARAÇÃO DE MAPA HIPSOMÉTRICO E DE DECLIVIDADE
O município de Campos Gerais tem seu território inserido nas cartas
topográficas de Alfenas, Boa Esperança, Campo do Meio e Campos Gerais, com escala
de 1:50000, (IBGE 2007). Para a elaboração dos mapas hipsométrico e de declividade
foi usada essa carta do ano de 1970. Os mapas foram elaborados através de um software
de computador, o ILWIS. O Mapa hipsométrico foi confeccionado com base no MDT
em classes altimétricas, segundo o método de “intervalos iguais” (em inglês “equal
interval”) onde a distribuição do conjunto de classes teve o mesmo valor de intervalo de
30 metros. O mapa hipsométrico destaca a distribuição e a organização espacial das
principais unidades de relevo, e representa a altura da área de estudo em relação ao nível
do mar. O mapa de declividade representa o grau de declividade, em geral com blocos
de igual intensidade de dissecação fluvial, e reflete a taxa de variação na elevação. O
27
mapa foi confeccionado a partir do MDT com os valores de declividade em graus. Para
se ter uma melhor interpretação do mapa foi utilizada intervalos de 2% de declividade.
5.10 – GRÁFICO DE INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO.
O gráfico mostra o potencial de infiltração do solo ou o escoamento superficial.
Para realização do procedimento utilizou-se um cilindro de 10 cm de altura e 5 cm de
raio, que tem marcas de centímetro a centímetro de 0 a 10cm. Em campo foram
retirados todos os galhos e pedregulhos, limpando o solo. O cilindro foi inserido no solo
e em seguida foi despejada a água até que se chegou à marca de 10 cm. Ao ligar o
cronometro foi marcado o tempo em que a água infiltrava a cada centímetro. Os valores
registrados pelo cronometro foram colocados em uma tabela, e foram transformados de
minutos em segundos. Os valores da água que estavam em centímetros foram passados
para ml, e em seguida foram aplicados no gráfico.
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nesse item serão apresentados todos os resultados obtidos através das análises
geotécnicas feitas na voçoroca da Serra da Fortaleza. Também serão apresentadas as
discussões feitas em cima dos resultados, que posteriormente servirão para a conclusão
do trabalho.
Através da observação do solo em lupa, foi possível observar que no ponto 1,
estão presentes no solo, grandes quantidades de quartzo, recobertos por argila, com seu
formato sub angular e com estrutura prismática. Seu tamanho varia entre grãos médios e
finos, não havendo grande quantidade de poros nos grãos, o que torna o solo favorável
ao escoamento superficial.
No ponto 2 foi possível ver grandes quantidades de grãos de quartzo também
cobertos por argila, porém apresentando uma pequena quantidade de óxido de ferro,
com formato sub angular e estrutura prismática. Seu tamanho varia entre finos e médios
e também não apresenta grande quantidade de poros.
No ponto 3 foi possível observar grãos de quartzo também recobertos de areia e
apresentando maior quantidade de micas, e também oxido de ferro. Sua forma varia de
angular a sub angular, e apresenta estrutura laminar. O tamanho desses grãos são
28
médios, e apresentam baixa porosidade, o que mostra que o solo da voçoroca é diferente
em determinados pontos.
Com os resultados obtidos através dos cálculos de teor de umidade podemos
observar que o solo apresenta uma baixa umidade, onde os pontos 2 e 3 apresentam
mesma umidade, e o ponto 1 uma umidade maior, porém ainda baixa. O gráfico a seguir
mostra o teor de umidade dos solos.
Figura 3: Gráfico do teor de unidade.
No decorrer do trabalho foram feitas as análises do teor de liquidez, limite de
liquidez, teor de plasticidade, e o limite de plasticidade. Com os resultados chegamos ao
IP (Índice de Plasticidade), que em todos os 3 pontos o IP foi menor que 7, o que indica
que o solo pouco plástico, sem aglomeração de matéria orgânica, tornando-o um solo
com índice erosivo maior, acarretando o aumento da voçoroca.
Através da distribuição granulométrica feita com as peneiras de 10, 30, 40, 60,
120 e 270 meshs, observou-se que a maior parte dos grãos ficou retida nas peneiras 30 e
40 meshs, em ambos os pontos coletados, o que classifica o solo com uma textura de
areia média a grossa. Esse solo tem uma camada bem pequena que favorece a
infiltração, porém abaixo dele encontra-se a rocha fresca que dificulta a infiltração e
provoca o escoamento superficial, agravando o processo erosivo.
Os resultados foram colocados em um gráfico que representa a curva de
classificação do solo (Anexo I, II e III). A seguir a tabela apresenta os valores obtidos
na distribuição granulométrica:
14.28%
7.69% 7.69%
p 1 p 2 p 3
Teo
r d
e u
mid
ad
e
Pontos
Gráfico do teor de umidade
29
PONTOS Diâmetro
da peneira
PONTO1 PONTO 2 PONTO 3
PENEIRAS: PESOS PESOS PESOS
PENEIRA 10 2 mm 19,33 g 12,51 g 40,15 g
PENEIRA 30 0,59 mm 51,39 g 38,10 g 35,18 g
PENEIRA 40 0,42 mm 26,19 g 34,22 g 14,31 g
PENEIRA 60 0,25 mm 0,70 g 11,15 g 6,31 g
PENEIRA 120 0,125 mm 0,19 g 0,49 g 1,42 g
PENEIRA 270 0,053 mm 0,04 g 0,23 g 0,24 g
PRATO 0,01 g 0,03 g 0,0 g
Figura 4: Tabela de distribuição granulométrica.
O solo da voçoroca da Serra da Fortaleza também apresenta baixo teor de
carbono orgânico, tendo nos pontos 1, 2 e 3 os valores respectivamente de 2,17%,
2,68% e 4,32%, isso acarreta na não aglomeração de partículas, o que agrava o processo
erosivo. O fato do solo também apresentar um pH inferior a 6 o que o torna um solo
ácido, faz com que o teor de Cálcio no mesmo seja baixo, sendo esse elemento
importante na retenção de matéria orgânica que ajudaria a aglomerar mais partículas de
solo, ajudando a controlar o processo erosivo.
Figura 5: Gráfico de Carbono Orgânico.
30
Com a realização dos trabalhos de campo conseguiram-se resultados
preliminares que demonstraram algumas características do solo. Em campo foi possível
observar que os pontos 1 e 2 têm um solo de cor mais clara, um solo mais branco devido
a grande concentração de quartzito. Já o ponto 3 apresenta uma cor mais escura, um tom
mais avermelhado, devido a presença de micas-xisto.
Os solos também apresentam características semelhantes nos três pontos quando
falamos sobre sua estrutura. Todos os pontos são de estrutura granular, devido a grande
concentração de areias grossas e médias. A olho nu foi possível ver que os pontos 1, 2 e
3 apresentam pequena quantidade de poros.
Ao se tratar da cerosidade dos solos, os pontos 1 e 2 apresentam grandes
quantidades de quartzito, tornando-os com características cristalinas e brilhantes, com
cerosidade baixa. No ponto 3 nota-se maior quantidade de argila o que deixa o solo com
superfícies mais lisas e cerosidade mediana.
Em relação a consistência do solo em todos os pontos observou-se certa
dificuldade para cortar o solo com apá ou espátula, sendo assim os solos apresentam
uma consistência média.
O solo não apresenta índices altos de plasticidades. Molhando um pouco uma
pequena quantidade, esse desgrudou fácil dos dedos, o que mostra que o solo é arenoso,
com pequenas quantidades de argilos-minerais. Além da baixa plasticidade, o solo
também apresenta baixa pegajosidade.
A cimentação do solo é classificada como fracamente cimentada (maça
quebradiça). Os aglomerados do solo são quebrados com um simples toque das mãos.
Com o monitoramento através de estacas foi possível observar o comportamento
da voçoroca durante um ano. Foram feitas quatro coletas de dados, de três em três
meses. Com os resultados dessas coletas vimos que o processo erosivo ainda é
constante, e que nos meses chuvosos (novembro, dezembro e janeiro) a voçoroca
aumenta de forma significativa em relação ao período de estiagem. Notamos que a
voçoroca tem seu caminho principal no sentido norte-sul, com alargamento no sentido
leste a oeste, e aumento quase predominante no quadrante noroeste, e pouco no
sudoeste.
No interior da voçoroca foi possível identificar uma falha geológica, que
apresenta um contato litológico entre os xistos e o quartzito, e mesmo a voçoroca tendo
origem antrópica, sua evolução esta diretamente ligada aos aspectos geológicos da área.
31
Outro fato importante é seu crescimento no sentido Leste-Oeste, mais
predominante no quadrante noroeste, seguindo a orientação das falhas geológicas da
região, que segundo MENICHELI (2000), “esses falhamentos sinistrais associados a
Faixa Brasília geram falhas destrais relacionadas ao mesmo evento com direção N45E.”
Figura 6: Foto da voçoroca identificando o sentido do crescimento.
Além do monitoramento por estacas, observou-se também, através de imagens
aéreas que a voçoroca tem sua classificação geomorfológica como sendo dendrítica
caminhando para composta, que segundo IRELAND (1939), in ARANHA e
AUGUSTIN (2006), as voçorocas com classificação dendrítica ou arborescente, que
constitui o padrão predominante e se caracteriza por apresentar um padrão de
crescimento e desenvolvimento de voçoroca em ramificações. E as voçorocas com
classificação composta são aquelas que não apresentam um padrão único, mas podem
ser bulbosas e depois lineares, ou vice-e-versa. Isso indica que o processo erosivo é
constante no local e que a voçoroca vem sofrendo evolução em sua forma.
32
Figura 7: Classificação geomorfológica das voçorocas. (IRELAND, 1939).
Figura 8: Delimitação da voçoroca da Serra da Fortaleza. (GOOGLE EARTH.)
33
Com a elaboração dos mapas hipsométrico e de declividade foi possível
compreender a formação do relevo na serra da fortaleza, sua altitude e sua porcentagem
de declividade. A hipsometria mostra que a serra tem sua base próxima a represa de
furnas, acima de 780 metros de altitude, e seu topo chega 1080 metros. A voçoroca
localiza-se próximos aos 900 metros, estando a 120 metros da base e 180 metros do
topo da serra. Através da interpretação do mapa de declividade vimos que a declividade
máxima aproxima dos 12% apenas nos topos mais íngremes, e que na base da serra
varia entre 2 e 4%. Onde se localiza a voçoroca a declividade fica entre 6% e 8%. Essa
declividade aliada a um solo arenoso, com baixa plasticidade contribui para o aumento
da erosão e para o transporte de sedimentos para as redes de drenagens.
Figura 9: Mapa de Declividade da Serra da Fortaleza.
34
Figura 10: Mapa Hipsométrico da Serra da Fortaleza.
Ao analisar a curva de infiltração de água no solo vimos que na camada superior
do solo a água infiltra com certa facilidade, porém no decorrer do processo a infiltração
sofre uma redução considerável, o que provoca o escoamento superficial. Vários
aspectos podem ser levados em consideração quanto a isso. Nesse caso podemos
destacar o fato de que o solo ser composto por uma camada muito fina, estando muito
próximo a rocha. Sendo assim a água infiltra com certa facilidade enquanto está na
camada arenosa do solo, porém quando entra em contato com a rocha inalterada sua
35
infiltração sofre uma desaceleração. Esse processo de desaceleração provoca o
escoamento superficial, que contribui com o aumento da erosão.
Figura 11: Curva de infiltração de água no solo.
No decorrer deste trabalho foram feitos levantamentos bibliográficos para uma
melhor compreensão desses processos erosivos, com o intuito de propor uma melhor
medida de recuperação para a voçoroca da Serra da Fortaleza.
Para ser realizada uma eficaz recuperação de áreas onde ocorrem voçorocas, de
acordo com a EMBRAPA (2002) é necessário que se isole a área, realize uma análise
química e textural do solo do local para que se conheça sua fertilidade e textura, para a
obtenção de dados importantes para aplicação de insumos necessários ao
desenvolvimento das plantas a serem cultivadas no local e também para ter uma melhor
dimensão das práticas para controle da erosão. Podem ainda serem construídas
estruturas físicas a fim de evitar o aumento da erosão que está sendo causada,
diminuindo a perda e movimentação de sedimentos.
Com as análises geotécnicas realizadas na voçoroca, vimos que essa apresenta
um solo muito arenoso, com pH baixo, baixo teor de matéria orgânica, sendo um solo
muito pobre para a vegetação. Além de que os poucos nutrientes presentes no solo
acabam se perdendo durante as chuvas pelo processo de escoamento superficial. Esse
escoamento também dificulta a formação de vegetação no interior da voçoroca.
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
00:00 00:00 00:00 00:00
Vo
lum
e d
e ág
ua
(ml)
Tempo (s)
ALTURA DA ÁGUA (cm)
CURVA DE INFILTRAÇÃO
DE ÁGUA NO SOLO
Autor: Alessandro Expedito Cabral, 2013
36
Segundo ARAUJO, ALMEIDA E GUERRA (2007), a escolha das plantas é uma
fase critica. Uma cobertura de gramíneas ou vegetação herbácea muito apertada e densa,
por exemplo, fornece uma das melhores proteções contra a erosão superficial. Ao
contrario de uma vegetação arbórea com raízes profundas, que é mais eficiente para
mitigar ou prevenir rupturas na estabilidade superficial e de massas de solo. Nesse
sentido, a bioengenharia do solo e os métodos biotécnicos também podem ser vistos
como estratégia ou procedimentos para minimizar o ônus da vegetação, enquanto
capitaliza seus benefícios.
Nesse sentido procuramos propor medidas para que para que se tenha uma
proteção do solo no interior da voçoroca através de uma cobertura vegetal rasteira e
mais densa. E também a plantação de vegetação de grande porte na base da voçoroca,
com o objetivo de conter os sedimentos e prevenir rupturas de maças de solo.
Para ALMEIDA FILHO (apud SILVA, sem data), as vegetações mais usadas na
proteção de área com boçoroca são as gramíneas (batatais, seda, capim-quicuio e a
baquearia) e leguminosas (cudzu e as diversas espécies de Lespedezaspp). Enquanto
VIANA, LIMA, LUNGUINHO, TORRES e SILVA (sem data) utilizam o bambu como
vegetação para inibir o aumento da erosão, quando relatam o processo utilizado em uma
voçoroca: “No local onde a erosão se torna uma voçoroca foram plantadas sessenta e
cinco mudas. Foram cultivadas três mil mudas, que serão plantadas em locais pré-
estabelecidos para melhor contenção da erosão, como por exemplo, no abraço em torno
da erosão, em uma distância média de 2 metros da borda dos barrancos”.
Com todos os levantamentos bibliográficos feitos, para se iniciar o processo de
recuperação da voçoroca da Serra da Fortaleza deve-se fazer uma correção no pH solo,
utilizando de Calcário (base que neutraliza o ácido). Com essa correção a presença de
Cálcio será maior, e promovera uma retenção de matéria orgânica maior, indispensável
para a plantação de novas espécies. Sugerimos que sejam feitas também curvas de nível
em torno da erosão, para que se desvie o fluxo de água que nela adentra e acelera o
processo de voçorocamento. Próximas a essas curvas devem ser plantadas mudas de
bambu, para que ajudem a espalhar a água da enxurrada e segurar os sedimentos. Essas
mudas de bambu também devem ser plantadas dento da voçoroca, na base, para que
sirvam de barreira de contenção para os sedimentos, e prevenir mais rupturas de massas
de solo, além de suas folhas servirem como fonte de matéria orgânica para o solo que
contribuirá na formação de raízes e na aglomeração do solo. Nas paredes da voçoroca
propõe-se a plantação de braquiária, por ser uma vegetação muito apertada e densa,
37
fornece uma das melhores proteções contra a erosão superficial. E também é uma
espécie que apresenta uma grande quantidade de raízes, que ajudará o solo se
aglomerar.
7. CONCLUSÃO
As análises geotécnicas realizadas com os solos retirados nos 3 pontos da
voçoroca da Serra da Fortaleza, vem mostrar que a região apresenta um solo que
contribui com o processo erosivo. A baixa plasticidade, baixo teor de carbono orgânico
e de matéria prima aliando a um pH ácido faz com que os componentes do solo não se
aglomerem e os sedimentos são facilmente transportados com as chuvas, o que leva o
aumento da voçoroca. Todos os resultados obtidos com os ensaios mostram o que já
havia pressuposto antes, que a voçoroca esta em evolução, seu solo é fraco, a chuva
agrava a situação e medidas devem ser tomadas para que se resolva o problema.
Feito o monitoramento com estacas, e sendo auxiliado pelas imagens do Google
Earht conseguimos ver quanto a voçoroca cresceu durante o ano, e através das imagens
conseguimos classificar a voçoroca e perceber que ela esta mudando de forma, o que
mostra que o processo de evolução é rápido. Mesmo a voçoroca não tendo contato com
o lençol freático esse processo de evolução é preocupante, pois ameaça muitas
nascentes que tem ao seu redor, além dos sedimentos decorrentes do processo erosivo
serem transportados para um córrego que passa próximo a voçoroca. Esses sedimentos
estão causando o assoreamento desse córrego, causando a diminuição do fluxo de água
em seu leito. A grande quantidade de quartzito e argilominerais presentes no interior
da voçoroca mostram que o solo é muito arenoso e pouco plástico, tem uma
granulometria média a grossa, o escoamento superficial transporta com facilidade os
sedimentos, mesmo sendo areia média e grossa. Com essas características o solo se
tornou também muito fraco em nutrientes, e o crescimento de vegetação no interior da
voçoroca é quase nulo, isso também é um fato ao qual se conclui que a erosão esta ativa.
Por se tratar de área rural, um pouco distante da cidade, é inviável a utilização de
obras de engenharia no local, por isso, o melhor processo encontrado para mitigar a
erosão é a plantação de vegetação no interior e aos redores da voçoroca. Como já citado
acima foi escolhido à branquearia e o bambu para recuperar a área, por se tratar de um
processo mais fácil e mais barato de se fazer. Não descartando também fazer curvas de
nível para desviar o fluxo de água do interior da voçoroca.
38
O fato de a voçoroca ter sua orientação no sentido das falhas geológicas da
região mostra que seu crescimento pode não estar apenas ligado a fatores físicos e do
solo, mas também com aspectos geológicos do local. Pelo fato de haver um contato
litológico entre os xistos e o quartzito, a água infiltra por essa falha e aumenta a erosão.
Mesmo ela tendo sido causada por atividade antrópica, seu crescimento está diretamente
ligado aos aspectos físicos, pedológicos e geológicos do local.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Ciências e Letras de Franca, 1968, 1(2): 5-27, Franca.
AB’SABER, A. N. Formas de Relevo: texto básico. São Paulo: EDART, 1975. 80p.
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Áreas Degradadas. 2ed. Rio de Janeiro; Bertand Brasil, 2007.
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Gouveia, MG: características e processos associados. GEONOMOS (2006) 14(1, 2):
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Recuperação de Áreas Degradadas.Rio de Janeiro, 2002.
FERREIRA, R. R. M.; FERREIRA, V. M.; TAVARES FILHO, J. ; RALISCH, R.
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GATTO, L. C. S.; RAMOS, V. L. S.; NUNES, B. T. A.; MAMADE,
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Projeto RADAMBRASIL: levantamento de recursos naturais (v. 32), Folhas SF. 23/24
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S.; BOTELHO, R. G. M. Erosão e conservação dos solos. Rio de Janeiro: Bertrand
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39
MENICHELI, N. M. Geologia da Região de Campo do Meio - MG.Trabalho de
Graduação – Relatório Final. UNESP 2000.
PEREIRA, R. V. Diagnóstico Físico-Ambiental do Município de Campos Gerais –
MG, A Partir da Elaboração de Mapas Temáticos. Relatório Final apresentado à
Pró-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, por exigência do término da Bolsa de
Iniciação Científica, referente ao período de agosto de 2009 a julho de 2010.
Plano diretor participativo do município de Campos Gerais – MG. Campos Gerais:
UFMG, 2007.
SILVA, A. J. de P. Análise da Voçoroca na Cabeceira do Córrego Grota, no
Município de Joviânia – GO (sem data.)
VIANNA, P. C. G.; LIMA, V. R. P. de.; LUNGUINHO, L. L.; TORRES, A. T. G.;
SILVA, A. Estabilização de voçoroca - subproduto ambiental do diagnóstico dos
recursos hídricos, o caso do assentamento dona Antonia, Conde PB. (sem data.)
http://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.htm
40
9. ANEXOS
9.1. Anexo I - Curva de distribuição granulométrica do Ponto I.
41
9.2. Anexo II - Curva de distribuição granulométrica do Ponto II.
42
9.3. Anexo III - Curva de distribuição granulométrica do Ponto III.
43
9.4. Anexo IV - Curva do limite de liquidez dos solos do Ponto I.
44
9.5. Anexo V - Curva do limite de liquidez dos solos do Ponto II.
45
9.6. Anexo VI - Curva do limite de liquidez dos solos do Ponto III.