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Alfabetização nas Deficiências Um Desafio Fatima Pereira da Silva Fonoaudióloga ll Capacitação Deficiência Física SRE – setembro/2014

Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

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Page 1: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Fatima Pereira da Silva

Fonoaudióloga

ll Capacitação Deficiência Física

SRE – setembro/2014

Page 2: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Métodos de Alfabetização

Com tantas discussões acerca dos Métodos de

alfabetização, é de extrema importância a posição

do professor e escola, com relação as práticas

pedagógicas à serem adotadas nesse processo.

E quando pensa-se no aluno com deficiência seja

ela, física, intelectual, auditiva, visual, múltipla ou

mesmo o TGD, parece que os conhecimentos

pedagógicos apreendidos até então, tendem a

desaparecer.

Page 3: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Métodos de Alfabetização

Discutir qual método é mais eficaz é uma questão de

conhecer o que cada metodologia oferece e qual se

adequa a situação da sala de aula/aluno.

Nem sempre conseguimos trabalhar embasados em um

único método ou teoria.

Em cima dessa discussão, o professor precisa ter um olhar

crítico sobre as vantagens e desvantagens de cada método

e qual flexibilização necessária para que o aluno consiga

atingir a alfabetização e o letramento.

Page 4: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Métodos de Alfabetização

Podemos afirmar que todo ser humano nasce com

os requisitos necessários para aprender a falar em

um curto espaço de tempo, o mesmo não

acontece quanto ao ato de aprender a escrever.

A escrita é um produto cultural adquirido por meio

da relação ensino-aprendizagem.

Page 5: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

A História dos Métodos de

Alfabetização

Método de Alfabetização: Conjunto de princípios

teóricos com procedimentos que organizam o trabalho

pedagógico em torno da alfabetização.

Vários estudos em cada época específica pontuaram e

divulgaram para as escolas os benefícios de um

método, depois do outro até os dias de hoje.

Fazendo um breve retorno em busca dos métodos de

alfabetização já adotados nas escolas brasileiras temos

os seguintes pontos de cada método.

Page 6: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

A História dos Métodos de

Alfabetização - Sintéticos

Métodos Sintéticos: Partem de elementos menores que a

palavra, realiza correspondência entre fonema/grafema, da

parte para o todo

Dentre os Métodos Sintéticos temos:

Método Alfabético (soletração)

A) Memorização do nome das letras;

B) Grafia,

C) Família silábica;

D) Monossílabos, Dissílabos

E) Textos segmentados ( a ca sa, a ma re la, na, flo res ta)

Page 7: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

A História dos Métodos de

Alfabetização - Sintético

Método Fônico

Associação do fonema/grafema;

Vogais: nome e som das letras;

Palavras formadas com as vogais;

Apresentação dos fonemas regulares (d, b, f, j, m, n) de

forma isolada, em seguida os irregulares;

Junção dos fonemas regulares e posteriormente os

irregulares, com as vogais, formando sílabas;

Formação de palavras, frases, textos.

Page 8: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

A História dos Métodos de

Alfabetização - Sintético

Método Silábico

Vogais com ilustrações “O” de OVO;

Sílabas simples, apoio em palavras e ilustrações

destacando a sílaba na palavra “bo” de bola;

Famílias silábicas, sílaba em destaque na palavra;

Formação de palavras, frases, textos.

Page 9: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

A História dos Métodos de

Alfabetização - Analíticos

Métodos analíticos: Que partem de unidades

maiores, palavra para unidades menores.

Leitura é um ato global e ideovisual;

Reconhecimento global das palavras e das frases.

Dentre os métodos analíticos temos:

A)Palavração;

B)Sentenciação;

C)Global de contos/textos

Page 10: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

A História dos Métodos de

Alfabetização - Analíticos

Método de Palavração:

Apresenta palavras ilustradas que fazem parte do

universo infantil;

Memorização (leitura e escrita da palavra);

Divisão silábica das palavras;

Formação de novas palavras com as sílabas

estudadas;

Estudo e análise de grafemas/fonemas;

Formação de frases, textos.

Page 11: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

A História dos Métodos de

Alfabetização - Analítico

Método de Sentenciação

Apresentação de frases que fazem parte do universo da

criança;

Memorização;

Observação de palavras semelhantes dentro da sentença;

Formação de grupos de palavras;

Isolamento de elementos conhecidos dentro da palavra

(sílaba);

Estudo e análise de grafemas/fonemas.

Page 12: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

A História dos Métodos de

Alfabetização - Analítico

Método Global (textos, contos)

Apresenta partes do texto com sentido completo, em

cartazes;

Memorização – leitura e escrita do texto

Decomposição do texto estudado em frase (iniciando o

estudo do 2º cartaz);

Decomposição das frases em palavras;

Decomposição das palavras em sílabas;

Formação de novas palavras com as sílabas estudadas;

Estudo e análise de grafema/fonema.

Page 13: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

A História dos Métodos de

Alfabetização

Num determinado momento da história dos método surge os testes

ABC para verificação a maturidade necessária ao aprendizado da

leitura e escrita, a partir desse momento, as cartilhas passaram a se

basear predominantemente em métodos mistos ou ecléticos

(analítico-sintético e vice versa) onde disseminou a ideia e a prática

do “período preparatório”.

Em 1980 toda a tradição dos métodos de alfabetização até então

aplicados, foi sistematicamente questionada.

Na busca de soluções surge o construtivismo não como um, método

novo mas como uma “revolução conceitual” resultante das pesquisas

sobre a psicogênese da língua escrita desenvolvidas pela

pesquisadora argentina Emília Ferreiro e colaboradores.

Questionamento sério sobre o uso das cartilhas de alfabetização.

Page 14: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

A História dos Métodos de Alfabetização

Emília Ferreiro e Ana Teberosky em

Psicogênese da língua escrita

“Mais do que pensar em métodos, é preciso compreender os

processos de aprendizagem da criança ao tentar reconstruir a

representação do sistema alfabético.”

A escrita, a leitura e a linguagem oral não se desenvolvem

separadamente, mas atuam de maneira interdependente.

Experiências vivenciadas durante o período de 3 aos 6 anos fazem

parte do processo de alfabetização, a partir da interação dos

leitores e o material escrito.

Conhecimentos socialmente transmitidos pelos adultos e

assimilados pela criança.

Page 15: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Níveis de Hipótese de Escrita

Nível pré-silábico: Não existe uma correspondência entre

grafema/fonema, a criança pode reproduzir traços de escrita utilizando

letras, números, letras do seu nome ou mesmo letras aleatórias.

Nível Silábico: No início a criança associa cada emissão sonora (sílaba)

com uma letra, podendo usar qualquer letra para qualquer sílaba.

Posteriormente, ela descobre que a escrita representa a fala, esse é um

momento importante na evolução do processo de leitura.

Ex.: Cachorro KOR - AXO - COR

Aqui a criança não aceita escrever letras iguais como KOO ou uma

palavra com uma letra – Pó – P. Esse é um importante conflito para

avançar para o próximo nível.

Page 16: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Níveis de Hipótese de Escrita

Nível Alfabético

A criança utiliza letras com seus valores convencionais, com

variações de ortografia, compatíveis com o sistema, mas nem

sempre com a escrita padrão.

Ex.: Cachorro – KAXORO – COXORRO

U GATU BEBEU U LETI

Nível Ortográfico

A criança preocupa-se em escrever utilizando a ortografia

correta.

A criança começa a produzir textos antes mesmo de saber as

letras de maneira convencional.

Page 17: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Aplicação

O ambiente alfabetizador precisa oferecer ao aluno oportunidades de

participar de momentos de situações reais para o uso da escrita, diversos

atos de leitura e escrita.

Precisa ter atividades permanentes como um ambiente atraente,

aconchegante, livros de diversos gêneros, diferentes autores, revistas,

histórias em quadrinhos, jornais, textos com produção de outras crianças;

Jogos de mesa, jogos gráficos como caça palavras, cruzadinhas, forca...

Deixar material à vontade como cartelas com letras, letras móveis;

Criar ambientes de brincar dentro e fora da sala de aula para ampliação do

universo discursivo, da linguagem, sempre com atividades contextualizadas.

Todo material de exploração como encartes de supermercados, listas

telefônicas, livros de receitas, blocos de escrever, devem estar a disposição

da criança.

Page 18: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Métodos Tradicionais X Construtivismo

O construtivismo considerado até então o mais moderno e eficaz entre as

teorias de ensino, passou a ser alvo frequente de ataques. Até seus mais fiéis

defensores reconhecem que seu emprego na educação básica vem sendo,

no mínimo distorcido.

O conceito da teoria preconiza que é preciso levar em consideração a

bagagem cultural adquirida pela criança antes de ingressar na escola. A

técnica consiste em apresentar o mundo letrado ao aluno diretamente por

meio por meio de textos, mesmo antes dele ser capaz de decodificar cada

palavra. Ignorando que esses estudantes-mirins trazem de casa uma

bagagem bem mais vazia do que se esperava. Herdam dos pais histórias de

defasagem educacional.

(Questão de método/Revista Educação)

Page 19: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Métodos Tradicionais X Construtivismo

Para o professor Dr. Fernando Capovilla “É a mesma coisa que pegar um texto

em alemão, entregar a alguém que não conhece a língua e pedir pra ler”.

Capovilla, afirma que o construtivismo condena as crianças de classes menos

favorecidas ao fracasso escolar. Ele é um dos defensores do emprego do

método fônico. Onde é ensinado as crianças a correspondência entre sons

(fonemas) e letras (grafemas).

As discussões em torno dos métodos é acirrada.

O MEC nos seus Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), não compartilham da

mesma opinião do Dr. Capovilla.

Dr. Capovilla, é coordenador do Laboratório de Neuropsicolinguística Cognitiva

Experimental (Lance), do Instituto de Psicologia da USP.

Page 20: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Métodos Tradicionais X Construtivismo

Podemos pensar que se o construtivismo no Brasil, esbarra no complicador da

bagagem cultural de cada criança, podemos concluir que o construtivismo teria

melhores resultados em países em que a população é mais culta, onde a renda

familiar permite que a família tenha maiores condições de investir em livros, e

outras situações favoráveis ao aumento dessa “ bagagem”.

Isso não acontece! Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Itália, Canadá e

Portugal por exemplo, empregam o método Fônico antes de partir para a

compreensão e interpretação de textos. Porém ele não é aplicado

isoladamente, mas como parte essencial de um amplo programa de leitura e

escrita. Resultado segundo dados da Unesco, esses países tem taxas de

reprovação de 5%. Alemanha que tem o ensino centrado no fônico tem taxa de

2% de reprovação.

(Questão de método/Revista Educação)

Page 21: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Métodos Tradicionais X Construtivismo

Nos Estados Unidos o debate em torno dos métodos é tão sério que é

chamado de Reading wars (“guerra na leitura).

Em frente a essas discussões a pedido do Congresso Norte Americano, foi

solicitado ao National Institute of Child Health and Human Development

Instituto Nacional de Saúde da Infância e Desenvolvimento Humano), uma

pesquisa que foi realizada entre 1997 e 1999, com o objetivo de descobrir

se a abordagem fônica era realmente eficaz. Com isso foi realizado o mais

completo levantamento já produzido naquele país sobre métodos de

alfabetização. Chamado de National Reading Panel (Painel Nacional de

Leitura).

Para executar esse trabalho foi formada uma comissão composta por

pesquisadores, representantes de escolas, professores e pais. O grupo

identificou cem mil estudos sobre alfabetização.

(Questão de método/Revista Educação)

Page 22: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

PESQUISA SOBRE OS MÉTODOS DE

ALFABETIZAÇÃO

Conclusão da pesquisa realizada foi que as crianças alfabetizadas por

meio de métodos fônicos desenvolvem melhor a compreensão e

interpretação de textos, além de melhorar a expressão oral. “ As

descobertas mostraram que ensinar as crianças a manipular fonemas foi

altamente efetivo sob a variedade de condições de ensino e uma

variedade de alfabetizandos de diferentes séries e idades”.

Os participantes do painel destacaram que o treinamento da consciência

fonética não constitui um programa completo de leitura. “ No entanto, ele

dá à criança conhecimento essencial sobre o sistema alfabético.

“É um componente necessário a um completo e integrado programa de

leitura.” Afirma o relatório.

Page 23: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Método Fônico

A manipulação dos fonemas é altamente eficaz sob as mais variadascondições de ensino. A consciência fonológica amplia significativamente acapacidade de leitura da criança;

A aplicação sistemática do método fônico produz benefícios em estudantesdo ensino infantil ao 6º ano e para crianças em geral com dificuldades deleitura;

Alunos que foram alfabetizados por meio de método fônico demonstrammelhor capacidade para decodificar textos e ler em voz alta;

A aplicação sistemática do método fônico produz benefícios em estudantesdo ensino infantil ao 6º ano e para crianças em geral com dificuldades deleitura.

Page 24: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio
Page 25: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Método Multissensorial

Maria Montessori foi uma das precursoras do

método multissensorial. Ela defendia a participação

ativa da criança durante a aprendizagem. A criança

devia, por exemplo, traçar a letra enquanto o

professor dizia o som correspondente (MONTESSORI, 1948).

Fernald e Keller (1921), outros proponentes do

método multissensorial, também incentivavam as

crianças a pronunciar em voz alta os nomes das letras

enquanto as escrevessem.

Page 26: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Método Multissensorial

Em 1997 (Jardini & Vergara) realiza publicação de

um artigo em revista de atualização científica :

“Alfabetização de crianças com distúrbios de

aprendizagem, por métodos multissensoriais, com

ênfase fono-visuo-articulatória”.

A proposta aliava “Inputs” neurológicos auditivos

(sons-fonemas) aos visuais (letras-grafemas) e aos

cinestésicos (movimento para articular cada som).

Page 27: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Método Multissensorial

O método multissensorial busca combinar diferentes

modalidades sensoriais no ensino da linguagem

escrita às crianças.

Ao unir as modalidades auditiva, visual, cinestésica e

tátil, este método facilita a leitura e a escrita ao

estabelecer a conexão entre aspectos visuais (a

forma ortográfica da palavra), auditivos (a forma

fonológica) e cinestésicos (os movimentos necessários

para escrever aquela palavra).

Page 28: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

O Processamento Fonológico na

Alfabetização

De acordo com Capovilla, Alessandra Gotuzo - Nas últimas décadas a

processamento fonológico para a aquisição de leitura e escrita tem sido de

extrema importância.

Quando falamos em ter acesso ao léxico mental, estamos referindo a ter

acesso fácil e rápido à informação fonológica estocada na memória de

longo prazo. A eficiência no acesso léxico parece facilitar o uso de

informações fonológicas nos processos de decodificação e codificação

durante a leitura e escrita.

A memória de trabalho fonológica refere-se tanto ao processamento ativo,

quanto ao armazenamento transitório de informações fonológicas. Crianças

com dificuldades severas de leitura e escrita frequentemente apresentam

distúrbios nessa memória.

Page 29: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

O Processamento Fonológico na

Alfabetização

Consciência fonológica nós usamos para fazer referência à

consciência geral de segmentos nos níveis de palavra e

subpalavra (palavras, rimas, aliterações, sílabas e fonemas);

Consciência fonêmica é usado em referência específica a

consciência de fonemas;

Nem sempre a Consciência fonológica segue a ordem acima,

o que se tem em consenso é que a última habilidade a surgir é

a consciência fonêmica.

Page 30: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

O Processamento Fonológico na

Alfabetização

Existe evidência que as crianças pequenas tem maior

consciência de sílabas, aliterações e rimas do que de fonemas.

Enquanto estas parecem desenvolver-se espontaneamente, o

mesmo não ocorre com a consciência fonêmica;

A precedência da consciência suprafonêmica em relação a

consciência fonêmica é devida ao fato de que as sílabas

isoladas e outros segmentos mais amplos são manifestados

com unidades discretas na fala e o mesmo não acontece com

os fonemas isolados.

Page 31: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

O Processamento Fonológico na

Alfabetização

A consciência fonológica refere-se tanto a consciência de que a fala pode sersegmentada quanto a habilidade de manipular tais segmentos;

É uma consciência metalinguística ( que é a habilidade de desempenharoperações mentais sobre o que é produzido por mecanismos mentaisenvolvidos na compreensão de sentenças. Ela difere da habilidade linguísticacomo a percepção ou discriminação fonêmica.

Vários estudos tem direcionados para a importância da consciênciafonológica para o processo de aquisição de leitura e escrita.

A habilidade de estar atento aos sons da fala se correlaciona com o sucessodo aprendizado da leitura e escrita;

Page 32: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

O Processamento Fonológico na

Alfabetização

O tipo de consciência fonológica promovido pela instrução de leitura

depende do sistema de escrito que está sendo ensinado.

A Consciência fonêmica parece só ser alcançada com a introdução do

sistema alfabético; mas não com o silábico ou ideográfico.

A tomada de consciência de que a fala possui uma estrutura fonêmica

que é essencial para a aquisição da leitura, nesse momento essa

estrutura permite à criança converter a ortografia em fonologia, com isso

ela poderá qualquer palavra nova (mesmo com erros, no caso das

irregulares).

Isso acontece de que forma???

Page 33: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

O Processamento Fonológico na

Alfabetização

Esta é uma característica das ortografias alfabéticas, que permite

ao aluno ao se deparar com uma palavra nova, ler por

decodificação fonológica. Aos poucos esse processo contribuirá

para criar a representação ortográfica daquela palavra, que a

partir daí poderá ser lida por rota lexical .

A possibilidade dessa decodificação fonológica na leitura inicial é

estimulada pelos métodos fônicos em oposição aos métodos

globais.

As crianças que aprendem a ler por meio de decodificação

fonológica, quando alcançam maior eficiência nesse processo,

conseguem ler em velocidade maior e acumulam maiores

vocabulários, com isso alcançam níveis de compreensão de leitura

cada vez mais elevados.

Page 34: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Papel das Cavidades CONSOANTES ORAISConsoantes

NasaisS

e

m

i

v

o

g

a

i

s

MODO DE ARTICULAÇÃO

Oclusivas Plosivas

CONSTRITIVAS

Oclusivas NasaisFRICATIVAS Laterais

Vibrantes

Simples Multiplas

Papel das Cordas Vocais surdas sonoras surdas sonoras sonoras sonoras sonoras

Ponto de

Articulação

Bilabiais /p/ /b/ /m/

Labiodentais /f/ /v/

Linguodentais /t/ /d/ /n/

Alveolares /s/ /z/ /l/ /r/

Palatais /∫/ /ζ/ /ŋ/ /y/

Velares /k/ /g/ /R/ /w/

Page 35: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

FONEMA(SOM) ARTICULAÇÃO (MOVIMENTO DOS OFA’S) GRAFEMA(LETRA)

/a/ Boca bem aberta,mostrando-se os dentes. Sonoro. A

/e/ Boca entreaberta. Sonoro. E

/i/ Dentes à mostra, lábios esticados. Sonoro. I

/o/ Boca entreaberta, lábios arredondados. Sonoro. O

/u/ Boca semi fechada, lábios em bico. Sonoro. U

/b/ Lábios fechados, som explosiva-vibração, sonoro. B

/k/ Boca entreaberta,som brusco na garganta- sem

vibração,surdo.CA-CO-CU

QUE-QUI

/d/ Boca semi fechada, a língua toca rapidamente os

dentes superiores- vibração.Sonoro.D

/f/ Dentes superiores tocando lábio inferior, soltando o ar

- sem vibração, surdo.F

/g/ Boca entreaberta, som brusco na garganta -

com vibração.Sonoro

GA-GO-GU-GUE-GUI

/J/ Lábios em bico, língua elevada ou retraída -

com vibração,sonoro.

JA-JE-JI-JO-JU

GE-GI

Page 36: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

FONEMA(SOM) ARTICULAÇÃO (MOVIMENTOS DOS OFA’S) GRAFEMA(LETRA)

/l/ Boca aberta, a língua toca atrás dos dentes

superiores, sonoro.

L

/m/ Boca fechada, som nasal, sonoro. M

/n/ Boca aberta, língua atrás dos dentes superiores,

som nasal, sonoro.

N

/p/ Boca fechada , som explosivo – sem vibração,

surdo

P

/rr/,/R/ Boca entreaberta, garganta raspada, sonoro. R, ARRA

/r/ Boca entreaberta, língua toca uma vez o céu da

boca, mais ao fundo

AR,ARA

/s/ Dentes à mostra, lábios esticados, sopro contínuo,

língua toca os dentes inferiores –sem

vibração,surdo.

SA-SE-SI-SO-SU

ÇA-ÇO-ÇO-SS-CE-CI

/t/ Boca semi fechada, língua toca rapidamente

atrás dos dentes superiores, sem vibração, surdo.

T

/v/ Dentes superiores tocam o lábio inferior, soltando

o ar - com vibração,sonoro.

V

/x/ Lábios em bico, língua elevada ou retraída- sem

vibração, surdo.

X- CH

/z/ Dentes à mostra, lábios esticados, sopro contínuo,

língua toca os dentes inferiores – com vibração,

sonoro.

Z- ASA

Page 37: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio
Page 38: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio
Page 39: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio
Page 40: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio
Page 41: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Alfabetização nas Deficiências

Um caminho que precisa ser trilhado ainda com maior

cuidado, do que só pensar em qual método seria mais

adequado.

Precisa ser bem avaliado todas as condições motoras,

cognitvas, sensoriais... Para podermos dar os primeiros passos

nesse processo.

Eu nunca posso ir pra sala de aula, sem pensar em preparar

antes o material do meu aluno com as adaptações

necessárias ao caso, para que ele consiga reter melhor o

conhecimento transmitido.

E de que forma isso acontece?

DISCUSSÃO ABERTA COM PROFESSORES E PALESTRANTE

Page 42: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Projeto Participar

Softwares educacionais de apoio ao ensino de

deficientes intelectuais e autistas

Page 43: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio
Page 44: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Referências Bibliográficas

Netgrafia:

http://www.projetoparticipar.unb.br/images/somar.png

http://www.mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/CCBS/Cursos/Psicologia/boletins/4/Processos_lexicais_e_fonologicos_em_leitura_e_escrita_de_uma.pdf

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/alf_mortattihisttextalfbbr.pdf

http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/108/artigo233866-1.asp

Page 45: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Referências Bibliográficas

CAPOVILLA, A.G.S & CAPOVILLA,F.C. Problemas de Leitura e escrita:

como identificar prevenir e remediar numa abordagem fônica. São Paulo:

Memnon, 2003.

ZORZI, Jaime Luiz. Aprendizagem e Distúrbios da Linguagem Escrita:

Questões Clínicas e Educacionais. Porto Alegre: Artmed, 2003.

ANDRADE, Claudia Regina Furquim de et al. ABWF – Teste de Linguagem

Infantil: nas áreas de fonologia, vocabulário, fluência e pragmática. São

Paulo: Pró-Fono, 2000.

JARDINI,R.S.R. Alfabetização com as boquinhas-método fono-visuo-

articulatório: livro do professor. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.

Page 46: Alfabetização nas Deficiências Um Desafio

Lembrete

Trazer garrafa com água na próxima 5ª feira, já

trazer cheia, não encher no galão.

Ao buscarmos toda essa história dos métodos,

quando começamos a pensar nas deficiências

físicas, já abordadas nesse curso até então,

podemos chegar a quais questionamentos na

alfabetização????