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MINISTÈRE DES AFFAIRES ETRAN6ÈRES Service de la Coopération culturelle et technique 34-36 Rue de la Pérouse 75775 PARIS Cedex 16 COLONE Companhia de Colonizaçao do Nordeste Rua Oswaldo Cruz 1354 65000 SAD Luis-MA. BRASIL ALGUMAS PROPOSTAS DE MANEJO AGRO-PASTORIL NA ÂREA DA COLONE ESTADO DO MARANHÀO-BRASIL por Gabriel BOUDET Diretor de Pe squis a OR5TOM Colocado à di sp o si ç â o do IEMVT Fevereiro 1980 G.E.R.O.A.T. Groupement d'Etudes et de Recherches pour l'Agriculture Tropicale 42, rue Scheffer 75016 PARIS I.E.M.V.T. Institut d'Elevage et de Médecine Véterinaire des Pays Tropicaux 10, rue Pierre Curie 94700 MAISONS-ALFORT

Algumas propostas de manejo agro-pastoril na area da ...horizon.documentation.ird.fr/exl-doc/pleins_textes/divers18-06/... · sob 0 efeito cojugado dos roedores e do fogo, 0 povoamento

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MINISTÈRE DES AFFAIRES ETRAN6ÈRES

Service de la Coopération

culturelle et technique

34-36 Rue de la Pérouse

75775 PARIS Cedex 16

COLONE

Companhia de Colonizaçao

do Nordeste

Rua Oswaldo Cruz 1354

65000 SAD Luis-MA. BRASIL

ALGUMAS PROPOSTAS DE MANEJO AGRO-PASTORIL

NA ÂREA DA COLONE ESTADO DO MARANHÀO-BRASIL

por

Gabriel BOUDET

Diretor de Pe squis a OR5TOM

Colocado à d isp o si ç â o do

IEMVT

Fevereiro 1980

G.E.R.O.A.T.

Groupement d'Etudeset de Recherches

pour l'Agriculture Tropicale42, rue Scheffer

75016 PARIS

I.E.M.V.T.

Institut d'Elevage et deMédecine Véterinairedes Pays Tropicaux10, rue Pierre Curie

94700 MAISONS-ALFORT

N DIe E

AGRADECIMENTOS

1. Resumo e propos tas

II. Os objetivos da COLONE no contexto regional

III. As propostas

3

5

7

11

13

12."V • "VA. Propos~çoes de temas de vulgar~zaçao

."VB. Propos~çoes de espécies diversificadas de forragem

C. A Fazenda Central, suporte logistico e modela em grandeza

verdadeira 17"V

i. Principios de base a aplicar na gestao de pastagens"V

ii. As açoes a ser iniciadas

c. por um tratamento mecânico do pasto"V

2. Rotaçao de rebanhos

3. Controle e utilizaç~o das ~ueimadas das campinasrv

4. Introduçao de novas espécies de forragem; enriquecimento

e criaç~o de pastagens."V

5. Produçao de sementes, condicionamento, armazenamento

6. produç~o de torragens a cortar e a ensilar"V

7. Tecnicas culturais para uma rotaçao arroz-pastagem"V

e traçao animal

1. Métodos

a. pela

b. por

"Vde preparaçao do pasto

• "Vque~mada de contra-estaçao

"Vuma rotaçao acelerada dos rebanhos

19

21212121252729

31

35

39

43

IV. BIBLIOGRAFIA CON5ULTADA

ANEXOS

47

49

3

AGRADECIMENTOS

Ao presidente da COLONE, Waldecy Urquiza e ao diretor técnico,

Jonas de Souza Morelli pela caloroso acolho que me foi reservado e

pelos meios materiais que foram postos a minha disposiç~o durante a

jornada.

Ao diretor da Fazenda Central, Lûtero, ao veterinario Jo~o

Batista aos agrônomos Urbano e Joaquim e aos extencionistas que me

acompanharam no terreno.

À Patrick Maury, cooperante francês na COLONE, a quem eu devo

de ter sido comprendido por meus interlocutores e que me facilitou,

corn sua amical dedicaç~o, as relaç~es humanas indispensaveis.

Para 0 Dr Teixeira, que apresentou demoradamente e comentou

o trabalho e os resultados do departamento de "Pastagem e culturas

forrageiras" do centro de pesquisas agronomicas do trôpico ûmido"

da embrapa em Belém.

A Rubens Alberto De Queiroz, que aceitou traduzir este relat6rio,

sem 0 que, êle n~o poderia ter sido lido pelos agentes da COLONE,

interessados pela agro-pastoralismo.

Sem êles a miss~o n~o poderia ter sido levada a bom fim e a

assistencia técnica que ela poderia trazer n~o teria podido ser forne­

cida.

5

'"1 - RESUMO E PROPOSIÇOES

a perïmetro de intervenç~o da COLONE, de una superfïcie de

939 000 hectares, se situa na franja da floresta amazênica, no estado

do Maranh~o.

a objetivo é de instalar ai, de uma maneira estavel, 5.200 familias

em lotes de 50 hectares de floresta a desbravar para produzir simultanea­

mente: culturas de subsistencia e de renda, frutas, legumes e criaç~o de

gado.

Mas 0 fronte pioneiro selvagem se adianta às disposiç~es da COLONE

e os colonos insuficientemente advertidos, continuam as praticas extensivas

e destrutivas de agricultura em desmatamento de floresta e criaç~o muito

extensiva, da mesma maneira que ela é praticada nas grandes fazendas.

Ante a urgencia das intervenç~es a por em obra no campo da criaç~o

e levando em conta as fracas fontes financeiras, proposiç~es de tecnologia

suave s~o feitas em vista de melhorar a formaç~o de agricultores-criadores

afim de que êles possam manter a fertilidade de suas terras dentro de um

regime de exploraç~o intensiva.

Essas proposiçoes visam três domfnios de intervenç~o

1) Os temas de vulgarizaç~o a lançar :

a) A rotaç~o de rebanhos em um sistema de dois parques corn duraç~o

de estadia de 3 semanas.

b) A

do refugo no

rvlimitaçao do emprego

f ' d '" ~~m a estaçao seca.

de queimadas nas campinas e destruç~o

c) A mistura forrageira graminea-leguminosa a instalar em cultura

consorciada no arroz.

d) A instalaç~o de culturas de arroz, em linhas antierosivas

completadas corn capim elafante.

6

e) A proteç~o das ravinas corn uma graminea prostrada e uma

leguminosa adaptada às terras hûmidas.

f) A formaç~o de capineiras para complemento na estaçao sêca e

eventualmente ensilar.

g) A introduç~o da traç~o animal e da capinadeira, corn uma

produç~o derivada de bois engordados~

2) A diversificaç~o das espécies fotrageiras :

As espécies forrageiras jâ vulgarizadas s~o propostas outras

especies que respondem às diferentes situaç~es eco16gicas que se apre­

sentam: gramineas de porte eriçado, gramineas.de porte prostrado,

leguminosas de porte eriçado, leguminosas lianescentes.

3) Manejo da Fazenda Central, estrutura de acolho dos animais

a serem distribuidos e modela em tamanho real dos temas de vulgarizaç~o

para

a) Diversos processos de conservaç~o do pasto, em tôdas as estaç~es.

b) Adoç~o do sistema de rotaç~o de rebanhos por parques gêmeos

corn duraç~o de estadia de três semanas.

c) Reduç~o do emprego das queimadas das campinas.

d) Introduç~o de espécies forrageiras novas, misturas forrageiras

e enriquecimento das pastagens.

e) Produç~o de sementes forrageiras, seu condicionamento e armaze-

nagem.

f) Produç~o de forragem a cortar e a ensilar.

g) Técnicas culturais para uma rotaç~o arroz-pastagem e experimento

de um apoio de traç~o animal (bovino).

7

II - OS OBJETIVOS DA COLONE NO CONTEXTO

REGIONAL

o perImetro de intervenç~0 da COLONE, de uma superfîcie de

939 000 hectares, se situa na estrada federal 316 que vai a Belém,

na parte nordeste do Maranh~o, regi~o recoberta pela franja da grande

flores ta amazonica.

Este per{metro era considerado inabitado em 1959, corn exeç~o da

presença de tribos ind{genas TUpi que se encontram agrupadas desde

1930 proximo do rio Gurupi (fronteira entre 0 Maranh~o e 0 Para) em uma

reserva administrada pela FUNAI, 0 per{metro que esta sob 0 regime de

terras pûblicas (devolutas) foi confiado em 1960 à SUDENE para a istalaç~o

de 26 000 fam{lias mas em uma superficie de 3 milh~es de hectares. aprojeto, reduzido a 939 000 hectares para 5 200 fam{lias, era confiado em

1972 a uma filial da SUDENE, a COLONE.

Para explicar a situaç~o em frente a qual esta a COLONE atualmente

é necessârio lembrar brevemente a histôria do povoamento do Maranh~o.

Quando S~o Luis foi fundado pelos franceses em 1612, a colonizaç~o

das terras pelos portuguêses começava ainda em uma estreita faixa do

litoral entre 1648 (Alcântara) et 1768 (Itapecuru). Pela distribuiçao

entre 1750 e 1822, de perto de 3,5 milh~es de hectares por lotes de

aproximadamente la 000 hectares (sesmarias), a penetraç~o se efetuava na

direç~o do sul, ao longe dos rios corn introduç~o de escravos (1000 por

ana entre 1770 e 1804), a valorizaç~o agricola desses vales estava

baseada na produç~o de arroz, de cana de:.açucar e algod~o. Este ûltimo

foi comercializado pelos inglêses até 0 século XX em troca de maquinas

(moinhos de açucar,usinas de tecelagem) e de produtos de luxo.

Paralelamente se efetuava, no sul do estado, uma colonizaç~o de

criadores vindos do estado da Bahia, que atravessâvam 0 rio S~o Francisco,

passavam 0 rio Parnaiba (fronteira leste) em 1750 e atingiam a·fronteira

oeste (rio Tocantins) perto de 1810. Este povoamento se traduzia pela fraca

ocupaç~o do espaço, corn a criaç~o de grandes fazendas de criaç~o de gado

bastante extensiva.

8

Ulteriormente,os nordestinos, expulsos pela sêca e n~o mais podendo

trabalhar na exploraç~o da borracha a partir de 1920 v~o procurar terras

a desmatar e se avançar de leste ao oeste do estado do Maranh~o expulsos

pela extenç~o das grandes empresas agrîcolas de criaç~o extensiva.

Muitos migrantes se encontram no estado do Maranh~o, se instalando

ao longe das novas estradas da floresta pré-amazônica que êles desmatam

corn 0 machado e queimadas para fazer dois anos de arroz pluvial, de

mandi6ca e avançar, emseguida, mais profundamente.

Atraz dêles se instala a capoeira, onde 0 arroz pode ainda ser

produzido depois de 5 a ]0 anos de capoeira. Pouco a pouco se instala

sob 0 efeito cojugado dos roedores e do fogo, 0 povoamento de babaçu

(Orbygnia matiana) oleaginéso que constitui ainda hoje una das principais

fonte de Renda do Estado do Maranh~o.

o ecosistema florestal primârio desaparece portanto, progressivamente

antes mesmo que a riquesa em madeira de obra seja exploiada, dando lugar

à uma formaç~o de mata de pouco valor, provocando mesmo, dis-se, uma

estaç~o sêca mais rigorosa.

Incitados a desmatar para terem melhores colheitas, os migrantes

ou caboclos, s~o em seguido expulsos das terras pelos grileiros, em proveito

das grandes fazendas onde os empreiteros efetuam os grandes trabalhos de

desmatamento, empregando, à salârio de fome, os caboclos que ficaram,

expulsos de suas terras.

Neste ambiente movediço e destrutivo, a COLONE recebeu coma encargo,

estabelecer centros de colonizaç~o, tentando estabilizar os migrantes, de

levar a êles as técnicas culturais diversificadas (culturas de subsistencia,

culturas de renda, criaç~o), dar-lhes uma infraestrutura (estradas) e

possibilidades de desenvolvimento comunitario (érg~o .representativo, escola,

dispensârio), graças a reagrupamentos de colonos em centros que podem

abrigar de 50 a 200 fam{lias, afim de melhorar a quaiidade de vida desta

porç~o marginal da populaç~o brasileira.

o lote de t~rreno atr~buido a cada colono é de 50 hectares. Às

vêzes 0 centro de colonizaç~o é radiante, corn um povoamento limitado a

50 familias e 0 inconveniente maior é que 0 terreno proximo à casa é muito

estreito (20 metros) 0 que intensifica os riscos de caminhamento e eros~o

pela gade que entrarâ no curral todos os dias. Atualmente os novos centro

de colonizaç~o s~o de preferencia dispostos em quadrilâtero.

9

Nesta conceç~o que continua sendo propriedade da COLONE, 0 cultivo

deve ser segundo 0 esquema diretor

3 hectares de jardim pomar para aconsumaç~o familiar pois nada

foi previsto para a comercializaç~o das colheitas (recolhimento, usina

de geleia ... ).

0,5 hectare de cultura de renda : pimenta do reino e sem dûvida

em breve diversificaç~o para guarana, planta de colorante (urucu = Bixa

oreliana), plantas de essencia (citronelle, vetiver ... )etc ...

34 hectares de pastagens corn cercas e melhorias para 0 plantio de

plantas forrageiras.

2,5 hectares de culturas de subsistencia corn arroz, mandiôca e

cultura associando milho-feij~o.

la hectares de reserva frutifera delimitando 0 torr~o do centro

de colonizaç~o.

Qual é 0 estado atual deste projeto de colonizaç~o do alto Turi ?

a perîmetro de intervenç~o foi subdividido em 3 areas de valorizaç~o

sucessiva, apoiados por uma coordenaçao executiva e uma fazenda central

de 600 hectares.

Para a area nOl, 245 000 ha, a ma~s prôxima de Zedôca, 15 nûcleos

foram organizados e um extencionista reside de maneira permanente em

cada um dêles. 1383 famîlias foram instaladas das quais 500 seguem 0

modela econômico corn pimenta e bovinos.

Na area n° 2 de 245 000 ha igualmente, três agentes extencionistas

se ocupam de aproximadamente 1 500 familias, instaladas à quatro anos

ou menos e nesta area as estradas de penetraç~o acabararn de ser terminadas.

Na area nO 3, de 450 000 ha, a COLONE praticamente n)o interviu,

enquanto que 0 fronte pioneiro "selvagem" ocupa praticamente tôda area

mas 800 familhas das redondezas de Maranh)ozinho decidiram espontaneamente

se agrupar e se erigir em grupos comunitarios do tipo COLONE e elas

recebem 0 apoio dos extencionistas do grupo nO 2 que v~o as visitar de

tempos em tempos.

a avanço da frente pioneira ocorreu antes da intervenç~o da

COLONE e no conjunto das areas l e II (de uma superficie de 490 000 ha),

10

A FUNAI administra 85 000 ha ou seja 17% do perîmetro, 5.185 posseiros ocupam

52 000 ha ou seja 11 % do perimetro corn uma superfîcie média de la ha

(minifundios), 715 fazendeiros ocupam 140 000 ha ou seja 29 % do perîmetro

corn uma superficie média de 200 ha, e entre êles, 37 latifundios ocupam

63 500 ha corn uma superficie média de 1700 ha.

Resta portante 38 % do per{metro administrado pela COLONE (2%

estando ocupado pelas infraestruturas estradas, vilarejos) 0 que repre­

senta a instala~~o de aproximadamente 3 700 familias das 5 200 previstas

no plano.

Paralelamente, 0 esquema diretor de disposiç~o dos lotes é

dificilmente respeitado pelas 500 fam{lias que seguem 0 modela econâmico1

e pouco ou nada no todo pelas outras fam{lias das quais algumas continuam

instaveis. Assim em 400 lotas distribuidos a quinze anos atras, quase

a metade. esta nas m"aos do mesmo explorador, mais de um terço nas do

segundo explorador e 13 % dos lotes na do terceiro explorador.

Isto pode ser explicado pela fato que os colonos sigam mais 0

exemplo de seus vizinhos tradiconais do que as recomendaç~es dos extencio­

nistas

êles desmatam cada ana um pouco mais profundamente para cultivar 0 arroz

e frequentemente na area nO 1, a reserva florestal desapareceu. Alias as

técnicas a propor para estabilizar 0 sistema de culturas de subsistencia

parece estar ainda no campo das hipôteses e experiencias,

- êles dispoem e geram suas pastagens coma os fazendeiros vizinhos, mas

os colonos sô dispoem de 34 ha para a criaç~o.

Ante este estado de fato e levando em conta de um lado a urgencia

de aç~es para conter a influencia do frente pioneira e 0 açambarcamento

das terras que disto resulta e por outro lado a insuficiencia dos créditos

dos quais dispoe a COLONE e a coperativa COMALTA encarregada da comercializaç~a

do arroz, da pimenta e da compra de reprodutores bovinos, nos parece necessario

1° - propor temas de vulgarizaç~o "Criaç~o" que possam se tornar operacionais

a curto prazo.

2° - manter as proposiç'bes de intervenç~o de "técnologias suaves" portanto

pouco traumatizantes para 0 meio e de um custo moderado, portante aceitâvel

no quadro de intervenç~o pouco afortunado no qual deve se movimentar a COLONE.

3° - adotar como~inc1pio de aç~o que 0 colono deve adquirir a formaç~o

necessaria para manter a fertilidade da terra em um regime de exploraçao

intensiva.

Il

III - AS PROPOSTAS

A visita organizada ao perimetro de aç~o da COLONE tinha sido

precedida de urna revista bibliografica dos relat6rios afim de se ter

urna idéia das orientaç~es do projeto inic~al e da evoluç~o dos princfpios

de intervenç~o, levando em conta as realidades locais e as dificuldades

encontradas na medida da extenç~o do projeto e da multiplicac~o dos

nucleos de colonizaç~o.

Realizaç~es muito encorajadoras foram observadas no local e se

elas n~o concordam necessariamente corn os esquemas previstos originalmente

por um outro lado elas s~o testemunhas de um esforç~ de adaptaç~o pragmatico

às realidades locais e às caracteristicas eco16gicas dos lotes, tanto

dos tecnicos quanta dos colonos.

Todavia na pécuaria tem se tendencia a copiar 0 que se faz de

mane~ra extensiva nas fazendas vizinhas em detrimento da necessâria

intensificaç~o dacriaç~o no quadro dos lotes de colonizaç~o, voluntariamente

limitados a 50 hectâres. 0 exemplo dos vizinhos, corn bons ou maus resultados

continua de·tôda maneira um fator de emulaç~o muito favoravel que junto

corn os esforços dos extencionistas, coloco os colon~numa situaç~o tal que

elevai melhorando progressivamente sua técnica, tanto em produç~o animal

quanta em agricultura de renda (pimenta);

12

A - PROPOSICOES DE TEMAS DE VULGARIZAÇ~O

Alguns temas de vulgarizaç~o poderiam ser programados no dom{nio

agro-pastoral, numa ordem de prioridade à debater, seriamos seguintes

tema nO ] : Rotaç~o do rebanho, em sistemas de dois piquetes, cada 3

semanas, em época de chuvas.

tema nO 2 : Reduç~o da frequencia das queimadas das pastagens. Queimadas'" ....das pastagens recusadas pela gade no fim da estaçao seca (dezembro-janeiro)

afim de melhorar 0 teor de matéria organica do pasto.

tema nO 3 : Introduç).o de uma leguminosa associada a duas gramineas (um~

de porte eriçado e a outra de porte prostrado) em cultura disfarçada no

arroz.

tema nO 4 : Plantaç~o sistematica de mudas de capim elefante, corn o'arroz,

em linhas sensivelmente em curva de nivel e à aproximadamente 30 metros"l, '"umas das outras (para a proteçao do solo e a produçao de forragem na

'"estaçao seca).

tema nO 5 : Manejo das depress~es pela implantaç~o de quicuio da amazênia

embaixo da encosta e semeadura, na encosta, de uma leguminosa rustica ­

feij~o dos arrozais.

tema nO 6 Implantaç~o de um lote de forragem a cortar para as vacas

que aleitam (mistura de capim elefante e kudzu) embaixo do curral,

recebendo 0 escoamento das dejeçoes. A forragem produzida em janeiro

e ma10 podera ulterimwente ser posta em silo-trincheira de encosta,

cavado nas proxim idades .

tema nO 7 : No fim do arroteamento do lote, adoç~o de uma rotaç~o arroz­

pastagem, para assegurar a continuidade da produç~o de arroz. Os lotes

seriam necessariamente localizados nos terrenos arenoso-limonosos

profundos e pouco molhados. Um ana de arroz poderia suceder a dois anos

de pastagem. A preparaç~o do solo se efetuaria pela técnica tradicional

corn limpesa por corte e queimada prévia em fim de dezembro, os talos de

capim elefante seriam cortados rente ao solo mas sem serem arrancados.

13

~

B - PROPOSIÇOES DE ESPËCIES DIVERSIFICADAS DE FORRAGEM

Em suporte à vulgarizaç~o d~sses temas, 0 manejo da razenda

central constituiria uma experiencia de verdadeira grandeza, servindo para

familiarizar e motivar os extencionistas assim coma os colonos graças a

organizaç~o de visitas comentadas.

Por um outro lado, a aplicaç~o racional dêsses temas de

vulgarizaç~o sup~e previamente a programaça~ de uma logistica apropriada

referente ao aprovisionamento, em tempo oportuno, de gado para os colonos

(de preferencia de raças mistas leite-carne) , mas também 0 aprovisionamento

de sementes de forragens diversificadas, compradas de produtores de sementes

especializados, mas também pelo aperfeiçoamente de técnicas de produç~o

aplicâveis junto aos colonos

Gramîneas

1 - quicuio da amazânia (Brachiâria humidîcola), graminea de porte prostrado,

f~cil de implantar por semeadura mas também por estacagem de talos ; para

os riachos, os consorcios em pastagens permanentes, as proximidades de baixada

e a luta contra 0 fur~o (Imperata spp.). Em limite de baixada(varzea) ,no

CEPATU em Bélem, essa gramînea te~ uma carga anual de 2 cabeças/ha , em~

pastagem permanente, corn animais de 300 a 400 kg. A multiplicaçao vegetativa por

mudas, é mais aconselhavel quepor sementes, e é mais barata (Cr~ 400 / kg

de sementes corn poder germinativo maximo de 15%).

2 - lageado : jaragua (Hyparrhenia rufa), graminea de porte eriçado facilmente

implantada em solo rico ou pobre, por semeadura em cultura disfarçada

entre 0 arroz mas também por simples semeadura em j~neiro, fevereiro apos

simples desmataç~o e queimada dos rebrotos de mata (capoeira).

3 - capim gordura (Melinis minutiflora), gramJ_nea de porte semi-eriçado,

bastante rustica à reservar àos conçorcios em terrenos rochosos ou jaspeados~que sac abundantes em certos lotes.

14

~ - Braqui~ria (Brachiaria decumbens), gramînea de porte semi-eriçado, frequen­

temente utilizada para a fixaçao dos bordas de estrada. pode ser destruida por

um ataque œassivo de um inseto sugador (cigarrinha) ; bas tante conveniente

para os terrenos proiundos, bem drenados. A reservar. de preferencia, para 0

sistema de rotaç~o cultural arroz-pasto ; pode provocar acidentes de foto­

sensibilizaç~o junto aos jovens bovinos.

5 - Coloni~o (Panicum maximum), gramînea de porte eriçado, muito apreciada

dos bovinos;conveniente aos solos profundos. implantaç~o por sementes e mais

frequentemente por fragmentos de tronco pois as espigas das variedades locaist'\" t'\" t'\"

sac atacadas pela carvao (Ustilago sp.), fusariose (Fusarium roseum) e esporao

(Claviceps purpurea).

A coperaç~o francesa poderia .trazer sua coperaç~o à

pesquisa do cultivo de coloni~o, folhas, rusticas e resistentes ao carv~o

(ORSTOM-IEMVT) a coleç~o de hibridas obtidas pela ORSTOM apresentando cultivos

de caracterîsticas bastante variadas. Essa assistencia técnica poderia sem

duvida ser prevista em convenio corn a ElfBRAPA. a nivel do CENA~GEN. (centro"J .

nacional de recursos genéticos) e do SPSB (serviço de produçao de sementes

bâsicas) .

6 - Canarana erecta lisa (Echinochloa pyramidalis), graminea adaptada para as

varzeas, periodicamente alagadas. 1550 corresponde à situaç~o de numerosos lots

em limite da sub-area II. Para as terras mais inondadas poderiam ser introduzidas

as seguintes variedades

canarana verdadeira, canarana de pico (Echinochloa polystachya) ,ou

tanner grass (Brachiaria radicans), gramineas muito produtivas em condiç~est'\"

de alagagüo prolongada.

- leguminosas :

1 - Estilo (Stylosanthes guianensis), esta espécie é perene enquato que a

Alfafa do ~ordeste (Stylosanthes humilis) é anual ou bienal. Em Zédoca,

jovens pés de Stylosanthes sp. se encontran na ârea do aerôdromo, ao Longo da

Fazenda central e aqui e ali nas pastagens da Fazenda central e na capoeira'"'dos lotes de colonizaçâo. ~enhum pé verdadeiramente vivaz foi encontrado.

Poderia portantû se tratar de Stylosanthes humilis), ~as ta~bén de Stylosanthes

guianensis, esta ultina espécie ~âo resisce as queimadas, que s~o generalizadas

aqui ; mas ela se regenera por sementes.

15

""Essas duas espécies sac boas forrageiras mas seria necessario

comparar as da Fazenda Central, corn 0 comportamento em cultura pura, e

enriquecendo as pastagens de :

- alfafa do nordeste

- estilo cv. Cook, que é 0 cultivo mais robusto, bem produtivo.

, d d dl"" "" d' . d dE uma var~e a e precoce a qua os graos serac ~ssem~na os antes 0

queimada dos pastos. Estilo ou alfafa do nordeste deveriam ser preconizados

pela enriquecimento dos pastos permanentes e pela enriquecimento das pastagens., " ""temporar~a3 m~stas em rotaçao corn 0 arroz.

No CPATU de Bélem, 0 genero Stylosanthes e frequentemente atacado

pela anthracnose( Colletotrichium gloeosporioides), mas 0 ClAT da Colombia

teria seleçionado uma varieda resistente : la libertad.

2 - Feij~o dos arro~ais (Macroptilium lathyroides), leguminosa anual sem~­

""perene que se reproduznaturalmente graças a uma abundante produçao de

""graos, pouco exigente, suporta os solos pobres corn baixo pH, mal drenados.

Convém portante particularmente em mistura de forragem nas proxi­

""midades da baixada e à melhoria dos declivos. Os graos podem ser colhidos

""pelos camponeses ; os graos caem no ch~o e basta tira-los de baixo dos

""talos, rente ao solo e varrer os graos.

1 - Puero ou Kudzu tropical (Pueraria phaseoloides), esta espécie tem um

poder de sufocamento muito importante graças ao desenvolvimento de um

tapete de cipés e à abundancia de folhas~ Pode ser introduzida por cultivo

em faixas espaçadas de 20 à 30 métros e corn 2 à 4 métros de largura (uma

passagemde ida e volta, de grade de discos, por exemplo) dentro dos rastos

""invadidos pela furao (Imperata spp.). Cresce vigorosamente nos arroteamentos

dos acessos de baixada e ai se multiplica, às vêzes, naturalmente podendo ser

associada ao qui~uio da amazônia. Este espécie é igualmente interessante para

enriquecer as forragens à cortar para distribuiç~o quando ainda verde como

o capim elefante ; se semeia na borda corn 3 a 4 gra~s, os buracos estando

espaçados de um métro, aproximadamente.

4 - Centro ou Jetirana (Centrosema pubescens), esta espécie se encontra

naturalmente aqui e ali na capoeira ; foi testada P. Zedoca pela SlmENE e

se mostra sempre no lote de introduç~o oride ela recorre mêsmo os rebrotos. ~

sarçoso. E uma planta rustica, resist2Dte ao fogo, mas corn uma produçao de

forragem bas tante limitada.

16

5 - Leucena (Leucaena leucocephala), é uma b6a planta de forragem. Existem

variedaàes baixas tais coma cv. Ha\vai, es ta espécie exige tôdavia um pH

praticamente neutro e um rhizobium especîfico coma 0 ClAT 42 ou ClAT 59

isolados na Colombia, à Cali, pela Centro lnternacional de Agricultura Tropical

(ClAT). É sem dûvida a raz~o pela qual os ensa~os realizados na Fazenda

Central se revelam pouco favoraveis (solos acidos e ausencia de inoculaç5o de

rhizobium).

Alias esta espécie contém mimosina que faz cair os pêlos dos

bovinos e pode provocar acidentes de fotosensibilizaç~o, junto aos mono­

gastricos (cavalos). Esta espécie poderia ser utilizada para realizar sebes

de forragem, mas as dificulàades à vencer fazem dela uma espécie de segunda

prioridade.

6 - Amendoim do campo (Arachis prostrata), esta espécie perene, rasteira corn

rizones curtos, cobre bem 0 solo e é bastante resistente ao espezinhamento.

Conviria particularmente coma planta de cobertura nos pimentais.

7 - Siratro (~acroptilium atropurpureum), esta legumin6sa perene e lianosa

resiste ao rogo, suporta os solos pobres mas naD convern em terrenos de rapida

saturaç~o de âgua ou inundaveis (contrariamente ao feij~o dos arrozais).

Esta espécie deveria serintroduzida coma prioridade para experimen­

taç~o na Fazenda Central, visto 0 seu interêsse para-a melhoria dos pastos

e a sua resistencia ao fogn.

No CPATU de Bélem, 0 siratro esta frequentemente atacado, na

estaç~o chuvosa pela rhizoctoniose (Rhizoctonia solani) que provoca a queda

das folhas. Essas atacas n~o s~o graves pois a planta forma lozo novas folhas.

17

C - A FAZENDA CENTRAL - SUPORTE LOG l ST l CO E ,"DDELO 8~ GRANDEZA

VERDADElRA

Nos 600 ha da Fazenda Central, perto de 400 sac fechados em piquetes

podendo chegar à 22 hectares e a maior parte servida de açudes •..E difîcil de se fazer uma ideia sobre 0 estado das pastagens depois

de uma rapida visita a cavalo. Todavia a maior parte das pastagens foi

melhorada e 0 "PIano operativo para 1980" prevê uma elevaç"ao de 500 hectares

para as pastagens melhoradas (300 para 0 pasto e 200 para a produç~o de

sementes).

Aiguns dêsses parques s~o constituidos de uma exelente mistura de

gramineas, Coloni~o, Lageado, Quicuio da amazânia ; as duas primeiras de

porte eriçado e a ~ltina de porte prostrado.f'"

A maior parte é simplesmente enriquecida pela Lageado e a manutençao

das pastagens consiste em cortar cada ana os brotos de arbustos e de babaçu

(Orbygnia matiana) e a pastagem é limpa por uma queimada em plena estaç~o

sêca (setembro).

Na parte afastada de Fazenda os rebrotos s~o menos controlados

e 0 povoamento de babaçu é bastante denso. Semo enriquecimento pela lageado

as pastagens s~o frequentemente invadidas pela fur~o (Imperata brasiliensis

e Imperata cylindrica), sendo os outros constituidos de gramineas recusadas

pela gado coma 0 capim rabo de raposa.

Fora algumas experiências agronômicas corn as culturas de renda :

pimenteira, guaranazeiro, vetiver, urucu (Bixa oreliana), a Fazenda Central

é antes de tudo um centro de quarentena dos bovinos que devem ser distribuidos

aos colonos pela coperativa (COMALTA), um total de 1750 bovinos teria assim..transitaào pela fazenda nos ultinos quatro anos e a carga momentânea pode

.."variar bruscamente de 100 ou menos cabeças até 800. Como as compras s~o ligadas

às disponibilidades finenceiras da coperativa, nenhuma precis)o poàe ser. rv

encarada, 0 que coloca 0 problema da colocaçao em estado de pastagem dos

lotes à todo momento no ano.

Por um outro lado 0 parque de material agricola é reduzido e n~o

pode ser reforçado par faIte de créàito :

Jois tratores 90 cv corn tc~ada àe força quebr~da,

- um reboque,

- uma grade de àiscos ~offibinando discos dentados e lisos,

- uma roçaàeira fora de usa.

18

E portanto necessârio adaptar as . propos tas do arranjo agro-pastoral

às disponibilidades e às condiç~es especiais de exploraç~o. quardando coma

objetivo a necessidade de gerar as pastagens em modela de prévulgarizaç)o e

de ai aplicar as técnicas propos tas coma tema de vulgarizaç~o.

Para atingir êsses objetivos seria necessârio incumbir especialmente

um agrônomo deste incargo pois nêste momento :

- 0 agrônomo estâ perto. por seus encargos. de urn aprimoramento das técnicas

culturais e da multiplicaç~o das culturas de renda,

- 0 veterinario deve assegurar ao mesmo tempo a supervis~o sanitaria, a

1 "" l' d ., rv dcomp ementaçao a ~mentar os an~ma~s e a gestao as pastagens.

As atividades deste especialista se refeririam ent~o, em tempo

completo à

- métodos de preparaç~o dos pas tos "tôdas estaç6'es"

""2 - rotaçao de rebanhos

3 - controle e utilizaç~o das queimadas de campinas, ""4 - ~ntroduçao de novas espécies, misturas de forragem e enriquecimento das

pastagens

""5 - produçao de sementes e seu condicionamento

""6 - produçao de forragens à cortar ou à estocar

7 - técnicas culturais de uma rotaç~o arroz-pastagem vulgariz~vel, corn

instrumentos tradicionais e ajuda de traç~o animal.

i - PRINCIP lOS DE BASE A

19

APLICAR NA GESTA.O DE PASTAGENS

Antes de tudo um princîpio essencial de gest~o de pastagens deve

ser lembrado : A erva (produçào de gramîneas) é mais rica em energia e em

azoto quando jovem. Todavia para asseguraria perenidade da planta a uma

produç~o satisfatôria por hectare, ela n~o deve ser pastada quando ainda

:nui to j ovem.

Para as gramîneas tropicais coma 0 coloni~o 0 tempo de cres ci­

mento corresponde a uma produç~o vâlida e um bom valor de forragem é de

21 à 30 dias.

Também tôda a rotaç~o de rebanho em uma pastagem n~o deve visar

a rebater corretivamente a erva mas sim respeitar um periodo de repouso

entre duas estadias do gado, 0 que permitiria a produç~o debrotos de melhor

idade, ou seja, ideal.

Se uma pastagem n~o foi explorada, que é 0 casa particular da

fazenda, a erva produzida é velha e apresenta um fraco valor de forragem,

de onde a necessidade de aplicar um tratamento prévio à vinda do rebanho.

Todavia as leguminosas conservam durante muito tempo um bom valor

de forragem e elas têm frequentemente a caracteristica de vegetar (crescer)

antes da estaçao. Elas constituem portanto, em mistura às graminadas,

um complemento de rorragem que abranda as condiç~es de exploraç~o das

pas tagens.

A coperativa CO:~LTA tendo desarborizadora ârea n~ 1 pertode

Can~~, UT.a superficie da 300 hectares para a instalaçJo de uma fazenda

cie finalizaç~o da animais de 130 kg, para livrar os lotes ~ui:o encombrados

~elhorar as pastagens, a rotaçao cos rebanhos e a manutenç~o das pastagens

de\'eri2.m le'lar en centa as .sugesl5es propostas para a Fazenda Central.

21

;; - AS AÇOES ASER INICIADAS

1 - Métodos de preparaç~o do pasto

Tradicionalmente a preparaç~o do pasto é realizada durante a

estaç~o sêca pela queimada, geralmente em setembro e que é de preferencia

Na

sua chegada,

de um desmatamento corn foice, dos arbustos. As graminadas crescem de nove

rapidamente e fornecem uma pastagem de qualidade se bem que de fraca produÇao

neste periGdo do ano.

Por um outro lado, na Fazenda Central, os an~ma~s chegam em plena

estaç~o de chuvas para serem distribuidos aos colonos no momento em que

as pastagens, recentemente semeadas e carcadas, v~o chegar ao estado de

consumaç~o (perto do fim da estaç~o de chuvas). E portante necessario

'"preparar a pastagem em contra-estaçao.

a) pela queimada de contra-estaç~o

Esta técnica é frequentemente utilizada em Madagascar nas campinas

de porte eriçado mas relativamente pouco elevadas. Ela poderia ser experimentada

a partir dest~ ana no piquete que foi protegido do fogo durante dois anos

por causa de semeadura de leucaena em curvas de nivel.

A lageado produziu uma massa de palhas sêcas sob a qual regeita

os brotos verdes. Aproveitando alguns dias sem chuvas, 0 fogo poderia ser

acendido aquie alicom tochas de velhos jornais, de palha sêca ou de tecido

embebido corn petroleo.

Em uma gest~o planificada da fazenda, os parques apresentando,

no. fim da estaç~o sêca, muitas pastagens recusadas (sêcas) de gram{neas

'"poderiam naD ser queimadas antes das chuvas. A palha sêca seria entâo. .

queimada em caso de necessidade, um ou dois mêses antes da chegada prevista

dos animais.

'"b) Por uma rotaçao acelerada dos rebanhos

programaç)o inicial, sera necessar~o por os animais desde a

'" d ~ '"nas pastagens nao prepara as. Tres casos devem entao ser

encarados :

b.l - chegada do gade na estaç~o sêca

Os parques s~o preparados pele fogo desde que a chegada

dos animais é anunciada e se posslvel dois mêses antes.

22

b.2 - chegada do gade no coweço da estaç~o de chuvas

Se os animais chegarem entre janeiro e a metade de Março,

a idade da erva é ainda aceitâvel e a exploraçâo das pastagens pode ser

conduzida em rotaç~o normal (cf.2)

b.3 - chegada do gado em plena estaçâo de chuvas

i~es.te periodo do ana os juvens brotos de gramineas afogan-se

entre os brotos mais velhos. Os animais os preferem e os procuram, 0 que

resulta em uma perda de tempo na pastagem e em consequencia perda de pêso

do gado.

Para manter 0 bom estado do gado, seria necessario prevenir uma

complementaç~o da alimentaç~o de um quilo por dia, por cabeça, de farinha

de arroz (farelo) ajuntando-se durante um mês à complementaç~o minerai habituai

(sai de cozinha e mistura fosfo-câlcica).

En ]978 as três âreas da COLONE tinha produzido 100 000 toneladas

de paddy (arroz n~o decorticado) das quais 3 500 teriam sido comercializadas

pela coperativa. Em 1979 perto de 20 000 t de paddy teriam sido tratadas.

As previs~es de produç~o de arroz, feitas pelos colonos da COLONE s~o estimadas

para ]98P em perte de 30.000 t ~e paddy das quais 5.000 ser~o auto-consumidas.

o resto sendo comercializado pela coperativa e justificando 0 projeto de cons­

truç~o deuma usina de arroz pela COLONE. Nao existe portanto nenhuma

dificuldade para se obter as 30 toneladas de farelo necessârias. Aliâs uma

distribuiçao de farelo e de complemento minerai deveria ser rapidamente

colocada para os colonos afim de melhorar a comida do gade dos colonos e

em particular das vacas em lactaç~o.

'V 'VParalelamente a esta complementaçao, uma rotaçao acelerada

do rebanho seria organizada : ao nove lote de gade seriam atribuidos dois

piquetes (a superficie dos parques n~o sendo muito importante no in{cio e

a carga do conjunto podendo ser comprendida entre 0,5 e ]0 ha por cabeça).

a rebanho seria primeiramente posto uma semana em cada um

dos piquetes depois duas semanas. depois três semanas. Os animais poderiam•• • 'V

aSS1m se preparar progress1vamente para as zonas de pasto prefer1das, naD

recubrindo 0 conjunto dos parques mas sim onde os rebrotos produzidos'\..

durante 0 repouso do parque forem de boa qualidade de forragem. Pouco a

pouco os animais seriam obrigados a aumentar sua superf{cia de pastoreduzindo• 'V

progressivamente as superficies nao pastadas. a tempo de repouso de três semanas

permitiria todavia à erva pastada de resistir às pastagens repetidas.

23

Elemente de rala

'\,

Traçaa

25

c) Por um tratamento mecânico do pasto

A todo momento do ano, a pastagem pode ser preparada por uma

mâquina desmatadora que destroi a massa de forragem produzida, fazendo uma

palhagem que melhora 0 teor da campina em matéria orgânica e que rebate ao

mêsmo tempo a maior parte do mato, depois deste tratamento, que deve ser

efetuada um mês antes de colocar 0 gade no pasto, a erva que cresce de

nova é facilmente pastada pela gade que pisoteia a palhagem, 0 que facilita

a incorporaç~o da matéria orgânica mas que protege também 0 terreno contra

os efeitos nefastos do pisoteamento (socamento do solo, particularmente).

Entre as m&quinas utiliz&veis, a roçadeira é particularmente

fragil, mas 0 rolo de lâminas é rustico e eficaz. Diante das dificuldades

prâticas e financeiras para adquirir tais m&quinas no mercado parece

preferivel fabrica-las no pr6prio lugar, aproveitando a disponibilidade

de madeiras pesadas de qualidade e a existência de um atelier de mecânica

na COLONE.

Para um elemento de rolo à lâminas

- escolher um rolo de madeira pesada e resistente de aproximadamente

70 cm de diâmetro e 2 metros de comprimento.

- esvaziar 0 centro de cada extremidade, uma cavidade onde se

inserirâ 0 dispositivo de atrelagem e em torno de quaI girar~ 0 rolo.

Esta cavidade ser& protegida por uma bucha de ferro. A rotaç~o serâa

facilitada pelalubrificaç~o periôdica do eixo e a bucha corn 61eo de

limpeza.

- consolidar 0 rolo de madeira corn três aros de ferro, um em

cada extremidade e um no rnelo.

- fixaç~o de 6 lâminas de trabalho longi tudinais espaçadas de

aproximadamente 35 cm. Essas lâminas silo cortadas em ferro angular de 60

milimetros (longura comercial de 6 metros, dos quais três lâminas por

unidade). Elas s~o parafusadas nos três aros, 0 lado parafusado estando

colocado atr&z do sentido de rotaç~o para aumentar a resistência. A fixaç~o

posera ser consolidada por 2 a 4 parafusos de carpinteiro, fixadas no

tronco de madeira. Levando em conta a simplicidade de sua fixaç~o, as

lâminas usadas poder~o facilmente ser substituidas pelas novas.

26

o dispositivo de atrelagem serR fabricado em ferro redondo de ao

menos 3 cm de diâmetro, sendo as astes de fixaç~o uma um pouco diferente

da outra para provo car uma rotaç~o inclinada produzindo ao mesmo tempo

um trabalho de corte e de arrancamento.

Para 0 trator de 90 cv da fazenda, 0 trabalho serâ feito corn dois~

elementos em par, a aste curta de atrelagem sendo colocada na extençao

e a largura de trabalho serâ ent~o de aproximadamente 3 metros e melO.

Um rolo de lâminas, mais leve (40 cm de diâmetro e 4 lâminas)

e mais curto (1 metro e 50) poderia ser fabricado para ser puxado por uma

parelha de bois. Este aparelho deveria ser produzido na fazenda para ser

vulgarizado progressivamente junto aos colonos-criadores.

27

'\,

2 - ROTACAO DE REBANHOS-_._-------

~ma rotaç~o de rebanhos vulgarizavel deve ser t~o simples

quanta poss{vel para ser eficaz. Ela deve todavia permitir a aplicaç~o do

princ{pio de base da gest~o de pastagens : 0 respeito de um tempo de cresci­

mente da erva entre 2] e 30 dias. Portanto cada parque n~o deve ser pastado

i:laiS de 3 a 4 semanas, 0 que supôe :'\,

- pas to durante 3 dias e rotaçao em 8 à 10 parques (método Voisin)"J

4 a 5- pasto durante uma semana e rotaçao em parques

durante 2'\,

3- pasto semanas e rotaçao em parques."- pasto durante 3 semanas e rotaçao em 2 parques

A ûltima forma deveria ser aplicada na Fazenda Central, para

servir de modelo e ser vulgarizada sistematicamente junto aos colonos ­

criadores. As pastagens arranjadas seriam divididas si&ematicamente. a rebanho

do criador faria estadia sucessivamente 3 semanas em um parque e depois

3 semanas em um outro e assim 0 ana inteiro.

Desde que 0 rebanho chege a seu regime de exploraç~o de

"cruzeiro" (aproximadamente 39 cabeças para 34 hectares), esta rotaç~o do

rebanho em dois parques podera ser associada a uma divis~o de rebanhos

por categorias, cada parque cercado tendo aproximadamente 8 hectares :

- 2 piquetes para os animais com menos de 18 mêses (vitelas

e novilhos castrados)

- 2 piquetes para as vacas e bois em engorde

'\, '\,

As duas pastagems em rotaçao corn 0 arroz poderao ~er reservadas

aos animais mais exigent es (jovens desmamados, bois de corte em t~roino ou. '\,

vacas em lactaçao).

Para avaliar a carga de gade à aplicar, seria necessârio deduzir

das superficies dos parques, tôdas as superficies corn encosta ingrime

(torrente, rêde hidrografica .. ) a encargo razoavel para 0 conjunto do ana

deveria ser pela superficie corrigida da seguinte maneira

- um animal para cada 5 hectares (aproximadamente 80 kg de

pêso v~va por hectare) em pastagem ;ao melharada pela fuiao, capim rabo de

raposa, Paspalum spp e diversas legumincsas ; ~as desmatado anualwente.

- um animal para cada 3 hectares (aproxi~adamente 125 kg

de pêso vivo ?or hectare) em pascagem melhorada corn lageado (Hyparrhenia

ruia).

28

Esta carga é amplamente exedida junto a um colono do nûcleo 05,

onde 45 cabeças pastam em trinta hectares enriquecidos corn lageado mas corn

muitos terrenos rochosos ou jaspeados e muitas torrentes. A carga real pode

ser exprimida em mais de 400 kg de pêso vivo por hectare, 0 que corresponde

às normas do esquema diretor dos nûcleos, mas isso se traduz por numer6sos

caminhos erodidos e desbarrancados, uma abundancia de espécies invasoras, tais

coma um composta criador de matos, um arbusto Ipingero (Vismia guianensis),

uma rubi~cea chamada vassoura (Borreria verticillata) •

- um animal por hectare (aproximadamente 400 kg de pêso vivo

por hectare) em pastagem melhorada corn uma mis~ura de forragem complexa corn

gramineas de porte eriçado, gramineas de porte prostrado e leguminosas.

(no CEPATU em Bélem, a colcca ~o dos animais no pas to é realizada na flo­

rescência e os animais permanecem ate rebaixar 0 capim na altura media de

40 cm.)

Esta carga s6 pode ser aplicada, pela momento, na Fazenda Central,'\"

no parque enriquecido corn a mistura lageado, coloniao, quicuio da amazÔnia.

A viabilidade dessas cargas sup~e além do respeito de uma rota­

ç~o corn repouso de 3 semanas, 0 controle das queimadas afim de que os pastos'\"

recusados possam ser consumidos progressivamente, duran~a estaçao sêca coma

alimentos de equilibrio e n~o queimados.

29

3 - Controle e utilizaçâo das queimadas das campinas

Tradicion~lmente as queimadas sempre foram utilizadas pela criador

extencionista, em clima mediterraneo 0 tropical, pois 0 fogo limpa as pastagens

sem esforço e 0 crescimento da erva que se segue é muito apreciada pelos

animais. Se esse broto de apos queimada é preferido pela gado, êle nào é ma~s

importante do que 0 que vegeta em estaç~o sêca entre os talos antigas. Uma

pa=te dos mine=ais contida nos vegetais é restituida ao solo pelas cinzas

o azoto é liberado na atmosfera sob forma gasosa e 0 balanço do sistema é

negativo de maneira que a produç~o campinéira se estabiliza em um n{vel m{nimo.

Também as técnicas de gest~o agro-pastoral devem reduzir essas

""consequencias desfavorâveis, ainda mais que uma queimada em plena estaçao

sêca provoca 0 desaparecimento dos pastos recusados em um momento em que

êles seriam necessarios para assegurar a raç~o de equil{brio dos erbfvoros:

Suprimindo as queimadas de estaç~o sêca, os jovens brotos ser~o talvez menos

abundantes mas sobretudo menos acessiveis. É noss{vel paliar a situaç~o pela

introduç~o de leguminôsas na campina e em todo lugar onde isso pareça poss{vel

(0 que é 0 casa da COLO~E), pela distribuiç~o de um complementoalimentar

energético coma 0 farela (farinha baixa de arroz).

~a falta de desmatadoras de tipo ralo à lâminas, da quaI a difus~o

entre os colonos fica condicionada à vulgarizaçio da traç~o animal, as quei­

madas apropriadas devem todavia ser mantidas para assegurar a perenidade'\"

e a limpesa das pastagens. As queirnadas serao, acendidas de preferencia'V

depois que os refugos arbustivos tenham sida cortados corn foice e elas serac

""limitadas aos lugares onde os refuges de falha sao abundantes. Elas ser:am

de tipo tardio, 0 que quer dizer, acendidas no fim de dezembro ou mesmo

de tipo deferido ou seja acendida em janeiro, depois de duas ou três boas

c~uvas.· Essas queimadas retardadas s~o muito mais eficâses para limitar

a crescimento do mata. Elas forneceriam as cinzas que podem ser imediatamente

mobilizadas pelas plantas em seu estado de grande crescimento de' apôs chuvas.

Elas eliminam parte da ter~a nua onde germin~m os gr~os produzidos duran te""~ estaçao sêca, podendo ~ssim as plantulas se desenvolverem sem muita concorrencia.

'\" . ."Xo casa particular da vuls~riz2çao ce uma rotaçao arroz-campina,

poderia ser encarado 0 emprego do refugo das pastagens coma adubo ve~àe.

30

Na falta de lavra, seria necessario queima-lo, de preferencia com uma queimada

tardia, as cinzas proporcionando assim à rutura cultura de arroz um veràadeiro

aàubo mineraI. Por um outro lado as vantagens do preceàente cultural campina~

serac preservadas : enriquecimento do solo em matéria orgânica, melhoria da estrutura

do solo. En verdade essas melhorias s~a sobretudo proporcionadas pelas raîzes~

das campinas. A cada brotagem das gramineas e mesrno a cada rebroto importante

dos folhas (caso ern que 0 tufo inteiro acaba de ser comido por urn herbivoro) ,

va~ corresponder uma saida de novas raizes, tendo as antigas cessado a sua atividade

decompondo-se rapidamente e deixando em seu lugar pequenos canais atapetados de

matéria orgânica de onde vern, progressivamente 0 enriquecimento em matéria orgânica

e a melhoria da estrutura do solo.~ ~ -As raîzes das leguminosas naD surtem 0 rnesmo efeito mas sac de toda

maneira benéficiadas : as raîzes potentes e pivotantes descem profundamente

no solo e rompen em particular a capacidade dos solos de textura argilo-limosa.~Por um outra lado, suas nodosidades fixadoras de azoto asseguram a nutr~çao de

azoto da cultura que se seguira.

31

4 - Introduç~o de novas espéc;es de forraqem

e cr;aç~o de pastaqens

enr; quec;mento

-- ~ '"Entre as espécies preconizadas no cap~tulo B, algumas ja sac bem

conhecidas e sua implantaÇao dominada pelos colonos-criadores : lageado,......... .... f\.,

quicuio da amazonia, braquiaria. Por um outro lado as legum~nosas sac

ignoradas, ou seja, desprezadas sob 0 pretesto de que ela nao resiste

ao pasto.

Para 0 casa particular da Fazenda Central, um estoque de sementes

de braqui~ria seria à semear imediatamente. Seria aconselhado melhorar corn

essas sementes, os piquetes corn vegetaÇao domina da pela capim rabo de raposa

e, na falta do mesmo, pelo furâo. As encostas superiores a 30 % n~o seriam

lavradas. As encostas inferiores a 20 % poderiam ser inteiramente lavradas

mas no lugar de uma lavra cruzada corn ângulo reto 0 trabalho do solo, corn

discos, deveria ser feito segundo as duas diagonais para evitar as passagens

no sentido da encosta.

Para as encostas compreendidas entre 20 % e 30 %, a lavra seria

feita em faixas em curva de nîvel, de 30 metros de largura, separadas umas das

outras por uma faixa de 5 metros onde a vegetaçâb graminada natural seria

deixada em estado. Sôbre essas encostas 0 trabalho seria ligeiramente cruzado,

trabalhando sucessivamente no sentido das diagonais de cada faixa. Notar que

a semente da braquiâria necessita um espaço de 12 mêses entre a colheita e a'" .semeadura e que para os graos recentem~nte colh~dos 0 valor graminativo é melhorado

'"quando se coloca os graos durarite quinze minutos no âcido sulfurico concentrado

do comercio seguido de uma lavagem em agua corrente. Para uma semeadura em

linhas à 5 kg/ha, é necessario prever JO à 15 kg de sementes por hectare para

uma semeadura à m~o.

Em uma primeira fase as sementes de estilo cv Cook deve~o ser

compradas de um produtor especializado, talvez 0 fornecedor habitual da

COLONE :

"Comercial Fortaleza de sementes de capim

Av. Francisco José Camargo Andrade, 938

Campinas - s.i'o Paulo"

ou seIÎào

"ClAT - Colombia

Centro internacional de agricultura tropical

apartamento Aereo 6713 - Cali - Colombia"

32

ou na costa do marfim no :

"Ins ti tut des savanes (IDESSA)

Centre de Recherches Zootechniques de Minankro

B.P. 1152 - BOUAKE

Rép. de Côte d'Ivoire "

ou mesmo na Australia :

"Arthur Ya tes and Co

p.o. box 117

Rockhempton-4700

Queensland (Australia) "

A semeadura poderia ser feita à m~o, nas pastagens de Fazenda

Central, ji enriquecidas de lageado coloni~o, quicuio da amazônia ou braqui~ria'V ~

seja depois de uma queimada, ou entao apos um tratamento corn rolo de lâminas

proposto no capîtulo Cl.

A semeadura é efetuada com.3 kg de sementes por hectare, mas muitos

gr~os s~o duros e exigem urn tratamento prévio para obter uma taxa de gerrninaç~o

"de 90 %, seja uma escarificaçao (por exemplo corn um"polidor de arroz corn

lâminas de borracha das quais 0 afastamento sera regulado em consequencia,

seja pela tratamento a acido sulfurico (cf. por braquiaria) ou ent~o corn agua

fervendo. Para este ~ltimo tratamento é necessario operar kilograma por kilograma,

para n~o matar as sementes. Ferver um litro de agua, tirar ent~o esta agua do

fogo e mergulhar nela 1 kg de sementes até 0 esfriamento completo. Corn mais

gr~os e portanto um volume de agua maior, 0 resfriamento é demasiadamente lento'V

e entao 0 calor mata as sementes

Numa segunda fase seria tarnbém compradas variedades conhecidas,

porém n~o vulgarizadas : capim gordura, Pueraria, Centrosema.

Numa terceira fase, deveria começar a introduç~o e a esperimentaç~o

sistematica das outras variedades aconselhadas, porém mal conhecidas :

Amendoim do campo

Alfafa do nordeste

Feij~o dos arrozais

Siratro

Leucaena, corn os rhizobiums espec{ficos do CIAL

Coloni~o, hibrides (ORSTO~)

(na França : ORSTO~, 24, rue Bayard - 75008 PARIS)

33

As diferentes espécies e sub-espécies introduzidas seriam emprimeiro

lugar cultivadas em um jardim especial, em cultura pura, corn anotaç~es

sôbre 0 comportamente, ciclo vegetativo, doenças, insetos ...

As variedades que ter~o mostrado comportamento satisfatôrio nêste

primeiro teste ser~o cultivadas em lotes normais de meio hectare, nas

condiç~es de manejo agro-pastoral aconselhadas.

Entre as variedades preconizadas nos capitulos A e B se poderia proceder

à

experimentos para a cobertura na pimenta do reino, de amendoin do campo.

constituiç~o e misturas corn gramineas altas, baixas, leguminôsas, para

terrenos profundos bem drenados.

- constituiç~o de misturas de mesma composiç~o para terrenos encharcados.

idem para terrenos pobres, sêcos ou corn piçara.

constituiç~o de mistura para controlar 0 fur~o em particular corn kudzu

e quicuio da amazônia em terrenos encharcados, ou quicuio da amazônia

e siratro em terrenos bem drenados ou sêcos.

luta contre a eros~o corn quicuio da amazânia e feij~o dos arrozais.

- experimentos de sebes forrageiras corn leucaena

- experimentos de mistura para corte e - ou ensilagem corn 0 capim elefante,

kudzu ou siratro.

Esses experimentos seriam aproveitados seguindo as propostas, seJa~. ~

na forma de pasto corn rotaçao em dois piquetes, ou entao por cortes.

Os lotes assim tratados seriam utilizados para demostraç~o para os

extencionistas e os colonos que seriam convidados para visitas comentadas.

35

~

5 - Produçao de sementes, condicionamento, armazenamento

~

Notar primeiramente que a produçao de sementeR forrageiras é frequente-

mente mais fraca em clima equatorial ou tropical nUmido do que em clima

tropical semi-humido . Ela pode até ser nula (inexistente). Todavia, levando

em conta 0 prêco das sementes forrageiras tropicais e os diferentes tipos

possrveis de se conseguir, é preferîvel tentar produzir a maior parte des sas

sementes na propria localidade.

Varios casas podem se apresentar

a) Os gr~s maduros ficam bem agarrados à planta. E ent~o poss{vel

arrancar os talos, ma~ suficientemente altos para nao colher demasiada

matéria verde afim de facilitar a secagem. A colheita é em seguida batida

seja à m~o corn um malho, ou ent~o corn uma batedeira a pedal ou à motor.

~

b) Os graos se destacam desde a maturidade corn, geralmente, uma

maturidade escalonada. É precisa ent~o :

- ou ceifar em um perîodo correspondente ao maximo de gramas maduras e

ferteis (em geral nos dois terços do periodo de frutificaç~u),

- ou colher à rr~o, periodicamente, fazendo escorregar ligeiramente a

espiga entre os dedos para recuperar os gr~o maduros,~

- ou deixar cair no solo e, no fim da estaç~o sêca, ceif~r a vegetaçao rente

aosolo, tira-la e depois recuperar no mesmo solo a liteira onde seencontram~

os graos.~ ~Dois processos sac entao empregados. a primeiro consiste em,

simultaneamente varrer a liteira e depois a joeirar para recuperar

as sementes. A segunda é mais sofisticada : ela consiste en aspirar a

liteira e as sementes corn um tubo flexivel, equipado de um aspirador

potentente montado sôbre um carrinho. a aspirador é separado do tubo por

uma grade para a colheita que ceifa ent~o sobre uma valvula, abrindo

diretamente sobre a sacQ de colhe ita. Este processo é empregado sobretudo

para a colheita do feij~o dos arrozais.

~

No caso particular do estilo cv. Cook, a colheita dos graos é efetuada

corn a ajuda das formigas, por exemplo na Nigéria. a estilo é ceifado por.~

feno no meio da estaçao sêca e as infrustencias caem no chao durante a

murchegen. Depois do recolhimento do feno as formigas trasportam as

infrutecencias até perto dos formigeiros. É suficiente entao ir recolher

antes das primeiras chuvas,e depois as bater.

36

c) Corn as leguminosas de talos rasteiros ou lianescentes, a produç~0

de grabs fica limitada logo que os talos se entrelaçam no solo e formam um

tapete espesso no quaI as inflores~ias carecem de luz para produzir 0 gr~o

. '\." "'" .em quant~dade abundante. E entao necessar~o fazer os talos treparem em altura

seja sobre os arbustos, evitando 0 desmatemento do lote ou ent~o semeando as

feixas intercaladas de gram1neas corn talos rigidos tais coma Paspalum spp, ou

mesmo plantando no lote linhas de estacas que suportar~o três arames superpostos.

Corn esses diversos dispositivos é evidente que a colheita sa podera ser feita

a m~o, colhendo periodicamente os gomos maduros.

d) A produç~o de sementes de coloni~o se mostra sempre dif{cil pois

as sementes maduras e férteis caem imediatamente. Dm processo de colheita

consiste em fazer cair as sementes maduras diretamente dentro de um saco.

Para isso os talos frut{feros de cada tufo s~o ligados em maço por uma linha

. d 3 4 .. '\.0 '" dno terço super~or e sua altura. ou maços v~z~nhos sac entao curva os

juntos, para baixo, onde s~o enfiados em um grande saco de juta, de malhas

1argas (para facilitar a ventilaç~o e limitar 0 mofo). a fundo do saco deve

todavia ser duplo, -de tela corn malhas mais finas para impedir os gr~os de

cair e evitar que os p~ssaros as comam (ver ilustraç~o do metodo ORSTOM).

A colocaç~o dos sacos é realizada na queda das primeiras sementes maduras

ou seja mais ou menos ]0 dias apos a floraç~o geral.

A maior parte dos processos de colheita, corn exeç~o do processo

por aspiraç~o, poderiam ser praticados pelos coloüos e a produç~o de

sementes, por hectare poderia ser estimada entre 50 e 100 kg.

Seria ent~o necessario poder coletar tôdas as sementes produzidas

além da necessidade dos produtores. Elas deveriam ser triadas graças a um

equipamento especializado : tarare, triador, calibrador, coluna sopradora

(para a limpeza das sementes de graminadas). Em seguida as sementes deveriam

ser condicionadas em saco de papel ou saco de juta e conservados em .um local de

atmosfera desidratada para assegurar a conservaç~o do valor germinativo das

sementes e ao abrigo de roedores. Paralelamente um equipamento complementar

é necessario para tirar a dormencia de certos gr~os (escarificador, bacias

de tratamento à acido, bacias de lavagem e desidratador) .

Em uma pri~eira fase, 0 organisme encarregado da colheita e da

distribuiçio deveria ser equipado de um armazem corn atmosfera desidratada

por um condicionador de ar adhoc e um escarificador de sementes.

1Vole préliminaire concernant la mise au point d'une techniqu.e de récolte de J..{raines sur PaninI m rnaU}llllnl

4. Liage des planles Sur pied.

"-'4. Amaraçao das plantas

em cultivo

S. Repliage des qualre planles voisines.

5. Inclinaç~o de quatro

feixes vizinhos

6. Mise en ,ae de la gerbe d'épis.

6. Colocaç~o no saco do

feixe de espigo Photos: G. PETIOT

Clichés: ORSTO)!

Ca". OHS'J'OM, sér. Biol., vol. X, {l0 2, 197-5 : /·3·j·j.'J8

39

6 - Produç~o de forragens a cortar e a ensilar

~

Alguns colonos ja plantaram capim elefante, mas coma planta-abrigo

para as jovens plantas de fruteiras (laranjeira, limoeiro .•. ).

Na fazenda central esta prevista a preparaç~o de um lote de capim

lf "'d .. "'-e e ante para a complementaçao os an~ma~s ena estaçao seca.

~ '" '"Varias possibilidades de aforragemento de estaçao sêca sac oferecidos

pela capim elefante :

- deixa-se crescer durante tôda a estaç~o de chuvas depois explora-se na

medida da necessidade :

. seJa so contando as extremidades verdes e naD endurecidas das canas

e que ser~o bem consumidas pelos animais. As canas restantes podem ficar no

lugar e poser~o produzir mergulh~es nas chuvas que se seguir~o. Elas podern

igualmente ser imediatamente rebatidasrente ao ch~o e ai teremos ent~o os

'" '"brotos que poderao de nova ser explorados durante a estaçao sêca por corte

ou simplesmente por pasto.

'" ~seJa cortando diretamente as canas rente ao chao, mas so a distri-

buindo a~s animais depois de tê-las cortadas em fatias finas, a m~o.

- ceifamos a produç~o da primeira parte da estaç~o de chuvas no momento em que

as chuvas se espaçam (junho-julho). É necessario ent~o estocar essa produç~o e

so 0 processo de ensilagem 0 permitir~. a capim elefante rebrota ent~o e uma segunda

colheita podera ser efetuada na medida das necessidades entre fim de setembro e

dezembro.

As plantas a cortar verde s~o habitualmente exigentes e seria conveniente

~em escolher 0 torreno para implant~-las :

o lugar que convém melhor na Fazenda central coma junto aos colonos­

criadores ê de baixo para cima nos currais, estes sendos geralmente construidos

em altura. As encostas situadas em aval recebem durante todo ana 0 escoamento

das aguas das chuvas trazem urinas e fezes, de onde vern um esterco orgânico

quase permanente nessas encostas.

Na introduç~o do capim elefante, ê nacessârio evitar a eros~o dessas

encostas geralmente fortes. Na fazenda Central, 0 terreno sera lavrado em faixas

horizontais estreitas (uma largura de trabalho de grade de discos que afara ida

e vûlta). Entre cada faixa trabalhada uma faixa gramada naturalmente sera deixada

em dois metros de largura (na colheita ela se(a igualmente ceifada pelos animais).

40

'VJunto aos colonos, os que poderao preparar elementos de bili~es

horizontais (em curva de nfvel) em très linhas correspondantes a uma largura

de 3 metros. Cada série serR igualmente separada or uma faixa de terreno

gramado naturalmente, de dois metros..-

No terreno preparado, 0 capim elefante sera plantado corn estacas

longas de 3 nés cortados nos talos duros, estacas espaçadas de aproximadamente

um metro em todos os sentidos. Entre as filas, uma leguminosa vivaz e lianescente

sera semeada por grupos de três gr~os espaços igualmente •

de um metro mas dispostos' em "quinconce" (grupos de cinco sendo quatro, um em

cada ângulo e 0 quinto no meio) em relaç~o às estacas de campim elefante.

Segundo as disponibilidades de sementes, essa leguminosa sera 0

'Vsiratro ou, nalta desta, kudzu. Antes da plantaçao, a "poudrette" (adubo

procedente de limpesas, restos de borracha moida) do curral sera espalhadda

sobre 0 terreno preparado. Este processo deveria ser efetuado entre os pés

de capim elefante depois de cada corte.

No casa particular da Fazenda Central, os lotes a cercar, entre meio

a um hectare, poderiam ser implantados corn essas misturas em superficies

sensivelmente planas, mas situadas proximas às fortes encostas do açude.

Sua produç~o seria distribuida na estaç~o sêca aos animais que viessem

saciar a sêde nas barragens. A produç~o da estaç~o das chuvas deveria alias

em um futuro proximo, ser ensilada em um silo-trincheira cavado na encosta

vizinha.

a silo-trincheira é cavado no flanco da colina corn um fundo chato e

flancos quase verticais. É necessario prever um silo de 16 metros de comprimento

4 metros de largura e 2,50 metros de profundidade para um hectare (160 m2) .

Ele sera atapetado, antes de ser cheio, corn um filme plastico (lona plastica)

encontrada em rolos de 3 a 6 metros de largura.

a enchimento do silo sera feito corn a mistura de capim elefante,

leguminosa lianacente e erva natural em faixas intercaladas, rapidamente

invalidas pela leguminosa. Antes de ser posta no silo, esta massa deverâ. .ser cortada para facilitar a retirada ulteror da ensilagem. Na Fazenda Central

um moedor-soprador movido pela polia do tratorpoderia ser utilizado. Na falta• 'V d 2 Je Junto aos colonos, as canas serac corta es em pedaços de la a a cent~metros

41

de comprimento corn facas de mato. A forragem sera dispos ta em camadas~

sucessivas de 30 centimetros, ~proximadamente, que ser~o socadas durante

o enchimento por um ou dois cavalos montados circulando em todos os

sentidos sobre a forragem. No lado aberto perto da encosta a forragem

poder~ ser mantida por pranch~es horizontais que se apoiariam sobre os

grandes piquetes verticais. Os pranch~es ser~o dispostos uns sobre os

outros durante 0 enchimento. Uma lona pl~st±ca tera sido instalada desde~ ..

o começo para separar . a forragem da parede depranchoes. 0 enchimento'do

silo ser~ perfeito se. a massa de forragem s?brepujar a fossa de ao menas

50 centimetros. A forragem.sera ent~o recoberta corn a lona plastica a

qual ser~ recoberta de uma camada de terra de 30 centimetros aproximadamente.

A maturaç~o da ensilagem deve durar aproximadamente 3 mêses de

maneira que a ensilagem preparada no começo de junho possa ser comsumida

a partir do começo de setembro, momento em que a necessidade de um complemento~

de produçao de pasto se faz necessaria.Uma ensilagem bem feita se reconhece

pela cor clara e odor agradavel de tabaco amarelo.

A abertura do silo ser~ feita do lado da encosta, liberando 0 alto~

do silo em 50 centimetros do lado dos pranchoes, depois liberando estes~

a medida ~m que se joga a ensilagem corn 0 forcado na extremidade dos pranchoes~

em quatidade suficiente ao lote de animais complementados (nao ultrapassar

la kg de ensilagem por cabeça e por dia), Quando a fatia de 50 ceritimetros

for consumida e todos os pranch~es retirados, a distribuiç~o podera ser~ .

deixada em livre serviço graças à colocaçao en frente do fronte de ens~lagem

de um rastelo de madeira, de largos interv~los. a rastelo sera avançado

na medida da consumaç~o, mas sera necessario velar pela descoberta progressiva

do alto do silo para evitar que terra de cobertura venha a sujar a ensilagem.~ ~

Corn exeçao do emprego eventual de um moedor-soprador, todas as~ . ~

operaçoes prev~stas para a Fazenda Central saD vulgarizadas junto aos

colonos-criadores. A lona plastica pode servir durante muitos anos se for~ ~

cuidadosamente enrolada na medida ad prog esao de fronte de consurnaçao.~ .

Ela naD onerar~a execivamente 0 orçamento dos colonos, mesmo porque

ela permitiria a economia da perda de ensilagem de aproximadamente 30 centimetros

de comprimento de.tôdas as pare-e uma boa ensilagem permitiria ao criador, obter~

uma produçao leiteira sustentada, de vitelas de qualidade e um lote de bovinos

conservando, durante todo 0 ana um bom estado de gordura.

~

Se bem que uma rotaçao

programa da Fazenda Central,

43

~ ~7 - Tecnicas culturais para uma rotaçao arroz-pastagem e traçao

animal

~

arroz-culturas forrageiras naD esteja no~

pois, naD estando diretamente em conta par~

os rebanhos que la estadiam, naD é menos verdadeiro que a sequencia de• ~ "V

uma exper1mentaçao em tamanho real dessa rotaçaO, é necessâria para 0

bem-fundado da hipôtese de trabalho, para testar as misturas forrageiras~

.mais eficientes e para proceder ao aperfeiçoamento eventual da traçao animal.

Nos lotes de tamanho real da ordem de meio hectare, seriam comparadas~

duas rotaçoes, uma corn un ana de arroz e dois de pastagem, a outra corn dois

anos de arroz e dois de pastagem. 0 dispositivo compreenderia portato~

7 lotes de meio hectare e 0 efeito pastagem seria controlado pela produçao

de arroz.

Sem voltar a falar das ventagens inabalâveis, expostas precedentemente~

de uma cultura forrageira inserida na rotaçao. em particular, a melhoria da

estrutura do solo e do teor de matéria orgânica, é uecessario precisar que

as escolha das plantas forrageiras à vulgarizar deve ser confirmada, pois

elas devem

- poderem se desenvolver em culturas misturadas sob 0 arroz, mas sem 0 sufocar~

nem diminuir sua produçao,~

- poder ser pastado depois da colheita do arroz em estaçao sêca, se bem que

um ligeiro "ecimage" (corte da parte superior de uma planta para favorizar~

o crescimento dos org~os inferiores) naD seja autorizado neste periodo, se

designarmos uma boa pastagem produtiva desde as primeiras chuvas.~ ~

- poder coexistir, lutar e mesmo sufocar progressivamente a populaçao de furao

que invade tôdas as culturas.~ ~

Duas espécies jâ deram prova de perfeita adaptaçao à implantaçao sob

arroz, lageado no Brazil e estilo na Costa do Marfim. Junto aos colonos

criadores quicuio da Amazonia parece igualmen~ satisfatôrio.

A mistura ideal de forragem poderia ser"J

- uma graminada eriçada cultivar de coloniao adaptado (a ser experimentado)

e na falta de lageado,

uma graminada prostrada quicuio da Amazônia parece prefer{vel à Braquiâria

mas isto deve ser confirmado por experiencia,

44

- uma leguminosa eriçada ; provavelmente estilo cv. Cook mas u~' ensaio comparativo

deveria ser feito para esta regi~o corn alfafa do Nordeste,

- uma leguminosa lianescente ; de preferencia siratro e na falta desta, kudzu.

Em técnica cultural tradicional a semeadura da planta forrageira é

feita logo antes da ultima capina corn faca que semeando ligeiramente 0 solo

recobre suficientemente as sementes forrageiras. Neste caso, de misturas

preconizadas, a semeadura serâ feita a m~o; em faixas de dois metros,

aproximadamente, paralelas às linhas anti-erosivas de capim elefante (da qual

'"fiz menç~o anteriormente). Em uma faixa, 0 colono sernearia em duas'passagems

sucessivas, a graminada eriçada e a leguminosa lianescente. Na faixa cont[gua,

êle semearia a graminada prostrada e a leguminosa eriçada.. '" "Essa alternanc~a de vegetaçoes altas e ba~xas, al~âs entremeada pela

eparpilhamento inevitavel de sementes, asseguraria a estabilidade da ëampina

e a sua agressividade contra a fur~o. Ela constituiria igualmente uma mistura

heterôclita mais favoravel a uma boa alimentaç~o dos bovinos.

Depois da colheita de arroz, uma leve pastagem pode intervir entre

agosto e novembro mas as plantas forrageiras introduzidas n~o devem ser

rebatidas a menos de 20 cent{metros. É necessario também observar se uma

espécie muito apreciada n~o corre 0 risco de ser totalmente pastada,

'"correndo 0 risco de desaparecer. Rebater esta espécie deve servir de padrao

para acabar corn 0 pasto.

A partir do mês de janeiro seguinte começa a pastagem normal em

'" '"rotaçao nos dois lotes, 0 antigo e 0 nova na razao de uma estadia de rebanho

de três semanas em cada uma delas corn uma carga de gado perto de 400 kg de

pêso vivo por hectare, para 0 conjunto dos dois lotes.

A pastagem prosseguiria na estaç'io sêca e depois na estaç'io de

chuvas seguinte e estaç~o seca, todavia para evitar a divagaç'io dos an~ma~s,

'"os lotes de cultura deverao ser cercados.

Segundo a técnica tradicional, depois dos anos de campina, 0 lote

sera preparado para 0 arroz por uma queimada em novembro ou dezembro.

A semeadura sera feita em buracos em "quinconce" (grupo de cinco corn quatro,

um em cada ângulo e 0 quinto no meio) feita à m~o ao mesmo tempo que uma

primeira desmatagem corn faca arrancara os tufos de plantas forrageiras

'"introduzidas (corn exeçao das linhas anti-corrosivas de capim elefante, da

1 ~ '" b' "')qua so as canas sac re at~das rente ao chao .

45

~

Como encarar em uma fase ulterior 0 exesso de traçao animal?

o colono-cr~dor obtém cada ano, em estimaç~o otimista uma d~zia de

vitelas da quais cinco, aproximadamente, terminar~o suas carreiras como

bois de açougue corn três anos, mas provavelmente mais tarde se as condiç~es~

de aforragemento naD forem melhoradas.~

Dois entre êles poderiam ser escolhidos depois da castraçao, perto

dos 18 mêses e domados progressivamente em seis mêses.

Os animais dos colonos estando frequentemente manipulados, pois

entram todo dia no curral, a domesticaç~o deveria ser simplificada. Par

facilitar um simples garrote poderia ser'utizado (ou de escova) : v~gas de

madeira de 60 x 100 mm e de 1,20 metro de comprimento, espondè grosseiramente

a forma dos pescoços onde ela serâ cuidadosamente arredondada ; um colarinho de

couro em torno do pescoço de cada animal que serâ solidârio da canga atraversando­

a por furos aqui e al{ no garrote ; um gancho (ou simples furo no meio da

canga, permitirâ a fixaç~o do sistema de atrelagem (corda ou corrente).

As seç~es de domesticaç~o começar~o no curral, onde dois bois usar~o

a coleira, depois a canga. Para isso, êles ser~o amarrados no cabresto,

um perto do outro e êles poder~o ser engordados durante a operaç~o corn uma

distribuiç~o, em urna mangedora, ao alcance do focinho, de um complemento

~limentar (farelo).~

Logo que eles estiverem abituados à canga, êles serac levados à~

traçao puxando um pequeno rolo de madeira durante uma ou duas horas. Ao

mesmo tempo, êles ser~o ensinados a tomar uma direç~o graças à um guia

de corda corrediça à cada extremidade da canga e fixada no focinho

do animal esquerdo devera levar a parelha de bois à virar para a esquerda

e vice-versa.

o boiero guiando a atrelagem por traz, poderâ ulteriormente

dirigir 0 aparelho puxado e incitar 0 esforço pela voz, 0 agilh~o~

(bas tao terminado poruma ponta de ferro) ou 0 chicote.

Cada boi pego individualmente poderâ durante este periodo ser

ensinado para 0 trclmporte de cargas sobre 0 lombo corn a albarda. Acostumar

cada um a suportar a almofada sobre 0 lombo, a cilha ventral e as cargas

cada vez mais pesadas de cada lado.

Em seguida esses animais poder~o trabalhar durante dois anos,

aproximadamente, 4 horas por dia, corn a condiç~o de ficar 0 resto do tempo

na pastagem, dia e noite, sô recebendo um complemento diârio (1 kg de farelo

et 20 g de composto mineral compreendendo sal de cozinha e' composto fosfo­

calcico).

46

Corn quatro anos esses animais ser~o exelentes animais de açougue e

êles poder~o ser engordados durante dois ou três mêses em um cercado de

400 m2 onde êles receberiam à vontade, forragem verde e 0 mesmo complemento

alimentar.

Se uma nova parelha é domesticada todo ano, duas parelhas de bois

ser~o aptas a trabalhar e a mais velha sera vendida no fim da estaç~o sêca

em um per{odo em que os animais de qualidade s~o raros nas fazendas.

Esses bois poderiam ser utilizados na exploraçao do colono, para

transportar as colheitas, para transportar a forragem verde e socar 0 silo

para puxar 0 rolo de lâminas nas campinas germinantes, para melhorar a'\, . .

preparaçao do terreno das culturas de subs~stenc~a e de renda.

Para a preparaç~o do terreno de cultura, a capinadeira é um instrumente

de primeira prioridade. Desde as primeiras chuvas ela permite 0 arranjo do

solo em aproximadamente la cm de profundidade.

Corn 0 seu sacQ ela permite fazer bal~es anti-corrosivos para 0

capim elefante das curvas de n{vel mas também para os lotes a cortar.

Se por um outro lado 0 colono se habitua a semear em linhas paralelas

(que poder~o ser traçadas por um radiador de madeira, artisanal, de 5 à

7 grossos dentes, espaçados de 40 cm aproximadamente, puxado por bois), a sul­

cagem das interlinhas sera rapidamente efetuada corn a capinadeira, desde

o aparecimento das ervas daninhas.

Para isso· uma canga especial devera ser preparada afim de que cada ..

boi possa andar na interlinha situada de uma parte e de outra e a interlinha

em vias de capinagem (afastamento de 80 cm entre os garrotes). Este afastamento

poderia ser previsto desde 0 começo do ensino dos bois, tendo a canga

120 cm de comprimento.

Sendo que 0 complemento corn traç~o animal é previsto somente para'\, ..

o transporte corn cangalha e a traçao de uma cap~nade~ra, 0 uso de um

camb~o individual poderia ser adoptado (ver foto). Isto limitaria a preparaç~o

a um animal por ano.

47

IV, BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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A N E X 0 S

SIG LAS

CENARGEN Centro Nacional de Recursos GeneticosSetor de Areas isoladas Norte (Parque Rural)Caixa postal 10.372 - BRASILIA DF 70 000

ClAT Centro Internacional de Agricultura TropicalApartamento Aereo 6713 - CALI (Colombie)

COLONE Companhia de Colonizaç~o do Nordeste

COMALTA Cooperativa mista Alto Turi Limitada

CPATU, CEPATU Centro de Pesquisa agropecuaria do tropico ~midoCaixa postal, 48 - 66 000 - BELEM-PARÂ

EMAPA Empresa Maranhense de Pesquisa Agropecuaria

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria

FUNAI Fundaç~o nacional pela indio

IEMVT Institut d'Elevage et de Médecine Vétérinairedes Pays Tropicauxla, rue Pierre Curie - 94700 MAISONS-ALFORT (France)

IPEAN Instituto de Pesquisas e Experimentaç~o Agropecuariasdo Norte

ORSTOM Office de la Recherche Scientifique et Technique Outre-Mer24, rue Bayard - 75008 PARIS (France)

PCAT Projeto colonizaç~o Alto Turi

SPSB Serviço de Produç~o de Sementes BâsicasEd. Venancio II - Se And. Sala 512 - BRASILIA DF 70 000

SUDENE Superintendencia de Desenvolvimento de Nordeste

PHOTOGRAPHIES

Préparation du champ par abattage de la forêt et nettoyage au feupendant la saison sèche

2 Premier stade cultural : semis du riz pluvial avec désherbagepréalable et introduction d'une graminée fourragère en culturedérobée

3 Evolution vers l'intensificationde poivre sur tuteurs morts

pâturages clôturés et production

4 Pâturage ensemencé à Lageado (Hyparrhenia rufa) et nettoyage annuelà la machette et au feu

5 Curral surélevé et pâturage implanté en quicuio' de amazonia(Brachiaria humidicola) par boutures de tiges

6 Modèle de joug individuel pour traction de sarcleuse~ vulgariséau Tchad en culture cotonnière

7 Charrette tractée par deux paires de boeufs au Nordeste (Etat dePernambuco)

8 Système d'attelage du joug par collier de cuir (Etat de Pernambuco)

9 Système d'attelage du joug par chevilles et cordelette (Etat dePernambuco)

la Capim elefante (Pennisetum purpureum) au stade de végétation avancéeen pleine saison sèche

II Capim elefante au stade de végétation avancée et coupe des extrémitésconsommables

12 Mélange fourrager pour coupe ou ensilage à capim elefante (Pennisetumpurpureum) et kudzu tropical (Pueraria phaseoloides)

2. Primeira etapa do cultivo :

plantio de arroz de siqueiro­

corn capina e introduçao do

capim em consorcio

"v1. Preparaçao do campo por desmatamento

• "ve quelma na estaçao seca

"vEvo l uçao pa ra

pastaÇlens corn

de pimenta do

intensificaçao :"v

cercas e produçao

reine em estacas

4. Pastaqem de lageado (Hyparrhenia

rufa) et limpeza anual corn ter­

çado e fogo

5. Curral e pastagem de

quicuio da Amazânia

(Brachiaria humidicola)

6. Madel 0 de cambao i ndi vi dua1para traçao de capinadeira,

~

usado na Africa na cultura do'\,

algodao

7. Carrossa puyada par dois paresde bois no Nordeste (Pernambuco)

8. Sistema de atrelaçaodo cambao cam colar decauro (Pernambuco)

9. Sistema de atrelaçao docambao cam madeira e corda(Pernambuco)

10. Capim elefante (Pennisetum

purpureum) em situaçao de

crescimento adiantado em~

estaçao seca

Il. Ca~im elefante na mesmasituaçao que na foto

n010 - mas com corte da

parte aproveitavel pelosanimais

12. Associaçao forrageira paracorte ou silagem, de capim

elefante (Pennisetum purpu­

reum) e Kudzu tropical

(Pueraria phaseoloides)

Dados climatologicos do Alto Turi baseado em Sao Bento (no periodo de 1931-1960)

Mêses Precipitaçao Umidade Temperiltura do Ar em OcPluviométrica relativa

em mm em % Médias das Médias das Médiamaximas minimas compensada

Jan 172 81 31 ,7 22,6 26,4-

Fév 260 85 30,9 22,9 26, 1

M<lr 327 86 30,8 23,0 26,1

Abr 353 87 30,9 23,2 26,2

Mai 293 86 31 , 1 23,2 26,4

Jun 138 83 31 ,2 22,8 26,3

Jul 85 82 31 ,3 22,2 26,1

Ago 21 79 32,2 22, 1 26,4 i1

Sd 8 76 32,7 22,2 26,6

Out 6 74 33, 1 22,2 26,9

Nov 31 74 33,2 22,4 27,0

Dez 79 76 32,8 22,6 26,9

Ano 1 773 81 31 ,8 22,6 26,4

LISTA DE PLANTAS FORRAGEIRAS E INVASORAS

Nomes cientificos Nomes comuns

Grarnineas

Brachiaria decumbens Stapf Prain.Brachiaria humidicola (Rendle) SchweicherdtBrachiaria radicans NapperEchinochloa polystachya (H.B.K.)Hitch.

Echinochloa pyramida lis Hitch.Hyparrhenia rufa (Ness.) StapfImperata cylindrica (Linn.) P.Beauv.,I.braziliensisMelinis minutiflora P. de Beauv.Panicum maximum Jacq.Pennisetum purpureurn Schum.

sp.

braquiariaquicuio da Amazâniatanner grasscanarana verdadeiracanarana de picocanarana erecta lisacapim jaragua, lageadofuraocapim gorduracapim coloniaocapim elefantecapim rabo de raposa

Leguminosas

Arachis prostrata Benth.

Centrosema pub es cens Benth.

Leucaena leucocephala (Larn.) de Wit.Macroptilium atropurpureum DC.Macroptilium lathyroides L.Pueraria phaseoloides (Roxb.) Benth.Stylosanthes guianensis (Aubl.) Swartz.Stylosanthes humilis H.B.K.

Amendoim do campo,A. rasteiro

centro, centrosema,j etirana

leucenasiratroFeijao dos arrozaiskudzu tropical, pueroestilo, estilosanthesalfafa do nordeste,

Townsville stylo

Invasoras

ipingerobabaçuvassoura

:;uttiferaePalmae

(Linn.) G.F.W.Hey. Rubiaceae

Vismia guianensis (Aublet) ChoisyOrbygnia matianaBorreria verticillata

TRIPETTE & RENAUD39, rue Jean Jacques Rousseau75038 PARIS Cedex 01

Télex 210331 NILEMA F

COLONNE DENSIMETRJQUE

type INRA

La préparation des Semences peut faire appel à bien des techniques différentes:Tamisage, triage sur alvéoles, rebonds sur des surfaces rugueuses, adhérence à des surfaces rugueuses, flot­

tation sur liquides, action des champs élec­trostatiques, effets de poudres magnétiques

Alim..ntcriOD~

Cotes en millimètres

r::() 5pdie boule d.. produitskgU}

50rtil' moyenne dl' produits

L Zonl' dl' séparation

J

l:::) Sortie bo5!>,l' dl' produits lourds

Ventilo!c:ur vit l'ss!:, yorjcbll'.r~~LQt'-l.:mRirotion

Un moyen simple et souvent très efficaceutilise la différence de comportement desgrains dans un même courant d'air.

C'est cet effet- aérodynamique qu'utilisela colonne modèle I.N.R.A. Tous les élé­ments : réglage d'air, répartition uniformedes filets d'air dans la section de la 'colonne,profil et longueur de la colonne, neutralisa­tion des effets laminaires des parois, ontété étudiés et mis au point pour donner àl'action de l'air son maximum d'efficacité.

On dispose avec la colonne I.N.R.A. d'unesoufflerie scientifique capable d'engendrerdes différences sensibles entre les trajectoi­res de plusieurs grains, malgré des poidsunitaires identiques et des formes assez voi­sines.

On sait, en effet que l'écoulement de l'airsur un corps est caractérisé par un nombredit «de REYNOLDS». C'est ce nombre quiconditionne les «trainées» différentes quedeux grains opposeront à l'action des filetsd'air de même vitesse. Un intervalle sépare­ra dans la cheminée deux graines parties dumême niveau et permettra de les recueillirà des hauteurs différentes.

Partant de ce principe, .tripette et renaudpropose une gamme de 3 appareils satis­faisant ainsi à toutes les exigences dequalité et de débit à réaliser.

10

_ COLONNJ: I.N.R.A. PM

Cet appareil est destiné aux centres de recherche et aux installations d'essais.

De section rectangulaire, deux faces aluminium, deux faces pléxiglas, il permet d'observer sur toute lahauteur les zones de séparation. Il offre ainsi la possibil ité d'isoler et d'extraire une fraction choisiedu produit à l'une des sorties par simple variation des réglages du ventilateur. Le débit peut-être trèsrédu it afin d'effectuer une séparation très fine.

Caractéristiques:

Ventilateur avec réglage de l'aspiration moteur, 1 CV 220/380 Volts, à vitesse variable de 1 à 3 paraction sur la transmission.

Alimentation par distributeur vibrant, couloirde 100 mm et èoffret de régulation du débit.

\1/

r--__----'.IJ10""'50'-----__~: 1-1 'lk?+.::L-Q__----;"----1

Cotes en millimètres

La colonne est livrée complète avec socle boischâssis support distributeur vibrant, ventilateur,moteur et transmission..Tuyauterie de descente des produits après sor-ties livrée sur demande. Système de récupéra­tion des fines à la partie haute également surdemande.

Débit:

Seloh les produits et le travail recherché de 10à 100 kg/ho

Colisage:

2 caisses: 2,6 m X 0,3 m X 0,37 mbrut 60 KG.

1,4 m X 1,4 m X 0,6 mbrut 115 KG.

2 0_ COLONNE I.N.R.A. GM

Puissance: 3 cv 220/380 voltsDébit : de 100 à 1 000 kg/hEncombrement: 6,65 mètres de hauteurPoids brut : 400 kg en 2 caisses

COlUNA DENSIMETRICA - TIPO INRA

Dm meio simples e muitas vezes muito eficiente - é constituido pela

aproveitamento da diferencia de comportamento das sementes em um mesmo fluxa~

de ar. E esse efeito aerodinâmico que é usado na coluna do tipo INRA.. . '\"

Dm espaço perm1t1ra a separaçao na coluna das sementes colocadas

num mesmo n{vel inicial, e sua colheita em alturas diferentas.

COLUNA INRA P.M.

~ . '\"Este aparelho é destinado para estaçoes de pesquisas e exper1mentaçao.

Caracteristicas

Ventilador corn regulador de aspiraç~o. A coluna é fornecida completa

corn suporte de madeira, suporte vibrante, ventilador, motor, e transmiss~o.

'\"Produçao :

Dependo dos produtos e da qualidade do trabalho desejado entre

la e 100 kg/hora.

'\"Apresentaçao

2 caixas: 2,6 m x 0,3 m x 0,37 m

Peso bruto 60 kg

ou : 1,4 m xl, 4 m x 0,6 m

Peso bruto

COLUNA INRA G.M.

Ils kg

Potencia 3 Hp - 220 / 380 voltes

'\"Produçao 100 a 1000 kg/hora

Altura: 6,6S métros

Peso brute : 400 kg en 2 ca1xas

~

CONES

(Escarificador de sementes)

Lr: sy~tèmt: de blenchiment est io pertie le plus importente d'une rizerie, Après décorticege, le riz doit être soumis à untrcltemer.~ cui enlèvere le germe et le son, Le cuticule, c'est·è·dire la pellicule brune qui entoure les groins, est enlevée entoisant pcsser le ri;: 2 eu 3 fois dens les cônes è blanchir.Le renCe'llt:nt economique d'une rizerie dépend fortement de la qualité du blanchiment et par conséquent des cônes àbicnc.:'·lir. Le but est d'obtenir Jo quantité maximum de riz blanc avec un minimum de brisures. Dons certains pays, on utilise"ncore pour cette opération si importante des décortiqueurs è cylindre d'acier (appelés Rice Huiler). Le principal dèsavan·~ege de ces mo::.~ines vient du fait qu'elles donnent un pourcentage excessif de brisures si le riz n'est pas bien sec et si lastructure des grains s'oppose au dur treitement de ces macnines. Telle est la raison pour laquelle Jo plupert des riziersont décidé de remplacer les machines du type Huiler par des cônes è blancnir. Un des points perticuliers d'un cône èbianchir moderne est qu'il continue è travailler sans élévation de température, même en traitant des grains ce qualitéinférieure.Le cône c bland'lir se compose d'un corps en fonte couvert d'une couche d'un mélange d'émeri autour duquel se trouventles entourages avec leurs >teins en ceoutcheuc. Le riz décortiqué tombe dans l'espace entre le cône tournant et les entour.oges. Par !e mouvement du côné, les grains se frottent contre les entourages ce qui provoque un blanaliment avant queies grains tombent vers 10 décharge de la macnine.Les c:Snes è blanchir ,SCHULEe travaillen! dens un caisson aspiré et étancne è la poussière. Le corps en fonte du cône estsoigneusement équilibré et muni d'un couvrage d'émeri. La grandeur des grains d'émeri utiiisée verie pour les différentspes;eges du olanchiment. Pour le premier passage, per exemple, les grains sont plus gros que pour les pessages suivents.Une fois usé le mélenge d'émeri peut être remplacé sans aucune difficulté. Les entourages se composent de piusieurssections qui sont interchangeables. Le nambre des sections et des freins en caoutchouc s'augmente en proportion avec Jedicmètre du cône, Lo grendeur des mailles des entourages peut être changée pour les adepter aux besoins donnés. Pourdes cas soécieu;(, il est possible d'utiliser également des tôles perforées.JI est è recommander d'ougmenter le nombre des freins en traitant du riz très frcgile, ceci pour éviter des brisures. Tousles paiiers, è scvoir les pe~iers 0 crapeudine ainsi que les paliers è collets - qui sont montés cu centre de gravité du cône- scn~ largement dimensionnés. Le procédé de bland1iment peut être réglé par simpie levcge ou abaissement de l'arbreprincipel et du cône; on modifie ainsi l'espcce entre le cône etles entourages. Un avantage cie notre palier è collets est que sasituarion reste constante cu centre de gravité du cône pendent l'eltération de l'espace entre le cône et les entourcges.Un disDOSfTlf spécicl evec échelle fi .... é au cylindre d'elimentation, permet un réglage progressif de l'alimentation. Le sonséoare pencient le blanchiment est déchargé automatiquement par moyen d'un anneau radeur.Les cônes a blcnchir ,SCH U LEe sont construits en différents modèles, comme montré dens le bulletin, à savoir: •

,QUARTUS< avec boti en fonte,PRIMUS< sur paliers è crcpaudine,RONDO< pour commande à pignon conique

et tous les modèles pour commande individuelle, par moteur éiectrique et courroies tra­pé:oideies.

CARACTÉRISTIQUES DES CÔNES A BLANCHIR »SCHULE«:

ü Large suriace utile

o Roulements è bilfes largemen.t dimensionnés

~) Paliers à collets toujours au centre de gravité du cône

::; Racloir pour la farine, en fonte

8 Bâti inférieur lourd en fonte

cr: Portes à doubles fermetures

TOUiES CES CARACTÉRISTIQUES ASSURENT:

o Marche sans vibrations ni chocs

G Travail froid et sans poussière

ç, Minimum de brisures'-'

() Consommation de force minime

SI Service facile de la machine et frais d'entretien minimes

Ci Durée de service illimitée

Ace E550 1RES ET PIE CES 0 E RE CHA NGE

Appareil li tourner

Moule li recouvrir

Freins en caoutchouc

4049

Appareil li recouvrir

,.

'-- -,

Cône non..couvert

Entourage complet

SPÉCIFICATIONSCAPACITÉ EN RIZ DÉCORTIQUÉ KGS/H.

DiO:, du c6ne 1 1 passage1

2 passages1

3 passages1

4 passages

1 kgs 1 kgl kgs 1 kglmm1

500 1 4251

675 800 9001

6001

6501

1050 1250 1375

~__:oo i' 900

1

1450 1725 1900

=-~~: 1

12001

2000 ' 230) 2550

16001

2600 3050 3350

1500 1 2000 1 3200 3800 1 4200

Ces indications ne sont volables que pour le blanchiment du riz. Si la machine est utilis"'e pour d'autres bu'" le nombre et la forme des frein, ainsi quele grillage de, entourages doivent être cha ng"",

OlMEN SION S ET POlOS»QUARTUS«

Dimensions extérieures

Hauteur

Poulie

mm

Oiomerredu côn~

mm

600

10001--..- --,

1250

1500

Freins

6

10

1030 6~0

mm

1750

1775

1825

1850

1875

19QJ

400

500

630

800

10c0

140

140

170

170

7.30

Révo·lution,

min.

500

4CO

320

250

200

160

1 Force '1! requi,e

cv3

Poid,net

kg,

750

900

1050

1450

2050

2950

Poids1 Cubagebrut1

kgs1

mJ

1025 i 1,411

1250 1 2,21

14501 3.5.-----

1900 [_4.5_

'500 5.5,------

3500 ! 8.0

»PRIMUS«PoulieDiometre

du cane

mm mm mm

Diamètre

mm

Largeurmm

Cubage

:~co

1350

170

I(;OC 175C 170

15:0

200

230

illustrations et tableau ... peu~ent être changés 10ns préo~is étant donné que nous o",éliorons constamment nos construction\.

MODELE llQUARTUS"

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MODELE IlRONDO«

Commonde 0 pignon conique en carter d'engrenage" complètement fermé et poulie yerticole

Commonde indiyiduelle por moteur élec1riQueet courroies tropézoidoles

MODELE »PRIMUS«

F.H. SCHULE GMBH.'B.P. 260 620

D 2060 HAMBOURG 26

Tél ex 02 , 1406 9

ESCARIFICAVOR VESEMENTES,

Pour InSlollolion sur plancher evee poliera crapaudine. commande par t'an~mission

Les caractéristiques de nos matériels ne sont données qu'a nue indicatif. Nous nous réservons le droit de modifiersans préavis nos modèles ainsi que leurs caructénsnques. équipements et accussorres.

USINES de LANDRECIES S.A. - RENSON

B. P. 23 - Tél. (20) 84.71.77 et 84.72.5559550 LANDRECIES - TELEX 820705 - R.C. Avesnes 775747595 8

TRITURADEIRA

PARA'PEQUENAS FAZENDAS

peso 13 kg

LAHfi. P. 15

60304 SENLIS CedexFrance

,.I~I

~ii;.:~â~i.~l!!'1,l!y,~~}n;.t~n!lj!!;J~;:p ,lJr"q~ë.t'IÙ!iUr~'v~u~.~!:,lirànt#;:;;type

puissance maïs plante maïs grain fourrage grainstracteur '':1t ière humide secs

BE40 cv 10 à 15 1 4 à 51 4 à 81 2 à 81

&00 60 cv 15 à 20 1 5 à 7 1 5 à 101 2 à 10 1

BE 80 cv 20 à 30 1 10 à 121 7 à 121 2 à 1511100

lZ0 cv 30 à 401 13 à 16 1 10 à 151 3 à 20 1.. ,'" , ."~" ... ........ '

DES DEQPOLYVALElNCE ET

PERFORMANCESQ

AVANTAGES DES BROYEURS-ENSILIEURS

Il Grande polyvalence d'emploi:en broveur-ensileur pour plantes humides,comme en gros broyeur à marteaux pour grain sec.

Il Excellentes qualités nutritives des produits broyés,et bonne digestibilité des céréales grâce à un éclatementgaranti de 100 % des grains .

Il La finesse de broyage permet la rapidité de la récolteaux champs: avec un machinisme simple et nécessitantpeu de puissance tracteur. .

Il Elle permet encore un maximum de tassement à l'ensilàge,donc une parfaite conservation èt une meilleure utilisationdu volume du silo.

Il Rapidité de mise en place et de fonctionnement:les BE peuvent être utilisés par plusieurs agriculteurs.

ourteaux

raflesde mais

bléorgeavoinemaïslescourgeon

TYIPIIl!BEG 600a gDulOtte

paille

fourrage

s

maisgrainhumide

épisde maïs

••. 4)(1:.::1,80

ENCOMBREMENTJ - .c

2 MODr:a.E5à prise de force: 540 ou 1000 tours /rnnIBE GOO : 40 à 50 cvel son dérivé: BEG 600BE noo : 70 a 150 cv

QQQ Intérêt du broyage fin sur les lieux de l'ensilage: rotation rapide du chantier de récolte; investissement moindre; tassement et qualité supérieurs des produits ensilés. _

, rotor comportant: couteaux,marteaux réversibles, pales deventilation.

2 grilles perforées: 10 diamè­tres de trous de 3 à 50 mm; etgrilles à'lames coupantes.

:s plaques de percussion: lis­ses. et à clénelUtes toues.

G élévateur d'alimentation àvitesse réglable.

5 treuil de relevage de l'élé­vateur.

. 6 hérisson régulateur de débit.

., trémie de chargement à vis.

o le BEG 600, identique auBE 600. est équipé d'une sim­ple goulotte datimentarlonremplaçant la trémieà vis de l'élévateur.

s bloc rnultiphca-teur à engrenagesavec accouplementantichoc.

"~.y&q'Î;

HOUE A VIS HAUTE à transformations multiples.

Ecartement des socs par vis haute.

Roue de profondeur commandée par levier.

Tirage latéral par étrier mancherons acier.

LARGEUR DE TRAVAIL: DAO à 0,70.

.POlDS: 45 kgs.

Est la houe précédente simplifiée. La roue de

profondeur et la largeur de travail se règlent à la

main, le blocage en chaque position étant réalisé par

une vis de serrage disposant d'un maneton pour

éviter l'usage de la clé de serrage.

HOUE AFRICAINE

POl DS: 36 kgs.

LARGEUR DE TRAVAIL: DAO à 0,70.

ARRAOO CAP1NADE1RA

SOCS ET ACCESSOIRES POUR HOUES

TABLEAU FIGURATIF

No lliSIGNATJON DES SOCS MONrACES COURANTS Poidsl--1 Lame de 35 mjm de largeur.Montage A:2 Lame. de 45 mjm de largeur.

3 Lame de 55 ID[m de largeur.4 lames n' 44 Lame de 75 m[ID·de largeur.2 versoirs n' 15 465 Lame de WO m[ID de largeur..1 socs n' 106 Soc triangulaire de 200 mjm de largeur.1 lame n' 57 Soc triangulaire de 250 mjm de largeur.

)8 Soc triangulaire de 300 mjrn de largeur. --19 Soc triangulaire de 350 mrm de largeur. Montage B 1

10 Soc triangulaire de 175 ID[m de largeur.112 .Soc buteur, sans ailes de 300 mrm de largeur. 2 lames n' 4 45

1

14 Soc buteur, avec ailes et point" reversibJe. 2 versoirs Il' 1515 Versoir (droit ou gauche), 1 soc n' 10

116 Lame cintrée pour betteraves.117 Lame à joue spéciale. -118 Pointe réversible pour sor buteur 14, Montage C

L9 Aile pour soc buteur 14. 44120 Lame effilée 44, 5 lames n' 4!

Toutes les houes peuvent se transformer en cultivateur à dents flexibles

ou recevoir les divers socs et lames figurés sur notre cliché.

Etablissements TÊCHINEVALENCE·D'AGEN (T.·&-G.) - FRANCE