Alex Polari

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AOS QUE TOMBARAM NAS LUTAS QUE NO COMEAMOS. - Repdio a Farsa do Caso Zuzu no Linha Direta Produzido pelo TERNUMA Regional Braslia 1. Uma Viso

Algumas caractersticas marcam a constante guerra psicolgica que um poderoso segmento da imprensa move contra os que combateram os militantes e aliados das organizaes terroristas na luta armada: a. fazer crer que a luta era contra a ditadura militar, o que no a verdade, pois os lderes das Organizaes Militaristas (Partidos e Organizaes Poltico-Militares (OPM), dissidentes do PCB, da POLOP, do PORT e da AP, eram herdeiros da ortodoxia marxista-leninista ou da revolucionria Teologia da Libertao, cujo objetivo comum era a conquista do Estado, antes ou aps 1964, jamais descartando a ruptura pela via armada, visualizada como inevitvel, num dado momento histrico, dependendo apenas do grau da resistncia da burguesia ao triunfo liquido e certo das foras "progressistas; b. utilizar fatos, dados, e acontecimentos verdadeiros, explorando e ampliando os erros dos adversrios, pari passu com a insero de meias verdades, atenuao ou ocultao de suas farsas ou descalabros;

c. forjar acontecimentos, com personagens imaginrios ou verdadeiros, em entrevistas ou depoimentos manipulados e difundidos com a maior desfaatez, como j foi fartamente demonstrado no site do TERNUMA;d. utilizar de forma eficiente e at maquiavlica, certas datas, referentes s: - mortes de seus dolos, tais como Che Guevara, Marighella, entre outros; - Revolues Russa, Chinesa e Cubana;

- comemoraes do 31 de Maro, do dia do Exrcito, do dia de Caxias, da Intentona Comunista e semelhantes, inundando a mdia com artigos, entrevistas e depoimentos, que de forma direta ou no exploram assuntos de carter antimilitar com esprito de vendeta, a fim de manter vivas as cicatrizes de uma luta fratricida, cuja responsabilidade lhes coube e que teimam em querer transferir; e. difundir matrias a reboque de obras de arquitetada projeo de autores de renome, militantes ou simpatizantes da fraternidade comunista: - desencavando pretritas reportagens, desarquivando depoimentos fantsticos, alguns com mais de dez anos, como fizeram ao reapresentarem, periodicamente, mercenrias personagens como a do Marival, Raul (reportagem inicial em 12/11/1992, na Veja); de um tal de Coronel Cabral, aviador; e outros, todas de farta reproduo na mdia engajada, com dados que s contriburam para drenagem de rios em S. Paulo e alhures; para extensas peregrinaes em trilhas araguaianas, s custas dos contribuintes; e para escavaes espalhafatosas por este Brasil afora, sem nenhum cuidado com o meio ambiente; f. explorar relatos de verses escabrosas elaboradas por militantes esquerdistas, que se disseram torturados ou que forjaram verses absurdas, como o caso relatado no final desta matria; e g. aproveitar depoimentos de arrependidos, que se mantiveram sempre na crista da onda, encastelados no poder, usufruindo de benesses e, no momento, atendendo a seus interesses pessoais, como sempre fizeram, e confessando suas mea-culpas, sem o menor pejo. Assim, cumprimentamos o Sr. Delfin Netto, por reconhecer, em Isto , Dinheiro, que quase fomos para o fundo do poo no reinado do Sacerdote e do Bruxo, devido ao seu economs. Quanto ao elogio honestidade do Presidente Mdici, ao qual se juntam os louvores do Luiz Nassif, do lio Gaspari e de tantos outros, nada mais justo. 2. O Grande Objetivo.

a. Como de 1984 at hoje, a esquerda ascendente ao poder no conseguiu atingir os ndices do milagre, reconhecido pelo prprio lio Gaspari e repetido em recente estudo que coloca o perodo entre 1950 e 1974 logo incluindo a fase de 1964 a 1974 - e retirando o perodo dos arrependidos 1974/75 a 1979/80.

b. Como a ao das Foras Legais, no Brasil, foi a que menos vtimas ocasionou no combate ao terrorismo latinoamericano - com ndices menores que os praticados em vrios pases (Inglaterra, Frana, Espanha, Itlia, Grcia, Turquia e outros) -, a ao da esquerda dedicada luta armada foi medocre e ineficiente. c. Como as esquerdas so boas de chafurdice, torpeza e de farsas com mquinas de escrever, decidiram, e bem, incriminar, maldosamente, via mdia, os militares que combateram na contra-subverso. De resto, a omisso, o mutismo e a quase total ausncia do contraditrio permitiu a essa esquerda, aparentemente, alcanar seu objetivo: a neutralizao dos rgos de Inteligncia e das Foras de Segurana. Tudo fica como dantes no reino de Abrantes. 3. Um Caso Exemplar.

a. Parecidos com este caso s as montagens: - do Caco Barcelos que usou o pra-quedista Valdemar, na A Grande Farsa; - da Farsa de Mau Gosto, com a pobre Irm Adelaide, confundida com guerrilheira e o Genono dando aval a reprter; e - dos depoimentos dos pobres habitantes locais no Araguaia, aps mais de vinte e cinco anos, sem presena de replicantes e conduzidos por simpatizantes, jornapongas e membros de ONG, a grande maioria com vnculos ou ligaes com o PC do B. At cabea gotejando sangue, aps vinte e tantos anos, apareceu... b. Os casos de Stuart Angel e da Sr. Zuzu Angel tm origem na verso que Alex Polari de Alverga, (Barto, Virgulino e outros) da VPR, criou para o suposto assassinato do terrorista Stuart Edgar Angel Jones, Paulo ou Henrique, militante do MR-8, jamais, em tempo algum, um simples ativista poltico, mas, sim, partcipe em vrias aes armadas. A tal verso por sinal j foi difundida pelo Arnaldo Jabor, em sua coluna de 11/07/2002, intitulada Vale a pena ver de novo a zona geral do pas?, onde se l (...) no vi, mas muitos viram meu amigo Stuart Angel morrendo com a boca no cano de descarga de um jipe, dentro de um quartel, na frente dos pelotes. De l para c, s um, o Alex Polari de Alverga, viu e apareceu, ficando os muitos viram por conta do Jabor, seus usques e chopes ingeridos no Bar do Luiz ou no Antonios. Agora o Jabor acompanhado pelo Sr. Milton Abirached,

diretor-geral do "Linha Direta" que faz o repeteco! E que repeteco... Dentro de um Quartel? Na frente dos pelotes de soldados? Em local de acesso restrito e vedado a fraes constitudas? isto que a Linha Direta vai apresentar via affaire Zuzu Angel, ocorrido em 14 de abril de 1976? Ser que uma semana depois, ou pouco mais, vo aparecer, como quase praxe, os culpados presos? O processo de indenizao da Sr Zuzu foi ativado, devido a uma reportagem de O Globo de 15/ 05/1997, com base na entrega de um laudo sobre o acidente em 13/05/1997, isto aps mais de 25 anos. O resultado do julgamento, em prima instncia, foi desfavorvel aos familiares da Sr Zuzu, por 5 a 2, em 07/08/1997. Por volta de novembro de 1997, surgem repentinos testemunhos, inusitados, encobertos durante 25 anos e vindos luz depois de trs meses do primeiro julgamento... Os fatos testemunhais, surpreendentes, reativam o processo de indenizao da estilista e a batida na mureta se transforma, num passe de mgica, em acidente forjado, graas viso de duas testemunhas, guias distncia, uma delas com dois acompanhantes. Todos envolvidos so, naturalmente, noctvagos, acima de qualquer suspeita. Um afirma que viu um carro; outro viu dois. Mas isto so detalhes, simples detalhes... Apareceram tambm, nessa galopante sede de justia, dois peritos de So Paulo, produtores de um laudo, por exame de local de acidente, por computao, aps 25 anos, carimbando a verso de abalroamento. Um ou dois carros? Estranho... H diferenas marcantes entre os indcios de abalroamento e batida em mureta. Por sinal onde estava o Karman-ghia, carro usado por Zuzu Angel no acidente, para nova percia e conseqente laudo pericial? Estranho, muito estranho... No havia nenhum outro laudo do IML, o de cadver, de obrigatoriedade processual, da poca do acidente? Estranho, muito estranho, estranhssimo... Em 24 de maro de 1998, com tais testemunhos irretorquveis e o beneplcito dos votos de dois juizes, ligados no passado esquerda radical, um advogado e um promotor ligados s esquerdas, o resultado vira para 4 a 3. Caso o Ministro da Defesa comparea ao programa e d seu aval a esta farsa, ele ser mais um desses que procuram,

graas falta de conhecimento, dar aval a casos que mantm feridas abertas e que no cessam, para gudio das esquerdas e da industria de indenizaes, manipuladas por certo escritrio de So Paulo/SP. Vejam o time que a Globovetzia montou: as gravaes, que terminaram h mais de uma semana, incluem depoimentos do escritor Zuenir Ventura, da antiga e at hoje sempre eficiente esquerda festiva; da jornalista Hildegard Angel, filha de Zuzu; do ex-lder estudantil Wladimir Palmeira (ex - MR 8); da cineasta Lcia Murat (ex-MR 8); entre outros. Tambm participa uma das testemunhas da batida de carro que matou Zuzu (o Carlos Machado Ribeiro ou o Marcos Pires e seus acompanhantes?). A cena da morte de Stuart, pelo que se sabe, ser reconstituda, como o Alex a teria visto por uma janela, na base do Galeo. Ele viu? Seria possvel? A armador da verso, segundo consta, negou sua participao. Por questes msticas? Por problemas ticos? Ou por quais razes? Se ainda est l na Comunidade do Santo Daime, em Cu do Mapi, lugarejo da cidade de Pauini no Amazonas, que chore suas mortes e aes violentas. Pais de famlia morreram... Seria interessante que o Alex pudesse responder. Na sua cela havia cadeira ou mesa? Havia um muro prximo da janela? O local era de uso restrito? O ptio que observou era amplo? Soldados ou militares formavam sempre pelotes neste ptio? A janela era de vidro, tela ou grade? Ser que ele poderia responder? Estranho, muito estranho... Estranho e hilrio... Finalmente observamos e reconhecemos a perspiccia, o menosprezo, a falta de educao e a ausncia de respeito aos assassinados da Intentona, mortos por pessoas que rezavam pela mesma cartilha de Stuart Angel, Alex Polari et caterva...

Sexta-feira, 5 de setembro de 2008

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s proximidades de Salvador, ambos a kombi retornou ao Rio com seu posteriores indicaram que a kombi e pertencia a um paraense, estudante ue o volks, de cor branca, tinha placa

ormes foram levantadas, pelo Centro utica, as identidades dos radores do MR-8. O volks pertencia ao o STF, cassado, e a kombi pertencia, te paraense. Seus nomes sero foram presos. Passaram a ser am, no futuro, voltar a colaborar e igncia no perder contato com a

02/09 - O que o ELAOPA? 27/08 - O que a AJR? 15/08 - Congresso Bolivariano dos Povos 08/08 - Como surge um jihadista 02/08 - Cebrapaz e CMP organizam campanha, em Braslia, contra a Quarta Frota

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pois, em 17 de setembro de 1971, o no serto da Bahia e o MR-8, no Rio esmantelado. Lamarca foi o ltimo dos ndantes da guerrilha a ser eliminado. arighela, e seu sucessor, Joaquim ), morreram em novembro de 1969 e

l dos militantes da VPR era de que as a armada haviam sido derrotadas em da represso que levou ao seu co. Os remanescentes da VPR no Brasil a com a divulgao, no dia 7 de agosto ntos histricos:

o Comando) afirmava que em vista tos, fica estabelecido um novo ; que esse novo comando assume a e extinta e vai tentar salvar o que

idas Imediatas) assinalava que o final da derrota, alguns elementos dos para que se possa tirar do fracasso es necessrias (...) e, para isto,

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ZUZU ANGEL: Mudou-se quando criana para Belo Horizonte, tendo em seguida morado na Bahia. A cultura e cores deste estado influenciaram significativamente o estilo das suas criaes. Em 1947 foi morar no Rio de Janeiro. Nos anos 50 iniciou seu trabalho como costureira, quando fazia roupas principalmente para alguns familiares prximos. No princpio dos anos 70 abriu uma loja em Ipanema, quando comeou a realizar desfiles de moda nos EUA. Nestes desfiles sempre abordou a alegria e riqueza de cores da cultura brasileira, fazendo sucesso no universo da moda daquela poca. Pioneira na moda brasileira, fez sucesso com seu estilo em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos. Nos anos 70, seu filho Stuart, ativista contra o regime militar, foi preso e morto nas dependncias do DOI-CODI. A partir da, Zuzu entraria em uma guerra contra o regime pela recuperao do corpo de seu filho, envolvendo at os Estados Unidos, pas de seu ex-marido e pai de Stuart. Essa luta s terminou com sua morte em 1976 ocorrida na madrugada de 14 de abril de 1976, num acidente de carro na Estrada da Gvea em circunstncias ainda no esclarecidas, sada do Tnel Dois Irmos (RJ), aps Zuzu retornar de uma festa. O corpo de Stuart nunca foi encontrado.

AERONUTICA Joo Paulo Burnier liderou revolta contra 1K Morre no Rio brigadeiro acusado de envolvimento no caso Para-Sar DA SUCURSAL DO RIO

Morreu aos 80 anos, no dia 13 de junho, o brigadeiro Joo Paulo Burnier, conhecido por seu envolvimento na revolta de Aragaras (1959) e no caso Para-Sar (1968). A causa de sua morte e o local do sepultamento no foram divulgados pela famlia. Ele era casado e tinha seis filhos.

Em 1959, quando era major-aviador, ele comandou a Revolta de Aragaras, que consistiu no seqestro de um avio da Panair e na subseqente ocupao da localidade de Aragaras, em Gois. Os militares queriam convencer o ento candidato da UDN Presidncia, Jnio Quadros, a no desistir da candidatura. A revolta foi debelada aps 36 horas, e Burnier fugiu para a La Paz, na Bolvia. S voltou ao Brasil em 1961. O caso Para-Sar se tornou a histria mais marcante de sua biografia. Consistia, segundo o capito-do-ar reformado Srgio Ribeiro Miranda de Carvalho, morto em 1994, em um plano terrorista elaborado por Burnier, que consistiria em explodir o gasmetro do Rio na hora do rush e no seqestro e assassinato de 40 polticos, entre eles o ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda. A culpa das mortes seria colocada nos guerrilheiros de esquerda e serviria para justificar aes mais violentas do regime militar para eliminar a ameaa comunista. Carvalho afirmou que discordou da ordem. Burnier negou o plano. Em 1971, mais um caso polmico. O preso poltico Stuart Angel Jones foi morto dentro da Base Area do Galeo, que estava sob sua responsabilidade. O caso acabou causando a sua demisso. Em 1995, Burnier tentou evitar que o livro O Calvrio de Snia Angel, do tenentecoronel reformado do Exrcito Joo Luiz de Moraes, fosse colocado venda. O livro fala da morte de Jones, marido de Snia, que era filha de Moraes, e fala ainda do caso Para-Sar. Em 1999, um jantar em homenagem a Burnier no Clube Militar do Rio virou um evento de contestao ao governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Militar liderou revolta contra governo em 59. Joo Paulo Moreira Burnier nasceu no Rio em 1919. Entrou na Escola do Realengo em 1939 e passou para a Escola de Cadetes da Aeronutica em 1941. Contrrio ao governo de Juscelino Kubitschek, Burnier liderou, em dezembro de 1959, a Revolta de Aragaras. Com o fracasso do golpe, Burnier exilou-se na Bolvia. Voltou ao Brasil em 1961, aps Jnio Quadros anistiar os golpistas. Em 1968, j como brigadeiro, foi acusado de planejar uma srie de atentados no Rio. Depois da morte de Stuart Edgard Angel na Base Area do Galeo, em 1971, foi posto na reserva.

Srgio Macaco: diferenaPor WB 15/06/2008 s 18:16

o

homem

que

fez

Srgio era admirado por indianistas como os irmos VilasBoas e o mdico Noel Nutels. Foi amigo de caciques como Raoni, Kremure, Megaron, Krumari e Kretire. Os ndios o chamavam "Nambigu caraba" (homem branco amigo). Aos 37 anos, Srgio Macaco (como era conhecido na Aeronutica) j tinha seis mil horas de vo e 900 saltos em misses humanitrias, de resgate e socorro em geral. Todavia o tipo de tarefa que lhe seria proposta ali pelos oficiais no era nem um pouco digna ou solidria. Dia 12 de junho de 1968, o capito para-quedista Srgio Ribeiro Miranda de Carvalho, convocado a uma reunio, foi recebido no gabinete do ministro da Aeronutica pelos brigadeiros Hiplito da Costa e Joo Paulo Burnier, que viria a se tornar conhecido como torturador e assassino. Srgio era admirado por indianistas como os irmos Vilas-Boas e o mdico Noel Nutels. Foi amigo de caciques como Raoni, Kremure, Megaron, Krumari e Kretire. Os ndios o chamavam "Nambigu caraba" (homem branco amigo). Aos 37 anos, Srgio Macaco (como era conhecido na Aeronutica) j tinha seis mil horas de vo e 900 saltos em misses humanitrias, de resgate e socorro em geral. Todavia o tipo de tarefa que lhe seria proposta ali pelos oficiais no era nem um pouco digna ou solidria. ? O senhor tem quatro medalhas por bravura, no tem? ? indagou Burnier. Srgio respondeu afirmativamente. Ento o brigadeiro continuou: ? Pois a quinta, quem vai colocar no seu peito sou eu ? fez uma

pausa. ? Capito, se o gasmetro da avenida Brasil explodir s seis horas da tarde, quantas pessoas morrem? Achando que a pergunta se referia apenas remota hiptese de um acidente na cidade do Rio de Janeiro, Sergio respondeu: ? Nessa hora de movimento, umas 100 mil pessoas.

Foi nesse momento que os dois brigadeiros comearam a explicar um terrvel plano terrorista das Foras Armadas e qual deveria ser a participao de Srgio. Os dois propuseram que ele, acompanhado por outros para-quedistas, colocasse bombas na porta da Sears, do Citibank, da embaixada americana, causando algumas mortes. Em seguida viria a grande carnificina: queriam que dinamitasse a Represa de Ribeiro das Lajes e, simultaneamente, explodisse o gasmetro. As cargas, de efeito retardado, seriam colocadas pelo capito Srgio, que depois ficaria aguardando, no Campo dos Afonsos, o surgimento duma grande claridade. A ele decolaria de helicptero e aportaria no local da tragdia posando de bonzinho, prestando socorro a milhares de feridos e recolhendo mortos vtimados pela ao da prpria Aeronutica. Colocariam a culpa nos grupos esquerdistas que lutavam contra a ditadura. Srgio seria tido como heri por salvar as supostas vtimas dos "comunistas" e receberia sua quinta medalha, enquanto a ditadura teria um pretexto para aumentar a represso a socialistas e democratas. O capito se negou a participar de uma ao to vil. Declarou corajosamente aos bandidos fardados: ? O que torna uma misso legal e moral no a presena de dois oficiais-generais frente dela, o que a torna legal a natureza da misso. Outros em seu lugar simplesmente encolheriam os ombros e obedeceriam aos superiores, iriam se desculpar dizendo que estavam apenas "cumprindo ordens". Mas Srgio era tico, ntegro, no tinha obedincia cega a ningum, seguia acima de tudo sua conscincia e valores. Era um homem de verdade:

denunciou o plano diablico e evitou aquela que seria a maior tragdia da nossa histria. Foi perseguido pela ditadura, discriminado, removido para o Recife, reformado na marra aos 37 anos, cassado pelo AI-5 e pelo Ato Complementar 19, curtiu priso... s no puderam quebrar-lhe integridade e honra, sua firmeza de ser humano. Srgio se recusou a ser anistiado. "Anistia-se a quem cometeu alguma falta", costumava dizer. "No posso ser anistiado pelo crime que evitei". Em 1970, necessitando de um tratamento de coluna, aconselharam-no a no se internar em unidade militar, pois certamente seria assassinado l dentro. Graas ao jornalista Darwin Brando, com auxlio do mdico Srgio Carneiro, o capito acabou sendo tratado clandestinamente no Hospital Miguel Couto. Nos anos 90, o Supremo Tribunal Federal determinou indenizao e promoo de Srgio a brigadeiro. Tal sentena dependia, porm, da assinatura de Itamar Franco. Itamar, como se sabe, no nenhum modelo de virtude e, no por acaso, foi vice do corrupto Fernando Collor de Mello, que foi prefeito binico de Macei durante a ditadura e se criou politicamente graas ao regime militar... Por seis meses, o presidente Itamar Franco ? mesmo sabendo que Srgio estava acometido de um cncer terminal no estmago ? guardou, na gaveta, a sentena do STF favorvel ao capito. S a assinou trs dias depois da morte do heri ocorrida em 4 de fevereiro de 1994. Srgio Ribeiro Miranda de Carvalho (cuja histria narrada no documentrio "O Homem que disse No" do diretor francs Olivier Horn) foi enterrado no cemitrio So Francisco Xavier no Caju sem honras militares. lembrado, entretanto, por todos aqueles que valorizam vida, tica, honestidade, coragem. Srgio provou que, ao contrrio do que muitos dizem, uma pessoa pode mudar a Histria: cada um de ns faz diferena no mundo.Caso Para-Sar: incndio destruiu arquivos

Chico Otavio

O arquivo de um dos episdios mais sombrios do regime militar virou cinzas. Em resposta a uma solicitao do GLOBO sobre o Caso Para-Sar, episdio em que o ento capito Srgio Ribeiro Miranda de Carvalho se ops em 1968 a um plano do brigadeiro Joo Paulo Burnier de explodir o gasmetro do Rio de Janeiro e a represa de Ribeiro das Lajes e culpar terroristas pela ao, o Comando Aeronutica informou os arquivos de poca, guardados nas instalaes da Fora Area no Aeroporto Santos Dumont, foram destrudos no incndio ocorrido em fevereiro 1998. No incio do ms, o ministro da Defesa, Jos Viegas, declarou que a documentao sobre a guerrilha do Araguaia tambm foi queimada. Segundo ele, o material foi incinerado h muitos anos com base na legislao em vigor. No foram clandestinamente destrudas. Foram oficialmente destrudas. A lei permitia, alegou o ministro. Macaco no queria Para-Sar empregado na represso Srgio Macaco entrou em rota de coliso com o brigadeiro Burnier, que em 1968 era chefe de gabinete do ministro da Aeronutica, por discordar do emprego da Esquadrilha Aeroterrestre de Salvamento (Para-Sar), at ento usada em misses de resgate de sobreviventes de acidentes areos, na represso a movimentos contrrios ao regime. Na poca, o capito condenou publicamente a presena do Para-Sar na represso aos protestos feitos no Rio de Janeiro, no dia da missa de stimo dia do estudante Edson Lus. Ele passou a ser vigiado pelos servios de informao das Foras Armadas e, em junho daquele ano, teve com o brigadeiro Burnier um confronto aberto que selaria a sua sorte na Aeronutica. Srgio Macaco e os demais integrantes do Para-Sar participaram, naquele ms, de trs encontros com Burnier. Logo no primeiro, o brigadeiro surpreendeu os presentes ao sugerir a utilizao da unidade em uma escalada de atos terroristas que seriam atribudos a extremistas de esquerda. Tais atos incluiriam a exploso do gasmetros e da represa de Ribeiro das Lages, o que provocaria a morte de centenas de pessoas. Ento - teria dito Burnier seria dado um basta aos comunistas. A cidade exigiria a sua cabea a pauladas. Depois de repelir energicamente a proposta de Burnier, em bate-boca testemunhado por oficiais, sargentos e cabos presentes, Srgio Macaco respondeu a um processo sumrio e, foi para a reserva compulsria. Meses depois, seria tambm cassado pelo AI-5. Aeronutica alega que capito era insubordinado Trinta e seis anos depois, a Aeronutica afirma que as denncias de Srgio Macaco sobre os planos de Burnier eram infundadas. Uma sindicncia e trs inquritos policiais militares foram instaurados e concluram que as denncias no tinham o menor fundamento e no passavam de ilaes despropositadas do

capito Srgio, alega o brigadeiro-do-ar Antonio Guilherme Telles Ribeiro, atual chefe do Centro de Comunicao da Aeronutica (Ceconsaer). Srgio Macaco s teve os seus direitos reconhecidos cinco dias aps a sua morte, em 1994, quando uma deciso judicial o promoveu a brigadeiro. A Aeronutica, porm, nunca mudou o seu ponto de vista sobre o militar: Em virtude de seu comportamento recorrente de insubordinao e de suas constantes tentativas de desestabilizao da tropa, foi instaurado um processo de investigao sumria que concluiu pela reforma do capito-intendente Srgio Miranda de Carvalho, proposta que foi aceita e aprovada pela Junta Militar, disse o chefe do Ceconsaer. A viva de Srgio Macaco, Snia Miranda, que receber uma homenagem amanh do Grupo Tortura nunca mais em nome do marido, lamentou a posio da Aeronutica: Ao longo do tempo, as coisas ficaram claras. No foi nenhum delrio, inveno da cabea do meu marido