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silvia-pinheiro
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ALGUÉM ME OUVIU (MANTÉM-TE FIRME)
Não me resta nada, sinto não ter forças para lutarÉ como morrer de sede no meio do mar e afogarSinto-me isolado com tanta gente à minha voltaVocês não ouvem o grito da minha revoltaChoro a rir, isto é mais forte do que penseiPor dentro sou um mendigo que aparenta ser um reiNão sei do que fujo, a esperança pouca me resta É triste ser tão novo e já achar que a vida não prestaAs pernas tremem, o tempo passa, sinto cansaçoO vento sopra, ao espelho vejo o fracassoO dia amanhece, algo me diz para ter cuidadoVagueio sem destino nem sei se estou acordadoO sorriso escasseia, hoje a tristeza é rainhaNão sei a alma existe mas sei que alguém feriu a minhaÀs vezes penso se algum dia serei felizEnquanto oiço uma voz dentro de mim que diz..
ChoreiMas não sei se alguém me ouviuE não sei se quem me viuSabe a dor que em mim carrego e a angústia que se escondeVou ser forte e vou-me erguerE ter coragem de quererNão ceder, nem desistir eu prometo
BusqueiNas palavras o confortoDancei no silêncio mortoE o escuro revelou que em mim a Luz se escondeVou ser forte e vou-me erguerE ter coragem de quererNão ceder, nem desistir eu prometo
Não há dia que não pergunte a Deus porque nasciEu não pedi, alguém me diga o que faço aquiSe dependesse de mim teria ficado onde estavaOnde não pensava, não existia e não choravaSou prisioneiro de mim próprio, o meu pior inimigoÀs vezes penso que passo tempo de mais comigoOlho para os lados, não vejo ninguém para me ajudarUm ombro para me apoiar, um sorriso para me animarQuem sou eu? Para onde vou? Donde vim?Alguém me diga porque me sinto assimSinto que a culpa é minha mas não sei bem porquêSinto lágrimas nos meus olhos mas ninguém as vêEstou farto de mim, farto daquilo que sou, farto daquilo que penso
Mostrem-me a saída deste abismo imensoPergunto-me se algum dia serei felizEnquanto oiço uma voz dentro de mim que me diz...
Tento não me ir abaixo mas não sou de ferroQuando penso que tudo vai passar parece que mais me enterroSinto uma nuvem cinzenta que me acompanha onde estiverE penso para mim mesmo será que Deus me querSerá a vida apenas uma corrida para a morte?Cada um com a sua sina, cada um com a sua sorteNão peço muito, não peço mais do que tenho direitoOlho para trás e analiso tudo o que tenho feitoE mesmo quando errei foi a tentar fazer bemNão sei o que é o ódio não desejo mal a ninguémHá-de surgir um raio de luz no meio da porcariaPorque até um relógio parado está certo duas vezes por diaVou-me aguentando, a esperança é a última a morrerNeste jogo incerto que o resultado não posso preverE quando penso em desistir por me sentir infelizOiço uma voz dentro de mim que me diz... Mantém-te firme
Letra: AC FirminoMúsica: AC Firmino \ Tiago Machado